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Cruges

Maestro e pianista, o Cruges surge, em Os Maias, de Eça de Queirós, como


amigo de Carlos e, anteriormente, da sua mãe Maria Monforte. Íntimo do
Ramalhete, é, de acordo com a obra, "um diabo adoidado, maestro, pianista,
com uma pontinha de génio". Possui uma "grenha crespa que lhe ondulava até
à gola do jaquetão". Apesar da genialidade que lhe reconhecem, mostra-se
desmotivado pois não encontra na sociedade lisboeta quem se interesse pelo
seu trabalho. Diz ele: "Se eu fizesse uma boa ópera, quem é que ma
representava?".
Artista talentoso, o Cruges surge como um representante do realismo pela
atitude de desprezo que assume em relação a Alencar e por partilhar
conceções muito próximas das de Ega, a personagem que mais se opõe ao
ultrarromantismo e que advoga o naturalismo.

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