Você está na página 1de 3

Esse texto é uma leitura fruto da apresentação sobre “A

Importância da Pesquisa na Graduação” exposta pelo


Professor Sérgio Leite da UNICAMP, durante a cerimônia de
entrega do premio Silvia Lane, na 2ª Mostra Nacional de
Práticas em Psicologia realizada entre os dias 20 a 22 de
setembro de 2012, condensado por Harley Pacheco de Sousa –
Universidade São Marcos 2012.

A importância da pesquisa na Graduação?

Não é possível falar de um tema tão relevante em tempo escasso


ou poucas folhas, mas tentarei condensar de tal modo que facilite a
compreensão.

A concepção de ciência que temos é um produto histórico bem


definido,que remonta sua origem possivelmente no momento em
que o sistema feudal foi substituído pelo modo capital.

A partir disso os estudos e a ciência passou a ser naturalista


centrada num sistema capital econômico cujo domínio era realizado
da igreja e pela força do capital que direcionava a produção de
conhecimento para fins específicos de acumulo desse capital.

Uma coisa interessante é que a força do capital não permitia que a


víssemos a realidade nua e crua e por isso na faculdade
aprendíamos e aprendemos que a ciência surgiu do interesse do
homem de conhece a essência das coisas.

Pura balela. Hoje isso está mudando, mas a força capital ainda
impera abruptamente escondendo a realidade sobre o objeto.

Essa ideia proposta de que a ciência surgiu do interesse do homem


em conhecer a essência é uma ideia no mínimo ingênua e
indutivista, pois a ciência explica as leis gerais das relações do
controle dos fenômenos naturais porque o capital exigia isso porque
precisava e precisa controlar o fenômeno natural para aumentar o
capital. Os marcos hitoricos nos mostram isso claramente
renascimento, reforma protestante, revolução cientifica.
A partir daí surgiu a ciência que explica as leis gerais dos
fenômenos sociais, mas assim como a ciência natural, surgiu por
necessidade políticas sociais e econômicas tendo como expoente
Kant, Decartes entre outros e o iluminismo entre outras coisas.

Isso posto, surgiu a ciência pautada pelo empirismo, determinismo


cujo o métodos eram experimentais e observações, além da
replicalidade e operacionismo, num modelo aplicado a tal das
ciências humanas, mas isso passou a ser contestado por que as
características históricas influenciam também.

Tentar definir as leis gerais é uma coisa muito seria porque envolve
a complexidade do ambiente, o papel do observador e a relação
teórica do objeto.

Esses conceitos são conceitos importantíssimos porque podem


mudar tudo. A ciências humanas gera o objeto, as naturais recorta
da natureza, sendo assim, pensar no ser humano puro é muita
igenuidade , é indutivismo.

Abordagem qualitativa nas ciências humanas vê o ambiente natural,


descritivo, ênfase nos processos, ênfase nos significados,
valorização do dado verbal e analise indutiva.

Nos anos 80 tava uma disputa entre as abordagens quali e quanti


em que parecia que uma era boazinha e outra mazinha, era uma
politização como se uma fosse incompatível da outra em modo de
reconhecer o mundo, mas quando emparelhadas o que se vê não
és isso e hoje em dia na formulação de teorias reconheceu-se que
há coisas comuns e que ambos são interessantes e o que dirá
qual o método utilizado será o objeto.

Nos dois modelos a formulação contém características em comum


como; Objetivo, determinação de dados necessários, identificação
das fontes, escolha dos procedimentos de coleta de dados e
interpretação dos dados.

Diante disto surgem as duas perguntas que me parecem mais


importantes:

Por que pesquisar?


Qual deve ser o sentido nas pesquisas nas ciências humanas?

Agente se depara com alunos de graduação e ainda pior, nos


deparamos com alunos de pós graduação que tremem na base
diante dessas perguntas. É inconcebível que uma formação não
prepare alunos para uma perspectiva tão importante.

Respondendo a primeira pergunta, pesquisamos para criar teorias e


respondendo a segunda pergunta, devemos criar teorias boas,
teorias que sejam capazes de intervir na realidade, mas pesquisas
boas são aquelas fundamentadas por pesquisas, não por mera
influencia particular ou inferência.

Quando se intervem na realidade com uma possivel teoria a


primeira pergunta que deve surgir é: De onde vem essa
perspectiva? A hipótese deve partir de uma pesquisa válida,
contundente, consistente para que a partir disso seja possivel atuar
de modo transformado

r.

Você também pode gostar