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SEXTO PASSO

“Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos


de caráter.”

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“Este é o passo que separa os adultos dos adolescentes...”. Eis o que declara um
clérigo muito querido que, por sinal, é um dos melhores amigos de A.A. Ele prossegue
para explicar que qualquer pessoa cheia de disposição e honestidade suficientes para,
repetidamente, experimentar o Sexto Passo com respeito a todos os seus defeitos – em
absoluto sem qualquer reserva – tem realmente andado um bom pedaço no campo
espiritual e, portanto, merece ser chamado de um homem que está sinceramente
empenhado em crescer á imagem e semelhança do Criador.
(Livro os Doze Passos e as Doze Tradições – página 55)

Prontificar a deixar que Deus removesse esses defeitos...


Um dos aspectos assustadores quanto ao trabalho do Sexto Passo é aquele passo
que exige que tratemos diretamente com Deus. Somos deixados a sós para nos
comunicarmos diretamente com Ele. Olhar a nossa relação com Ele, na privacidade e na
solidão dos nossos corações e das nossas mentes. Frequentemente surge esse
problema, não porque não queiramos trabalhar esse Passo, mas porque não sabemos
como fazê-lo.

Oração= a conversar com Deus. Meditar = a ouvir o que Deus tem para conosco.
“Porém, quando me dispus a limpar a casa e, roguei a um Poder Superior, Deus, como eu
o compreendia, que me libertasse, então minha obsessão para o beber sumiu.
Simplesmente foi arrancada de mim."

Em reuniões de A.A. em todo o mundo, diariamente se ouvem declarações como


esta. Está claro, para que todos possam ver, que a cada membro sóbrio foi concedida a
libertação deste potencial e fatal obsessão... A síndrome da dependência...· Portanto, de
forma literal e completa, todos AAs se prontificaram, inteiramente a deixar que Deus
removesse de suas vidas a mania pelo álcool. E Deus passou a fazer justamente isso.
Desta feita, que o Sexto Passo é, para mim, a maneira sugerida para o membro de
A.A. tentaram remover meus defeitos de caráter, isso não quer dizer que esperemos
conseguir eliminar todos esses defeitos de caráter e que sejam eliminados como foi a
minha compulsão pela bebida. Tenho que ter paciência e a palavra-chave é prontificar e
querer conseguir o melhor que conheço e que eu venha a conhecer. Será que tenho esta
disposição?

Quando homens e mulheres bebem descontroladamente, destroem suas vidas e


cometem um ato totalmente antinatural. Parecem estar resolvidos à autodestruição.
Atuam contra seu instinto mais profundo. Por estarem humilhados pelo terrível surra
administrada pelo álcool, a graça de Deus pode neles penetrar e expelir sua obsessão.
Aqui, então, seu poderoso instinto de viver pode cooperar plenamente com a decisão do
Criador de lhes dar nova vida.
Este passo diz respeito á disposição do indivíduo em oferecer-se para Deus, a
fim de que seus defeitos sejam eliminados. Mas para que isso aconteça, é necessário que
haja um trabalho espiritual intenso, diuturnamente. Não basta apenas querer que nossos
defeitos sejam eliminados de uma única vez. É um trabalho que perdura a vida toda.

Precisa da experiência com Deus. “Meu bom Deus, me ajude a controlar a bebida”.
“Deus eu não quero beber assim, quero beber como os outros”. Essas preces fazem
sentido para nós, mas porque Deus há de querer que nós bebamos decentemente, não é
verdade? E nós imploramos... “Porque Deus? Porque não me concede isso? Eu oro a ti
senhor e peço, mas acordo bêbado! Como pode haver um Deus assim?”. É óbvio que
sabemos que não há resposta para essas preces.

Mas, quando humilde e honestamente chegamos a Ele e confessemos as nossas


verdades: “Meu bom Deus, admito a minha impotência, a minha vida tornou-se
incontrolável”. Nesse momento começa a recuperação. Somente quando o conflito e a
luta cessarem e a aceitação tiver início é que o processo de recuperação pode começar.
Não é necessário apresentar-nos a Deus de qualquer outra maneira diferente do que nós
na verdade somos.

Não precisamos “limpar os nossos atos”. Entendo não ser isso que Deus quer de
seus filhos. Não importa o quanto doemos à igreja ou ao nosso Grupo base, quantas boas
obras fizermos ou que bons samaritanos somos. Não podemos merecer o seu. O seu
amor já é nosso, como dom da sua graça. Graça é benção e não tem que ser merecida
ou barganhada. Ela simplesmente existe!

Se pedirmos, Deus certamente perdoará nossas negligências. Porém, não pode


esquecer que muitos dos nossos defeitos não desaparecerão para sempre – Ele nunca irá
nos tornar brancos como a neve e nos manterá assim sem a nossa cooperação. Nós
mesmos devemos estar dispostos a fazer o necessário para Ele apenas alcançar isso. De
toda forma, o ponto chave para fazer valer este passo é “colocar-se à disposição”,
“disponibilizar-se”, “prontificar” a deixar que Ele remova os defeitos de caráter.

Reconhecermos que somos humanos e principalmente ser ciente dos temíveis


pecados capitais: luxúria; soberba; preguiça; inveja; gula; avareza; ira.

Quantos de nós têm esse grau de disposição? Em sentido absoluto, praticamente


ninguém o tem. O melhor que podemos fazer, usando de toda a sinceridade possível, é
nos empenharmos para obter o conhecimento do mal que cada um nos faz, como
também o apego que nos proporciona a desfrutar desse defeito.

"Não, ainda não posso me livrar disso". E, com frequência, pisaremos em terreno
ainda mais perigoso quando lamuriamos: "A isso jamais renunciarei." Tal é a capacidade
de nossos instintos de se excederem. Seja qual for a distância que tenhamos percorrido,
sempre teremos desejos que contrariam a graça de Deus.

Quantos homens e mulheres falam em amor da boca para fora, e acreditam naquilo
que dizem, para que possam esconder a luxúria num canto escuro de suas mentes?
Quem, por exemplo, não gosta de sentir-se um pouquinho superior ao outro, ou mesmo
bastante superior? Não é verdade que gostamos de deixar que a “ avareza” se faça
passar por ambição. Parece impossível pensar em gostar da lascívia.

E, mesmo ficando dentro dos limites convencionais,


muitas pessoas precisam admitir que suas excursões
sexuais imaginárias são capazes de adornar-se como sonhos românticos.
Na opinião de Bill página 307 diz: “Por um momento, tive medo, da mudança que
se realizava. Mas essa sensação logo passou. Podíamos depender da consciência de
A.A. movida pela orientação de Deus, para assegurar o futuro do A.A. Claramente meu
trabalho daqui para frente era ‘relaxar e entregar a Deus’.”

“Entregue-se a Deus, como você O concebe. Admita suas faltas a Ele e a seus
semelhantes. Desfaça-se da ruína do seu passado. Dê livremente aquilo que você
receber e junte-se a nós. Estaremos com você na irmandade do espírito, e você
certamente se encontrará com alguns de nós, quando trilhar o caminho do destino feliz.”
(Livro Na Opinião de Bill – O Modo de vida de A.A. – página 331)

“Este é o legado de responsabilidade dos serviços mundiais que nós, os membros


mais antigos que vão desaparecendo, estamos deixando a vocês, os AAs de hoje e de
amanhã. Sabemos que vocês vão guardar, sustentar e estimar esse legado mundial,
como a maior responsabilidade coletiva que A.A. já teve.”
(Livro Na Opinião de Bill – O Modo de vida de A.A. – página 333)

“Quão sábio você foi durante todos estes anos... todos tivemos um raio de
esperança, mas o seu foi de instintiva sabedoria – o “tato”, a comunicação entre dois
corações cheios de amor, o presente da sensibilidade e a graça da recuperação ajuda a
nos ver em você. Você foi o primeiro a fazer-nos ver o quanto queríamos coloca-lo num
pedestal, que Deus nunca escolhia homens perfeitos para levar sua mensagem”.

Por___________________________

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