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UNISENAI SC
SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL
DE SANTA CATARINA
MANTENEDORA MANTIDA
Fabiano Bachmann
Gerente do Centro de Educação Digital - CDI André Gonçalves de Freitas
Bruno Rodrigues Magalhães
Gisele Umbelino Gabriela da Silva Cândido
Coordenadora de Desenvolvimento de Produção Audiovisual
Recursos Digitais - CDI
Michele Antunes Corrêa
Hellen Cristine Geremia Stephanie Johansen Longo Basso
Líder de Projeto Projeto Educacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia
autorização, por escrito, do SENAI.
FICHA CATALOGRÁFICA
_____________________________________________________________________________
B523c
Bernardi, Luciele da Silva.
Comunicação oral e escrita / Luciele da Silva Bernardi. Florianópolis :
SENAI/SC, 2023.
144 p. : il. Color.
ISBN
SENAI/SC
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina
Sede
Rodovia Admar Gonzaga • 2765 • Itacorubi • Florianópolis - SC,
88034-001 • Tel.: (48) 3231-4100
SUMÁRIO
Abertura ............................................................................................................ 9
Para Iniciar................................................................................................. 13
Desafio....................................................................................................... 15
Desafio: Processo seletivo.......................................................................... 17
Agenda | Desafio: Processo seletivo......................................................... 21
Fechamento....................................................................................................... 142
Referências........................................................................................................ 143
ABERTURA
9
aquilo que servia melhor ao grupo e que poderia ser responsável pela
sobrevivência daquele grupo.
Perceba então que a tecnologia sempre esteve ligada ao processo de
comunicação. Hoje, séculos depois, nós continuamos com a mesma necessidade.
Será que adianta a humanidade inventar máquinas e instrumentos
tecnológicos, extremamente sofisticados, se aliado a isso não existir um
processo de comunicação muito bem construído?
No passado, as empresas não percebiam a comunicação como algo essencial,
mas nas últimas décadas esse cenário mudou. Atualmente, as empresas buscam
cada vez mais investir na comunicação interna e no estímulo à construção de
relações interpessoais saudáveis entre os colaboradores.
Existe um empenho por parte das empresas no sentido de estimular os
colaboradores a terem relações mais próximas, para que conversem mais, se
comuniquem melhor para evitar falhas na comunicação e possíveis problemas
gerados por essas falhas.
E, para além da comunicação interna, ainda resta o enorme desafio de
garantir a eficiência da comunicação com o cliente. Em toda a forma de
comunicação com o cliente, é necessário lembrar que o colaborador representa
a empresa e fala pela empresa.
Para isso, é necessário que o profissional saiba se comunicar e saiba entender
como o cliente se comunica. É claro que existem diferentes tipos de pessoas e
diferentes formas de se comunicar, e não é tão simples dominar essa habilidade.
Esta Unidade Curricular aborda conhecimentos relacionados ao processo
comunicativo, à oratória, à aplicação de noções gramaticais de acordo com
o texto, à leitura e à interpretação de textos, à redação e ao reconhecimento
das características dos gêneros textuais acadêmicos e aos gêneros textuais
empresariais.
É muito importante destacar que, você, profissional, precisa descobrir
como se comunicar melhor e quais são os pontos em que precisa melhorar.
Comunicar-se bem não é um dom, algo que já nasce com a pessoa. A boa
comunicação exige exercício, esforço e boa vontade.
Por isso, invista na sua carreira profissional, aprofunde-se no desenvolvimento
da habilidade de comunicação e tenha isso como um diferencial no seu currículo.
Bons estudos!
10
Comunicação Oral
e Escrita
PARA INICIAR
Olá! Aqui você inicia seus estudos. A partir de agora, você encontrará diversos
conteúdos cuidadosamente selecionados para ajudá-lo a atender as demandas
profissionais da atualidade. Fique atento aos materiais disponíveis e dedique-se
às atividades propostas.
Nesse momento, daremos início aos estudos sobre comunicação oral e escrita.
Você já se perguntou sobre a real necessidade de estudar comunicação? Pen-
se um pouco.
Considerando que vivemos em grupo e nos comunicamos a todo instante,
seus estudos aqui terão como foco conceitos centrais e reflexões sobre como a
comunicação se relaciona com a vida em sociedade.
Em seguida, você vai poder conferir que todo ato comunicativo tem como
característica a intencionalidade.
Então, você aprenderá a identificar as ferramentas e estratégias mais utiliza-
das para persuadir alguém através do discurso.
Depois, serão examinados os elementos da comunicação e você vai poder dis-
tinguir as várias funções que a linguagem apresenta, os seus níveis, tipos e suas
variações.
Por fim, o foco será na comunicação escrita, na qual você poderá conhecer
os elementos de produção textual, bem como os tipos de textos acadêmicos e
empresariais, além de ferramentas que podem auxiliar você na interpretação e
compreensão textual.
Sendo assim, ao longo do caminho de estudos você terá a oportunidade de
conhecer, refletir, compreender e aplicar conhecimentos de comunicação oral e
escrita que serão essenciais para a sua formação profissional.
Se você quer conquistar o seu espaço e se destacar como um profissional
qualificado para trabalhar não só com máquinas, mas com pessoas, invista nos
estudos sobre comunicação e sinta a diferença no seu desenvolvimento.
Bons estudos!
13
DESAFIO
Confira, a seguir, uma situação prática relacionada aos conteúdos que você
estudará a partir de agora. Essa é uma importante etapa de seu processo ava-
liativo. Então dedique-se ao máximo, e busque em sua trajetória de estudos, aqui,
fundamentar os resultados esperados no desafio que está proposto a seguir. Apro-
veite, pois essa é uma grande oportunidade de praticar novos conhecimentos!
15
Desafio: Processo seletivo
Dica
Uma dica: se você tem interesse em conhecer mais sobre pitch,
confira os materiais indicados na sessão “Quero saber +” e
“Infocast”.
Resultado esperado
Escolher uma vaga de emprego e : a) apresentar a descrição dela no formato
texto, com no máximo uma página (pode ser em itens), em PDF; b) produzir
e entregar um vídeo (pitch) de até três minutos, fazendo a sua apresentação
profissional e identificando qual a vaga/função escolhida em formato de arquivo
de vídeo. (Você deverá enviar o vídeo ou o link do vídeo, caso o vídeo fique em
um formato superior ao suportado pelo AVA. É sua responsabilidade certificar-se
que o vídeo está liberado para visualização.)
Desenvolvimento
As duas entregas devem ser desenvolvidas individualmente.
Critérios de avaliação
21
• Desenvolver vídeo (pitch) com tempo máximo de três minutos e gravar o
vídeo na horizontal.
• Informar na fala durante o vídeo o seu nome e para qual vaga está se
candidatando e apresentar conhecimento das necessidades e requisitos para
a vaga escolhida.
22
Dica:
• Você pode usar para gravação: câmera, webcam ou celular. Se for celular,
deixe-o em um lugar fixo. Não fique segurando-o como se fosse uma selfie. E
grave na horizontal!
• Mesmo que a sua experiência anterior não seja na área do curso, fale sobre
ela e ressalte o que aprendeu de positivo.
• Se você não tiver experiência anterior, deixe essa informação clara e procure
ressaltar que você tem vontade de aprender, que possui habilidades que
serão úteis para a empresa, que precisa de uma oportunidade, etc. Se você
fez algum trabalho voluntário, isso pode ser citado.
• Escreva um “roteiro” para guiar a sua fala para evitar se perder, mas evite ler
durante o vídeo. O roteiro serve como preparação anterior.
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• Você não precisa gravar o vídeo em um escritório, mas o local deve ser
silencioso, organizado e bem iluminado. Certifique-se que não haverá
distrações, você precisa ser o centro das atenções.
Forma de entrega
Texto do memorial descritivo em formato PDF e arquivo de vídeo ou o link de
acesso ao vídeo, caso o vídeo fique em um formato superior ao suportado pelo
AVA publicados em ferramenta indicada pelo professor/tutor do Ambiente
Virtual de Aprendizagem (AVA).
24
ESTUDO E PRÁTICA I:
PROCESSOS COMUNICATIVOS
E-book
25
O processo de comunicação
COMUNICAÇÃO
O filósofo grego Aristóteles definiu sofisticada como a que temos hoje.
o ser humano como um animal polí- Gemidos dariam conta de manifestar,
tico. Com as devidas desculpas pela dor e gritos seriam suficientes para
análise demasiadamente rápida, po- afastar algum pequeno animal inde-
demos entender que o filósofo queria sejado. Porém, vivendo em grupo, as
nos dizer que o ser humano tem a ne- demandas comunicativas vão muito
cessidade de viver em sociedade, pois além de gemidos e gritos. Foi preciso
necessita da convivência com o outro fazer acordos, garantir a seguran-
para desenvolver suas capacidades, ça, dividir alimentos, sem falar na
entre elas a da linguagem. “perpetuação da espécie”, que ficou
Longe de diminuirmos e encerrar- bem mais complexa e dependente
mos a questão, parece óbvio que se o da comunicação. Muito mais do que
ser humano fosse um animal que vive aprender a falar, foi preciso aprender
isolado ele não teria a necessidade a comunicar pensamentos, ideias,
de ter uma capacidade comunicativa desejos e necessidades.
28 O processo de comunicação
Atenção
Quando nos comunicamos, fazemos isso a partir do reconhecimento da
existência do outro e da intenção de que o outro também se comunique.
A partir da troca, se fez a evolução da comunicação humana. Nos
comunicamos porque precisamos da troca. E isso pressupõe que
precisamos do outro. A comunicação, ou a linguagem, no dizer de
Aristóteles, se faz porque precisamos do outro para viver e desenvolver.
A comunicação, ao mesmo tempo que nos promove ao status de animal
racional, nos descobre como seres emotivos e carentes do outro.
Pois bem, somos animais que nos comunicamos de forma complexa! E agora?
Agora, é importante entender como isso tudo funciona. Afinal, se a comunicação
é a chave da vida em grupo, precisamos dela para abrir as portas das relações
que estabelecemos, inclusive no mundo do trabalho.
Reflita
Você acredita que com a inserção da tecnologia no
mercado de trabalho, a necessidade de se comunicar
diminuiu?
Considerando que as máquinas estão cada vez mais
substituindo o ser humano no trabalho diário, você acredita que a
comunicação tende a ser descartada ou pelo menos mais limitada?
O processo de comunicação 29
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
Em termos práticos, a comunica- Individualmente não se pode al-
ção é um processo que solicita a utili- terar a língua, mas a partir do uso
zação de alguns recursos e elementos e do consenso ela sofre alterações
básicos. Você já pensou na diferença em decorrência de fatores históricos,
entre fala, língua e linguagem? sociais e culturais. Por outro lado, a
Tomando como referência os es- fala é individual e garante ao falan-
tudos de Ferdinand Saussure (1995), te a liberdade para usá-la. A fala é a
pode-se considerar que a língua é condição para que a língua ocorra, é
“um conjunto de convenções neces- o ato de uso da língua. A língua reúne
sárias, adotadas pelo corpo social” palavras seguindo regras gramaticais
que permite o uso da linguagem. específicas e a fala segue também
Portanto, é uma produção social que essas regras, mas é bem mais flexível,
possui estabilidade, mas se altera de pois sofre influência de fatores como
acordo com as necessidades e vonta- o contexto, a personalidade e a faixa
des da coletividade. etária do falante.
Curiosidade
Você sabia que a Língua Portuguesa é a língua oficial de
nove países? São eles: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São
Tomé e Príncipe e Timor Leste.
30 O processo de comunicação
A linguagem é resultado da soma de língua e fala. Marcos Bagno (2014) de-
fine a linguagem como “todo e qualquer sistema de signos empregados pelos
seres humanos na produção de sentido, isto é, para expressar sua faculdade de
representação da experiência e do conhecimento”.
Hoje recebi um
novo computador
para trabalhar.
O processo de comunicação 31
Curiosidade
Você sabia que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é
uma língua com estrutura gramatical própria e não uma
linguagem? É a segunda língua oficial do Brasil, utilizada
pela comunidade surda brasileira, reconhecida pela Lei
Nº 10.436, de 24 de abril de 2002.
32 O processo de comunicação
• Inevitabilidade:
• Irreversibilidade:
Existe um antigo provérbio chinês que diz que “há três coisas que nunca
voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade
perdida”. Para além do seu significado prático, esse pensamento popular
nos remete ao fato de que quando comunicamos algo, não podemos voltar
atrás e simplesmente apagar. Podemos nos desculpar quando transmitimos
algo de maneira equivocada, porém o impacto e a reação provocada não
podem ser excluídos do tempo vivido.
• Irrepetibilidade:
O processo de comunicação 33
MÚLTIPLAS LINGUAGENS: IDEOLOGIA, PERSUASÃO DA
MÍDIA E DO DISCURSO POLÍTICO
Você provavelmente já comprou algo que não precisava ou que nunca usou
só porque o vendedor foi convincente. Quando o assunto é vendas, o importante
é criar a necessidade, ainda que ilusória. A publicidade utiliza a linguagem para
criar uma necessidade que não temos e depois criar a ideia de que, além de ser
útil, ter um determinado produto vai trazer status social.
Contudo, não são só produtos que a publicidade vende. Ela oferece também
ideias. Para entender melhor como esse processo funciona é preciso trazer à
tona o conceito de ideologia. O termo “ideologia” foi criado pelo filósofo An-
toine Destutt de Tracy (1754-1836), que pretendia elaborar uma “ciência das
ideias”, que fosse capaz de analisar a origem e o desenvolvimento de todas as
ideias, assim como de suas consequências. Porém, o termo ganhou outros signi-
ficados e até mesmo uma conotação pejorativa ao longo do tempo.
Para o filósofo Norberto Bobbio (2004), ideologia pode ser entendida a partir
da sua divisão em duas partes, uma parte fraca e outra forte. No seu significa-
do fraco, a ideologia designa um conjunto de ideias e de valores que têm como
34 O processo de comunicação
função orientar os comportamentos políticos coletivos. O significado forte tem
origem marxista e relaciona ideologia à falsa consciência das relações de domí-
nio entre as classes, ou seja, traz a noção da falsidade, de ideologia como uma
crença falsa.
O processo de comunicação 35
Curiosidade
Na Grécia antiga, a democracia exigia que aqueles que
eram cidadãos defendessem publicamente suas ideias
sobre os rumos da cidade (polis). Por isso, quem tinha
condições financeiras pagava professores particulares que
ensinavam oratória, que é entendida como a arte de falar
bem, e retórica, que é a capacidade de convencer o outro através da fala.
Por isso, até hoje o discurso político é visto como elemento central em uma
campanha eleitoral.
No dia a dia torna-se necessário ter senso crítico para analisar, refletir e não
acreditar em tudo o que vemos e ouvimos. Precisamos perceber as ideias e in-
tencionalidades presentes nos discursos, inclusive no nosso. Nós também costu-
mamos utilizar algumas ferramentas persuasivas quando queremos convencer
alguém de algo. No ambiente de trabalho, por vezes, você pode usar a linguagem
apelativa para conseguir um favor de um colega ou alguma estratégia de escolha
de palavras para evitar dizer exatamente o que pensa em uma reunião ou quando
um colega pede a sua opinião sobre uma solução que ele desenvolveu.
Mão na massa
36 O processo de comunicação
ELEMENTOS DO PROCESSO COMUNICATIVO
Existem muitas formas de conceituar o termo comunicação. A palavra comuni-
cação deriva do latim communicare, que significa “tornar comum”, “participar de
algo”, “partilhar’’. Dessa forma, entende-se que a comunicação é o processo pelo
qual tornamos uma informação comum,
ou seja, partilhamos com o outro aquilo
que conhecemos, pensamos, sentimos,
desejamos, queremos, fazemos, etc. E
esse ato de partilha pode acontecer de
variadas formas, mas é preciso compre-
ender o espaço que o outro ocupa nesse
processo.
No início do século 20, o linguista
russo Roman Jacobson (1896-1982)
formulou, com base em uma teoria an-
terior, um modelo que busca descrever
como funciona a comunicação humana. Ele entendeu que o processo comunica-
tivo é composto por seis elementos que se relacionam com algumas funções e
se complementam.
Os elementos do processo comunicativo são: emissor (quem emite), receptor
(quem recebe), mensagem (o que é emitido), canal (por onde é emitido), código
(como é emitido), referente (assunto ou contexto em que é emitido). Além des-
ses, pode-se ainda citar: o ruído (atrapalha o que é emitido) e o feedback (retor-
no sobre o que foi emitido).
Curiosidade
No processo de comunicação, o emissor também pode
ser chamado de “codificador”, pois ele utiliza um código
para se comunicar. E o receptor pode ser chamado de
“decodificador”, pois ele precisa decodificar, “traduzir”
o código utilizado na mensagem.
O processo de comunicação 37
Confira a seguir um exemplo de como se dá o processo comunicativo em uma
conversa entre duas pessoas:
Mensagem Código
Aquilo que é transmitido Conjunto de signos, linguagem utilizada. Pode
pelo emissor. ser a Língua Portuguesa, a Língua Brasileira de
Contexto ou Referente Sinais (LIBRAS), sistema de escrita Braile. Etc.
Situação ou assunto a que
se refere a mensagem. 1
A solução que você Canal
apresentou é muito Meio físico ou virtual pelo qual a
boa! mensagem é transportada. Pode ser
televisão, computador, telefone, livro,
2 ar que você usa na voz (na fala) sons,
Obrigado! Mas foi cores, cheiros, etc.
trabalho em equipe.
Todos contribuíram.
Ruído/Barreira
Ocorre quando existe
Feedback uma interferência que
Retorno. Resposta dada afeta a transmissão da
pelo receptor. mensagem e ela não é
Receptor Emissor compreendida. Pode
Destinatário. Aquele que Aquele que transmite a ser devido a
recebe a mensagem. Pode ser mensagem. Pode ser uma problemas,
uma pessoa, um grupo, um pessoa, um grupo, uma emocionais, físicos ou
animal, etc. empresa, uma instituição, etc. técnicos, etc.
38 O processo de comunicação
Para exemplificar, imagine uma situação comum em uma empresa: você
(emissor) envia um e-mail para um cliente (receptor) que irá receber e ler a sua
mensagem. O canal será o meio pelo qual o e-mail será lido, que pode ser um
celular, um computador, um tablet, etc. O código utilizado foi a Língua Portu-
guesa e o referente é o assunto da mensagem que no caso é o projeto que foi so-
licitado pelo cliente. Nesse caso, imagine que ocorreu um ruído, uma barreira de
comunicação devido a diferenças culturais, pois o cliente é uma pessoa estran-
geira que ainda não domina a Língua Portuguesa e não entende completamente
a mensagem. O cliente responde (feedback) apresentando algumas dúvidas, mas
aprovando o projeto. A partir disso o processo pode ser reiniciado ou concluído.
Reflita
Você consegue imaginar uma situação cotidiana no
trabalho em que seja possível identificar os elementos
da comunicação?
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Quando nos comunicamos, fazemos isso com um objetivo. Por isso, a lin-
guagem passa a ter uma função que depende desse objetivo. Cada função está
ligada a um dos elementos da linguagem. Confira a seguir:
O processo de comunicação 39
Funções
Mantém o foco Características/Exemplos
da linguagem
40 O processo de comunicação
Figura 3 - Exemplo de função fática
Fonte: Adaptado de Português (2022)
O processo de comunicação 41
Atenção
A interpretação de texto é um passo além da simples leitura. Trata-
se da capacidade de entender o significado das palavras dentro de
um contexto e de atribuir sentido para elas. Se o profissional tem
dificuldade em interpretar textos, isso pode acarretar dificuldades em
compreender, por exemplo, um e-mail ou um documento em que o
cliente especifica os requisitos do produto de que necessita. Uma leitura
equivocada pode gerar atrasos no projeto e desgaste para a equipe.
Mão na massa
42 O processo de comunicação
Atualmente, a adoção de aplicativos para troca de mensagens e reuniões on-
line são vistos como indispensáveis pelas empresas. E de fato essas ferramentas
podem colaborar e muito para a comunicação interna e externa das empresas.
Porém, a facilidade também acaba trazendo a ideia de informalidade.
O processo de comunicação 43
Atenção
Através da convivência com o outro e da identificação das
características do contexto, foi estabelecido uma diferenciação no uso
da linguagem oral e da linguagem escrita. A oralidade está vinculada à
naturalidade e a escrita está ligada à necessidade de permanência da
mensagem no tempo e no espaço. Em outras palavras, aquilo que é dito
se perde ou se modifica com facilidade, já o escrito permanece.
44 O processo de comunicação
Uma das principais características da linguagem não formal é que ela admite
gírias, abreviações e até mesmo erros de concordância verbal, pois o mais impor-
tante é que a mensagem seja transmitida. Seu uso está presente em conversas
com amigos, familiares, pessoas mais próximas e em situações de lazer e des-
canso. Por outro lado, a linguagem formal ou culta é caracterizada pelo respeito
às regras de gramática e concordância verbal e nominal, é planejada e revisada.
Dica
É comum acontecerem situações, inclusive no ambiente
de trabalho, em que surge a dúvida sobre como usar a
linguagem e se é mais adequado utilizar a linguagem
formal ou a informal. A dica nessa situação é atentar para
uma das principais diferenças no uso da linguagem formal e da
linguagem informal, que é o nível de proximidade entre emissor e receptor.
Se as pessoas com quem você estiver se comunicando forem próximas, você
até pode usar a linguagem informal, dependendo do contexto. Porém, se as
pessoas não forem próximas, se você não tiver intimidade, a melhor opção é
a linguagem formal.
O processo de comunicação 45
Figura 5 - Exemplo de processo comunicativo concluído
Fonte: Adaptado de Tiras Armandinho (2022)
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
A linguagem formal visa padronizar o uso da linguagem para promover o
maior entendimento da mensagem que se quer transmitir. Porém, a língua é um
elemento da cultura que é vivo, dinâmico, fluido e por isso é passível de mudan-
ças e variações. Portanto, variações linguísticas são as diferentes formas de falar
o idioma. Trata-se de um movimento natural e comum do uso da língua.
As variações linguísticas podem ser separadas em quatros grupos:
Variação histórica Variação que ocorre de acordo Termo “você” - No português ar-
(diacrônica). com as diferentes épocas vivi- caico, a forma usual desse pronome
das pelos falantes. de tratamento era “vossa mercê”,
que, devido a variações inicialmente
sociais, passou a ser mais usada fre-
quentemente como “vosmecê”.
46 Comunicação
O processo deOral
comunicação
e Escrita
TIPO CARACTERÍSTICA EXEMPLO
Variação estilística Ocorre em situações em que a Modo de falar com uma criança e
(diafásicas). pessoa altera sua maneira de com um adulto, modo de falar com
falar dependendo do ambiente um amigo e em uma entrevista de
em que está se comunicando emprego.
(formal ou informal).
Égua
Norte
pão careca picadinho
égua tangerina
Mah
Nordeste
pão massa grossa carne moída
mah tangerina
Centro-oeste
pão francês patinho moído
vote mexerica
Vote
Sudeste
pão francês carne moída
coé mexerica
Coé
Sul
Bah pão cacetinho guisado
bah bergamota
Figura 6 - Variações linguísticas em regiões do Brasil
Fonte: da Autora (2022)
OComunicação
processo de Oral
comunicação
e Escrita 47
Muitas vezes as variações demonstradas pelos sotaques, gírias, termos antigos
são vistos com bom humor e leveza. Porém, as variações linguísticas também re-
velam as diferenças sociais existentes em nosso país, pois uma grande parcela da
população ainda não tem acesso à educação de qualidade e a bens culturais que
contribuam para o conhecimento mais amplo da Língua Portuguesa.
Nesse sentido, a linguagem formal ou culta tornou-se uma forma de sepa-
rar aqueles que a dominam e conseguem prestígio social e aqueles que não a
dominam e são excluídos, ou seja, o uso da língua se tornou um elemento de
discriminação. Isso é chamado de preconceito linguístico, que é o ato de discri-
minar alguém pelo uso que essa pessoa faz da língua, ou seja, pela forma como
a pessoa se comunica oralmente (pronúncia) ou por escrito (gramática). Quanto
mais distante da norma culta, maior será o julgamento sofrido.
48 O processo de comunicação
Curiosidade
Você sabia que o conceito de preconceito linguístico
começou a ser debatido depois que o livro Preconceito
Linguístico: o que é e como fazer, do pesquisador e
escritor Marcos Bagno, foi lançado em 1999? Na obra, o
escritor fala sobre como é comum que seja disseminado o
preconceito linguístico em relação a regionalismos, sotaques e diferenças
socioculturais.
Reflita
Você já se sentiu vítima de preconceito linguístico em
alguma situação? E o contrário já aconteceu? Em algum
momento você já teve alguma atitude ou pensamento
preconceituoso relacionado ao modo como alguém
falou?
O processo de comunicação 49
USO DE ESTRANGEIRISMOS
Quem vive no Brasil fala português, certo? Bem, mais ou menos. A língua oficial
do Brasil é a Língua Portuguesa, mas como já vimos, a língua sofre variações e
alterações ao longo do tempo e uma dessas alterações é o uso de palavras prove-
nientes de outra língua. Isso acontece com o espanhol, o francês, o italiano, entre
outras línguas. Mas nos últimos anos, a influência é maior da língua inglesa. Pala-
vras como playlist, diet, design, delivery, fitness, jeans, shopping center, spray, hot
dog, show, notebook e marketing são exemplos de estrangeirismo.
50 O processo de comunicação
Por isso, na área da tecnologia é muito comum o uso de
estrangeirismos. Como muitas novidades do setor de tecnologia
são desenvolvidos em países de língua inglesa, alguns termos são
aceitáveis, já que nem sempre vai existir uma tradução direta ou simples
para o português. Em alguns casos o uso de algumas palavras já está tão
fixado na comunicação cotidiana que ninguém mais questiona. É o caso
de palavras como: login, delete, download, e-mail, enter, game, bug,
target, keyword, budget, off, link, networking, online, backstage, dress
code, fitness, home office, entre outros.
O processo de comunicação 51
Nesse diálogo temos uma frase cur- como um elemento de exclusão. Uma
ta com quatro palavras em inglês. Você outra resposta poderia ser o fato da
consegue perceber que neste caso convivência com um grupo em que isso
o uso de palavras em outro idioma é é comum. Por exemplo, uma pessoa
demasiado e a comunicação se torna começa a trabalhar em uma empresa
cansativa? Além disso, uma pesquisa da área da tecnologia e passa a convi-
realizada pela British Council concluiu ver com pessoas que têm o habito de
que apenas 5% dos brasileiros falam incluir em demasia palavras em inglês
inglês e somente 1% da população nas conversas. Na busca por reconhe-
possui fluência na língua. Isso demons- cimento e inclusão a pessoa repete a
tra que saber falar inglês com fluência ação sem questionar.
está longe de ser a realidade da maio- O fato é que a Língua Inglesa do-
ria dos brasileiros. minou o cenário corporativo e os pro-
Mas então, por que algumas pesso- fissionais devem se adaptar. Porém, é
as insistem em usar muitas palavras preciso ter sempre uma boa dose de
em inglês na sua comunicação diária? bom senso para não exagerar. Nesse
Bem, uma indicação de resposta é que caso, a palavra de ordem é necessida-
justamente por saber que muitas pes- de. Sempre se pergunte se existe ne-
soas não dominam a língua inglesa, a cessidade real de usar uma palavra ou
pessoa usa isso para se promover, para expressão em outro idioma ou se exis-
demonstrar que sabe mais do que os te uma palavra na Língua Portuguesa
outros, o que é uma atitude extrema- que pode ser utilizada no contexto da
mente inadequada. Lembre-se que mensagem. Se existir palavra na nossa
a língua não deve ser utilizada como língua, dê preferência a ela e evite o
forma de demonstrar status social e estrangeirismo.
52 O processo de comunicação
Mão na massa
O processo de comunicação 53
OS TIPOS DE LINGUAGEM
Podemos considerar que existem tipos de linguagem: linguagem verbal, lin-
guagem não verbal e linguagem mista.
54 O processo de comunicação
Atenção
Como profissional, você deve buscar um entendimento claro tanto da
linguagem verbal como da não verbal, pois isso irá refletir no modo
como você se relaciona com seus colegas e com os clientes e pode ser
decisivo no momento de evitar ou solucionar conflitos.
O processo de comunicação 55
Depois de conquistar a desejada do que o prazo de entrega já venceu.
vaga, imagine que você precisa ter Isso traria insegurança para o ambien-
uma reunião com um cliente. Neste te de trabalho.
momento, é prudente se vestir de uma Também é preciso saber manter o
maneira adequada para a situação, controle da voz para não transmitir uma
evitar apertos de mão muito fortes mensagem de arrogância ao distribuir
que podem ser desconfortáveis, evitar tarefas ou de apontar um erro de uma
forçar intimidade com perguntas pes- colega.
soais podem provocar constrangimen- Outro aspecto importante é encon-
to, buscar manter contato visual pode trar o tom adequado em uma reunião
transmitir confiança e segurança. quando você precisa apresentar um
No ambiente de trabalho, um ele- novo projeto ou defender um trabalho
mento importante no uso da lingua- que já foi desenvolvido, por exemplo.
gem verbal no ambiente de trabalho No caso de ter sua mesa de trabalho
é o tom da voz. Certamente, você já muito próxima da de outro colega, pro-
vivenciou alguma situação em que o cure adaptar a altura da voz ao conver-
tom de voz utilizado pela pessoa não sar para não atrapalhar a concentra-
foi compatível com o conteúdo da sua ção dos demais. Se um colega estiver
fala ou com o contexto. Por exemplo: falando com um cliente ao telefone,
Imagine um líder de equipe que diz de por exemplo, é aconselhável que você
forma tranquila que está tudo certo se afaste para tratar verbalmente de
com o projeto, mas o tom utilizado não assuntos que por descuido podem ser
passa muita credibilidade consideran- ouvidos do outro lado da linha.
Dica
Nesse contexto, torna-se fundamental também revisar
mensagens escritas antes do envio para evitar erros, mas
é preciso também entender e tratar com respeito quando
você recebe uma mensagem escrita de maneira considerada
errada, pois pode acontecer com qualquer profissional, por
vários motivos, entre eles o cansaço e a demanda exaustiva de trabalho. Em
caso de dúvida sobre o significado de uma mensagem, peça esclarecimentos
e contorne a situação com cortesia e polidez.
56 Comunicação
O processo deOral
comunicação
e Escrita
TIPOS DE TEXTOS
A palavra texto tem sua origem no latim “textum” e significa “tecido”, ou
seja, uma trama de fios que formam um todo. De modo mais específico, pode-
mos considerar que texto é uma produção constituída por um código que possui
sentido e tem como objetivo a comunicação em um tempo e espaço. Para a
“
professora Maria Lúcia Elias Valle:
OComunicação
processo de Oral
comunicação
e Escrita 57
Quando pensamos em texto, é comum associarmos à escrita. Porém, um texto
pode utilizar outras formas de linguagem e ser:
• Verbal: aquele que usa palavras escritas ou faladas. Exemplos: um artigo cien-
tífico, artigo de opinião, Código de Trânsito Brasileiro, etc.
• Não verbal: aquele que usa sons, cores, imagens. Exemplos: gestos, fotogra-
fia, pintura, dança, placas de trânsito, etc.
• Misto: aquele que usa palavras, sons, cores, imagens. Exemplo: textos publi-
citários, filmes, séries, quadrinhos, placas, etc.
Observe os exemplos:
Textos narrativos, poesias, novelas, histórias e Artigos, teses, dissertações, projeto de pesquisa.
dramas.
58 Comunicação
O processo deOral
comunicação
e Escrita
TEXTO LITERÁRIO TEXTO CIENTÍFICO
A leitura de um texto literário inclui a busca Analisar um texto não literário requer confirma-
de metáforas e simbolismos. ção dos fatos, conhecimento, desenvolvimento
de habilidades e realização de tarefas.
OComunicação
processo de Oral
comunicação
e Escrita 59
REFERÊNCIAS
https://player.vimeo.com/
video/737884058?h=ae98db762d
https://player.vimeo.com/
video/737885365?h=342d86f534
63
Infocast
A vida profissional exige versatilidade e você deve estar preparado para usar a
comunicação ao seu favor em qualquer contexto. Aqui você encontra mais informações
para saber como se expressar em diferentes situações. O primeiro podcast é sobre pitch,
que é uma ferramenta de apresentações pessoais ou de negócios, saber fazer um pitch
irá contribuir para o desenvolvimento da sua capacidade de argumentação, síntese de
informações, raciocínio lógico e claro e oratória.
65
Já o terceiro podcast é sobre técnicas de oratória que ajudam muito a enfrentar
esse momento em que todos os olhos e ouvidos estão voltados para você.
Agora que você já sabe como produzir um pitch, “mãos à obra”! Faça o seu e
esteja preparado para os desafios de um processo seletivo.
Até a próxima!
69
Memorial descritivo
Olá! Tudo certo? Você sabe como fazer um memorial para processo seletivo?
Aqui vamos falar um pouco sobre como criar um memorial e ter uma primeira
impressão positiva com os avaliadores do processo seletivo.
Ao participar de um processo seletivo, você pode ter que apresentar além de
um currículo, um memorial, que é um documento em que você conta a história
da sua carreira profissional. O currículo tradicional apresenta informações sobre
sua trajetória profissional em formato de lista. No memorial você deve escrever
um texto articulando sua trajetória profissional com informações, justificativas e
reflexões sobre suas escolhas.
Para ajudá-lo na tarefa de escrever um bom memorial vamos dar algumas
dicas preciosas. Preste atenção:
Dica 4 - Sequenciamento
Após selecionar as experiências que irá trabalhar, é hora
de definir a ordem que as experiências irão surgir em seu
documento. O mais intuitivo é que o seu memorial siga uma
linha cronológica, mas pode ser que você prefira iniciar pelo cargo
que ocupa atualmente. O importante é que a escrita seja organizada.
73
A oratória na vida profissional
Você já parou para pensar sobre a importância da oratória para a vida
profissional?
A boa comunicação é considerada uma ferramenta de destaque social desde
a antiguidade, quando era preciso defender as ideias através da oratória, ou
seja, da fala em público. Atualmente, a oratória se tornou uma das chaves
para garantir o sucesso no campo profissional. Em uma empresa é comum
que os profissionais tenham que fazer apresentações, falar em reuniões, dar
treinamentos aos colegas, etc. E para que a fala em público seja eficiente, é
preciso atenção e dedicação. Se você tem receio de falar em público, preste
atenção nessas dicas:
Um ponto importante é não fugir das situações que precisa falar em público.
Um profissional não pode acreditar que isso é só para os outros ou que pode
escapar porque não tem o “dom da fala”. É claro que existem pessoas que
se expressam melhor, mas isso acontece porque pessoas diferentes, falam
de formas diferentes e algumas podem ser mais extrovertidas do que outras.
Porém, falar bem em público não é um talento inato ou um dom. Pessoas
extrovertidas podem ser assim em falas informais e simplesmente travarem
durante uma apresentação ou uma reunião, por exemplo.
Lembre-se, a verdade é que, com a prática e dedicação, é possível desenvolver
a habilidade de falar bem em público.
Até mais!
“
“Comunicação não violenta”. Nele, o autor Marshall B. Rosenberg (2006, p. 19)
pergunta:
https://www.youtube.com/watch?v=u9Ml9OCp6NQ
https://www.youtube.com/watch?v=6fUWsKdxNos
79
Não erre mais - Língua Portuguesa nas empresas
Comunicação e linguagem
80
Pitch SEBRAE MG
https://www.youtube.com/watch?v=CSe5k0E7O6Q
https://www.youtube.com/watch?v=cM2BTr5-w-I
https://www.youtube.com/watch?v=6IvEH5H9KIw
Para aprofundar ainda mais seus conhecimentos sobre pitch, mas com
foco em apresentação para entrevista de emprego, confira esse vídeo
com dicas do especialista em apresentações André Arcas.
https://www.youtube.com/watch?v=dv8Zfki6ryM
81
Como montar o seu pitch
https://www.youtube.com/watch?v=VG2tPOm5wV8
82
Resumindo
Entendi por que a variação linguística ocorre e por que ela não deve ser
instrumento de discriminação entre as pessoas.
Compreendi que ferramentas como o pitch pode ser muito importantes tanto
em processos seletivos como no dia a dia da prática profissional.
83
ESTUDO E PRÁTICA II:
LEITURA COMO PROCESSO INTERATIVO
E-book
85
Leitura como processo interativo
LEITURA COMO PROCESSO INTERATIVO
Da escrita na pedra e nos blocos de argila, chegamos ao tablet. Da escrita
restrita a escribas e sacerdotes religiosos até o direito de acesso à escola pela
população mais pobre. Da procurada biblioteca de Alexandria que abrigava cerca
de 700 mil rolos de papiro e pergaminhos até o clique que dá acesso à Biblioteca
Digital Mundial que contém cerca de 7 mil títulos. O caminho foi longo e penoso.
Por isso, hoje qualquer leitor tem o dever de buscar fazer a leitura de um texto
da maneira mais construtiva e interativa possível.
Curiosidade
Na Antiguidade, acreditava-se que a escrita vinha
dos deuses. Os gregos pensavam tê-la recebido de
Prometeus. Os egípcios, de Tot, o deus do conhecimento.
Para os sumérios, a deusa Inanna a havia roubado de
Enki, o deus da sabedoria.
Curiosidade
A Epopeia de Gilgamesh é o livro considerado mais
antigo da história. Estima-se sua idade em 4 mil anos,
já que foi escrita mais ou menos em 2 mil a.C. Na
atualidade, são publicados cerca de 2.2 milhões de
novos livros a cada ano segundo a Unesco.
b) Skimming:
c) De significado:
d) De estudo ou informativa:
essa é uma leitura mais completa em que o leitor deve ler, reler, utilizar
estratégias como a marcação de palavras e frases centrais, fazer uso do
dicionário para buscar significados e até mesmo fazer resumos buscando a
compreensão mais completa do conteúdo.
e) Crítica:
esse tipo de leitura exige do leitor a formação de um ponto de vista que deve
ser feito a partir da comparação de declarações do autor com o conhecimento
prévio do leitor. Para isso, é preciso avaliar dados e informações, analisar
argumentos buscando certificar se estão corretos e completos.
CONSTRUÇÃO DE SENTIDO
Um leitor, que pode ser uma pessoa em um momento de lazer, um estudante
ou um profissional durante o expediente, precisa saber como interagir, como
criar uma relação com um texto. Não basta saber juntar sílabas, saber o signi-
ficado de palavras, identificar frases, é preciso se conectar com o texto. Para
“
Duran (2009, p. 4), quando analisamos a interação que ocorre no processo de
leitura é fundamental compreender que:
Dica
Neste sentido, para ser um bom leitor é preciso
exercício. É necessário cultivar o hábito cotidiano da
leitura e da escrita, do contato com diferentes tipos
de textos. Além disso, investir no estudo da gramática
ajuda a entender a dinâmica do uso da língua na escrita.
Curiosidade
Você sabia que existe uma ciência que estuda a teoria da
interpretação, chamada de hermenêutica? Trata-se de um
ramo da filosofia que explora a interpretação de textos
em diversas áreas, como literatura, religião e direito.
Atenção
Pode-se entender a coerência como a organização lógica entre as
ideias presentes no texto. É a conexão entre as partes do texto. Sem
coerência, um texto seria apenas um amontoado de frases. A coerência
está vinculada diretamente ao processo de construção de sentido. Ela
é o sentido estabelecido pelo leitor a partir de seus conhecimentos
prévios e do modo como o autor escreveu o texto.
Sintática Se refere à forma como as orações são Não é coerente escrever “Os projetos
elaboradas e como os termos estão concluiu todos o Luiz”. Devemos escre-
dispostos. ver “O Luiz concluiu todos os projetos.”
Semântica Se refere à organização dos pensa- Não é coerente escrever que “No Brasil,
mentos, das ideias que são apresenta- a maioria das pessoas têm emprego
das no texto. formal e quase 90% das pessoas estão
desempregadas.”
Temática Está relacionada à necessidade de es- Um e-mail que no início anuncia que será
colha de um tema, de um assunto para tratado sobre prazos e ao longo do texto
o texto. E quando o tema é escolhido trata apenas de orçamento.
deve ser mantido até final do texto.
Pragmática Está relacionada ao contexto, aos Não é coerente utilizar uma linguagem
elementos extralinguísticos. muito rebuscada para se comunicar com
crianças.
Estilística Se refere ao tipo de linguagem utiliza- Não é coerente escrever desta forma:
da na escrita. Se for adotada a lingua- “Na próxima semana o novo gestor de
gem formal, ela deverá ser mantida projetos será apresentado à equipe. Es-
até o final do texto. peramos que seja uma nova fase onde
nóis tudo junto vamo dá um jeito nos
problema que aparece.”
Genérica Se refere à escolha do gênero textual Anúncio de produto para a venda que
apropriado. utiliza a linguagem dos classificados de
jornal.
Quadro 2 - Tipos de coerência
Fonte: Adaptado de Carvalho (2018)
Além dos cuidados que você precisa ter para escrever um texto com coerên-
cia, precisa também se preocupar com a coesão. A coesão é a relação gramatical
que existe entre as palavras, frases e parágrafos. A coesão é a linha que amarra
as ideias dentro de um texto. Sem coesão, as ideias ficam soltas e não formam
uma unidade, ou seja, não permite a construção de sentido. Existem três tipos
de coesão: a coesão referencial, a coesão sequencial e a coesão recorrencial.
• A coesão referencial é quando apresentamos uma informação que se rela-
ciona a outro elemento presente no texto. Chamamos de anáfora quando há
a retomada de um termo que já foi expresso anteriormente, e de catáfora
quando for feita a referência a um termo ainda não expresso, ou seja, que será
apresentado posteriormente.
• A coesão sequencial acontece quando as ideias apresentadas no texto se ligam
umas às outras. Para isso, o autor do texto deve buscar usar conectivos, como:
Inicialmente; atu- Além disso; demais; Pois, por consequên- Portanto, em suma;
almente; primeira- ademais; outrossim; cia; por conseguinte; em síntese; enfim;
mente; desde já; é ainda mais; por outro como resultado; por em resumo; portanto;
fato que; no contexto lado; também; e; nem; isso; por causa de; em assim; dessa forma;
atual, etc. não só; como tam- virtude de; assim; de dessa maneira; desse
bém; não apenas; bem fato; com efeito, etc. modo; logo; assim
como, etc. sendo; nesse sentido,
etc.
Quadro 3 - Conectivos
Fonte: da Autora (2022)
Mão na massa
Reflita
Isso não significa que a escola, enquanto instituição formal de ensino, não
seja necessária para a sociedade. Também não significa que não é necessário
estudar gramática. A provocação aqui é no sentido de pensarmos a importância
e o lugar de cada tipo de conhecimento que adquirimos ao longo da vida. Para
Geraldi (2011, p. 37):
Curiosidade
No Brasil, a ortografia é decidida pela Academia
Brasileira de Letras (ABL), que procura entrar em acordo
com as academias de outros países lusófonos. A ABL
encaminha as regras à Presidência da República que
estabelece oficialmente por meio de uma lei ou um
decreto.
Gramática
normativa
Formação
Ortoépia Grafia e Concordância
estrutura
Classificação
Prosódia Acentuação Regência
gramatical
Flexão Colocação
EXEMPLOS REGRAS
Leem Não se usa acento gráfico nas formas verbais leem, creem e seus deri-
Creem vados releem, descreem, etc.
Para (prep.) Para (verbo) Não recebem acento gráfico (diferencial) as palavras homógrafas,
Pela (subst.) Pela (ver- ou seja, que possuem a mesma grafia, mas com significados diferen-
bo) tes, ainda que formem um composto separado por hífen, por exem-
Para-choque plo: para-choque.
Para-brisa Mas, as seguintes palavras homógrafas recebem acento gráfico:
pôde (3ª pess. sing. pret. ind.)/ pode (3ª pess. sing. pres.ind.);
pôr (verbo)/ por (prep.);
têm (3ª pess. pl. pres. ind. do verbo ter)/ tem (3ª pess. sing. pres. ind.
do verbo ter);
Para evitar possível ambiguidade, a palavra fôrma (subst.) deve ser
acentuada para diferenciar-se de forma (3ª pess. sing. ind. ou 2ª
pess. sing. imper. do verbo formar). Deve-se diferenciar, ainda, as
palavras demos/dêmos.
Anti-inflamatório Usa-se o hífen quando o primeiro elemento termina por vogal que
Auto-observação seja igual àquela que inicia o segundo elemento: eletro-ótica, anti-
Micro-ondas -infeccioso, semi-interno, micro-ondas, etc. Mas, o prefixo co- sem-
pre se une ao segundo elemento, ainda que este comece por “o”
como em cooperar.
Autoescola Não se usa o hífen se o primeiro elemento terminar por vogal dife-
Antiaéreo rente daquela que inicia o segundo elemento como em: autoescola,
Hidroelétrico agroindustrial, aeroespacial, hidroelétrico, semiárido, extraescolar,
neoimperialista, socioeconômico, etc.
Pós-, Pré-, Pró- (tônicos) Usa-se o hífen quando o primeiro elemento termina acentuado gra-
Pós-graduação ficamente: pós-moderno, pré-escolar, pró-britânico, etc. Mas, pode
Pré-datado haver variação em determinados casos: pós-tônico ou postônico,
Pró-ativo pró-ativo ou proativo, etc.
“
REDAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS
Sobre o ato de escrever, o poeta chileno Pablo Neruda certa vez disse:
1. Resumo
O resumo é um trabalho de síntese que tem como objetivo apresentar de
forma concisa as principais informações presentes em um texto. O resumo é
indicado para quando é preciso fazer a leitura de um texto que é central em sua
área de estudo. Para isso, deve-se fazer uma leitura profunda e atenta da obra de
referência para que seja possível apresentar uma síntese que apresente os ob-
jetivos, os métodos, os resultados, a conclusão alcançada, respeitando sempre
a progressão e a forma como o texto de referência foi elaborado. Recomenda-se
que um resumo respeite as seguintes orientações:
• No início deve ser apresentada uma frase que indique o tema, assunto ou
ideia principal abordada na obra de referência, mas sem repetir o título.
• O resumo deve respeitar as noções de início, meio e fim. É preciso que o texto
do resumo apresente coesão e coerência.
• O resumo não deve conter citações de nenhum tipo, tabelas, gráficos, es-
quemas ou quadros. Se o texto original apresentar informações importantes
dessa forma, apresente no formato de texto linear.
3. Relatório
Ainda na área acadêmica, o relatório também é um documento bastante
solicitado. Um relatório caracteriza-se por apresentar o registro de algo que
pode ser uma aula, um projeto, um exercício prático, etc. Um bom relatório deve
apresentar as seguintes características:
• linguagem clara e objetiva;
O Relatório tem como objetivo básico trazer o histórico daquilo que foi desen-
volvido. Por isso, quanto à estrutura, a escrita deve concentrar-se no início em
retomar os objetivos do projeto, em seguida deve descrever as atividades rea-
lizadas e apresentar os resultados obtidos, porém não existe a necessidade de
conter análises e reflexões mais desenvolvidas. Essa estrutura pode sofrer alte-
rações de acordo com a área de conhecimento e o objetivo do relatório.
TEXTOS EMPRESARIAIS
Se engana quem pensa que a atividade de escrita se restringe a ambientes es-
colares e acadêmicos. Na vida profissional também é necessário ter contato com
textos de diferentes naturezas e características. É fundamental saber reconhecer
o objetivo de cada tipo de texto e sua estrutura para conseguir vincular o texto
ao contexto em que ele é apresentado ou solicitado.
É preciso entender que no momento em que o profissional escreve um docu-
mento, ele está representando a empresa, ou seja, a escrita dos textos empresa-
riais é coletiva.
(Nome da empresa)
Mensagem
Agradecimento
Figura 11 - Oficio
Fonte: da Autora (2022)
Memorando n°
Local e data
A/C. (pronome de tratamento adequado) (nome do
destinatário) ou (cargo ou função de quem vai receber)
(empresa ou órgão de quem vai receber)
Assunto
Mensagem
(saudação e despedida)
(assinatura)
(Cargo)
Figura 12 - Memorando
Fonte: da Autora (2022)
Cabeçalho
Declaração do quórum
Registro de aprovação
Declaração
Local, data
Assinatura do responsável
Figura 14 - Declaração
Fonte: da Autora (2022)
Atenção
Comentários, observações e avaliações de natureza subjetiva devem ser
evitadas, pois podem comprometer o conteúdo técnico apresentado.
Título
Contextualização
Metodologia utilizada
Objetivos
Estrutura dos dados
Conclusões e recomendações
A escrita e a humanidade
https://player.vimeo.com/
video/738368850?h=a1a4e7e2f7
Fases da leitura
https://player.vimeo.com/
video/738369106?h=2b77118e5a
121
Infocast
123
A leitura e a interpretação de
texto no ambiente de trabalho
Olá! Aqui vamos tratar sobre algumas dicas sobre leitura e interpretação de
texto no ambiente de trabalho.
Os seres humanos são seres comunicativos. Nos comunicamos o tempo
todo. Mesmo quando estamos em silêncio seguimos nos expressando e nos
comunicando. Um exemplo disso são os filmes do magnífico Charlie Chaplin. E
para quem acha que um exemplo do cinema não conta, basta observar um bebê
dormindo por algum tempo. Até mesmo dormindo um bebê se expressa através de
movimentos do corpo e expressões faciais se está com dor ou se está tranquilo.
Mesmo assim, ainda que a gente faça isso a todo momento, sabemos que a
tarefa de se comunicar com o outro não é fácil, principalmente no ambiente
de trabalho. Por isso é importante investir no desenvolvimento da habilidade
de comunicação buscando evitar ou minimizar possíveis problemas. Para isso,
traremos agora algumas dicas para que você possa utilizar no seu dia a dia do
trabalho. Fique atento!
Essa é uma boa forma de fixar na sua memória tudo que você
aprendeu lendo e interpretando. Faça um pequeno resumo de
tudo que você conseguiu absorver por escrito e crie uma rápida
apresentação listando todas as informações que você acha que
são importantes e estude o que você produziu.
127
Dicas para escrever no
ambiente de trabalho
E aí? Tudo certo? Aqui você vai poder explorar algumas dicas que irão te ajudar
na escrita no ambiente de trabalho.
O mercado de trabalho exige cada vez mais dos profissionais. Isso não é
nenhuma novidade. Mas o fato é que não é nada fácil corresponder a todas as
expectativas das empresas e isso pode gerar frustração. Uma sugestão é identificar
aquelas habilidades que são essenciais e focar nelas com toda a sua energia.
Uma dessas habilidades é a escrita. Afinal, não adianta ser um profissional
que atende às demandas técnicas se você falha na hora de escrever um relatório
ou um simples e-mail. É claro que sabemos que errar é humano, mas também
é uma característica humana se aperfeiçoar sempre. E isso é exatamente o que
as empresas buscam: profissionais com vontade de se desenvolver e buscar sua
melhor versão.
Para te ajudar nesse processo, você vai conferir agora algumas dicas para
escrever bem no ambiente de trabalho:
Seguindo essas dicas você evitará problemas e trará agilidade para o seu dia a
dia no trabalho. Pense sobre como você escreve e mude aquilo que está errado.
Progresso é um caminho que sempre vale a pena.
Até mais!
REFERÊNCIAS
131
Quero saber +
História da escrita
https://www.youtube.com/watch?v=Y4OI4wnU-Rg
https://www.youtube.com/watch?v=aRGZD7fUy1w
133
Técnicas de comunicação escrita
134
Resumindo
135
PARA CONCLUIR
137
138
138
139
139
140
FECHAMENTO
Olá!
Você chegou ao final da Unidade Curricular de Comunicação Oral e Escrita.
Que trouxe conteúdos importantes para sua formação profissional.
Aqui, você conheceu, refletiu, compreendeu e aplicou conhecimentos que irão
acompanhá-lo durante toda a sua trajetória.
Lembre-se sempre: a comunicação faz parte da organização das empresas e,
mais do que isso, ela é responsável pela qualidade dos produtos e serviços que
são oferecidos aos clientes.
A boa comunicação aumenta a produtividade, a eficiência, a troca de
conhecimento entre os colaboradores e representa saúde, pois trabalhar
em um ambiente confuso, desorganizado, onde ninguém se entende, pode
trazer problemas de saúde para os envolvidos e também afetar a eficiência e
produtividade.
Por isso, é essencial que bons profissionais invistam no desenvolvimento da
habilidade da comunicação.
Você deu os primeiros passos ao concluir esta Unidade Curricular. A partir
desse momento, você pode incluir em seu currículo que você é um profissional
que estudou sobre os elementos do processo comunicativo, aprendeu sobre
linguagem e suas características, reconheceu que existe a língua e diversas
variações relacionadas ao seu uso, conheceu algumas particularidades da
gramática, verificou que existem elementos que dão estrutura e sentido
ao texto, compreendeu as especificidades dos diferentes tipos de textos e,
inclusive, sobre documentos que fazem parte da rotina de uma empresa.
Esperamos que os conteúdos estudados aqui sejam aplicáveis em seu dia a
dia e o tornem um profissional mais qualificado ainda. Continue seus estudos
sempre com empenho e dedicação.
Até!
141
REFERÊNCIAS
142
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Education do Brasil, 2018.
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https://canaldoensino.com.br/blog/as-4-fases-do-processo-de-leitura. Acesso
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143