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consumido, Durante a guerra de 1939 a 1945, faltou gasolina e fez-se necessArio
substitui-la por gasogSnio ou Alcool. Terminada a guerra, voltou a importagao d e
gasolina e o combustivel alternative perdeu sua importancia. Entretanto, continuou-
se a misturar etanol a gasolina em larga escala.
A crise international do petidleo que se deflagrou em 1974, fez com que se
initiasse, no Brasil, tuna nova fase na produgao de etanol. Na busca d e altemativas
para combustivel liquido, 0 Alcool adquiriu uma importancia sem paralelo. Dos
700 milhoes de litres por ano, em pouco tempo a indiistria passou a produzir 15
bilhoes de litros, para abastecer uma frota de mais de 4 milhoes d e automdveis,
que se movem com Alcool puro e tambem, para misturar-se a tod a a gasolina usada
no Pals. Com a utilizagao desse combustivel altemativo, ampliou-se o parque
canavieiro, fez-se a modernizagao das destilarias anexas, a instalagao de urudades
autonomas, a criagao de grande mimero de empregos diretos e indiretos e uma —
rapida e importante evolugao na constiugao de motores para esse combustivel. O
piano de desenvolvimento da produgao de alcool no Brasil, denominado de
ProAlcool, nao foi uma solugao improvisada para a crise de combustfveis; nao foi
mais do que a continuidade e evolugao de um programa de uso do alcool como .
combustivel, inidado em 1931. Com o abaixamento do prego do petroleo no mercado
international, perdeu-se o interesse politico pcla sua produgao.
1.2 - Vias de obten ao
Obtem-se etanol por ties maneiras gerais: por via destilatdria, por via sintetica
e por via fermentativa.
A via destilatdria nao tern significagao economica no Brasil, a nao ser para
certas regioes viru'colas, para o controle de prego de determinadas castas de vinhos
de mesa.
Por via sintAtica obtdm-se o etanol a partir de hidrocarbonetos nao saturados,
como o eteno e o etino, e de gases de petidleo e da hulha. Nos paises em que ha
grandes reservas
grandes petróleo ee uma
de petróleo
reservas de indústria petroguímica
uma indústria uma forma
avançada, éé uma
petroquímica avançada, forma
econômica de
econômica produzir álcool.
de produzir álcool.
A via fermentativa A a maneira mais importante para a obtengao do Alcool
etilico no Brasil. Mesmo que venha a haver disponibilidade de derivados de petrdleo
que permitam a produgao de Alcool de sfntese, a via fermentativa ainda sera de
grande importancia para a produgao de Alcool de boca, sob a forma de aguardentes.
As bebidas fermento-destiladas possuem carateristicas prdpnas de aroma e sabor,
conferidas por impurezas decorrentes do processo fermentative. A menos que se
modifique um hAbito arraigado, as aguardentes nao serao produzidas por diluigao
do etanol puro, obtido por sfntese. Altin disso, sera necessArio mudar a legislagao,
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e tipos de solos, permite seu cultivo em quase todo o temtdrio e durante todo o
ano.
• —Na obtengao do alcool por via fermentativa, distinguem-se ties fases: o prepare
d o substrate, a fermentagao e a destilagao.
O preparo do substrato A o tratamento d a materia-prima para dela se extrafrem
os agticares fermentesdveis. Difere para as distintas matdrias-primas.
A fermentagao A u m processo comum a todos os substrates agucarados, cujo
prinefpio A a transformagao dos agticares em etanol e didxido de carbono. As
variagoes entie os processos de fermentagao sao apenas em detalhes.
Na destilagao, separa-se o etanol, geralmente em duas operagoes. A primeira
para o separar do substrato fermentado, sob a forma de mistura hidroalcodhca
impurificada com aldefdos, dsteres, alcoois superiores e Acidos organicos. Outra,
para separar as impurezas d o etanol.
' 1 . 3 - Materias-primas, composigao e conservagao
Qualquer produto que contenha agucar ou outro carboidrato, constitui-se em
materia-prima para a obtengao do etanol. Entretanto, para que seja viavel econo-
micamente & precise considerar-se seu volume de prpdugao, o rendimento indus-
trial e o custo de fabricagao.
HA vArias maneiras d e classificar as materias-primas para a produgao de etanol,
mas qualquer dos critdrios que se adote deixa algo a desejar. Podemos dassificA-las
em materias aquearadas, agrupando cana-de-agucar, beterraba agucareira, sorgo
sacanno, milho sacarino, melagos, mel de abelhas e frutas; em materias amildeeas e
feculentas, agrupando graos amilaceos, raizes e tubdrculos feculentos; e em materias
celulostcas, incluindo palhas, madeiras, residues agrfcolas e residues sulfiticos de
fabricas de papel.
Entre as materias agucaradas, costuma-se distinguir as diretamente fermen-
tesefveis e as nao diretamente fermentesa'veis. As primeiras sao as que contdm
monossacarfdeos e se limitam aos sucos de frutas. Sua importancia reside na
produgao de Alcool em bebidas como o vinho e a sidra. As n a o diretamente
fermentesa'veis sao as que contdm os dissacarideos, que fermentam apds uma
hidrdlise, A qual se d a o nome de inversao, e que se realiza naturalmente por agao
da invertase, enzima produzida pelo agente de fermentagao. A sacarose A a repre-
——— sentante mais importante dos componentes da cana-de-agucar e dos melagos. O
processo de alcoolizagao A fAdl, nao exige conhetimentos profundos e a matdria-
prima que se usa nas indtistiias nem sempre A pura.
As matArias amilAceas e feculentas fermentam apds uma hidrdlise, que se
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que nao permite o desdobramento d e Alcool para produzir bebidas. denomina de sacarificagao, pela qual o amido infermentesa'vel se transforma em
Um dos fatores que toma a produgao de etanol por fermentagao a forma mais agucar fermentescfvel. A alcoolizagao processa-se atiavAs de tecnicas industrials
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economics d e s u a obtengao, A o grande niimero de matdrias-primas naturais mais complexas, em alguns casos, a semelhanga de trabalhos de laboratdrio. Pela
existentes em todo o Pafs. Sua distribuigao geogrAfica, que encerra diversos climas necessidade de maiores conhetimentos, pelas dificuldades de conservagao e d e
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