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Craft

Em Os Maias, de Eça de Queirós, aparece a personagem Craft, um inglês


rico, culto e boémio, que só interessa na ação enquanto representa a formação
britânica, que Carlos da Maia também recebe por opção do avô Afonso da
Maia.
Craft, "filho de um clergyman da igreja inglesa do Porto", é um homem de
hábitos austeros e culto. Na obra, é definido como "um rapaz extraordinário",
"simplesmente a melhor coisa que havia em Portugal...", que "dá largas ao
seu temperamento byroniano". Defensor da arte pela arte, "tem viajado por
todo o Universo, coleciona obras de arte, bateu-se como voluntário na
Abissínia e em Marrocos, enfim, vive, vive na grande, na forte, na heroica
aceção da palavra."
Guilherme Craft é um personagem secundário do romance Os Maias, de Eça de Queirós.
Homem dândi e burguês,[1] representa na obra a formação britânica, o protótipo do que
deve ser um homem.[2] Craft é descrito como um "byroniano".[3]
Defende a arte pela arte, a arte como idealização do que há de melhor na
natureza. Inglês rico e boémio, colecionador de bricabraque. Apesar de pouca ou
nenhuma importância ter na ação principal, Craft representa o homem correto,
incorruptível e "de hábitos rijos, pensando com retidão". Recebe especial favor de Afonso
da Maia, que o considera "deveras um homem".
A sua descrição, na obra:

“ ”
(...) homem baixo, louro, de pele rosada e fresca, e aparência fria. Sob o
fraque correcto percebia-se uma musculatura de atleta.

É inicialmente introduzido por João da Ega a Carlos da Maia, afirmando que era


indispensável conhecer o Craft. O inglês havia construído um recanto campestre, a Quinta
dos Olivais,[4] conhecida como "a Toca".[1] Mais tarde, querendo desfazer-se dela, Carlos da
Maia adquire-a para oferecer como residência Maria Eduarda e Rosa.

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