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VIA SACRA

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


Vinde Espírito Santo... Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Então que farei de Jesus, chamado o Messias? E eles gritaram: Crucifica-o!


Porquê? Que mal fez ele? Eles continuaram a gritar: Crucifica-o! Crucifica-o!
Então Pilatos pôs Barrabás em liberdade. Depois de mandar flagelar Jesus,
entregou-o aos soldados romanos para que o levassem a ser crucificado.
(Mt 27, 22-23.26)

PRIMEIRA ESTAÇÃO
Jesus é condenado à morte

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: “Seja crucificado!”


Senhor Jesus, este grito de condenação, este berro desumano, continua a
levantar-se contra Ti de uma multidão concitada, irresponsável, sugestionada e
alucinada pelo mal.
Não é a Ti, que agora és o Eterno Vivente, mas a si próprio que o homem se
condena à morte, quando não se importa que a injustiça prevaleça, quando
escolhe a violência e a corrupção, quando esmaga o pequeno e o inocente e
despreza a própria dignidade humana.

Todos: Pelo Teu silêncio de humildade de amor e pelo profundo sofrimento de


Maria Tua mãe, Senhor Jesus, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...


Canto: A morrer crucificado,
Teu Jesus é condenado,
Por teus crimes, pecador...
Por teus crimes, pecador!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus... Perdoai-me, meu Jesus.
Antes disso, levaram Jesus para o pátio do quartel e reuniram toda a guarnição.
Tirando-lhe a roupa, vestiram-no com um manto vermelho escuro, fizeram uma
coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, meteram-lhe uma vara na mão direita
como se fosse o bastão de um rei e, ajoelhando-se diante dele, faziam troça,
gritando: Viva o rei dos judeus!
Cuspiam-lhe e, tirando-lhe a vara da mão, batiam-lhe com ela na cabeça. Depois,
tiraram-lhe o manto, vestiram-no com as suas próprias vestes e levaram-no para
fora para ser crucificado.
(Mt 27, 27-31)

SEGUNDA ESTAÇÃO
Jesus toma a cruz aos ombros

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: Jesus, Nosso Senhor, toda a Tua vida sobre a terra foi um caminho de
humilhação e de cruz. Foi para carregar o madeiro do suplício que na humildade
de Nazaré Te aperfeiçoaste no trabalho diário e depois, indo pelas cidades e
aldeias, levou aos pobres o anúncio do Reino dos céus, o Teu Reino, que não é
deste mundo. A tua carga, Senhor, somos nós, duros de coração e lentos de
entendimento, somos nós, sempre que atribuímos aos outros o peso da nossa
falsa consciência, sempre que em face da pobreza e dos gritos de socorro ficamos
parados, como cativos da nossa covardia.

Todos: Ó bom Pastor, que ainda carregas sobre os Teus sagrados ombros toda
a humanidade, qual ovelha perdida, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: Com a cruz é carregado


E do peso acabrunhado
Vai morrer por teu amor...
Vai morrer por teu amor!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
Contudo Ele tomou verdadeiramente sobre si as nossas enfermidades; e os nossos
sofrimentos pesaram sobre Ele. Pensamos que era afligido, castigado por Deus,
humilhado! Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e esmagado pelas
nossas culpas! Foi castigado para que pudéssemos ter paz; pelas suas feridas
fomos sarados. Perdemo-nos como ovelhas tresmalhadas! Deixamos o caminho
certo para seguir a nossa própria via. Contudo Deus fez cair sobre Ele os pecados
e a culpa de cada um de nós. (Is 53, 4-6)

TERCEIRA ESTAÇÃO
Jesus cai pela primeira vez

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: As Tuas quedas, Senhor Jesus, são um mistério de compaixão para nós:
foi na nossa fraqueza humana que Tu quiseste padecer. “O espírito está pronto –
disseste, mas a carne é fraca”. Tu, Deus Forte, caíste sob o peso da cruz para que
cada homem reconheça a sua fraqueza e não confie em si mesmo, mas encontre
na Tua graça a força para se levantar e retomar o caminho carregando atrás de Ti
a sua cruz. Tu estás sempre onde e quando o homem desfalece; é com infinita
misericórdia que o tomas nos braços para que não caia sobre as pedras da rua,
mas se agarre a Ti, Rocha de salvação.

Todos: Jesus, Filho de Deus, que carregaste sobre Ti toda a fraqueza do homem,
tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: Pela cruz tão oprimido


Cai Jesus desfalecido,
Pela tua salvação...
Pela tua salvação!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
José e Maria admiravam-se do que se dizia a respeito de Jesus. Simão abençoou-
os, mas depois disse a Maria: “Uma espada atravessará a tua alma, porque esta
criança será rejeitada por muitos em Israel, mas para ruína deles. Para muitos
outros, porém, será uma grande alegria. E por Ele serão revelados os
pensamentos mais profundos de muitos corações”. (Lc 2, 34-35.51)

QUARTA ESTAÇÃO
Jesus encontra a sua mãe

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: Senhor Jesus, ao longo do caminho da cruz, na hora da solidão e do


abandono, não podia faltar ela, a Tua Mãe.
Desde a Tua infância que trazia no coração a ferida profunda daquela palavra e
guardava-a em silêncio porque, nela a dor também era virgem. Que não falte
nunca, a nenhum homem que sofre, um coração de mãe atenta e piedosa, uma
presença de ternura e de consolação. Possa cada filho reconhecer a mãe, e cada
mãe acompanhar o filho no difícil caminho da vida numa fidelidade que jamais
desista, mesmo diante do sacrifício extremo.

Todos: Ó Jesus, Filho da Bendita entre todas as mulheres, pelo amor e pela dor
da Tua Mãe, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: De Maria lacrimosa


No encontro lastimosa,
Vê a imensa compaixão...
Vê a imensa compaixão!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
Quando eles levavam Jesus para ser morto, Simão, um cirineu que acabava de
entrar em Jerusalém vindo do campo, foi forçado a acompanhá-los, transportando
a cruz de Jesus. Atrás seguia um grande cortejo, incluindo muitas mulheres
vergadas pelo desgosto. (Lc 23: 26-27)

QUINTA ESTAÇÃO
Jesus é ajudado por Simão de Cirene

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: Senhor Jesus, o Teu convite é muito exigente! Nós desejaríamos seguir-
Te no caminho da Vida, e o Teu desejo é ver-nos passar pelo caminho da morte!
E aqui que deparamos com as nossas covardias e os nossos medos.
Para evitar o encontro com a realidade da cruz, nós, de coração endurecido,
trocamos de caminho e fechamos os olhos aos Teus sofrimentos que continuam
vivos, no corpo e na alma dos nossos irmãos. Também nós, como Simão de
Cirene, precisamos que alguém nos incite a carregar, com amor, a cruz dos
outros. Só assim será possível experimentar a grande força de, em conjunto e
com uma fé indomável, enfrentar as múltiplas provações da vida.

Todos: Jesus, Deus Forte, que Te fizeste fraco a ponto de recorrer à ajuda do
homem, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: Em extremo desmaiado,


Deve auxílio, tão cansado,
Receber do Cirineu...
Receber do Cirineu!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
Aos olhos de Deus, ele era o delicado rebento de uma planta, que brota de uma
raiz numa terra seca e estéril. Mas aos nossos olhos não tinha atrativo nenhum,
nada que nos fizesse interessarmo-nos por ele. Desprezamo-lo e rejeitamo-lo, Era
um homem de sofrimentos experimentado nas mais amargas provações.
Voltávamos-lhe as costas e olhávamos para o outro lado quando passava perto.
Era desprezado e não dávamos nenhuma importância. (Is 53: 2-3)

SEXTA ESTAÇÃO
Verônica enxuga o rosto de Jesus

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: Nenhum semblante é mais formoso que o Teu, Senhor Jesus, que vieste
mostrar o resplendor da glória do Pai. Todavia, no caminho da cruz, desfigurado
pela fealdade dos nossos pecados, nem sequer tinhas o aspecto de homem. Foi,
então, que ela pôs em Ti os olhos do coração: foi ela, a piedosa Verônica, que Te
enxugou a face ensanguentada; e Tu presenteaste-a, deixando-a no véu, cheia de
fascinação e de inefável mistério. Aquele gesto de viril coragem e feminil
gentileza foi como que a revelação da Tua identidade, ó Cristo, Filho de Deus!
Que na nossa sociedade em que todo o sentimento puro e delicado é pisado e
feito objeto vulgar e desprezado, a mulher seja ainda e sempre, ó Senhor, um
suplemento de graça e de bondade, um sagrado ícone do qual irradie a Tua divina
e consoladora beleza.

Todos: Senhor, doce face do Servo sofredor, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: O seu rosto, ensanguentado,


Por Verônica é enxugado,
Eis no pano apareceu...
Eis no pano apareceu!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
Eu sou o homem que conheceu a miséria sob a vara do seu furor. Ele me guiou e
me fez andar nas trevas e não na luz... Murou os meus caminhos com pedras,
obstruiu a minha vida... Ele quebrou os meus dentes com cascalho estendeu-me
na cinza. (Lm 3,1-2,9,16)

SÉTIMA ESTAÇÃO
Jesus cai pela segunda vez

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: A primeira queda de alguém pode provocar sentimentos de compaixão e


de compreensão, a recaída, pelo contrário, provoca muitas vezes escândalo e
indignação.
Ó Jesus, homem das dores, quem poderá conhecer o mistério de humildade
escondido no Teu desfalecimento repetido ao longo do caminho? Na verdade Tu
quiseste ser provado em todas as coisas como nós, exceto no pecado. Próprio do
amor que Te levou a revestires-Te das nossas enfermidades, tornaste-Te para nós
fortaleza e escudo contra os assaltos contínuos do mal. Cairemos sim, cairemos
talvez ainda muitas vezes debaixo do açoite da tentação, mas Tu, Senhor,
sustentar-nos-ás, e far-nos-ás caminhar novamente de cabeça levantada, como
partícipes da Tua dignidade real.

Todos: Ó Cristo, Bom Samaritano, piedosamente debruçado sobre as nossas


feridas, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: Outra vez desfalecido


Pelas dores abatido,
Cai por terra o Salvador...
Cai por terra o Salvador!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
Mas Jesus voltou-se e disse-lhes: Filhas de Jerusalém, não chorem por mim mas
por vocês e pelos vossos filhos. Porque vem aí o dia em que as mulheres sem
filhos serão consideradas felizes. As pessoas implorarão às montanhas: Porque se
tratam assim o lenho verde, o que acontecerá com o seco? (Lc 23: 28-31)

OITAVA ESTAÇÃO
Jesus encontra as mulheres de Jerusalém

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: Ó Jesus, uma mulher derramou sobre os Teus pés lágrimas de amor e de
arrependimento. Ainda uma mulher se chamava Maria durante uma última ceia
havia derramado sobre a Tua cabeça perfume de nardo puríssimo. E agora são as
“filhas de Jerusalém”, que a chorar, vêm ao Teu encontro; são mulheres da
estirpe de Raquel, para lançar sobre Ti a amarga lamentação. Sim é muito justo
que Tu sejas chorado como um filho primogênito, o mais querido, destinado à
morte. Mas Tu as convidas a chorar sobre a sua sorte de mães aflitas, de mães
despojadas como árvores de fruto atacadas pelo turbilhão. São uma multidão,
estas mulheres, sobre a terra... Choram, sim, são mães que choram sobre esta
hora trágica da história, mulheres que no Teu e no seio de Tua Mãe derramam o
rio das suas lágrimas, para que cada dor tenha a sua compaixão, a graça do amor
que redime.

Todos: Senhor Jesus, Primogênito entre muitos irmãos, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: Das mulheres piedosas,


De Sião filhas chorosas,
É Jesus consolador...
É Jesus consolador!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
É bom para um jovem estar sob disciplina. Porque fá-lo sentar-se solitário, em
silêncio, sob o controle do Senhor, inclinar o rosto para o chão, para o pó da
terra. Então, no fim, haverá esperança para ele. Que aprenda a dar a outra face a
quem o fere, que saiba enfrentar a afronta. O Senhor não o abandonará para
sempre. Ainda que Deus o faça sofrer, mostrar-lhe a sua compaixão, de acordo
com a sua grande misericórdia. Porque não é do seu agrado afligir as pessoas, ou
fazê-las tristes.
(Lm 3: 27-32)

NONA ESTAÇÃO
Jesus cai pela terceira vez

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: Senhor Jesus, no estrondo da terceira queda reconhecemos a miséria das


nossas presunções. Tu queres ensinar-nos a esperar a salvação somente em Deus
nosso Pai. O Teu silêncio de humildade e o Teu manso padecer fazem-nos
perceber o segredo da força interior que impele para frente no Teu caminho de
obediência filial. Possa esta Tua força de amor comunicar-se ao coração de cada
homem abatido sob os golpes da provação; ao coração de cada jovem preso nas
garras da alienação... Seja quebrado o jugo de toda a escravidão e, reconfortados
pelo Teu perdão, todos os homens possam aliviar-se na fonte viva do Teu Amor
eterno.

Todos: Jesus, nossa força e nossa salvação, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: Cai terceira vez prostrado,


Pelo peso redobrado,
Dos pecados e da cruz...
Dos pecados e da cruz!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
Foram, pois, para um lugar conhecido pelo nome de Gólgota, ou seja, monte da
Caveira. Os soldados deram-lhe a beber vinho misturado com fel, mas, quando o
experimentou, não quis tomar. Depois de o terem pregado na cruz, os soldados
lançaram dados para distribuir as suas roupas entre si. Sentaram-se à volta,
montando guarda enquanto ele ali estava pendurado. (Mt 27: 33-36)

DÉCIMA ESTAÇÃO
Jesus é despojado das suas vestes

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: Entraste no mundo despojando-Te da Tua glória de Filho de Deus, para


nascer filho do homem. Nesta hora tão decisiva da história, a Tua humanidade
continua a ser despojada por mãos profanas... O Teu corpo, que tomou forma
igual à nossa no seio imaculado da Virgem, é desnudado e feito objeto de
irreverência e de vulgaridade. Contudo, Tu eras Rei, Tu eras o único Senhor do
mundo! Ver-te é o mesmo que ver a luz, tocar-Te é como sentir o fogo. Como
ousaremos olhar-Te, nós que Te lançamos em cima o barro do nosso pecado?
Carregando sobre Ti a nossa vergonha, Tu nos revestes da Tua santidade. A Tua
túnica, de uma só peça, é a veste nupcial que dás à Tua queridíssima Igreja.

Todos: Por todas as nossas divisões, Senhor Jesus, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: Dos vestidos despojado,


Por alguns maltratado,
Eu vos vejo meu Jesus...
Eu vos vejo meu Jesus!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: “Este é Jesus, o
Rei dos Judeus”. Com Ele foram crucificados dois ladrões, um à direita, outro à
esquerda. (Mt 27, 35-42)

DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO


Jesus é pregado na cruz

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: Como videira viçosa que a tempestade despojou dos seus ramos verdes,
assim Tu, pregado no madeiro da cruz, Te converteste no drama entre o céu e a
terra. O Teu corpo estendido em dimensão cósmica é a expressão absoluta do
dom e do acolhimento. O velho inimigo está todavia ali, pontualmente, para
desferir o último e desesperado ataque.
Desce...! Salva-Te a Ti mesmo! Senhor Jesus, se Tu tivesses descido da cruz
todos nós estaríamos perdidos; se Tu tivesses manifestado o Teu poder divino,
não teria brotado sobre o mundo o rio de graça que regenera os crente para a
nova vida. Abençoado aquele madeiro por meio do qual Tu mesmo Te pregaste à
vontade do Pai para salvação da humanidade inteira!

Todos: Por todas as nossas covardias e desobediências, Senhor, tem piedade de


nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: Sois por mim à cruz pregado,


Insultado, blasfemado,
Com cegueira e com furor...
Com cegueira e com furor!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
Naquela tarde, a terra inteira ficou escura durante três horas, desde o meio dia
até às três da tarde, altura em que Jesus exclamou: Eli, Eli, lamá sabactâni? Que
quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Jesus deu outro
clamor, entregou o espírito e morreu. (Mt 27, 45-46.50)

DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO


Jesus morre na cruz

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: O poder das trevas parece prevalecer: Tu, Homem Deus, tragicamente
sozinho, suspenso entre o céu e a terra, és o árbitro da história. Esta é a hora
“zero”. O Teu grito de morte rasga a atmosfera cinzenta do tempo e ganha para
nós o limiar resplandecente da vida eterna. O Teu derradeiro suspiro confiando-
Te nas mãos do Pai, torna-se o grito de regozijo no coração da Mãe Igreja, pelo
nascimento do homem novo. Grande é este mistério! E Maria, Tua nossa Mãe, lá
está, junto à cruz, envolta na sabedoria do silêncio.

Todos: Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: Meu Jesus, por mim morrestes,


Por meus crimes padecestes.
Oh, que grande é a minha dor...
Oh, que grande é a minha dor!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
Os soldados escolhidos para estarem de serviço na crucificação ficaram com
muito medo, com o terremoto e com tudo o que aconteceu, e eles próprios
confessaram: Verdadeiramente era o Filho de Deus. E muitas mulheres que
tinham vindo da Galileia com Jesus para tratar dele estavam à distância assistindo
à cena.
(Mt 27: 54-55)

DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO


Jesus é descido da cruz

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: Debaixo da cruz, preparada para Te receber como um cacho maduro


despegado da videira, está a Tua Mãe: cálice a transbordar de amor e de
sofrimento. Mas também outras mulheres, as mais fiéis ficam a olhar-Te, de
coração em pranto pela dor da Tua morte e a angústia de Maria.
Elas representam, todas as mães, todas as filhas, as esposas, as irmãs, todas as
mulheres, ministras da consolação e da caridade. Tu precisas delas
constantemente na pessoa de quem sofre, de quem morre. Suscita ainda, Senhor
Jesus, mulheres da ascendência de Maria, ícones viventes da Tua doce piedade,
para que, desde o berço até à sepultura e mais além, cada criatura humana se
sinta amada e amparada, no Teu santo Nome, no seio da santa mãe Igreja.

Todos: Ó Cristo, cálice da salvação, tem piedade de nós!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: Do madeiro vos tiraram,


E à mãe vos entregaram,
Com que dor e compaixão...
Com que dor e compaixão!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
Quando caiu a noite, um homem rico de Arimateia, chamado José, e seguidor de
Jesus, dirigiu-se a Pilatos e pediu-lhe o corpo dele. Pilatos deu ordem para que
lhe entregassem. José levou o corpo e envolveu-o num grande pano de linho.
Colocou-o no seu próprio túmulo novo que tinha sido escavado na rocha. Ao sair,
rolou uma grande pedra para tapar a entrada. Tanto Maria Madalena como a
outra Maria estavam sentadas perto, a olhar. (Mt 27: 57-60)

DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO


Jesus é sepultado

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos.


R. Porque com a Tua santa cruz remiste o mundo.

Leitor: Sobre o monte Calvário desceu, com a tarde, um profundo silêncio. A


dor já não tem lágrimas, nem palavras, enquanto, envolvido no branco lençol, o
corpo do mais insigne dos filhos do homem é deposto no sepulcro escavado na
rocha. José de Arimateia, o bom discípulo, cumpre os últimos gestos de piedade
humana e de religiosa devoção para com o Mestre. Agora o Rei dorme, vigiado
pelos guardas, mas não está sepultada com Ele a destemida esperança. Sim,
porque depois do seu profundo tormento e de ter oferecido em expiação, Ele verá
a luz. E terá uma longa descendência.

Todos: Jesus, nossa Vida e nossa Ressureição, nós cremos em Ti!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Canto: No sepulcro vos deixaram,


Sepultado vos choraram,
Magoado o coração...
Magoado o coração!
Pela Virgem Dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus...
Perdoai-me, meu Jesus.
ORAÇÃO FINAL:

Ó Cordeiro divino, que vos sacrificastes por nossa salvação!


Ó vítima de amor, que fostes consumida de dores sobre a cruz!
Oh! Soubesse eu amar-vos como vós o mereceis.
Oh! Pudesse eu morrer por vós, como vós morrestes por mim!
Eu, com meus pecados, causei-vos sofrimentos durante toda a vossa
vida;
Fazei que eu vos agrade no resto de minha vida, vivendo só para vós,
meu amor, meu tudo.
Ó Maria, minha mãe, vó sois a minha esperança; obtende-me a graça de
amar a Jesus.

Terminamos o percurso da Via Sacra, na qual meditamos e rezamos


sobre as principais dificuldades que Jesus enfrentou no caminho até o
Calvário.
Continuemos unidos em Cristo com Maria, vivendo com alegria a
presença redentora do Senhor em nossas vidas, testemunhando seu amor
hoje e sempre.

Amém. Assim seja!

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