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conquistas lusitanas até a chegada de Vasco da Gama à Índia. Assim, o narrador da epopeia
demonstra seu amor e veneração ao rei de Portugal, D. Sebastião, e ao povo lusitano. Mas também
defende a fé cristã e a expansão do império português.
Pertencente ao classicismo português, a obra possui uma visão antropocêntrica, ou seja, valoriza a
razão e as conquistas humanas. Porém, traz elementos do semipaganismo ao reverenciar a cultura
greco-romana e, ao mesmo tempo, a fé cristã. Essa epopeia é dividida em dez cantos, com versos
decassílabos de caráter narrativo e heroico."
Os marinheiros portugueses estão em alto mar e são comandados pelo heroico Vasco da Gama. Eles
querem chegar até a Índia, mas, antes, chegam à ilha de Moçambique. Acabam travando uma
batalha com os mouros. Depois, navegam até a ilha de Mombaça, cujo rei parece amigo.
No entanto, Mercúrio, em sonho, adverte Gama sobre os planos do rei de Mombaça, que planeja
uma cilada contra os portugueses. O herói dá ordens aos marinheiros para içarem velas e fugirem.
Em seguida, os heroicos portugueses aportam no Reino Melinde, cujo rei os recebe cordialmente.
Vasco da Gama então conta para esse rei a história do povo lusitano, traça a genealogia dos
monarcas portugueses e aproveita para “louvar dos meus a glória”. Fala do casamento entre
“Anrique” (Henrique), um conde filho de um “Rei de Hungria”, com Teresa, filha do “Rei
Castelhano” D. Afonso, casal que ganhou as terras hoje conhecidas como Portugal.
O primeiro rei português teve um filho, o príncipe Afonso, que levava o nome do avô espanhol.
Mais tarde, o jovem se tornou rei e empreendeu uma guerra vitoriosa contra os mouros. Sancho I
sucedeu ao pai. Depois Afonso II, ambos reis gloriosos. Porém, o próximo rei, Sancho II, é descrito
pelo narrador como “manso e descuidado”.
A dinastia vai sendo mencionada por Vasco da Gama, com detalhes e façanhas de cada reinado,
como o dos reis D. Dinis, Fernando e Manuel, por exemplo. Por fim, ele conta as próprias aventuras
até desembarcar ali e receber a hospitalidade do rei de Melinde. Terminada a narrativa, Gama
continua viagem e atinge os “mares da Índia”.
Porém, ainda precisa enfrentar a fúria do mar. E chega finalmente ao destino sonhado: a Índia. Lá,
são recebidos com festa. No entanto, o narrador revela que o propósito dos mouros era “deter ali os
descobridores/ Da Índia tanto tempo que viessem/ De Meca as naus, que as suas desfizessem”.
Gama fica sabendo da intenção dos mouros e parte rumo a Portugal, levando pimenta, noz, cravo e
uma rota para a Índia. Antes de chegarem às terras lusitanas, os conquistadores param em uma ilha
e são premiados pelos deuses com o amor de belas e sedutoras ninfas."
"Características da obra Os Lusíadas
caráter narrativo;
presença de um herói;
fatos heroicos;
acontecimentos extraordinários;
versos decassílabos."
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Os Lusíadas, de Luís de Camões
“Os Lusíadas” é um poema épico do poeta português Luís de Camões. Ele possui versos
decassílabos e fala das conquistas portuguesas até a chegada de Vasco da Gama à Índia.
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Os Lusíadas, de Luís de Camões, é o livro mais famoso da literatura portuguesa e fala das
conquistas lusitanas até a chegada de Vasco da Gama à Índia. Assim, o narrador da epopeia
demonstra seu amor e veneração ao rei de Portugal, D. Sebastião, e ao povo lusitano. Mas também
defende a fé cristã e a expansão do império português.
Pertencente ao classicismo português, a obra possui uma visão antropocêntrica, ou seja, valoriza a
razão e as conquistas humanas. Porém, traz elementos do semipaganismo ao reverenciar a cultura
greco-romana e, ao mesmo tempo, a fé cristã. Essa epopeia é dividida em dez cantos, com versos
decassílabos de caráter narrativo e heroico.
Leia também: Mensagem — análise de outro grande clássico da literatura portuguesa
visão antropocêntrica;
semipaganismo;
equilíbrio e simplicidade;
bucolismo;
idealização do amor;
idealização da mulher;"
Escrito em versos decassílabos, Os Lusíadas enaltece a nação portuguesa e mostra como esse povo,
representado pelos seus heróis conquistadores, é corajoso e audaz:
[...]
Desse modo, o narrador relata as conquistas dos reis portugueses, que “foram dilatando/ A Fé, o
Império, e as terras viciosas/ De África e de Ásia andaram devastando”. Porém, antes, ele segue a
convenção epopeica e, no canto I, pede inspiração ou invoca as tágides, que seriam as ninfas do rio
Tejo, em Portugal:
"Assim, no prólogo, o narrador apresenta o herói da epopeia, ou seja, Vasco da Gama (1469-1524):
O capitão e os lusitanos são cristãos invencíveis e travam guerra contra os mouros, que tentam
enganar os portugueses. A frota encontra terras onde os heróis vivem aventuras e perigosos, até
chegar finalmente à Índia, que é o objetivo desde o começo. O narrador da obra é observador, ou
seja, não é onisciente, pois necessita da ajuda dos deuses para narrar:
"A narrativa que Vasco da Gama faz ao rei de Melinde tem o objetivo de mostrar a grandeza de
Portugal. É um país comandado, historicamente, por bravos conquistadores cristãos. Dessa forma, o
sentimento de nacionalidade está em destaque, e, com a narrativa de Gama, o povo português é
levado a ter orgulho de suas origens:
[...]
No epílogo, os conquistadores voltam para Portugal, e o narrador termina a obra com elogios ao rei
português:
Com Os Lusíadas, Camões engrandece a nação portuguesa por meio de uma epopeia, tipo de texto
considerado superior em sua época. A obra, possui, portanto, uma relevância nacionalista e
histórica, além de dar valor e protagonismo à língua portuguesa. Assim, se torna não somente um
símbolo literário, mas também político.
Os Lusíadas foi durante séculos e é até hoje revisitado por escritores e intelectuais no mundo
inteiro. Isso fez com que a obra sobrevivesse até os nossos dias e comprovasse o seu caráter clássico
e, portanto, universal, ao tratar de temáticas como amor e nacionalismo. Desse modo, se tornou o
maior símbolo da literatura portuguesa."
Portanto, o mundo ocidental estava diante de uma nova visão filosófica, artística e política,
inspirada nos valores da Antiguidade clássica. Além disso, Portugal, com suas caravelas, passou a
conquistar novas terras a partir do final do século XV. Desse modo, no século XVI, esse país se
mostrava uma nação economicamente próspera.
Luís de Camões
Luís Vaz de Camões nasceu no ano de 1524 ou 1525, na cidade portuguesa de Lisboa. No entanto,
pouco se sabe sobre a vida do escritor. Ele era sobrinho do frade D. Bento de Camões, chanceler da
Universidade de Coimbra, onde, possivelmente, o poeta estudou Filosofia e Literatura."
"Lutou como soldado em Ceuta, onde perdeu o olho direito. Morou em Goa, na Índia, a partir de
1553, onde teria iniciado a escrita de seu livro Os Lusíadas. Também foi provedor-mor de defuntos
e ausentes em Macau. Publicou Os Lusíadas em 1572, com relativo sucesso. Porém, morreu pobre
em 10 de junho de 1580, em Lisboa.
Créditos da imagem"