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ATIVIDADE:

NOME:
1.6
a) Produza um estudo referente a indicadores de acidentes de trabalho, utilizando
informações da AEAT. Apresente o objetivo, a metodologia, os resultados e sua
conclusão acerca do estudo.

Como base para o estudo, leia o texto do artigo constante em


https://www.revistaespacios.com/a14v35n03/14350304.html (OBS.: não necessita
de aprofundamento utilizando-se de conhecimento estatístico)

Data da entrega: até 02 de novembro, via email (jadermoraisborges@gmail.com)


CASO 01

ABRIL VERDE - CONHEÇA HISTÓRIAS POR TRÁS DAS ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DE


TRABALHO EM MT

Já se passaram cerca de cinco anos desde aquela manhã de domingo em que o eletricista Adjamir
Campos, 51, chegou gravemente ferido ao Pronto Socorro de Várzea Grande. Ele foi vítima de um
acidente de trabalho ao cair de quatro metros de altura, de cima da escada que utilizava para fazer o
serviço.

Com a queda, três costelas se quebraram e perfuraram órgãos internos do trabalhador. Segundo os
depoimentos dos colegas de trabalho, ao tentar trocar um refletor, o trabalhador se desequilibrou e caiu
no chão. Foi encontrado delirando de dor. Ele teve duas paradas cardíacas e não resistiu à cirurgia.
Ele havia sido recém contratado de uma empresa de reciclagem no bairro Capão Grande e sua carteira
sequer havia sido assinada.
O seu filho mais velho, Laerton Campos, então com 30 anos, estava em casa, assistindo TV, quando
recebeu a notícia por telefone. Segundo ele, o eletricista estava sozinho no momento da queda e,
conforme ficou comprovado pela perícia, utilizava todos os Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs).
A morte inesperada deixou uma falta que não dá para se medir, um vazio na casa e muitas lembranças,
segundo Laerton. A partida repentina também não permitiu a ele conhecer sua neta mais nova,
tampouco ver o filho se formar em Engenharia de Produção na Unemat. “Com meu pai não tinha tempo
ruim e ele era incrível. Sempre nos ajudou e deu todo o apoio que a gente precisava, mesmo sem
dinheiro. É muito grande a falta que ele faz”, conta.
Abril Verde
28 de abril foi instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o Dia Mundial da
Segurança e da Saúde no Trabalho. Este mês é marcado, em vários países, como uma época de atenção
para os trabalhadores que sofrem acidentes durante suas atividades laborais.
Este ano, a campanha do Abril Verde é focada nos profissionais da saúde devido à maior exposição
deles por estarem na linha de frente no combate e tratamento do novo coronavírus (covid19).
Os números mostram a necessidade de ações para diminuir os riscos a que profissionais da saúde são
submetidos no dia a dia de trabalho. Conforme dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do
Trabalho, foram 2,3 mil registros de acidentes na capital de Mato Grosso entre 2012 e 2018. Em âmbito
nacional, no mesmo período, foram registrados 378 mil casos.
As atividades relacionadas com o atendimento hospitalar figuram em primeiro lugar no ranking de
comunicação de acidentes de trabalho em Cuiabá e também em todo Brasil.  Com 4,4 mil registros,
ficam na terceira posição em âmbito estadual.

https://portal.trt23.jus.br/portal/noticias/abril-verde-conhe%C3%A7a-hist%C3%B3rias-por-tr%C3%A1s-das-estat%C3%ADsticas-de-acidentes-de-
trabalho-em-mt
CASO 02

“Sou um milagre”, conta trabalhador que sobreviveu a queda de elevador

– Estamos caindo!

Essa foi a única frase ouvida dentro do elevador usado na construção de um edifício no bairro Quilombo,
em Cuiabá, enquanto despencava por 18 metros. Depois, o baque, os corpos, a dor e o desespero no
canteiro de obras.

Era janeiro de 2012 e seis trabalhadores entraram no elevador da obra. Aquele dia tinha começado
tranquilo e descontraído. Chegaram 6h30 no serviço, prepararam o café da manhã e, às 7h, começaram a
trabalhar. Os pedreiros foram a primeira turma a subir. Na segunda viagem, entraram três carpinteiros, um
ajudante, o mestre de obras e operador. Ao chegar no 6º andar, sem qualquer sinal que gerasse
preocupação, o elevador começou a descer em alta velocidade.

Dois não saíram dele com vida e um terceiro viria a óbito no hospital. O carpinteiro Elias da Silva é um
dos sobreviventes e hoje, depois de cinco anos, ainda vê, quando fecha os olhos, as imagens do elevador
caído passando em sua mente como uma sucessão de fotografias.

– Todos ficaram paralisados e ninguém falou nada. Foi muito rápido! – recorda sobre a reação dos
colegas.

Nenhum dos envolvidos no acidente teve medo de subir no elevador naquele fatídico dia. Afinal, o
equipamento tinha capacidade para oito pessoas e havia passado por vistoria dois meses antes.

Nos poucos segundos antes de chegar ao chão, Elias conseguiu segurar nas grades de cima. Todavia, com
o impacto, soltou e caiu sentado. Quebrou três vertebras da coluna, mas ainda assim foi o único a
permanecer consciente o suficiente para ver os cinco colegas imóveis e feridos. O mestre de obras e o
operador do elevador estavam mortos e as ferragem todas retorcidas, que acabaram por dificultar o
trabalho de resgate.

Desde então, foram dois anos para tentar se recuperar do acidente: quatro cirurgias no tornozelo, uma
cirurgia na coluna, pinos, hastes e todo um processo de recuperação lento e doloroso.

Apesar de inesperado, o elevador parece ter dado mostras de que iria apresentar algum problema, recorda
Elias.

– Logo depois que passou pela vistoria do engenheiro mecânico, os cabos começaram a fazer um barulho
como se estivessem raspando. Mas aquele barulho parou e o engenheiro garantiu que estava tudo bem –
conta.

http://www.trt23.jus.br/tnt/janelatrt/faltaqueelefaz/index.html
CASO 03

Rafael perdeu o movimento do pé e teme não conseguir acompanhar a filha

– Como vou acompanhar minha filha quando ela começar a correr?

Essa é a pergunta que Rafael Almeida* faz a si mesmo todos os dias quando olha para sua filha de um
ano e pensa nas sequelas do acidente de trabalho que sofreu na tarde do dia 05 de fevereiro de 2016 e que
o fez perder parte dos movimentos do pé esquerdo. Ele era o encarregado da obra, trabalho que exigia
muita agilidade.

No dia do acidente, Rafael estava mais ocupado que o de costume, já que precisou se dividir na
supervisão de três obras. Ao subir em uma escada para o segundo piso de um prédio em construção, ouviu
o barulho da madeira se quebrando e caiu no chão apoiado em uma das pernas.

O estado daquela escada já anunciava a tragédia: tinha sido quebrada uma vez, foi remendada e deixada
no mesmo lugar por um outro empregado.

A altura da queda e o peso de seu corpo ocasionaram diversas fraturas no pé, perna e joelho do
trabalhador. O procedimento cirúrgico, realizado um dia depois, seguido por um ano de fisioterapia não
foram suficientes para livrá-lo das sequelas. Atualmente, com 32 anos, está sem o movimento do pé e
anda com dificuldades.

– Não consigo andar como antes e tudo que eu fazia dependia disso – conta.

A história o fez entrar para uma estatística dolorosa tanto para as vítimas de acidentes de trabalho quanto
para os cofres públicos: No Brasil, as quedas de altura, como a dele, possuem 190 mil registros, o que
correspondem a 6,28% de todos os acidentes de trabalho que acontecem no país, segundo os dados do
Observatorio.

http://www.trt23.jus.br/tnt/janelatrt/faltaqueelefaz/index.html
CASO 04

Operador de máquina é indenizado após ter mão amputada em acidente de trabalho


Um operador de máquina teve sua mão direita amputada após um acidente ocorrido durante a limpeza de
uma máquina laminadora de soja, de acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-
BA), localizado em Salvador. O funcionário, por ordem da justiça, será indenizado no valor total de
R$300 mil, sendo R$200 mil por danos morais e R$100 mil por danos estéticos.
Segundo relato do trabalhador, a sua mão direita foi prensada e esmagada pela máquina enquanto ele
tentava limpar o equipamento. Após ter a mão esmagada, o operador de máquina foi encaminhado ao
hospital, onde passou por uma cirurgia para amputar a mão acidentada.

Ainda de acordo com o funcionário, o protocolo de operações da empresa Bunge Alimentos S/A, foi
seguido de maneira correta, ou seja, o desligamento foi feito de forma remota. 

A versão da empresa, informada ao TRT5-BA, alega que houve negligência por parte do empregado.
Segundo a companhia, o tratamento está sendo acompanhado e será promovida a reabilitação do
operador.

O caso passou pela análise da juíza da Vara do Trabalho de Barreiras, Rivia Carole Nascimento de
Moraes Reis, que constatou que a empresa é responsável pela integridade física e pela segurança dos
seus trabalhadores.

A juíza alegou ainda que a empresa é incumbida de cumprir a legislação e treinar adequadamente seus
funcionários. Assim, se torna possível evitar esse tipo de acidente.

Ou seja, como cabe a empresa garantir um ambiente sem riscos, a culpa não pode ser apenas do
trabalhador. Caso existam fatores que contribuam para um acidente de trabalho, a empresa também é
responsável.

Dessa forma, a juíza estipulou o valor de indenização de R$ 200 mil por danos morais e de R$ 100 mil
por dano estético.

 Houve até um recurso ordinário acionado pelas partes. O relator, o desembargador Luiz Tadeu Leite
Vieira, afirmou que a empresa reconhece que o acidente ocorreu, mas justifica que este ocorreu apenas
por causa de ações por impulso da vítima, responsabilizando apenas o operador.

Segundo o TRT5-BA, o magistrado recordou que a prova da testemunha comprovou que, quando ocorreu
o acidente, a máquina em questão não possuía a devida proteção. Dessa forma, a 3ª Turma do TRT5-BA
decidiu, por maioria, que os valores das indenizações serão mantidos.

https://economia.ig.com.br/2020-10-06/operador-de-maquina-e-indenizado-apos-ter-mao-amputada-em-acidente-de-trabalho.html
CASO 05

Belo Horizonte, MG: Operário morre ao ser atingido por uma peça de 500kg

Mais um operário morreu na construção civil mineira. Manoel Rodrigues de Almeida, 51, é a 17ª vítima
de acidentes de trabalho no setor neste ano no Estado. Ele estava em uma obra na rua Pernambuco, bairro
Funcionários, na região Centro-Sul da capital, quando foi atingido por uma peça de aproximadamente
500kg, que despencou de uma torre usada para fazer a sustentação de terrenos. De acordo com
testemunhas, o trabalhador estava com a cabeça dentro da torre quando foi atingido. Ele usava capacete,
mas a pancada foi tão forte que o equipamento não suportou o impacto. Ele chegou a ser socorrido por
colegas, mas morreu antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Peritos
da Polícia Civil estiveram na obra para apurar as causas, mas não falaram com a reportagem.
 
O acidente será investigado ainda pelo Ministério do Trabalho. O operário era funcionário da Geo
Service, que presta serviços para a MIP Construtora. No lugar onde ocorreu o acidente está prevista a
construção de um prédio residencial. Representantes da empresa responsável não comentaram o caso. O
presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sinduscon-MG), Osmir Venuto,
lamentou mais uma morte. “Infelizmente são 17 trabalhadores que perderam a vida em Minas neste ano.
Esse número pode ser maior porque não contabilizamos as mortes que ocorrem nos hospitais”, disse.
Segundo ele, foi constatada a ausência de um técnico de segurança do trabalho na obra.
 
O Tempo – Contagem/MG -12 /05/2010
 
 http://www.conticom.org.br/destaque-central/284/acidentes-fatais-relembre-alguns-relatos-de-acidentes-destacados-pelo-site-da-conticom-neste-an
CASO 06

Nova Lima, MG: Acidente com 3 operários da construção civil em Nova Lima.


Um operário morreu e outros dois ficaram gravemente feridos após parte da grua em que travalhavam na construção
de um predio cair no bairro Vila da Serra em Nova lima na rua Igá, Região metropolitana de BH (MG).

Segundo o corpo de bombeiros, o braço da grua que estava a mais de 80 metros de altura se soltou, caindo em queda
livre e matando na hora o operário Roberto Adriano de Lima. O pedreiro Roberto de Assis Pereira, 24 anos foi levado
para o Pronto-Socorro João XXIII em estado grave com fraturas múltiplas. Uma terceira vítima, (fotos acima), o operário
Paulo César Vieira Faria, 31 anos, ficou preso a uma altura de cerca de 50 metros durante 3 horas. Ele ficou ferido e
inconsciente. Como o operário usava cinto de segurança, ele ficou preso no equipamento, mesmo tendo caído cerca
de 30 metros, onde ficou preso e inconsciente em um dos suportes (para descanso) no meio da grua.
 
Para retirá-lo, os bombeiros utilizaram um cabo de aço que foi preso à grua, que estava suspensa ao prédio em obras.

Cristiano Couto Blogpost, 18/05/2010


http://www.conticom.org.br/destaque-central/284/acidentes-fatais-relembre-alguns-relatos-de-acidentes-destacados-pelo-site-da-conticom-neste-an
CASO 07

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER), ou, como vem sendo proposto pelo Ministério da Previdência Social ,
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) , representam um dos principais problemas de
saúde ocupacional que estão acometendo os trabalhadores nas últimas duas décadas. E, embora não haja no
Brasil um controle do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) sobre a prevalência de DORT, alguns estudos
regionais apontam que elas ocupam o primeiro lugar entre as doenças ocupacionais, acompanhando a tendência
mundial de aumento da incidência destes distúrbios.

Para Barreira (1994), os fatores de riscos podem estar classificados em três categorias: biomecânicos,
psicossociais que corresponde màs questões organizacionais do trabalho, como as pressões da chefia, ausência de
pausas, falta de autonomia dos trabalhadores, a pouca variedade no conteúdo das atividades levando a fadiga
mental e física ; e por último , os riscos administrativos que dizem respeito a negligência das empresas frente aos
riscos e aos equipamentos de segurança, a falta de um serviço médico que realize diagnóstico correto e ofereça
tratamentos adequados para que o trabalhador retorne à sua função com saúde.

Paciente com 34 anos, sexo feminino, branca, auxiliar de cozinha de um restaurante universitário há 9 anos, com
distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT), apresenta diagnóstico de cervicobraquialgia à direita
associada a lombalgia, refere dor em membro superior direito e na região do músculo trapézio direito há cerca de
três anos, com piora dos sintomas há seis meses.

As cervicobraquialgias são consideradas doenças ocupacionais e embora a fisiopatologia dos distúrbios músculo-
esqueléticos relacionados ao trabalho seja obscura, os pacientes com este diagnóstico costumam apresentar dor
cervical crônica, sensação de cansaço e aumento da tensão dos músculos acometidos (cervicais, trapézio, biceps
braquial, extensores e flexores de punho e dedos, os intrínsecos, interósseos da mão , abdutores do polegar,
entre outros)
https://www.revistas.usp.br/fpusp/article/download/77304/81168/105750
CASO 08

Doença respiratória atinge trabalhadores da mineração

Acamado e com uma tosse constante, o ex-minerador Raimundo Brito pede com dificuldades um copo
de água à filha mais nova, Raquel. Os dias do senhor de 68 anos têm se resumido à fadiga e falta de
ar recorrente, tendo a cama como amparo e a morte como certeza. O aparelho de oxigênio é a mais
presente companhia no quarto. Aos 36 anos, Raquel praticamente vive para ajudar o pai. "Dou banho,
comida na boca, carrego ele para tomar sol, troco a fralda e levo para o hospital quando ele tem crises
piores", relata a filha. A situação dele é a mesma de um grande número de ex-trabalhadores da
mineração das cidades de Nova Lima, Raposos e Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte,
em Minas Gerais. O número de trabalhadores da mineração no Brasil que têm silicose (doença
respiratória que causa fibrose pulmonar pela inalação de partículas contendo dióxido de silício e
poeiras minerais) chega a 500 mil nas empresas de extração mineral e garimpo, informou a diretora
Marta Freitas, da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, a partir dos dados da Frente Sindical Mineral
e Fundação Jorge Duprat e Figueiredo (Fundacentro). 

O complexo minerador conhecido como Morro Velho e atual Anglo Gold Ashanti, com sede em Nova
Lima, esteve, no período colonial e no século 20, entre as minas que mais produziram ouro no mundo.
Dominada pelo capital transnacional, a empresa só passou a distribuir Equipamento de Proteção
Individual (EPI) a partir dos anos 1990. Como consequência disso, trabalhadores já idosos agonizam
doentes. Em 2009, relatório da Anglo Gold Ashanti indicava 3.077 mil ex-trabalhadores diagnosticados
com a doença. Mas, para o sociólogo Tádzio Peters Coelho, que pesquisa a mortalidade desses ex-
mineradores, essa conta não fecha. "Com certeza é bem maior esse número de doentes, porque tinha
muita gente lutando justamente para ser diagnosticada. Muita gente já morreu em decorrência da
silicose e sem o diagnóstico da doença. Fora os que morreram antes ao longo dos séculos", destacou
o acadêmico.
https://www.connapa.com.br/doenca-respiratoria-atinge-trabalhadores-da-mineracao
CASO 09

Exposição ao ruído ocupacional: reflexões a partir do campo da Saúde do Trabalhador

O ambiente de trabalho pode oferecer uma série de riscos à saúde, entre eles, o ruído, presente em grande
parte dos processos produtivos. Trata-se de uma exposição passível de ser mensurada e controlada, no entanto,
há fragilidades relacionadas ao monitoramento dos ambientes de trabalho e à vigilância à saúde, especialmente
nos países em desenvolvimento.

A exposição a níveis elevados de ruído pode causar diversos efeitos indesejáveis à saúde dos indivíduos
expostos (LUSK et al., 2002). Todavia, a sua consequência mais grave é a Perda Auditiva Induzida por Ruído
Ocupacional (PAIRO), uma das doenças relacionadas ao trabalho mais comuns em países industrializados (EL-DIB
et al., 2007; NELSON et al., 2005), responsável por 19% dos anos vividos com incapacidade por todas as doenças
e agravos decorrentes de fatores ocupacionais no mundo (CONCHABARRIENTOS et al., 2004). A perda auditiva
traz dificuldades na comunicação, que podem, por sua vez, gerar estresse, ansiedade, irritabilidade, diminuição
da auto-estima, isolamento social, e perda de produtividade, e assim prejudicar o desempenho das atividades
de vida diária, resultando em custos para o indivíduo, família, empresa e sociedade (CONCHA-BARRIENTOS;
CAMPBELL-LENDRUM; STEENLAND, 2004; ARAÚJO, 2002).
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/18883/1/Overview.pdf
CASO 10

Trabalhador será indenizado após acidente de percurso com ônibus que caiu em
barranco, no trajeto para Pouso Alegre

A Justiça do Trabalho determinou que uma fábrica de artigos de vidro, com sede em
Pouso Alegre, pague uma indenização de R$ 8 mil por danos morais a um ex-
empregado que sofreu um acidente no percurso entre a residência e o local de
trabalho. O acidente de trânsito aconteceu em uma via de acesso a Pouso Alegre,
com o ônibus fornecido pela empregadora. O veículo transportava empregados da
empresa e caiu em um barranco lateral da rodovia após colidir com um caminhão.

Condenada pelo juízo da 2ª Vara do Trabalho de Pouso Alegre ao pagamento da


indenização, a fábrica recorreu, alegando que “o empregador só responde por
acidente de trabalho quando incorrer em dolo ou culpa, o que não restou
evidenciado nos autos”. Sustentou que o ônibus contratado estava com a
manutenção em dia e que o profissional não ficou com sequelas resultantes do acide

No entendimento do desembargador relator da Décima Primeira Turma, Marcos


Penido de Oliveira, ocorreu, no caso, um acidente de trajeto. Segundo ele, o
acidente aconteceu quando o profissional era transportado em veículo
fornecido pela empregadora, que contratou a prestadora de serviços para
realizar o transporte de seus empregados.

https://www.granadeiro.adv.br/2021/06/01/trabalhador-sera-indenizado-apos-acidente-de-percurso-com-onibus-que-caiu-em-barranco-no-trajeto-
para-pouso-alegre/
CASO 11

Técnica em radiologia receberá indenização por excesso de exposição à radiação

Uma técnica em radiologia do Hospital Militar de Área de Porto Alegre deve receber
indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil por ter ficado exposta à radiação por
tempo maior do que o permitido pela lei. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4)
confirmou, no fim de abril, sentença que condenou a União.

A técnica, que foi admitida em 2006 no hospital, costumava trabalhar 30, chegando a acumular
96 horas extras no mês. O tempo máximo para operar uma máquina de raio-x permitido por lei
é de 24 horas semanais.

Ela ajuizou ação contra a União pedindo indenização pelos danos decorrentes da redução de
seu tempo livre e do aumento dos riscos de lesão pelo excesso de exposição à radiação
ionizante.

O pedido foi julgado procedente pela Justiça Federal de Porto Alegre, que determinou o
pagamento de indenização no valor de 50% dos valores pagos por hora extra entre abril de
2010 e junho de 2012. Os fatos ocorridos anteriormente não foram contabilizados em vista de
prescrição do direito.

https://www.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=noticia_visualizar&id_noticia=13626
CASO 12

Fábrica de baterias não prova que contaminação por chumbo não contribuiu para morte de
empregado

Fonte: TST - Tribunal Superior do Trabalho

A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a condenação da Eletran Indústria


e Comércio de Acumuladores Ltda., de Apucarana (PR), de indenizar a viúva de um empregado
que trabalhou exposto ao chumbo durante vários anos. A Turma considerou que a função
exercida era de risco, por se tratar de uma fábrica de baterias, e que a empresa não adotou
medidas preventivas nem observou os parâmetros para controle biológico da exposição ao
chumbo, exigidos pelas normas do Ministério do Trabalho.

A viúva atribuiu à condição de trabalho o desenvolvimento de hipertensão arterial e


insuficiência renal crônica terminal que levaram o trabalhador a realizar hemodiálise e
acabaram resultando na sua morte. A empresa, em sua defesa, sustentou que, como operador de
moinho, ele não tinha contato direto e intermitente com o chumbo.  

O juízo da Vara do Trabalho de Apucarana (PR) verificou que o trabalhador se afastou por
auxílio-doença e realizou hemodiálise até a aposentadoria por invalidez. A condenação ao
pagamento de indenização de R$ 20 mil levou em conta o laudo pericial, segundo o qual a
exposição ao chumbo por sete anos atuou como agravante de patologia preexistente, e a não
comprovação pela empresa do controle de níveis de chumbo ambiental e biológico do
trabalhador. O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) manteve a condenação, mas
majorou a indenização para R$ 165 mil.

A decisão foi mantida no TST. O relator, ministro Alexandre Agra Belmonte, com base no
quadro descrito pelo Regional, explicou que não era possível afastar o nexo causal ou culpa ante
a impossibilidade de reexaminar fatos e provas, conforme a Súmula 126. A decisão foi unânime.

https://www.direitonet.com.br/noticias/exibir/18841/Fabrica-de-baterias-nao-prova-que-contaminacao-por-chumbo-nao-contribuiu-para-morte-de-
empregado
CASO 13

Morre funcionário atingido por explosão em fábrica da CBA em


Alumínio

O funcionário de 40 anos que foi atingido por uma explosão na fábrica da Companhia


Brasileira de Alumínio (CBA), em Alumínio (SP), morreu na manhã desta quinta-feira (24).
O acidente foi registrado por volta de 13h de quarta-feira (23).

João Carlos Xavier Motta teve mais de 90% do corpo queimado e estava intubado
na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Sorocaba (SP).
No entanto, não resistiu e morreu nesta quinta. A empresa informou que ele
trabalhava no local havia 19 anos.

Segundo Arnaldo de Jesus Oliveira, presidente do sindicato dos metalúrgicos


de Alumínio e Mairinque (SP), a explosão ocorreu em um forno e peças foram
lançadas a cerca de 50 metros de distância. Imagens enviadas à TV TEM mostram
como ficou a sala da fábrica após a explosão.

O funcionário, que trabalhava em uma ponte, foi atingido também por líquidos. Ainda
de acordo com o presidente do sindicato, o serviço que ele realizava no momento do
acidente não era corriqueiro.

De acordo com ex-funcionários, dentro da sala onde ocorreu a explosão, a


temperatura fica entre 60°C e 80°C, mas os fornos trabalham a 900°C para o
cozimento da alumina. Cada sala tem 120 fornos, e o acidente foi registrado na sala
sete.

A ocorrência não foi registrada nas delegacias de Alumínio ou Mairinque. O sindicato


pede que a fábrica crie uma comissão para verificar o que ocorreu e faça um boletim
de ocorrência, além de uma perícia no forno.
Em nota, a CBA informou que as causas do acidente estão sendo apuradas.

https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2022/02/24/morre-funcionario-atingido-por-explosao-em-fabrica-da-cba-em-aluminio.ghtml

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