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15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

Trabalho e calor
Prof. Fábio Bicalho Cano

Descrição

Desenvolvimento das equações de conservação da energia aplicadas


em sistemas fechados e de volume de controle de interesse na
Engenharia.

Propósito

Compreender as fontes de energia, a conversão entre suas formas, o


armazenamento e a transferência na forma de calor, de trabalho em
sistemas fechados e fluxo de massa para os volumes de controle.
Entender os princípios da primeira lei da termodinâmica, um dos pilares
das ciências exatas e da natureza.

Preparação

Antes de iniciar seus estudos, reserve um conjunto de tabelas contendo


dados termodinâmicos. Acesse estes links para download dos arquivos
compactados: termo 18_a (Apêndice A: p. 557 a 573) e termo 19_b
(Apêndice B: p. 575 a 607). As resoluções dos exercícios apresentam
dados termodinâmicos referenciados nessas tabelas.

Antes de iniciar o conteúdo, faça o download do Solucionário. Nele você


encontrará o feedback das atividades.

Objetivos

Módulo 1

Trabalho realizado em um sistema


compressível simples

Identificar a energia e suas formas.

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Módulo 2

Energia interna, entalpia e aplicação do


primeiro princípio da termodinâmica

Calcular problemas de balanço de energia em sistemas fechados.

Módulo 3

Primeira lei aplicada ao volume de controle

Calcular problemas de balanço de energia para os volumes de


controle.

Módulo 4

Processos em regime uniforme e


permanente
Aplicar modelos apropriados aos processos termodinâmicos.

meeting_room
Introdução

1 - Trabalho realizado em um sistema compressível simples


Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a energia e suas formas.

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Vamos começar!

video_library
Trabalho realizado em um sistema
compressível simples
Conheça o trabalho realizado em um sistema compressível simples.

Conceitos básicos
Definição de calor e trabalho

O interesse da termodinâmica reside principalmente nos sistemas


macroscópicos compostos por um conjunto grande de átomos e/ou
moléculas suscetíveis a manipulações que permitem avaliar as energias
transferidas para dentro e para fora do sistema, mas também nas
mudanças das propriedades de estado decorrentes de um processo. No
entanto, uma visão microscópica pode ser muito útil no entendimento
de conceitos básicos. Veja uma distinção importante entre o calor e o
trabalho:

Interpretação microscópica de calor e trabalho.

Na imagem, observamos a energia se transferindo do sistema para a


vizinhança. Se essa transferência de energia promove, na vizinhança,
uma alteração no movimento caótico (movimento térmico) de suas
espécies químicas constituintes, denominamos a transferência de
energia de calor. Quando essa transferência de energia promove, na
vizinhança, um movimento organizado de suas espécies químicas,
denominamos a transferência de energia de trabalho.

Comentário

Numa análise microscópica, podemos dizer que calor é a transferência


de energia que usa o movimento desorganizado (aleatório), e que
trabalho é a transferência de energia que usa o movimento organizado.

Você deve estar se questionando: “Como distinguir calor de trabalho


com base na realidade, no dia a dia, ou seja, numa visão
macroscópica?”

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Calor é a transferência de energia que ocorre em função de um
gradiente de temperatura entre o sistema e a vizinhança. Veja a seguir
os principais mecanismos de transferência de energia na forma de
calor:

Mecanismos de transferência de calor: convecção, condução e radiação

As transferências de energia por convecção, condução e radiação têm


como força motriz a diferença de temperatura. Na convecção, a energia,
na forma de calor, é transferida entre uma superfície e um fluido em
movimento; na condução, o calor é transferido através de um meio
material; e na radiação, o calor é transferido via radiações
eletromagnéticas, na faixa do espectro térmico, de 0, 1μm a 100μm.

Atenção!

Trabalho é tudo aquilo que não é calor, ou seja, para um sistema


fechado, todas as interações de troca de energia que não são
decorrentes de um gradiente de temperatura são denominadas trabalho.

Para ser mais específico, um sistema realiza trabalho quando o único


efeito observado na vizinhança é o de elevação de um peso. Para ilustrar
essa interpretação, observe a imagem:

Interpretação e classificação do trabalho.

Identificamos uma bateria, fios elétricos, um motor elétrico, um eixo,


uma hélice e um gás confinado em uma câmara fechada. Para o
sistema A (gás confinado na câmara), a interação entre o sistema e a
vizinhança se dá por meio do movimento de um eixo, que aciona a
hélice no interior da câmara. Essa troca de energia é denominada
trabalho, pois podemos imaginar a substituição da hélice por uma
roldana conectada a um peso por um fio (parte imaginária destacada à
direita da imagem). Veja mais detalhes sobre esses sistemas:

Sistema A: Trabalho mecânico expand_more

O movimento do eixo na fronteira do sistema provoca a elevação


de um peso, motivo pelo qual a troca de energia é chamada de

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trabalho. Essa forma de trabalho, que vem do movimento de eixo,
é denominada trabalho mecânico.

Sistema B: Trabalho elétrico expand_more

Considerando a bateria como sistema B. A troca de energia entre


o sistema B e a vizinhança se dá por trabalho, pois podemos
imaginar o acoplamento da parte imaginária (fios elétricos,
motor elétrico, eixo, roldana com peso conectado) e constatar a
elevação de um peso na vizinhança. Para o sistema B,
diferentemente do sistema A, observamos uma diferença de
potencial elétrico na fronteira do sistema. Essa forma de trabalho
é denominada de trabalho elétrico.

O que você acha: Calor e trabalho são modos equivalentes de alterar a


energia do sistema? Sim! E a conclusão do experimento ampara essa
resposta. Observe:

Experimento de Joule: equivalente mecânico.

A imagem ilustra o experimento de Joule, em que o calor (medido em


calorias, cal) é a energia térmica transferida e necessária para alterar a
temperatura da água interior do sistema. Assim, Joule comparou a
energia necessária para promover mudanças na temperatura da água
com o trabalho (medido em joules, J) realizado sobre o sistema por
meio da queda de pesos. Como resultado experimental, o físico concluiu
que 1 cal = 4,18 J (essa relação de conversão de unidades é
denominada equivalente mecânico do calor). Ainda, com base nesse
experimento, Joule estabeleceu que calor e trabalho são mutuamente
intercambiáveis e energeticamente equivalentes.

Comentário
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade básica de energia
é o joule (J), seja na forma de calor ou de trabalho.

Convenção de sinais para sistemas compressíveis

As principais características operacionais do calor e do trabalho estão


resumidas na próxima imagem. Essas características são:

1) O calor e o trabalho representam formas de transferência de energia


intercambiáveis entre o sistema e a vizinhança através da fronteira. O
sistema não possui energia na forma de calor ou de trabalho.

2) Durante um processo, observamos no sistema somente alterações


nas propriedades de estado.

3) O calor e o trabalho são fenômenos que ocorrem na fronteira do


sistema que são fundamentados em observações de vizinhança.

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Características importantes de calor e trabalho.

Dessa forma, calor e trabalho são grandezas que fluem através da


fronteira do sistema e necessitam, para sua completa descrição, do
valor numérico e do sentido (entrada ou saída do sistema).

Duas convenções foram estabelecidas para determinar quando o calor e


o trabalho devem ser considerados positivos ou negativos: a convenção
aquisitiva e a convenção de máquinas térmicas. Veja:

Convenção aquisitiva arrow_rightConvenção de má


Quando a energia entra no sistema, ela é positiva Quando o calor q
na forma de calor ou de trabalho. Nessa considerado posi
convenção, a energia é negativa quando sai do sistema também
sistema. acompanhando o
motor térmico, qu
parte desse calor
vizinhança.

Atenção!
Associar ao calor ou ao trabalho um valor positivo ou negativo, nada
mais é que associar, dependo da convenção de sinais, um sentido para a
transferência de energia que, necessariamente, é para dentro ou para
fora do sistema.

Trabalho realizado em um sistema


compressível simples
Trabalho de expansão

O trabalho é uma grandeza escalar. Conforme a Física, é a energia


necessária para deslocar um corpo de uma distância s na direção da
força F . Assim temos:

→ →
 Trabalho  = F ⋅ s = |F | ⋅ |s| cos ϕ

Em que ϕ é o ângulo formado entre os vetores F e s representados, por


convenção, com letras em negrito.

Em consequência dessa definição, temos:

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Trabalho termoelástico ou trabalho de expansão ou trabalho de puxa-
empurra.

Expansão ou compressão de um gás ou um líquido em um conjunto cilindro-pistão.

A imagem apresenta um sistema fechado constituído por um gás ou um


líquido, contido no interior de um conjunto cilindro-pistão, sem atrito,
com área de seção reta A SR
. O trabalho de expansão é positivo, pois
conforme a convenção de sinais de máquinas térmicas, na expansão, a
energia é transferida para a vizinhança. Assim, temos para o trabalho de
expansão contra uma pressão externa total P ext 
:

x2 x2

W expansão  = ∫ F ext  dx = ∫ P ext  A SR dx


x1 x1

Para o conjunto cilindro-pistão, temos: A SR


dx = dV

Portanto:

V2

W expansão  = ∫ P ext  dV
V1

Para o processo de compressão, a variação de volume do sistema é


negativa. A energia na forma de trabalho entra no sistema e é, portanto,
negativa, conforme a convenção de sinais de máquinas térmicas. O
trabalho de compressão será quantificado por:

V1

W compressão  = ∫ P ext  dV
V2

O gás ideal e as leis empíricas de Boyle e de Charles e Gay-


Lussac

Os processos envolvendo gases ideais são muito empregados em


exemplos e em exercícios relacionados com o equilíbrio termodinâmico
e o balanço de energia. Dessa forma, é importante destacar algumas
informações sobre os gases ideais.

A imagem seguinte apresenta o diagrama P − V − T para uma


quantidade fixa de gás que apresenta comportamento ideal. As
projeções no plano P − V fornecem relações empíricas entre a
pressão e o volume à temperatura constante (identificadas por curvas
na cor verde) — conhecidas como lei de Boyle:

P 1 V 1 = P 2 V 2 =  constante 

Os perfis à temperatura constante são chamados de isotermas

Ainda sobre a imagem a seguir, as projeções no plano P − T fornecem


relações empíricas entre a pressão e a temperatura a volume constante
(identificadas por retas na cor vermelho) —conhecidas como lei de
Charles e Gay-Lussac:

P1 P2
= =  constante 
T1 T2

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Os perfis a volume constante são chamados de isócoras

As projeções no plano P − V fornecem relações empíricas entre a


pressão e o volume, a pressão constante (identificadas por retas na cor
azul) — conhecidas também como lei de Charles e Gay-Lussac:

V1 V2
= =  constante 
T1 T2

Os perfis à pressão constante são chamados de isóbaras

Diagrama P − V − T de um gás ideal. Lei de Boyle e Lei de Charles e Gay-Lussac.

Um gás com comportamento ideal não muda de fase, pois as interações


de atração e de repulsão, que proporcionam essas mudanças, não
existem ou são consideradas desprezíveis. A equação de estado de um
gás ideal é escrita como:

¯
P V = nRT

Em que R̄ é a constante universal dos gases, que no SI é igual a:

J
R̄ = 8, 3145
 mol K 

Sabemos que o número de mols, n, é determinado por:

m
n =
M

Logo, podemos reescrever a equação do gás ideal como:

¯
R
PV = m T = mRT  ou P v = RT
M


Em que R = é a constante do gás, que não tem mais um caráter
M

universal, pois varia de gás para gás. O valor de R é tabelado.

Demonstração

Como uma expansão ocorre em um conjunto de cilindro-pistão?

Na prática, para que a expansão ocorra, deve existir um gradiente de


pressão. Para ilustrar esse processo, vamos considerar a expansão
isotérmica de um gás ideal. Inicialmente, o conjunto cilindro-pistão está
em equilíbrio mecânico, isto é, a pressão interna P é igual à pressão
externa P ext
. Para ocorrer a expansão, precisamos de um gradiente de
pressão que será estabelecido com o auxílio de uma trava, que fixa o
volume e não deixa o pistão deslocar com a redução da pressão externa
P ext .

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Conjunto cilindro e pistão

Vamos representar, agora, uma expansão em dois estágios (linha verde)


no diagrama P − V , entre o estado inicial (1) e o estado final (2).

Conjunto cilindro e pistão

No estado inicial, a pressão externa é igual à pressão interna em função


do equilíbrio mecânico. Para expandir em dois estágios, vamos acionar
a trava, reduzir a pressão externa a P/2 e soltar a trava. A primeira
expansão é representada pelo segmento A–B. Estabelecido o novo
equilíbrio no ponto B, acionamos novamente a trava, reduzimos a
pressão externa a P/4 e liberamos a trava, promovendo a segunda
expansão conforme o segmento C–2.

Comentário
Podemos também aumentar mais o número de estágios, por exemplo:
uma expansão em três estágios composta pelos seguimentos D–E
(primeiro estágio), F–B (segundo estágio) e C–2 (terceiro estágio).

Devemos observar que, à medida que o número de estágios de


expansão aumenta, o gradiente de pressão associado a cada expansão
diminui. No gráfico, a expansão em dois estágios tem ΔP = 1/2P ea
expansão em três estágios tem ΔP = 3/4P .

Logo, a expansão real, num conjunto cilindro-pistão, ocorre conforme


uma curva serrilhada (em forma de dentes de serra), apresentando
número de dentes equivalente ao número de estágios de expansão.

library_add_check
Mão na massa
Questão 1

Um conjunto cilindro-pistão, sem atrito e em equilíbrio mecânico,


contém 0,03kg de ar modelado como gás ideal. Sabendo que a
constante do ar é R ar = 0, 287 kJ/kg ⋅ K , o peso do pistão é
igual a:

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A 1,5 kN

B 2,2 KN

C 3,0 kN

D 3,5 kN

E 4,2 kN

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 2

Um gás executa um processo que segue a linha descrita pela


equação P = aV
2
, com a = 304 kP a/m
6
, de tal forma que a
pressão externa P ext
é igual à pressão interna P , conforme o
diagrama P − V apresentado.

Qual é a quantidade de trabalho associada ao processo 1-2?

A –2,4 MJ

B –2,8 MJ

C +3,2 MJ

D +3,6 MJ

E –4,0 MJ

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 3

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Um gás ideal, inicialmente a P1, V1 e T1, segue o processo cíclico da
imagem a seguir. Qual é o trabalho total quando 1 mol desse gás,
inicialmente a 25ºC, realiza o ciclo? Observe que, nesse caso, a
pressão interna é igual à pressão externa.

A 1,0 kJ

B 2,0 kJ

C 3,0 kJ

D 4,0 kJ

E 5,0 kJ

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 4

Um gás em um conjunto cilindro-pistão está submetido a um


processo que acompanha a linha no plano P − V , do estado 1 até
o estado 2, conforme a representação da imagem.

Quanto ao trabalho de expansão representado, assinale a


alternativa correta.

A O trabalho de expansão retira energia da vizinhança.

O trabalho, assim como o calor, é uma propriedade do


B
sistema.

O trabalho depende somente dos estados inicial e


C
final.

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A área sombreada na imagem representa o trabalho


D
executado sobre o pistão.

E O trabalho é calculado como ∫ .


V2
pdV
V1

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 5

Três quilogramas de ar modelado como gás ideal executam o ciclo


fechado apresentado na imagem a seguir. Considere a massa molar
do ar igual a 29 g/mol e a constante universal dos gases igual a
¯
R = 8, 3145 J/mol ⋅ K .

Considerando essas informações, assinale a alternativa correta.

A A pressão em 2 é de 200 kPa.

O trabalho de 1 para 3, considerando a convenção de


B
sinais de máquinas térmicas, é negativo.

Considerando para o ciclo os sentidos 1 – 2 – 3 – 1


C (horário) e 1 – 3 – 2 – 1 (anti-horário), o trabalho é o
mesmo nos dois sentidos.

D O trabalho de 1 para 2 é zero.

O trabalho de 2 para 3 é conduzido a volume


E
constante.

Parabéns! A alternativa D está correta.


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paragraph'%3EEm%20caso%20de%20d%C3%BAvidas%20veja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1
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Questão 6

Em um conjunto cilindro-pistão, o pistão de massa 70 kg, sem atrito,


está inicialmente em equilíbrio quando uma mistura líquido-vapor

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saturada de água se encontra no interior do cilindro.

Adiciona-se energia ao conjunto cilindro-pistão até que o pistão


alcance as travas. Qual é o trabalho realizado nesse processo?
Adote g = 10 m/s².

A 0,50 kJ

B 0,85 kJ

C 1,07 kJ

D 1,34 kJ

E 1,69 kJ

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

note_alt_black
Teoria na prática
Como calcular o trabalho de expansão em quase-equilíbrio?

O trabalho de expansão em quase-equilíbrio (ou quase-estático ou


reversível) é o trabalho associado a um processo que ocorre com
variações infinitesimais. Ao expandir infinitesimalmente, o sistema se
amplia praticamente sem se afastar da situação de equilíbrio, daí a
denominação quase-equilíbrio.

Vamos considerar como exemplo um sistema em que o gás confinado


em um conjunto cilindro-pistão sem atrito expande com a retirada de
pesos infinitesimais, representados pelos grãos de areia. Ao completar
as infinitas expansões, o sistema pode voltar ao estado inicial, sem
gastar de energia, com a devida reposição dos pesos infinitesimais
sobre o pistão, daí a denominação reversível.

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Vamos considerar agora a expansão real:

Se nesse gráfico considerarmos uma expansão com infinitos estágios, o


gradiente de pressão ΔP tende a zero, o que implica P ext 
≅P e uma
convergência das curvas serrilhadas (verde ou vermelha) para a curva
contínua azul. Assim, o trabalho de expansão isotérmico de um gás
ideal em infinitos estágios acompanha a linha e será quantificado por:

V2 V2 V2 ¯
nRT V2
¯
W = ∫ p ext dV = ∫ pdV = ∫ dV = nRT ln ( )
V1 V1 V1
V V1

O processo que acompanha uma linha em qualquer diagrama é


reversível (em quase-equilíbrio) e a área abaixo da linha é
numericamente igual ao trabalho.

Mostrar solução expand_more

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

No conjunto cilindro-pistão representado, uma massa de 300 kg cai


4,0 m acionando a hélice e promovendo um aumento de volume no
cilindro de 0,050 m³.

O pistão tem massa igual a 60 kg. Para a convenção de sinais de


máquinas térmicas, desprezando qualquer tipo de atrito, o trabalho
líquido realizado pelo gás nesse processo é igual a:

A +6,2 kJ

B –6,2 kJ

C –12 kJ

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–5,8 kJ

E +5,8 kJ

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-paragraph%20u-text--
medium'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%20

Questão 2

Um conjunto cilindro-pistão contém 500 g de R-134a, a 100kPa e



50 C , com volume específico é de 0, 2595 m 3
. Esse
/kg

refrigerante é resfriado e seu volume é reduzido a um quinto do


volume inicial. O peso do pistão e a atmosfera local são tais que
uma pressão de 450kPa equilibra o conjunto cilindro-pistâo após o
resfriamento. Considerando a convenção de sinais de máquinas
térmicas, qual é o trabalho associado a esse processo?

A +83 kJ

B –83 kJ

C –47 kJ

D +47 kJ

E –95 kJ

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

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2 - Energia interna, entalpia e aplicação do primeiro princípio


da termodinâmica
Ao final deste módulo, você será capaz de calcular problemas de balanço de energia em
sistemas fechados.

Vamos começar!

video_library
Energia interna, entalpia e o primeiro
princípio da termodinâmica
Conheça a origem da energia interna e seu contraste macroscópico com
as energias cinética e potencial além de induzir o raciocínio para a
formulação de uma expressão para o balanço de energia em um
sistema de massa de controle.

Energia interna
A energia interna U é a soma de todas as formas microscópicas de
energia de um sistema. Veja algumas dessas energias:

Matéria e algumas de suas formas de energias microscópicas.

A energia interna total de um sistema é uma composição da energia


potencial intermolecular(relacionada com as forças entre moléculas), da
energia cinética molecular (associada à velocidade de translação das

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moléculas) e da energia intramolecular (vinculada com a estrutura
molecular e atômica).

Teoricamente, no zero absoluto de temperatura (0 K ou 0 R), temos um


estado termodinâmico em que todos os movimentos moleculares estão
congelados, ou seja, a estrutura da matéria não tem mobilidade.

Atenção!
No zero absoluto de temperatura, a energia do sistema é zero?

Não. A energia total absoluta de um sistema não pode ser quantificada,


pois não é possível medir completamente todos as formas de energia. A
zero Kelvin, a matéria existe. Dessa forma, as energias de ligações, as
rotações dos elétrons e núcleos, as translações dos elétrons ao redor do
núcleo, as energias dentro do núcleo etc. continuam a existir. Portanto,
não é nula a energia.

Entalpia
Considerações sobre a entalpia

A entalpia H é uma medida da quantidade de energia de uma


substância ou de um sistema, muito útil em uma situação de
escoamento, ou quando a substância, ou o sistema, estão submetidos a
um processo a pressão constante.

Por definição, temos para entalpia:

H = U + pV ( f orma extensiva )

h = u + pv (f orma intensiva) 

Para a região de mistura líquido-vapor saturada, a entalpia específica h e


a energia interna específica u são calculadas com base no título x de
forma equivalente ao volume específico v:

v = (1 − x)v liq + xv vap

u = (1 − x)u liq + xu vap

h = (1 − x)h liq + xh vap

Função de estado

Função de estado é qualquer propriedade termodinâmica cujo valor para


o processo seja independente do caminho. Matematicamente, a variável
que não depende do caminho é chamada de variável de ponto; a variável
que depende do caminho, variável de linha.

Podemos verificar na próxima imagem que as variáveis de estado são


variáveis de ponto, pois estão associadas a um estado de equilíbrio
pontual. Assim, para o estado 1, o equilíbrio é definido com base nos
valores de pressão, temperatura, volume específico, energia interna,
entalpia e entropia próprios do estado 1. Para o estado 2, outro conjunto
dessas mesmas propriedades o definem — em relação ao estado 1, pelo
menos uma dessas variáveis foi alterada.

Comentário
Independentemente do processo (1 ou 2), o valor da variação dessas
propriedades de estado é o mesmo, pois a diferença é quantificada pelo
valor da propriedade no estado final menos o valor da propriedade no
estado inicial. Podemos dizer que a variação das propriedades de
estado são funções de estado. Já o calor e o trabalho não são funções
de estado, pois seus valores dependem do caminho.

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A quantidade de calor (representada por đq ou δq ) e a quantidade de


trabalho (representada por đw ou δw ) são variáveis de linha ou de
caminho.

Variáveis de linha e variáveis de ponto.

Calor e trabalho não são funções de estado e, conforme a matemática,


são tratados como diferenciais não exatas, ou seja:

∫ δw = w
}  Dif erenciais inexatas 
∫ δq = q

As variações das propriedades de estado são funções de estado e,


portanto, são diferenciais exatas, o que nos permite escrever:

∫ dU = ΔU
}  Dif erenciais exatas 
∫ dH = ΔH

Aplicação do primeiro princípio da


termodinâmica
Formulação do primeiro princípio da termodinâmica aplicado a
um sistema de massa de controle

As diversas formas de energia que compõem a energia total do sistema


podem ser divididas em formas macroscópicas e formas
microscópicas:

Formas macroscópicas expand_more

Energias que o sistema possui como unidade única e coesa e


são medidas em relação a um referencial externo, como energia
cinética (EC) e energia potencial (EP).

Formas microscópicas expand_more

Energias vinculadas à estrutura molecular da matéria e do seu


grau de atividade molecular cujos valores não dependem de um
referencial externo. As energias microscópicas são denominadas
energia interna (U).

A imagem a seguir ilustra a necessidade de um referencial externo para


a quantificação da energia cinética do sistema (automóvel). O mesmo
deve ser observado para a energia potencial.

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15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

O que é energia?

Um dos conceitos mais importantes da termodinâmica é o de energia. A


energia faz parte do nosso dia a dia e, intuitivamente, a definimos como
“a capacidade de realizar trabalho”. Mas essa definição não é boa! De
forma bastante abstrata, podemos definir energia como “a capacidade
de produzir um efeito. Para definir a primeira lei da termodinâmica,
vamos considerar os seguintes fatos práticos:

flag Fato 1

A energia não aparece do nada. Se um sistema


ganha energia, essa energia veio de algum lugar.

flag Fato 2

A energia não pode ser criada nem destruída, mas


somente convertida de uma forma em outra.

flag Fato 3

Não existe uma máquina capaz de realizar um


trabalho sem consumir energia ou aproveitar a
energia de outra fonte.

flag Fato 4

A energia total de um sistema isolado é constante.

flag Fato 5

Qualquer lei de conservação estabelece que:


(Entrada)-(saída)=(Armazenamento).

Assim, a primeira lei da termodinâmica procura relacionar as mudanças


de estado com as quantidades de energia na forma de calor e de
trabalho. Historicamente, a primeira lei da termodinâmica foi
estabelecida para um processo cíclico: para realizar o ciclo, o calor
líquido transferido deve ser igual ao trabalho líquido produzido. Assim,
temos a formulação da primeira lei da termodinâmica para um processo
cíclico:

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15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

∮ δq = ∮ dw

Atenção para estas duas perguntas:

A primeira lei da termodinâmica só se aplica aos


processos cíclicos? expand_more

Não

Como estender essa lei para um processo não cíclico? expand_more

Vamos considerar o processo cíclico a seguir, que sai do ponto 1


e volta para esse mesmo ponto realizando um ciclo.

Processo cíclico genérico no plano p-v, composto pelo processo direto A e pelo
processo inverso B.

Para a imagem do processo cíclico genérico no plano p-v, composto


pelo processo direto A e pelo processo inverso B, podemos escrever
com base na 1ª lei da termodinâmica:

2 1 2 1

∫ δq A + ∫ δq B = ∫ δw A + ∫ δw B
1 2 1 2

Invertendo os intervalos de integração do processo B, temos:

2 2 2 2

∫ δq A − ∫ δq B = ∫ δw A − ∫ δw B
1 1 1 1

Rearranjando:

2 2

∫ (δq − δw) A = ∫ (δq − δw) B


1 1

A expressão anterior mostra que a diferença entre calor e trabalho é


uma função de estado, pois δq − δw não dependem do caminho.
Assim, podemos definir uma nova função de estado (E), que representa
a energia total do sistema. De forma que:

dE = δq − δw

Essa expressão traduz a formulação da primeira lei da termodinâmica


para um processo não cíclico.

Considerando as energias macroscópicas e microscópicas, temos:

dE cinética  + dE potencial + dU = δq − δw

Para um referencial interno ao sistema, temos a expressão da primeira


lei da termodinâmica para um sistema fechado, denominado massa de

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15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
controle:

dU = δq − δw

Nessa formulação, adota-se a convenção de sinais de máquinas


térmicas, uma vez que, para o balanço de energia, a variação da energia
interna (armazenamento) é igual ao calor recebido (positivo) menos
(sinal de balanço) o trabalho realizado (positivo).

Demonstração

Um recipiente criogênico fechado de paredes rígidas e acoplado com


válvula de segurança contém nitrogênio líquido a 80 K e título 4,7%.

Recipiente criogênico
Isolante térmico que permite armazenar líquidos ou gases a temperaturas
muito abaixo de 0°C.

Recipiente criogênico.

A válvula de segurança abre quando a pressão atinge 10 MPa. Em


função de um problema no isolamento térmico do recipiente, a
temperatura do nitrogênio subiu e a válvula de segurança abriu.
Determine:

A B

A temperatura de abertura da A quantidade de energia na


válvula. forma de calor fornecida para o
recipiente.

Solução

Como o recipiente é rígido, antes da abertura da válvula, o volume


específico do nitrogênio no interior do recipiente não se altera. Assim
temos:

Tabela B.6.1 (p. 602) - Nitrogênio saturado

3
T = 80 K : v liq = 0, 001259 m /kg

e:

3
v vap = 0, 163735 m /kg

Logo:

v = (1 − x)v liq + xv vap 


3
v = (1 − 0, 047) × 0, 001259 + 0, 047 × 0, 16375 = 0, 008896 m /kg

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15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

Considerando a Tabela B.6.2 (p. 604) – Nitrogênio superaquecido

3 3
P = 10000kPa : T = 300 Kv = 0, 00895 m /kg ≅ 0, 008896 m /kg

Dessa forma:

A temperatura de abertura da válvula é de 300 K ou 27 °C.

Para o cálculo do calor:

Primeira lei da termodinâmica: du = δq − δw

δw = 0 (recipiente de paredes rígidas: dv = 0 )

Logo: du = δq ou q = Δu

Tabela B.6.1 (p. 602) - Nitrogênio saturado

u inicial  = (1 − x)u liq + xu vap 

u inicial  = (1 − 0, 047) × (−116, 86) + 0, 047 × 56, 20 = −108, 7 k

Tabela B.6.2 (p. 604) - Nitrogênio superaquecido

P = 10000kPa : T = 300 Ku f inal  = 202, 38 kJ/kg

Portanto:

q = Δu = u f inal  − u inicial  = 202, 38 − (−108, 7) = 311, 1 kJ/kg

library_add_check
Mão na massa
Questão 1

Considere os quatro sistemas fechados, em que os comprimentos


das setas representam os valores relativos do calor q e do trabalho
w .

Para esses processos, assinale a alternativa correta.

A O Sistema 4 tem ganho líquido de energia.

B Para o Sistema 1, dU > 0.

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C Para os Sistemas 1 e 4, dU < 0.

D Os Sistemas 2 e 3 têm ganho líquido de energia.

E Para o Sistema 2, dU < 0.

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 2

Um processo cíclico é composto de quatro etapas. As quantidades


em kJ associadas a cada etapa estão discriminadas na tabela:

Processo Q W

1→2 500 –200

2→3 Q2-3 600

3→4 400 W3-4

4→1 –500 W4-1

Fábio Bicalho Cano

Com base na convenção de sinais de máquinas térmicas, os valores


em kJ de U2 – U1, Q2-3, W3-4 e W4-1 são, respectivamente:

A 300, 1200, 200 e –500.

B 700, 0, 200 e –500.

C –700, 0, 200 e –500.

D –300, –1200, –200 e 500.

E 700, 0, –200 e 500.

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 3

Um sistema produz 7 MJ de trabalho, recebe 8 MJ de energia na


forma de calor e simultaneamente rejeita 3 MJ de calor. Segundo a

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15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
convenção sinais de máquinas térmicas, a variação de energia
interna do sistema é igual a:

A 2000 kJ

B 12000 kJ

C –2000 kJ

D 18000 kJ

E –12000 kJ

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 4

Considere o conjunto cilindro-pistão, sem atrito, inicialmente em


equilíbrio com vapor de água saturado, conforme a imagem.

O calor é adicionado até que a temperatura do vapor alcance 600ºC.


Com base na análise desse processo e na tabela de dados
termodinâmicos, assinale a alternativa correta.

A A massa total de água no sistema é de 55 g.

B A temperatura do vapor ao atingir a trava é de 500ºC.

C A pressão final do vapor é igual a 252 kPa.

D O trabalho realizado pelo pistão é de 8,0 kJ.

E O calor adicionado é igual a 100 kJ.

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EEm%20caso%20de%20d%C3%BAvidas%20veja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1
-%20Recurso%20Video%20Player%20-%20start%20--
%3E%0A%3Cyduqs-video-
player%20src%3D%22https%3A%2F%2Fplay.yduqs.videolib.live%2Fhome%3Ftoken%3D8a5e245111a446c095eee6781a21

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 24/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
video-player%3E%0A%3C!--%20Recurso%20Video%20Player%20-
%20end%20--%3E%0A

Questão 5

Considere o conjunto cilindro-pistão sem atrito, em que 1,5 kg de


água a 500ºC estão inicialmente em equilíbrio a uma pressão
atmosférica constante de 100 kPa. Essa água é então resfriada até
se tornar vapor saturado.

Qual é a quantidade de calor retirada do conjunto cilindro-pistão


nesse processo?

A 1,2 MJ

B 1,2 kJ

C 6,6 kJ

D 0,66 MJ

E 0,28 MJ

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 6

No conjunto cilindro-pistão, sem atrito, 0,5 kg de amônia


superaquecida está incialmente em equilíbrio a 100 kPa e 10ºC.

Transfere-se calor para a amônia até que o pistão alcance as travas


quando o volume é de 1,0 m³. Quanto de calor foi adicionado ao
sistema?

A 80 kJ

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 25/53
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B 105 kJ

C 128 kJ

D 144 kJ

E 155 kJ

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

note_alt_black
Teoria na prática

Cinco quilogramas de vapor de água são submetidos a um processo de


quase-equilíbrio, executando o ciclo Stirling, composto por dois
processos isotérmicos e dois isocóricos.

Determine o calor líquido transferido ao vapor de água que executa esse


ciclo Stirling.

Mostrar solução expand_more

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

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Para o sistema termicamente isolado da imagem, qual é variação
da energia interna do ar contido no reservatório fechado?

A – 22 J

B 22 J

C – 188 J

D 188 J

E 0J

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 2

O conjunto cilindro-pistão na imagem a seguir está inicialmente em


equilíbrio com vapor de água a 500 ∘
C e 500kPa, onde o volume
específico e a entalpia são, respectivamente, v 3
= 0, 71093 m /kg

eh = 3483, 82 kJ/kg .

Resfria-se calor do sistema até que o pistão atinja as travas. Para


esse processo, qual é a variação de entalpia?

A +640 kJ

B –810 kJ

C –1050 kJ

D +1500 kJ

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 27/53
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E –1870 kJ

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

3 - Primeira lei aplicada ao volume de controle


Ao final deste módulo, você será capaz de calcular problemas de balanço de energia para os
volumes de controle.

Vamos começar!

video_library
Primeira lei aplicada ao volume de
controle
Entenda o conceito de volume de controle, o conceito de energia de
escoamento e sua inserção no balanço de energia representado pela
primeira lei da termodinâmica.

Volume de controle
Entendendo o volume de controle

Pense na água que sai por um terminal de mangueira. Quais são as


energias que essa água contém? Com base em um externo ao terminal

de mangueira, podemos identificar as energias cinética (


1
mV
→ 2
) e
2

potencial (mgz), em que z é a elevação. Com base na energia


microscópica, podemos identificar a energia interna, intrínseca à matéria
água que está em escoamento. Com base no escoamento, podemos

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15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
identificar a energia de escoamento associada à pressão da água no
terminal.

Comentário
Os sistemas abertos muitas vezes apresentam escoamento de um
fluido (líquido ou gás), como observado em bocais convergentes e
divergentes, turbinas, bombas, compressores e dispositivos de
estrangulamento de fluxo. Nesses sistemas, além da troca de energia na
forma de calor e de trabalho, devemos considerar também as trocas de
energia associadas às vazões de massa que, na entrada, têm
determinada energia e, na saída, outra energia.

Para os sistemas abertos, é muito conveniente equacionar o balanço de


energia com base no volume de controle (VC), que é definido como uma
região no espaço através da qual acontece escoamento de massa. A
superfície fechada (geralmente representada de forma pontilhada) que
envolve o volume de controle é denominada superfície de controle (SC).

A seguir vemos um volume de controle genérico. Observe uma vazão


mássica de entrada e uma vazão mássica de saída com suas energias
intrínsecas:

Representação do volume de controle (VC), da superfície de controle (SC) e das energias


intrínsecas associadas às correntes de massa de entrada e de saída.

Energia de escoamento
Entendendo a energia de escoamento

A energia de escoamento — ou trabalho de escoamento, ou energia de


fluxo, ou energia de pressão — corresponde ao trabalho em processo
quase-estático necessário para promover o deslocamento de um
elemento de volume de fluido de massa m na corrente de fluido.

Para demonstrar o cálculo da energia de escoamento, observe a


imagem:

Representação de um elemento de volume de fluido com volume V, pressão P, massa m e


comprimento L na entrada do volume de controle (VC).

Para o cálculo da energia de escoamento (vide imagem acima), vamos


considerar um pistão imaginário que será utilizado para introduzir um
elemento de volume de fluido de massa m e comprimento L no VC.
Assim, temos:

ç
W escoamento  = ( For a ) ⋅ ( deslocamento )

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 29/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

Ou seja:

W escoamento  = F ⋅ L = P ⋅ A SR ⋅ L = P ⋅ V

Sabemos que:

V
v = ⇒ V = v ⋅ m
m

Portanto, a energia específica de escoamento será calculada como:

W escoamento 
w escoamento  = = P ⋅ v
m

Para análise do sinal da energia de escoamento, vamos considerar a


convenção de sinais de máquinas térmicas e a representação da
imagem a seguir:

Representação para identificação do sinal da energia de escoamento. (a) Situação de entrada no


VC; (b) Situação de saída do VC.

Podemos verificar que a energia de escoamento na entrada do volume


de controle (VC), conforme a convenção de sinais de máquinas
térmicas, é negativo, pois quando o elemento de fluido é introduzido, a
energia, na forma de trabalho, entra VC. Por sua vez, na saída do VC, o
trabalho de escoamento é positivo, uma vez que o elemento de fluido
introduz energia na forma de trabalho na vizinhança. Assim, temos para
a energia específica de escoamento:

 Entrada no VC: w escoamento  < 0

í
 Sa da do VC: w escoamento  > 0

Formulação da primeira lei da


termodinâmica aplicada a um
sistema de volume de controle
Entendendo a primeira lei da termodinâmica

Com base na próxima imagem, podemos escrever a equação da


conservação da taxa de energia para um volume de controle.

Representação esquemática para o desenvolvimento da equação do balanço da taxa de energia —


uma corrente de entrada e uma de saída.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 30/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

Nessa imagem, as variáveis que aparecem com um ponto em cima


representam uma taxa, ou seja, a variável por unidade de tempo. Assim,
temos: vazão mássica ṁ, taxa de calor recebida Q
˙ e taxa (potência) de

trabalho realizado W
˙
. A elevação da corrente de entrada é z e a e

elevação da corrente de saída é z . As energias são escritas por unidade


s

de massa (específicas): energia interna específica u, energia cinética


2
V
específica e energia potencial específica gz.
2

Podemos expressar o princípio da conservação da taxa de energia por:

Essa expressão, em contexto matemático, passa a ser escrita como:

2 2
dE V C V V
e s
˙ ˙
= Q − W + ṁ e (u e + + gz e ) − ṁ s (u s + + gz s )
dt 2 2

Separando o trabalho de escoamento das demais formas de trabalho e


considerando a convenção de sinais de máquinas térmicas, podemos
escrever:

Ẇ = Ẇ útil  + (−ṁ e P e v e + ṁ s P s v s )

Em que a potência útil Ẇ ú til 


representa todas as formas de taxa de
trabalho nas quais o VC pode interagir com a vizinhança, exceto a
potência de escoamento.

A equação do balanço da taxa de energia será escrita assim:

2 2
dE V C V V
e s
˙ ˙
= Q − (W útil  − ṁ e P e v e + ṁ s P s v s ) + ṁ e (u e + + gz e ) − ṁ s (u s + + gz s )
dt 2 2

Rearranjando, temos:

2 2
dE V C V V
e s
˙ ˙
= Q − W útil  + ṁ e [(u e + P e v e ) + + gz e ] − ṁ s [(u s + P s v s ) + + gz s ]
dt 2 2

Pela definição de entalpia: h = u + Pv

Assim:

2 2
dE V C V V
e s
˙ ˙
= Q − W útil  + ṁ e (h e + + gz e ) − ṁ s (h s + + gz s )
dt 2 2

Finalmente, considerando mais correntes de entrada e de saída, temos:

2 2
dE V C V V
˙ e s
= Q − Ẇ útil  + ∑ ṁ e (h e + + gz e ) − ∑ ṁ s (h s + + gz s )
dt 2 2
entradas  saidas 

(Primeira lei da termodinâmica para um volume de controle)

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Diante do exposto para o balanço de energia, você consegue escrever o


balanço de massa para um volume de controle?

Com base na imagem anterior, podemos escrever o seguinte balanço de


massa:

Esse balanço, em termos matemáticos, é escrito assim:

dm V C
= ṁ e − ṁ s
dt

Para várias entradas e saídas, temos a equação geral do balanço de


massa (ou equação da continuidade):

dm V C
= ∑ ṁ e − ∑ ṁ s
dt
entradas  saidas 

Quando trabalhamos com taxas, dois termos são usuais nas ciências
térmicas: Escoamento (ou processo) em regime permanente e
escoamento uniforme.

O processo em regime permanente satisfaz as seguintes condições:

Condição 1 expand_more

O volume de controle não se move em relação ao referencial


externo.

Condição 2 expand_more

O estado termodinâmico da substância não varia com o tempo


em cada ponto do volume de controle.

Condição 3 expand_more

O fluxo de massa em cada área discreta da superfície de


controle não varia no tempo.

O escoamento uniforme é aquele em que os valores da velocidade, da


pressão e da densidade do fluido que escoa são constantes ao longo de
uma seção reta do escoamento, ou podem ser representados por uma
média.

Demonstração

Válvula de estrangulamento é qualquer dispositivo que, ao restringir o


escoamento do fluido, promove redução significativa na pressão de
escoamento. São exemplos de válvulas de estrangulamento: válvulas de
abertura/fechamento reguláveis, tampões porosos e tubos capilares.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 32/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
Por que o escoamento de um gás através de estrangulamento
geralmente resfria a linha a jusante?

Jusante
É o lado para onde se dirige a corrente da água (linha azul).

Resposta

Aplicando a primeira lei da termodinâmica para a válvula, temos:

2 2
dE Válvula  V V
e s
˙ ˙
= Q − W útil  + ṁ e (h e + + gz e ) − ṁ s (h s + + gz s )
dt 2 2

Para a situação de regime permanente, temos:

dE Válvula 
= 0 e ṁ e = ṁ s = ṁ
dt

Logo:

2 2
V − V
e s
˙ ˙
0 = Q − W útil  + ṁ [(h e − h s ) + ( ) + (gz e − gz s )]
2

Em função da área reduzida da válvula e da cinética de transferência de


calor, a troca térmica na válvula é desprezível. Portanto: Q
˙
.
= 0

Nesse tipo de escoamento, não há trabalho útil: W


˙
ú til 
= 0

As variações das energias cinética e potencial podem ser consideradas


desprezíveis.

Assim, a 1a lei da termodinâmica estabelece que: h e


= hs

Ou seja, o escoamento em válvulas de estrangulamento é isentálpico.


Agora:

Isentálpico
Processo termodinâmico que ocorre sem que haja variação da entalpia
específica da substância a ele submetida.

u e + p e v e = u s + p s v s =  constante 

Para os escoamentos através das válvulas de estrangulamento, é


comum observar um aumento da energia de escoamento
. Para manter a entalpia constante, a energia interna deve
(p s v s > p e v e )

ser reduzida (u s
< ue ) , o que promove um resfriamento a jusante com
redução da temperatura.

Para o caso de um gás ideal, a entalpia só varia com a temperatura,


h = h(T ) . Nesse caso, devemos observar a igualdade das
temperaturas, sem o resfriamento.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 33/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

library_add_check
Mão na massa
Questão 1

Assinale o processo em que a aplicação do volume de controle é


inadequada.

A Aquecimento do ar de um balão.

B Enchimento com ar dos pulmões de um balão.

C Escoamento de ar em turbina de avião.

D Funcionamento do coração.

E Respiração humana.

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 2

Uma turbina adiabática, que opera em regime permanente, é


alimentada com metano, conforme a imagem a seguir.

Qual é o trabalho produzido na turbina?

A 500 kJ/kg

B 658 kJ/kg

C 720 kJ/kg

D 862 kJ/kg

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 34/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

E 913 kJ/kg

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 3

O vapor de água escoa em regime permanente através de uma


turbina adiabática.

Se a vazão mássica do vapor é de 15 kg/s, a variação de energia


cinética e a potência produzida pela turbina são iguais,
respectivamente, a:

A +3 kJ e 10 MW

B –4 kJ e 12 MW

C +4 kJ e 15 MW

D –5 kJ e 12 MW

E +5 kJ e 10 MW

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EEm%20caso%20de%20d%C3%BAvidas%20veja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1
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Questão 4

Hélio modelado como gás ideal é comprimido em regime


permanente em um compressor, conforme a imagem a seguir.
Nesse processo, 30 kJ/kg de calor são transferidos para a
vizinhança. A potência consumida no compressor equivale a:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 35/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

A 379 kW

B 454 kW

C 520 kW

D 595 kW

E 620 kW

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 5

N 2 (g) a 127 ∘
C e 3000kPa atravessa uma válvula de
estrangulamento e tem sua pressão reduzida para 100kPa. A
variação na temperatura do N 2
, em °C, na situação de gás ideal
(g)

e na situação de gás real, são iguais, respectivamente, a:

A –3°C e –5°C.

B 0°C e –5°C.

C 0°C e –3°C.

D –10°C e 10°C.

E 10°C e –10°C.

Parabéns! A alternativa C está correta.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 36/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
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Questão 6

No bocal representado, amônia (NH3), em regime permanente, entra

com uma vazão mássica de 5 kg/s a 800 kPa e 80°C e sai a 100
kPa e 30°C. Qual é a taxa de calor trocada no bocal?

A +422 kW

B +565 kW

C +650 kW

D –565 kW

E –422 kW

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

note_alt_black
Teoria na prática
Considere um veículo de passeio que utiliza glicerol como fluido de
arrefecimento do motor. Em situações normais de funcionamento, esse
fluido recebe do motor 20 kW de calor, que devem ser transferidos
totalmente, no radiador, para o ar escoante. Qual será a vazão mássica
de glicerol para uma operação em regime permanente no radiador, se a
variação de entalpia do glicerol for 134 kJ/kg?

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 37/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
Primeira lei da termodinâmica aplicada ao radiador:

dE radiador 
˙
= Q − Ẇ + ṁ glicerol  (h e − h s ) + ṁ ar  (h e − h s )
dt

Considerando regime permanente, com a troca de calor somente entre o


glicerol e o ar e a ausência de trabalho útil, temos:

˙
ṁ glicerol  (h e − h s ) = ṁ ar (h s − h e ) = Q motor 

20
ṁ glicerol = = 0, 149 kg/s ≅ 9, 0 kg/min
134

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Qual é a potência produzida pela turbina adiabática que opera com


vapor de água em regime permanente?

A 1,0 MW

B 2,0 MW

C 3,0 MW

D 4,0 MW

E 5,0 MW

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 2

Ar modelado como gás ideal alimenta o compressor e, em seguida,


o ar passa por um resfriador que opera à pressão constante. Qual é
a quantidade de calor rejeitada no resfriador?

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 38/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

A 187 kJ/kg

B -287 kJ/kg

C 387 kJ/kg

D 487 kJ/kg

E 587 kJ/kg

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

4 - Processos em regime uniforme e permanente


Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar modelos apropriados aos processos
termodinâmicos.

Vamos começar!

video_library
Processos em regime uniforme e
permanente
Entenda o conceito de capacidade calorífica e suas variantes.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 39/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

Capacidade calorífica
Conhecendo a capacidade calorífica

Por definição, capacidade calorífica (C) é a razão entre a quantidade de


energia fornecida na forma de calor (δq) para aumentar a temperatura
de um corpo e o aumento efetivo de temperatura alcançado pelo corpo
(dT ) . Dessa forma, temos:

δq
C =
dT

Reflexão
A capacidade calorífica é uma propriedade intensiva ou extensiva?

É uma propriedade extensiva, pois seu valor é função da massa da


amostra. Para um ΔT fixo, quanto maior a massa da amostra, maior
será a quantidade de calor q fornecida.

A capacidade calorífica é uma função de estado?

Não, pois o calor é uma propriedade do caminho (variável de linha); logo,


a capacidade calorífica não é função de estado.

Observe a dependência da capacidade calorífica com o caminho:

Forma distintas de quantificação da capacidade calorífica em um gás ideal.

Observamos na imagem anterior duas isotermas T e T . Para 2 1

promover um mesmo ΔT = T2 − T1 , podemos seguir o processo


isobárico 1 − 3 ou o processo isocórico 2 − 3 ou qualquer outro
processo entre as duas isotermas T e T 1 2
. Assim, o valor da capacidade
calorífica é função do caminho.

Os processos mais empregados na termodinâmica para a quantificação


da capacidade calorífica são a pressão constante e o volume constante.
Dessa forma, temos:

δq p
Cp = ≡  Capacidade calor f ica í à pressão constante 
dT

δq V
CV = í
≡  Capacidade calor f ica a volume cosntante 
dT

As capacidades caloríficas específicas, ou calores específicos, são


propriedades intensivas tabeláveis, geralmente escritas com letras
minúsculas. Portanto:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 40/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

δq p
cp = ≡  Capacidade calor f ica espec f ica í í à pressão cosntante 
m ⋅ dT

δq V
cV = í
≡  Capacidade calor f ica espec f ica a volume cosntante  í
m ⋅ dT

Para o desenvolvimento das relaçőes entre as funções de estado e as


propriedades físicas do sistema, a termodinâmica se alicerça nos
fundamentos da Matemática. Assim, para a energia interna (U ),
podemos identificar uma dependência natural dessa função de estado
com as propriedades temperatura (T ) e volume (V ), uma vez que a
energia total microscópica da matéria depende da energia térmica (que
tem sua intensidade vinculada à temperatura) e da energia potencial das
moléculas (que estabelece um afastamento entre elas).
Consequentemente, elas determinam um valor para o volume da
matéria.

A energia interna é uma função natural da temperatura e do volume, o


que nos permite escrever:

U = U (T , V )

Como a energia interna é uma função de estado, a sua variação é uma


diferencial exata. Por conceituação matemática:

∂U ∂U
dU = ( ) dT + ( ) dV
∂T ∂V
V T

∂U
A derivada parcial ( ) relaciona a variação da energia interna com
∂T V

∂U
a temperatura e a derivada parcial ( ) relaciona a variação da
∂V T

energia interna com o volume. Para a variação simultânea da


temperatura e do volume, consideramos o somatório das duas parcelas.

Processo a volume constante


Considerando processo com variação de volume nula

Fixando o referencial no sistema, as energias macroscópicas cinética e


potencial não são levadas em conta. Para um sistema fechado,
considerando somente o trabalho termoelástico (trabalho de expansão e
contração de fronteira) para um processo reversível (em quase-
equilíbrio), a primeira lei da termodinâmica é escrita como:

dU = δq − pdV

Como dU é uma diferencial exata, temos:

∂U ∂U
dU = ( ) dT + ( ) dV
∂T ∂V
V T

Assim:

∂U ∂U
( ) dT + ( ) dV = δq − pdV
∂T ∂V
V T

Rearranjando:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 41/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

∂U ∂U
δq = ( ) dT + [( ) + p]dV
∂T ∂V
V T

Para um processo a volume constante, dV = 0

Logo:

∂U
δq V = ( ) dT
∂T
V

Ou seja:

∂U δq V
( ) = = C V ≡  capacidade calor f ica a volume constante  í
∂T dT
V

Portanto, de forma geral:

∂U
dU = C V dT + ( ) dV
∂V
T

Para processo a volume constante:

dU = C V dT

Ou:

∂U
dU = ( ) dT = δq V
∂T
V

Vale destacar que, em um processo a volume constante, a quantidade


de energia trocada na forma de calor é igual à variação de energia
interna.

Reflexão
∂U
Como quantificar ( ) ?
∂V T

Para responder a essa pergunta, James Joule imaginou um


experimento. A imagem abaixo apresenta dois reservatórios de paredes
rígidas, um contendo um gás à alta pressão e outro submetido ao vácuo
(ausência de matéria) em equilíbrio térmico, conectados por uma
∂U
válvula. Assim, na proposta de Joule, ( ) seria medido pela
∂V T

quantificação da mudança de temperatura no banho durante a expansão


isotérmica do gás para o vácuo.

Esquema proposto por James Joule para quantificar a variação da energia interna com o volume
em temperatura constante.

Para o experimento, temos a seguinte interpretação termodinâmica:

dU = δq − p ext dV

Na expansão para o vácuo: p ext


= 0

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 42/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
Portanto: ΔU = q = m água  ⋅ C p,água  ⋅ ΔT

Após vários experimentos, com vários gases, vários níveis de pressão e


várias temperaturas, Joule observou que: ΔT á gua 
= 0

∂U ΔU 0
( ) = = = 0
∂V ΔV V balão sob vácuo 
T

Conclusão de Joule:

∂U
( ) = 0
∂V
T

Hoje temos o entendimento termodinâmico de que a conclusão de Joule


só se aplica para gases com comportamento ideal. Em gases reais,
essa derivada parcial não é zero, podendo assumir valores positivos ou
negativos.

Atenção!
Para um gás ideal

U = U (T )

dU = C V dT

Processo à pressão constante


Considerando processo com variação de pressão nula

Para a entalpia, costumamos associar naturalmente a essa função de


estado as variáveis temperatura e pressão. Assim, temos:

H = H (T , p)

Como dH é uma diferencial exata, temos:

∂H ∂H
dH = ( ) dT + ( ) dp
∂T ∂p
p T

Pela definição de entalpia: H = U + pV

Portanto:

dH = dU + pdV + V dp

Considerando somente o trabalho termoelástico, temos para a primeira


lei da termodinâmica:

dU = δq − pdV

Substituindo a expressão da primeira lei na equação anterior, temos:

dH = δq − pdV + pdV + V dp

Ou seja:

dH = δq + V dp

Para processo à pressão constante:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 43/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

dH = δq p

Em um processo à pressão constante, a quantidade de energia trocada


na forma de calor é igual à variação de entalpia.

Devemos observar ainda que para um processo à pressão constante:

∂H
dH = ( ) dT
∂T
p

Ou seja:

∂H dH δq p
( ) = = = C p ≡  Capacidade calor f ica í à pressão constante 
∂T dT dT
p

Assim, de forma geral:

∂H
dH = C p dT + ( ) dp
∂p
T

Atenção!
Relações importantes para um gás ideal

H = U + pV

¯
H = U (T ) + nRT

H = H (T )

dH = C p dT

Processo politrópico
Reversível com relação funcional entre pressão e volume

Processo politrópico é um processo reversível que estabelece uma


relação funcional entre a pressão e o volume, seguida nos
compressores que movimentam gases com comportamento ideal e
com capacidade calorífica constante. Um processo politrópico segue a
seguinte relação:

n
PV =  constante 

Em que n é denominado expoente politrópico, podendo assumir valores


positivos, negativos, inteiros ou fracionários.

Em um processo de expansão politrópico, como calcular o trabalho?

2
2 2 −n+1
 constante  V  constante 
1−n 1−n
W = ∫ pdV = ∫ dV = ( constante ) ⋅ = (V − V )
n 2 1

1 1
V −n + 1 1 − n
1

Mas:

n n n
PV =  constante  = P 1 V = P2 V
1 2

Assim, substituindo a constante, temos para o cálculo do trabalho:

n 1−n n 1−n
 constante  (P 2 V )V − (P 1 V )V
1−n 1−n 2 2 1 1
W = (V − V ) =
2 1
1 − n 1 − n

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 44/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

Logo, o trabalho de um processo politrópico reversível será calculado


por:

P2 V2 − P1 V1
W =
1 − n

Processo adiabático reversível é um tipo de processo politrópico em que


o expoente polítrópico é dado por:

Cp
n = = k
CV

Logo, o trabalho adiabático será calculado por:

P2 V2 − P1 V1
W adiabático  =
1 − k

Os processos reversíveis são realizados de forma bastante controlada,


acompanhados de variações infinitesimais, sem o afastamento da
situação de equilíbrio. Esses processos não degradam a energia por
dissipação na forma de atrito, ruído, vibração, ou qualquer outro tipo de
degradação. Dessa forma, esses processos são teóricos. Os processos
reais são chamados de irreversíveis, pois são acompanhados da
degradação da energia.

Uma pergunta: Na prática, para que servem os processos reversíveis se


eles não são reais?

Eles são importantes, pois servem como um parâmetro. Um processo


real (irreversível) não pode ser melhor ou mais eficiente que um
processo teórico (reversível).

Uma pergunta chave: Nas representações termodinâmicas, os


processos reversíveis são desenhados com linhas cheias ou contínuas.
Como desenhar os processos reais (irreversíveis)?

Adotando como exemplo um processo no plano p-v, os processos


irreversíveis são desenhados com linhas tracejadas. Veja:

Representações de processos: processo reversível (teórico, linha contínua) e processo irreversível


(real, linha tracejada).

Demonstração

Ciclo Rankine é um sistema de potência integrado que opera com vapor


de água, na sua forma mais simples. Compõe-se pelos seguintes
dispositivos: caldeira (isobárica), turbina (adiabática), condensador
(isobárico) e bomba (adiabática).

Para o ciclo Rankine ideal simples, qual é a energia consumida pela


bomba?

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 45/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

Ciclo Rankine ideal.

Primeira lei da termodinâmica para o volume de controle (bomba):

2 2
dE Bomba V − V
e s
˙ ˙
= Q − W + ṁ [(h e − h s ) + ( ) + g (z e − z s )]
dt 2

Considerando operação em regime permanente e desprezando as


variações de energia cinética e potencial e a bomba adiabática, a
equação fica reduzida a:

˙
W Bomba = ṁ ⋅ (h e − h s )

Ou ainda:

Ẇ Bomba
w Bomba = = he − hs

Sabendo que:

dh = δq + vdp

Para a bomba adiabática, temos:

dh = vdp

Como a bomba movimenta líquidos, que de forma geral são


incompressíveis, o volume específico do líquido que atravessa a bomba
é constante.

Visto que o condensador opera de forma isobárica, a pressão na entrada


da bomba é 100 kPa.

Da tabela de dados termodinâmicos:

Tabela B.1.2

3
P = 100kPa e x = 0 : v liq = 0, 001043 m /kg e h e = 417, 44 kJ/kg

Cálculo do trabalho consumido pela bomba:

w Bomba  = h e − h s = v liq ⋅ (P e − P s ) = 0, 001043 × (100 − 5000) = −5, 1 kJ/kg

library_add_check
Mão na massa
Questão 1

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 46/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
Uma bomba termicamente isolada aumenta a pressão da água de
10 kPa até 4 MPa para entrar em uma caldeira. A potência mínima
consumida pela bomba para uma vazão mássica de 3,0 kg/s é igual
a:

A 12 kW

B 15 kW

C 17 kW

D 19 kW

E 21 kW

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 2

O refrigerante R-134a entra em uma válvula a 1,6 MPa e 70 ºC e sai


a 150 kPa. Qual é a temperatura logo após a válvula?

A 20°C

B 34°C

C 46°C

D 55°C

E 60°C

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 3

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 47/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
Em um recipiente rígido de 2,5 m³, ar modelado com gás ideal é
aquecido de 150 kPa e 50ºC até 5000ºC . Qual é a quantidade de
calor transferida nesse processo?

Dado: Considere a capacidade calorífica específica do ar constante.

A 190 kJ/kg

B 281 kJ/kg

C 323 kJ/kg

D 395 kJ/kg

E 433 kJ/kg

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 4

Considere o esboço de um trocador de calor que opera em regime


permanente. 0 refrigerante R − 410 A entra no trocador com uma
vazão mássica de 300 kg/h e apresenta uma variação de entalpia
Δh = −220 kJ/kg . A variação de entalpia da água é Δh =

40 kJ/kg .

Nesse processo, a vazão mássica de água é igual a:

A 550 kg/h

B 660 kg/h

C 1000 kg/h

D 1650 kg/h

E 1940 kg/h

Parabéns! A alternativa D está correta.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 48/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor
%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 5

Um trocador de calor que opera à pressão constante é usado para


aquecer água fria a 15 ∘
C que entra a uma taxa de 4 kg/s. Para
esse aquecimento, será empregada uma corrente de ar quente de
5 kg/s que entra a 560 K e sai a 300 K. O trocador não é isolado
e tem uma taxa de perda de calor de 200 kW. Considerando os
calores específicos dos fluidos constantes, qual é a temperatura de
saída da água?

A 41°C

B 54°C

C 67°C

D 73°C

E 81°C

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
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Questão 6

Em um conjunto cilindro-pistão, nitrogênio a 800K e 2MPa passa


por um processo de expansão politrópico em que o expoente
politrópico é igual a 1,5 e a pressão final 100kPa. O trabalho
específico e a transferência de calor específica, ambos em kJ/kg,
para esse processo são iguais, respectivamente, a:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 49/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

A +302 e +86.

B +302 e –86.

C –302 e –86.

D –302 e +86.

E +384 e +690.

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
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note_alt_black
Teoria na prática
Um refrigerador com portas abertas em uma sala isolada reduz a
temperatura dessa sala?

Em um primeiro momento, poderíamos considerar um resfriamento nas


proximidades do refrigerador, mas este não é um dispositivo adequado
para emprego em conforto térmico. O refrigerador é dimensionado para
manter a sua região interna em temperatura inferior à temperatura
ambiente.

O refrigerador com as portas abertas operaria fora das condições de


projeto, promovendo maior dissipação de energia, menor eficiência de
refrigeração e maior consumo de energia.

Independentemente das condições de operação do refrigerador, quando


aplicamos a primeira lei da termodinâmica para o sistema (sala isolada),
chegamos à conclusão de que dU = − (−W elétrico  ), ou seja, a
variação de energia interna é positiva e a energia interna do sistema
aumentaria, promovendo assim, um aumento na temperatura da sala.

Conclusão: tal operação, nessas condições e com esse objetivo, não


ocorreria, pois é desfavorecida pela termodinâmica.

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15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

O ar modelado como gás ideal expande de 150kPa, 700K e


1, 34m
3
até 100kPa em processo politrópico com n = 1, 7 .
Considerando a capacidade calorífica constante, quanto de calor é
trocado nesse processo?

A +45 kJ

B –45 kJ

C +55 kJ

D –55 kJ

E 0 kJ

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Questão 2

Na imagem a seguir, o ar realiza o ciclo ABC no diagrama p − v. .


O ciclo consiste em um processo isobárico, um processo
isotérmico e um processo isocórico. Se o ar executa esse ciclo em
um conjunto cilindro-pistão, assinale a alternativa correta.

O trabalho associado ao processo com pressão


A
constante é zero.

B O trabalho líquido do ciclo é zero.

O trabalho associado ao processo com volume


C
constante é zero.

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O calor associado ao processo com pressão


D
constante é zero.

O calor associado ao processo com temperatura


E
constante é zero.

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%20campo%

Considerações finais
Muitos problemas de Engenharia envolvem a aplicação da primeira lei
da termodinâmica. Como vimos, uma lei de conservação da energia.
Para aplicá-la, aprendemos a definir calor e as várias formas de trabalho,
bem como a quantificar as propriedades importantes das substâncias,
como a energia interna e a entalpia, ao trabalhar de forma intensiva com
as tabelas de dados termodinâmicos.

Aplicamos a primeira lei da termodinâmica a vários processos de


interesse da Engenharia, tais como isocóricos, isotérmicos, isobáricos e
politrópicos, comuns aos sistemas fechados em um conjunto cilindro-
pistão. Sem contar os sistemas de volume de controle como
compressores, bombas, turbinas, trocadores de calor e dispositivos de
estrangulamento.

Esse cabedal de informações é fundamental para alicerçar o seu


conhecimento acadêmico na área das ciências térmicas.

headset
Podcast
Para encerrar, ouça um pouco mais sobre o conceito de energia, o
comportamento da energia em sistemas isolados e como é aplicada a
primeira lei da termodinâmica.

Referências

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03526/index.html# 52/53
15/03/2023, 06:27 Trabalho e calor

ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico-Química. 8.ed.Tradução de Edilson


Clemente da Silva et al. Rio de Janeiro: LTC, 2008. v.1, cap. 1-3.

LL, D. W. Físico-Química. Tradução de Ana Maron Vichi. São Paulo:


Pioneira Thomson Learnig, 2005. v. 1, cap. 2.

BRAGA, W. F. Fenômenos de transporte para engenharia. Rio de Janeiro:


LTC, 2006. Cap. 3.

BORGNAKKE, C.; SONNTAG, R. E. Fundamentos da termodinâmica. 7.ed.


Tradução da edição americana – série Van Wylen; revisão técnica de
Macello Nitz. São Paulo: Edgard Blucher, 2009. cap. 4-6.

CENGEL, Y. A.; BOLES, M. A. Thermodynamics: an engineering approach.


5. ed. New York: McGraw-Hill, 2006. cap. 4-5.

COELHO, J. C. M. Energia e fluidos: termodinâmica. São Paulo: Blucher,


2016. v. 1, cap. 2-4.

KROOS, K. A.; POTTER, M. C. Termodinâmica para engenheiros. São


Paulo: Cengage Learning, 2015. cap. 2-4.

LEVENSPIEL, O. Termodinâmica amistosa para engenheiros. São Paulo:


Edgard Blucher, 2002. cap. 3-8 e 11.

MORAN, M. J.; SHAPIRO, H. N.; BOETTNER, D. D.; BAILEY, M. B.


Fundamentals of engineering thermodynamics. 7. ed. New Jersey: John
Wiley & Sons, 2011. cap. 2 e 4.

POTTER, M. C.; SCOTT, E. P. Ciências térmicas: termodinâmica,


mecânica dos fluidos e transmissão de calor.Tradução de Alexandre
Araújo et al; revisão técnica de Sérgio Nascimento Bordalo. São Paulo:
Thomson Learning, 2007. cap. 3 e 4.

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Leia o artigo A definição de energia interna e o enunciado da primeira


lei da termodinâmica nos livros didáticos, de Jornandes Jesús Correia e
Wanderson Costa Oliveira.

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