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A história de 3 gerações
Eça nos vai contar
Com a descrição do Ramalhete
Os Maias vai começar
Sombrio casarão
De paredes severas
Não a leias de pé
Que te começa a doer as pernas
O Ramalhete, em Lisboa
Os Maias vieram habitar
Era uma casa velha
Precisavam reformar
Com determinação
A família decidiu ficar
Desafiando a superstição
E o medo de lá morar
Terminada a reconstrução,
a casa se fechou,
Enquanto Carlos da Maia
a Europa explorou
Mas na chegada do neto,
Afonso veio se instalar,
Na Casa do Ramalhete
Pois ao seu lado quis ficar
Afonso do Maia,
o patriarca da família
Com trabalho e dedicação
Ergueu uma dinastia
Caetano desonrado
Com as ideias liberais do filho
Desterrou-o para Santa Olávia
Como forma de castigo
Fatigado da paisagem
Abandonou a serra
Foi pedir dinheiro ao pai
E rumou para Inglaterra
Menino da mamã
Preso à sua própria ferida
Tão cuidado e protegido
Não sabe lidar com a vida
Este é o resultado
de uma educação tradicional
Indivíduos sem carácter
Com uma postura banal
Maria Eduarda
Com saudades do país
Nem Itália a agradou
E regressaram à raiz
O apelido de "negreira"
Maria ganhou
Pelo ciúme e inveja
Que nas senhoras despertou
Apaixonado e teimoso
Pedro seguiu seu caminho
Casou-se com Maria
E deixou o pai sozinho
Pedro, magoado
A notícia não contou
Maria toda zangada
O seu sogro desprezou
Em festas luxuosas
Encantava os senhores
Pedro estava cansado
De a ver com admiradores
O nome do rapaz
foi bastante debatido
Pedro queria o nome Afonso
Mas Carlos foi o escolhido
O modelo britânico
não se limita à instrução
Assegura a formação humanista
Juízo crítico, a valorização