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Após o evento em Faxinal do Céu, referente o texto aprovado, o mesmo foi encaminhado à

Procuradoria da SEMA-PR para os ajustes legais e necessários. Em seguida remeteu-se ao


Conselho Estadual de Meio Ambiente do PR, no qual analisou, discutiu e aprovou na sua 18ª
Reunião Extraordinária ocorrido em três de novembro de 2010, no auditório da SEMA/PR,
conforme consta na ata. Esta versão foi para o Governador do Paraná na época, Orlando
Pessuti, que deixou de encaminhar para Assembleia Legislativa do Estado. O documento
aprovado pela CEMA ficou na Casa Civil até meados de 2011, pois, com a mudança de governo
com a posse do Sr. Carlos Alberto Richa, precisou de um "referendum" da nova gestão. O novo
governador, por entendimento da Casa Civil devolveu o Projeto de Lei à SEMA-PR, para que
16GT - Política de Educação Ambiental. Disponível em:
http://www.cema.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=122 Acesso em: 09
jan. 2017. 56 fosse novamente aprovado pelo Conselho do Meio Ambiente após avaliação da
Secretaria Estado da Educação (COSTA, 2013). Para tanto, entre os anos de 2011 e 2012 foram
realizadas 43 (quarenta e três) reuniões, da Comissão Especial Temporária - Educação
Ambiental (Portarias CEE/PR nº s 02/12 e 05/13), sendo articuladora da participação de vários
órgãos, tais como: Secretaria de Estado da Educação - SEED, Secretaria do Meio Ambiente -
SEMA, Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente do
Ministério Público do Paraná, Secretaria da Agricultura e do Abastecimento -SEAB, Secretaria
da Saúde - SESA, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - SETI e representantes
das Instituições de Ensino Superior do Sistema do Estadual do Paraná. Nesse período, contou,
inclusive, com a participação de colaboradores eventuais, totalizando a participação de 140
(cento e quarenta) técnicos. Merece referência, a criação dos grupos de trabalhos temáticos, a
realização do Seminário de Educação Ambiental por Bacias Hidrográficas e a constituição da
Rede Paranaense de Pesquisa em Educação Ambiental. (PARANÁ, 2013, p. 13)17 . Durante o
processo de análise aconteceram alguns embates perante a Procuradoria Geral do Estado, que
apontava nos pareceres que a Educação Ambiental fosse uma disciplina obrigatória no ensino
superior. Essa discussão estendeu também ao Conselho Estadual de Educação, conforme bem
trata a ex. Conselheiras Dra. Maria Arlete Rosa no seu artigo científico informado abaixo. A
partir do segundo semestre de 2011, foi possível impulsionar os trabalhos, sendo realizada a
primeira reunião com as instituições governamentais para articulação das ações do Conselho
Estadual de Educação com as instituições que juntos elaboraram a minuta de projeto de lei da
Política Estadual de Educação Ambiental. Um ponto questionado nesta minuta tinha a
necessidade do parecer da Procuradoria do Estado, que questionava a legalidade do artigo que
tratava a Educação Ambiental como disciplina obrigatória para o ensino superior. A polêmica
em torno da Educação Ambiental como disciplina obrigatória possibilitou debate em reunião
do pleno do Conselho Estadual de Educação. A posição dos conselheiros foi unanime de que a
Educação Ambiental não deveria ser disciplina obrigatória, podendo ser facultativa.
Argumentaram que esta temática requer reflexão teórica dos paradigmas filosóficos
relacionados à educação, quanto à abordagem cartesiana em contraposição à visão holística e
sistêmica. Uma vez que, a obrigatoriedade da Educação Ambiental como disciplina, fortalece a
visão cartesiana na construção do conhecimento, a partir da abordagem disciplinar e
fragmentada da realidade e do ambiente, em contraposição à visão de totalidade, holística e
sistêmica necessária para a compreensão ambiental da 17 Esta citação está apensa junto da
Deliberação do Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná nº 04/13, de 12 de nov.
de 2013, cujo estabeleceu as Normas Estaduais para a Educação Ambiental no Sistema
Estadual de Ensino do Paraná. A citação faz parte do conjunto da deliberação, sobre o
processo 1780/2007 de autoria dos conselheiros relatores: Clemência Maria Ferreira Ribas,
Maria Arlete Rosa e Maria Luiza Xavier Cordeiro. 57 realidade, buscada na articulação
transdisciplinar. (CARNIATO; ROSA, 2017, p. 344-345). Depois das decisões dos órgãos
colegiados do executivo, o texto de lei foi encaminhado ao governador, que solicitou
novamente um parecer à PGE – Procuradoria Geral do Estado, no qual segurou o Projeto de Lei
por quase dois anos, para que fosse encaminhado para Assembléia Legislativa para ser
aprovado como texto de lei. Sua publicação aconteceu em 11 de janeiro de 2013/ Lei
17.505/2013. No entanto, o parlamento estadual alterou vários artigos principalmente no que
se refere à estruturação do Órgão Gestor de Educação Ambiental. 2.1.1 Criação do Órgão
Gestor e da Comissão Interinstitucional

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