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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E
EDAFOLOGIA
Belo Horizonte - MG
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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
Sumário
1 A CIÊNCIA DO SOLO E SUA IMPORTANCIA PARA A GEOGRAFIA .... 5
1.1 Conceito de Solo ..................................................................................... 7
1.2 Funções do solo em nosso ambiente ...................................................... 8
1.3 Solo como meio para nutrição das plantas ............................................. 9
2 ESTUDOS E FATORES DA FORMAÇÃO DO SOLO ............................. 9
3 FATORES PARA A FORMAÇÃO DOS SOLOS .................................... 11
3.1 O clima na formação do solo ................................................................. 12
3.2 O relevo na formação do solo ............................................................... 12
3.3 Os organismos na formação do solo ..................................................... 13
3.4 O tempo na formação do clima ............................................................. 13
3.5 Processo de formação do ..................................................................... 14
Solo Adições ............................................................................................ 14
Perdas ..................................................................................................... 14
Transformações ....................................................................................... 14
Transportes ............................................................................................. 14
3.6 Formação do perfil do solo .................................................................... 15
3.7 Estrutura do Solo................................................................................... 15
3.8 Porosidade do Solo ............................................................................... 16
3.9 Fluxo de energia e massa e formação do solo ..................................... 16
4 GÊNESE ................................................................................................ 17
4.1 Intemperismo e composição do solo ..................................................... 17
4.2 Intemperismo Físico .............................................................................. 18
4.3 Intemperismo química ........................................................................... 19
4.4 Controles do intemperismo ................................................................... 19
5 MORFOLOGIA DO SOLO ..................................................................... 20
5.1 Perfil dos solos e horizontes ................................................................. 21
5.2 Espessura e transição entre horizontes ................................................ 21
5.3 Perfil do solo.......................................................................................... 22
5.4 Textura do Solo ..................................................................................... 22
5.5 Estrutura do Solo................................................................................... 22
5.6 Cor do solo ............................................................................................ 23
5.7 Consistência do Solo............................................................................. 23
5.8 Porosidade do solo................................................................................ 24
5.9 Levantamento de solos ......................................................................... 24
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10.4 Desertificação...................................................................................... 45
10.5 Práticas conservacionistas .................................................................. 46
11 PLANTIO DIRETO ..................................................................................... 46
12 CULTIVO CONSORCIADO ....................................................................... 48
12.1 Proteção do solo com filme plástico .................................................... 49
12.2 Cobertura morta na Agricultura ........................................................... 49
12.3 Acidez do solo e colagem ................................................................... 50
13 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 51
Bibliografia básicas ..................................................................................... 51
Bibliografia complementar ....................................................................... 51
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conforme a rocha que lhe deu origem: solo de granito, solo de basalto,
solo de arenito, etc. O solo é visualizado como sinônimo de regolito ou
rocha alterada pela maioria dos geólogos e engenheiros civis, sendo
caracterizado de acordo com sua adequação ou não para mineração,
material de construção ou suporte para edificações.
• o solo como corpo natural organizado: O reconhecimento de que o solo
não é apenas o resultado da alteração das rochas, mas sim o produto
das interações entre a Litosfera, atmosfera, hidrosfera e a biosfera
(Figura 1.2), surgiu no final do século XIX, através dos estudos do
geólogo russo V.V. Dokuchaev (1846-1903), e pode ser resumido na
seguinte equação:
S = f (mo, cl, r, o, t) a qual expressa "o solo (S) como função das
interações entre os fatores ambientais material de origem (mo), clima
(cl), relevo (r), organismos vivos (o), atuando ao longo do tempo (t)".
Neste contexto, os solos são corpos naturais com características
próprias desenvolvidas durante seu processo de formação, o qual é
condicionado pelos fatores ambientais. Essas características podem
ser visualizadas no perfil de solo, que consiste numa seção vertical que
se estende da superfície até uma determinada profundidade do solo.
Ao conjunto de fatores ambientais naturais (mo, cl, r, o) deve ser
acrescentada a ação humana como fator: antropogênico (a) atuante na
alteração, degradação e construção do solo. Isto significa que qualquer
material (natural ou artificial), depositado pela ação humana (por
exemplo, um aterro), que seja capaz de suportar o desenvolvimento de
plantas, também é considerado como solo. As inúmeras possibilidades
combinatórias dos fatores ambientais (mo, cl, r, o) implicam numa
grande diversidade de tipos de solos. Daí a necessidade de agrupá-los
em um sistema de classificação, que possibilite sua identificação no
terreno e o mapeamento da sua distribuição geográfica. O conceito de
solo como corpo natural organizado tem uma importância prática muito
grande, pois estabelece relações entre os fatores ambientais e os
diferentes tipos de solos, o que permite mapear a sua distribuição
geográfica, avaliar o potencial de uso das terras para diversos fins e
predizer os efeitos da intervenção humana.
o solo como sistema aberto: O compartimento terrestre onde se dão as
interações entre o solo, os organismos que nele vivem, o relevo, a
atmosfera, a hidrosfera e a litosfera é definido como geoecossistema.
De acordo com a concepção holística (do Grego, holos = totalidade),
um sistema consiste num todo organizado, constituído por um conjunto
de componentes interdependentes que atuam integradamente, de
maneira que a alteração de um componente afeta os demais. Ou seja,
a maneira como as partes estão integradas no todo é mais importante
do que as partes isoladas. Geoecossistemas e solos são sistemas
abertos, porque trocam energia e matéria com sua circunvizinhança.
No solo, fluxos de matéria e energia são continuamente transferidos
entre minerais, plantas, microrganismos, compostos orgânicos e o
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Texto extraído dehttps://chasqueweb.ufrgs.br/~elviogiasson/SOL00200%20-
%20G%C3%AAnese%20e%20Classifica%C3%A7%C3%A3o%20dos%20Solos/Textos/Apostila-
_Genese_e_Classificacao_do_Solo_graduacao.pdf.
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Fonte:www4.esalq.usp.br/node/101615
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Texto extraído de https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/94212/1/Ecossistema-
cap3C.pdf
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A medida em que o tempo passa, vai sendo acrescentado ao solo jovem restos
de plantas e animais mortos. Estes restos, também chamados matéria orgânica.
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Dos fatores de formação, o tempo é o mais passivo: não adiciona, não exporta
material nem gera energia que possa acelerar os fenômenos de intemperismo
mecânico e químico, necessário à formação de um solo.
Para a formação do solo, é necessário determinado tempo para atuação dos
processos que levam à sua formação. O tempo que um solo leva para se formar
depende do tipo de rocha, do clima e do relevo. Solos desenvolvidos a partir de rochas
mais fáceis de ser intemperizadas formam-se mais rapidamente, em comparação com
aqueles cujo material de origem é uma rocha de difícil alteração. Por exemplo, os
solos derivados de quartzito (rocha rica em quartzo) demoram mais tempo para se
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formarem do que os solos originados de diabásio (rocha rica em ferro), por ser o
mineral quartzo muito resistente ao intemperismo (alteração).
Percebe-se, ainda, que os solos mais velhos têm maior quantidade de argila
que os jovens, isto porque, no transcorrer do tempo de formação, os minerais
primários, herdados da rocha e que fazem parte das frações mais grosseiras do solo
(areia e silte), vão-se transformando em argila (fração mais fina do solo).
Solo Adições
Tudo que é incorporado ao solo em desenvolvimento é considerado como
adição. O principal constituinte adicionado é a matéria orgânica proveniente da morte
dos organismos que vivem no solo, principalmente a vegetação. Por serem ricos no
elemento carbono, esses compostos orgânicos imprimem cores escuras à porção
superior do solo.
Perdas
A água da chuva solubiliza os minerais do solo os quais liberam elementos
químicos (principalmente cálcio, magnésio, potássio e sódio) que são levados para as
águas subterrâneas. Esse é um processo de perda denominado lixiviação. Em regiões
com pouca chuva, as perdas desses elementos químicos são menos intensas,
comparativamente àquelas com maior precipitação. Essas perdas por lixiviação
explicam a ocorrência de solos muito pobres (baixa fertilidade) mesmo sendo
originados a partir de rochas que contêm grande quantidade de elementos nutrientes
de plantas.
Transformações
As transformações ocorridas durante todos os estádios de desenvolvimento
dos solos são mais intensas em regiões úmidas e quentes (zonas tropicais). A água é
necessária para hidratar e dissolver minerais, processo que é acelerado em
temperaturas mais elevadas. Na porção tropical úmida do Brasil, ocorrem solos
considerados muito velhos e intemperizados por terem sido submetidos durante muito
tempo a esses processos de transformação e perda, sendo, como resultado, muito
profundos e muito pobres em nutrientes.
Transportes
Em decorrência da ação da gravidade e da evapotranspiração (perda de água
das plantas e do solo pela ação do calor), pode ocorrer translocação de materiais
orgânicos e minerais dentro do próprio solo. Essa movimentação pode se dar nos
dois sentidos, ou, seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Em condições de
clima com poucas chuvas, elementos químicos, como, por exemplo, o sódio, podem
ser levados em solução para a superfície do solo e depositados na forma de sal. Em
climas úmidos, ácidos orgânicos e partículas minerais de tamanho reduzido (argila)
podem ser transportados pela água para os horizontes mais profundos do solo.
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Texto extraído http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/livro.pdf
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Texto extraído de http://www.gpcs.com.br/file/222078/apostila-completa-de-genese-e-propriedades-
do- solo.pdf
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4 GÊNESE
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5 MORFOLOGIA DO SOLO
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apenas um horizonte sobre a rocha ou ter inúmeros horizontes. Isso vai depender do
tipo e do grau de desenvolvimento do solo.
São partes de um perfil do solo, mais ou menos paralelas à superfície do
terreno, resultando da atuação dos processos pedogenéticos.
Os horizontes são geneticamente relacionados entre si dentro de um perfil e
indicam modificações dominantes a partir do material de origem do solo.
A Pedologia é a ciência que estuda o solo, mas para fazer isso utiliza o perfil
do solo, que é uma pequena porção da superfície da terra que possui horizontes ou
camadas.
Esses horizontes e camadas são nomeados com letras, nesse caso podemos
dividir aproximadamente os horizontes e camadas do perfil assim
O horizonte A possui cor mais escura, pois existe mais matéria orgânica que
são os restos animais e vegetais decompostos. Porém o horizonte A não é um solo
orgânico, pois predomina matéria mineral em sua composição.
O horizonte B normalmente tem cor avermelhada ou amarelada (existem
exceções), devido a presença de ferro. Observe um prego enferrujado: o prego
também tem ferro e quando está enferrujado apresenta cor avermelhada ou
amarelada. Nem sempre o solo tem horizonte B. Solos muito jovens não tem horizonte
B, tendo somente o horizonte A sobre o horizonte C ou o horizonte A sobre a rocha
(camada R).
O horizonte C possui cores variadas, isso porque o material de origem, a rocha,
possui essa coloração. Abaixo do horizonte C existe a rocha (camada R) que deu
origem a esse solo.
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de moléculas de água por superfícies sólidas do solo. Ambas as forças variam com o
teor de água do solo. A manifestação e intensidade destas forças determinam as
diferentes formas de consistência, cujo grau de intensidade é descrito quando o solo
está seco, úmido e molhado.
A consistência é determinada em três estados de umidade:
a) em solo seco, avaliando-se a dureza, estimada pela resistência do torrão
seco à ruptura ou fragmentação, quando comprimido;
b) em solo úmido, avaliando-se a friabilidade, a qual é estimada quando o
solo está úmido e consiste em comprimir um torrão, fragmentando-o e,
posteriormente, tentar reconstruí-lo por nova compressão;
c) em solo molhado, avaliando-se a plasticidade e a pegajosidade, em que a
plasticidade se refere à moldabilidade do solo e é feita pela formação de
um fino cilindro de solo e posterior tentativa de formar um círculo com o
cilindro, enquanto a pegajosidade é estimada pela sensação de aderência
que o solo produz entre os dedos.
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http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/livro.pdf
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https://www.cpt.com.br/noticias/levantamento-das-caracteristicas-do-solo-planejamento-estrategico-
propriedades-rurais
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https://www.embrapa.br/solos/sibcs/classificacao-de-solos/ordens/vertissolos
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6.1 Cambissolos
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6.2 Latossolos
Fonte: www.rascunhosoumapas.blogspot.com
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Texto extraído de https://pt.scribd.com/doc/96945551/O-Cambissolo-e-um-solo-pouco-desenvolvido
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6.3 Argissolos
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6.4 Chernossolos
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Texto extraído de http://www.iac.sp.gov.br/solossp/pdf/Argissolos.pdf
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6.5 Espodossolos
6.6 Gleissolos
Fonte: www.embrapa.br/solos/sibcs/solos-do-brasil
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6.7 Luvissolos
6.8 Neossolos
Neossolos são solos pouco evoluídos constituídos por material mineral ou por
material orgânico com menos de 20 cm de espessura, não apresentando qualquer tipo
de horizonte B diagnóstico. Horizontes glei, plíntico, vértico e A chernozêmico, quando
presentes, não ocorrem em condição diagnóstica para as classes Gleissolos,
Plintossolos, Vertissolos e Chernossolos, respectivamente.
Neossolos são solos com pequeno desenvolvimento pedogenético,
caracterizado ou por pequena profundidade (rasos) ou por predomínio de areias
quartzosas ou pela presença de camadas distinta herdadas dos materiais
de origem. Símbolo: R
6.9 Nitossolos
Nitossolos são solos constituídos por material mineral, com 350 g kg-1 ou mais
de argila, inclusive no horizonte A que apresentam horizonte B nítico abaixo do
horizonte A. O horizonte B nítico apresenta argila de atividade baixa ou atividade alta
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conjugada com caráter alumínico, ambos na maior parte dos primeiros 100 cm do
horizonte B (inclusive BA).
A policromia (variação de cor dentro de 150 cm a partir da superfície do solo),
conforme descrita abaixo, deve ser utilizada como critério adicional na distinção entre
Nitossolos e Argissolos Vermelhos ou Vermelho-Amarelos nas situações em que
forem coincidentes as demais características.
Os Nitossolos praticamente não apresentam policromia acentuada no perfil e
devem satisfazer aos seguintes critérios de cores:
• Para solos com todas as cores dos horizontes A e B, exceto BC, dentro
de uma mesma página de matiz, admitem-se variações de, no máximo,
2 unidades para valor e/ou 3 unidades para croma;
• Para solos apresentando cores dos horizontes A e B, exceto BC, em
duas páginas de matiz, admite-se variação de ≤ 1 unidade de valor e ≤
2 unidades de croma9;
• Para solos apresentando cores dos horizontes A e B, exceto BC, em
mais de duas páginas de matiz, não se admite variação para valor e
admite-se variação de ≤ 1 unidade de croma.
6.10 Platossolos
6.11 Plintossolos
(> 20% em volume) e apresentar matizes e cromas conforme itens (a) e (b) definidos
abaixo.
a) Matiz 5Y; ou
b) Matizes 7,5YR, 10YR ou 2,5Y com croma menor ou igual a 4.
6.12 Organossolos
c) Saturação com água durante a maior parte do ano, na maioria dos anos, a
menos que artificialmente drenados, apresentando horizonte H hístico
com espessura de 40 cm ou mais, quer se estendendo em seção única a
partir da superfície do solo, quer tomados cumulativamente dentro dos 80
cm a partir da superfície.
6.13 Vertissolos
Vertissolos são solos constituídos por material mineral com horizonte vértico
iniciando dentro de 100 cm a partir da superfície e relação textural insuficiente para
caracterizar um horizonte B textural. Além disso, devem atender aos seguintes
requisitos:
a) Teor de argila, após mistura e homogeneização do material de solo, nos
20 cm superficiais, de no mínimo 300 g kg-1 de solo;
b) Fendas verticais no período seco com pelo menos 1 cm de largura,
iniciando na superfície e atingindo, no mínimo, 50 cm de profundidade,
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7 MANEJO DO SOLO11
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Texto extraído de https://www.embrapa.br/solos/sibcs/classificacao-de-solos/ordens/vertissolos
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Texto extraído de Apostila para a Disciplina: Manejo e Conservação do Solo Recomendação: Prof.
Ednei de Souza Pireshttp://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/09-02-49-
apostilaparaadisciplinamcs.pdf
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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
produtividade tão boa ou, em alguns casos, até melhor que com os métodos
tradicionais de preparo do solo e semeadura. De qualquer forma, o preparo periódico
do solo continuará a ser feito para as culturas ou condições onde não existe a
possibilidade de utilização de técnicas de semeadura direta.
O preparo do solo compreende um conjunto de técnicas que, quando usadas
racionalmente, podem permitir uma alta produtividade das culturas a baixo custo.
Irracionalmente utilizadas, as técnicas de preparo podem levar à destruição do solo
em poucos anos de uso intensivo ou conduzir à degradação física, biológica ou
química em forma paulatina, diminuindo, em maior ou menor grau, seu potencial
produtivo.
A agricultura atual depende da tecnologia disponível no mercado, para atingir
bons resultados produtivos e econômicos. Neste processo, a escolha dos
implementos a serem utilizados é da maior importância. Máquinas e implementos
utilizados, na medida do possível, devem exigir o mínimo esforço, com máximo
rendimento das operações. Isto é influenciado pela escolha do equipamento
apropriado, seu projeto, regulagem, manutenção, trabalho dentro da faixa apropriada
de umidade, velocidade compatível com a operação e profundidade e largura de
trabalho que otimizem a operação.
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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
7.3 Importância
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7.6 Desmatamento
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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
8 MONOFATURA
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A monocultura gera uma série de consequências não apenas para o solo, mas
para os animais e para as pessoas que habitam o local. Entre as principais
consequências da monocultura, podemos destacar:
Dificuldade para encontrar alimento por parte dos animais típicos da região,
levando- os a invadir centros urbanos e outras áreas em busca de comida, se
tornando presas fáceis;
Redução da fauna natural do local, já que a falta de alimento faz com que os
animais tenham dificuldade de se reproduzir;
Aumento das pragas, que não encontram predadores naturais e exigem que
sejam utilizados ainda mais agrotóxicos;
Aumento da população de insetos, contribuindo para a propagação de doenças;
Redução no uso da mão de obra, contribuindo para o aumento do êxodo rural;
Interrupção do processo natural de reciclagem dos nutrientes do solo, tornando-
o pobre e diminuindo sua produtividade;
Compactação do solo;
Desmatamento;
Assoreamento de rios e nascentes;
Aumento do uso de agrotóxicos, prejudicando ainda mais o solo; Diminuição
da vazão de córregos e nascentes;
Perda total do solo.
9 SALIZINAÇÃO
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Consequências
A ação nefasta dos agrotóxicos pode ser resumida nos seguintes tópicos:
♦ destroem a microflora e microfauna dos solos;
♦ acumulam-se nos ecossistemas, podendo perdurar por vários anos;
♦ armazenam-se nos alimentos e, em certas quantidades, podem produzir
efeitos danosos à saúde;
♦ provocam o aparecimento de espécies resistentes que se tornam mais
difíceis de serem eliminadas;
♦ formam resíduos tóxicos que, em certas doses, provocam a mortandade de
peixes e outros animais aquáticos quando lançados em corpos d’água;
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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
10 COMPACTAÇÃO DO SOLO12
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Texto extraído de http://www.infobibos.com/artigos/compsolo/c3/comp3.htm
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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
Segundo Jorge (1983), até 1940, um trator pesava, em média, menos que três
toneladas, enquanto as máquinas trafegam atualmente pelos solos cultivados podem
pesar mais que quinze, como acontece com colhedoras e caminhões carregados. Na
cultura de citros, a mecanização é muito intensa, havendo pomares que acumulam,
ao longo de sua existência, trezentas passadas de máquinas por entrelinha (Stolf,
1987). Quando o solo encontra-se úmido, há uma tendência de os valores de
densidade do solo serem cada vez maiores com o aumento do número de passadas.
Além disso, o efeito se manifesta em camadas mais profundas do solo, à medida que
o número aumenta.
Em culturas perenes ou semiperenes, como a cana-de-açúcar, um preparo
inadequado do solo pode ocasionar decréscimos na produção que serão extensivos
a todo o ciclo de cultura, já que, via de regra, a produção das soqueiras é intimamente
ligada à produção de corte anterior. O decréscimo na produção de cana-de-açúcar
num campo de demo tração foi obtido por Fernandes et al. (1983). Após o primeiro
corte, um latossolo vermelho-escuro argiloso com 0,32 m3.m-3 (32%) de água foi
compactado em diferentes níveis uma, duas e três passadas de um caminhão com
apenas eixo traseiro e 16.000 kg de massa. Quando as condições de umidade
são ótimas e a pressão de contato é elevada, uma única passada de determinado
veículo pode ser suficiente para dificultar, ou até impedir, o crescimento das raízes
(Trouse Jr., 1978).
A gota de chuva é considerada uma fonte natural de compactação, pois quando
cai sobre o solo descoberto, poderão compactá-lo e desagregá-lo aos poucos. Para
saber qual a amplitude dos efeitos causados pela gota de chuva, devese primeiro
conhecer algumas de suas características, tais como: intensidade, diâmetro médio e
a velocidade final das gotas médias.
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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
10.4 Desertificação
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11 PLANTIO DIRETO
alastrando- se até a Região dos Cerrados. Hoje, a área agrícola sob Plantio Direto no
Brasil é de aproximadamente 9 milhões de hectares.
O Plantio Direto é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não
revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras
especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras
suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo. Note
que no Plantio Direto não se usa os implementos denominados de arado e grade leve
niveladora que são comuns na agricultura brasileira e no preparo do solo antes da
semeadura. Aliás, uma vez adotado o Plantio Direto, ele não deve ser utilizado
intercalado com arado, grade niveladora, grade aradora (ou grade Rome). Devemos
entender que a manutenção de restos de culturas comerciais (ex. trigo, milho) ou
adubos verdes (ex. aveia, milheto) na superfície do solo é importantíssimo para o
sucesso do plantio direto. Ou seja, a superfície do solo deve ficar grande parte coberta
com palha. Esse requisito estando atendido, implementos sulcadores (ex.
escarificador) podem ser utilizados para quebrar eventuais camadas de solo
compactadas. Assim, o termo plantio direto ("direct drill" ou "siembra directa") é mais
apropriado que o preparo zero ("no tillage" ou "cero labranza").
Visando diferenciar do Plantio Direto, para o solo onde se passa o arado e
depois passa-se várias vezes a grade leve niveladora, diz-se que o solo está sob
Plantio Convencional. Para entendermos o aparecimento do Plantio Direto é preciso
resgatar a História do Plantio Convencional, que é o preparo do solo para a semeadura
e, basicamente, se trata de aração e gradagem. Um dos maiores benefícios do arado
é o controle de plantas daninhas, onde, por possibilitar o revolvimento do solo, ele
permite a eliminação de plantas que cobrem uma área e, assim, possibilitar a
semeadura e o crescimento de uma determinada planta de interesse para o cultivo
(ex. milho, trigo), livre de concorrência por água e nutrientes com outra planta não
desejável (normalmente denominada planta daninha, erva daninha, inço ou mato).
O solo arado fica livre de plantas daninhas, mas, ao mesmo tempo, ele fica livre
de qualquer cobertura vegetal. Numa região tropical, onde se tem chuvas fortes e
concentradas num período do ano, essa situação é ideal para a ocorrência da erosão,
pois o impacto da gota da chuva num solo descoberto resulta num encrostamento ou
selamento da superfície do solo. A fina crosta que se forma é suficiente para diminuir
a infiltração de água no solo. Assim, a água da chuva se acumula e forma a enxurrada
que carrega solo, semente e adubo para rios e lagos.
No Plantio Direto o uso de herbicidas e uma semeadora específica, é possível
semear milho, soja, feijão, trigo e aveia sem necessidade de preparar o solo, ou seja,
sem aração e gradagem. Para se ter uma ideia do procedimento, na época de plantio,
o agricultor aplica um herbicida e espera as plantas que ocupam a área sequem. Com
o auxílio de um trator passa-se um rolo-faca ou uma roçadeira para espalhar a palha
seca. Em seguida, com uma semeadora de Plantio Direto, semease determinada
cultura (ex. soja) "rasgando-se" em linha a palha que cobre o terreno e depositando a
semente e adubo no pequeno sulco. Grande parte do terreno fica coberto de palha
(cobertura morta ou "mulch") e protegido da erosão, pois, se houver uma chuva forte,
o impacto da gota da chuva será amortecido pela palha antes de atingir a superfície
do solo.
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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
Muitos agricultores que plantam milho, soja, trigo, feijão e arroz estão adotando
o Plantio Direto, não apenas por isso, mas também, por ser um pouco mais rentável
que o Plantio Convencional, porque:
• devido à existência de palha cobrindo o solo, há melhor retenção de
umidade havendo maiores rendimentos em anos secos.
• não ocorre erosão e, assim, não há necessidade de replantio, que
implica em novo preparo de solo com consequente maior gasto de combustível,
sementes e adubos. Isto levará a um aumento considerável nos custos de produção
e não livrará o agricultor de fracasso na safra devido ao plantio fora de época.
• enquanto no Plantio Convencional é possível semear 3 a 6 dias após
uma chuva forte, no Plantio Direto é possível semear 6 a 12 dias após uma chuva,
resultando no aproveitamento de melhores épocas de plantio e no plantio de maior
área no mesmo espaço de tempo, principalmente quando ocorrem chuvas esparsas .
Importante mencionar que o sucesso que o Plantio Direto vem obtendo se deve
à intensa colaboração entre agricultores, pesquisadores, extensionistas e
representantes de empresas privadas (ex. fabricantes de semeadeiras, herbicidas).
Devido aos aspectos de implantação, o Plantio Direto é de maior custo a curto prazo
(até quatro anos), onde os custos resultantes do maior consumo de herbicidas podem
superar a economia obtida pelo menor consumo de combustíveis e uso de horas
máquina.
Entretanto, grande parte dos estudos comparativos não consideram fatores que
poderiam reverter esse quadro, onde, no Plantio Convencional, normalmente há
operações de replantio: novo preparo de solo, gastos em combustíveis, sementes,
adubos, assim como também a perda de produção devido ao plantio fora da época.
Embora seja de custo relativamente mais alto nos primeiros quatro anos de
implantação, é possível administrar este alto custo sem levar o empreendimento rural
à bancarrota. O segredo reside na forma como o Plantio Direto é adotado. Outro
aspecto importante é o fato de o Plantio Direto diminuir o consumo de herbicida com
o passar dos anos, principalmente combinando Plantio Direto com rotação de culturas.
12 CULTIVO CONSORCIADO
Também pode ser usado com irrigação por gotejamento ou por aspersão. Neste
segundo caso, deve-se irrigar bem o solo antes de aplicar o mulching. Em qualquer
uma das situações, o mulching vai manter a umidade do solo bem distribuída e por
mais tempo, diminuindo a perda de umidade por evaporação. Diminui a perda de
adubo por lixiviação (lavagem do adubo por excesso de chuva). Evita o contato de
frutos e folhas com o solo, obtendo-se produtos mais limpos e de melhor padrão
comercial. Em algumas situações permite a antecipação da época de plantio, pois
proteger o solo de variações de temperatura. É utilizado em culturas de morango,
alface, melão e pimentão, em campo aberto e melão “net” e todas as outras culturas
cultivadas em estufas. É utilizado para cobertura do solo em canteiro de diversas
culturas, porém, o seu uso é mais comum nas culturas de morango, alface, melão,
pimentão e tomate, em campo aberto, e melão “net” e todas as outras culturas
cultivadas em estufas.
A calagem é considerada como uma das práticas que mais contribui para o
aumento da eficiência dos adubos e consequentemente, da produtividade e da
rentabilidade agropecuária. Apesar deste fato, ela ainda é subutilizada, tendo em vista
a pouca informação recebida a nível de campo, pelos lavradores. Este manual tem
como objetivo proporcionar um meio prático de calcular a dose de calcário a aplicar,
trazendo também informações gerais que ajudam a compreender melhor a
importância do assunto.
Esperamos que tais informações contribuam para o desenvolvimento das
atividades profissionais de todos aqueles envolvidos no processo produtivo, seja
lavrador ou técnico, difundindo o uso adequado de corretivos e fertilizantes.
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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
13 REFERÊNCIAS
Bibliografia básicas
Bibliografia complementar
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