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PESSOA HUMANA:
Neste encontro vamos refletir sobre a pessoa humana, com suas fraquezas e limitações.
Para isso, é preciso compreender o amor de Deus por nós, para aprendermos a viver em
comunidade, amando e respeitando o próximo.
O QUE A BÍBLIA DIZ
A Bíblia é a Palavra de Deus e contém muitos ensinamentos para a nossa vida. O Deus de Amor
nos ensina a viver bem através de sua Palavra.
“Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. 8.Porque todo aquele que pede,
recebe. Quem busca, acha. A quem bate, se abrirá. 9.Quem dentre vós dará uma pedra a seu
filho, se este lhe pedir pão? 10.E, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? 11.Se vós, pois,
que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas
coisas aos que lhe pedirem. 12.Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a
eles.” (Mateus 7, 7-12)
APROFUNDAMENTO
Deus criou o universo e criou o ser humano para viver na Terra e ser feliz. Ele sempre cuidou e
cuida de nós.
Deus é muito bom para conosco. Sua bondade é sem limite. Basta nos dirigirmos a Ele e,
erguendo os nossos braços, coloquemos em Suas mãos as nossas alegrias e tristezas, as
nossas derrotas e vitórias, as nossas fraquezas e fortalezas.
Deus nos criou para viver em comunidade, por isso precisamos uns dos outros.
Vivemos cercados de muitas pessoas: na família, na escola, na vizinhança, na Igreja…
Para viver bem o ser humano precisa amar e sentir-se amado. Precisa de muitos cuidados para
se sentir feliz, tranquilo e satisfeito.
Todos que vivem ou estão perto de nós são pessoas humanas, filhos de Deus, e merecem, como
nós, viver uma vida boa, de paz e de amor.
Deus criou cada pessoa com amor, pois somos especiais. Ele ama a todos profundamente, mais
que qualquer outra pessoa. Ele nos ama com um amor tão grande e tão forte que nada pode nos
separar Dele. Sentir esse amor de Deus é muito importante para a nossa felicidade. O amor de
Deus nos traz paz e tranquilidade e nos faz sentir felizes.
Por isto, também precisamos aprender a amar uns aos outros. Colocar em prática tudo o que
Deus nos ensina por amor. Devo fazer para o outro o que desejo receber. Se todos agirem assim
não haverá brigas nem violência.
Isto é um ensinamento de Deus para nós.
“Amar ao próximo como a si mesmo.”
Regra de ouro para toda a vida: “Não faça para o outro o que você não gostaria que fizessem
para você.”
Conclusão: Deus nos conhece, compreende e ama. E compreende e ama a todos com o mesmo
amor. Para Deus, ninguém é melhor, nem pior que o outro. Apesar de sermos diferentes, temos o
mesmo valor. Deus conhece profundamente cada um. E ama a todos com profundidade. Vamos
guardar em nosso coração essa grande e importante verdade da nossa fé: Deus é amor. Por isso,
o buscamos. Por isso, queremos viver com Deus, unidos a ele, de olho em seu amor, que é muito
importante para a nossa vida.

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SEJA VOCÊ TAMBÉM UM VENCEDOR!
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
Enviai o vosso Espírito, e tudo será criado; e renovareis a face da Terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei
que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre da
sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Fé, alegria e amor, é a receita para ser um vencedor!!
O primeiro fundamento da nossa fé é compreender quem é Deus e como ele nos ama e nos criou
para a vida plena, apesar de termos uma tendência muito forte em desobedecer a Deus. Mais
que compreender, devemos experimentar o amor de Deus e a beleza da vida, por isso
precisamos também compreender quem somos nós, pois todo dia fazemos experiência de nossas
fraquezas e limitações.
O QUE A BÍBLIA DIZ
Primeira Carta de João – 1Jo 1, 6-10
“6.Se dizemos ter comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não seguimos a
verdade. 7.Se, porém, andamos na luz como ele mesmo está na luz, temos comunhão recíproca
uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 8.Se
dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.
9.Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e
para nos purificar de toda iniquidade. 10.Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos
mentiroso e a sua palavra não está em nós.”
APROFUNDAMENTO
Quem não entende o mistério da fraqueza humana acaba perdendo a esperança e a motivação
para enfrentar os problemas da vida. Há quem pense que é culpa de Deus, mas lembre-se
sempre: Deus nos amou primeiro! Apesar de nossas fragilidades, Ele nos ama
incondicionalmente. A presença de Deus traz paz aos nossos corações – uma paz verdadeira e
profunda.
A fraqueza é uma teimosia interna, que insiste em nos afastar de Deus e do que ele nos ensina,
ou seja, é um teimoso não que damos a Deus, preferindo seguir nossa cabeça e não seus
ensinamentos. Fique atento: quando permitimos que nossas fraquezas nos dominem, fazemos
muita coisa que não é boa e o pecado surge. Devemos lutar contra elas para que não se
transformem em pecado.
Por exemplo, a raiva. Ela é uma fraqueza humana que nos descontrola e nos leva a agir de modo
errado, fazendo alguma coisa que não devíamos.
Então vamos guardar que, embora sejamos imagem e semelhança de Deus, não somos
perfeitos. Somente Deus é perfeito. Nós não somos Deus, apenas semelhantes/parecidos com
Ele. Temos fraquezas. Sentimos raiva, ciúme, inveja. Ficamos cansados, chateados. Temos
contrariedades. Ficamos revoltados. Tudo isso é sinal de que alguma coisa em nós não vai bem.
Temos defeitos, erramos algumas vezes, mesmo sem querer. Estamos sujeitos a perder o
controle de nós mesmos e fazer coisas que a gente nem pensava que fosse capaz. Tudo isso
acontece porque somos fracos. Deus nos dá a força necessária para perceber os próprios erros e
nos controlar para não fazer muita besteira. As fraquezas não devem servir de desculpa para sair
fazendo tudo errado. Deus nos ajuda a conviver com nossas fraquezas, mantendo certo controle.
Precisamos ficar atentos. Querendo ou não, elas (as fraquezas) existem dentro de nós. É uma
luta constante para vencê-las e não permitir que se transformem em pecado.
O pecado é uma coisa errada que a gente faz. É dizer não a Deus, fazendo o contrário do que Ele
nos ensina. O pecado depende de nossa vontade. Pecamos quando fazemos algo que não

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devíamos fazer. Ou quando deixamos de fazer algo que devíamos fazer. O pecado é sempre uma
ação que a gente podia evitar, mas não conseguiu.
Deus nos indica o caminho do bem, mas nos deixa livres para escolhermos o que nós queremos
para nossa vida (livre arbítrio).
Quem afirma que não tem nenhum pecado está mentindo. Por sermos fracos, sempre fazemos
alguma coisa errada. Não existe uma única pessoa que consiga se controlar o tempo todo e só
fazer o que é certo.
É claro que quanto menos errar melhor. Evitar as fraquezas, a gente não consegue, porque elas
fazem parte de nossa vida. Mas a gente pode evitar o pecado. Como? Fazendo um grande
esforço para nos controlar e não deixar que nossas fraquezas nos levem a fazer coisas erradas.
Retomemos o exemplo da raiva. Ela é uma fraqueza. Um sentimento que surge dentro de nós,
mas nem por isso precisamos sair por aí brigando com todo mundo, xingando as pessoas,
quebrando coisas. Isso já seria pecado.
O que você sente é fraqueza. O que você faz de errado é pecado.
A fraqueza deve ser controlada. O pecado deve ser perdoado. Por isso, a Bíblia diz que, se a
gente reconhece de coração os nossos pecados, Deus nos perdoa e nos purifica de todo mal.
Quando a gente erra é bom pedir perdão. Por exemplo, se na hora da raiva você ofende um
amigo, é bom pedir desculpas.
Assim como Deus nos perdoa, nós também devemos compreender e perdoar as pessoas que
nos ofendem, pois perdoar é um gesto de amos que devemos cultivar a cada dia.
É assim que vamos vencendo o pecado, numa luta constante para nos controlar e não deixar que
as fraquezas nos levem a fazer muita coisa errada. Porque essas coisas erradas – que
chamamos de pecado – estragam nossa vida; nossa família (história de Caim e Abel – a família
também precisa se voltar mais para Deus, já que ele ajuda a superar toda fraqueza. É preciso
fazer o possível para ajudar na promoção da paz em casa); nossa sociedade (O pecado não vale
a pena mesmo. Além de estragar a felicidade de cada um e destruir a paz das famílias, ainda
prejudica o nosso relacionamento com as outras pessoas que convivem conosco. Destrói a
amizade, provoca desunião e rancor. Deus nos convida a viver em comunidade, buscando a
união com todas as pessoas que nos cercam.
CONCLUSÃO: Por isso, quem é inteligente procura manter-se unido a Deus, fazendo o que é
bom, controlando suas fraquezas e evitando o mal. Quem age assim está construindo a própria
felicidade.
ATO DE CONTRIÇÃO
“Meu Deus, eu vos peço perdão de todos os meus pecados, porque vos ofendi e prejudiquei os
meus irmãos. Prometo, com a vossa ajuda, não mais pecar. Amém!”
Contrição quer dizer arrependimento. Reconhecemos que somos fracos e pecadores diante de
Deus, pedimos e agradecemos o perdão divino e prometemos nos esforçar para evitar o pecado.
Pai Nosso…
Ave Maria…

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SEJA VOCÊ TAMBÉM UM VENCEDOR!
Fé, alegria e amor, é a receita para ser um vencedor!!
Agora que já entendemos o que é o pecado, qual o impacto dele em nossa vida e no mundo, e,
como que é importante vencê-lo e não deixar que nossas fraquezas nos dominem, vamos
conhecer algumas dicas para ser um vencedor.
AS 7 DICAS PARA SER UM VENCEDOR:
1 – ASSUMA SEUS PRÓPRIOS ERROS. Essa é a primeira atitude para quem quer superar suas
fraquezas e vencer na vida. Quando a gente mente ou culpa os outros, a confusão sempre é
maior.
O que a Bíblia diz: Livro do Profeta Jonas – Jn 3
Jonas é chamado por Deus para viajar até Nínive e alertar seus moradores do iminente castigo
divino, pois eles haviam caído no pecado. Em vez disso, Jonas decide por embarcar em um
navio. Preso em uma tempestade, ele ordena que a tripulação do navio o jogue ao mar, e após
isto, ele acaba sendo engolido por um peixe gigante. Três dias depois, Jonas concorda em ir a
Nínive, e então o peixe o vomita na praia. Jonas convence com sucesso toda a cidade de Nínive
a se arrepender, mas espera fora da cidade na expectativa de sua destruição. O povo assumiu
seus erros e todos se esforçaram para melhorar e Deus perdoou os seus pecados, deixando de
destruir a cidade.
Aprofundamento:
Precisamos reconhecer nossos erros para tomarmos a decisão de mudar. E Deus sempre nos
perdoa, Ele está sempre de braços abertos para nos acolher.
Esta história nos mostra que podemos nos arrepender de nossos erros, pedir perdão a Deus. E
Deus é bondoso e misericordioso e perdoa os nossos pecados.
2 – SAIBA QUE O MAL ESTRAGA A VIDA. O pecado pode ser prazeroso, mas o resultado não
compensa!
O que a Bíblia diz: I Romanos 9-11
“9.Pois Deus, a quem sirvo em meu espírito, anunciando o Evangelho de seu Filho, me é
testemunha de como vos menciono incessantemente em minhas orações. 10.A ele suplico, se for
de sua vontade, conceder-me finalmente ocasião favorável de vos visitar. 11.Desejo
ardentemente ver-vos, a fim de comunicar-vos alguma graça espiritual, com que sejais
confirmados,”
Aprofundamento:
Esse texto nos mostra o que pode acontecer com qualquer um de nós, se deixarmos o mal tomar
conta de nossa vida. O rei Salomão era sábio, inteligente e muito abençoado por Deus. Mas
terminou sua vida na pior, detestado por todos e cheio de inimigos, pois tornou-se um homem
injusto e vaidoso, deixou de fazer o bem e só queria riqueza e poder.
Precisamos perceber que o pecado traz consequências ruins para nossa vida. Muita gente pensa
que pode sair por aí fazendo o que quiser, sem se importar com as consequências. Puro engano!
Tudo o que a gente faz tem um resultado: ou positivo ou negativo. Quando a gente vive fazendo
coisas erradas, nossos erros vão aos poucos estragando nossa vida. É importante saber que
Deus sempre nos ama, sem colocar condições. Mas também é preciso saber que o mal estraga a
nossa vida e, portanto, é sinal de inteligência saber evitá-lo.
“Tudo posso, mas nem tudo me convém!” Deus nos dá o livre arbítrio para escolher entre o bem e
o mal, mas precisamos ter consciência que não existe nenhum pecado que tenha uma parte boa.
O inimigo de Deus quer que pensemos assim, mas precisamos lutar contra TODOS os pecados.
Não existe pecado pequeno, pois todos nos afastam de Deus.
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3 – AFASTE-SE DO QUE NÃO É BOM. É comum a gente enfrentar situações em que as
pessoas – colegas, parentes, amigos – nos convidam para fazer coisas que não são boas.
O que a Bíblia diz: Pr 1, 8-16:
“8.Ouve, meu filho, a instrução de teu pai: Não desprezes o ensinamento de tua mãe. 9.Isto será,
pois, um diadema de graça para tua cabeça e um colar para teu pescoço. 10.Meu filho, se
pecadores te quiserem seduzir, não consintas; 11.se te disserem: “Vem conosco, faremos
emboscadas para derramar sangue, armaremos ciladas ao inocente, sem motivo, 12.como a
região dos mortos devoremo-lo vivo, inteiro, como aquele que desce à cova.* 13.Nós acharemos
toda a sorte de coisas preciosas, nós encheremos nossas casas de despojos. 14.Tu desfrutarás
tua parte conosco, uma só será a bolsa comum de todos nós!”. 15.Oh, não andes com eles,
afasta teus passos de suas sendas, 16.porque seus passos se dirigem para o mal, e se apressam
a derramar sangue.”
Aprofundamento:
A gente sempre se sai melhor quando se afasta do caminho perigoso. Não precisamos seguir a
cabeça dos outros.
Por exemplo: se a turma vive te convidando para fazer coisas erradas, é preciso abrir os olhos.
Em vez de a turma levar você para o caminho errado, você é que precisa levar a turma para o
caminho certo. Se você não conseguir fazer isso, é melhor pular fora, pois pode acabar no meio
de uma tremenda confusão.
Afastar-se do mal é sinal de força e inteligência. Evitar situações de risco não significa ser
covarde ou que está fugindo da vida ou do mundo. A vida deve ser enfrentada com seus desafios,
perigos e ameaças, mas com prudência e cautela (virtudes de um cristão). Querer enfrentar uma
situação para a qual não está preparado é imprudência.
É uma atitude inteligente evitarmos as ocasiões de pecado. Nós temos fraquezas, mas podemos
fugir do mal.
4 – MELHORE UM POUCO A CADA DIA. Eu sou assim, mas posso melhorar!
A gente não pode passar a vida inteira cometendo os mesmos erros. Isso é falta de inteligência e
esforço. Todos nós podemos melhorar, nem que seja um pouquinho a cada dia. Quem decide
melhorar começa a ser a cada dia um pouco mais feliz.
O que a Bíblia diz: I Cor 9, 24-27
“24. Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prêmio.
Correi, pois, de tal maneira que o consigais. 25.Todos os atletas se impõem a si muitas privações;
e o fazem para alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa incorruptível.
26.Assim, eu corro, mas não sem rumo certo. Dou golpes, mas não no ar. 27.Ao contrário, castigo
o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu
ter pregado aos outros.”
Aprofundamento:
Como um atleta que se prepara todos os dias para uma competição, nós também precisamos
melhorar um pouco a cada dia. Rezando, pedindo a ajuda de Deus e se esforçando para fazer o
certo! Que acredita, tem a certeza de que não está sozinho, mas que conta com o amor
misericordioso de Deus para superar todo o mal.
5 – PROCURE SEMPRE SE ESFORÇAR. Sem esforço, a gente não consegue nada na vida. A
vida é cheia de coisas importantes que a gente vai conseguindo à medida que vamos nos
esforçando. Precisamos lutar contra o desânimo, a preguiça, que são fraquezas presentes em
nós.

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O que a Bíblia diz: Hebreus 10, 32.35s.38s
“32.Lembrai-vos dos dias de outrora, logo que fostes iluminados. Quão longas e dolorosas lutas
sustentastes.* 33.Seja tornando-vos alvo de toda espécie de opróbrios e humilhações, seja
tomando moralmente parte nos sofrimentos daqueles que os tiveram que suportar. 34.Não só vos
compadecestes dos encarcerados, mas aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens,
pela certeza de possuirdes riquezas muito melhores e imperecíveis. 35.Não percais esta
convicção a que está vinculada uma grande recompensa, 38.Meu justo viverá da fé. Porém, se
ele desfalecer, meu coração já não se agradará dele (Hab 2,3s). 39.Não somos, absolutamente,
de perder o ânimo para nossa ruína; somos de manter a fé, para nossa salvação!”

Aprofundamento:
Precisamos manter nossa fé, nosso entusiasmo e nossa coragem diante da vida. E mesmo que a
gente tenha de enfrentar muitas lutas e passar por momentos difíceis, podemos suportar e
vencer, pois Deus está sempre conosco, nos dando força e coragem, para enfrentarmos as
dificuldades.
6 – CULTIVE SEU LADO BOM. Estamos cheios de qualidades. Graças a Deus! É preciso saber
que a maior parte de nós é qualidade e não defeito. É preciso ter consciência disso para
superarmos nossas fraquezas. Os defeitos praticamente desaparecem, quando passamos a
cultivar nosso lado positivo.
O que a Bíblia diz: Gl 15, 3ª.16-17b.18-23
“13.Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto
para fazer o mal. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade.
16.Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne. 17.Porque
os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos
outros. É por isso que não fazeis o que quereríeis. 18.Se, porém, vos deixais guiar pelo Espírito,
não estais sob a Lei. 19.Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem,
20.idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos,
21.invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já
vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus! 22.Ao contrário, o fruto do
Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, 23.brandura,
temperança. Contra estas coisas não há Lei.”
Aprofundamento:
Todos nós temos fraquezas, conforme já sabemos. Mas, por outro lado, todos nós temos também
um lado bom. É como se tivéssemos em nosso coração duas sementes: a do bem e a do mal.
Essas sementes desabrocham e crescem à medida que as cultivamos. Quem cultiva a semente
do bem colhe os frutos do bem. Quem cultiva a semente do mal colhe os frutos do mal. Quem é
inteligente usa sua liberdade para cultivar seu lado bom.
7 – ACEITE A AJUDA DE DEUS. Em nosso esforço constante para vencer nossas fraquezas,
não estamos sós. Deus está sempre conosco.
O que a Bíblia diz: Isaías 40, 28b-31:
“O Senhor é um Deus eterno. Ele cria os confins da terra, sem jamais fatigar-se nem aborrecer-
se; ninguém pode sondar sua sabedoria.* 29.Dá forças ao homem acabrunhado, redobra o vigor
do fraco. 30.Até os adolescentes podem esgotar-se, e jovens robustos podem cambalear, 31.mas
aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem
se cansar, vão para a frente sem se fatigar.”
CONCLUSÃO: Muita gente vive como se fosse pessoa sem valor, como se não conseguisse
melhorar e desenvolver na vida. Tentam vencer suas fraquezas sem a ajuda de ninguém. Nem de

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Deus. Que tolice! Deus quer ajudar seus filhos a desenvolver suas capacidades e atingir o
máximo de suas qualidades. Deus quer, conforme ouvimos no texto da Bíblia, dar-nos asas de
águia, isto é, quer que a gente se desenvolva o máximo que a gente puder e sejamos mais
inteligentes, mais santos, mais felizes. Cabe a nós usarmos do nosso livre arbítrio (liberdade de
escolha) para decidirmos abrir ou não o coração para Deus entrar e fazer maravilhas em nossa
vida. Só Deus pode nos ajudar a nos sentirmos realizados, vencendo nossas fraquezas! Se Deus
está disposto a nos ajudar, por que recusar sua bondade? Toda ajuda é sempre bem vinda!

O PLANO DE DEUS – A CRIAÇÃO


Neste encontro vamos refletir sobre a “Criação, obra de Deus”!
“No princípio, Deus criou o céu e a terra” (Gn 1,1). Assim começa a Bíblia falando-nos da obra de
Deus, não como um livro de ciência, mas com os olhos da fé, que além das coisas que existem
veem também a mão do criador.
Criar é fazer do nada alguma coisa que antes não existia. Deus criou tudo por amor e para
manifestar seu amor: terra, água, sol, lua, plantas, animais… e finalmente criou o homem e a
mulher iguais, da mesma natureza, à sua imagem e semelhança, capazes de amar, precisando e
completando-se um ao outro. Fomos criados por amor, e é por meio dele que conseguimos
enxergar todas as maravilhas criadas por Deus.
Deus abençoou o homem e a mulher e submeteu toda a terra aos seus cuidados. É na criação
que nós encontramos normalmente os primeiros sinais da presença dele.
Por isso é tão importante cuidar bem de toda a natureza: dos rios, mares, florestas, árvores… e,
principalmente, do ser humano que é a obra-prima da criação de Deus, chamado para viver em
íntima união com Ele. Assim aprendemos a valorizar: o ar que respiramos, a água que bebemos,
a família e os amigos que temos… Tudo é graça de Deus!
O QUE A BÍBLIA DIZ
Gênesis 1, 2 e 3
Gênesis 1, 1-31
Gênesis 2, 4-25
APROFUNDAMENTO
Em sua caminhada, o povo de Deus foi aprendendo muitas coisas. Para que ninguém se
esquecesse da sabedoria* que o povo tinha adquirido ao longo dos anos, algumas pessoas bem
sábias resolveram contar várias histórias que ajudavam o povo a guardar a sabedoria adquirida.
Essas histórias narradas por sábios ao povo de Deus foram reunidas e colocadas na Bíblia.

• sabedoria – bagagem de conhecimento e conclusões que a gente adquire pela experiência


de vida.

Uma das histórias que os sábios contavam ao povo, e que é muito importante, é a história sobre
a criação do mundo. Ela está no Primeiro Livro da Bíblia, o Gênesis.
A finalidade dessas histórias era transmitir uma mensagem de otimismo é fé. O povo aprendeu ao
longo do tempo que, apesar de tudo, de todos os problemas e provações, a vida é um dom de
Deus.

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É importante entendermos que a Bíblia conta histórias que contém um ensinamento, mas nem
sempre tem um sentido literal, de realidade.
Esse livro quer nos mostrar o carinho de Deus com a gente e com o mundo.
A narrativa da criação corresponde a uma tradição que situa a obra de Deus dentro do período de
uma semana: sete dias. O número sete transmite o sentido de PERFEIÇÃO, de ordem, de
organização. Deus não fez um caos, mas um mundo organizado, com ordem e perfeição. É claro
que o mundo não se fez em apenas sete dias.
O texto bíblico não tem a pretensão de contar como o mundo foi feito. As pessoas daquele tempo
não tinham essa preocupação, que é própria da nossa época.
Até hoje, nem a ciência nem ninguém consegue saber exatamente de que maneira Deus fez o
mundo. Isso só Deus mesmo sabe. Sabemos, porém, que Deus é amor, por isso podemos
entender que tudo o que ele faz é feito com muito carinho.
Sobre as pesquisas científicas a respeito da origem do mundo e da vida, a Igreja aceita as teses
da ciência moderna. Compete à ciência e não à Igreja dizer como o mundo foi criado. A Igreja
católica aceita inclusive a teoria da evolução das espécies, defendida primeiramente por Charles
Darwin. Segundo essa teoria, o mundo está em constante evolução, há bilhões de anos, havendo
uma ligação entre tudo o que existe, um elo que une todos os seres vivos. Na verdade existe uma
inteligência na obra criadora, uma lei interna pela qual os seres estão todos interligados. Isso é
bonito. Quando a ciência descobre detalhes importantes como as leis da física ou da genética – o
DNA, por exemplo – nada mais faz do que descobrir a beleza da criação e a inteligência daquele
que pensou em tudo isso. Quanto mais a ciência avançar, melhor, mais profundamente se
entende a grandeza da obra da criação.
Refletindo sobre os textos lidos, a gente pode perceber como a vida é boa. O mundo está cheio
de coisas bonitas que vêm de Deus. Deus, que é muito bom, criou um mundo bom. Também
existem coisas difíceis, mas a gente precisa olhar a vida com carinho, enxergando não só as
dificuldades, mas, muito mais, as coisas belas que a vida tem. O povo de Deus aprendeu a
enxergar a beleza da vida, caminhando entre vitórias e derrotas, momentos tristes e alegres. Em
vez de se deixarem abater, perceberam com sabedoria o sentido bonito da vida, pois Deus está
sempre junto do seu povo, ajudando a superar as dificuldades.

DEUS NOS CRIOU POR AMOR BARRO: Apesar de toda a nossa fragilidade, Somos obra
de arte de Deus. O barro não tem valor, é frágil e quebra à toda. Assim somos nós, fracos,
mas Deus fez de nós pessoas de valor. Sem Deus não somos nada, como o barro sem o
artista. SOPRO DA VIDA: A vida é um dom de Deus. A origem de tudo é Deus. Dele é que
nos vem a vida. A vida não é uma chateação, nem é mero resultado de forças da natureza.
Ela é sim um presente de Deus para nós. JARDIM e RIOS: A vida é bela. A Bíblia diz que
Deus fez o homem e o colocou em um jardim, com muita água. O jardim é um lugar lindo,
cheio de flores e plantas dos tipos mais diversos. A água é sinal de vida. A Bíblia quer dizer
que Deus, em seu amor, deseja que a gente viva em um mundo que seja belo como um
jardim bem irrigado, onde não falta água para as plantas se desenvolverem. Ele não coloca o
homem em um deserto ou em um lugar feio e perigoso. Deus quer que o mundo seja belo,
que a vida seja bela. É claro que nem sempre as coisas são tão belas assim, mas não é culpa
de Deus. PEDRAS PRECIOSAS: A vida tem valor. Deus nos deu uma vida
preciosa. SEMELHANÇA COM DEUS: O que significa a afirmação de que o homem foi feito à
imagem e semelhança de Deus? Significa que o homem (ser humano), de algum modo, se
parece com Deus, mas não é igual a Deus. Ele possui a dignidade de Deus. Significa que o
homem se parece com Deus em sua capacidade de pensar, de amar, de sentir – sua
inteligência, sua emoção, sua sabedoria. A dignidade é o valor da pessoa humana. Quando a
Bíblia fala das outras coisas, diz apenas: “Deus viu que era bom”. Mas quando fala do ser

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humano, afirma: “Deus viu que era muito bom”. E, além disso, Deus abençoou o ser humano
de um modo todo especial e confiou a ele toda a criação para que cuidasse dela com amor,
por isso devemos cuidar com amor e carinho todos os seres vivos. Com tudo isso se vê o
valor e a dignidade da pessoa humana. Somos mais importantes que tudo no mundo. Mais
que a natureza, mais que os animais. Quanto ao aspecto físico – o corpo – o homem se
parece com a natureza. Tem cabeça, tronco e membros como qualquer outro animal. Nós,
seres humanos, somos parecidos com os outros seres da natureza em muitas coisas.
Comemos e bebemos, dormimos e acordamos. Mas nós temos um valor muito grande, pois
fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Por isso, as pessoas têm algumas qualidades
e capacidades que outros seres vivos não têm. Somos capazes de AMAR, de PENSAR e de
DECIDIR. Herdamos de Deus, que é amor, a capacidade de amar. Temos também uma
inteligência que pensa, que constrói, que realiza coisas maravilhosas. HERDAMOS DE
DEUS, QUE É CRIADOR, ESSA INTELIGÊNCIA CRIATIVA, QUE NOS FAZ
TRANSFORMAR A NATUREZA. Parecidos também com Deus nós somos livres. Deus nos
criou porque quis, nos ama porque quer! ORDEM DE DEUS: Temos regras a seguir. No
jardim havia várias árvores, porém Deus advertiu que não poderiam comer os frutos da árvore
do conhecimento. O que será que isso quer dizer? Nesse mundo há muitas coisas que
podemos fazer, mas há algumas coisas que a gente não deve fazer. Somos obra de arte de
Deus. A vida é bela. Mas temos regras a seguir. Para que as coisas funcionem bem e o
mundo viva em paz, precisamos obedecer a Deus. “Tudo posso, mas nem tudo me convém”
(livre arbítrio). ÁRVORE DA VIDA: É a Palavra de Deus. Significa que a Palavra de Deus é
como um alimento que nos sustenta e dá força na caminhada. Deus sabe o que é melhor para
nós. ÁRVORE DO CONHECIMENTO do BEM e do MAL: Não devemos ser teimosos,
desobedientes. Comer dos frutos dessa árvore significa seguir nossa própria cabeça, ao
invés da sabedoria de Deus. Como se pudéssemos ser felizes sem Deus. A Palavra de Deus
nos diz que é melhor buscar em Deus a resposta sobre o que é bom ou mau para nossa vida.
Não ouvir os conselhos de Deus, é falta de sabedoria, é tolice, é teimosia. Adão e Eva foram
desobedientes; disseram não ao projeto de Deus de uma vida feliz para eles.
Por trás de tudo o que existe, nesse mundo enorme e maravilhoso em que vivemos, existe uma
grande inteligência e um grande amor. É a inteligência e o amor do nosso Deus.
Perguntinhas:

1. O que a Bíblia quer dizer quando diz que Deus nos fez do barro?
2. O que a Bíblia quer dizer quando diz que Deus nos colocou em um jardim, com rios e
pedras preciosas?
3. O que a Bíblia quer dizer quando afirma que Deus fez um pedido ou deu uma ordem ao
homem?
4. O que significa comer dos frutos da árvore da vida?
5. O que significa comer dos frutos da árvore do conhecimento do bem e do mal? Por que
comer desse fruto é sinal de teimosia?
6. Em que você se parece com os animais?
7. Em que você se parece com Deus?
8. Você acha que você tem valor? Por quê?
9. Você acha que os animais devem ser tratados com carinho? Por quê?
10. Você conhece situações em que os animais são mais importantes que as pessoas?
11. Qual é a obra prima de Deus?
12. Deus nos deu muitas qualidades. Vamos tentar lembrar algumas delas?
13. O que Deus pediu ao ser humano?
14. Qual é a qualidade que você gostaria de ter? Por quê?
15. Será que em nosso mundo as pessoas estão sendo tratadas com o mesmo amor? Ou
será que algumas estão bem mais cuidadas do que outras?
16. Será que existem pessoas precisando de ajuda e socorro?

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17. Se toda pessoa tem dignidade, por que nem todos são tratados com a mesma atenção e o
mesmo carinho?

CONCLUSÃO: A vida é um presente de Deus para nós. Nós não aparecemos no mundo por
acaso, sem mais nem menos. O mundo todo existe por vontade de Deus. O mundo e a vida são
os presentes mais importantes que Deus nos dá. Nós somos a obra mais maravilhosa de Deus.
Ele nos ama e por isso nos fez com carinho para sermos felizes. Para isso, precisamos ser
obedientes a Deus, deixando que ele nos ensine o que é bom para nós e nos mostre também as
coisas ruins que devemos evitar.
Somos semelhantes a todos os seres vivos e a toda a natureza, pois fomos criados por Deus,
mas em nós há algo de especial. Deus nos fez à sua imagem e semelhança: temos a capacidade
de AMAR, de PENSAR e de DECIDIR. Temos o desejo de amar e ser amado; temos inteligência
que pensa, que constrói, que realiza coisas maravilhosas; temos liberdade de decidir, de escolher
o que queremos fazer.

O PLANO DE DEUS – PATRIARCAS, HOMENS GUIADOS POR DEUS


Neste encontro vamos conhecer um pouco sobre os “Patriarcas, homens guiados por
Deus”!
O QUE A BÍBLIA DIZ
Por ser uma parte extensa do livro do Gênesis, não colocaremos um texto específico. Caso
a (o) catequista ache necessário, poderá escolher apenas um trecho para lerem.
Sugestões: Gn 12, 1-5, Gn 13, 14, 1-6, e Gn 21, 1-8, Gn 25, 19-34, Gn 27,, Gn 37, Gn 39-41,
Gn 42-47
APROFUNDAMENTO
Para começar a formar o povo do qual nasceria o Salvador, Deus escolheu Abrãao, que percebeu
a vontade de Deus em sua vida e em sua consciência.
Abraão era um homem de fé. Certo dia, Deus lhe disse: “Sai da tua terra, da tua parentela e da
casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei. Eu farei de ti um grande povo, eu te
abençoarei, engrandecerei teu nome; sê uma benção (Gn 12, 1-2)”.
Abraão deixou tudo e partiu, sem saber direito para onde, confiando só na orientação de Deus, e,
porque acreditou na sua Palavra, deu início a uma longa caminhada à procura da terra prometida
até que um dia chegou a Canaã, a terra que lhe foi dada por Deus.
Algum tempo depois, Deus promete a Abraão um filho. Mas como seria possível, se Abraão já era
velho e não tinha filhos e sua esposa Sara também era idosa?
Entretanto, para Deus nada é impossível. Ele lhes concede um filho, que recebe o nome de Isaac,
que significa “motivo de alegria”.
Certo dia, Deus colocou Abraão à prova, pedindo seu filho único em sacrifício. Abraão, confiando
em Deus, permaneceu firme até mesmo nessa provação. E Deus mais uma vez mostrou o seu
poder e a sua misericórdia, não permitindo o sacrifício de Isaac, mostrando que Ele é o Deus da
vida e não da morte.
Abraão, acreditando em Deus e lutando por seus sonhos, realizou grandes conquistas: terra boa,
povo unido, fé no coração e um filho.

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Isaac, filho de Abraão, cresceu e se casou com Rebeca. Tiveram dois filhos: Esaú e Jacó. Os
dois filhos eram gêmeos, mas Esaú nasceu primeiro, por isso era considerado mais velho.
Naquele tempo, o filho mais velho tinha uma missão muito especial na família. Ele devia, mais
que os outros, cuidar da família, principalmente quando o pai ficasse velho ou já tivesse morrido.
Porém, Esaú não se preocupava muito com a família. Gostava mais de vida mansa, pescar,
caçar. Desprezou coisas importantes, como a família e a bênção de Deus.
Era Jacó quem mais cuidava da família, apesar de ser o mais novo. Ele era um rapaz
responsável, homem de fé e confiança. Era parecido com seu avô Abraão.
Um dia, Esaú chegou de suas caçadas, cansado e com fome. Pediu a Jacó um pouco da sopa
que estava cozinhando. Jacó, então, propôs ao irmão um acordo: “Eu troco esse prato de sopa
pelos seus direitos e obrigações de filho mais velho (primogênito)”. Esaú respondeu concordando
com a proposta.
O tempo passou. Isaac ficou velho e doente. Não conseguia mais cuidar das coisas da família.
Assim, Isaac abençoou Jacó e pediu que tomasse conta de tudo. Jacó assumiu com alegria a
missão, pois queria o bem de toda a sua família.
Quando Esaú chegou, ficou muito bravo ao saber, mas se lembrou de que, quando era mais
moço, havia trocado sua missão e sua bênção por um simples prato de sopa. Arrependeu-se das
coisas que tinha feito sem pensar, mas não adiantava mais.
Abraão, Isaac e Jacó foram os primeiros patriarcas. Patriarcas, homens guiados por Deus, são os
pais e fundadores do povo de Deus, que viveram fortes experiências de Deus em muitas
situações de suas vidas e hoje são exemplos para nós.
Certa noite, Jacó lutou com o anjo de Deus que o deixou manco, mas o abençoou dizendo-lhe:
– Daqui em diante você não se chamará mais Jacó, e sim Israel, que significa forte com Deus.
Jacó (Israel) se casou e teve 12 filhos, que formaram as 12 tribos de Israel. São eles: Ruben,
Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zabulon, Dã, Neftali, Gad, Aser, José e Benjamin. Eles cresceram e
formaram um grande povo que ficou conhecido como povo de Israel, povo hebreu, povo judeu,
povo de Deus, povo eleito…
O povo de Israel foi eleito por Deus para ser seu parceiro na história da salvação. Deus cuidou
com carinho desse povo, do qual, muito tempo depois, nasceu Jesus o nosso Salvador.
José, também conhecido como José do Egito, pois, após desentendimento e ciúme dos irmãos
mais velhos, foi vendido como escravo para comerciantes que o levaram para o Egito. Para Jacó,
os irmãos disseram que José havia sido devorado por animais.
José sofreu bastante, mas era um homem de fé. Ele confiava em Deus e lutava muito. Acabou
vencendo as dificuldades e fez muito sucesso no Egito.
José tinha o dom de interpretar os sonhos. Foi chamado pelo faraó para explicar-lhe um sonho
que teve. Na explicação, José avisou ao faraó que passariam por anos de fartura, porém, a seguir
viriam anos de seca e falta de alimentos. Por isso, se tornou o homem de confiança do faraó, ou
seja, foi nomeado governador do Egito. Durante os 7 anos de fartura, José organizou o
armazenamento de mantimentos. (Gn 41)
Veio o tempo de muita dificuldade (seca – falta de comida). Foram 07 anos de muita miséria, mas
o Egito, com a ajuda de José estava preparado para superar esse longo período.
Os filhos de Jacó foram ao palácio do governador do Egito para comprar comida, conforme o pai
havia pedido, sem imaginar que seu irmão José era o governador. José reconheceu seus irmãos,
mas ficou tão emocionado que não conseguia nem falar e até chorou. Ele não sentiu raiva dos
seus irmãos, nem quis se vingar. Mandou os irmãos entrarem e se identificou. Perguntou de seu
pai Jacó. Pediu que fossem buscá-lo e voltassem para o Egito, pois ali havia comida com fartura
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para todos. Ficaram admirados por José tê-los perdoado. Então, voltaram para casa, em Canaã,
e contaram a notícia para Jacó. Jacó ficou imensamente feliz em saber que José estava vido e
era governador do Egito. Jacó reuniu toda a família e se mudou para o Egito, terra de muita
fartura e sucesso. Ao se encontrarem, José e Jacó se abraçaram e choraram de alegria. José
ajudou a família a se estabelecer no Egito e viveram juntos bons momentos.
Perguntinhas:

1. QUAL ERA A GRANDE VONTADE, O GRANDE SONHO DE ABRAÃO?


2. PARA ONDE ABRAÃO RESOLVEU SE MUDAR?
3. QUAL ERA O OUTRO SONHO DE ABRAÃO E SARA, SUA ESPOSA? REALIZOU-SE?
4. QUAIS AS GRANDES CONQUISTAS DE ABRAÃO?
5. QUANTOS FILHOS ISAAC (FILHO DE ABRAÃO) TEVE COM SUA ESPOSA REBECA?
QUAL O NOME DELES?
6. QUAL ERA A MISSÃO DO FILHO MAIS VELHO NAQUELA ÉPOCA?
7. ENTRE OS DOIS FILHOS DE ISAAC, QUEM ASSUMIU O COMPROMISSO EM CUIDAR
DA FAMÍLIA? COMO ELE ASSUMIU ESSA MISSÃO?
8. ESAÚ, O FILHO MAIS VELHO, FICOU FELIZ POR NÃO TER RECEBIDO A BENÇÃO DE
SEU PAI ISAAC PARA CUIDAR DA FAMÍLIA?
9. QUANTOS FILHOS JACÓ TEVE? ELES SE DAVAM BEM?
10. QUAL FILHO DE JACÓ FOI VENDIDO COMO ESCRAVO PELOS IRMÃOS? PARA ONDE
ELE FOI LEVADO?
11. QUE ACONTECEU COM JOSÉ NO EGITO?
12. POR QUE JOSÉ FICOU FAMOSO NO EGITO?
13. JOSÉ SE REENCONTROU COM SUA FAMÍLIA? ELE PERDOOU SEUS IRMÃOS?
CONCLUSÃO:
Abraão tinha um sonho. Queria ter uma vida melhor. Queria mudar com sua família para uma
terra boa, para um lugar bom de se viver. Ele então se esforçou, foi à luta e partiu em viagem. E
Deus abençoou sua iniciativa, assim como sempre abençoa nossos esforços para ter uma vida
digna. O povo de Deus, desde os tempos de Abraão, aprendeu que, para ter uma vida melhor, é
preciso acreditar em seus sonhos, confiar em Deus, ir à luta, saber perdoar, superar as mágoas e
buscar a reconciliação, pois a união entre os homens é muito importante para vencer as
dificuldades. Sozinhos todos são fracos.

O PLANO DE DEUS – A ANTIGA ALIANÇA E JESUS CRISTO, A ALIANÇA DEFINITIVA


Neste encontro vamos refletir sobre as “Alianças de Deus com seu povo”!
APROFUNDAMENTO
Os bons tempos mudaram…
Vieram outros faraós, que não eram simpáticos com o povo israelita – isto é, os descendentes de
Israel, outro nome de Jacó – e introduziram esse povo numa vida de escravidão.
Como o número deles aumentava cada dia mais, o faraó baixou uma ordem para que todos os
meninos dos israelitas recém-nascidos fossem lançados ao Rio Nilo.
Nessa época, certa mãe israelita planejou algo para salvar seu filho da morte. Colocou-o num
cestinho de junco e o pôs entre as canas da beira do rio, de modo que a filha do faraó, ao ir
banhar-se, encontrasse o menino. Ela o encontrou e o arranjou alguém para cuidar dele, sem
saber que se tratava da irmã do pequeno bebê. Quando já estava maior, desmamado, a mãe
levou-o até a filha do faraó, que o adotou, dando-lhe o nome de Moisés – que significa “salvo das
águas”. A partir de então, Moisés viveu no palácio real, sendo educado pela filha do faraó.
13
Passaram-se anos e Moisés, já crescido, foi visitar seus irmãos israelitas e viu os duros trabalhos
que eles eram obrigados a fazer. Moisés matou um egípcio que maltratava um hebreu, por isso
teve que fugir.
Muito tempo depois, quando Moisés se encontrava perto do Horeb, a montanha de Deus, um anjo
apareceu numa sarça em fogo que não se queimava (uma árvore que se queimava, sem se
consumir). Do meio do fogo, Deus lhe disse: “Eu vi, eu vi a miséria do meu povo que está no
Egito. Ouvi o seu clamor por causa dos seus opressores, pois eu conheço suas angústias” (Ex
3,7). “Vai, pois, e eu te enviarei ao faraó para fazer sair do Egito o meu povo, os filhos de Israel”
(Ex 3,10).
Provavelmente Deus não falou diretamente com Moisés, dessa forma. A sarça ardente é uma
linguagem simbólica para representar o conflito interior de Moises, que se sentiu chamado por
Deus para libertar o povo, mas como foi criado pelo faraó, que escravizava seu povo, temia
enfrentá-lo.
Cumprindo a ordem de Deus, Moisés foi pedir ao faraó a libertação do seu povo, mas ele não
cedia diante desse pedido. Por isso, Deus o castigou com muitas pragas e, mesmo assim, o faraó
não cedia.
A intenção do autor sagrado ao colocar coisas tão terríveis como as pragas, no Antigo
Testamento, é para mostrar que Deus faz justiça, dentro do conceito de justiça da época, pois o
código de leis que influenciava o povo era o código de Hamurabi (rei mesopotâmico), aquele que
dizia olho por olho, dente por dente. Por isso, devemos ter cuidado com duas palavras atribuídas
a Deus, que aparecem no Antigo Testamento: vingança e castigo. Ambas devem ser entendidas
como justiça de Deus, conforme os costumes da época. Depois, bem mais tarde, Jesus vai
explicar isso melhor.
Então, caiu sobre o Egito a décima praga, a mais terrível, que é a morte dos primogênitos dos
egípcios.
Mas, para proteger os primogênitos israelitas, Deus ordenou, através de Moisés, que cada família
matasse um cordeiro sem mancha, sem quebrar-lhe nenhum osso e, com seu sangue, marcasse
a porta de sua casa. Dessa forma, as suas casas seria identificadas pelo anjo do Senhor que
passaria adiante.
Deviam, também, assar o cordeiro e comê-lo nessa mesma noite, com pão sem fermento e com
ervas amargas. Assim eles fizeram.
Seus filhos foram salvos da morte, enquanto que os filhos dos egípcios foram mortos.
Nessa mesma noite, o faraó deixou os israelitas partirem do Egito, mas logo se arrependeu e pôs
o seu exército atrás deles para trazê-los de volta.
Deus, porém, manifestou o seu poder abrindo o Mar Vermelho para que os israelitas o
atravessassem a pé enxuto. Em seguida, as águas do mar voltaram ao seu lugar e cobriram o
exército do faraó.
Obs.: o que chamamos de mar vermelho, na realidade é algo como um pantanal, um brejo. É
como um “braço de mar”, um trecho relativamente estreito de águas marítimas que separam o
continente africano do asiático. É uma espécie de prolongamento do Oceano Índico que vai
morrer justamente na divisa entre o Egito e a Palestina. Por ser o fim de um trecho de água, as
marés, ao soprar dos ventos, variam muito o nível do Mar Vermelho, que pode abaixar tanto, de
modo a possibilitar a travessia a pé enxuto ou com água nos tornozelos.
Então, Moisés pediu que os israelitas celebrassem para sempre esse dia como uma festa, a festa
da Páscoa, a passagem do Senhor na vida deles. A passagem da escravidão para a liberdade.

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Êxodo quer dizer saída. Este acontecimento ocorreu quando os israelitas foram libertos da
escravidão no Egito e iniciaram a sua caminhada pelo deserto rumo à terra prometida. Eles
passaram a se definir como o povo que Deus libertou do Egito.
No decorrer dessa caminhada eles sentiram sede e fome. Então começaram a reclamar com
Moisés, achando que Deus os havia abandonado.
Deus ouviu as suas murmurações e manifestou, novamente, o seu poder e seu amor: fez brotar
água da rocha, fez chover pão do céu (como sementinhas brancas com sabor de bolo de mel,
que deram o nome de maná) e enviou codornizes (pássaros) para saciá-los com carne.
Durante os quarenta anos em que o povo de Deus viveu no deserto, Deus alimentou e cuidou
dele com muito amor. Diante do sofrimento e das dificuldades, este povo pôde perceber a
presença de um Deus poderoso e fiel, que jamais abandona seus filhos.
Entretanto, por diversas vezes, eles se esquecem de tudo que Deus lhes havia proporcionado e
viram as costas para Deus.
Ao longo dos tempos, Deus fez várias vezes aliança com os seres humanos.
Aliança é sinal do amor de Deus, é o compromisso de amor e fidelidade entre Deus e cada um de
nós.
Com Noé, Deus ordena-lhe que construa uma grande arca e que entre nela com seus filhos, sua
mulher, as mulheres dos seus filhos e um casal de cada animal da terra. Assim, no dilúvio eles
são salvos da morte. Então Deus faz uma aliança com ele, prometendo-lhe que nunca mais os
seres vivos serão destruídos por dilúvio. O sinal dessa aliança é o arco-íris.
Tempos depois, Deus faz uma aliança com Abraão, dizendo-lhe que ele será pai de uma grande
nação e, por ele, todas as nações da terra serão abençoadas; que essa aliança será perpétua;
que será o Deus dele e das gerações futuras e que eles serão o seu povo; que lhes dará a posse
da terra de Canaã para sempre; que abençoará a ele e à sua esposa Sara, concedendo-lhes um
filho, ao qual darão o nome de Isaac; e que essa aliança será renovada com Isaac. O sinal dessa
aliança é a circuncisão.
Moisés e seu povo já estavam caminhando no deserto por muito tempo. Tinham passado por
muitas dificuldades, mas Deus sempre ajudou seu povo a vencer todas elas, por isso o povo foi
aprendendo a confiar em Deus.
Moisés sobe ao Monte Sinai para orar e lá se encontra com Deus. Ele lhe pede para lembrar aos
israelitas como os libertou da escravidão no Egito e os conduziu com carinho, como se
estivessem protegidos sobre asas de águia. Deus faz com Moisés uma aliança, entregando-lhe
as tábuas da lei com os dez mandamentos (Ex 20, 1-21, Dt 5-6). Todas as normas eram para
ajudar o povo a viver mais unido e mais feliz. O povo ouviu tudo com atenção e guardaram com
carinho todas essas palavra, fazendo um trato: todos iam se esforçar ao máximo para guardar no
coração os mandamentos do Senhor. E foi assim que o povo prometeu ser fiel a Deus. Eles
chamaram esse trato de aliança e as normas de mandamentos.
O povo promete fidelidade, mas cai com frequência em erros contra a lei de Deus.
Como sinal dessa aliança, Moisés mata um cordeirinho e, com o sangue dele, respinga o povo e
o altar, pois para eles isso simboliza oferecer a própria vida.
A finalidade da aliança feita por Deus com Noé, Abraão e Moisés era formar um povo especial, o
seu povo, porque dos seus descendentes haveria de nascer o Salvador, seu filho Jesus, que viria
salvar todos os seres humanos, libertando-os da escravidão do pecado e da morte.
Ao celebrar com os apóstolos a Nova Páscoa, Jesus fez uma Nova Aliança, a qual foi selada com
o seu sangue, sendo esta muito maior do que a Antiga Aliança.

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Muitas vezes nos esquecemos do amor de Jesus e de Deus Pai e não vivemos a Aliança. É muito
importante amar a Deus acima de todas as coisas e obedecer aos seus mandamentos, para viver
a alegria e a liberdade dos filhos de Deus.
Livro do Êxodo (Ex 20) e do Deuteronômio (Dt 5)…
Quais são os 10 mandamentos de Deus?
A base dos 10 mandamentos é o texto bíblico de Êxodo 20, 2-17 e Deuteronômio 5,6-21. A Igreja,
no período em que as pessoas tinham menos acesso aos textos escritos, porque eram caros,
formulou-os de maneira catequética. Utilizaremos como base o Catecismo da Igreja Católica.
1 – Amar a Deus sobre todas as coisas: porque Deus nos amou primeiro nós devemos
corresponder amando-O de volta. Devemos confiar sempre nele e amá-lo acima de tudo e de
todos. O amor a Deus implica rejeição aos falsos deuses, renúncia a todo tipo de idolatria,
superstição, incredulidade.
2 – Não tomar seu Santo nome em vão: O nome do Senhor é santo. Não devemos usar o nome
de Deus indevidamente. Podemos fazer uso dele para bendizê-lo, louvá-lo e glorificá-lo. O
respeito ao nome de Deus é o respeito devido a Ele mesmo. Não devemos dizer: “juro por Deus”,
o juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira e é falta grave contra o Senhor.
Também devemos ter cuidado para não falar contra Deus – interior ou exteriormente – palavras
de ódio, de censura, de desafio, dizer mal de Deus, faltar-Lhe ao respeito nas conversas.
3 – Guardar Domingos e festas de guarda: No Egito, o povo trabalhava direto, sem direito a
descanso e Deus ordena o descanso semanal para lembrar o que Ele fez no passado. “Recorda
que foste escravo na terra do Egito e que o Senhor teu Deus te fez sair de lá” (Dt 5,15).
Devemos santificar o dia do Senhor, participando da santa missa. No domingo, não devemos nos
preocupar em estudar, trabalhar… sem necessidade, e, sim, viver a liberdade que Deus nos dá.
O Catecismo afirma que “a Eucaristia dominical fundamenta e sanciona toda a prática cristã. É
por isso que os fiéis têm obrigação de participar da Eucaristia nos dias de preceito, a menos que
estejam justificados, por motivo sério. Os que deliberadamente faltam a essa obrigação cometem
um pecado grave”.
4 – Honrar pai e mãe: “Deus quis que, depois de Si, honrássemos os nossos pais, a quem
devemos a vida e que nos transmitiram o conhecimento de Deus. Temos obrigação de honrar
(obedecer e respeitar) todos aqueles que Deus, para nosso bem, revestiu da sua autoridade”. É
um mandamento dirigido diretamente aos filhos nas suas relações com os pais.
5 – Não Matar: Este mandamento defende o direito à vida. Devemos amar, respeitar, proteger e
promover a própria vida, do próximo e da natureza (águas, terras, plantas, animais…)
Não podemos desejar o mal, sentir raiva, xingar…
A virtude da temperança nos leva a evitar toda a espécie de excessos, tais como o abuso da
comida, da bebida, do tabaco, dos medicamentos, da velocidade nas estradas, no mar ou no ar.
6 – Não pecar contra a castidade: Guardar a pureza de coração nos pensamentos, palavras e
ações. Respeitar o próprio corpo e o do próximo. Este mandamento nos ordena ter a vida sexual
apenas no casamento.
7 – Não furtar: Este mandamento “proíbe tomar ou reter injustamente o bem do próximo e
prejudicá-lo nos seus bens”. Nos ordena a praticar a justiça. Respeitar o dinheiro e os bens do
próximo.
8 – Não levantar falso testemunho: Esse mandamento nos ensina a viver a verdade e a
sinceridade. Devemos ser fiéis e não julgar as pessoas. Não fazer fofoca e falar mal dos outros e
nem inventar coisas que prejudique a vida alheia.

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9 – Não desejar a mulher do próximo: Este mandamento ordena ao homem a amar e respeitar a
sua esposa ou namorada e jamais desejar outra mulher e vice-versa, ou seja, também se aplica à
mulher o dever de amar e respeitar seu marido ou namorado.
10 – Não cobiçar as coisas alheias: Deus nos ordena a não sermos invejosos e não desejarmos
as coisas que pertencem às outras pessoas. A cobiça muitas vezes pode levar ao roubo e a
fraude, proibidos pelo sétimo mandamento.
Perguntinhas:

1. Como os reis eram chamados lá no Egito?


2. Todos os faraós gostavam do povo de Deus?
3. Certa vez, um faraó tomou uma decisão ruim para o povo de Deus. O que ele resolveu
fazer?
4. O que a mãe de Moisés fez com o seu menino?
5. Quem encontrou a cestinha com o menino boiando no rio? O que ela fez?
6. O que significa o nome de Moisés?
7. O que Moisés fez ao saber que fazia parte do povo de Deus?
8. O faraó concordou em libertar o povo de Deus?
9. Como o povo se livrou do exército do faraó?
10. O que aconteceu depois que o povo de Deus fugiu do Egito? Para onde estava indo?
11. Quais eram as principais dificuldades do povo no deserto?
12. O que o povo encontrou no deserto para matar sua fome?
13. Como foi o trato que o povo fez com Deus?
14. Quais eram as normas que o povo devia respeitar?
15. Como o povo de Deus passou a chamar o trato que havia feito com Deus?

Conclusão: Nós também precisamos seguir esses conselhos de Deus. Devemos caminhar,
seguindo os ensinamentos de Deus; devemos ter fé, firmeza e muita disposição. Devemos fazer
com carinho tudo o que temos de fazer. Deus sempre nos abençoa e nos ajuda a superar as
dificuldades de todas as tarefas que a gente realiza. É assim que a gente conquista a nossa
verdadeira liberdade. O povo de Deus saiu da escravidão, caminhando muitos anos entre as
dificuldades do deserto e, enfim, chegou à terra de Canaã, que era uma terra fértil, boa, cheia de
liberdade e de paz. O povo alcançou a vitória, caminhando com fé e perseverança, sem
desanimar.

JESUS CRISTO – DA ANUNCIAÇÃO ATÉ A INFÂNCIA

Neste encontro vamos refletir sobre a Anunciação do Anjo a Maria, o nascimento de Jesus
e sua infância.
O QUE A BÍBLIA DIZ
A Bíblia é a Palavra de Deus e contém muitos ensinamentos para a nossa vida. O Deus de Amor
nos ensina a viver bem através de sua Palavra.
Lucas 1, 26-38: Anunciação
26. No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada
Nazaré. 27. A uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e
o nome da virgem era Maria.
28. Entrando, o anjo disse-lhe:
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“Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”.
29. Perturbou-se ela com essas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante
saudação. 30. O anjo disse-lhe: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.”
31. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. 32. Ele será grande
e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará
eternamente na casa de Jacó,* 33.e o seu reino não terá fim”. 34. Maria perguntou ao anjo:
“Como se fará isso, pois não conheço homem?”
35. Respondeu-lhe o anjo:
“O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por
isso, o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. 36. Também Isabel, tua parenta,
até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, 37.
porque a Deus nenhuma coisa é impossível”. 38. Então disse Maria: “Eis aqui a serva do Senhor.
Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo afastou-se dela.”

Mateus 1, 18-25: um anjo do Senhor aparece em sonho para José.


Lucas 2, 1-52: nascimento de Jesus, visita dos pastores e apresentação do menino Jesus no
templo.
Mateus 2, 1-12: visita dos reis magos.
APROFUNDAMENTO
Durante muito tempo o povo de Deus esperou a vinda do Salvador prometido, o Messias.
Messias quer dizer ungido, enviado por Deus.
Jesus é a realização da promessa de Deus, conforme foi anunciado pelo Profeta Isaías: “Porque
um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, ele recebeu o poder sobre seus ombros, e lhe foi
dado este nome: Conselheiro-maravilhoso, Deus-forte, Pai eterno, Príncipe da Paz” (Isaías 9, 5)
Deus cumpre a sua promessa enviando o seu próprio filho Jesus, que veio ao mundo revelar a
face de um Deus que é Pai, amor, misericórdia e perdão.
Jesus é o Messias que os profetas anunciavam que seria a descendência de Davi, onde haveria
de nascer e quem seria sua mãe. O Profeta Isaías diz ainda que Ele faria milagres, sofreria muito,
entregaria a sua vida para a salvação de todos e seria glorificado.
Vejamos como isto aconteceu!
Deus não quis agir sozinho. Preferiu contar com a boa vontade das pessoas. A primeira pessoa
com quem Deus quis contar foi Maria. Ela era uma jovem que vivia em Nazaré. Era fiel a Deus e
pura de coração. Um dia, Deus lhe visitou, escolhendo-a para ser mãe do Salvador. Com o
coração cheio de alegria, ela aceitou o convite de Deus e se colocou à disposição para fazer a
vontade do Senhor. O seu sim foi fundamental para o plano de Deus se realizar. Então, Maria
engravidou, por um milagre de Deus, e, Deus se fez gente no meio de nós. Era o filho de Deus,
Jesus.
Mas José, seu noivo, ao saber ficou confuso, sem entender o que estava acontecendo. José
decidiu rejeitá-la secretamente.
Então, certa noite, José teve um sonho no qual o anjo do Senhor também lhe apareceu e disse:
“José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do
Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus…” (Mt 1, 20-21)
José era um homem bom e justo, um homem de fé. Depois do sonho ele entendeu que Deus
precisava dele também para que o Filho de Deus viesse ao mundo e para ajudar a cuidar de
Jesus. Por isso dizemos que São José é o pai adotivo de Jesus.
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José e Maria se casaram, formando uma família bem unida para acolher Jesus.
Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: Isaías: Eis que
uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7,14), que significa:
Deus conosco.
Passado algum tempo, José precisou ir de Nazaré, onde morava, para Belém, por causa de um
recenseamento (pesquisa que determina o número de habitantes de uma região, cidade, país
etc., especificando pelo sexo, idade, religião, estado civil, escolaridade, etc). Foi para lá se
registrar, pois era descendente do Rei Davi, que tinha nascido em Belém. Levou Maria, que
estava grávida. Então, chegou a hora do menino nascer e, como não havia lugar para eles em
nenhuma pensão, Maria deu à luz a Jesus numa gruta (local onde os animais ficavam, tipo um
curral) muito pobre em Belém e o colocou numa manjedoura (cocho onde os animais comiam).
Apesar da simplicidade, o lugar era aconchegante e tranquilo para que Maria pudesse ter seu
filho. Maria e José ficaram muito contentes com a chegada do bebê. Jesus veio trazer alegria ao
coração das pessoas e iluminar o mundo.
Perto do lugar onde Jesus nasceu, havia alguns pastores. Naquele tempo, eles não eram muito
considerados pela população da cidade, Eles eram pessoas simples e humildes, que tinham fé e
um bom coração. Ao saberem do nascimento de Jesus, resolveram visitá-lo.
“8. Naquela região havia pastores, que passavam a noite nos campos, tomando conta do
rebanho.
9. Um anjo do Senhor apareceu aos pastores; a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles
ficaram com muito medo.
10. Mas o anjo disse aos pastores: Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que
será uma grande alegria para todo o povo:
11. hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor.
12. Isto lhes servirá de sinal: vocês encontrarão um recém-nascido, envolto em faixas e deitado
na manjedoura.
13. De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão de anjos. Cantavam louvores a Deus,
dizendo:
14. Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados.”
O nascimento de Jesus é cercado de simplicidade. O Filho de Deus quis nascer assim, para
mostrar que está sempre junto das pessoas simples. Por isso, Deus avisou aos pastores, que
foram os primeiros a visitarem Jesus.
Jesus também recebeu outras visitas.
Alguns homens, vindos do Oriente, conhecidos como reis magos (pessoas sábias, inteligentes e
estudiosas), sabiam que um salvador havia sido prometido ao povo. Certo dia, eles viram uma
grande estrela brilhando muito forte no céu (um sinal de Deus os atraiu até Jesus). Entenderam
que isso significava que o Salvador havia nascido. Após se prepararem, eles deram início à
viagem, à procura de Jesus, seguindo aquela grande estrela. Ao chegarem a Jerusalém
começaram a perguntar sobre o menino, o “rei dos judeus”. Os líderes religiosos da época
disseram que o menino deveria nascer em Belém, conforme foi escrito pelo profeta.
Antes que partissem, o rei Herodes chamou-os e pediu que o avisassem assim que
encontrassem o menino para que ele também pudesse adorá-lo.
Os reis magos continuaram a viagem seguindo a estrela até que ela parou sobre o lugar onde
estava o menino. Ao entrarem, encontraram Jesus com Maria e José. Ajoelharam-se diante dele
e o adoraram. Ofereceram-lhe presentes para simbolizar seu carinho e respeito por Jesus: ouro

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(porque Jesus é rei), incenso (porque Jesus é Deus) e mirra. (porque Jesus vai morrer na cruz – é
uma erva usada como anestésico).
Avisados em sonho, os reis magos não retornaram para falar com Herodes, pois este na
realidade não queria outro “rei” competindo com ele. Ele queria saber onde Jesus estava para
persegui-lo e matá-lo.
Alguns dias após o nascimento, Maria e José levaram Jesus ao templo, para agradecer a Deus,
pois esse era o costume. Ao chegarem ao templo, duas pessoas idosas, Simeão e Ana, ficaram
muito alegres com a chegada de Jesus. Louvaram e agradeceram a Deus, pois a promessa de
mandar um salvador havia sido cumprida.
Um anjo do Senhor apareceu em sonho a José e avisou que o rei Herodes estava à procura do
menino para tirar-lhe a vida, mas o Pai não permitiu, avisando José, em sonho, para fugir com
Maria e Jesus para a terra de Israel.
José tomou o menino, sua mãe e partiram para morar na cidade de Nazaré, onde Jesus viveu e
cresceu.
A história de Herodes querendo matar Jesus lembra a história do faraó querendo matar Moisés.
Moisés de salvou e se tornou o grande mestre e líder do povo, aquele que deu ao povo a Lei de
Deus (os 10 mandamentos). Jesus também é salvo da maldade do rei. Jesus é o novo Moisés,
aquele que ensina a verdadeira palavra de Deus; aquele que de fato dá uma lei muito importante
para o povo: a lei do amor.
Jesus crescia em estatura, graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens.
Todos os anos Maria e José, iam de Nazaré para Jerusalém para participarem das festas
religiosas (Páscoa) que aconteciam no grande templo. Ao completar 12 anos, Maria e José
levaram Jesus com eles.
A cidade toda estava em festa, com muita gente reunida. Depois de alguns dias, a festa terminou.
As pessoas se reuniram e partiram em caravana de volta para casa. Após caminharem um longo
trecho, Maria deu falta de Jesus. Maria e José começaram a procurar e perguntar por Jesus entre
as pessoas, mas ninguém o tinha visto. Preocupados retornaram a Jerusalém e o procuraram por
três dias. Desolados, resolveram ir ao templo para rezar e pedir a Deus que os ajudasse a
encontrar o menino. E qual não foi a surpresa, quando, ao entrar no templo, encontraram Jesus.
O menino estava lá, conversando com os doutores do templo sobre a Palavra de Deus.
“48 Ao vê-lo, seus pais ficaram emocionados. Sua mãe lhe disse: Meu filho, por que você fez isso
conosco? Olhe que seu pai e eu estávamos angustiados, à sua procura. 49 Jesus respondeu: Por
que me procuravam? Não sabiam que eu devo estar na casa do meu Pai?” 50 Mas eles não
compreenderam o que o menino acabava de lhes dizer. 51 Jesus desceu então com seus pais
para Nazaré, e permaneceu obediente a eles. E sua mãe conservava no coração todas essas
coisas. 52 E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e graça, diante de Deus e dos homens.”
(Lucas 2, 48-52)
CONCLUSÃO: Para que Jesus viesse ao mundo, duas pessoas foram importantes: Maria e José.
Os dois mostram um bom exemplo de dedicação e carinho com as coisas de Deus.
Ao conhecer Maria, aprendemos por que nós católicos temos tanta admiração e carinho por ela.
É porque ela foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus e não teve medo dessa missão,
aceitando prontamente ao chamado de Deus. Ela é um exemplo para nós de obediência e
acolhimento à vontade de Deus.
Assim como Deus contou com Maria, Ele escolheu José para ser o pai adotivo de Jesus, para
cuidar e proteger Jesus.

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Mesmo depois de tanto tempo, ainda nos sentimos felizes ao recordar esse momento tão
importante em que o Filho de Deus nasceu entre nós. O nascimento de Jesus, com toda a sua
simplicidade, foi um grande acontecimento, que mudaria toda a história da humanidade.
Nós também podemos dar a Jesus presentes: o nosso amor e o nosso carinho. Estes são
os melhores presentes que podemos oferecer a Jesus e que ele deseja receber.
Jesus, desde o seu nascimento, mostrou que veio para todos, sem fazer distinção entre as
pessoas. Certa vez, Jesus disse: “O reino de Deus é de quem tem um coração puro, como
coração de criança”.
Devemos sempre ir ao encontro de Cristo, buscar Jesus, aceitá-lo como nosso rei e salvador. E
para isso, precisamos de muita perseverança, para não desistir. Muitas vezes vamos caminhando
e nos perdemos, mas a luz de Deus vai nos guiando para encontrar Jesus, para nele crer e viver
com ele.
NESTE ENCONTRO VEMOS A ORIGEM DA AVE-MARIA E DOS MISTÉRIOS GOZOSOS
A Ave Maria inicia com a saudação do anjo (Lucas 1, 28):
“Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”.
E Isabel continua (Lucas 1, 42):
Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre”.
Primeiro Mistério Gozoso:
“A Anunciação do Anjo Gabriel à Virgem Maria e a Encarnação do Verbo Divino em seu
seio imaculado”.
O Anjo anunciou a Maria, e ela concebeu do Espírito Santo. Sem nenhuma ação do homem. Foi
uma ação de Deus, que se deu de forma milagrosa. Maria era virgem e permaneceu virgem, pois
Deus colocou Jesus no ventre de Maria de forma milagrosa.
Segundo Mistério Gozoso:
“A visita de Maria à sua prima Isabel”
No mesmo tempo sua parenta Isabel engravidou. Maria, quando soube, foi às pressas ajuda-la,
conforme Lucas 1, 39-56.
E Isabel louva a Deus, pois percebe a presença do Menino Deus no ventre de Isabel, e louva a
Maria com as palavras que serão parte da oração Ave Maria
“Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre” (repetido)
O Anjo avisa José que o filho que Maria carrega é obra do Espírito Santo, e assim ele aceita sua
esposa.
Terceiro Mistério Gozoso:
“O nascimento de Jesus em Belém”
Por causa do recenseamento tinha muita gente de fora na cidade, e não havia lugar para eles na
hospedaria. Jesus nasce em um lugar pobre, e os pais o deitam em um cocho onde os animais
comiam palha.
Quarto Mistério Gozoso:
Apresentação do Menino Jesus no Templo
Lucas 2, 22-23. “Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a
Jerusalém para o apresentar ao Senhor, 23.conforme o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo
primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor” (Ex 13,2)”
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Quinto mistério gozoso:
A perda e o encontro do Menino Jesus entre os doutores da Lei.
“Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Tendo ele atingido doze anos,
subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam,
ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem…
Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-
os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas” Lucas 2, 41-
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5 PROFETAS ANUNCIARAM A VINDA DE JESUS


1 – João Batista
O último dos Profetas a anunciar a vinda de Jesus foi João Batista. Ele que era filho de Santa
Isabel, desde o ventre esteve cheio do Espírito Santo, por ocasião da saudação de Nossa
Senhora. (Lc 1,41)
São João Batista, pregava um batismo de conversão, de arrependimento dos pecados. Preparava
o caminho para a chegada de Jesus, do qual dizia: “aquele que vem depois de mim, do qual não
sou digno de desatar a correia de sua sandália” (Jo 1,27)
2 – Miqueias
Miqueias é o profeta que anuncia o nascimento do Messias em Belém. Em suas características, o
Salvador era descrito como um pastor. O profeta explica que esse novo Tempo, a chegada do
Emanuel, acabará com todo o sofrimento, encherá o nosso coração de esperança, nossa vida de
sentido.
“Ele se porá de pé e apascentará seu rebanho com a força de Javé, com a majestade do Nome
de Javé, seu Deus. Habitarão seguros, porque ele então será grande até os extremos confins da
terra.” ( Miqueias 5,3)
3 – Jeremias
– oráculo de Javé – Jeremias era ainda jovem quando foi chamado pelo Senhor para ser profeta.
Durante sua missão anunciou o nascimento de Jesus, afirmava que o Messias viria da tribo de
Judá, descendente do Rei Davi.
“Eis que virão dias nos quais suscitarei a Davi um germe justo, que reinará como rei; será sábio e
exercerá o direito e a justiça sobre a terra. Em seus dias, Judá será salvo e Israel terá segurança
em sua morada; este será o nome com que o chamarão: ‘Javé-nossa justiça’ “. (Jr 23,5-6)
Sabe quando Jesus teve uma entrada triunfal em Jerusalém, em que aclamavam Hosana? O
profeta Zacarias já havia profetizado que isso aconteceria, inclusive tinha dado detalhes como
que ele estaria em um burrinho (Zacarias 9,9). Além disso, anunciou que Jesus seria traído em
troca de 30 moedas.
“Mas Javé me disse: ‘Lança no tesouro esta bela soma com que fui por eles avaliado!” Tomei os
trinta siclos de prata e os lancei no tesouro da casa de Javé’ “. (Zacarias 11,13)
4 – Zacarias
Sabe quando Jesus teve uma entrada triunfal em Jerusalém, em que aclamavam Hosana? O
profeta Zacarias já havia profetizado que isso aconteceria, inclusive tinha dado detalhes como
que ele estaria em um burrinho (Zacarias 9,9). Além disso, anunciou que Jesus seria traído em
troca de 30 moedas.

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“Mas Javé me disse: ‘Lança no tesouro esta bela soma com que fui por eles avaliado!” Tomei os
trinta siclos de prata e os lancei no tesouro da casa de Javé’ “. (Zacarias 11,13)
5 – Isaías
“Isaías, Isaías! Anuncia o Messias e consola o povo meu.”
O profeta Isaías foi o que mais anunciou à vinda e os milagres que o Messias faria. Por isso,
especialmente no tempo do Advento, nos recordamos de suas profecias e cantamos essa
música. É, inclusive, uma de suas profecias foi lida pelo próprio Jesus na Sinagoga:
“Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, encontrou a passagem onde estava
escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para evangelizar os pobres,
mandou-me anunciar aos cativos a libertação, aos cegos a recuperação da vista, pôr em
liberdade os oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor’. Depois enrolou o livro, entregou-
o ao servente e sentou-se. Todos na sinagoga tinham os olhos voltados para ele. Então começou
a dizer-lhes: ‘Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura diante de vós’ “. (Lc 4,17 -21)

JOÃO BATISTA E O BATISMO DE JESUS


No encontro anterior vimos do anúncio do Anjo Gabriel à Virgem Maria até a infância de Jesus.
A partir deste encontro, vamos conhecer como se deu o início da vida pública de Jesus, sua
missão de anunciar o Reino de Deus, ensinar a todos as coisas do Pai e nos trazer a
salvação. Ele se aproximou do povo que buscava a conversão, liderados por João Batista, para
pregar a Boa Nova (boa notícia) do Reino.
O QUE A BÍBLIA DIZ
A Bíblia é a Palavra de Deus e contém muitos ensinamentos para a nossa vida. O Deus de Amor
nos ensina a viver bem através de sua Palavra.
Lucas 3, 1-18 – João Batista prepara o povo para receber Jesus
Mateus 3, 13-17, Jo 1, 29-34 – O batismo de Jesus
Lucas 4, 14-.22 – Primeira pregação que Jesus fez ao povo
APROFUNDAMENTO
No tempo de Cristo, havia diversos grupos religiosos. Cada um entendia a lei de Moisés de uma
forma, ressaltando mais alguns aspectos. Os fariseus priorizavam as Sagradas Escrituras. Os
saduceus cuidavam do culto, do templo. Os herodianos eram totalmente a favor do império
romano, mesmo que isso exigisse a renúncia de certos princípios da fé. Enfim, a religião judaica
tinha perdido sua unidade.
Por isso, antes de começarmos a conversar sobre a missão de Jesus, em sua vida adulta,
anunciando a mensagem da salvação, vamos conhecer um pouco sobre João Batista, aquele que
preparou o povo para acolher Jesus e batizou Jesus no rio Jordão.
As pessoas ainda não sabiam direito que ele era o Filho de Deus que tinha vindo ao mundo para
trazer a mensagem da salvação. Jesus tinha muitas coisas bonitas para ensinar ao povo. Antes,
porém, que ele começasse sua missão de pregar a Palavra de Deus, alguém especial já estava
preparando o coração do povo para acolher Jesus.
Era João Batista, filho de Isabel e Zacarias. Ele era primo de Jesus, e, como Jesus, era muito
dedicado às coisas de Deus. Ele pregava a renovação espiritual, a conversão dos pecados e a

23
vida piedosa. João Batista sabia que Jesus tinha a missão de sair pelo mundo ensinando às
pessoas a Palavra de Deus, pois a humanidade estava afastada de Deus, vivia mal, sem a alegria
e a paz que só Deus pode dar.
Em suas viagens, João Batista percebeu que havia muita maldade, injustiça, desunião… Ele
sabia que para entender a Palavra de Deus é preciso ter um bom coração, caso contrário não
entenderiam nada que Jesus fosse ensinar. Decidiu, então, sair em missão para preparar o
coração do povo para a chegada de Jesus.
Além de pregar ao povo a conversão, João Batista também batizava as pessoas. Por isso é
chamado de Batista.
João Batista clamava ao povo que mudasse de vida; que se esforçasse para acabar com as
maldades, a desunião, que preparasse o coração, pois somente aquele que tem bom coração
poderia acolher a salvação.
Aos poucos o povo foi acolhendo as palavras de João Batista e mudando de vida.
João Batista era um homem corajoso e de muita fé. Ele teve um papel importante, pois convidou
o povo a se converter, a ter um bom coração.
“5 Os moradores de Jerusalém, de toda a Judeia, e de todos os lugares em volta do rio Jordão,
iam ao encontro de João. 6 Confessavam os próprios pecados, e João os batizava no rio Jordão.”
(Mt 3,5-6)
“11 Eu batizo vocês com água para a conversão. Mas aquele que vem depois de mim é mais forte
do que eu. E eu não sou digno nem de tirar-lhe as sandálias. Ele é quem batizará vocês com o
Espírito Santo e com fogo.” (Mt 3, 11)
O povo, então, ficou entusiasmado. Todos queriam ser batizados. Todos queriam purificar o
coração. João Batista convidava um a um a entrar no rio Jordão. João queria que as pessoas
entendessem que, da mesma forma que aquela água lavava e purificava o corpo de toda a
sujeira, também os corações deveriam ser purificados de todo o mal.
“15 O povo estava esperando o Messias. E todos perguntavam a si mesmos se João não seria o
Messias. 16 Por isso, João declarou a todos: “Eu batizo vocês com água. Mas vai chegar alguém
mais forte do que eu. E eu não sou digno sequer de desamarrar a correia das sandálias dele. Ele
é quem batizará vocês com o Espírito Santo e com fogo.”
Certo dia, Jesus chegou tranquilo e sereno, passou por entre a multidão e, com passos muito
seguros, caminhou na direção do rio e fez como todos haviam feito. Entrou na água e foi até onde
estava João Batista. Jesus conversando com João Batista, pediu para ser batizado.
“13 Jesus foi da Galileia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João e ser batizado por ele.
14 Mas João procurava impedi-lo, dizendo: “Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a
mim?” 15 Jesus, porém, lhe respondeu: “Por enquanto deixe como está! Porque devemos cumprir
toda a justiça.” E João concordou.
16 Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito
de Deus, descendo como pomba e pousando sobre ele. 17 E do céu veio uma voz, dizendo: “Este
é o meu Filho amado, que muito me agrada.” (Mt 3, 13-17)
O povo ficou feliz, quando viu que Jesus também foi batizado. As pessoas entenderam que era a
voz de Deus anunciando que Jesus era seu Filho querido, aquele que veio ao mundo para nos
salvar, o messias esperado. Compreenderam que Jesus era alguém muito especial, cheio do
Espírito Santo (conforme profetizou Isaias – Is 11,1-9), com uma tarefa muito bonita de aproximar
todas as pessoas de Deus, anunciando a todos os ensinamentos divinos para que vivessem em
paz e mais felizes.
O relato do batismo de Jesus serve para apresentá-lo oficialmente ao povo como o filho de Deus,
pois é a partir do batismo que Jesus dá início à sua missão.
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E você, sabe quando foi batizado? O dia do batismo é tão importante que deve ser lembrado e
celebrado assim como a data do aniversário.

CONCLUSÃO: João Batista teve um papel muito importante. Ele convidou o povo a se converter,
a ter um bom coração. Outro momento importante com a participação de João Batista foi o
batismo de Jesus. O que Deus disse naquele dia (Este é o meu Filho amado), também vale para
nós. Todos nós somos filhos amados em quem ele põe todo o seu carinho e seu afeto. A partir do
nosso batismo, nós assumimos este compromisso de viver como filhos queridos de Deus,
buscando sempre o que é bom e deixando para trás o que não presta, pois, agora, também nós
estamos cheios do Espírito Santo de Deus, que é força em nosso coração. Pelo batismo, estamos
bem unidos a Jesus e nada mais pode nos separar dele.

AS PARÁBOLAS DO REINO - PRIMEIRA PARTE


Neste encontro falaremos do modo especial de Jesus anunciar o Reino de Deus, através de
Parábolas, pequenas histórias baseadas em comparações para facilitar a compreensão de todos.
O SEMEADOR
O QUE A BÍBLIA DIZ: A Bíblia é a Palavra de Deus e contém muitos ensinamentos para a nossa
vida. O Deus de Amor nos ensina a viver bem através da sua Palavra.
TEXTO BÍBLICO: Mateus 13, 1-23
A Parábola do Semeador conta a história de alguém que sai pelos campos semeando coisas
boas. O Semeador representa Jesus que ensina coisas boas, e cada um acolhe seus
ensinamentos de um modo.
Algumas sementes:

1. Caíram na beira do caminho e os passarinhos comeram. Estas sementes nem chegaram a


nascer. Isto acontece quando a Palavra de Deus não é bem acolhida no coração e é
deixada de lado. Se não prestamos atenção na Palavra, logo a esquecemos e desviamos
os nossos pensamentos.
2. Outras sementes cairam entre as pedras. As sementes neste solo começavam a nascer,,
mas não criavam raízes. Havia mais pedra que terra, e a planta, logo ao nascer, era
queimada pelo sol.
3. Algumas sementes caíram entre os espinhos. As sementes nasciam, mas eram sufocadas
pelos espinhos e logo morriam.
4. Finalmente, algumas sementes caíram em terra boa, preparada para receber as sementes.
As sementes logo brotaram, cresceram e produziram frutos.

APROFUNDAMENTO:
A semente representa a PALAVRA DE DEUS, que é semeada em nossos corações.
As sementes que caíram entre os espinhos nasceram e começaram a crescer Mas o mato os
espinhos cresceram muito mais e sufocaram as sementes. Assim, as sementes morreram.
As sementes que caíram na Terra Boa são aquelas que caíram na terra adubada, molhada, sem
pedras, matos, nem espinhos. São os que acolhem a Palavra com alegria. As sementes
brotaram logo, cresceram e produziram muitos frutos.
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Há os que acolhem a palavra com alegria, mas não tem tempo para praticar os ensinamentos de
Jesus. Estão preocupados com outras coisas e deixam que essas outras coisas sufoquem a
palavra, como os espinhos focam as sementes. E os seus frutos produzem, alegria, paz, amor,
união, bondade e muitos outros, dependendo do esforço de cada pessoa.
CONCLUSÃO
Esse semeador não preparou a terra mas saiu jogando sementes em todo tipo de terreno. Jesus
lança a semente em todos os corações e não apenas nos bem preparados
Se a semente vai produzir fruto ou não depende de como cada um vai cuidar da semente da
palavra de Deus em sua vida Jesus semeia mas é a gente que cuida
Quem cuida bem colhe muitos frutos bons e quem cuida mal deixa a fé morrer em seu coração
Nosso coração precisa ser terra boa para acolher a palavra de Deus com amor e dedicação e
assim produzir Frutos Bons em nossa vida
A palavra é a semente e o nosso coração é o terreno que precisa ser bom para produzir coisas
boas na nossa vida
Na catequese a catequista semeia a palavra de Deus para todas os catequizandos.
O BOM PASTOR – A OVELHA PERDIDA
TEXTO BÍBLICO: Jo 10, 1-15 e Lc 15, 1-7
Jesus disse ao povo: Eu sou o bom Pastor, conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me
conhecem. E contou-lhes uma história:
Um Pastor tinha 100 ovelhas. Conhecia a cada uma pelo nome e cuidava muito bem de todas. As
ovelhas seguiam apenas ao Pastor, pois conheciam a sua voz. Um dia, ao conta-las, viu que
tinha apenas 99 ovelhas. Guardou estas 99 e saiu a procurar a que faltava.
Ao encontrar a ovelha perdida o Pastor cuidou dela e levou-a de volta para o redil, cheio de
alegria.
APROFUNDAMENTO
Deus é o nosso Pastor, nós somos as suas ovelhas.
Deus deseja que estejamos sempre unidos em comunidade, seguindo a sua voz, pois ele nos
ama e nos mantém seguros e felizes, longe daqueles que tentar nos tirar do caminho do bem.
CONCLUSÃO:
Jesus cuida de todos e nos chama pelo nome. Deseja ver-nos unidos, como ovelhas do rebanho
do qual ele é o Pastor. Precisamos ouvir a voz do nosso Pastor e seguir seus
ensinamentos. Demos procurar conhecer os colegas e chama-los pelo nome.
TEXTO BÍBLICO: Lc 15, 11-32 – O FILHO PRÓDIGO
Um homem tinha 2 filhos que trabalhavam em uma fazenda. Um dia o mais novo resolveu sair de
casa e disse ao pai que queria uma vida mais alegre na cidade. Pegou suas coisas e partiu.
No começo ele se divertiu muito, mas começou a gastar tudo que tinha. Até que o dinheiro
acabou. Os amigos foram se afastando…. e ninguém o ajudava.
Começou a procurar emprego, e só conseguiu um trabalho para cuidar de porcos. Como não
tinha outra opção, aceitou o emprego.
Ele pensou que teria uma vida fácil, melhor que na casa do seu pai. “Lá eu tinha carinho, amigos,
alimento… Vou voltar para a casa do meu pai! Mas será que o meu pai vai me aceitar de volta?
Se ele não me aceitar como filho, eu posso ser um empregado…”

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Perguntar à turma como o pai vai receber o filho e por quê.
O filho foi se aproximando de casa, cheio de medo.
Mas quando o pai viu seu filho chegando saiu correndo ao encontro dele, cheio de alegria. O Pai
o abraçou muito alegre. E voltaram para casa. O pai fez uma festa, vestiu o filho com roupas
novas e preparou um banquete para festejar a volta do filho.
O filho mais novo ficou ciúmes, pois o irmão mais novo saiu de casa, gastou tudo que tinha, com
farras, e chega de mãos vazias e é recebido com festa?
O Pai explicou que o filho estava perdido, como morto, e foi encontrado! O irmão mais velho era
ajuizado, honesto, poderiam fazer muitas festas parta ele!
E o pai disse: “Vamos dar mais uma chance para o teu irmão!”
O filho mais velho compreendeu o amor do pai e pensou: que bom que eu não saí de casa para
fazer bobagens!
– Perguntar o que acharam da história, do jeito que o Pai recebeu o filho mais novo, da atitude de
ele voltar para casa, da atitude do irmão mais velho?
– Qual o ensinamento desta Parábola?
APROFUNDAMENTO:
Deus nos ama com seu amor de Pai. Ele não faz distinção entre os seus filhos.
Nós algumas vezes deixamos de buscar a Deus (a casa do Pai). Mas Deus sempre nos perdoa.
Como irmãos, devemos nos alegrar quando Deus perdoa e acolhe quem errou. Se Deus dá
sempre mais uma chance, nós também devemos dar.
CONCLUSÃO
O Pai bondoso representa Deus.
O filho que saiu de casa somos nós, quando nos afastamos de Deus.
O filho confiou no Pai e voltou para casa.
O mundo nos atrai, com muitas ilusões.
Mas Deus sempre nos espera de braços abertos. Podemos confiar em Deus, nosso Pai e voltar.
Ele sempre nos dá uma nova chance.
O filho mais velho são as pessoas que não compreendem o grande amor de Deus, que a todos
perdoa. A verdade é que Deus é Pai de todos e quer tratar a todos com o mesmo amor.
TEXTO BÍBLICO: Mt 13, 44-46 O TESOURO E AS PÉROLAS
Jesus contou aos discípulos outra Parábola:
O Reino de Deus é como um tesouro muito precioso, escondido numa velha . Quem olha não
imagina o valor daquele tesouro!
Um dia passou um homem curioso que entra e começa a cavar o chão. De repente ele encontra o
tesouro! Porém, a fazenda não era dele, tinha outro dono. Ele era honesto e não podia pegar o
que não lhe pertencia. Ele voltou para sua casa, pensou… vendeu todos os seus bens e comprou
aquela fazenda.
Para possuir aquele tesouro, ele precisou abrir mão de outros bens que possuía.
CONCLUSÃO

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Existem coisas de grande valor que devemos abrir mão de outras para possui-las. Precisamos
fazer escolhas certas na vida. Um amigo, nossa família, ter Jesus no nosso coração… são coisas
que nenhum dinheiro paga.
Vale a pena deixar o que é ruim para ter paz na família, manter os amigos, estar em paz com
Deus.
Vamos guardar estas coisas de grande valor. E abrir mão do que não tem tanto valor.
CONCLUSÃO GERAL:
Deus é um Pai bondoso. É comparado a um semeador que lança a semente em todos os
corações. Precisamos aceitar os ensinamentos de Deus, através de sua Palavra, para que
colhamos bons frutos, de paz, amor, alegria.
Deus é comparado também a um Bom Pastor, que cuida de suas ovelhas, que somos todos nós.
Deus sabe cuidar de nós. Ele nos mostra o caminho certo, nos protege do mal. Nós precisamos
confiar em Deus e pedir perdão quando erramos, certos de que Deus nunca nos desamparará.
O Pai prepara para nós o seu Reino, que é algo de grande valor. Devemos deixar tudo para
seguir a Deus!
Precisamos fazer escolhas certas na vida. Um amigo, nossa família, ter Jesus no nosso
coração… são coisas que nenhum dinheiro paga.

PARÁBOLAS DO REINO – SEGUNDA PARTE


Em nossos encontros anteriores, vimos como Deus é um Pai bondoso. Ele nos ensina muitas
coisas sobre o Reino de Deus através de Parábolas. Deus Pai é comparado a um Semeador, que
semeia boas sementes; a um Pastor que cuida de suas ovelhas. Vimos também que o Reino
de Deus é algo muito precioso. ‘
Neste Encontro aprenderemos outras coisas através de Parábolas
O QUE A BÍBLIA DIZ
A Bíblia é a Palavra de Deus e contém muitos ensinamentos para a nossa vida. O Deus de Amor
nos ensina a viver bem através de sua Palavra.
Texto bíblico: Lucas 28, 9-14 – O FARISEU E O PUBLICANO
“Jesus lhes disse ainda esta parábola a respeito de alguns que se vangloriavam como se fossem
justos, e desprezavam os outros: 10.“Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o
outro, publicano. 11.O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus,
que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que
está ali. 12.Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros. 13.O
publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas
batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! 14.Digo-vos: este voltou
para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se
humilhar será exaltado”.
APROFUNDAMENTO:
Jesus, que era Deus, era humilde. Nós devemos sempre reconhecer nossos erros.

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Não podemos julgar, pois vemos a verdade, que somente Deus pode perceber. Aos olhos do
povo, o fariseu parecia ser santo, mas era orgulhoso e se julgava melhor que o publicano, que na
sua oração humilde agradou a Deus.
Os fariseus eram pessoas que geralmente se julgavam mais piedosas e,por isto, pensavam
agradar mais a Deus. Tinham o costume de ler sempre as Escrituras, conheciam os
Mandamentos e as leis de Deus. Eram os fariseus que pregavam nas Sinagogas. E, por se
julgarem mais bem formados nas coisas da fé, desprezavam os que não tinham os mesmos
costumes religiosos.
Os publicanos eram funcionários do Rei de Roma. Publicano quer dizer funcionário público.
Trabalhavam recolhendo impostos para o império romano. Eram detestados pelo povo por
trabalharem para o império romano, que dominava a nação judaica naquele tempo. Os publicanos
eram todos tidos como pecadores.
Lembremos que Jesus chamou Mateus, um cobrador de impostos, para segui-lo.
Fariseus e Saduceus (Sacerdotes e Levitas) eram partidos religiosos fortes naquele tempo.
CONCLUSÃO
Todos temos defeitos e qualidades. Deus nos conhece e não despreza ninguém por causa de
seus defeitos e fraquezas.
De fato, é mais fácil reconhecer os defeitos dos outros.
Porém, somos todos pecadores. Reconheçamos as nossas dificuldades e fraquezas e nos
esforcemos para “melhorar um pouco a cada dia”.
Por isto pedimos a Jesus que tenha misericórdia de nós e do mundo inteiro.
JESUS NOS ENSINA A PERDOAR
Texto Bíblico: Mateus 18, 21-35
“21.Então, Pedro se aproximou dele e disse: “Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão,
quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” 22.Respondeu Jesus: “Não te digo até sete
vezes, mas até setenta vezes sete”.* 23.“Por isso, o Reino dos Céus é comparado a um rei que
quis ajustar contas com seus servos. 24.Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe
devia dez mil talentos.* 25.Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse
vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida. 26.Este servo,
então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: ‘Dá-me um prazo e eu te pagarei tudo!’.
27.Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida. 28.Apenas saiu dali,
encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Agarrou-o na
garganta e quase o estrangulou, dizendo: ‘Paga o que me deves!’ 29.O outro caiu-lhe aos pés e
pediu-lhe: ‘Dá-me um prazo e eu te pagarei!’. 30.Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez
lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida. 31.Vendo isso, os outros servos,
profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado. 32.Então, o senhor o
chamou e lhe disse: ‘Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste. 33.Não devias
também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti?’. 34.E o
senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida. 35.Assim vos
tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo o seu coração.””

APROFUNDAMENTO:
Esta Parábola fala por si. Um homem deseja ser perdoado de um valor alto, mas se nega a
perdoar um pequeno valor.
Lembremo-nos da Regra de Ouro: “Faça ao teu irmão o que você deseja receber dele”.
Se desejamos o perdão de Deus, precisamos perdoar os nossos irmãos.
29
É bom lembrarmos também como rezamos no Pai Nosso: “… perdoai as nossas
ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido…”
Evitar a vingança, confiando a Deus todos os nossos problemas e dificuldades.
Para perdoar, não é preciso esquecer o mal feito. Se possível, trocar o mal pelo bem,
mantendo a amizade. Se achar que pode “dar briga”, não se aproxime, evitando os confrontos.
CONCLUSÃO
O Rei da história representa Deus, que sempre perdoa.
O servo representa cada um de nós, que precisamos perdoar o outro.
Somos todos irmãos e devemos tratar com bondade e misericórdia uns aos outros.
Como nos ensina Deus, devemos perdoar sempre.
Para nos mantermos unidos e em paz, precisamos perdoar as pessoas que nos ofendem.
Devemos nos esforçar para não ofender ou aborrecer ninguém, mas, se isto acontecer, devemos
pedir perdão.
Se alguém nos ofender ou aborrecer, devemos perdoar.
O perdão faz bem para quem dá. Por isto, nós merecemos perdoar! A falta de perdão, ao
contrário, faz mal. Transforma-se em mágoa… traz revolta… apenas coisas ruins.
Jesus sempre perdoa. Vamos imitar Jesus e agir com bondade e misericórdia.
TEXTO BÍBLICO: Jo 15, 1-8 – A VIDEIRA E OS RAMOS
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o
cortará; 2.e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. 3.Vós já estais puros pela
palavra que vos tenho anunciado. 4.Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não
pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis
tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. 5.Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem
permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6.Se
alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e
lançá-lo ao fogo, e será queimado. 7.Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras
permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. 8.Nisso é glorificado meu
Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.”
APROFUNDAMENTO:
Nesta Parábola, Jesus se compara a uma árvore, sendo que os galhos são os discípulos.
Como os galhos devem estar unidos ao tronco, devemos estar unidos a Jesus.
O galho só vive unido ao tronco. E os galhos não brigam entre si!
Devemos estar sempre unidos a Jesus. Sem ele nada podemos fazer. Unidos a Jesus
poderemos produzir muitos frutos!
Se cortamos um galho da árvore, ele começa a murchar e morre. Assim também nós, não temos
vida plena sem Jesus.
CONCLUSÃO
Cada um de nós é como um galho que precisa estar unido ao tronco, que é Jesus.

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Se todos estiverem unidos a Jesus, seremos galhos de uma mesma árvore, pois é o mesmo
Jesus quem dá vida e força a todos nós. Devemos viver unidos uns aos outros, como os galhos
de uma árvore. Somente unidos a Jesus e aos irmãos estaremos realmente vivos, fortes e felizes.
CONCLUSÃO GERAL
Todos temos defeitos e qualidades. Deus nos conhece e não despreza ninguém por causa de
seus defeitos e fraquezas.
De fato, é mais fácil reconhecer os defeitos dos outros.
Porém, somos todos pecadores. Reconheçamos as nossas dificuldades e fraquezas e nos
esforcemos para “melhorar um pouco a cada dia”.
Por isto pedimos a Jesus que tenha misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Para nos mantermos unidos e em paz, precisamos perdoar as pessoas que nos ofendem.
Devemos nos esforçar para não ofender ou aborrecer ninguém, mas, se isto acontecer, devemos
pedir perdão.
Se alguém nos ofender ou aborrecer, devemos perdoar.
O perdão faz bem para quem dá. Por isto, nós merecemos perdoar! A falta de perdão, ao
contrário, faz mal. Transforma-se em mágoa… traz revolta… apenas coisas ruins.
Jesus sempre perdoa. Vamos imitar Jesus e agir com bondade e misericórdia.
Cada um de nós é como um galho que precisa estar unido ao tronco, que é
Jesus.
Se todos estiverem unidos a Jesus, seremos galhos de uma mesma árvore, pois é o mesmo
Jesus quem dá vida e força a todos nós. Devemos viver unidos uns aos outros, como os galhos
de uma árvore. Somente unidos a Jesus e aos irmãos estaremos realmente vivos, fortes e felizes.

MILAGRES – SINAIS DE SALVAÇÃO


Os milagres são sinais da bondade de Jesus para com as pessoas. Não nos interessa o milagre
em si, mas a sua mensagem e sua importância nos Evangelhos.
Milagres não são explicáveis. Os feitos de Deus escapam à compreensão humana.
Jesus tem o poder de curar todos os males. Por que não o faz?
A resposta a esta questão é muito complexa. Jesus não curou todos os doentes de seu tempo.
Precisamos aceitar nossas limitações. O seguimento de Jesus supõe de algum modo a cruz.
A fé não transformará nossa vida em um mar de rosas. Mas a fé nos ajuda a aceitar o que não
pode ser mudado e superar o que pode ser superado. Limitação e aceitação precisam caminhar
juntas.
A fé não é para Deus fazer o que a gente quer, mas para a gente fazer o que Deus quer.
O QUE A BÍBLIA DIZ – João 2, 1-11 – AS BODAS DE CANÁ
“1.Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galileia, e achava-se ali a mãe de Jesus.
2.Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. 3.Como viesse a faltar vinho, a mãe de
Jesus disse-lhe: “Eles já não têm vinho”. 4.Respondeu-lhe Jesus: “Mulher, isso compete a nós?
Minha hora ainda não chegou”.* 5.Disse, então, sua mãe aos serventes: “Fazei o que ele vos
31
disser”. 6.Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que
continham cada qual duas ou três medidas.* 7.Jesus ordena-lhes: “Enchei as talhas de água”.
Eles encheram-nas até em cima. 8.“Tirai agora” – disse-lhes Jesus – “e levai ao chefe dos
serventes”. E levaram. 9.Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não
sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água),
chamou o noivo 10.e disse-lhe: “É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os
convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor
até agora”. 11.Esse foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galileia. Manifestou a
sua glória, e os seus discípulos creram nele.”

É inegável o milagre ocorrido pela intercessão da mãe de Jesus. Jesus diz que ainda não é hora
de ele realizar milagres, mas atende o pedido de sua mãe.
O QUE A BÍBLIA NOS DIZ: Marcos 6, 30-44 – MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

“30.Os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que haviam feito e
ensinado. 31.Ele disse-lhes: “Vinde à parte, para algum lugar deserto e descansai um pouco.”
Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer. 32.Partiram na barca
para um lugar solitário, à parte. 33.Mas viram-nos partir. Por isso, muitos deles perceberam para
onde iam, e de todas as cidades acorreram a pé para o lugar aonde se dirigiam, e chegaram
primeiro que eles. 34.Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela,
porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas. 35.A hora
já estava bem avançada quando se achegaram a ele os seus discípulos e disseram: “Este lugar é
deserto, e já é tarde. 36.Despede-os, para irem aos sítios e aldeias vizinhas a comprar algum
alimento”. 37.Mas ele respondeu-lhes: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Replicaram-lhe: “Iremos
comprar duzentos denários de pão para dar-lhes de comer?”. 38.Ele perguntou-lhes: “Quantos
pães tendes? Ide ver”. Depois de se terem informado, disseram: “Cinco, e dois peixes”.
39.Ordenou-lhes que mandassem todos sentar-se, em grupos, na relva verde. 40.E assentaram-
se em grupos de cem e de cinquenta. 41.Então, tomou os cinco pães e os dois peixes e,
erguendo os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e os deu a seus discípulos, para que lhes
distribuíssem, e repartiu entre todos os dois peixes. 42.Todos comeram e ficaram fartos.
43.Recolheram do que sobrou doze cestos cheios de pedaços, e os restos dos peixes. 44.Foram
cinco mil os homens que haviam comido daqueles pães. 45.Imediatamente ele obrigou os seus
discípulos a subirem para a barca,”

APROFUNDAMENTO
As pessoas procuravam em Jesus palavras de conforto. Mas, como Jesus é misericordioso e
amoroso, deu-lhes não apenas palavras, mas também alimento. Este é o milagre da multidão
alimentada pela partilha. Na verdade, a partilha resultou na multiplicação dos pães.
O QUE A BÍBLIA NOS DIZ: Jo 11, 1-45 – JESUS RESSUSCITA LÁZARO
Naquele tempo, havia um doente, Lázaro, que era de Betânia, o povoado de Maria e de Marta,
sua irmã.(…) As irmãs mandaram então dizer a Jesus: “Senhor aquele que amas está doente”.
Jesus disse: “Esta doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de
Deus seja glorificado por ela”.
Jesus era muito amigo de Marta, de sua irmã Maria e de Lázaro. Quando ouviu que este estava
doente, Jesus ficou ainda dois dias no lugar onde se encontrava. (…)“O nosso amigo Lázaro
dorme. Mas eu vou acordá-lo”. (…)
Jesus chegou, encontrou Lázaro sepultado havia quatro dias. (…)

32
(…) Marta disse a Jesus: “Senhor se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas
mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. Respondeu-lhe Jesus: “Teu
irmão ressuscitará”. Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”.
Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?” Respondeu ela: “Sim,
Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
Depois de ter dito isto, ela foi chamar a sua irmã, Maria, dizendo baixinho: “O Mestre está aí e te
chama”. Quando Maria ouviu isso, levantou-se depressa e foi ao encontro de Jesus. (…) Caiu de
joelhos diante dele e disse-lhe: “Senhor se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido”.
Quando Jesus a viu chorar… ficou profundamente comovido, e perguntou: “Onde o colocastes?”
Responderam: “Vem ver Senhor”. E Jesus chorou. Então os judeus disseram: “Vede como ele o
amava!” Alguns deles, porém, diziam: “Este que abriu os olhos ao cego, não podia também ter
feito com que Lázaro não morresse?”
De novo Jesus ficou interiormente comovido. Chegou ao túmulo. Era uma caverna, fechada com
uma pedra. Disse Jesus: “Tirai a pedra!” Marta, a irmão do morto, interveio: “Senhor, já cheira
mal. Está morto há quatro dias”. Jesus lhe respondeu: “Não te disse que, se creres, verás a glória
de Deus?” Tiraram então a pedra. Jesus levantou os olhos para o alto e disse: “Pai, eu te dou
graças porque me ouviste. Eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que
me rodeia, para que creia que tu me enviaste”. Tendo dito isso, exclamou com voz forte: “Lázaro,
vem para fora!” O morto saiu, atado de mãos e pés com os lençóis mortuários e o rosto coberto
por um pano. Então Jesus lhe disse: “Desatai-o e deixai-o caminhar!” Então, muitos dos judeus
que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.
APROFUNDAMENTO:
Este Evangelho nos apresenta a morte e ressurreição de Lázaro.
Jesus liga a ressurreição de Lázaro à fé na ressurreição da Sua própria pessoa quando diz: “Eu
sou a ressurreição e a vida.”
Vemos uma das poucas vezes em que Jesus chora, o que demonstra a relação de amor e
fraternidade que existe entre Ele, Lázaro, Marta e Maria que representam toda a humanidade. Um
amor que gera confiança e solidariedade em situações difíceis.
A doença que provoca a morte não é sinal de que Deus não ama a humanidade. Para Ele, a
doença que conduz à morte é o pecado. Jesus não livra somente da morte física. Mas nos mostra
a esperança da ressurreição. Já não precisamos ter medo da morte.
Jesus chega depois de quatro dias da morte de Lázaro. Não havia mais esperança, o corpo
estava em decomposição.
Jesus, de fora, chama Lázaro para voltar à vida. Lázaro dirige-se para fora do túmulo, para junto
de Jesus que é a própria vida. Jesus retira as ataduras de Lázaro e, com isso, deixa a mensagem
de compromisso para todo cristão, de manter seu irmão livre das ataduras do pecado que leva à
morte.
CONCLUSÃO
Jesus venceu o maior inimigo de todos nós: a morte.
Jesus morreu e ressuscitou, e nos traz a esperança da ressurreição, da vida eterna, após a
morte, com ele, no céu.
Para isto precisamos retirar o pecado, que nos prende à morte.
Deus não muda. Ele é o mesmo, ontem, hoje e sempre.
1 – Qual a ordem de Maria para nós?

33
2 – O primeiro milagre de Jesus aconteceu através da intercessão de Maria. Você sabe o que
é intercessão?
3 – Você já experimentou algum milagre de Deus na tua vida?
4 – Você age com misericórdia para com aqueles que sofrem?
5 – Deus faz milagres nos dias de hoje?

34
SACRAMENTOS E SACRAMENTAIS

Os sacramentos são os meios pelos quais podemos nos aproximar da vida em comunhão com
Deus
Os sacramentos revelam em nós a comunhão com Deus por meio de Jesus Cristo e pela ação do
Espírito Santo, bem como nossa relação íntima com a Igreja por meio da doutrina dos apóstolos.

Papa Paulo VI, na Constituição Conciliar SacrosanctumConcilium, ensina-nos que os sacramentos


“não só supõem a fé, mas também a alimentam, fortificam e exprimem por meio de palavras e
coisas, razão pela qual se chamam sacramentos da fé”. Como sinais e meios de fortalecimento da
fé, foram instituídos por Jesus Cristo e confiados à Igreja, sendo o batismo, a confirmação, a
Eucaristia, a penitência, a unção dos doentes, a ordem e o matrimônio, contando cada um com
suas particularidades, que brevemente serão citadas.

Batismo
O batismo é o primeiro sacramento e ele insere o fiel na vida cristã, pois mostra o desejo de alcançar
a salvação. Por ele, somos libertos do pecado, entregues à paternidade de Deus, unidos em Jesus
Cristo e incorporados à Igreja.

As crianças que serão batizadas devem ter seus pais e padrinhos devidamente instruídos sobre o
significado do batismo e também sobre as obrigações que assumem perante Deus e a Igreja, de
conduzir a criança à vida cristã. Os adultos que quiserem se batizar deverão manifestar essa
vontade, estar consciente das verdades sobre a fé e das obrigações cristãs, sendo advertido para
arrepender-se de seus pecados.

Confirmação
Na confirmação, os batizados avançam em seu caminho de iniciação cristã. São enriquecidos com
os dons do Espírito Santo e chamados a testemunhar Jesus Cristo por obras e palavras. A unção do
crisma na fronte, pelo óleo consagrado pelo bispo, deve ser realizado na igreja e inserido na
celebração da Missa. Na doutrina cristã, para que se receba a confirmação é necessário – além do
batismo – que se tenha pleno uso da razão, esteja bem instruído e possa renovar a promessa do
batismo.

Quanto à idade mínima, foi, em agosto de 1910, pelo Decreto Quam singulari, que o Santo Papa
Pio X estabelecia que se podia admitir as crianças à Primeira Comunhão já a partir da idade de
sete anos, a chamada idade de discrição, pela qual a criança já consegue distinguir o pão comum
do Pão Eucarístico.

Eucaristia
É na Santíssima Eucaristia que o Senhor Jesus Cristo se mantém e oferece-se, e pela qual
continuamente vive e cresce a Igreja. O sacrifício eucarístico é a memória da Morte e Ressurreição
do Senhor, pelo qual se relembra o sacrifício da cruz.

A Eucaristia representa a fonte de todo culto e vida cristã, pelo qual se realiza a comunhão do povo
de Deus e se completa a edificação do Corpo de Cristo. É que, na Celebração Eucarística, o Cristo

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presente sob as espécies do pão e do vinho, pelo ministério do sacerdote, oferece-se a Deus Pai
e se dá como alimento espiritual aos fiéis.

Recomenda-se que os fiéis recebam a sagrada comunhão na Missa, mas quando a pedirem por
justa causa, poderá ser administrada fora da celebração litúrgica, observados os ritos específicos.
Lembremo-nos da importância da Santíssima Eucaristia, vez que os demais sacramentos e todas
as obras eclesiásticas de apostolado relacionam-se com esse sacramento.

Penitência
No sacramento da penitência, os fiéis confessam seus pecados ao sacerdote, devendo estar
arrependidos e intencionados a se corrigir mediante a absolvição que lhes é dada. É pela confissão
individual e pela absolvição que o fiel, consciente de pecado grave, reconcilia-se com Deus e com
a Igreja.

Já a absolvição de vários penitentes, sem confissão individual, não pode se dar de modo geral, a
não ser que haja necessidade grave declarada pelo bispo diocesano e não haja tempo para que os
sacerdotes ouçam devidamente as confissões de cada um dentro de tempo razoável. Aqui, é
importante lembrar que não se considera existir necessidade quando não possam estar presentes
confessores suficientes somente por motivo de grande afluência de penitentes, como pode suceder
em grande festividade ou peregrinação.

Na penitência, recomenda-se ao fiel que confesse também os pecados veniais (menos graves),
mas é sua obrigação a confissão de todos os pecados graves de que se lembrar após diligente
exame de consciência, cometidos após o batismo.

Para alcançar o perdão dos pecados e reconciliar-se com a Igreja, o fiel deve estar de tal maneira
disposto que, arrependido de seus pecados e com o propósito de se corrigir, converta-se a Deus.

Unção dos enfermos


A unção dos doentes é o sacramento pelo qual a Igreja encomenda a Deus os fiéis perigosamente
doentes, para que os alivie e salve, ungindo-os com o óleo e proferindo as palavras prescritas nos
livros litúrgicos.

A unção dos doentes será administrada ao fiel que se encontrar em perigo de morte, estando no
uso da razão ou que tenha manifestado esse desejo anteriormente. Em caso de dúvida, deve-se
administrar a unção. O sacramento pode se repetir se o fiel doente, depois de ter se recuperado,
recair em doença grave ou se, durante a mesma enfermidade, aumentar o perigo.

Ordem
As ordens são o episcopado (bispo), o presbiterado (padre) e o diaconato (diácono). É pelo
sacramento da ordem e por vocação divina que alguns entre os fiéis, pelo carácter permanente
com que se comprometem, são constituídos ministros sagrados, isto é, são consagrados para que,
segundo o grau de cada um, apascentem o povo de Deus, desempenhando na pessoa de Cristo
as funções de ensinar, santificar e reger.

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Será ordenado o homem, maior de 25 anos, que dispor da devida liberdade e ninguém pode, por
qualquer motivo ou por qualquer forma, coagir alguém a receber ordens ou afastar delas quem seja
canonicamente idôneo. É necessário, ainda, que se promovam às ordens aqueles que tenham fé
íntegra, sejam movidos de livre intenção, possuam a ciência devida, boa reputação, integridade de
costumes, virtudes comprovadas e, bem assim, outras qualidades físicas e psíquicas condizentes
com a ordem a receber, todos critérios determinados segundo o juízo do bispo diocesano ou o
superior.

Matrimônio
É pelo matrimônio que o homem e a mulher batizados se entregam e se recebem mutuamente,
pelo bem do casal e educação dos filhos.

As propriedades essenciais do matrimônio são a unidade, que na aliança conjugal o homem e a


mulher “já não são dois, mas uma só carne” (Mt 19,6), e a indissolubilidade, que representa uma
união para a vida toda e confere particular firmeza ao matrimônio cristão.

O matrimônio e o amor do casal se dispõem, por natureza própria, a geração e criação dos filhos
que são o maior dom dessa união e contribuem muito para o bem dos próprios pais.

Desde a história da criação, as Sagradas Escrituras nos ensinam que “não é bom que o homem
esteja só” (Gen. 2,88) e que Deus abençoou o homem e a mulher dizendo: “Sede fecundos e
multiplicai-vos” (Gen. 1,28). Assim, o matrimônio se completa pela união eterna entre o homem e
mulher, pelo cultivo do amor, para gerar e criar seus filhos, fortalecendo os laços familiares cristãos.

Celebração dos sacramentos


São os sacramentos os meios pelos quais podemos nos aproximar da vida em comunhão com
Deus, em comunidade na Igreja e em busca da santidade.

Não se trata de ritos a serem cumpridos de forma superficial, por caráter social ou exigência
familiar, mas devemos observar que: “Na celebração dos sacramentos, a Igreja transmite a sua
memória, particularmente com a profissão de fé. Nesta, não se trata tanto de prestar assentimento
a um conjunto de verdades abstratas, como sobretudo fazer a vida toda entrar na comunhão plena
com o Deus Vivo”, é o que nos ensina o Papa Francisco em sua Carta Encíclica Lumen Fidei. Como
Cristo foi enviado pelo Pai e também Ele enviou os apóstolos, sejamos nós todos enviados ao
testemunho da fé, cheios do Espírito Santo e dotados de uma vida sacramentada.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE SACRAMENTOS E SACRAMENTAIS?


A vida do cristão é marcada por celebrações que nos direcionam para a santidade. Logo que
nascemos, nossos pais celebram o batismo, necessário pelo desejo da salvação, no qual o recém-
nascido é regenerado como filho de Deus. Então, incorporado à Igreja, o cristão prossegue no
caminho da salvação por meio da celebração dos demais sacramentos, que constituem sinais e
meios com que se exprime e fortalece a fé, presta-se culto a Deus, opera-se a santificação e,
portanto, contribui para fomentar, confirmar e manifestar a comunhão eclesial.

Sacramentos

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Ao atingir a idade da discrição (cerca de sete anos), o cristão pode celebrar o sacramento da
Eucaristia, vinculando-se mais perfeitamente à Igreja. Com a celebração da Santíssima Eucarística,
alcança-se o auge e a fonte de todo o culto da vida cristã, pelo qual se constitui e se realiza a
unidade do povo de Deus. No decorrer da vida, pelos pecados inerentes à natureza imperfeita do
homem, celebra-se o sacramento da penitência, em que os fiéis que confessam seus pecados e
arrependidos com o propósito de se corrigirem, recebem o perdão e a reconciliação com a vida da
santidade.

Chega, então, o momento da vida em que o cristão (varão) que se sente chamado necessita tomar
uma decisão importante, optando por ser constituído ministro sagrado, isto é, ser consagrado
sacerdote, desempenhando na pessoa de Cristo as funções de ensinar, santificar e reger; ou então
preferindo a celebração do pacto matrimonial, quando homem e mulher constituem entre si o
consórcio íntimo de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à
procriação e educação da prole. A Igreja também se faz presente nos momentos de fraqueza do
corpo, conferindo aos cristãos a unção dos enfermos, pela qual a Igreja encomenda ao Senhor,
sofredor e glorificado, os fiéis perigosamente doentes, para que os alivie e salve. São esses os
momentos da vida do cristão em que são celebrados os sacramentos.

Sacramentais
Para que sejam santificadas as demais circunstâncias da vida cristã, a Igreja instituiu também os
sacramentais. Estes são sinais sagrados que se obtêm pela oração da Igreja, com seus efeitos
principalmente de ordem espiritual. Os sacramentais são instituídos para a santificação da Igreja,
ou seja, do povo de Deus, de circunstâncias muito variadas da vida cristã, bem como do uso de
coisas úteis ao homem.

O mais conhecido dos sacramentais é a água benta, que nos remete ao sacramento do batismo.
Há também os sacramentais encontrados na celebração litúrgica, como o altar, o cálice e os santos
óleos. Por objetos particulares, podem ser citados como exemplos o crucifixo e o escapulário. Esses
pequenos objetos, gestos e sinais nos trazem a lembrança da vida, morte e ressurreição de Jesus
Cristo, proporcionando uma constante manifestação de fé. O Evangelho nos conta com que
assombro as mulheres que, ao buscar Jesus em seu túmulo e encontrá-lo vazio, foram
questionadas: “Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo?” (Lc 24,5).

Papa João Paulo II


Nas palavras do Santo Papa João Paulo II: “Graças a uma genuína descoberta do sentido dos ritos
e à sua adequada valorização, as celebrações litúrgicas, sobretudo as sacramentais, serão
capazes de exprimir cada vez melhor a verdade plena acerca do nascimento, da vida, do sofrimento
e da morte, ajudando a viver essas realidades como participação no mistério pascal de Cristo morto
e ressuscitado”.

Enquanto os sacramentos são celebrados como sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e
confiados à Igreja, através dos quais o cristão é direcionado para a vida em santidade, os
sacramentais são sinais cotidianos da presença verdadeira de Jesus Cristo para situar os fiéis como
participantes da vida divina, assegurando-lhes, em todos os momentos, o ânimo espiritual

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necessário para que possa realizar plenamente o verdadeiro significado do viver, do sofrer e do
morrer por Jesus Cristo.

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A SANTA MISSA

O conceito de Liturgia, a Divisão da Santa Missa e os Ritos Iniciais.

O que é Liturgia?

Liturgia é um termo grego proveniente da junção de duas palavras Laós (do ou para o povo +
Ergon (obra, ou ação). É a ação do Povo de Deus, reunido em Jesus
Cristo, na comunhão do Espírito Santo.

A Santa Missa é dividida em 4 partes: estas partes formam a espinha dorsal da celebração,
pois é no interior deste esquema fundamental que serão feitas as escolhas que visam a eficácia
pastoral.
• Ritos Iniciais
• Liturgia da Palavra
• Liturgia Eucarística
• Ritos Finais

Os Ritos Iniciais (1ª parte da santa missa).

Os Ritos Iniciais têm como objetivo formar a assembleia, ou seja, entrar no


clima da celebração.

• Comentarista: (responsável pelos comentários: iniciais, das liturgias da palavra e


eucarística e finais). Podendo dar os avisos depois da oração pós-comunhão.

• Procissão e Canto de Entrada: o canto deve expressar a alegria de quem vai receber o
próprio Cristo na figura do sacerdote e participar do banquete nupcial que é a
Eucaristia. A finalidade deste canto é iustamente dar início à celebração. Criar o clima que vai
promover a união orante da comunidade. No entanto, este canto pode ser substituído pela
antífona de entrada.

• Saudação do Presidente da Celebração: o presidente da celebração (o sacerdote) beija


o altar e inicia a Missa com o sinal-da-cruz. Convém criar um ambiente fraterno, acolhedor
e formar uma verdadeira comunhão de fé, usando de discernimento e variedade, conforme
as circunstâncias do tempo litúrgico, do lugar e da cultura.

• Ato Penitencial: tem como função preparar a assembleia para "ouvir a Palavra de Deus e
celebrar dignamente os santos mistérios. O ato de reconhecer-se pecador diante da
experiência misericordiosa de Deus (absolvição dos pecados).
Obs: Kyrie eleison - convém valorizar o "Senhor tem piedade" em si, sem ser integrado no rito
penitencial, como canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia. É uma
aclamação pela qual podemos louvar o Senhor Jesus pelo perdão, por "olhar por nós" na sua
misericórdia.

• Glória (no advento e na quaresma nem se recita e nem se canta): um hino antiquíssimo e
venerável pelo qual a Igreja glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro. Não constitui uma
aclamação trinitária.

• Oração coleta ou do dia: convida o povo a rezar em silêncio com o sacerdote, tomando
consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente os seus
pedidos.

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A Liturgia da Palavra (2ª parte da santa missa).

A Liturgia da Palavra tem um conteúdo muito importante. Nesta hora, Deus nos fala solenemente.
Fala a uma comunidade reunida como Povo de Deus' e fala intimamente a cada um dos
presentes. É um diálogo entre Deus e o seu povo. A Liturgia da Palavra na Missa é constituída:

• Domingo: 3 leituras e o Salmo


• Durante a semana: 2 leituras e o Salmo
• Festas: 2 leituras e o Salmo
• Memória dos Santos: 2 leituras e o Salmo
• Solenidades: 3 leituras e o Salmo

Nas missas dominicais durante três anos são lidos os quatros Evangelhos quase
que inteiramente, que são assim distribuídos:
• Ano A: Evangelho de Mateus
• Ano B: Evangelho de Marcos
• Ano C: Evangelho de Lucas

O Evangelho de João é lido durante o tempo Quaresmal e Pascal. As leituras


bíblicas dos dias da semana seguem um esquema de dois anos: ano par e ano ímpar. O
Evangelho é o mesmo nos dois anos.

Primeira Leitura: é quase sempre tirada do Antigo Testamento, menos no Tempo


Pascal, no qual se lê os Atos dos Apóstolos e em algumas celebrações no Tempo
Comum e Natal.

Salmo de Resposta: É um cântico ou um salmo que nos ajuda a entender melhor


a mensagem da primeira leitura.

Segunda Leitura: Passagem tirada do Novo Testamento, de uma das cartas


(epístolas) dos Apóstolos.

Evangelho: nesta hora ouvimos o padre anunciar a mensagem de Jesus. Por isso
cantamos 'Aleluia', Louvai ao Senhor, (que transmite 'alegria').

Obs: O Aleluia é cantado em todo o tempo litúrgico, exceto na Quaresma.

• Homilia: significa conversa familiar, reservada ao sacerdote e ao diácono. Devendo ser


simples, direta, adaptada, clara e bem preparada. A função da homilia é atualizar a Palavra
de Deus, fazendo a ligação da Palavra escutada nas leituras com a vida e a celebração.

• Creio (Símbolo ou Profissão de fé): tem por finalidade dar assentimento e resposta à
Palavra de Deus ouvida nas leituras e na homilia, bem como recordar-lhe a regra da fé
antes de iniciar a celebração da Eucaristia. E um resumo da nossa fé.

• Oração dos fiéis (preces): o momento pelo qual rezamos por toda a humanidade.

A Liturgia Eucarística (3ª parte da santa missa - 1° momento).

Na Ultima Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e a Ceia Pascal, que tornam continuamente presente
na Igreja o sacrifício da cruz, quando o sacerdote, representante do Cristo Senhor, realiza aquilo
mesmo que o Senhor fez e entregou aos discípulos para que o fizessem em sua memória. (1Cor
11,23ss).

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• Preparação das Oferendas: neste momento são levadas as oferendas, que se
converterão no Corpo e Sangue de Cristo. Prepara-se o altar e pode-se entoar o canto do
ofertório. Também são recebidos o dinheiro ou outros donativos pelos fiéis para os pobres
ou para a Igreja. As ofertas da assembleia fazem parte da ação litúrgica.

• Oração sobre as oferendas: o pão e o vinho, que o Senhor usou na Ceia, são frutos da
terra e do trabalho humano.

• Prefácio: expressa a ação de graças, o louvor a Deus por toda obra da salvação.

• Santo: remete-se aos textos de Is 6,3; Mc 11,9.

• Oração Eucarística: é uma oração de ação de graças e de consagração.

• Epiclese: (invocação do Espírito Santo na qual a Igreja implora por meio de invocações
especiais a força do Espírito Santo para que os dons oferecidos (pão e vinho) sejam
consagrados.

• Narrativa da instituição ou consagração: na qual Cristo na Ultima Ceia instituiu a


Eucaristia (seu Corpo e Sangue dizendo aos discípulos: "Fazei isto em memória de mim" (Lc
22,14-20).

• Anamnese: (memorial) a Igreja faz memória do próprio Cristo.

• Oblação: pela qual a Igreja reunida, realizando essa memória oferece ao Pai, no
Espírito Santo, a "hóstia imaculada" e se oferece a si mesma a Cristo.

Obs: o ofertório verdadeiro realiza-se na Oração Eucarística, após a narrativa da Instituição


ou Consagração no momento da oblação do Corpo e Sangue de Cristo.

• Epiclese de comunhão: pois o Espírito é quem congrega na unidade da Igreja, Corpo


Místico de Cristo.

• Intercessões: expressa que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda Igreja, tanto
celeste como terrestre e por todos os membros vivos e falecidos.

• Doxologia Final: (a glorificação de Deus) será cantada ou pronunciada só pelo presidente


da assembleia e confirmada e concluída pelo "Amém" do povo.

Obs: Convém que se valorize da melhor maneira possível, em particular o


"Amém" conclusivo da Oração Eucarística através do canto, da repetição ou de outro
modo.

A Liturgia Eucarística (3ª parte da santa missa - 2° momento).

Terminada a Oração Eucarística seguem-se os seguintes elementos que são de


grande importância na estrutura desta parte e deste momento da Santa Missa.

• Rito da Comunhão: inicia-se com a oração do Pai-Nosso.

• Pai-Nosso: a oração do Senhor ou a oração que o Senhor nos ensinou (Mt 6,9-13).
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Obs: Na Santa Missa não dizemos o "Amém" do Pai-Nosso.

• Embolismo: (livrai-nos...) quando o sacerdote ao término do Pai-Nosso sem dizer o


"Amém", repete a última frase desta oração acrescentando outras palavras pedindo que nos livre
de todo mal, que nos dê a sua paz e sejamos ajudados pela sua misericórdia até que o Cristo
Salvador venha.

• Rito da paz (gesto da paz): o abraço da paz pode haver ou não (Jo 14,27). Neste
momento os fiéis imploram a paz e a unidade para a Igreja e toda família humana e
exprimem mutuamente a caridade antes de participar do mesmo pão.

• Fração do pão: em Cristo formamos um só corpo. Coloca-se uma parte da hóstia no


cálice, para significar a unidade do Corpo e do Sangue do Senhor na obra da salvação.

• Cordeiro de Deus (pode ser cantado ou recitado): João Batista proclama que Cristo é o
"Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29). Cristo foi morto na mesma hora
em que os cordeiros eram sacrificados no templo, na hora nona, às 15:00 h.

• Convite à Comunhão: o sacerdote tendo em suas mãos a Eucaristia apresenta-a com as


palavras: Felizes os convidados para a Ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus... E o povo
responde: Senhor eu não sou digno... (Mt 8,8).

• Comunhão - canto: enquanto o sacerdote e os fiéis recebem o Sacramento da Eucaristia


entoa-se o canto de Comunhão. Este canto pode ser substituído pela antífona de
comunhão.

• Silêncio ou Canto (interiorização após a Comunhão): terminada a distribuição da


Comunhão, se for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram por algum momento em silêncio,
podendo entoar um hino ou outro canto de louvor.

• Oração após a comunhão: na qual se imploram os frutos do mistério celebrado,


aparecerá facilmente como conclusão deste momento de interiorização. De fato, esta
oração constitui a conclusão do Rito da Comunhão.

Os Ritos Finais (4ª parte da santa missa).

• Os avisos se forem necessários.

• Saudação e bênção do sacerdote.

• Despedida do povo pelo diácono ou pelo sacerdote, para que cada pessoa retorne às suas
boas obras, louvando e bendizendo a Deus.

• O beijo ao altar pelo sacerdote e o diácono e, em seguida, a inclinação profunda ao altar


pelo sacerdote, o diácono e os outros ministros.

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O QUE É ANO LITÚRGICO E COMO ELE FUNCIONA?

O Ano Civil começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de Dezembro. Já o Ano Litúrgico começa


no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado
anterior a ele. Seus doze meses são divididos em tempos litúrgicos, onde se celebram os
mistérios de Cristo, assim como os Santos.

O Ano Litúrgico tem três ciclos, anos A, B e C, que se repetem. Cada ano tem uma sequência de
leituras próprias. Assim, a organização das leituras próprias para cada ano dá, ao católico, a
possibilidade de estudar toda a Bíblia, em suas partes mais importantes, tanto do Antigo como do
Novo Testamento, desde que participe de todas as Missas diárias ou estude a Liturgia Diária
nesse período de três anos. Mesmo quem só participa das Missas aos domingos, ao longo dos
três anos do Ciclo litúrgico, pode meditar os principais textos bíblicos, que alimentam a fé e
renovam no coração a certeza da Salvação.

Cada Ano Litúrgico começa com o tempo do Advento, quatros semanas antes do Natal, e termina
com a Solenidade de Cristo Rei, no último domingo do Ano Litúrgico, no mês civil de novembro. A
Igreja quer que as leituras bíblicas da liturgia dominical voltem a ser lidas novamente após três
anos. No Ano A, lemos o Evangelho de São Mateus; no Ano B, o Evangelho de São Marcos; e no
Ano C, o Evangelho de São Lucas. O Evangelho de São João é reservado para ocasiões
especiais, principalmente festas e solenidades.

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Seguindo esse Ciclo dos três anos Litúrgicos A, B e C, consegue-se ter uma grande visão de toda
a Bíblia. Assim, nas celebrações dominicais são proclamados textos que falam do anúncio do
Messias, da encarnação, da Sua vida pública (missão), do anúncio do Reino, dos sinais que
Jesus realizou, do chamado dos discípulos etc., até culminar com Sua morte e ressurreição e,
assim, se chegar à esperança da construção do Reino de Deus: a Parusia, com a solenidade de
Cristo Rei do Universo.

É bom saber que, o Ano litúrgico da Igreja tem também leituras bíblicas apropriadas para as
celebrações de cada santo em particular. São as 15 solenidades e 25 festas, com leituras
obrigatórias; as 64 memórias obrigatórias e 96 memórias facultativas, com leituras opcionais. O
Calendário apresenta também 44 leituras referentes à ressurreição de Jesus Cristo, além de
diversas leituras para os Santos, Doutores da Igreja, Mártires, Virgens, Pastores e Nossa
Senhora.

O Ano Litúrgico é composto de diversos “tempos litúrgicos” e sua estrutura é a seguinte:

TEMPO DO ADVENTO

Início: Primeiro Domingo do Avento

Término: 24 de dezembro, à tarde

Esse tempo é dividido em duas partes: do início até o dia 16 de dezembro, a Igreja se volta para a
segunda vinda do Salvador, que vai acontecer no fim dos tempos. A partir do dia 17 até o final, a
Igreja se volta para a primeira vinda do Salvador, que se encarnou no ventre de Maria e nasceu
na pobre gruta de Belém.

Duração do tempo: quatro semanas

Espiritualidade: esperança

Ensinamento: anúncio da vinda do Messias

Cor: Roxa

O terceiro Domingo é chamado Domingo “Gaudete”, ou seja, Domingo da alegria. Essa alegria é
por causa do Natal que se aproxima. Nesse dia, pode-se usar cor-de-rosa. É uma cor mais suave.

Personagens bíblicos mais lembrados nesse tempo: Isaías, João Batista e Maria.

O Símbolo mais comum desse Tempo é a Coroa do Advento, com quatro velas a serem acesas a
cada Domingo.

Outras anotações: usa-se instrumentos musicais e ornamenta-se o altar com flores; porém, com
moderação. A recitação do Hino de Louvor (“Glória a Deus nas alturas”) é omitida.

TEMPO DE NATAL

Início: 25 de dezembro

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Toda semana seguinte a esse dia é chamada Oitava de Páscoa. São dias tão solenes
quanto o dia 25.

No primeiro Domingo após o dia 25 de dezembro, celebra-se a Festa da Sagrada Família; porém,
quando o Natal do Senhor ocorrer no Domingo, a Festa da Sagrada Família se celebra no dia 30
de dezembro.

No dia 01 de Janeiro, celebra-se a Solenidade da Santa Maria, Mãe de Deus.

No segundo domingo depois do Natal (entre 2 e 8 de janeiro), celebra-se a Solenidade da


Epifania do Senhor.

No domingo seguinte à Epifania ocorrer no Domingo 7 ou 8 janeiro, a Festa do Batismo do


Senhor é celebrada na segunda-feira seguinte.

O Tempo do Natal termina com a Festa do Batismo do Senhor.

Cor: Branco

Espiritualidade: Fé, alegria, acolhimento

Ensinamento: O Filho de Deus se fez Homem

Símbolos: presépio; luzes

TEMPO COMUM (Primeira Parte)

Início: primeiro dia logo após a Festa do Batismo do Senhor

O Tempo Comum é interrompido pela Quaresma. Com isso, essa primeira parte vai até a Terça-
feira de Carnaval, pois na Quarta-feira de Cinzas já começa o Tempo da Quaresma.

Cor: Verde

Espiritualidade do Tempo Comum: Escuta da Palavra de Deus.

Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus

Tempo da Quaresma

Início: Quarta-feira de Cinzas

Término: Quinta-feira Santa de manhã

Espiritualidade: Penitência e conversão

Ensinamento: A Misericórdia de Deus

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Cor: Roxa

O quarto Domingo é chamado “Laetare”, ou seja, Domingo da Alegria. Semelhante ao terceiro


Domingo do Advento, o quarto da Quaresma também é caracterizado pela alegria da Páscoa que
se aproxima. Nesse dia, também pode-se usar paramento cor-de-rosa, que é uma cor mais
suave.

O sexto Domingo da Quaresma é Domingo de Ramos na Paixão do Senhor. Nesse dia, a cor
Vermelha. Também nesse dia, inicia-se a Semana Santa.

Observações para o Tempo da Quaresma: excetuando o Domingo “Laetare” ( Alegria), não se


ornamenta o altar com flores e o toque de instrumentos musicais é só para sustentar o canto.
Durante todo o Tempo, omite-se o Aleluia, bem como também o Hino de Louvor.

Tríduo Pascal

Terminado a Quaresma na Quinta-feira Santa de manhã, a partir da tarde desse dia, começa o
Tríduo Pascal: Quinta-feira Santa; Sexta-feira Santa e Sábado Santo.

Na Quinta-feira, à tarde, celebra-se a Missa da Ceia do Senhor e Lava-pés. A cor do paramento é


Branca. Trata-se de uma Missa solene e deve-se ornamentar o altar com flores. Ao final da
Celebração é feito o translado do Santíssimo Sacramento.

Na Sexta-feira Santa, celebra-se a Ação Litúrgica da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Essa celebração não é Missa. A cor é vermelha.

No Sábado Santo, à noite, celebra-se a Vigília Pascal, mãe de todas as vigílias.

TEMPO PASCAL

Início: Primeiro Domingo da Páscoa

Toda a semana seguinte a esse dia é chamada Oitava de Páscoa. São dias tão solenes
quanto àquele primeiro Domingo.

No sétimo Domingo da Páscoa, celebra-se a Solenidade da Ascensão do Senhor.

O Tempo Pascal termina com a Solenidade de Pentecostes

Espiritualidade do Tempo Pascal: Alegria em Cristo Ressuscitado.

Ensinamento: Ressurreição e vida.

Cor: Branca

TEMPO COMUM (Segunda Parte)

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O Tempo Comum que havia sido interrompido pela Quaresma, reinicia na Segunda-feira após a
solenidade de Pentecostes. No Domingo seguinte, celebra-se a Solenidade da Santíssima
Trindade. Nesse dia, a cor é Branca.

Na Quinta-feira após o Domingo da Santíssima Trindade, celebra-se a Solenidade do Corpo e


Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo ( “Corpus Christi”).

A duração do Tempo Comum, contanto desde a primeira parte, é de 34 semanas. Na 34a


semana, mais especificamente na véspera do Primeiro Domingo do Tempo do Advento, termina o
Tempo Comum e, consequentemente termina aquele Ano Litúrgico, devendo, portanto, iniciar o
outro como primeiro Domingo do Tempo do Advento.

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SÍMBOLOS E OBJETOS LITÚRGICOS

O que são símbolos?

Conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, uma celebração sacramental é tecida de
sinais e de símbolos. Segundo a pedagogia divina da salvação, o significado dos sinais e
símbolos deita raízes na obra da criação e na cultura humana, adquire precisão nos eventos da
antiga aliança e se revela plenamente na pessoa e na obra de Cristo (CIC, n.1145). Isso significa
reconhecer que Deus sempre fala ao homem por intermédio da criação visível. A própria natureza
se apresenta como vestígios da criação de Deus. A luz e a noite, o vento e o fogo, a água e a
terra, a árvore e os frutos falam de Deus, simbolizam ao mesmo tempo a grandeza e a
proximidade dele. (cf. CIC, n.1147).

Desde Pentecostes, é por meio dos sinais sacramentais de sua Igreja que o Espírito Santo realiza
a santificação. Os sacramentos da Igreja não abolem, antes purificam e integram toda a riqueza
dos sinais e dos símbolos da natureza e da vida social (cf. CIC, n.1152).

Vejamos alguns símbolos ligados à natureza presentes em nossa liturgia:

A ÁGUA - A água simboliza a vida (remete-nos, sobretudo, ao nosso batismo, no qual


renascemos para uma vida nova). Contudo, também pode simbolizar a morte (enquanto por ela
morremos para o pecado).

O FOGO - O fogo ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. Está presente na liturgia da
Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações, como as brasas nos turíbulos. O fogo pode
multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo sobretudo da ação
do Espírito Santo.

A LUZ - A luz brilha, em oposição às trevas, e mesmo no plano natural é necessária à vida, como
a luz do sol. Ela mostra o caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz.
Como o fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama pode estender-se a um
número infinito de chamas e destruir, assim,a mais espessa nuvem de trevas. É o símbolo mais
expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz é, pois, a expressão mais viva da
ressurreição.

O PÃO E O VINHO - Símbolos do alimento humano. Trigo moído e uva espremida, sinais do
sacrifício da natureza, em favor dos homens. Elementos tomados por Cristo para significarem o
seu próprio sacrifício redentor.

O INCENSO - Sua fumaça simboliza, pois, a oração dos santos, que sobe qual aroma agradável
a Deus, ora como louvor, ora como súplica.

O ÓLEO - Temos na liturgia os óleos dos Catecúmenos, do Crisma e dos Enfermos, usados
liturgicamente na celebração dos sacramentos. Trata-se do gesto litúrgico da unção. A unção com
o óleo atravessa toda a história do Antigo Testamento, na consagração de reis, profetas e
sacerdotes, e culmina no Novo Testamento, com a unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro
Ungido de Deus. A palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, por excelência.

AS CINZAS - As cinzas, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, são para nós


sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas
mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal. Não nos esqueçamos de que elas
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são fruto das palmas do Domingo de Ramos do ano anterior, geralmente queimadas na
Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas.

Ainda outros símbolos visuais integram o contexto de nossa celebração, inscritos nas
paredes e vitrais de nossos templos, dentre os quais podemos citar os seguintes
exemplos:

IHS - Iniciais das palavras latinas Iesus Hominum Salvator, que significam: Jesus Salvador dos
homens. Empregam-se sempre em paramentos litúrgicos, em portas de sacrário e nas hóstias.

ALFA E ÔMEGA - Primeira e última letra do alfabeto grego. No Cristianismo aplicam-se a


Cristo, princípio e fim de todas as coisas.

TRIÂNGULO - Com seus três ângulos iguais (equilátero), o triângulo simboliza a Santíssima
Trindade. É um símbolo não muito conhecido pelo nosso povo.

INRI - São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum, que querem dizer:
Jesus Nazareno Rei dos Judeus. A pedido de Pilatos tais palavras foram escritas numa placa e
colocadas sobre a cruz do Senhor (Cf. Jo 19,19).

XP - Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português a C e R. Unidas, formam as


iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo). Esta significação simbólica é, porém, ignorada por muitos.

O que são Objetos Litúrgicos?

Ao conjunto dos objetos litúrgicos usados nas celebrações damos o nome ALFAIAS. "Com
especial zelo a Igreja cuidou que as sagradas alfaias servissem digna e belamente ao decoro do
culto, admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na ornamentação que o
progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos" (SC 122c). Portanto, templo, altar,
sacrário, imagens, livros litúrgicos, vestes e paramentos, e todos os objetos devem manifestar a
dignidade do culto, que, como expressão viva de fé, identifica-se com a natureza de Deus, a
quem o povo, congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo, adora "em espírito e verdade".

Vestes Litúrgicas:

ALVA ou TÚNICA - veste longa, de cor branca ou neutra, comum aos ministros de qualquer grau.

AMITO - Pano que o ministro coloca ao redor do pescoço antes de outras vestes litúrgicas (pouco
usado).

CASULA - Veste própria do sacerdote que preside a celebração. Espécie de manto que se veste
sobre a alva e a estola. Acompanha a cor litúrgica do dia.

ESTOLA - Veste litúrgica dos ministros ordenados. O bispo e o presbítero a colocam sobre os
ombros de modo que caia pela frente em forma de duas tiras, acompanhando o comprimento da
alva ou túnica. Os diáconos também a usam, porém, a tiracolo, sobre o ombro esquerdo,
pendendo-a do lado direito.

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CAPA PLUVIAL - Capa longa, que o sacerdote usa ao dar a bênção do Santíssimo ou ao
conduzi-lo nas procissões. Usa-se também no rito de aspersão da assembléia.

CÍNGULO - Cordão com o qual se prende a alva ao redor da cintura.

VÉU UMERAL - Chama-se também véu de ombros. Manto retangular usado pelo sacerdote
sobre os ombros, ao dar a bênção com o Santíssimo ou ao transportar o ostensório com o
Santíssimo Sacramento.

DALMÁTICA - Veste própria do diácono. É colocada sobre a alva e a estola.

Livros Litúrgicos:

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Objetos Litúrgicos:

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Espaço Celebrativo:

ALTAR - Mesa fixa, podendo também ser móvel, destinada à celebração eucarística. É o espaço
mais importante da Igreja. Lugar onde se renova o sacrifício redentor de Cristo.

AMBÃO - Chama-se também Mesa da Palavra. É a estante de onde se proclama a Palavra de


Deus. Não deve ser confundida com a estante do comentador e do animador do canto. Esta não
deve ter o mesmo destaque do ambão.

CREDÊNCIA - Pequena mesa onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na
celebração. Geralmente, fica próxima do altar.

PRESBITÉRIO - espaço ao redor do altar, geralmente um pouco mais elevado que o restante do
templo, onde se realizam os principais ritos sagrados.

NAVE DA IGREJA - Espaço do templo reservado aos fiéis.

SACRÁRIO - Chama-se também Tabernáculo. É uma pequena urna onde são guardadas as
partículas consagradas e o Santíssimo Sacramento. Recomenda-se que fique num lugar
apropriado, geralmente numa capela lateral.

PÚLPITO - Lugar nas igrejas antigas de onde o presidente fazia a pregação. Hoje, praticamente
não é mais usado.

BATISTÉRIO – lugar reservado para a celebração do batismo. Em substituição ao verdadeiro


batistério, usa-se a pia batismal.

SACRISTIA – sala anexa à igreja onde se guardam as vestes dos ministros e os objetos
destinados às celebrações; é também o lugar onde os ministros se paramentam
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DOUTRINA E ENSINAMENTOS

DOGMAS DA IGREJA CATÓLICA:

O que é DOGMA?

Ensinamento ou doutrina proposta com autoridade e explicitamente pela Igreja como revelada por
Deus, exigindo-se a crença do Povo de Deus. Um dogma pode ser proposto pela Igreja numa
proclamação solene (por exemplo, o dogma da Imaculada Conceição) ou através do magistério
ordinário (por exemplo, a verdade de que a vida do ser humano inocente é inviolável).

"Os dogmas são luzes no caminho da nossa fé, que o iluminam e o tornam seguro."

Há algumas verdades doutrinárias na Igreja Católica que são estabelecidas como "dogmas da fé",
ou seja, nenhum católico que queira continuar católico pode negar ou mudar aquilo.

Isso é muito bom, por dois motivos: dão uma segurança incrível à nossa fé e impede que a Igreja
Católica fique esfacelada como muitas outras religiões em que a interpretação das escrituras é
plenamente livre e arbitrária.

Creia no que a Igreja ensina e tente saber a opinião correta que ela dá sobre este ou aquele
assunto.

A Igreja Católica proclama a existência de muitos dogmas, sendo 43 o número dos principais.
Eles estão subdivididos em 8 categorias diferentes:

• Dogmas sobre Deus


• Dogmas sobre Jesus Cristo
• Dogmas sobre a criação do mundo
• Dogmas sobre o ser humano
• Dogmas marianos
• Dogmas sobre o Papa e a Igreja
• Dogmas sobre os sacramentos
• Dogmas sobre as últimas coisas

DOGMAS SOBRE DEUS

A Existência de Deus

"A idéia de Deus não é inata em nós, mas temos a capacidade para conhecê-lo com facilidade, e
de certo modo espontaneamente por meio de Sua obra."

A Existência de Deus como Objeto de Fé

"A existência de Deus não é apenas objeto do conhecimento da razão natural, mas também é
objeto da fé sobrenatural."

A Unidade de Deus

"Não existe mais que um único Deus."

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Deus é Eterno

"Deus não tem princípio nem fim."

Santíssima Trindade

"Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e cada uma delas possui a essência divina
que é numericamente a mesma."

DOGMAS SOBRE JESUS CRISTO

Jesus Cristo é verdadeiro Deus e filho de Deus por essência

"O dogma diz que Jesus Cristo possui a infinita natureza divina com todas suas infinitas
perfeições, por haver sido engendrado eternamente por Deus."

Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam

"Cristo é possuidor de uma íntegra natureza divina e de uma íntegra natureza humana: a prova
está nos milagres e no padecimento."

Cada uma das naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria
operação física

"Existem também duas vontades físicas e duas operações físicas de modo indivisível, de modo
que não seja conversível, de modo inseparável e de modo não confuso."

Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho natural de Deus.

"O Pai celestial quando chegou a plenitude, enviou aos homens seu Filho, Jesus Cristo."

Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício

"Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo sacerdote e oferenda, mas por sua
natureza Divina, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, era o que recebia o sacrifício."

Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz

"Jesus Cristo quis oferecer-se a si mesmo a Deus Pai, como sacrifício apresentado sobre a ara
da cruz em sua morte, para conseguir para eles o eterno perdão."

Ao terceiro dia depois de sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos

"ao terceiro dia, ressuscitado por sua própria virtude, se levantou do sepulcro."

Cristo subiu em corpo e alma aos céus e está sentado à direita de Deus Pai

"ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu em Corpo e Alma."

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DOGMAS SOBRE A CRIAÇÃO DO MUNDO

Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada

"A criação do mundo do nada, não apenas é uma verdade fundamental da revelação cristã, mas
também que ao mesmo tempo chega a alcançá-la a razão com apenas suas forças naturais,
baseando-se nos argumentos cosmológicos e sobretudo na argumento da contingência."

Caráter temporal do mundo

"O mundo teve princípio no tempo."

Conservação do mundo

"Deus conserva na existência a todas as coisas criadas."

DOGMAS SOBRE O SER HUMANO

O homem é formado por corpo material e alma espiritual

"O humano como comum constituída de corpo e alma."

O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação

"Pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração e
não por imitação, e que é inerente a cada indivíduo."

O homem caído não pode redimir-se a si próprio

"Somente um ato livre por parte do amor divino poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída
pelo pecado."

DOGMAS MARIANOS

A Imaculada Conceição de Maria.

"A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular graça e
privilégio de Deus omnipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero
humano, preservada imune de toda mancha de culpa original."

A Perpétua Virgindade de Maria

"A Santíssima Virgem Maria é virgem antes, durante e depois do parto de seu Divino Filho, sendo
mantida assim por Deus até a sua gloriosa Assunção."

Maria, Mãe de Deus

"Maria, como uma virgem perpétua, gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela
nasce, ou seja, o sujeito nascido não é uma pessoa humana pois é a pessoa eterna do Verbo que
recebeu de Maria a natureza humana. Daí que o Filho de Maria é propriamente o Verbo que
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subsiste na natureza humana; então Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus.
Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem."

A Assunção de Maria

"A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida terrena; seu
Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão
até o final dos tempos, passando pela decomposição."

DOGMAS SOBRE O PAPA E A IGREJA

A Igreja foi fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo

"Cristo fundou a Igreja, que Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma, no tocante
a doutrina, culto e constituição."

Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça
visível de toda Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado da jurisdição

"O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado Pedro e tem o primado sobre todo
rebanho."

O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente em
coisas de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja

"Conforme esta declaração, o poder do Papa é: de jurisdição, universal, supremo, pleno,


ordinário, episcopal, imediato."

O Papa é infalível sempre que se pronuncia ex cathedra.

"Para compreender este dogma, convém ter na lembrança:

Sujeito da infalibilidade papal é todo o Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de Pedro e
não outras pessoas ou organismos (ex.: congregações pontificais) a quem o Papa confere parte
de sua autoridade magistral."

O objeto da infalibilidade são as verdades de fé e costumes, reveladas ou em íntima conexão


com a revelação divina.

A condição da infalibilidade é que o Papa pronuncie ex catedra e só quando pronuncia "ex


catedra".

- Que fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema autoridade.

- Que tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que seja acreditada por
todos os fiéis. As encíclicas pontificais não são definições ex catedra, mas também não podem
estar em contradição com o Magistério Ordinário Universal.

A razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o supremo


mestre da Igreja de todo erro.

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A conseqüência da infalibilidade é que a definição ex catedra dos Papas sejam por si mesmas
irreformáveis, sem a intervenção ulterior de qualquer autoridade."

A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes

"Estão sujeitos à infalibilidade:

- O Papa, quando fala ex catedra.

- O episcopado pleno, com o Papa, que é a cabeça do episcopado, é infalível quando reunido em
concílio ecuménico ou disperso pelo rebanho da terra, ensina e promove uma verdade de fé ou
de costumes que sempre foi ensinada pela Igreja.

DOGMAS SOBRE OS SACRAMENTOS

O Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo

"Foi dado todo poder no céu e na terra; ide então e ensinai todas as pessoas, batizando-as em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."

A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento

"Este Sacramento concede aos batizados a fortaleza do Espírito Santo para que se consolidem
interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente com valentia sua fé em Jesus
Cristo."

A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo

"Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e de reter os
pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do Batismo."

A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para
a salvação

"Basta indicar a culpa da consciência apenas aos sacerdotes mediante confissão secreta."

A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo

"Aquele que come Minha Carne e bebe Meu Sangue tem a vida eterna."

Cristo está presente no sacramento do altar pela Transubstanciação de toda a substância


do pão em seu corpo e toda substância do vinho em seu sangue

"Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra.


Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de
Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente das conversões
naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e do vinho são convertidas;
apenas os acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo o pão e o vinho, mas
substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, Alma e
Divindade de Cristo."

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A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

"Existe algum enfermo entre nós? Façamos a unção do mesmo em nome do Senhor."

A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

"Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos, Presbíteros e
Diáconos."

O matrimónio é verdadeiro e próprio Sacramento

"Cristo restaurou o matrimónio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse seu
primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a dignidade de Sacramento."

DOGMAS SOBRE AS ÚLTIMAS COISAS

A Morte e sua origem

"A morte, na atual ordem de salvação, é consequência primitiva do pecado."

O Céu (Paraíso)

"As almas dos justos que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de pecado
entram no céu."

O Inferno

"O inferno é uma possibilidade graças a nossa liberdade. Deus nos fez livres para amá-lo ou para
rejeitá-lo. Se o céu pode ser representado como uma grande ciranda onde todos vivem em plena
comunhão entre si e com Deus, o inferno pode ser visto como solidão, divisão e ausência do
amor que gera e mantém a vida. Deve-se salientar que a vontade de Deus é a vida e não a morte
de quem quer que seja. Jesus veio para salvar e não para condenar. No limite, Deus não
condena ninguém ao inferno. É a nossa opção fundamental, que vai se formando ao longo de
toda vida, pelas nossos pensamentos, atos e omissões, que confirma ou não o desejo de estar
com Deus para sempre. De qualquer forma, não se pode usar o inferno para convencer as
pessoas a acreditar em Deus ou a viver a fé. Isso favorece a criação de uma religiosidade infantil
e puramente exterior. Deve-se privilegiar o amor e não o temor. Só o amor move os corações e
nos faz adorar a Deus e amar o próximo em espirito e vida."

O Purgatório

"As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais ou por penas
temporais devidas pelo pecado vão ao purgatório. O purgatório é estado de purificação."

O Fim do mundo e a Segunda vinda de Cristo

"No fim do mundo, Cristo, rodeado de majestade, virá de novo para julgar os homens."

A Ressurreição dos Mortos no Último Dia

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"Aos que crêem em Jesus e comem de Seu corpo e bebem de Seu sangue, Ele lhes promete a
ressurreição."

O Juízo Universal

"Cristo, depois de seu retorno, julgará a todos os homens."

VIRTUDES TEOLOGAIS

As virtudes podem ser HUMANAS e TEOLOGAIS. Nós cultivamos e usamos as virtudes humanas
para conviver bem com as outras pessoas, no meio da nossa família, na nossa comunidade e no
mundo, enfim. Também devemos cultivar as virtudes teologais no nosso relacionamento com
Deus.

Quando recebemos o sacramento do Batismo é infundida em nós a graça santificante, que nos
torna capazes de nos relacionar com a Santíssima Trindade e nos orienta na maneira cristã de
agir. O Espírito Santo se torna presente em nós, fundamentando as virtudes teologais, que são
três: FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE.

1 - A Fé

Cultivando a fé, acreditamos no Deus Criador, que é o Pai, no Deus Salvador, que é Jesus Cristo
e no Deus Santificador, que é o Espírito Santo. Cultivando a fé, compreendemos que o Altíssimo
é uno e trino e que tudo isso nos foi revelado nas Sagradas Escrituras. Cremos, então, que Deus
é a verdade.

No dia a dia, nós usamos muito a fé. Temos fé nas pessoas, às vezes até em pessoas em quem
não sabemos se podemos confiar. Por exemplo: ninguém pode ser testemunha do seu próprio
nascimento, mas a fé que nós cremos nos pais ou no cartório que fez o registro nos faz acreditar
na data e no local do nosso nascimento. Do mesmo modo, quando entramos em um ônibus ou
em um avião, acreditamos que o motorista ou o piloto são habilitados para nos transportar e nós
nem os conhecemos, mas acreditamos neles.

E Deus, que criou todas as coisas e nos deu a faculdade de pensar, de raciocinar, de acreditar?
Temos muito mais motivos para acreditar n'Ele, para confiar n'Ele, para nos abandonar livremente
em Suas mãos.

A fé que devemos cultivar em relação a Deus é muito mais segura do que a fé que naturalmente
temos nas pessoas. Assim, pela fé, cremos no Todo-poderoso e em tudo o que Ele nos revelou.
Ele se revela sempre a nós. Primeiro pelos Profetas, depois, através de seu Filho, que é a Sua
Palavra. Ele se revela também através do testemunho dos Apóstolos. E, constantemente, através
dos acontecimentos da história da humanidade e da história de cada um de nós.

A criança tem uma fé sem limites na mãe, desde muito pequena, porque foi ela quem a gerou, a
amamentou, ensinou-lhe a andar e a falar.

E Deus, que preparou um mundo maravilhoso para nós e nos colocou como centro desse
mundo?... É forçoso que confiemos n'Ele, com total confiança. Precisamos procurar conhecer a
vontade do Pai e realizá-la em nós, porque, como diz São Paulo, em sua Carta aos Gálatas (cf.
Gl 5,6), a fé age por amor.

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Mas não basta que nós cultivemos a fé. Esta, quando verdadeira, exige ação. Quando temos um
amigo, não basta que gostemos dele. Devemos dar-lhe atenção, ajudá-lo quando necessário e
possível, e ajudar também as pessoas que ele ama. Se não for assim, a amizade e a confiança
não são verdadeiras.

Com Deus, é do mesmo modo. De que adianta a pessoa acreditar n'Ele e não fazer nada para
melhorar o mundo que Ele criou com tanto amor? Madre Teresa de Calcutá dizia: "Eu sei que o
meu trabalho é como uma gota no oceano, mas, sem ele, o oceano seria menor". E São Tiago,
em uma carta, nos diz que "a fé sem obras é morta "(cf. Tg 2,26).

A fé nos leva, portanto, a praticar a justiça em tudo que fazemos.

2 - A Esperança

A Esperança é a virtude que nos ajuda a desejar e a esperar tempos melhores em nossa vida
aqui na terra e a ter a certeza de que conquistaremos a vida eterna, que será a nossa felicidade.

Muitas vezes, passamos por momentos difíceis e achamos que nossa vida não tem solução. O
mundo hoje está muito violento e cheio de catástrofes. A cada dia, assistimos na televisão e até
bem perto de nós, cenas de maldade, agressões, violência. E assistimos também a tragédias
provocadas por desastres da natureza.

Precisamos refletir sobre tudo o que está acontecendo, encontrar onde está a falha e buscar uma
solução. Sozinhos, não somos nada, mas, com Deus, tudo podemos. A esperança nos leva a
tentar vencer os obstáculos.

Há poucos dias, um fato nos chamou a atenção. Houve um tremor de terra no Haiti e 70% dos
prédios da capital se desmoronaram. Um repórter conseguiu mostrar que, em meio à quase
completa ruína de uma igreja católica, restou intacta, a imagem do Cristo Crucificado. Tudo
quebrado no chão e ela lá, em pé, fulgurante, como a mostrar que Ele está presente junto ao
povo sofrido. Esta cena é muito significativa. Pode-se compreender muita mensagem de Deus
para nós. Precisamos aprender a escutar a voz do Pai. Cada um, no seu coração, vai interpretar,
a seu modo, fatos como este, tão significativos.

No Antigo Testamento, a esposa de Abraão era estéril, mas o Senhor lhe prometeu uma
descendência mais numerosa do que as estrelas do céu e todo o povo de Deus constitui a sua
descendência, porque Sara, sua esposa, concebeu na velhice e gerou seu filho, Isaac.

No Novo Testamento, o anjo do Senhor anunciou a Virgem Maria que ela seria Mãe de um rei. E
ela, de início sem compreender o que anjo falara, se prontificou a cumprir a vontade do Pai.
Sofreu muito, meditando tudo no silêncio do seu coração. Esperou, esperou contra toda
esperança e foi elevada aos céus e coroada Rainha dos anjos e dos santos, Mãe de Deus e Mãe
da humanidade.

Seu Filho não foi aquele rei rico em coisas materiais, como nós imaginamos, no nosso mundo
serem os reis. Mas Ele mesmo disse: "O meu reino não é deste mundo". E Ele é o Rei dos Reis e
ao som do Seu nome se dobram todos os seres do céu, da terra e sob a terra. Somos, por meio
de Cristo, herdeiros da esperança de vida eterna.

3 - Caridade

A Caridade é amor. São palavras sinônimas. A Caridade não é somente procurar uma moedinha
no fundo da bolsa e jogá-la na latinha de quem pede. A Caridade não é somente ofertar um prato
de comida a quem tem fome. A Caridade não é somente tirar do nosso guarda-roupa um vestido,
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uma blusa, um sapato ou qualquer objeto que não usamos mais e dar a quem nada tem. A
Caridade é amor. É conhecer a dor da pessoa que vive perto de nós, quer seja na nossa família,
na comunidade ou mais distante. Conhecer a sua dor e procurar com ela resolver o seu
problema.

A Caridade é dar um "bom-dia!", é sorrir para uma criança indefesa, para um jovem, às vezes
desorientado, para um idoso que carrega seu fardo com dificuldade.

A caridade, o amor é a virtude perfeita. Neste mundo, precisamos ter fé, esperança e amor.
Precisamos ter fé e esperança porque aqui estamos caminhando nas trevas, isto é, acreditamos
em algo que não vemos com os nossos olhos humanos e limitados. Mas cremos na aurora que
dissipará essas trevas e, quando alcançarmos a vida eterna, a fé e a esperança já não serão
necessárias, porque já estaremos diante do Pai.

Entretanto, o amor permanece, porque Deus é amor e, se estamos diante d'Ele, também somos
amor.

Por isso é que São Paulo, em sua Primeira Carta aos Coríntios, termina o capítulo 13 dizendo:
"Agora, portanto, permanecem três coisas: a fé, a esperança e o amor. A maior delas é o amor".

VIRTUDES CARDEAIS

Virtudes cardeais quer dizer virtudes centrais, fundamentais, orientadoras. É o mesmo que
virtudes morais. São quatro como quatro são os pontos cardeais, as estações do ano, os lados da
cruz, os alicerces da casa, os pés da mesa e da cama. A quaternidade para Jung é símbolo da
perfeição. Eis as virtudes:

1 - Prudência

É o reto agir, o bom senso, o equilíbrio. Cuida do lado prático da vida, da ação correta e busca os
meios para agir bem. Prudência é o mesmo que sabedoria, previdência, precaução. O prudente é
previdente e providente. É pessoa que abandona as preocupações e abraça as soluções. Deixa
as ilusões e opta pelas decisões. Rejeita as omissões e se empenha nas ocupações. O lema dos
prudentes é: “Ocupação sim, preocupação não.” A prudência coloca sua atenção na preparação
dos fatos e eventos e nunca na precipitação nem no amadorismo ou improvisação. Ciência sem
prudência é um perigo.

2 - Temperança

É o auto-controle, auto-domínio, renúncia, moderação. A temperança ordena afetos, domestica os


instintos, sublima as paixões, organiza a sexualidade, modera os impulsos e apetites. Abre o
caminho para a continência, a castidade, a sobriedade, o desapego. É próprio da temperança o
cuidado conosco mesmo, com os outros e com a natureza. A temperança não permite que
sejamos escravos, mas livres e libertadores e nos encaminha para o cumprimento dos deveres e
para a maturidade humana. Sem renúncia não há maturidade. Grande fruto da renúncia é a
alegria e a paz.

3 - Fortaleza

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Faz-nos fortes no bem, na fé, no amor. Leva-nos a perseverar nas coisas difíceis e árduas, a
resistir à mediocridade, a evitar rotina e omissões. Pela fortaleza vencemos a apatia, a
acomodação e abraçamos os desafios e a profecia. É virtude dos profetas, dos heróis, dos
mártires e dos pobres. A fortaleza dos mártires e a ousadia dos apóstolos, como também a força
dos pequenos e dos fracos é um sinal do dom da fortaleza na vida humana e na história da Igreja.
Hoje a fortaleza nos leva a enfrentar a depressão, o stress, o câncer, a AIDS, os golpes da vida.
Grandes são os conflitos humanos, porém maior é a força para superá-los. A vida é luta renhida,
dizia nosso poeta e a fé é um combate espiritual. “Coragem, Eu venci o mundo!” (Jo 16,33).

4 - Justiça

Regula nossa convivência, possibilita o bem comum, defende a dignidade humana, respeita os
direitos humanos. É da justiça que brota a paz. Sem a justiça nem o amor é possível. É a virtude
da vida comunitária e social que se rege pelo respeito à igualdade da dignidade das pessoas. Da
justiça vem a gratidão, a religião, a veracidade. Não se pode construir o castelo da caridade sobre
as ruínas da justiça. Pelo contrário, o primeiro passo do amor é a justiça, porque amar é querer o
bem do outro. A justiça é imortal (Sab 1,15). Esta virtude trata de nossos direitos e nossos
deveres e diz respeito ao outro, à comunidade e à sociedade.

OS 10 MANDAMENTOS

1 - Amar a Deus sobre todas as coisas.

Amar a Deus no próximo, através do nosso irmão. Temos que nos assemelharmos à Ele, e para
isso nos temos que:

- Amar a todos

- A todos perdoar.

- A todos servir

- E a ninguém excluir

Santo Agostinho definia que o nosso amor por Deus é assim: "Um conflito entre dois amores: o
amor de Deus impelido até o desprezo do amor de si." ou "o amor de si impelido até o desprezo
do amor de Deus".

Quando fomos batizados nós nos tornamos cristãos. Isso quer dizer que nós não somos apenas
amigos de Cristo, mas que estamos inseridos (fazemos parte) no seu projeto de salvação, de
restauração.

Jesus Cristo veio para restaurar a vida das pessoas, da igreja. Ex: nas Bodas de Caná Ele
transformou a água em vinho, deu vida ao filho da viúva de Naim, fez os cegos enxergarem, os
surdos ouvirem, os coxos andarem, etc... Nós temos que a exemplo de Jesus Cristo restaurar a
vida da sociedade.

E eu restauro a sociedade quando eu ajo com a consciência moral cristã, testemunho Jesus
Cristo onde quer que eu esteja, quando luto contra os preconceitos racial, de cor, nível social.

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"Deus só pede o nosso amor" - Leia Mt 22, 34-40

2 - Não tomar seu santo nome em vão.

- Proíbe todo uso impróprio do nome de Deus.

- Respeito - consequência do amor

- Jurar usando o nome de Deus

3 - Guardar domingos e festas de guarda

- Assistir e participar das missas - um único dia para adorar e louvar a Deus.

4 - Honrar Pai e Mãe

- Respeito aos pais

- Obediência

- Diálogo

Na primeira parte da vida nós nos perguntamos qual o sentido daquilo que a gente fez, o que a
gente é. Na segunda parte da vida nos temos à sabedoria. Na primeira parte nos devemos nos
orientar pelos mais velhos porque eles têm a sabedoria e a experiência.

5 - Não matar

Só Deus tem o direito de tirar a vida

- Aborto

- Eutanásia

- Suicídio

- Homicídio

6 - Não pecar contra a castidade

Integração correta da sexualidade na pessoa

- Namoro

- Se manter puro (corpo e alma)

- Relacionamento superficial dos jovens

Pensamento: Sempre que uma pessoa procura um prazer a curto prazo, vai ter um sofrimento a
longo prazo.

7 - Não roubar

- Apropriar-se do que não é seu


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- Roubar a paz

8 - Não levantar falso testemunho

- Matar com a língua.

- Desmoralizar

- Ter misericórdia com o próximo

Quando falar, falar com a pessoa certa, pedir a orientação do Espírito Santo.

Jesus disse: Não é o que entra pela boca que causa mal e sim o que sai da boca.

9 - Não desejar a mulher do próximo

- Respeito ao compromisso assumido pelos outros

- Matrimônio

- A importância da família

10 - Não cobiçar as coisas alheias

- Sermão da Montanha - Mt. 5, 1 - 12

"O SER tem que estar acima do TER"

Quando Jesus morreu na cruz Ele realizou a salvação. Na hora de sua morte, o sacrifício de
Cristo se torna a fonte de onde brotará o perdão dos pecados portanto, para todo pecado existe
perdão, apenas um único é imperdoável: é você morrer sem acreditar em Deus, é o pecado
contra o Espírito Santo, é o pecado da pessoa que não aceita o amor de Deus e o seu perdão.

OS 7 SACRAMENTOS

1 - Batismo

O Batismo é entendido como o sacramento que abre as portas da vida cristã ao batizado,
incorporando-o à comunidade católica, ao grande Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja em si.
Este ritual de iniciação cristã é feito normalmente com água sobre o batizando, através de
imersão,efusão ou aspersão. Ou, utilizando outras palavras do Compêndio do Catecismo da
Igreja Católica, "o rito essencial deste sacramento consiste em imergir na água o candidato ou em
derramar a água sobre a sua cabeça, enquanto é invocado o Nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo". O Baptismo significa imergir "na morte de Cristo e ressurgir com Ele como nova
criatura" .

O Batismo perdoa o pecado original e todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado.
Possibilita aos batizados a participação na vida trinitária de Deus mediante a graça santificante e
a incorporação em Cristo e na Igreja. Confere também as virtudes teologais e os dons do Espírito

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Santo. Uma vez batizado, o cristão é para sempre um filho de Deus e um membro inalienável da
Igreja e também pertence para sempre a Cristo .

Embora o Batismo seja fundamental para a salvação, os catecúmenos, todos aqueles que
morrem por causa da fé (Batismo de sangue), [...] todos os que sob o impulso da graça, sem
conhecer Cristo e a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por cumprir a sua
vontade (Batismo de desejo), conseguem obter a salvação sem serem batizados porque,
segundo a doutrina da Igreja Católica, Cristo morreu para a salvação de todos. Quanto às
crianças mortas sem serem batizadas, a Igreja na sua liturgia confia-as à misericórdia de Deus,
que é ilimitada e infinita .

Na Igreja Católica, o Batismo é dado tanto às crianças como aos convertidos adultos que não
tenham sido antes batizados validamente (o batismo da maior parte das igrejas cristãs é
considerado válido pela Igreja Católica visto que se considera que o efeito chega diretamente de
Deus independentemente da fé pessoal, embora não da intenção, do sacerdote).

Mas, a Igreja Católica insiste no batismo às crianças porque "tendo nascido com o pecado
original, elas têm necessidade de ser libertadas do poder do Maligno e de ser transferidas para o
reino da liberdade dos filhos de Deus" . Por essa razão, a Igreja recomenda os seus fiéis a
fazerem tudo para evitar que uma pessoa não batizada venha a morrer em sua presença sem a
graça do batismo. Assim, embora o sacramento deva ser ministrado por um sacerdote, diante de
um enfermo não batizado, qualquer pessoa pode e deve batizá-lo, dizendo "Eu te batizo, em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", enquanto que, com o polegar da mão direita, desenha
uma cruz sobre a testa, a boca e o peito do enfermo .

O fato de que o batismo seja geralmente ministrado a crianças recém-nascidas, que, por isso,
não estão entrando na vida cristã por vontade própria, explica que se requeira a estas pessoas a
recepção de um outro sacramento, a Crisma, quando cheguem a uma idade em que tenham
discernimento e capacidade intelectual suficiente para professarem conscientemente a sua fé e
decidirem se querem ou não permanecer na Igreja Católica. Se sim, então estarão, neste caso,
confirmando a decisão que os seus pais ou responsáveis fizeram em seu nome no dia do seu
batismo. Entretanto, como este sacramento imprime caráter, quem recebeu o batismo,
independente de que o confirme ou não através do sacramento do Crisma ou Confirmação,
estará batizado para sempre.

Na Igreja Católica, o sacramento do batismo tem vários símbolos, mas existem quatro principais,
que são eles: água, óleo, veste branca e a vela. Cada um representa um mistério na vida do
batizado. Além desses símbolos (que são os principais) o rito romano ainda estabelece o sal, mas
este símbolo só é usado conforme as orientações pastorais das Igrejas particulares.

Vejamos os significados dos símbolos:

- Água: Representa a passagem da vida "pagã" para uma "nova vida". Ela tem o fator de
purificação, lavando-nos do pecado original.

- Óleo: Representa a fortaleza do Espírito Santo. Antigamente, os lutadores usavam o óleo antes
das lutas para deixarem seus músculos rígidos e assim poderem vencer. Na nova vida adquirida
pelo batismo ele tem a mesma função, revestir o batizado para as lutas cotidianas contra as
ciladas do maligno.

- Veste branca: Representa a nova vida adquirida pelo batismo. Quando tomamos banho
vestimos uma roupa limpa, no batismo não seria diferente. Somos lavados na água e vestidos de
uma nova vida.

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- Vela: Tem dois significados: o Espírito Santo e o dom da fé. Pelo batismo somos revestidos de
muitas graças e a principal é o Espírito Santo, pois seremos unidos a Deus como filhos para
sermos santificados e esta santificação é realizada através do Espírito Santo. A fé é um dom
fundamental para nossa vida, é através dela que reconhecemos Deus e por ela recebemos as
suas graças.

2 - Crisma ou Confirmação

Confirmação do Batismo ou Crisma o batizado reafirma sua fé em Cristo, sendo ungido durante a
cerimônia, recebendo os sete dons do Espírito Santo. A unção é feita pelo Bispo ou padre
autorizado, com óleo abençoado na quinta-feira da Semana Santa.

É um sacramento instituído para dar oportunidade a uma pessoa - que foi batizada por decisão
alheia e que tem, perante a Igreja, compromissos assumidos por outras pessoas em seu nome
diante da pia batismal – de confirmar o desejo de ser membro da família cristã dentro da Igreja
Católica e de reafirmar aqueles compromissos, depois de atingir a “idade da razão”.

Simplificadamente, a cerimônia consiste na renovação das “promessas do batismo”, mediante


perguntas do Bispo, que em geral a preside, feitas em voz alta e do mesmo modo respondidas
pelo crismando perante a comunidade.

Como o batismo, o Crisma também imprime caráter, podendo ser ministrado apenas uma vez a
cada pessoa.

Por ser um ato de afirmação de compromissos, a pessoa pode jamais receber o crisma ou, indo
participar da cerimônia, deixar de confirmar esses compromissos.

De qualquer modo, quem não foi crismado ou quem se recusou a renovar os compromissos do
batismo, pode fazê-lo em qualquer tempo.

O Crisma é, portanto, um sacramento dependente, complementar ao batismo, já que não tem


qualquer significação se ministrado a quem não tenha sido batizado.

3 - Eucaristia

É a celebração em memória de Cristo, recordando a santa ceia, a paixão e a ressurreição, em


que o Cristão recebe a hóstia consagrada.

É o sacramento culminante, que dá aos fieis a oportunidade de receber e ingerir fisicamente o


que consideram como sendo o corpo de Jesus Cristo, em que se transformou o pão consagrado
pelo sacerdote, assim como o vinho se transforma no Seu sangue.

No sacramento da Eucaristia, a hóstia consagrada (o pão) é distribuída aos fiéis, que a colocam
na boca e ingerem lenta e respeitosamente.

Para receber a hóstia, o fiel deve estar em “estado de graça”, ou seja, deve ter antes confessado
os seus pecados e recebido o perdão divino através do sacramento da Confissão ou Penitência.

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A consagração não faz parte do sacramento da eucaristia. É um rito precedente e separado. É
um ato que só os sacerdotes têm o poder de praticar.

A Igreja Católica sustenta que, quando o sacerdote pronuncia as palavras rituais “Isto é o meu
corpo” em relação pão e “Isto é o meu sangue” em relação vinho, acontece um fenômeno
chamado transubstanciação, ou seja, a substância material que constitui o pão se converte no
corpo de Cristo e a que constitui o vinho se transmuda no Seu sangue.

O pão transubstanciado é distribuído aos fiéis que, ao ingerirem a hóstia estão ingerindo o corpo
de Cristo. A Eucaristia é considerada o sacramento da ação de graças, na acepção da palavra
original grega εὐχαριστία (transc. "eukharistia").

4 - Reconciliação ou Penitência

É a confissão dos pecados a um sacerdote, que aplica a penitência para, uma vez cumprida,
propiciar a reconciliação com Cristo. Por outras palavras, é o sacramento que dá ao cristão
católico a oportunidade de reconhecer as suas faltas e, se delas estiver arrependido, ser
perdoado por Deus.

O reconhecimento das faltas é a sua confissão a um sacerdote, que pode ouví-la em nome de
Deus e conceder àquele fiel o Seu perdão.

Do ponto de vista formal, o confessante se ajoelha perante um sacerdote, o confessor, e a ele


declara que pecou, que deseja confessar o que fez e pedir a Deus que perdoe os seus pecados.

Após ouvi-lo, cabe ao sacerdote oferecer as suas palavras de conselho, de censura, de


orientação e conforto ao penitente, recomendando a penitência a ser cumprida.

O confessado deve rezar a oração denominada Ato de Contrição, após o que o sacerdote profere
as palavras do perdão e abençoa o penitente, que se retira para cumprir a penitência que lhe foi
prescrita.

A Igreja Católica considera o sacramento da penitência um ato purificador, que deve ser praticado
antes da Eucaristia, para que esta seja recebida com a alma limpa pelo perdão dos pecados.
Mas, entende-se também que esse efeito purificador é salutar, sendo benéfico para o espírito
cada vez que é praticado.

Um dos mais rígidos deveres impostos ao sacerdote pela Igreja é o segredo da confissão.

O sacerdote é rigorosamente e totalmente proibido de revelar o que ouve dos fiéis no


confessionário. O descumprimento desse dever é considerado um dos maiores e mais graves
pecados que um sacerdote pode cometer e o sujeita a penalidades severíssimas impostas pela
Igreja.

5 - Unção dos enfermos

A Unção dos enfermos é o sacramento pelo qual o sacerdote reza e unge os enfermos para
estimular-lhes a cura mediante a fé, ouve deles os arrependimentos e promove-lhes o perdão de
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Deus. Este sacramento Pode ser dado a qualquer pessoa que se encontra em estado de
enfermidade, e não somente a pessoas que estão em estado de falecer a qualquer momento.

6 - Ordem

O sacramento da ordem concede a autoridade para exercer funções e ministérios eclesiásticos


que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas. É dividido em três graus:

O Episcopado: Confere a plenitude da ordem e torna o candidato legítimo sucessor dos apóstolos
e lhe é confiado os ofícios de ensinar, santificar e reger.

O Presbiterado: Configura o candidato ao Cristo sacerdote e bom pastor.É capaz de agir em


nome de Cristo cabeça e ministrar o culto divino.

O Diaconato: Confere ao candidato a ordem para o serviço na Igreja, através do culto divino, da
pregação, da orientação e sobretudo, na caridade.

7 - Matrimônio

O sacramento que, estabelecendo e santificando a união entre um homem e uma mulher, funda
uma nova família cristã. Matrimônio é o casamento entre homem e mulher, celebrado na Igreja e
santificado na indissolubilidade e na fidelidade;

É um dos sacramentos que imprimem caráter, embora de forma distinta do batismo, do crisma e
da ordem. Estes três últimos deixam no fiel que o recebe uma marca indelével que o acompanha
por toda a eternidade. Quem foi batizado ou crismado, quem foi ordenado sacerdote terá essa
condição independente de qualquer coisa, inclusive de que decida depois converter-se a outro
credo religioso ou abandonar o sacerdócio.

O matrimônio imprime caráter sobre o casal, sobre o conjunto que os dois nubentes passaram a
formar, e é, por isso, doutrinariamente indissolúvel. O caráter impresso pelo matrimônio se
dissolve com a morte de um dos cônjuges. É um sacramento que só se consuma havendo dois
participantes. A morte de um dissolve o casal, extinguindo o matrimônio.

OS 7 DONS DO ESPÍRITO SANTO

Estes dons são graças de Deus e, só com nosso esforço, não podemos fazer com que cresçam e
se desenvolvam. Necessitam de uma ação direta do Espírito Santo para podermos atuar dentro
da virtude e perfeição cristã.

No Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, reside o Amor Supremo entre o Pai e
o Filho. Foi pelo Divino Espírito Santo que Deus se encarnou no seio de Maria Santíssima,
trazendo Jesus ao mundo para nossa salvação. Peçamos à Maria, esposa do Espírito Santo, que
interceda por nós junto a Deus concedendo-nos a graça de recebermos os divinos dons, apesar
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de nossa indignidade, de nossa miséria. Nas Escrituras, o próprio Jesus quem nos recomenda:
"Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto" (Mt VII, 7s).

1 - Fortaleza

Por essa virtude, Deus nos propicia a coragem necessária para enfrentarmos as tentações,
vulnerabilidade diante das circunstâncias da vida e também firmeza de caráter nas perseguições
e tribulações causadas por nosso testemunho cristão. Lembremo-nos que foi com muita coragem,
com muito heroísmo, que os santos desprezaram as promessas, as blandícias e ameaças do
mundo. Destes, muitos testemunharam a fé com o sacrifício da própria vida. O Espírito Santo lhes
imprimiu o dom da Fortaleza e só isto explica a serenidade com que encontraram a morte! Que
luta gloriosa não sustentaram! Agora gozam de perfeita paz, em união íntima com Jesus, de cuja
glória participam. Também nós, havemos de combater diariamente para alcançar a coroa eterna.
Vivemos num mundo cheio de perigos e tentações. A alma acha-se constantemente envolta nas
tempestades de paixões revoltadas. Maus exemplos pululam e as inclinações do coração
constantemente dirigem-se para o mal. Resistir a tudo isto requer em primeiro lugar muita oração,
força de vontade e combate resoluto. Por esta virtude, a alma se fortalece para praticar toda a
classe de atos heróicos, com invencível confiança em superar os maiores perigos e dificuldades
com que nos deparamos diariamente. Nos ajuda a não cair nas tentações e ciladas do demônio.

2 - Sabedoria

O sentido da sabedoria humana reside no reconhecimento da sabedoria eterna de Deus, Criador


de todas as coisas que distribui seus dons conforme seus desígnios. Para alcançarmos a vida
eterna devemos nos aliar a uma vida santa, de perfeito acordo com os mandamentos da lei de
Deus e da Igreja. Nisto reside a verdadeira sabedoria que, como os demais, não é um dom que
brota de baixo para cima, jamais será alcançada por esforço próprio. É um dom que vem do alto e
flui através do Espírito Santo que rege a Igreja de Deus sobre a terra. Nos permite entender,
experimentar e saborear as coisas divinas, para poder julgá-las retamente.

3 - Ciência

Nos torna capazes de aperfeiçoar a inteligência, onde as verdades reveladas e as ciências


humanas perdem a sua inerente complexibilidade. Nossas habilidades com as coisas acentuam-
se progressivamente em determinadas áreas, conforme nossas inclinações culturais e científicas,
sempre segundo os desígnios divinos, mesmo que não nos apercebamos disso. Todo o saber
vem de Deus. Se temos talentos, deles não nos devemos orgulhar, porque de Deus é que os
recebemos. Se o mundo nos admira, bate aplausos aos nossos trabalhos, a Deus é que pertence
esta glória, a Deus, que é o doador de todos os bens.

4 - Conselho

Permite à alma o reto discernimento e santas atitudes em determinadas circunstâncias. Nos ajuda
a sermos bons conselheiros, guiando o irmão pelo caminho do bem. Hoje, mais do que nunca
está em foco a educação da mocidade e todos reconhecem também a importância do ensino para
a perfeita formação da criança. As dificuldades internas e externas, materiais e morais, muitas
vezes passam pelo dom do Conselho, sem disto nos apercebermos. É uma responsabilidade,
portanto, cumprir a vontade de Deus que destinou o homem para fins superiores, para a
santidade. Para que possamos auxiliar o próximo com pureza e sinceridade de coração, devemos
pedir a Deus este precioso dom, com o qual O glorificaremos aos mostrarmos ao irmão as lições
temporais que levam ao caminho da salvação. É sob a influência deste ideal que a mãe ensina o
filhinho a rezar, a praticar os primeiros atos das virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da
penitência, do amor ao próximo.

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5 - Entendimento

Torna nossa inteligência capaz de entender intuitivamente as verdades reveladas e naturais, de


acordo com o fim sobrenatural que possuem. A aparente correlação não significa que quem
possui a sabedoria, já traga consigo o entendimento por conseqüência (ou vice-versa). Existe
uma clara distinção entre um e o outro. Para exemplificar: Há fiéis que entendem as
contemplações do terço, mas o rezam por obrigação ou mecanicamente (Possuem o dom do
entendimento). Há outros que, por sua simplicidade, nunca procuraram entender o seu
significado, mas praticam sua reza com sabor, devoção e piedade, ignorando seu vasto sentido
(possuem o dom da Sabedoria). Este exemplo, logicamente, se aplica às ciências naturais e
divinas, logo ao nosso dia-a-dia. Não sendo um consequência do outro, são distintamente
preciosos e complementam-se mutuamente, nos fazem aproximar de Deus com todas as nossas
forças, com toda a nossa devoção e inteligência e sensível percepção das coisas terrenas, que
devem estar sempre direcionadas às coisas celestes.

6 - Piedade

É uma graça de Deus na alma que proporciona salutares frutos de oração e práticas de piedade
ensinadas pela Santa Igreja. Nos dias de hoje, considerando a população mundial, há poucas,
muito poucas pessoas que acham prazer em serem devotas e piedosas; as poucas que o são,
tornam-se geralmente alvo de desprezo ou escárnio de pessoas que tem outra compreensão da
vida. Realmente, é grande a diferença que há entre um e outro modo de viver. Resta saber qual
dos dois satisfaz mais à alma, qual dos dois mais consolo lhe dá na hora da morte, qual dos dois
mais agrada a Deus. Não é difícil acertar a solução do problema. Num mundo materialista e
distante de Deus, peçamos a graça da piedade, para que sejamos fervorosos no cumprimento
das escrituras.

7 - Temor de Deus

Teme a Deus quem procura praticar os seus mandamentos com sinceridade de coração. Como
nos diz as Escritura, devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus, e o resto nos será dado
por acréscimo. O mundo muitas vezes sufoca e obscurece o coração. Todas as vezes que
transigências fizemos às tentações, com certeza desprezamos a Deus Nosso Senhor. Quantas
vezes preferimos a causa dos bens miseráveis deste mundo e esquecemo-nos de Deus! Quantas
vezes tememos mais a justiça dos homens do que a justiça de Deus! Santo Anastácio a este
respeito dizia: "A quem devo temer mais, a um homem mortal ou a Deus, por quem foram criadas
todas as coisas?". Não esqueçamos, portanto, de pedir ao Deus Espírito Santo a graça de
estarmos em sintonia diária com os preceitos do Criador. Por este divino dom, torna-se Deus a
pessoa mais importante em nossa vida, onde a alma docemente afasta-se do erro pelo temor em
ofendê-Lo com nossos pecados.

OS 5 MANDAMENTOS DA IGREJA

Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da humanidade. Ele
disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me
rejeita, rejeita Aquele que me enviou" (Lc 10,16). E prossegue: “Em verdade, tudo o que ligardes
sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado
no céu.” (Mt 18,18)

Então, a Igreja legisla com o "poder de Cristo", e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e
conseqüentemente a Deus Pai.

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De modo que para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo
católico tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Este ensina: "Os
mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela
se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais
tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral,
no crescimento do amor de Deus e do próximo." (§2041)

Note que o Catecismo diz que isso é o "mínimo indispensável" para o crescimento na vida
espiritual dos fiéis. Podemos e devemos fazer muito mais, pois isso é apenas o mínimo obrigado
pela Igreja. Ela sabe que, como Mãe, tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa,
sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça
mais. E devemos fazer mais.

1 – Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de


ocupações de trabalho

Ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e as
festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em
primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se
abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias (Código de
Direito Canônico-CDC , cân. 1246-1248) (§2042).

Os Dias Santos – com obrigação de participar da missa, são esses, conforme o Catecismo:
“Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da
Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
(Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de
dezembro) e Assunção (domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e
Paulo (domingo), e por fim, de Todos os Santos (domingo)” (CDC, cân. 1246,1; n. 2043 após nota
252) (§2177).

2 - Confessar-se ao menos uma vez por ano

Assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do Sacramento da Reconciliação, que


continua a obra de conversão e perdão do Batismo (CDC, cân. 989). É claro que é pouco se
confessar uma vez ao ano, seria bom que cada um se confessasse ao menos uma vez por mês,
pois fica mais fácil de se recordar dos pecados e de ter a graça para vencê-los.

3 - Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição

(O período pascal vai da Páscoa até festa da Ascenção) e garante um mínimo na recepção do
Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia
cristã (CDC, cân. 920).

Também é muito pouco comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja recomenda (não obriga) a
comunhão diária.

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4 - Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja

(No Brasil isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa). Este jejum
consiste em um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche também leve à tarde, sem mais
nada no meio do dia, nem o cafezinho. Quem desejar, pode fazer um jejum mais rigoroso; o
obrigatório é o mínimo. Os que já tem mais de sessenta anos estão dispensados da
obrigatoriedade, mas podem fazê-lo se desejarem.

Diz o Catecismo que o jejum "Determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam
para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a
liberdade de coração (CDC, cân. 882)".

5 - Ajudar a Igreja em suas necessidades

Recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um
conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222). Não é obrigatório que o dízimo seja de 10%
do salário, nem o Catecismo nem o Código de Direito Canônico obrigam esta porcentagem, mas
é bom e bonito se assim o for. O importante é, como disse São Paulo, dar com alegria, pois “Deus
ama aquele que dá com alegria” (cf. 2Cor 9, 7). Esta ajuda às necessidades da Igreja pode ser
dada uma parte na paróquia e em outras obras da Igreja.

Nota: Conforme preceitua o Código de Direito Canônico, as Conferências Episcopais de cada


país podem estabelecer outros preceitos eclesiásticos para o seu território (CDC, cân. 455)
(§2043).

OS 7 PECADOS CAPITAIS

1 - A Gula

Gula é o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida, bebida.

Segundo tal visão, esse pecado também está relacionado ao egoísmo humano: querer ter sempre
mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça. Ela seria controlada
pelo uso da virtude da temperança. Do latim gula

2 - A Avareza

É o apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, priorizando-os e


deixando Deus em segundo plano. É considerado o pecado mais tolo por se firmar em
possibilidades.

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Na concepção cristã, a avareza é considerada um dos sete pecados capitais, pois o avarento
prefere os bens materiais ao convívio com Deus. Neste sentido, o pecado da avareza conduz à
idolatria, que significa tratar algo, que não é Deus, como se fosse deus.

3 - A Luxúria

A luxúria (do latim luxuriae) é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material.
Também pode ser entendido em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”.

Consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes; sexualidade extrema, lascívia e
sensualidade. Do latim luxuria

4 - A Ira

A Ira é o intenso e descontrolado sentimento de raiva, ódio, rancor que pode ou não gerar
sentimento de vingança. É um sentimento mental que conflita o agente causador da ira e o irado.

A ira torna a pessoa furiosa e descontrolada com o desejo de destruir aquilo que provocou sua
ira, que é algo que provoca a pessoa. A ira não atenta apenas contra os outros, mas pode voltar-
se contra aquele que deixa o ódio plantar sementes em seu coração. Seguindo esta linha de
raciocínio, o castigo e a execução do causador pertencem a Deus. Do latim ira

5 - A Inveja

A inveja é considerada pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias bênçãos e
prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual.

É o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa tem e consegue. O
invejoso ignora tudo o que é e possui para cobiçar o que é do próximo.

A inveja é freqüentemente confundida com o pecado capital da Avareza, um desejo por riqueza
material, a qual pode ou não pertencer a outros. A inveja na forma de ciúme é proibida nos Dez
Mandamentos da Bíblia. Do latim invidia, que quer dizer olhar com malícia.

6 - A Preguiça

A Igreja Católica apresenta a preguiça como um dos sete pecados capitais, caracterizado pela
pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência,
desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva à inatividade
acentuada. Aversão ao trabalho, frequentemente associada ao ócio, vadiagem. Do latim prigritia

7 - A Orgulho ou Vaidade

Conhecida como soberba, é associada à orgulho excessivo, arrogância e vaidade.

Em paralelo, segundo o filósofo Santo Tomás de Aquino, a soberba era um pecado tão grandioso
que era fora de série, devendo ser tratado em separado do resto e merecendo uma atenção
especial. Aquino tratava em separado a questão da vaidade, como sendo também um pecado,
mas a Igreja Católica decidiu unir a vaidade à soberba, acreditando que neles havia um mesmo
componente de vanglória, devendo ser então estudados e tratados conjuntamente. Do latim
superbia, vanitas.

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AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

Na devoção à Divina Misericórdia a prática das Obras de Misericórdia quer corporais quer
espirituais são muito importantes.

Sem a confiança na Misericórdia e sem a prática das obras de Misericórdia pedidas por Jesus
não existe uma verdadeira devoção à Misericórdia. "Se por teu intermédio peço aos homens o
culto à Minha Misericórdia, por tua vez deves ser a primeira a distinguir-te pela confiança na
Minha Misericórdia. Estou exigindo de ti atos de misericórdia, que devem decorrer do amor para
comigo…".Eu te indico três maneiras de praticar a misericórdia para com o próximo: a primeira é
a ação, a segunda a palavra e a terceira a oração. "(D. 742)

As obras de misericórdia, segundo Catecismo de São Pio X

Obra de misericórdia é aquela com que se socorre o nosso próximo nas suas necessidades
corporais ou espirituais.

As obras de misericórdia são quatorze: sete corporais e sete espirituais, conforme são corporais
ou espirituais as necessidades que se socorrem.

As obras de misericórdia corporais são:

1ª Dar de comer a quem tem fome;

2ª Dar de beber a quem tem sede;

3ª Vestir os nus;

4ª Dar pousada aos peregrinos;

5ª Assistir aos enfermos;

6ª Visitar os presos;

7ª Enterrar os mortos.

As obras de misericórdia espirituais são:

1ª Dar bom conselho;

2ª Ensinar os ignorantes;

3ª Corrigir os que erram;

4ª Consolar os aflitos;

5ª Perdoar as injúrias;

6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;

7ª Rogar a Deus por vivos e defuntos.

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(Catecismo de S. Pio X. Capítulo IV. "Das obras de misericórdia")

Cada um dentro de suas possibilidades e dons, pode em diversos momentos da vida fazer obras
de misericórdia.

Para uns é mais fácil visitar enfermos, para outros é mais fácil ensinar os ignorantes. Mas para
todos em alguma fase da vida surgirão os momentos de "perdoar as injúrias" e "sofrer com
paciência as fraquezas do nosso próximo".

No Diário de Santa Faustina algo nos chama a atenção: "O Amor é a flor e a Misericórdia é o
fruto".

Todo ato de amor resulta em misericórdia, não há como fugir desta verdade!

O menor ato de amor que você praticar, terá como resultado a misericórdia!

Praticar, obras de Misericórdia, é amar concretamente a Jesus nos irmãos. Que recompensa há
em amar somente aos que nos amam? Por isso, todos são incluídos nesta condição. Ame os que
te perseguem, os que te caluniam, os que não gostam de você, etc. Seus gestos de amor
transformarão os corações: primeiro o seu, e em conseqüência, o do próximo!

OS DOZE PRINCIPAIS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO

Considerando os frutos do Espírito Santo como sendo todos os atos últimos e deleitáveis das
virtudes e dos dons - ou, em outras palavras, como todas as obras virtuosas com que nos
comprazemos -, sua enumeração deveria ser muito extensa. Entretanto, o Apóstolo distingue
apenas doze em sua Epístola aos Gálatas: "O fruto do espírito é a caridade, a alegria, a paz, a
paciência, a longanimidade, a bondade, a benignidade, a mansidão, a fidelidade, a modéstia, a
continência, a castidade" (Gl 5, 22-23).4 A propósito, Santo Agostinho explica que São Paulo não
tinha o intuito de dar o número exato desses dons, mas apenas mostrar o "gênero de coisas" em
que devemos buscá-los.5 São Tomás, por sua vez, considera adequada essa enumeração paulina,
explicando que "todos os atos dos dons e das virtudes podem, com certa conveniência, ser
reduzidos a esses frutos".6 E classifica os frutos enumerados pelo Apóstolo conforme os diferentes
modos pelos quais o Espírito Santo procede conosco.A mente humana, esclarece o Doutor
Angélico, deve estar ordenada em si mesma, em relação ao que está ao seu lado e em relação ao
que lhe é inferior. Os três primeiros frutos do Espírito Santo - caridade, alegria e paz - ordenam a
alma em si mesma em relação ao bem, enquanto a paciência e longanimidade o fazem em relação
ao mal. Bondade, benignidade, mansidão e fidelidade a ordenam em relação aos outros; e
modéstia, continência e castidade, em relação àquilo que lhe é inferior.

Caridade

A caridade - "sentimento primordial e raiz de todos os sentimentos", segundo São Tomás - é o


primeiro fruto do Espírito Santo. Nela, o Paráclito dá-Se de forma toda particular "como em Sua
própria semelhança", uma vez que, no eterno e inefável convívio entre as três Pessoas da
Santíssima Trindade, Ele é o Amor substancial do Pai para com o Filho, e do Filho para com Pai.7
Quando uma alma é cumulada pela seiva divina do Espírito de Caridade, o amor a arrebata e
transforma por completo. Assim aconteceu com Santa Maria Madalena, a pecadora pública
perdoada e restaurada a ponto de encabeçar a lista das virgens invocadas na Ladainha de Todos
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os Santos.Tocada por um amor corajoso, não hesitou ela em comprar os melhores perfumes e,
alheia ao respeito humano, lançar-se aos pés de Jesus, lavá-los com suas lágrimas e enxugá- los
com seus cabelos. Foi uma manifestação de amor veemente, exclusivo e - quase se diria -
irrefletido, por não medir esforços nem calcular consequências. Bem podem se aplicar a ela as
palavras de São Francisco de Sales: "A medida de amar a Deus consiste em amá- Lo sem medida".
Ou as de São Pedro Julião Eymard: "O que é o amor senão o exagero?".Note-se, entretanto, que
a caridade nem sempre vem acompanhada de consolações para a alma que a pratica, pois, sendo
uma virtude, reside na vontade, e não no sentimento. Assim, "não se trata necessariamente de um
amor sentido, mas de um amor intensamente querido; e tanto mais querido, nas almas fervorosas,
quanto menos sensível for".8A verdadeira prova da autenticidade da caridade é o fato de ela vir
acompanhada de uma repulsa inteira ao pecado, pois diz Santo Agostinho: "Ficará demonstrado
que amas o que é bom se vires em ti que odeias o que é mau".9 Não podemos esquecer, por fim,
um fundamental desdobramento deste fruto do Espírito Santo, ensinado pelo próprio Cristo:
"Amarás a teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22, 39). No dizer de Santo Agostinho, "o amor ao
próximo é como o princípio do amor a Deus". E "não há degrau mais seguro para subir ao amor de
Deus que a caridade do homem para com seus semelhantes".

Alegria

Corolário do amor a Deus e ao próximo é a alegria, "pois quem ama se alegra por estar unido ao
amado. Ora, a caridade tem sempre presente a Deus, a quem ama, segundo o dizer da primeira
Carta de João: ‘Quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus nele' (I Jo 4, 16). Portanto,
a alegria é consequência da caridade". Longe de se confundir com os gozos passageiros,
provenientes de frivolidades ou de ações proibidas pela Lei de Deus, que logo se transformam em
frustração, a alegria do Espírito Santo é toda sobrenatural e penetra até o fundo da alma. Por isso
pôde São Paulo dizer: "Estou cheio de consolação, transbordo de gozo em todas as nossas
tribulações" (II Cor 7, 4).

Paz

"Mas a perfeição da alegria é a paz", afirma o Doutor Angélico. E isto sob dois aspectos: "Primeiro,
quanto ao repouso das perturbações exteriores, pois não pode desfrutar perfeitamente do bem
amado o que é perturbado por outros nessa fruição". E, segundo, "no sentido que ela acalma a
instabilidade dos desejos, pois não goza da alegria perfeita quem não se satisfaz com o objeto que
o alegra". Não há, pois, absolutamente nada que possa perturbar uma alma abandonada à ação
do Espírito Santo, porque ela "têm consciência de estar na posse do único bem a que está apegada;
sabe que possui a Deus; sabe-se amada por Ele ‘até a loucura', apesar de sua miséria e, por sua
vez, também ama a Deus sem medida". De fato, como a paz é procurada em nossos dias, e como
parece escorregar de nossas mãos! Numa existência agitada e ruidosa, marcada a fundo pela
violência e pelo pecado, tudo concorre para arrancar- nos a paz interior. Como são atuais as
palavras de Jeremias: "Exclamam ‘Paz, paz!' quando não há paz" (Jr 6, 14).

Paciência

Depois de considerar os frutos do Espírito Santo que ordenam a mente para o bem, vejamos
aqueles que a levam a atuar de forma correta perante a adversidade: a paciência e a
longanimidade.O primeiro nos torna inalteráveis ante os males iminentes; o segundo,
imperturbáveis com a prolongada espera dos bens, dado que a privação destes já é um mal.
Derivada da fortaleza, a virtude da paciência "inclina a suportar sem tristeza de espírito nem
abatimento de coração os padecimentos físicos e morais". Segundo Santa Catarina de Sena, a
paciência é a "rainha posta na torre da fortaleza, que vence sempre e nunca é vencida". Assim
aconteceu com o justo Jó que, tendo perdido as riquezas, os filhos e a saúde, com a mesma atitude
de alma continuava glorificando seu Criador: "O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome
do Senhor!" (Jó 1, 21).Quando o Espírito Santo produz em nossas almas esse fruto, tornamo- nos
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conformes à vontade de Deus; almejamos imitar o exemplo de Jesus Cristo e de Maria Santíssima
na Paixão; compenetramonos da necessidade de reparar nossos pecados, purificando-nos no
cadinho do sofrimento.

Longanimidade

Pela longanimidade, o Espírito Santo nos leva a aguardar com equanimidade, sem queixas nem
amargura, os bens que esperamos de Deus, do próximo e de nós mesmos. Não se trata de uma
espera passiva e preguiçosa, mas sim de uma manifestação de coragem que se estende no tempo,
de uma dilatada esperança que nos faz fortes de alma nas delongas espirituais.

Frutos de longanimidade vemos em abundância na vida de Santa Mônica, durante os muitos anos
em que receava pela salvação eterna do filho Agostinho, transviado na imoralidade e na heresia.
Sem nunca esmorecer na confiança, rezava persistentemente pela sua conversão.Deus,
comprazido em contemplar nessa mãe exemplar os frutos que Ele mesmo semeara, deu-lhe a
honra sublime de ter o filho elevado à condição de um dos grandes luminares da Santa Igreja.

Bondade

Depois de bem disposta a mente em relação a si mesma, cumpre ajustá- la em relação ao que lhe
está ao redor: o próximo. Isto se dá, em primeiro lugar, pela bondade, isto é, pela "vontade de agir
bem". Por efeito de nossa união com Deus, somos compelidos pelo Espírito Santificador a
beneficiar os outros.Nossa alma como que se dilata e expande, a ponto de nos converter, de certa
forma, em amor. Pois, "como o carvão ou a barra de aço, em si mesmos negros e frios, se tornam
brilhantes e ardentes como o fogo, assim a alma imersa nesse braseiro de amor que é o Espírito
Santo se torna semelhante em todas as coisas ao divino Espírito". Jesus nos deixou registrado o
paradigma dessa bondade na parábola do filho pródigo (cf. Lc 15, 11-32).Deus é o pai que espera
ardentemente o retorno daqueles que d'Ele se afastaram pelo pecado e se encontram enlameados
e impregnados de mau odor. Fica ansioso, por assim dizer, de nos ver procurar um de seus
ministros no misericordioso tribunal da Reconciliação, para nos perdoar, sarar nossas feridas
espirituais e fortalecer-nos a fim de não reincidirmos nas mesmas faltas.

Benignidade

O fruto da benignidade se distingue ao da bondade por já ser, não só um querer, mas um praticar
efetivo do bem. Aqui o carvão ou a barra de aço do exemplo anterior não apenas brilham e ardem,
mas queimam e inflamam.Por isso "chamam-se benignos aqueles a quem o ‘fogo bom' do amor se
inflama em favor do próximo". Modelo desse amor que "se inflama em favor do próximo" foi São
Vicente de Paulo. Pedia insistentemente a Deus que lhe desse um espírito benigno; e conseguiu,
com a ajuda da graça, domar seu temperamento seco e bilioso, tornando- se cortês e
afável.Transformou-se a ponto de se lhe tornar natural uma polidez de trato maravilhosa, com
palavras sempre amáveis para todo tipo de pessoas.

Mansidão

Uma terceira disposição da mente ao ordenarse em relação ao próximo é a mansidão, pela qual
refreamos a ira e suportamos com serenidade de espírito os males infligidos pelos outros.Santa
Teresinha do Menino Jesus nos dá belíssimos exemplos de mansidão perante impulsos de
irritação, ensinando-nos a praticar esta virtude na vida cotidiana.Eis um deles: Estando um dia as
freiras trabalhando na lavanderia conventual, constituída por grandes tanques comunitários,
aconteceu de uma irmã, por falta de atenção, lançar sobre a Santa uma chuva de água com sabão.
Como é natural, isso lhe provocou um ímpeto de indignação. Mas, acalmada pela brandura do
Espírito Santo, logo se conteve, recorrendo ao piedoso subterfúgio de imaginar que o Menino Jesus
estava brincando com ela... esborrifando-lhe água e sabão.
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Fidelidade

Como último fruto de nosso bom relacionamento com o próximo, temos a fidelidade, que nos faz
"manter a palavra dada, as obrigações assumidas, os contratos estipulados". A fidelidade
complementa a mansidão no sentido de que, se esta nos leva a não prejudicar o próximo pela ira,
aquela nos conduz a não fraudá-lo nem enganá-lo. Ora, "isso é a fé, tomada no sentido de
fidelidade", afirma São Tomás. "E se a tomarmos como fé em Deus, então o homem por ela se
ordena ao que lhe é superior, ou seja, dispõe- se a submeter seu intelecto a Deus e, por
consequência, tudo o que possui".

Modéstia

Por fim, após ordenar-se a mente em face do que lhe está em volta, cumpre fazê-lo quanto ao que
lhe é inferior, e isto se dá em primeiro lugar pela modéstia, "observando o comedimento em tudo o
que diz e faz".Esta virtude mantém nossos olhos, lábios, risos, movimentos, enfim, toda a nossa
pessoa, sem excluir nossos trajes, nos justos limites "que correspondem a seu estado, habilidade
e fortuna". Santo Agostinho recomenda particular cuidado com a modéstia exterior, que tanto pode
edificar quanto escandalizar os que nos rodeiam. Note-se que a afirmação do Bispo de Hipona não
deve ser interpretada num sentido exclusivamente negativo. A modéstia exterior inclui também o
dever positivo de revestirse das roupas, gestos e atitudes próprias a edificar o próximo e dar glória
a Deus.Lê-se na vida de São Francisco de Assis um episódio que ilustra quanto o cumprimento
desse dever pode produzir nas almas um efeito equivalente ou talvez maior que o de um sermão.
Certa vez, ele convidou um frade, seu discípulo, a acompanhálo: - Irmão, vamos fazer uma
pregação - disse-lhe.Após percorrerem a cidade em silêncio, São Francisco retomou o caminho do
convento. Sem entender o que se passava, o frade perguntou: - Mas, meu pai, não dissestes que
íamos fazer uma pregação?Aqui estamos de volta, e não proferimos uma só palavra... E o sermão?
- Já o fizemos. Não percebes que a vista de dois religiosos andando pelas ruas com estas
vestimentas e em atitude de recolhimento vale tanto quanto um sermão? - respondeu o Santo.

Continência e Castidade

Também em relação ao que lhe é inferior - isto é, às paixões - ordenam o homem a Continência e
a Castidade.Segundo São Tomás, elas se distinguem uma da outra "quer porque a castidade nos
refreia em relação ao que é ilícito, e a continência ao que é lícito, quer porque a pessoa continente
sofre as concupiscências, mas não se deixa arrastar por elas, enquanto o casto nem as sofre e
muito menos as segue". Com efeito, a alma que produz o fruto da castidade torna-se realmente
angélica. Muito ao contrário dos tormentos interiores de agitação e ansiedade, nos quais vive quem
se entrega às paixões desordenadas, o casto já antegoza o Céu na terra.A continência, a seu lado,
"robustece a vontade para resistir às concupiscências desordenadas muito veementes"; portanto,
indica um freio, enquanto a pessoa abstém-se de obedecer às paixões. Ela, assim, prepara a alma
para essa castidade, pois "os que fazem tudo quanto é permitido acabarão por fazer o que não é
permitido".

Espírito de Amor e intercessão de Maria

Qual navio batido pelas ondas na procela, a alma sente neste vale de lágrimas os falaciosos
atrativos da carne, convidando-a ao naufrágio.Muito bem exprime São Paulo essa difícil situação:
"Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei
do pecado, que está nos meus membros. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que
me acarreta a morte?" (Rm 7, 23-24).Mas, aos olhos do bravo navegante que, em vez de
desanimar, ergue a vista à busca da salvação, sempre está a brilhar um farol: "A lei do Espírito de
Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte.O que era impossível à lei, visto
que a carne a tornava impotente, Deus o fez" (Rm 8, 2-3).Dada a nossa natural insuficiência,
agravada pelas consequências do pecado original, torna-se indispensável o auxílio divino para
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completarmos a árdua corrida rumo à eterna bem-aventurança. E o Espírito de Amor vem sempre
em socorro da nossa fraqueza, com suas graças e dons. Ele não cessa de interceder por nós "com
gemidos inefáveis" (Rm 8, 26) e ainda nos dá como medianeira e advogada sua Fidelíssima
Esposa.Saibamos recorrer sempre a Ela. Pois a poderosa intercessão de Maria Santíssima é a via
mais segura para transformar graminhas estéreis em frondosas árvores carregadas de frutos.

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LATRIA, DULIA E HIPERDULIA

A Igreja distingue claramente três tipos de culto:

1. CULTO DE LATRIA (grego: “latreuo”) quer dizer adorar

2. CULTO DE DULIA (grego: “douleuo”) quer dizer honra, venerar

3. CULTO DE HIPERDULIA (grego: hyper, acima de; douleuo, honra) ou acima do culto de
honra, sem atingir o culto de adoração

LATRIA

O culto da latria (adoração) é único para Deus. Só Deus pode ser adorado e só Cristo, Deus feito
homem, ele é o Salvador. O próprio Cristo nos disse: "Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele
prestarás culto"(Matheus 4, 10).

DULIA

O culto de dulia (veneração) é devido aos santos(as), às pessoas cujo heroísmo comprovado no
exercício das virtudes cristãs da Igreja nos coloca como um exemplo a seguir sendo enviados ao
altar.

HIPERDULIA
O culto da hiperdulia é o culto especial devido a Maria Santíssima, como Mãe de Deus. É
exclusivo à Ela e nasce da necessidade de colocar o culto à Virgem em uma posição privilegiada,
acima dos santos, mas sem alcançar o limite, a latria.

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