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Anti-flacidez: fios de PDO estimulam a

produção de colágeno da pele


Além de amenizar aspectos como papada e bigode chinês, os
chamados fios de Polidioxanona estimulam a reserva de
colágeno. Especialistas explicam como funciona o
procedimento e quando ele é recomendado
Com o passar do tempo, a pele vai perdendo sua sustentação e viçosidade, o que
é natural. A novidade é que esse processo agora pode ser desacelerado com a
aplicação de fios de sustentação, o famoso PDO - ou fios de Polidioxanona.
Como os fios estimulam a produção de colágeno eles também estão sendo
utilizados na prevenção do envelhecimento da pele. Quanto antes os cuidados
são iniciados, mais são retardados os sinais de envelhecimento facial.
De acordo com o dermatologista Eduardo Carnavale, são feitas pequenas
demarcações em pontos estratégicos do rosto e pescoço do paciente, nelas são
inseridos os fios, separadamente em cada região e com o auxílio de uma agulha
que contém a ponta romba, ou seja, que não danifica os tecidos. A procura pelo
procedimento vem aumentando consideravelmente e os médicos acreditam que
seja por conta da alta biocompatibilidade do composto e baixo risco da
aplicação.
“Não existe regra quanto a quantidade de fios, isso vai depender da necessidade
de cada pessoa. Os fios de sustentação PDO não causam danos ao organismo e
são absorvidos com o passar do tempo. Além de consertar imperfeições, esses
fios estimulam a produção de colágeno nas regiões onde são inseridos,
mantendo o paciente com uma aparência jovem por mais tempo’, disse o
médico.
Os fios agem na região subcutânea profunda, não são os músculos que são
sustentados e sim os tecidos adiposos. “O profissional deve estar familiarizados
com a anatomia facial para evitar atingir músculos e nervos durante o
procedimento para sustentação de tecidos”, alertou.

COMO OS FIOS ESTIMULAM A PRODUÇÃO DE COLÁGENO


Sobre a ação dos fios, a dermatologista Pauline Lyrio explica que quando eles
são inseridos nas camadas da pele, derme e subderme, causa-se um “trauma
localizado” no percurso da agulha que contém o fio. Isso promove uma
separação dos tecidos locais e injúria aos pequenos vasos sanguíneos, o que
desencadeia um processo inflamatório imediato, seguido da produção de tecido
reparador fibrocolagenoso ao redor do fio.
“Essa resposta inflamatória resulta na neocolagênese, ou seja, a produção de um
novo colágeno. Essa produção será proporcional à espessura e ao comprimento
do fio inserido e também ao tecido atingido por esse procedimento. Isso tudo,
combinado com o efeito de estruturação de tecidos moles que também será
promovido por eles e dará o efeito de sustentação e firmeza da pele”, pontua
Pauline.
A dermatologista salienta ainda que, após um mês da passagem do fio, inicia-se
o processo de formação do novo colágeno e, assim como no caso dos
bioestimuladores, os resultados passam a ser mais perceptíveis a partir de 45 a
60 dias.

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