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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

Proteus
Teoria e Prática

Belo Horizonte
2012

1
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior

Diretor Regional do SENAI


Lúcio José de Figueiredo Sampaio

Gerente de Educação Profissional


Edmar Fernando de Alcântara

2
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Departamento Regional de Minas Gerais
Centro Tecnológico de Eletroeletrônica “César Rodrigues”

Proteus
Teoria e Prática

David Maciel
Diogo Rafael
Jackson Douglas dos Santos
Natália Trindade de Souza

Belo Horizonte
2012

3
© 2012. SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais

SENAI/MG
Centro Tecnológico de Eletroeletrônica “César Rodrigues”

Ficha Catalográfica

SENAI FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Av. do Contorno, 4456
Industrial Bairro Funcionários
Departamento Regional de Minas 30110-916 – Belo Horizonte
Gerais Minas Gerais

4
Sumário

Apresentação .............................................................................................................. 7
1 O Proteus ................................................................................................................. 8
2 ISIS .......................................................................................................................... 9
2.1 Criando legenda .................................................................................................. 11
2.2 Configurando o tempo de backup ....................................................................... 13
2.3 Criando esquemáticos ......................................................................................... 13
2.4 Práticas de simulação ......................................................................................... 23
2.4.1Prática 1 ............................................................................................................ 23
2.4.2 Prática 2 ........................................................................................................... 26
2.4.3 Prática 3 ........................................................................................................... 28
2.4.4 Prática 4 ........................................................................................................... 34
2.4.5 Prática 5 ........................................................................................................... 35
2.4.6 Prática 6 ........................................................................................................... 36
2.4.7 Prática 7 ........................................................................................................... 38
2.4.8 Prática 8 ........................................................................................................... 39
2.4.9 Prática 9 ........................................................................................................... 40
2.4.10 Prática 10 ....................................................................................................... 41
2.5 Criando componentes na biblioteca do ISIS e do ARES ..................................... 42
2.6 Práticas de criação de componentes .................................................................. 50
2.6.1Prática 1 ............................................................................................................ 50
2.6.2 Prática 2 ........................................................................................................... 50
2.6.3 Prática 3 ........................................................................................................... 51
2.6.4 Prática 4 ........................................................................................................... 52
2.7 Confeccionando Layouts ..................................................................................... 53
Referências Bibliográficas ......................................................................................... 59

5
Prefácio

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e


,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da
competência:” formar o profissional com responsabilidade no processo
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos
técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica,


amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária.
Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de
suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão importante quanto
zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !

Gerência de Educação Profissional

6
Apresentação

Prezado aluno (a),

É um prazer termos você em mais uma etapa de sua formação profissional. Nessa
disciplina será apresentado a você o aplicativo PROTEUS, uma poderosa
ferramenta de desenvolvimento.

Ao final dessa etapa você estará apto a desenvolver circuitos impressos e executar
simulação de circuitos eletrônicos: analógicos, digitais e microcontrolados utilizando-
se deste aplicativo.

7
1 O Proteus
PROTEUS é um aplicativo de simulação de circuitos eletrônicos e desenvolvimento
de circuitos impressos (PCB). É uma ferramenta útil para estudantes e profissionais
que desejam acelerar e melhorar suas habilidades para o desenvolvimento de
aplicações analógicas e digitais.

Permite desenhar circuitos empregando um entorno gráfico no qual é possível


colocar os símbolos representativos dos componentes e realizar a simulação de seu
funcionamento sem o risco de ocasionar danos aos circuitos, bem como desenvolver
a placa de circuito impresso.

Basicamente o PROTEUS é composto por 2 partes:

ISIS: Aplicativo integrante do Proteus responsável pelos recursos de


desenvolvimento de esquemas eletrônicos e simulação de sistemas tanto digitais
quanto analógicos.

ARES: Aplicativo integrante do Proteus responsável pelos recursos de


desenvolvimento de circuitos impressos, dentre as opções de auxilio encontradas
podemos executar o autoroteamento, onde através de estratégias o próprio
aplicativo é capaz de desenvolver o circuito impresso.

8
2 ISIS

A área de trabalho (IDE) do ISIS é bastante intuitiva, por ser um software


desenvolvido para Windows, como estamos acostumados. Observe na figura abaixo
onde encontramos cada ferramenta do ISIS.

Barra de
menus
Barra de
Janela de ferramentas
visualização Barra de
completa títulos

Janela de Área de desenho


componentes

Barra de
ferramentas Botões de Barra de
vertical simulação status

Figura 1: Área de trabalho.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Observe que nesta IDE você encontrará:


1. Ferramentas de visualização;
2. Movimentação de componentes e acesso a biblioteca;
3. Menu File: Salvar, abrir e criar novo projeto; Figura 2: Ferramentas de
visualização.
Fonte: Labcenter
Eletronics, 2010.

9
Figura 3: Acesso a biblioteca de
componentes.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.
Figura 4: Menu File e suas funções.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

4. Atalho para criação do netlist e tela do ARES (deve ser utilizado após a
conclusão do esquemático);

5. Menu View: podemos ligar e desligar o grid da


tela, determinar o ponto de origem do desenho,
trabalhar com zoom, ativar as barras de
ferramentas com o Toolbars conforme o desenho
Figura 5: Netlist para o ARES.
apresentado; Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

6. Ferramentas de medição, fontes de alimentação, gráficos e conectores:


terminais, gráficos, geradores, ponteiras de
medição, instrumentos de medição.

Figura 6: Principais ferramentas da barra


vertical.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Figura 7: Menu View e suas funções.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.
10
2.1 Criando legenda

Antes de iniciarmos a criação dos esquemáticos é interessando criamos uma


legenda. A legenda facilita a identificação do esquema, quem é o seu autor, se ele
passou por revisões, sua data de criação, onde o arquivo está salvo, entre outras
informações importantes. Para criar a legenda siga os passos indicados abaixo:

1. Crie um novo arquivo: File > New design;


2. Escolha o tamanho e orientação da página. Exemplo: landscape A4 está na
orientação paisagem e com tamanho A4;
3. Para o exemplo acima a legenda estará conforme a figura 8.

Figura 8: Legenda padrão do ISIS.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Para modificar as informações da legenda faça:

1. Abra a página da legenda em: Template > Goto Master Sheet;


2. Faça alguma alteração que achar necessária, por exemplo para acrescentar um
texto utilize a ferramenta texto (localizada na barra de ferramentas vertical à
esquerda) e escolha entre as opções de textos a opção Template. Clique na
legenda e na janela que se abre e digite o texto desejado.

11
Salve o Template com seu nome, já com a legenda padronizada e identificada. Para
isso faça:

1. File > Save Design as Template


2. A pasta padrão será indicada (TEMPLATES). Digite seu nome para ser o nome
do arquivo.

Figura 9: Salvando o template e a legenda.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Modifique as informações da propriedade do esquemático para que os textos da


legenda sejam alterados automaticamente. Para isso faça:

1. Design > Edit design properties.


2. Digite os parâmetros básicos do
seu projeto: nome do projeto,
número do documento, a revisão e
nome do projetista.
3. Salve o arquivo para atualizar a
legenda.

Lembrete: Todo projeto criado


deverá ter este Template como
padrão.

Figura 10: Tela de edição das propriedades do


esquemático.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

12
2.2 Configurando o tempo de backup

O ISIS nos dá a opção de configurar de quanto em quanto tempo o próprio software


fará o salvamento automático do arquivo para fins de backup.Para isto faça:

1. System > Set Environment. Coloque o tempo de auto-salvamento para 1 minuto.

Figura 11: Configuração do backup.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

2.3 Criando esquemáticos

Vamos explorar as ferramentas para montagem dos esquemáticos. Siga


os passos indicados abaixo:

1. O primeiro passo é colocar todos os componentes necessários na área de


trabalho. A barra de ferramentas vertical trás o atalho para a janela de
componentes. Clique nele;

13
Figura 12: Barra de ferramentas vertical.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

2. Para abrir a biblioteca de componentes, clique em P (pick) ao lado de Devices;

Figura 13: Biblioteca de componentes.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

3. Explore a janela da biblioteca de componentes conferindo cada área da janela


conforme a figura abaixo;

14
Palavra chave Vista prévia do
para busca componente

Lista dos resultados


encontrados na busca
Categorias de
componentes em
ordem alfabética

Sub-categorias Visualização
do footprint

Fabricantes

Figura 14: Biblioteca de componentes.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

4. Vamos buscar uma porta AND, por exemplo, temos 4 opções de categorias para
escolher:

Figura 15: Famílias reais CMOS da série 4000. Figura 16: Famílias reais TTL.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010. Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

15
Figura 17: Modelos para simulação.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

5. Escolha a opção TTL 74 series e verifique que na lista de resultados da busca de


componentes estarão disponíveis o nome do componente, em qual biblioteca ele
está e uma breve descrição;
6. Encontre a porta 7408 nesta lista de resultados;
7. Outra forma de encontrar o componente é digitando a palavra chave. Digite por
exemplo o texto 7408 e você verá que o software buscará os resultados relativos
em todas as categorias, de forma que a porta lógica AND estará na lista. Assim a
busca pode ser mais rápida;
8. Ao clicar sobre a descrição do componente perceba que na janela de pré-
visualização aparece o formato esquemático da porta AND e na janela de
visualização de footprint o encapsulamento, quando existir. Deixe selecionado o
encapsulamento DLI14 (também pode estar disponível o encapsulamento SO14
para montagem SMD);

Figura 18: Visualização prévia. Figura 19: Visualização do encapsulamento.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010. Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

16
Obs: caso apareça a frase no Simulator Model na janela de visualização prévia do
componente, significa que este poderá ser utilizado somente para esquemático e
não para simulação de funcionamento do circuito.

9. Clique no botão Ok. A janela de biblioteca será fechada e o componente irá


aparecer na janela de dispositivos;

Obs: Não é interessante escolher componentes que não possuem encapsulamento


associado, já que o objetivo da montagem do esquemático é confeccionar a placa de
circuito impresso posteriormente. Se não houver opções, o encapsulamento poderá
ser criado à parte e associado ao componente que já existe no banco de dados, bem
como o componente pode ser totalmente construído para este fim. Como criar um
novo encapsulamento ou um novo componente na biblioteca do software é assunto
do capítulo 3.

10. Clique no nome do componente na janela de dispositivos. A posição em que ele


aparece na janela de visualização completa é a mesma com a qual ele vai para a
área de trabalho;

11. Para girar o componente antes de colocá-lo na área de trabalho, basta clicar
sobre a barra de ferramentas inferior nos atalhos para este fim. Faça um teste e
tente girar a posição da porta AND;

Figura 20: Ícones para rotação.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

12. Clique sobre a porta 7408 na janela de dispositivos e depois na área de trabalho
com 2 cliques. O segundo clique coloca o componente no lugar;

17
13. Para selecionar a porta AND na área de trabalho clique sobre o símbolo
esquemático com o botão esquerdo do mouse. O componente fica vermelho
indicando que ele está selecionado;
14. Para girar o componente depois de ter sido colocado na área de trabalho, ele
precisa estar selecionado, a partir daí os mesmos ícones de rotação deverão ser
utilizados;
15. Para remover a seleção do componente clique em qualquer parte livre da área de
trabalho. O componente volta à cor normal;
16. Para deletar o componente clique duas vezes sobre ele com o botão direito do
mouse ou clique uma única vez e na janela de menus que se abre escolha a
opção Delete Object;
17. Para voltar com o componente para a tela, ou até mesmo qualquer parte do
circuito que seja apagada acidentalmente, basta apertar Ctrl+z ou ir no menu Edit
> Undo, ou ainda clicar sobre o ícone de desfazer;

Figura 21: Ícone de desfazer.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

18. Para mover o componente de lugar na área de trabalho, clique sobre ele com o
botão esquerdo. Clique novamente com o botão esquerdo e segure, basta
arrastar o mouse que o componente será movido;
19. Para aumentar o zoom de visualização do circuito escolha uma das opções:
barra de ferramentas (zoom in, zoom out, zoom de área, zoom para visualizar
toda a tela); as teclas F6 ou F7; com o mouse;

Figura 22: Barra ferramentas – zoom.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

18
20. Teste os ícones da barra de ferramentas, para usar o zoom in ou zoom out.
Clique sobre os ícones repetidas vezes até chegar ao zoom desejado. Ao clicar
no ícone para o zoom de área o ponteiro do mouse se transformará em um
retângulo com uma pequena cruz dentro, basta clicar e segurar criando uma
marcação (uma área) que será aumentada;
21. Teste as teclas F6 e F7, uma é para zoom in e a outra para zoom out;
22. Teste o mouse: Aperte e segure a tecla shift e clique e segure o botão esquerdo
do mouse marcando uma área de seleção para o zoom, solte o botão do mouse.
Uma segunda forma é mover o scroll do mouse para frente e para trás, você
conseguirá os efeitos de zoom in e zoom out;
23. Para ajustar a grade da área de trabalho, para que o passo de posicionamento
dos componentes fique menor, clique no menu View e escolha a medida em
polegadas ou milésimos de polegada;

Figura 23: Ajuste da grade.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

24. Para copiar um componente clique novamente sobre o seu nome na janela de
dispositivos e recoloque-o na área de trabalho. Outra forma é selecionar o

19
componente que está na área de trabalho e clicar no ícone de cópia. Se algum
parâmetro do componente foi modificado, como seu valor nominal de um resistor,
por exemplo, é mais vantajoso copiá-lo do que inseri-lo novamente, pois com a
cópia os parâmetros modificados serão mantidos;

Figura 24: Barra de ferramentas para blocos.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

25. Insira um resistor na tela. Para isto abra a biblioteca de componentes e escolha
Categoria Resistors, Sub-categoria Generic, Dispositivo RES com PCB RES40,
ou digite a palavra chave RES;
26. Coloque-o na área de trabalho;
27. Para alterar o valor do resistor clique sobre ele na área de trabalho duas vezes
com o botão esquerdo do mouse;
28. Irá abrir a janela de edição do componente como na figura abaixo;

Texto de
referência

Valor nominal
Espaço para do componente
digitar novas
informações

Figura 25: Janela de Edição do componente.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

20
29. No valor da resistência digite 330. Se as janelas de Hidden forem marcadas as
informações de referência e valores serão omitidas na área de trabalho. Clique
em ok;

Repita estes procedimentos para todos os componentes que forem


necessários para o esquemático.

30. Depois de colocar todos os componentes em seus devidos lugares, deve-se


inserir no circuito os pontos de GND, caso possua. Para isto escolha na barra de
ferramentas vertical a opção terminals. A figura abaixo mostra qual é o ícone;

Figura 26: Barra de ferramentas.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

31. Escolha a opção GROUND. Coloque os pontos de terra no circuito clicando em


cada local em que ele é necessário;
32. Para criar as conexões entre os componentes aproxime o mouse da extremidade
do terminal do componente e você verá que o ponteiro do mouse se transforma
em um lápis. Desta forma clique no terminal e leve o mouse até o ponto em que
este deve ser conectado, clique de novo e pronto, a conexão deve aparecer.
Faça a conexão de todos os componentes;
33. Salve o circuito, para isto acesse o menu File e escolha Save Design As para a
primeira vez em que salvar o arquivo e a opção Save Design para as próximas
vezes. Na janela que se abre digite um nome para o circuito e escolha a pasta

21
em que ele será salvo. A pasta padrão que irá aparecer é a pasta Sample onde
alguns circuitos já estão salvos como exemplos;
34. Para simular o funcionamento do circuito a barra de ferramentas de simulação
deve ser utilizada para iniciar, pausar e parar a simulação, ou mostrar passo-a-
passo a sua execução. Esta barra de ferramentas está na parte inferior da tela;

Figura 27: Barra de ferramentas para controle da simulação.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

35. Para visualizar o sentido das correntes no circuito abra o menu System e
escolha a opção Set Animation Options. Na janela que se abre marque a opção
Show wire current with Arrows. Aparecerão setas sobre os fios indicando o
sentido de circulação das correntes;

Figura 29: Configuração de animação.


Figura 28: Menu System.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.
Fonte: Labcenter Eletronics,
2010.

22
36. Para a simulação estão disponíveis vários instrumentos de medição. Explore a
barra de instrumentos. O funcionamento de cada um deles não será o foco desta
prática. Nosso objetivo é gerar a placa de circuito impresso.

Agora você já pode praticar. Construa aula a aula os circuitos das práticas a seguir.
Solicite as devidas orientações do instrutor caso tenha alguma dúvida que não ficou
esclarecida nesta breve apresentação.

2.4 Práticas de simulação

Estamos propondo a construção de 10 circuitos para que sejam exploradas as


ferramentas de simulação do VSM ISIS. Fique atento aos tipos de componentes e
instrumentos de medição que a ferramenta disponibiliza.

2.4.1Prática 1
Objetivo: Acesso à biblioteca, ligação de componentes, medição de tensão e
corrente.

Acompanhe a montagem do circuito abaixo com o instrutor.

Temos um circuito série


para fazer a medida de
tensões nos resistores e
corrente da fonte.

Figura 30: Circuito prática 1.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

23
Mesmo que você coloque o circuito em simulação não será possível visualizar
nenhuma alteração uma vez que ainda não foram colocados os instrumentos de
medida. Adicione os instrumentos e escreva os valores encontrados.

1. Escolha o voltímetro e o amperímetro DC para conectar no circuito.

O instrumento não se conecta automaticamente,


devemos fazer as conexões necessárias respeitando a
teoria de ligação de instrumentos em circuitos elétricos.

Figura 31: Instrumentos.


Fonte: Labcenter
Eletronics, 2010.

Abra o circuito para


ligar o amperímetro.
Figura 32: Conexão do amperímetro.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Ligue o voltímetro conforme a teoria de circuitos elétricos, neste caso não abrimos o
circuito, pois o voltimetro é conectado em paralelo ao
componente.

Figura 33: Conexão do voltímetro.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

24
2. Ajuste o valor da fonte de alimentação. Dê um duplo click na fonte e troque o
valor em Voltage acompanhado da letra V.

Figura 34: Ajuste da fonte de alimentação.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

3. Ligue a simulação para anotar os valores e compare com os valores calculados.

Figura 35: Barra de simulação.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Verifique que os
instrumentos
apresentam um sinal
negativo, indicando
que a polaridade está
invertida. Figura 36: Circuito em simulação.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

25
2.4.2 Prática 2
Objetivo: Criar circuitos com chaves, LEDs, efeito na simulação e cópia de circuitos.

Utilizando os conhecimentos adquiridos iremos montar o esquemático abaixo.

Figura 37: Circuito da prática 2.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Observe nas figuras abaixo como localizar a chave e o led na biblioteca do ISIS.

V Figura 38:
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

26
Verifique as várias possibilidades de Leds e display que a biblioteca
disponibiliza.

Observe que no circuito o mesmo “bloco de componentes” aparece 4 vezes (resistor


+ led). Uma vez que você já conectou e configurou o primeiro bloco basta copiá-lo.

Selecione o bloco e
depois click na opção
desejada.

Figura 39: Cópia de componentes.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Para incrementar o circuito coloque uma chave rotativa de quatro pólos e acione um
led de cada vez. Para acionar o chave pelo teclado deixe o mouse apontado para a
chave e utilize as teclas PgUp e PgDn do seu techado.

Figura 40: Circuito em simulação.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

27
2.4.3 Prática 3
Objetivo: Aprender a utilizar terminais, osciloscópio, capacitor, geradores. Criar
gráficos e lista de componentes.

Monte o circuito da figura abaixo:

Figura 41: Circuito da prática 3.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Para localizar os transistores e os capacitores na biblioteca observe as figuras


abaixo. Insira ainda os terminais de terra e de saída. Observe as figuras a seguir.

Figura 43: Terminais.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

28
Figura 42: Geradores.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Figura 39: Localização do capacitor.


Figura 38: Localização do transistor.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.Labcenter Eletronics, 2010.
Fonte:

Cada terminal tem uma função e para configurar o mesmo de um duplo clique no
mesmo e escolha a String ou coloque uma nova. Neste caso temos: GND, conexão
bidirecional, entrada de sinal, saída de sinal, padrão e Vcc. Respeite a string
escolhida para todas as conexões do circuito para não haver ligações erradas, ou
seja, terminais com o mesmo nome (string) estão conectados.

29
Figura 46: Tipos de terminais.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.
Neste circuito você deve: Medir com o auxílio do osciloscópio o valor do ganho em
cada estágio do amplificador. Verifique as formas de onda e gere a lista de material
do circuito.

1. Para fazer medições com o osciloscópio faça:


Coloque o canal A no sinal de entrada, o canal B na saída do primeiro amplificador e
canal D na saída do ultimo amplificador. Anote os valores de saída de cada estágio
do amplificador e calcule o ganho total do circuito.
Utilizando os recursos de volts por divisão de cada
canal coloque a forma de onda na tela para verificar a
imagem. Por exemplo: o canal A que esta recebendo o
sinal do gerador está com 2mV por divisão e o canal B
com 0.5 volts por divisão e etc. O ajuste é necessário
para podermos colocar todas as formas de onda na tela
ao mesmo tempo.

Figura 40: Símbolo do


osciloscópio.
Figura 41: Osciloscópio. Fonte: Labcenter
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010. Eletronics, 2010.

R1(1) D

R1 R3 R2 R5
470k 2200 56k 6800

C1(-) C2 C5

36u 36u
C1 Q1 Q2
2N2222 2N2222

1.35u

Figura 42: Conexão do osciloscópio no circuito.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

30
Utilize o recurso de cursor do osciloscópio para medir os valores na forma de onda
de cada sinal. O valor fica congelado no display facilitando sua leitura.

Ativar o
cursor

Escala de tempo por


divisão em 0.5 ms.

Figura 43: Ajustes do osciloscópio.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

2. Para gerar a lista de componentes utilizados no esquemático faça.


Utilize no menu Tools a opção Bill of materials e escolha HTML output.
Verifiquem que a lista apresenta o valor dos componentes, quantidade e
informações sobre o projeto, nome e data do mesmo.

31
3. Para gerar gráficos a partir dos
Figura 51: Lista de componentes.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010. valores medidos no circuito
faça:
Selecione a ferramenta Voltage Probe Mode.
Coloque a ferramenta de sondagem no ponto onde se pretende levantar o gráfico do
sinal.

Ferramenta de
gráficos

Ferramenta de
sondagem

Figura 44: Ferramentas de gráfico.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Selecione o item gráficos e escolha a opção ANALOGUE ( analógicos). Com o


mouse desenhe a janela do gráfico no tamanho que achar mais conveniente e ligue
a ponta de prova no gráfico, selecione e arraste para dentro da janela do gráfico.

32
Figura 46: Janela do gráfico.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010. Figura 45: Gráfico simulado.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Para configurar a ferramenta de gráficos dê um duplo clique na tela.

Tempo por
divisão

Tempo total para


gerar o gráfico

Figura 47: Configuração do gráfico.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Para este circuito os valores acima são 100microseg por divisão e 6.5 miliseg para a
geração do gráfico.

33
Para gerar um arquivo do gráfico com seus devidos valores, para utilizá-lo em um
relatório técnico, por exemplo, clique na linha vermelha do gráfico. O formtao do
arquivo a ser gerado deve ser escolhido dentre as opções que aparecem na figura
abaixo.
O arquivo com o gráfico será enviado para a
pasta onde esta salvo o projeto conforme o
desenho acima.

Figura 48: opções de formato do arquivo.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Figura 57: Confirmação para geração do arquivo.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

2.4.4 Prática 4
Objetivos: Utilizar o gerador senoidal (sine), testar retificadores e reguladores de
tensão.

Monte o circuito abaixo e meça o valor da tensão de riplle na saída do retificador.

34
Depois substitua o valor do capacitor para 100nmicroF, 1000microF e 4700microF e
anote os valores em uma tabela.

Configure o gerador VSINE em 12Vp e 60 Hz.

É importante verificar que a saida não altera seu valor mesmo com a troca dos
capacitores, observe com o auxílio de um multímetro DC na saida. Qual o problema
apresentado quando se liga o simulador? Neste caso podemos trocar o fusivel por
um da biblioteca de simulação, digite no atalho FUSE e utilize o fusível que possui o
recurso de simulação.
Figura 50: Configuração do fusível.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Alguns componentes não foram criados para serem simulados, então devemos

Figura 49: Circuito da prática 4.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

desliga-los da simulação e não do circuito. Verifique na figura


como é feita esta exclusão.

Observe nas figuras abaixo como localizar os demais


componentes na biblioteca do ISIS.

Figura 51: Localização dos componentes.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

2.4.5 Prática 5
Objetivo: utilizar o transistor como driver, potenciômentro, relé e lâmpada.

35
A partir desta prática faremos referência somente aos atalhos dos
componentes considerando que você já tenha aprendido a montar os circuitos
esquemáticos no ISIS.

Transistor como chave e relé

BL1 BL2
12V 12V
RL1
12V

R1
500R

B1
12V
RV1
500 R2 Q1 B2
2n2222
12V
500R

Figura 52: Circuito da prática 5.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Verifique o funcionamento do potenciômetro e do relé. Observe seu uso como chave


eletrônica para ligar as lâmpadas através do acionamento do relé. Gere a lista de
material (componentes) do circuito.

2.4.6 Prática 6
Objetivos: utilizar o gerador de função, amplificador operacional e ferramentas de
texto.

Monte o circuito da figura abaixo. Ele apresenta um amplificar com ganho unitário
com o objetivo de verificar o funcionamento do gerador de funções.

36
A
R1
B
10k
C

U1

7
1
R2 BAT1
+ 9V 3
10k 6
2

4
5
AM FM
LM741

GND

GND

Figura 62: Circuito da prática 6.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

O gerador está configurado para gerar na saída uma tensão de 2Vpp (pico à pico)
com uma frequência de 100Hz. Esta informação pode ser vista através do
osciloscópio. A vantagem de se utilizar o gerador de função é a liberdade de alterar
os valores e a forma de onda da saída em tempo real, o que não acontece com os
geradores de sinal.
Figura 53: Gerador de sinais

Seletor
de
forma
de
onda
de
saída.

Ajuste de Ajuste de
frequência, amplitude, fino
fino e grosso. e grosso.

Figura 54: Ferramenta de texto.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

37
Para colocar textos explicativos no circuito utilize a Função text, clique na área de
trabalho e digite o texto desejado.

Verifique que o circuito está mais detalhado, as fontes são determinadas pelo
usuário e podem ser configuradas conforme cada circuito.

2.4.7 Prática 7
Objetivos: Simular circuito com LM 555 , gerador de clock, contador de pulso ou
frequencímetro.

Montar o circuito abaixo utilizando o LM555. Como indicado abaixo coloque um


frequencímetro ligado ao circuito.

U1 R3
10k
NE555
8

NE555 OUT
4 3
VCC

RV1 R Q CLK
CE
7
DC RST
5
CV
BAT1 R1
12V 10k
GND

1k 2 6
TR TH
1

MODFILE=POT_LIN
C1
1u
PRECHARGE=0

Figura 55: Circuito da prática 7.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Para visualizar a medição do frequencímetro de um duplo clique sobre ele, a janela


da figura abaixo irá se abrir. Clique no botão de modo e configure para a medição de
frequência. Descreva o funcionamento do circuito.

38
Figura 66: Janela de configuração.
Figura 65: Tela do frequencímetro. Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

2.4.8 Prática 8
Objetivo: Testar portas lógicas e a tabela verdade.

Monte o circuito abaixo e teste as portas lógicas e suas funções. Monte uma tabela
verdade utilizando as ferramentas de desenho do ISIS.

VCC

Circuito de teste de porta Lógica


SW1
U1:A
1
SW-SPDT 3
2
SW2
7400
R1
SW-SPDT 1k

A B S

D1
LED-BLUE

GND

Figura 56: Circuito da prática 8.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

39
Substitua a porta 7400 pelas portas 7404, 7408 e 74132 e construa a tabela verdade
de cada uma delas.

U2:A
1 2

7404

U3:A
1
3
2 Figura 57: Ferramenta de desenho.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.
7408

U4:A
1
3
2

74132

Figura 58: Portas lógicas a serem testadas.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

2.4.9 Prática 9
Objetivo: Utilizar o FF tipo D, gerador de clock e pontas lógicas.

Procure na palavra chave de busca na biblioteca (keyword) pelo código 7474 para
encontrar o flip-flop tipo D. Utilizando este CI construa o circuito da prática.

Preset

1
? ? ? ?
U4:A U1:A U1:B U2:A
10
4

2 5 2 5 12 9 2 5
0
S

D Q D Q D Q D Q
3 3 11 3
CLK CLK CLK CLK
6 6 8 6
Q Q Q Q
R

Gerador de clock
1

13

7474 74HCT74 74HCT74 74HCT74

CLOCK=1Hz
INIT=0

1
Reset

Figura 59: Circuito da prática 9.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

40
Procure na biblioteca as pontas de prova lógicas e gerador de clock.
Basta digitar na palavra chave: Logicprobe, Logicstate, Clock. As pontas
lógicas são utilizadas em circuitos digitais para simular as variáveis de
entrada e saída.

Debugging,
logicstate

Debugging,
loggicprobe

Figura 61: Símbolo das pontas lógicas

Figura 60: Busca na biblioteca.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Clock, Simulator
primitives.

Figura 62: Busca do gerador de clock.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

2.4.10 Prática 10
Objetivo: Testar o contador com FFs JK e display de sete segmentos.

Monte o circuito abaixo e verifique o funcionamento do contato assíncrono. Após


fazer o primeiro teste modifique o circuito para que ele passe a ser um contador de
década. Descreva quais foram as modificações necessárias.

41
Figura 73: Circuito da prática 10.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

2.5 Criando componentes na biblioteca do ISIS e do ARES


Para que a PCB seja gerada, todos os componentes deverão ter um
encapsulamento vinculado o que não é o caso, por exemplo, do LED e da bateria. É
possível criarmos somente encapsulamentos ou caso necessário todo o
componente, ou seja, tanto o símbolo para a biblioteca do ISIS como para a
biblioteca do ARES. Componentes criados nesta situação não são utilizados para
simulação.

Siga os passos abaixo para aprender a criar o componente completo nas bibliotecas:

1. No ISIS desenhe o contorno do componente utilizando as ferramentas básicas de


desenho;

Figura 63: Exemplo de um encapsulamento que pode


ser utilizado para CI.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Figura 64: Ferramentas de desenho.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

42
2. Depois de desenhar o encapsulamento (o entorno do componente) devemos
acrescentar os pinos. Utilize a ferramenta Pins e escolha o tipo
do pino: Padrão, lógica invertida, Clock em borda positiva ou
negativa, Curto ou barramento;

Figura 65: Pinos no encapsulamento.


Figura 66: Ferramenta PINS. Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

3. Escolha o tipo padrão e depois de colocar todos os pinos em seu devido lugar
(observe que o X que indica o ponto de conexão fica para fora) dê um duplo
clique em cada um deles para configurá-lo;

4. Insira os pinos de forma que fique como na figura ao


lado. O pino de número 1 deve ser configurado
como entrada de alimentação (Power Pin) e seu
nome deve ser Vcc. Cada pino tem sua função e
deve ser configurada separadamente como entrada,
saída, terra e outros;

Figura 68: Componente a ser montado.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

5. Selecione todo o componente com o mouse e


sobre ele clique com o botão direito. No menu
suspenso que se abre escolha a opção Make
device;

Figura 67: Janela de configuração.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

43
6. Na primeira tela Device Properties preencha as informações dos parâmetros:
nome do componente, prefixo de referência, etc. Clique em Next>;
7. Na tela Packagings escolha a opção Add/Edit;
8. Na próxima tela (Package Device) clique sobre o botão Add;

Figura 80: Tela de encapsulamento do dispositivo.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

9. A tela para busca na biblioteca do ARES abrirá. Como estamos criando um CI de


8 pinos busque pelo encapsulamento DIL8 que corresponde a este componente;

Figura 81: Encapsulamento para o CI PTH.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

44
10. Também é possível encontrarmos encapsulamentos para soldagem em
superfície. Procure na biblioteca o encapsulamento CHIPSMT8;

Figura 82:
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Figura 83:
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

11. Preencher a coluna A com o nome dos pinos do encapsulamento. Basta clicar na
coluna A na primeira linha e digitar o número do pino A. Observe a figura abaixo;

45
Figura 84: Associação dos pinos.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

12. Clique no botão Assign Package(s). Na próxima tela confira o desenho e clique
em Next>;
13. Na tela Component Properties & Definitions todas as características do
componente serão resumidas e não precisam ser modificadas. Basta clicar em
Next>;
14. Na tela Device data Sheet & Help File você pode associar ao componente um
data sheet apesar de não ser necessário. Basta clicar em Next>;
15. Na tela Indexing and Library Selection, aparecerão os dados para a busca do
componente que não precisam ser modificados. Clique em Ok;

Um novo encapsulmento também poderá ser criado, para saber como siga os
passos abaixo.

16. Abra o programa ARES. Verifique que a tela principal do programa é muito
semelhante à tela principal do ISIS. As ferramentas específicas para a
elaboração do layout neste programa serão vistas mais a frente;

46
17. Antes de tudo precisamos modificar os valores dos passos disponíveis na grade
da tela. Visualize no menu View que estão disponíveis as escalas de 1th, 5th,
25th e 50th. O sistema de medida também poderá ser o métrico. Para alterar
abra o menu View e escolha a opção Metric;
18. Para inserir novos passos ao sistema de medida, como o de 1 polegada, por
exemplo, abra o menu System, e entre na opção Set Grids;
19. Substitua a medida de 50th por 0.1in digitando o novo valor. A janela de
configuração deve ficar como na figura abaixo. Clique sobre o botão Ok para
fechar a janela e salvar a alteração;

Figura 85: Configuração do Grid.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

20. Confira no menu View que o passo de 0.1in agora está disponível;
21. Escolha o sistema métrico e marque o passo de 0.1mm para desenhar o
encapsulamento proposto;
22. Na barra de ferramentas vertical estão disponíveis ferramentas de desenho que
deverão ser utilizadas para criar o encapsulamento da chave. Para desenhar um
retângulo de 13.2mm por 12.7mm, utilize a ferramenta de “caixa” (2D Graphics
Box Mode);

47
Figura 86: Ferramentas de desenho.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

23. Perceba que à medida que você faz o desenho com a ferramenta “caixa”, no
rodapé da página aparecem as medidas de largura e altura do desenho, assim
há como controlar o tamanho do desenho para que ele tenha 12.700mm de
largura e 13.100mm de altura;

Figura 87: Informações do rodapé.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

24. Coloque três ilhas PTH no desenho. No ARES estão disponíveis 18 tamanhos de
furos (ilhas) circulares e 12 de ilhas retangulares. Clique na ferramenta Square
Through-Hole Pad Mode ou Round Through-Hole Pad Mode para verificar
quais são os modelos. A TABELA 2 mostra em milímetros e em polegadas os
tamanhos de cada furo. O furo identificado, por exemplo, como C – 40 – 15 tem
formato circular (C), medida externa de 1,028mm (40th) e medida interna de
0,389 mm (15th);

Figura 88: Ferramentas para pads e ilhas.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

25. Para o encapsulamento utilize o furo de ilha retangular S-150-65;

48
Tabela 1: Medidas dos furos

th mm
15 0,389 mm
25 0,6425mm
30 0,771mm
40 1,028mm
45 1,1565mm
50 1,285mm
60 1,542mm

Obs: Para converter de mils (th) para milímetros (mm) multiplique por 0,0257. Para
converter de milímetros (mm) para mils (th) divida por 0.0257.

26. Coloque 3 ilhas retangulares no componente respeitando o posicionamento de


cada um deles segundo as informações do fabricante. A figura abaixo mostra
como o componente deve ficar;

Figura 89: Encapsulamento para chaves.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

27. Após concluir o desenho abra o menu Tools e escolha a opção Auto Name
Generator. Na janela que abre clique em OK (não precisa digitar nada).
28. Clique nos pads na ordem correta para que estes sejam enumerados.
29. Agora vamos salvar o encapsulamento no banco de dados do ARES. Para isso
selecione com o mouse todo o desenho. Com o desenho selecionado clique com
o botão direito do mouse. No menu suspenso que se abre escolha a opção Make
Package.

49
30. Na janela preencha as informações do encapsulamento. Para nome digite SW,
em Categoria escolha Micellaneous, em Package Type escolha Through Hole,
em Sub-categoria escolha Switches. Escolha a biblioteca Package ou User para
salvar o componente. Clique em Ok e pronto.

2.6 Práticas de criação de componentes


Crie os componentes das práticas a seguir para treinar a metodologia de criação de
componentes.

2.6.1Prática 1
Objetivo: Criar o encapsulamento no ARES.
Crie o encapsulamento do Buzzer e associe ao componente do ISIS Buzzer.

Figura 90: Especificação mecânica do Buzzer.


Fonte: <http://www.shoptronica.com/893-buzzer-12mm-5v.html>

2.6.2 Prática 2
Objetivo: Criar o encapsulamento no ARES.
Crie o encapsulamento da chave e associe ao componente do ISIS Button.

50
Figura 69: Chave táctil.
Fonte: <http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-425232726-chave-tactil-10pcs-
componentes-eletronicos-pic-atmel-
JM?redirectedFromParent=MLB228540334>.

Figura 92: Especificação mecânica da chave táctil.


Fonte:<http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-425232726-chave-tactil-10pcs-componentes-
eletronicos-pic-atmel-_JM?redirectedFromParent=MLB228540334>.

2.6.3 Prática 3
Objetivo: Criar o encapsulamento no ARES
Crie o encapsulamento da lâmpada e associe
ao componente do ISIS Lamp. O furo deverá
ser o C-250-M4 com pad.

Figura 93: Slot para lâmpada de 12V.


Fonte:

51
Figura 94: Encapsulamento do slot para lâmpada
Fonte: Autor.

2.6.4 Prática 4
Objetivo: Criar o encapsulamento no ARES.

Crie o encapsulamento da transistor e associe ao componente


do ISIS BD140. O furo deverá ser o circular M3. Salvar o
encapsulamento como TO-126H. O Pad é quadrado S-75-40.

Figura 95:
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Figura 96:
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

52
2.7 Confeccionando Layouts

1. Na barra de ferramentas superior do ISIS clique sobre o ícone do programa


ARES. Além de abrir o programa será criada a netlist do circuito. A netlist é o
mapa de conexões do circuito.

Figura 97: Ícone do programa ARES.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

2. Neste momento poderão surgir algumas janelas para informar que para algum
ponto do circuito não foram encontradas conexões. Confira o desenho, se não
houver erros, prossiga clicando em OK.
3. Observe que a aparência da janela de Layout não é muito diferente da janela do
ISIS.
4. Utilizaremos o circuito que foi desenvolvido na prática 4 do capítulo 2.4 Práticas
de simulação. Para relembrar segue o circuito abaixo.

FUSE
BR1
1A U1
7805
J2
1 3 1
VI VO
2
GND

J1
2 C1 R1 SIL-156-02
1 100u 270R
GND
2

2W005G
SIL-156-02

D1
LED-GREEN

GND
GND

GND

Figura 98: Circuito da prática 4.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

5. A primeira providência para confeccionar a placa é delimitar sua área.


Posteriormente se a área real da placa for menor ou maior ela poderá ser

53
modificada. Utilize a ferramenta de desenho “2D Graphics Box” e escolha a
opção Board Edge. Clique na área de trabalho e trace uma área para a placa.

Figura 70: Localização da barra de


ferramentas.
Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

Figura 100: Caixa de opções de layer.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

6. Observe que na janela de componentes aparece automaticamente a lista dos


componentes que foram utilizados no esquemático. Clique sobre os mesmos e
coloque-os na área da placa.
7. Ao colocar os componentes perceba que
automaticamente aparecem as nets que
conectam as ilhas ou os pads.
8. Utilizando as opções de rotação e movimento
coloque os componentes da forma mais
adequada.

Obs: O objetivo é ajustar o posicionamento dos


componentes de forma que as nets fiquem mais Figura 71: Posicionamento de
componentes.
diretas, sem muitos “cruzamentos” de linhas. Deve- Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.
se observar ainda que as trilhas a serem feitas
posteriormente, sobre as nets, quanto mais curtas e com menos curvas melhor.
Observe ainda características específicas da placa como a presença de conectores

54
(devem ficar próximos à borda da placa), componentes de potência (que necessitam
de dissipadores), entre outros.

9. Depois de colocados os componentes deve-se traçar as trilhas. Existem duas


formas de se fazer as trilhas: manual e automática. Vejamos primeiro a forma
manual. Na caixa de ferramentas vertical escolha a ferramenta traces.

Figura 102: Ferramenta para rotear a placa manualmente.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

10. Entre as opções de trilha deve-se escolher a espessura a ser utilizada. A regra
geral prevê que para cada 1 Ampére de corrente deve-se ter 1mm de espessura
de trilha basicamente. Para que não seja necessário substituir a espessura a
todo momento deve-se ajustar como opção padrão o valor escolhido. Acesse o
menu System > Set Strategies. Determine em Traces Style a largura da trilha
para todos os tipos de conexões disponíveis (POWER, SIGNAL e GND).

Figura 103: Opções de espessura de trilha.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

11. Basta clicar sobre um pad e o ARES irá destacar a net com a qual você está
trabalhando, bem como irá mostrar o caminho da trilha que está sendo feita.
Deve-se construir todas as trilhas desta forma atentando para não fechar curtos-

55
circuitos. Caso exista algum erro de conexão o ARES abrirá uma janela de aviso
de erro de DRC. Avalie o erro e se for necessário delete a trilha para fazê-la
novamente.
12. Recomendamos criarmos uma malha de terra no bottom da placa. Para isto
primeiro escolha a espessura da malha, a distância para os pads e demais trilhas
e o tipo de pino a ser conectado (no caso GND) através do menu Tools > Power
Plane Generator. A figura abaixo mostra um exemplo de configuração.
13.

Figura 104: Configuração da malha de terra e ferramenta para criação.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

14. Ao clicar na ferramenta Zone Place and editing a malha será criada. A
vantagem está em conectar automaticamente todos os pontos de GND sem o
uso de trilhas. Veja abaixo como fica uma parte do circuito.

Figura 105: Conexão automática para GND.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

56
15. Caso não conste nenhum erro de conexão na placa, mostrado na barra de status
na parte inferior da tela, a placa estará pronta. Em algumas versões do ARES é
possível visualizar a placa em 3D através do menu Output > 3D Visualization.
16. Segue na figura abaixo um exemplo de layout da placa proposta.
17.

Figura 106: Exemplo de layout.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

18. Para inspecionar a placa sem componentes, clique no ícone Show the
components.

Figura 72: Visualização da placa sem componentes.


Fonte: Labcenter Eletronics, 2010.

19. Para treinar a confecção de placas sugerimos alguns circuitos abaixo. Escolha as
melhores estratégias quanto a conectores e encapsulamentos de componentes
consultando os datasheets fornecidos pelos fabricantes caso necessário.

Abaixo, temos uma tabela que ajudará no dimensionamento da largura de trilha para
uma determinada corrente.

57
Corrente (A) Largura da trilha (mil/th) para 1 oz Largura da trilha (mil/th) para 2 oz
1 10 5
2 30 15
3 50 25
4 80 40
5 110 55
6 150 75
7 180 90
8 220 110
9 260 130
10 300 150
Figura 108:
Fonte:

 Oz é a espessura do cobre do laminado (fenolite, fibra de vidro etc).


 A temperatura da placa varia de 30 a 60 graus Celsius.
 A espessura do cobre do laminado é especificado para o fabricante de placa
de circuito impresso, o mais comum é 1 oz.

Exemplificando, para uma largura de trilha de 30 mils, usando-se uma placa com
espessura de 1oz, essa trilha suportará 2 A.

Para um melhor acabamento de sua placa:


 Verifique a numeração dos componentes se estão na ordem
 Espaço entre os componentes
 Área da placa
 Evite texto encima da furação ou abaixo dos componentes
 Deixe alinhar todos os componentes parecidos em uma mesma área
 Conectores devem ficar nas laterais para facilitar o encaixe dos cabos
 Componentes de potência se possível, devem ficar nas laterais para uma
melhor dissipação de calor.
 Coloque nome, versão ou códigos que facilite a localização dos componentes.

58
Referências Bibliográficas

LABCENTER ELETRONICS. ISIS-ARES Professional. Versão: 7.9 SP1. Inglaterra,


2010.

59

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