Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IEN - Introdução À Enfermagem
IEN - Introdução À Enfermagem
Dados Pessoais
Nome:______________________________________Turma:___________________
Endereço:____________________________________________________________
Cidade:____________________________________CEP:_______________________
Estado: _______________________Telefone:________________________________
E-mail:_______________________________________________________________
Copyright © 2018 – CEDTEC – Ensino e Soluções Didáticas Ltda.
Introdução à Enfermagem
Nº Registro: 269.100
Livro: 051 Folha: 079
Bons estudos!
“A educação é o grande motor
do desenvolvimento pessoal. CEDTEC – Ensino e Soluções Didáticas Ltda.
Educação profissional levada a sério
É através dela que a filha de
um camponês pode se tornar
uma médica, que o filho de
um mineiro pode se tornar
o diretor da mina, que uma
criança de peões de fazenda
pode se tornar o presidente de
um país.”
NELSON MANDELA
Sumário
1 - INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
1.1 - A Evolução Histórica da Assistência à Saúde...........................................................6
1.1.1 - Antiguidade............................................................................................................................................................................. 6
1.1.2 - Idade média............................................................................................................................................................................ 7
1.1.3 - Idade Moderna...................................................................................................................................................................... 8
1.1.4 - Brasil........................................................................................................................................................................................... 8
1.1.5 - Cruz Vermelha....................................................................................................................................................................... 15
1.1.6 - História da Cruz Vermelha no Brasil.............................................................................................................................. 18
4 - SÍMBOLOS DA ENFERMAGEM
4.1 - Resolução COFEN-218/1999...................................................................................... 29
EXERCÍCIOS
GABARITO
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
BIBLIOGRAFIA
Introdução a História
1 da Enfermagem
1.1.1 - Antiguidade
1.1.1.1 - No período pré-cristão
As doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio. Por isso os
sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros. O tratamento consistia em
aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios.
Tratamento: massagens, banho de água fria ou quente, purgativos, substâncias provocadoras de
náuseas.
Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a
ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições,
monumentos, livros de orientações política e religiosas, ruínas de aquedutos e outras descobertas
nos permitem formar uma idéia do tratamento dos doentes.
1.1.1.2 - Os Egípcios
1.1.1.3 - Na Índia
Os hindus conheciam: ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns
tipos de envenenamento e o processo digestivo, o que foi comprovado por documentos do século
VI a.C. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputações, trepanações e
corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribui para o desenvolvimento da enfermagem e
da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais. Foram os únicos, na
época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos científicos. Nos
hospitais eram usados músicos e narradores de histórias para distrair os pacientes. O bramanismo fez
decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo humano - proibia a dissecação
de cadáveres e o derramamento de sangue. As doenças eram consideradas castigo.
1.1.1.5 - Os Chineses
Eram cuidados por sacerdotes. As doenças eram classificadas da seguinte maneira: benignas,
médias e graves. Os sacerdotes eram divididos em três categorias que correspondiam ao grau da
doença da qual se ocupava. Os templos eram rodeados de plantas medicinais. Os chineses conheciam
algumas doenças: varíola e sífilis. Procedimentos: operações de lábio. Tratamento: anemias, indicavam
ferro e fígado; doenças da pele, aplicavam o arsênico. Anestesia: ópio. Construíram alguns hospitais de
isolamento e casas de repouso. A cirurgia não evoluiu devido a proibição da dissecação de cadáveres.
6
1.1.1.6 - Os japoneses
Aprovaram e estimularam a eutanásia. A medicina era fetichista e a única terapêutica era o uso de
águas termais.
1.1.1.7 - Na Grécia
As primeiras teorias se prendiam à mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da saúde e da medicina.
Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, também
tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida pelos sacerdotes-médicos, que
interpretavam os sonhos das pessoas. Os tratamentos eram os banhos, massagens, sangrias, dietas,
sol, ar puro, água pura mineral. Dava-se valor à beleza física, cultural e a hospitalidade. O excesso
de respeito pelo corpo atrasou os estudos anatômicos. O nascimento e a morte eram considerados
impuros, causando desprezo pela obstetrícia e abandono dos doentes graves. A medicina tornou-se
científica, graças a Hipócrates, que deixou de lado a crença de que as doenças eram causadas por
maus espíritos.
Do século V a.C, Hipócrates estabeleceu um novo modo de pensar e agir sobre os males ligados
ao corpo físico. Famoso por seu aforismos ( “a natureza é o melhor médico”), sua busca pelo equilíbrio
dos humores levavam- no a separar os eventos de ordem física e espiritual, e iniciar uma escola de
observações e busca de respostas objetivas para os males físicos.
Hipócrates é considerado o Pai da Medicina. Observava o doente, fazia diagnóstico, prognóstico e
a terapêutica. Reconheceu doenças como: tuberculose, malária, histeria, neurose, luxações e fraturas.
Seu princípio fundamental na terapêutica consistia em “não contrariar a natureza, porém auxiliá-la
a reagir”. Tratamentos usados: massagens, banhos, ginásticas, dietas, sangrias, ventosas, vomitórios,
purgativos e calmantes, ervas medicinais e medicamentos minerais.
1.1.1.8 - Em Roma
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
1.1.4 - Brasil
1.1.4.1 - 1500 até primeiro reinado
Um país colonizado, basicamente por degredados e aventureiros desde o descobrimento até a
instalação do império, não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde da população e nem
mesmo o interesse, por parte do governo colonizador (Portugal), em criá-lo. Deste modo, a atenção
à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas, ervas) e, àqueles que, por conhecimentos
empíricos (curandeiros), desenvolviam as suas habilidades na arte de curar.
A vinda da família real ao Brasil criou a necessidade da organização de uma estrutura sanitária
mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro.
Até 1850 as atividades de saúde pública estavam limitadas ao seguinte:
1 - Delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais;
2 - Controle de navios e saúde dos portos.
8 Capítulo 1
A carência de profissionais médicos no Brasil Colônia e no Brasil Império era enorme, para se ter
uma ideia, no Rio de Janeiro, em 1789, só existiam quatro médicos exercendo a profissão (SALLES,
1971). Em outros estados brasileiros eram mesmo inexistentes.
A inexistência de uma assistência médica estruturada, fez com que proliferassem pelo país os
Boticários (farmacêuticos).
Aos boticários cabiam a manipulação das fórmulas prescritas pelos médicos, mas a verdade é que
eles próprios tomavam a iniciativa de indicá-los, fato comuníssimo até hoje. Não dispondo de um
aprendizado acadêmico, o processo de habilitação na função consistia tão somente em acompanhar
um serviço de uma botica já estabelecida durante um certo período de tempo, ao fim do qual
prestavam exame perante a fisicatura e se aprovado, o candidato recebia a “carta de habilitação”, e
estava apto a instalar sua própria botica. (SALLES, 1971).
Em 1808, Dom João VI fundou na Bahia o Colégio Médico - Cirúrgico no Real Hospital Militar da
Cidade de Salvador. No mês de novembro do mesmo ano foi criada a Escola de Cirurgia do Rio de
Janeiro, anexa ao real Hospital Militar.
Quadro Sanitário
Naturalmente, a falta de um modelo sanitário para o país, deixavam as cidades brasileiras à mercê
das epidemias. No início desse século, a cidade do Rio de Janeiro apresentava um quadro sanitário
caótico caracterizado pela presença de diversas doenças graves que acometiam à população,
como a varíola, a malária, a febre amarela, e posteriormente a peste, o que acabou gerando sérias
consequências tanto para saúde coletiva quanto para outros setores como o do comércio exterior,
visto que os navios estrangeiros não mais queriam atracar no porto do Rio de Janeiro em função da
situação sanitária existente na cidade. Rodrigues Alves, então presidente do Brasil, nomeou Oswaldo
Cruz, como Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública, que se propôs a erradicar a epidemia
de febre-amarela na cidade do Rio de Janeiro.
Foi criado um verdadeiro exército de 1.500 pessoas que passaram a exercer atividades de
desinfecção no combate ao mosquito, vetor da febre-amarela. A falta de esclarecimentos e as
arbitrariedades cometidas pelos “guardas-sanitários” causam revolta na população. Este modelo
de intervenção ficou conhecido como campanhista, e foi concebido dentro de uma visão militar
em que os fins justificam os meios, e no qual o uso da força e da autoridade eram considerados os
instrumentos preferenciais de ação.
A população, com receio das medidas de desinfecção, trabalho realizado pelo serviço sanitário
municipal, revolta-se tanto que, certa vez, o próprio presidente Rodrigues Alves chama Oswaldo Cruz
ao Palácio do Catete, pedindo-lhe para, apesar de acreditar no acerto da estratégia do sanitarista, não
continuar queimando os colchões e as roupas dos doentes.
A onda de insatisfação se agrava com outra medida de Oswaldo Cruz, a Lei Federal nº 1261, de 31
de outubro de 1904, que instituiu a vacinação anti-varíola obrigatória para todo o território nacional.
Surge, então, um grande movimento popular de revolta que ficou conhecido na história como
a “Revolta da vacina”. Apesar das arbitrariedades e dos abusos cometidos, o modelo campanhista
Oswaldo Cruz
Filho do médico Bento Gonçalves Cruz e de Amália Taborda de Bulhões Cruz, Oswaldo Cruz nasceu
no dia 5 de agosto de 1872, em São Luís de Paraitinga, São Paulo. Ele viveu na cidade até 1877, quando
sua família se transferiu para o Rio de Janeiro. Estudou no Colégio Laure, no Colégio São Pedro de
Alcântara e no Externato Dom Pedro II.
Aos 15 anos, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Antes de concluir o curso,
já publicara dois artigos sobre microbiologia na revista Brasil Médico. Em 24 de dezembro de 1892,
formou-se doutor em medicina, com a tese Veiculação Microbiana pelas Águas. Seu interesse pela
10 Capítulo 1
microbiologia levou-o a montar um pequeno laboratório no porão de sua casa. Contudo, a morte de
seu pai, no mesmo ano de sua formatura, impediu o aprofundamento de seus estudos por um tempo.
Somente em 1896 pôde realizar o seu sonho: especializar-se em Bacteriologia no Instituto Pasteur
de Paris, que, na época, reunia grandes nomes da ciência.
Ao voltar da Europa, Oswaldo Cruz encontrou o Porto de Santos assolado por violenta epidemia de
peste bubônica, e logo se engajou no combate à doença. Para fabricar o soro antipestoso, foi criado,
em 25 de maio de 1900, o Instituto Soroterápico Federal, instalado na antiga Fazenda de Manguinhos,
tendo como diretor geral o Barão de Pedro Afonso e diretor técnico o jovem bacteriologista.
Em 1902, Cruz assumiu a direção geral do novo Instituto. Este, por sua vez, ampliou suas atividades,
não mais restringindo-se à fabricação de soro antipestoso, mas dedicando-se também à pesquisa
básica aplicada e à formação de recursos humanos.
No ano seguinte, Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor geral de Saúde Pública, cargo que corresponde
atualmente ao de Ministro da Saúde. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como base de apoio
técnico-científico, deflagrou memoráveis campanhas de saneamento. Em poucos meses, a incidência
de peste bubônica diminuiu com o extermínio dos ratos, cujas pulgas transmitiam a doença.
uma campanha contra a medida. O congresso protestou e foi organizada a Liga contra a vacinação
obrigatória. No dia 13 de novembro, estourou a rebelião popular e, no dia 14, a Escola Militar da Praia
Vermelha se levantou. O Governo derrotou a rebelião, mas suspendeu a obrigatoriedade da vacina,
que foi o Movimento Revolta das Vacinas.
Oswaldo Cruz acabou vencendo a batalha. Em 1907, a febre amarela estava erradicada do Rio
de Janeiro. Em 1908, uma epidemia de varíola levou a população aos postos de vacinação. O Brasil
finalmente reconhecia o valor do sanitarista.
No mundo científico internacional, porém, seu prestígio era já incontestável. Em 1907, no XIV
Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, recebeu a medalha de ouro pelo trabalho
de saneamento do Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz ainda reformou o Código Sanitário e reestruturou
todos os órgãos de saúde e higiene do país.
Em 1909, deixou a Diretoria Geral de Saúde Pública, passando a se dedicar apenas ao Instituto
de Manguinhos, que fora rebatizado com o seu nome. Do Instituto lançou importantes expedições
científicas que possibilitaram a ocupação do interior do país.
Erradicou a febre amarela no Pará e realizou a campanha de saneamento da Amazônia. Permitiu,
também, o término das obras da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cuja construção havia sido
interrompida pelo grande número de mortes entre os operários, provocadas pela malária.
Em 1913, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Em 1915, por motivos de saúde, abandonou
a direção do Instituto Oswaldo Cruz e mudou-se para Petrópolis. Eleito prefeito daquela cidade,
traçou vasto plano de urbanização, que não pode ver construído. Sofrendo de crise de insuficiência
renal, morreu a 11 de fevereiro de 1917, com apenas 44 anos.
A primeira CAP criada foi a dos ferroviários, o que pode ser explicado pela importância que este
setor desempenhava na economia do país naquela época e pela capacidade de mobilização que a
categoria dos ferroviários possuía.
Segundo POSSAS (1981): “tratando-se de um sistema por empresa, restrito ao âmbito das grandes
empresas privadas e públicas, as CAP’s possuíam administração própria para os seus fundos, formada
por um conselho composto de representantes dos empregados e empregadores.”
A comissão que administrava a CAP era composta por três representantes da empresa, um dos
quais assumindo a presidência da comissão, e de dois representantes dos empregados, eleitos
diretamente a cada três anos.
O regime de representação direta das partes interessadas, com a participação de representantes
de empregados e empregadores, permaneceu até a criação do INPS (1967), quando foram afastados
do processo administrativo. (POSSAS, 1981)
12 Capítulo 1
O Estado não participava propriamente do custeio das Caixas, que de acordo com o determinado pelo
artigo 3º da lei Eloy Chaves, eram mantidas por: empregados das empresas (3% dos respectivos vencimentos);
empresas (1% da renda bruta); e consumidores dos serviços das mesmas. (OLIVEIRA & TEIXEIRA, 1989).
A esse respeito, dizem SILVA e MAHAR apud OLIVEIRA & TEIXEIRA (1989):
“A lei Eloy Chaves não previa o que se pode chamar, com propriedade contribuição da união.
Havia, isto sim, uma participação no custeio, dos usuários das estradas de ferro, provenientes de um
aumento das tarifas, decretado para cobrir as despesas das Caixas.
A extensão progressiva desse sistema, abrangendo cada vez maior número de usuários de
serviços, com a criação de novas Caixas e Institutos, veio afinal fazer o ônus recair sobre o público em
geral e assim, a se constituir efetivamente em contribuição da União. O mecanismo de contribuição
tríplice (em partes iguais) refere-se à contribuição pelos empregados, empregadores e União foi
obrigatoriamente instituído pela Constituição Federal de 1934 (alínea h, § 1º, art. 21).”
No sistema das Caixas estabelecido pela lei Eloy Chaves, as próprias empresas deveriam recolher
mensalmente o conjunto das contribuições das três fontes de receita, e depositar diretamente na
conta bancária da sua CAP. (OLIVEIRA & TEIXEIRA, 1989).
Além das aposentadorias e pensões, os fundos proviam os serviços funerários, médicos, conforme
explicitado no artigo 9o da Lei Eloy Chaves:
1º - socorros médicos em caso de doença em sua pessoa ou pessoa de sua família, que habite
sob o mesmo teto e sob a mesma economia;
2º - medicamentos obtidos por preço especial determinado pelo Conselho de Administração;
3º - aposentadoria;
4º – pensão para seus herdeiros em caso de morte.
E ainda, no artigo 27, obrigava as CAPs a arcar com a assistência aos acidentados no trabalho. A
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
criação das CAP’s deve ser entendida, assim, no contexto das reivindicações operárias no início do
século, como resposta do empresariado e do estado a crescente importância da questão social.
Em 1930, o sistema já abrangia 47 caixas, com 142.464 segurados ativos, 8.006 aposentados, e
7.013 pensionistas.
Parágrafo único - o sistema único de saúde será financiado, com recursos do orçamento da
seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes”.
O texto constitucional demonstra claramente que a concepção do SUS estava baseado na
formulação de um modelo de saúde voltado para as necessidades da população, procurando resgatar
o compromisso do estado para com o bem-estar social, especialmente no que refere a saúde coletiva,
consolidando-o como um dos direitos da CIDADANIA. Esta visão refletia o momento político porque
passava a sociedade brasileira, recém saída de uma ditadura militar onde a cidadania nunca foi um
princípio de governo. Embalada pelo movimento das diretas já, a sociedade procurava garantir na
nova constituição os direitos e os valores da democracia e da cidadania.
Apesar do SUS ter sido definido pela Constituição de 1988, ele somente foi regulamentado em 19
de setembro de 1990 através da Lei 8.080. Esta lei define o modelo operacional do SUS, propondo a
sua forma de organização e de funcionamento.
14 Capítulo 1
• Desempenho técnico;
• Ressarcimento de serviços prestados.
Este artigo foi substancialmente modificado com a edição das NOBs que regulamentaram a
aplicação desta lei.
NOB é a abreviatura de Norma Operacional Básica, que trata da edição de normas operacionais
para o funcionamento e operacionalização do SUS de competência do Ministério da Saúde, tendo
sido editadas até hoje: a NOB-SUS 01/91, NOB-SUS 01/93, NOB-SUS 01/96, e que serão mencionadas
em outras partes deste texto.
O SUS ao longo da sua existência sempre sofreu as consequências da instabilidade institucional e
da desarticulação organizacional na arena decisória federal que aparecem para o senso comum como
escassez de financiamento.
Independente da origem política e da respeitabilidade, os ministros da saúde como será visto
na sequência deste texto, foram transformados em reféns das indefinições e rupturas que sempre
colocaram à deriva as instituições de saúde do Brasil.
Apesar das dificuldades enfrentadas pode-se afirmar que ao nível da atenção primária o SUS
apresentou progressos significativos no setor público, mas enfrenta problemas graves com o setor
privado, que detém a maioria dos serviços de complexidade e referência a nível secundário e terciário.
Estes setores não se interessam em integrar o modelo atualmente vigente em virtude da baixa
remuneração paga pelos procedimentos médicos executados, o que vem inviabilizando a proposta
de hierarquização dos serviços.
entusiasmo patriótico nacional de Florence Nightingale, seu trabalho com o exército inglês. Que
conseguiram a fundação da Escola de Enfermagem que lhe traz o nome.
Se de um lado, a enfermagem moderna deve sua origem a uma guerra, a Cruz Vermelha e suas
múltiplas atividades nasceram, também do espetáculo sangrento da batalha.
O fundador da instituição que traz hoje o nome de Cruz Vermelha, foi um cidadão suíço Jean
Henri Dunant (1828 -1910). Encontrando Solferino ao Norte da Itália em 24 de junho de 1859, dia
em que os Italianos e Franceses unidos venciam os austríacos, embora fosse ele apenas um turista,
sentiu-se muito impressionado com o espetáculo que presenciara. Sendo pessoa de qualidades de
espirito, bondoso e caritativo, sentiu-se impelido a auxiliar os feridos de ambos os exércitos. De seus
sofrimentos ele fez uma exposição em seu ‘livro: “Un souvenir de Solferino”.
Até então, o serviço dos médicos nos exércitos era totalmente inadequado, e os cuidados, que
os feridos recebiam, eram prestados por pessoas leigas, principalmente senhoras, chamadas no
momento, pelo Sr. Dunant.
Seu livro publicado em 1862 impressionou o mundo inteiro. Munido de planos para prevenir
a repetição de tais tragédias, o Sr. Dunant viajou de país em país, explicando seu plano aos vários
governos (anos depois ele recebeu os aplausos universais). Em Berlim, ele se apresentou no recinto
da Conferencia Internacional de Estatística, em setembro de 1863, onde seu plano foi recebido com o
máximo agrado. Seu manifesto levava o beneplácito da Sociedade de Utilidades Públicas de Genebra,
de que era membro Gustave Moynier, Presidente de uma das suas comissões especiais, e que convidou
vários governos para mandar representantes a uma Conferencia Internacional, que teria lugar em
Genebra, em outubro de 1863. Aberta a sessão dessa Conferencia, pelo General Dufour. Comandante
e chefe do Exército Suíço, estavam presentes delegados de 14 países e mais um representante do
ramo alemão da Ordem de S. João de Jerusalém, e pessoas estranhas que, simpatizando com a
ideia, vinham de iniciativa própria da Itália e da Rússia. Outros países como Portugal e Bélgica, não
mandaram representantes, mas manifestaram seu interesse de acordo com a ideia.
Pessoas influentes de vários países, incluindo Florence Nightingale, testemunharam sua aprovação
a essa iniciativa. Na conferência da Cruz Vermelha, realizada em Londres, em 1907, Florence Nightingale
foi aclamada como sendo a inspiração do movimento.
Os Estados Unidos da América foram convidados para se interessar pelo movimento, mas estavam
tão ocupados, na ocasião, com uma guerra civil, que não responderam ao convite.
Cabia a essa comissão organizar Conferencias Internacionais da Cruz Vermelha, anuais, nas quais as
Sociedades Nacionais e Internacionais e também os Governos signatários ao Congresso de Genebra
em 1863, 1906 e 1929 deveriam sempre se fazer representar.
A organização de sociedades nacionais progrediu rapidamente. A primeira foi a de Wurtenburg
em 1863. Em fins de 1864 dez sociedades haviam sido organizadas e mais 3 em 1865. Em 1925 existiam
52 sociedades nacionais. A primeira sociedade nacional que perdura até hoje, empregou a nome de
Cruz Vermelha, foi a Holandesa, e foi estabelecida em 1867. Estas sociedades eram destinadas a ter
uma grande influência sobre a enfermagem. Uma vez que se revelou a necessidade de preparação
de homens e mulheres para o mister, a ideia foi adotada e posta em execução por toda a parte. Com
o aparecimento da Cruz Vermelha, um novo motivo foi encontrado para a interesse da mulher em
enfermagem, e este foi a patriotismo. 0 que as ordens religiosas faziam por amor de Deus e os pobres
e ignorantes faziam como meio de subsistência miserável, a enfermeira da Cruz Vermelha fazia por
sentimento de patriotismo e humanidade.
No congresso de 1869 foi adotado uma resolução: qual deveria ser o preparo exigido de uma
enfermeira da Cruz Vermelha? Essa exigência só poderia ser satisfeita, si as candidatas fossem
obrigadas a prestar exames, ter experiência em enfermagem e pratica-las com as doentes.
A instrução atualmente oferecida as enfermeiras da Cruz Vermelha nos diversos países, não tem
um padrão uniforme para cada lugar. Em alguns países, as profissionais recebem alguma instrução
muito elementar, enquanto em outros a instrução é boa e tem trazido excelentes resultados.
Na Suécia e Hungria foi estabelecido um curso de 6 meses e, nesse último país, foi também
estabelecido um curso de 2 anos para chefes da Cruz Vermelha, com a garantia de aposentadorias.
Os hospitais militares da Rússia foram postos à disposição da Cruz Vermelha, tendo sido organizado,
dentro deles um curso de enfermagem de 3 anos. Nas proximidades de 1897, quatro destes hospitais
já haviam diplomado 2812 enfermeiras. De 1914 a 1918 a Cruz Vermelha teve 64 hospitais e 18.000
enfermeiras. Na Alemanha, a superioridade no preparo das enfermeiras já foi reconhecida, tornando-
se responsável pela sua organização, a casa matriz em Karlsrhue. Baden em 1860. A França organizou
a primeira escola em ambulatórios em 1899. Na Franca há três sociedades que trabalham em
conjunto, para formar a Cruz Vermelha, a “Socie- te de Seeours aux Blesses Militaires” inaugurada em
1863, a “Association de Dames Françaises” inaugurada em 1879 e a “Union des Femmes de France”
inaugurada em 1881.
16 Capítulo 1
Nos Estados Unidos, a Cruz Vermelha foi inaugurada por Clara Barton. O Governo dos Estados
Unidos não retificou o tratado de Genebra até 1882. E quando a guerra mundial arrebentou em 1914,
não houve pais beligerante que não tivesse sua organização da Cruz Vermelha. Mas antes dessa
guerra, a Cruz Vermelha era urna organização feita, principalmente, para servir em emergência,
como em incêndios, terremotos, inundações, flagelos, etc. Da guerra surgiu a ideia de estender seus
trabalhos em tempo de paz, em benefício da higiene e saúde pública.
O resultado desta conferência foi a organização da Liga das Sociedades da Cruz Vermelha, no
dia 5 de maio de 1919, sendo a sede em Paris, á Avenue Velasquez, 2 - 3e, e que teve 58 sociedades
nacionais associadas. O trabalho principal dessa organização foi estimular a fundação de escolas de
enfermeiras, em países onde não existiam, de modo a desenvolver o preparo de enfermeiras de saúde
pública, por meio de bolsas de estudos, e promover os melhoramentos das Escolas da Cruz Vermelha,
até tornar-se o padrão de preparo, o mais alto possível.
A decima e decima terceira conferencias tiveram lugar em 1921 e 1928, salientado nelas, de um
modo especial, a ênfase na educação da enfermeira e sua necessidade de boa preparação teórica e
pratica. Um ponto que foi especialmente assinalado n a 14º conferência e foi aprovado pela mesma
sob forma de resolução, foi o seguinte:
1 - Que as sociedades de Cruz Vermelha Nacional deveriam estudar o relatório apresentado
pela Comissão de Educação do Conselho Internacional de Enfermagem, e adotar os princípios,
como guias básicos de educação.
2 - Que o título de enfermeiras diplomada (infirmiére diplomée) fosse reservado ás que
tivessem feito o curso em uma escola de enfermeiras, e que tivessem um curso completo em
teoria e tempo suficiente de pratica em todos os ramos da profissão e onde si possível, e curso
tiver a duração de 3 anos.
3 - Que as sociedades da Cruz Vermelha, que matriculassem enfermeiras educadas em outras
escolas, que não tossem as suas, deveriam exigir, que as candidatas possuíssem no mínimo,
educação equivalente à das enfermeiras das Escolas da Cruz Vermelha.
4 - Que a sociedade nacional deveria confiar sua divisão de enfermagem trabalhando sob a
direção de uma comissão central:
1. A matricula das enfermeiras já com diploma registrado;
2. A matrícula das auxiliares voluntárias e providenciar sobre a sua instrução
5 - Que as sociedades nacionais redobrassem os esforços pela educação de um número
suficiente de enfermeiras, com registro de diploma, e com um curso compreensivo de
especialização em enfermagem de Saúde Pública.
6 - Que o emprego de auxiliares em enfermagem de saúde pública que tivessem recebido
um curso elementar, fosse apenas permitido quando imprescindível, mas, somente, a título
provisório, e por um período de tempo muito limitado.
A História da Cruz Vermelha Brasileira se iniciou no ano de 1907, graças à ação do Dr. Joaquim
de Oliveira Botelho, espírito culto e cheio de iniciativa que, inspirando-se naquilo que testemunhara
em outros países, sentiu-se animado do desejo de ver, também aqui, fundada e funcionando, uma
Sociedade da Cruz Vermelha. Junto com outros profissionais da área de saúde e pessoas da sociedade
promoveu uma reunião em 17 de outubro daquele ano na Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro,
para lançamento as bases da organização da Cruz Vermelha Brasileira. Em reunião realizada em
5 de dezembro de 1908, foram discutidos e aprovados os Estatutos da Sociedade. Esta data ficou
consagrada como a de fundação da Cruz Vermelha Brasileira, que teve como primeiro Presidente
o Sanitarista Oswaldo Cruz. O registro e o reconhecimento da entidade nos âmbitos nacional e
internacional se deu nos anos de 1910 e 1912, sendo que a I Grande Guerra (1914/1918) constitui-se,
desde seus primórdios, no fator decisivo para o grande impulso que teria a novel Sociedade.
As “Damas da Cruz Vermelha Brasileira”, comitê criado por um grupo de senhoras da sociedade
carioca, deu origem à Seção Feminina, que teria como primeira tarefa, a formação do corpo de
Enfermeiras voluntárias. A semente assim plantada frutificaria e, para permitir o funcionamento de
outros cursos sugeridos pela Seção Feminina, foi criada e inaugurada, em março de 1916, a Escola
Pratica de Enfermagem, sob a eficiente direção do Dr. Getúlio dos Santos, na época Capitão Médico
do Exército. Com a declaração de guerra do Brasil aos Impérios Centrais (Alemanha e seus aliados),
a Sociedade expandir-se-ia com intensificação dos Cursos de Enfermagem e com a criação de filiais
estaduais e municipais, cabendo a São Paulo a primazia. Em 1919, as filiais já eram em número de 16.
A Cruz Vermelha Brasileira participou da constituição da Federação de Sociedade de Cruz Vermelha
e do Crescente Vermelho em 1919, filiando-se a ela. Em nosso país, tornou-se instituição modelar, da
forma prevista nas Convenções de Genebra -, como em tempos de paz, levando ajuda a vítimas de
catástrofes e desastres naturais (secas, enchentes, terremotos etc.).
18 Capítulo 1
A Origem da Enfermagem
Como Profissão 2
A profissão surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde no decorrer dos períodos
históricos. As práticas de saúde instintivas foram as primeiras formas de prestação de assistência.
Num primeiro estágio da civilização, estas ações garantiam ao homem a manutenção da sua
sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino, caracterizado pela prática do
cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionistas e
teológicas, Mas, como o domínio dos meios de cura passaram a significar poder, o homem, aliando
este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele.
Quanto à Enfermagem, as únicas referências concernentes à época em questão estão relacionadas com
a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as
atividades dos templos com os sacerdotes. As práticas de saúde mágico-sacerdotais, abordavam a relação
mística entre as práticas religiosas e de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos.
Este período corresponde à fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especulação
filosófica que ocorre por volta do século V a.C. Essas ações permanecem por muitos séculos desenvolvidas
nos templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos
de saúde eram ensinados. Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte
de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades
da costa. Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções acerca do funcionamento do
corpo humano, seus distúrbios e doenças, concepções essas, que, por muito tempo, marcaram a fase
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
empírica da evolução dos conhecimentos em saúde. O ensino era vinculado à orientação da filosofia e
das artes e os estudantes viviam em estreita ligação com seus mestres, formando as famílias, as quais
serviam de referência para mais tarde se organizarem em castas.
As práticas de saúde no alvorecer da ciência - relacionam a evolução das práticas de saúde ao
surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando estas então se baseavam nas relações
de causa e efeito. Inicia-se no século V a.C., estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã.
A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova fase,
baseando-se essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico -
que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças - e na especulação filosófica, baseada
na investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase
total de conhecimentos anatomofisiológicos. Essa prática individualista volta-se para o homem e
suas relações com a natureza e suas leis imutáveis. Este período é considerado pela medicina grega
como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates que como já foi demonstrado no
relato histórico, propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos
místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação. Não
há caracterização nítida da prática de Enfermagem nesta época.
As práticas de saúde monástico-medievais focalizavam a influência dos fatores sócio-econômicos
e políticos do medievo e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com
o cristianismo. Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga,
desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII.
Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram
aos poucos legitimados a aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem. A
abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não
uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio. As práticas de saúde pós monásticas
evidenciam a evolução das ações de saúde e, em especial, do exercício da Enfermagem no contexto
dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final
do século XIII ao início do século XVI. A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da
Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem.
Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo,
vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações
da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde
homens, mulheres e crianças utilizam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos.
19
Sob exploração deliberada, considerada um serviço doméstico, pela queda dos padrões morais
que a sustentava, a prática de enfermagem tornou-se indigna e sem atrativos para as mulheres de
casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem,
permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos
reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as
condições do pessoal a serviço dos hospitais. As práticas de saúde no mundo moderno analisam
as ações de saúde e , em especial, as de Enfermagem, sob a ótica do sistema político-econômico
da sociedade capitalista. Ressaltam o surgimento da Enfermagem como atividade profissional
institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o
surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.
20 Capítulo 2
2.3 - Primeiras Escolas de Enfermagem
Apesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem tiveram que enfrentar, devido à
incompreensão dos valores necessários ao desempenho da profissão, as escolas se espalharam pelo
mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada em 1873. Em 1877 as
primeiras enfermeiras diplomadas começam a prestar serviços a domicílio em New York.
As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola Florence Nightingale, baseada
em quatro idéias - chave:
1 - O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado tão importante quanto qualquer
outra forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro público.
2 - As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita associação com os hospitais, mas
manter sua independência financeira e administrativa.
3 - Enfermeiras profissionais deveriam ser responsáveis pelo ensino no lugar de pessoas não
envolvidas em Enfermagem.
4 - As estudantes deveriam, durante o período de treinamento, ter residência à disposição, que
lhes oferecesse ambiente confortável e agradável, próximo ao hospital.
A Enfermagem na Sociedade Brasileira começa no período colonial e vai até o final do século
XIX. A profissão surge como uma simples prestação de cuidados aos doentes, realizada por um
grupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta época trabalhavam nos domicílios. Desde
o princípio da colonização foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem
em Portugal. A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida,
ainda no século XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde Porto Alegre e
Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presença de D. Pedro II e Dona Tereza Cristina. No que diz
respeito à saúde do povo brasileiro, merece destaque o trabalho do Padre José de Anchieta. Ele não se
limitou ao ensino de ciências e catequeses. Foi além. Atendia aos necessitados, exercendo atividades
de médico e enfermeiro. Em seus escritos encontramos estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos
habitantes, clima e as doenças mais comuns.
A terapêutica empregada era à base de ervas medicinais minuncioasamente descritas. Supõe-se
que os Jesuítas faziam a supervisão do serviço que era prestado por pessoas treinadas por eles. Não
há registro a respeito. Outra figura de destaque é Frei Fabiano Cristo, que durante 40 anos exerceu
atividades de enfermeiro no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro (Séc. XVIII). Os escravos
tiveram papel relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidado aos doentes. Em 1738, Romão de
Matos Duarte consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa dos Expostos. Somente em 1822, o Brasil
tomou as primeiras medidas de proteção à maternidade que se conhecem na legislação mundial,
22
Nas camadas superiores da sociedade brasileira, as profissões masculinas eram indicadores da
posição social. Os membros das mais prestigiosas profissões liberais, a medicina e o direito, poderiam
ser considerados classe média alta. O homem definia o status da família. A mulher era vista apenas
como uma criatura que Deus pusera no mundo com a única finalidade de servir ao homem, ter filhos
e prepará-los para a vida, garantindo o bom funcionamento do lar (BRAZIL, 1873-1876, p.21).
Educadas na clausura e confinamento do lar as meninas-moças, eram preparadas para o matrimônio
e atingiam a flor-da-idade entre os 16 e 20 anos. A idade de 23 anos era considerada como limite das
jovens casadoiras e foi nesse limite etário que Anna Nery casou-se, em 15 de maio de 1838, com o
capitão-tenente da marinha Isidoro Antônio Néri, nascido em Lisboa, a 05 de setembro de 1800.
Na condição de mulher casada, Anna Nery devia seguir os modelos propostos pela Igreja brasileira,
que tinha interesse em promover a mulher, acentuando seu papel de preciosa auxiliar, sendo impostas
as mesmas obrigações transmitidas pelos manuais de conduta moral dos países católicos.
Ainda que tentando manter uma vida matrimonial nos moldes existentes, Anna Nery defrontou-
se com períodos de ausência do esposo, que, engajado no serviço militar, era obrigado a dedicar-se
ao ofício de capitão-de-fragata, navegando por toda a parte do território nacional. Vez por outra
Isidoro retomava a Cachoeira onde permanecia por um curto período de tempo, suficiente doravante
para que o casal desfrutasse do nascimento de três filhos: Justiniano de Castro Rebello (fevereiro de
1839”’); Isidoro Antônio Néri (24 de março de 1841); e Pedro Antônio Néri (13 de maio de 1842).
Casada, Anna Nery desempenhou o papel de esposa, ainda que por períodos curtos, e o de mãe,
adotando a postura das mulheres na sociedade da época, seja na gerência do lar ou na educação dos
filhos.
Em 05 de julho de 1844, Isidoro Antônio Néri faleceu, aos 43 anos de idade, acometido por súbita
enfermidade, da qual não temos maiores registras. Viúva aos 29 anos de idade, com três filhos
pequenos, o mais velho com cinco anos de idade, Anna Nery ganha então uma vida autônoma e
independente, cheia de responsabilidades.
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
24 Capítulo 3
Cinco dias depois, no dia 13 de agosto de 1865, embarcou Anna Nery para os campos de batalha,
onde sua atuação parece ter sido primorosa, porém surpreendeu-nos a quase total ausência de
registros fundamentados sobre a sua participação.
Em sua passagem pelo Rio Grande do Sul, Anna Nery teria tomado lições de enfermagem com
as Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, assim como havia desenvolvido um curto estágio em
Salto (Argentina), onde estabeleceram-se grandes depósitos e hospitais de sangue, onde os feridos
dos últimos combates convalesciam de suas enfermidades (Uma, 1977, p.132).
O título “Mãe dos Brasileiros, foi-lhe conferido pelos obreiros da glória (soldados), segundo a obra
de Rozendo Muniz Barreto, o Poemeto Histórico “A Mãe dos Brasileiros”. Nesta obra única, de vinte e
duas páginas manuscritas, o autor em versos, afirma com convicção a caridade de Anna Nery, tendo
sido testemunho do auxílio que esta prestava aos enfermos.
Quando eu a tão justo espanto, não sabia achar um termo,
- “D’Ana...” chamou-a enfermo, cuja voz chamou meu pranto.
Pressurosa ella acudiu-lhe, ancias da sêde extinguiu-Ihe
e as feridas lhe pensou, depois disse: “Está me entregue ...
cumpra o que ordeno... socegue na esperança que lhe dou”
E renovando confortos nos leitos que visitava,
essa heroína avivava os prostrados semimortos.
E ao vela em torno dos doentes, alegrando os descontentes
como as aves a manhan, diziam da glória obreiros
-“Ella é mãe dos Brasileiros, da caridade é a irman” (Barreto. s.d., p.11)
Alguns autores ainda afirmam o fato de Anna Nery ter fundado e mantido uma enfermaria em sua
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
residência em Assunção.
“E onde havia auxilio igual,
se ela fez, por duplo auxilio:
- hospital- seu domicilio.
-seu domicílio - o hospital ?” (Barreto, s.d., p.11)
Não bastasse a dor e morte de alguns enfermos que atendia, Anna Nery teve ainda que enfrentar
a morte do filho mais velho, Justiniano de Castro Rebêllo e a do sobrinho Arthur Rodrigues Ferreira.
Dentre as homenagens recebidas em campos de batalha, podemos citar o Diploma de Sócia
Honorária da Sociedade de Socorros em Comentes e o de Sócia Instaladora da Sociedade de
Beneficência Portuguesa em Assunção (Silva. 1942, p.14).
Findada a Guerra em 1870, Anna Nery inicia o retomo ao Brasil, trazendo consigo seis órfãs~,
conforme refere D. Ignez Sabbino (1899. p.24), que afirma ter visto uma foto tirada em Montevidéu.
Essa foto foi encontrada nos acervos fotográficos do Centro de Documentação da Escola de
Enfermagem Anna Nery. Trata-se de uma reprodução de retrato encontrado entre os documentos
pessoais de Benjamin Constant.
Apesar de outras mulheres lerem atuado como enfermeiras voluntárias da Guerra do Paraguai,
apenas Anna Justina Ferreira Nery, “envolvida pela aura do patriotismo, recebeu reconhecimento.
Mas não a maioria das mulheres que ganhava a vida às custas de seu trabalho de enfermagem. Suas
vidas de renúncia não eram uma escolha voluntária ( ... )” (Hahner, 1981 . p.73).
26 Capítulo 3
Foi nomeada primeira enfermeira, mas não solicitou para receber esse título ou engajar-se nessa
profissão. Devemos considerar também, que no século XIX a reforma Nightingale estava iniciando o
seu curso na Inglaterra, portanto, é absolutamente esperado que no Brasil chamassem de enfermeiras
todas as mulheres que se dedicassem ao cuidado a doentes.
Com relação à Guerra do Paraguai, por tratar-se de um massacre, seria interessante desconfiar, por
um lado, da divulgação do pedido de Anna Nery para participar dessa guerra, o Que causou grande
repercussão social, e por outro, da rapidez e da pressa com que este foi aceito e ela foi nomeada
enfermeira. Tais fatos favoreceriam politicamente a imagem da guerra, no que concerne a estender
à população as intenções patrióticas e voluntárias dos que ofereciam para atuar na guerra, aliviando
a situação dos alistados involuntariamente. Por outro lado, em uma guerra cruenta, ter uma Mãe
enfermeira, melhora muito a situação do Brasil, em termos de simpatia e aceitação popular.
Quando da morte de seu filho, Anna Nery poderia ter voltado e não o fez. Qual mãe não voltaria?
Anna Nery continuou lá, transformou sua casa em um hospital, adotou órfãs e trouxe-as consigo. O
papel de mãe associa-se ao daquela que cuida, o de enfermeira.
Dentre tantas homenagens, curiosas são aquelas prestadas de imediato a sua chegada ao Rio
de Janeiro e a Salvador, como que seu bom desempenho na guerra tivesse alcançado também o
território brasileiro, onde era esperada com um pacote pronto de homenagens.
Por fim, deverá considerar-se a necessidade de elevar o status social e moral da enfermeira do
século XX, tão degradados nos séculos anteriores. Haveria de se encontrar, dentre tantas enfermeiras,
aquela que pudesse identificar profissionalmente a enfermeira, que se destacasse socialmente, que
possuísse boas condições socioeconômicas, que detivesse uma formação moral e mantivesse um
comportamento disciplinado. Anna Nery atenderia a todos as exigências, e tomou-se símbolo da
enfermagem brasileira.
28 Capítulo 3
Símbolos da Enfermagem 4
4.1 - Resolução COFEN-218/1999
Os significados dados aos símbolos utilizados na Enfermagem, são os seguintes:
• Lâmpada: caminho, ambiente;
• Cobra: magia, alquimia;
• Cobra + cruz: ciência;
• Seringa: técnica
• Cor verde: paz, tranqüilidade, cura, saúde - Pedra Símbolo da Enfermagem: Esmeralda
Figura 4.0
Figura 4.1
CURIOSIDADE:
Esta é a versão correta da lâmpada de Florence Nightingale, segundo Richard Gordon (em “A
Assustadora História da Medicina”).
Trata-se de uma lâmpada usada pelo exército turco.
Figura 4.2
Juramento da Florence
“Juro, livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo
a enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem
confiados, respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos
que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar os ideais de
minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio
e suas tradições.”
29
Entidades que Representam
5 a Classe de Enfermagem
Realizações da ABEn
• Congresso Brasileiro em Enfermagem - Uma das formas eficazes que a ABEn utiliza para
beneficiar a classe dos enfermeiros, reunindo enfermeiros de todo o país nos Congressos para
fortalecer a união entre os profissionais, aprofundar a formação profissional e incentivar o
espírito de colaboração e o intercâmbio de conhecimentos.
• Revista Brasileira de Enfermagem - A Revista Brasileira de Enfermagem é Órgão Oficial,
publicado bimestralmente e constitui grande valor para a classe, pois trata de assuntos
relacionados à saúde, profissão e desenvolvimento da ciência. A idéia da publicação da Revista
surgiu em 1929, quando Edith Magalhães Franckel, Raquel Haddock Lobo e Zaira Cintra Vidal
participaram do Congresso do I.C.N. em Montreal, Canadá. Numa das reuniões de redatoras da
Revista, Miss Clayton considerou indispensável ao desenvolvimento profissional a publicação
de um periódico da área. Em maio de 1932 foi publicado o 1º número com o nome de “Anais
de Enfermagem”, que permaneceu até 1954. No VII Congresso Brasileiro de Enfermagem
foi sugerida e aceita a troca do nome para “REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM”- ABEn
(REBen). Diversas publicações estão sendo levadas a efeito: Manuais, Livros didáticos, Boletim
Informativo, Resumo de Teses, Jornal de Enfermagem.
30
5.2 - Sistema COFEN/CORENs
5.2.1 - Histórico
• Criação - Em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, foram criados os Conselhos Federal
e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto Autarquias Federais, vinculadas
ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais
são Órgãos disciplinadores do exercício da Profissão de Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de
Enfermagem. Em cada Estado existe um Conselho Regional, os quais estão subordinados ao
Conselho federal, que é sediado no Rio de Janeiro e com Escritório Federal em Brasília.
• Direção - Os Conselhos Regionais são dirigidos pelos próprios inscritos, que formam uma
chapa e concorrem à eleições. O mandato dos membros do COFEN/CORENs é honorífico e tem
duração de três anos, com direito apenas a uma reeleição. A formação do plenário do COFEN é
composta pelos profissionais que são eleitos pelos Presidentes dos CORENs.
• Receita - A manutenção do Sistema COFEN/CORENs é feita através da arrecadação de taxas
emolumentos por serviços prestados, anuidades, doações, legados e outros, dos profissionais
inscritos nos CORENs.
• Finalidade - O objetivo primordial é zelar pela qualidade dos profissionais de Enfermagem e
cumprimento da Lei do Exercício Profissional.
5.2.2 - Competências
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
32 Capítulo 5
Teoria da Enfermagem 6
6.1 - Teorista e Teorias de Enfermagem
6.1.1 - Introdução
Houve uma Conferência Internacional “The Nurse Theorist Conference”, realizada em Edmonton,
Alberta, Canadá, no período de 2 a 4 de maio de 1984, organizada pela BOYLE-LETOURNEAU and
ASSOCIATES INCORPORATED, apoiada pela Associação Canadense de Enfermagem e pelo Conselho
Internacional de Enfermeiras.
O evento que reuniu 451 participantes, em sua maioria docentes e pesquisadores, provenientes
de 16 países, teve como objetivo principal a divulgação dos recentes estudos sobre teorias de
enfermagem pelos mais consagrados cientistas da área tais como:
• Myra Levine, autora da Teoria holística;
• Imogene King, defensora da enfermagem como ciência baseada em conceitos gerais do
comportamento humano;
• Callista Roy, autora da Teoria da Adaptação;
• Martha Rogers, pioneira no estudo das Teorias de Enfermagem
• Margareth Newman, que conceitua a enfermagem como ciência e arte que tem como foco o
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
Na sessão de abertura foi apresentado breve histórico sobre a evolução do estudo das Teorias de
Enfermagem pela Professora Doutora Janetta Mac Phail, Diretora da Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Alberta.
Doutora Mac Phail relatou que os primeiros ensaios visando a sistematização dos conhecimentos
de enfermagem e a formulação de conceitos e terminologia, a partir da observação, isolamento e
relacionamento dos fatos, tiveram início no final da década de 1950, com Martha Rogers e Virgínia
Henderson.
Na década de 1960, aderiram a esse movimento, para consolidação da Enfermagem como ciência,
Callista Roy, Ida Orlando, Imogene King e outros, tentando organizar o corpo de conhecimento
específico baseado em análises sobre a natureza do ser humano e suas relações com o meio ambiente.
Os estudos progrediram lentamente até 1966, quando então houve intensificação não só das
investigações, mas também das publicações sobre diversas teorias que caracterizavam a enfermagem
como ciência e arte de cuidar do ser humano, considerando-o como um todo sômato-psíco-social e
espiritual, pessoa inserida no contexto de uma família e comunidade.
A elaboração e divulgação dos princípios que norteiam a prática deu origem à aplicação do Processo
de Enfermagem - metodologia sistematizada e dinâmica para prestação da assistência — que consiste
resumidamente em: diagnosticar as necessidades do cliente, prescrever os cuidados e avaliar as
respostas do indivíduo ao tratamento recebido. Essa nova orientação elevou a qualidade da assistência
de enfermagem e provocou o aparecimento de diversas linhas de pesquisa nessa área do saber.
O desenvolvimento da profissão vem acompanhando a história da humanidade, porém, sendo
ciência nova, somente a partir de 1982 é que a Enfermagem, passando da fase factual para a conceituai,
começou a ser integrada e reconhecida legitimamente no mundo científico e tecnológico.
A conferencista ressaltou a importância do conclave por constituir oportunidade ímpar para a
divulgação e discussão das teorias produzidas pelos expoentes máximos da enfermagem mundial
nos últimos anos, bem como para o debate sobre a aplicação dos princípios teóricos ao exercício e
ensino da enfermagem.
33
6.1.2 - Teorias de Enfermagem
Foi analisada a problemática da ciência e arte da Enfermagem no contexto de um mundo em que
as transformações sócio-econômico-culturais e políticas se processam rapidamente, com amplas e
profundas repercussões sobre o homem, seu ecossistema e o universo.
Tal análise foi feita à luz dos princípios das ciências básicas-biológicas, humanas e exatas, e
acompanhando as tendências dos campos da saúde, enfermagem e educação.
A seguir serão feitas considerações sobre as principais teorias apresentadas na Conferência, as
quais receberam o nome de suas autoras.
34 Capítulo 6
6.1.2.3 - Teoria de Callista Roy
Callista Roy define a Enfermagem como “ciência e prática” da promoção da adaptação de
indivíduos e grupos em situação que envolvem saúde e doença.
De todas as conferencistas, foi a que trouxe mais subsídios da prática assistencial.
Apresentou três aspectos essenciais da sua teoria da adaptação:
Pessoa/grupo — E o sistema adaptativo em que se manifestam os principais mecanismos de
adaptação categorizados como reguladores, sensoriais ou preceptores e as formas de adaptação
identificadas: fisiológicas, de autoconceito, desempenho de papel e interdependência.
Meio -— Refere-se ao conjunto de três estímulos internos e externos inerentes à pessoa ou ao
grupo: focal, contextual e residual, ou seja, todas as condições, circunstâncias e influências situacionais
que afetam o desenvolvimento da pessoa/grupo.
São de estímulos importantes, na adaptação humana, o estágio do desenvolvimento da pessoa, Figura 6.2 - Callista Roy
a família e a cultura.
Saúde — O objetivo da enfermagem é o de promover a adaptação e contribuir para a saúde que é
um estado e processo do ser humano como um todo integrado, que tem o seu estilo peculiar de vida.
A adaptação faz-se necessária para o equilíbrio da pessoa em termos de saúde, em relação às
mudanças do meio interno e externo. As respostas adaptativas constituem uma função dos estímulos
oriundas das mudanças do meio e do nível de adaptação da pessoa/grupo. Os comportamentos são
classificados como adaptados ou não efetivos, segundo sejam alcançados ou não os objetivos da
adaptação, isto é, sobrevivência, crescimento, reprodução e domínio sobre si, sua vida e o ambiente.
Com base nesses pressupostos, Callista Roy expôs o processo de enfermagem para assistir as
pessoas/grupos como segue:
• Identificação de problemas;
• Diagnóstico de enfermagem ou classificação sumária do comportamento da pessoa/grupo;
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
Teoria da Enfermagem 35
6.1.2.5 - Teoria de Martha Rogers
Martha Rogers, a mais antiga das autoras de teorias de enfermagem, salientou a importância do
compromisso social do enfermeiro em face da realidade em constante transformação.
Afirmou que a(o) enfermeira(o) precisa buscar novos propósitos e conhecimentos e ampliar
horizontes profissionais para ajudar as pessoas/famílias a conseguirem atingir o grau de bem-estar
de que necessitam.
Segundo sua concepção, Enfermagem é ciência que estuda o ser humano e a arte de cuidar das
pessoas, o que exige da(o) profissional profundo conhecimento sobre a natureza e o desenvolvimento
do homem desde o nascimento até a morte.
Figura 6.4 - Martha Rogers. Enfatizou a necessidade de produzir tecnologias a serviço da humanidade que possam ser
utilizadas no “fazer” do enfermeiro, na realidade da prática profissional.
As teorias da enfermagem são conjuntos de conceitos abstratos que procuram explicar, com óticas
diferentes, o fenômeno em questão.
Nesse sentido, tanto mais rica e sólida se tornará a ciência quanto mais teorias forem elaboradas,
pois nenhuma delas, isoladamente, é capaz de explicar a abrangência global da enfermagem.
Rogers ressaltou, ainda, a importância do padrão que caracteriza cada indivíduo como um todo
unificado, abarcando as dimensões biopsicossocial, espirituais, construto abstrato, marco referencial
para a identificação de necessidades e planejamento da atenção efetiva.
Dessa forma, a autora defendeu como principal postulado: a enfermagem considera cada indivíduo
como um todo integrado, único, que vive a sua própria vida, experimenta contínua mudança; está
sujeito à unidirecionalidade da vida e do tempo que lhe acumula experiência; é um sistema aberto em
constante interação e intercâmbio de energias com o meio, na saúde ou na doença.
A cientista declarou que sua teoria é resultante de estudos, pesquisas e análises lógicas sobre o ser
humano, como ocorre em todas as ciências. O que diferencia a enfermagem das demais disciplinas é
36 Capítulo 6
6.1.2.8 - Teoria de Dorothea Orem (1914), se define em:
• Foco: Autocuidado Homem: Indivíduo que utiliza o autocuidado para manter a vida e a saúde,
recupera-se da doença e consegue enfrentar seus defeitos;
• Saúde: Resultado das práticas aprendidas pelos indivíduos para manter a vida e o bem- estar;
• Ambiente: Os elementos externos com os quais o homem interage em sua luta para manter o
autocuidado;
• Enfermagem: Auxilia o indivíduo a maximizar, progressivamente, seu potencial para o
autocuidado.
Teoria da Enfermagem 37
Áreas de Atuação do Profissional
7 em Enfermagem
7.1 - Introdução
Atualmente, a introdução de novas tecnologias no mercado de trabalho da saúde tem imposto
algumas modificações na força de trabalho do setor, onde há a necessidade de contratação de
profissionais cada vez mais qualificados, que estejam capacitados a utilizar as inovações dos meios
diagnósticos e terapêuticos. Estendemos esse fenômeno ao campo da Enfermagem, já que um
número cada vez maior de enfermeiros vem buscando o constante aperfeiçoamento através de
cursos de pós-graduação.
A especialização em Enfermagem vem praticamente tornando-se uma exigência para a
complementação e a sedimentação do aprendizado obtido no curso de graduação, oferecendo
instrumentos necessários para o exercício profissional. Não há mais como permanecer apenas com
os conhecimentos adquiridos na graduação. Isto coloca o ensino de pós-graduação (lato sensu) como
uma das possibilidades que temos atualmente para qualificar enfermeiros para a prática profissional
e, nesta perspectiva, contribuir para a ampliação e a transformação da Enfermagem brasileira.
A Especialização é um processo de ensino que procura ampliar os conhecimentos e concepções
da área, preparando os profissionais para intervir e transformar a prática. O especialista se dedica a
um ramo de sua profissão, optando por uma especialidade conforme sua habilidade ou interesse
38
A especialização na Enfermagem tem íntima relação com o contexto das políticas de saúde no
Brasil e com a evolução do processo de reforma sanitária, desde a criação do Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS – 1966) até a sua conclusão, com a implantação do Sistema Único de Saúde
(SUS – 1990), que impôs demandas e ofertas específicas. Esta relação se dá mais intensamente quando
associamos a ela o fato da privatização do setor saúde, que ofereceu a possibilidade de convênios e
formação de grupos de seguros de saúde, promovendo a necessidade de oferta de profissionais em
quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades do mercado de trabalho.
O crescimento da indústria hospitalar e farmacêutica forçou a absorção de tecnologias no campo
hospitalar e direcionou os agentes de saúde para o manuseio e consumo desses materiais, criando
novas necessidades. Assim, o desenvolvimento das especialidades em Enfermagem, caracteriza-se
dentro de um contexto do próprio crescimento da profissão, a qual, inicialmente, voltada para a
Saúde Pública, passa a atender um mercado hospitalar crescente.
Dados sobre os cursos de pós-graduação lato sensu, presenciais e a distância, indicam que
houve expansão do setor no que se refere ao número de instituições que oferecem tais cursos. O
cruzamento dos dados permite inferir que praticamente a metade das Instituições de Ensino Superior
(IES) brasileiras oferecem cursos de pós-graduação lato sensu, não estando a oferta deste nível de
ensino restrito às universidades, ou aos Centros Universitários e Faculdades Integradas.
Os cursos de especialização foram regulamentados pelo Ministério da Educação por meio da
Resolução CNE/CES 1, de 8 de junho de 2007, porém careciam da definição de um órgão responsável
pela regulação desses cursos. Essa lacuna, provavelmente, contribuiu para sua expansão nas
instituições de ensino, particularmente nas privadas, que reconheceram o grande mercado que se
anunciava.
Em 12 de fevereiro de 2014, o Ministério da Educação publicou a Resolução CNE/CES 2, que instituiu
o cadastro nacional da oferta de cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) das instituições
credenciadas no Sistema Federal de Ensino para o reconhecimento desses cursos. Por sua vez, as
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
40 Capítulo 7
7.2.1 - Classificação Brasileira de Ocupações – CBO - Enfermeiros
Títulos:
2235-05 – Enfermeiro
Figura 7.0
Figura 7.1
A auditoria tem sido uma ferramenta gerencial utilizada pelos profissionais da saúde, em especial
os enfermeiros, com a finalidade de avaliar a qualidade da assistência de enfermagem e os custos
decorrentes da prestação desta atividade.
O enfermeiro na equipe de auditoria busca avaliar a qualidade da assistência prestada ao paciente
no âmbito hospitalar. Tal procedimento é realizado por meio de registros encontrados nos prontuários
dos auditores.
Os benefícios provenientes da utilização da auditoria estão diretamente relacionados com a
análise dos aspectos inerentes a assistência hospitalar, que tem na enfermagem o desenvolvimento de
indicadores capazes de estabelecer critérios que permitem uma melhoria na qualidade da prestação
de serviços em unidades de saúde.
Figura 7.3
42 Capítulo 7
O papel do enfermeiro de CC é constituído de atividades específicas de grande responsabilidade,
como, por exemplo, orientar e preparar carrinhos cirúrgicos, materiais para posicionamento, preparar
salas operatórias, testar equipamentos, auxiliar nos procedimentos anestésicos e cirúrgicos, além
das atividades administrativas específicas ao setor. Muitos pacientes desconhecem que o sucesso de
sua cirurgia se deve, em grande parte, à eficiência no preparo dos materiais e ao apoio técnico da
enfermagem para a equipe cirúrgica e anestesiológica.
Assim, a enfermagem deve garantir aos pacientes o apoio psicológico no momento da chegada
ao setor, promover o conforto dentro de um ambiente seguro e zelar pela assepsia durante todos os
procedimentos invasivos.
Figura 7.4
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
Figura 7.5
Optando por essa área de atuação o profissional vai trabalhar dando atendimento ambulatorial
em empresas e ainda acompanhar programas de prevenção a saúde dos funcionários.
É uma área razoavelmente nova, surgiu a partir da necessidade de se ter um profissional da área da
saúde atuando internamente em instituições e empresas de diversos segmentos.
A princípio, a área era vista apenas dentro de um parâmetro micro, em que o profissional, neste caso, o
enfermeiro, poderia realizar apenas o atendimento emergencial dentro do local de trabalho das empresas.
Contudo, essa área vem sendo ampliada nos últimos anos e junto a ela o desempenho dos
profissionais também é estendido, principalmente após serem regulamentadas as medidas de
O enfermeiro responsável trabalhará em conjunto com técnicos e auxiliares, assim como com
profissionais de outras áreas.
44 Capítulo 7
2235-35 - Enfermeiro nefrologista
Figura 7.6
O enfermeiro nefrologista irá trabalhar em hospitais e clínicas com atendimento aos pacientes
com problemas renais, ou em clínicas de hemodiálise, na assistência de enfermagem direta aos
pacientes renais crônicos.
É uma especialidade muito desenvolvida no campo da enfermagem, pois o número de pacientes
portadores de doenças renais crônicas no Brasil é grande, sem falar que existem diversas clínicas
especializadas em hemodiálise.
O enfermeiro nefrologista atuará também na prevenção de doenças renais que possam afetar os
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
pacientes, pois muitos desses pacientes apresentam insuficiência renal aguda, que se não for tratada
adequadamente poderá evoluir para uma doença renal crônica.
Figura 7.7
Figura 7.8
O enfermeiro obstetra trabalha na assistência à gestante em várias partes de sua vida focando no
período da gravidez. Esse profissional é especializado para analisar de forma mais crítica a mãe e o
bebê durante a gestação.
De acordo com o Ministério da Saúde, o enfermeiro dessa área é habilitado para realizar qualquer
tipo de parto natural que não haja nenhuma complicação na saúde da mulher e de seu filho.
No pós-parto esse profissional também fica responsável em cuidar da mãe para que seu organismo
volte as condições normais o quanto antes, além de passar orientações à mulher dos cuidados
Figura 7.9
46 Capítulo 7
O paciente em sofrimento psíquico apresenta-se ansioso, inseguro de seu destino, desconfortável
emocionalmente e com uma vivência na maioria das vezes permeada de solidão e desamparo,
acompanhado por tratamentos invasivos, agressivos e até mesmo dolorosos, necessitando de muitos
cuidados, como da enfermagem voltada para a saúde mental.
Figura 7.10
O profissional nessa área da saúde vai se dedicar ao estudo dos cuidados com o ser humano em
desenvolvimento, mais especificamente com o acompanhamento do desenvolvimento infantil.
É tradicionalmente uma subespecialidade da pediatria, mas, se considerada lato senso, envolve
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
Figura 7.11
Figura 7.12
A intenção é trabalhar a prevenção. Sendo assim, deve ser feito um trabalho de parceria, com a
utilização de uma equipe multiprofissional. Além disso, esse trabalho conjunto deve ser estabelecido
com o indivíduo, família, comunidade e igreja em que esse indivíduo se insere.
Dentro desse contexto, a Enfermagem e o PSF têm íntima ligação, já que o profissional da área
desenvolve um papel de fundamental importância na modalidade de assistência à saúde. Isso porque
os enfermeiros são os responsáveis por trabalhar com a vinculação e proximidade com a clientela,
além de escuta atentados problemas e anseios dessa população. É ele, portanto, um dos elos da
comunidade com o serviço de saúde.
2235-70 – Perfusionista
Figura 7.13
48 Capítulo 7
Dentre outras ocupações não descritas pela CBO, porém encontradas no mercado de
trabalho:
- Enfermagem geriátrica
Figura 7.14
O profissional vai trabalhar com o atendimento a idosos, seja em casa, asilos, clínicas ou hospitais.
Com os avanços da medicina e de pesquisas sobre saúde, as pessoas passaram a ter mais qualidade
de vida e mais expectativa de vida. No entanto, a maioria da população ainda é jovem e os estudos
sobre envelhecimento são recentes. A população idosa ainda sofre para encontrar profissionais
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
qualificados, que ofereça os cuidados necessários com atenção e ética. A enfermagem em geriatria
busca suprir essa necessidade, trabalhando para oferecer assistência, com ética e responsabilidade.
Os cuidados de enfermagem na geriatria envolvem prestar assistência a paciente em estado
grave, administração de medicamentos, prevenção e controle de doenças transmissíveis e infecções
hospitalares, entre outros.
Atualmente, tem se falado mais sobre a saúde do idoso e surgido diferentes programas voltados
para essa população. Com os estudos sobre o processo de envelhecimento, verificou-se que essa
faixa-etária está mais propensa a desenvolver diferentes problemas de saúde, além de distúrbios
psico-socioeconômicos.
Figura 7.15
Atua na área estética por meio de recursos cosméticos, manuais e mecânicos, trabalhando nos
tratamentos e manutenção estética dos pacientes, nas áreas:
• Assistência estética em Pré e Pós-operatório
• Tecnologia Reparadora
• Elaboração de Projetos em cosméticos e beleza
• Cosmética reparadora
• Desenvolvimento de pesquisa em cosmética e estética
• Atuação multidisciplinar em Endocrinologia e Metodologia
• Terapias alternativas
- Enfermagem forense
50 Capítulo 7
- Enfermagem em Estomaterapia com Ênfase em Feridas, Estomas e Incontinências
Figura 7.17
O profissional nessa área aprofunda-se nos cuidados com drenos, fístulas, cateteres e estomas,
além da avaliação, prevenção e tratamento de feridas agudas, crônicas e complexas e incontinências
(urinárias e anais).
A Residência em Enfermagem, criada no Brasil na década de 1960, passou por momentos de grandes
desafios para se consolidar como um programa de ensino/aprendizagem/trabalho. Em sua trajetória
realizou movimentos sociais reivindicatórios e lutas importantes para a conquista de espaço nas
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
3 - Quem foi Florence Nightingale? E como ela contribuiu 2 - Destaque as competências do Coren e Cofen:
para o crescimento da enfermagem?
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 6
1 - Como surgiu a enfermagem no Brasil?
1 - Realize uma pesquisa sobre as teorias e as teoristas
de enfermagem, destacando características e foco de
cada uma:
52
Gabarito
as doenças eram classificas como benignas, médias R: Surgiu no final do século XIX como uma atividade
e graves e os templos eram rodeados de plantas executada pelos escravos, que se valiam das ervas
medicinais. Os Gregos baseavam-se na mitologia, medicinais , sob supervisão dos Jesuítas.
apegando-se aos poderes dos deuses, tendo como
tratamento banhos, massagens, sangrias.
Na Idade média a igreja católica assumiu o poder e 2 - Cite um nome de destaque para enfermagem no
então as mulheres foram afastadas das atividades brasileira, e quais foram suas contribuições?
públicas de cuidado, dando surgimento aos mosteiros R: Ana Nery. Improvisou hospitais e cuidou dos feridos
que apegavam-se às plantas medicinais como na guerra do Paraguai, rompendo preconceitos
tratamento. Na Idade moderna, com o crescimento da relacionados a mulher como figura exclusiva do lar.
economia e com a revolução industrial, aumentou-se
a porcentagem de pessoas doentes sendo necessário
a criação de uma medicina que garantisse e tratasse 3 - O que foi a cruz vermelha?
essas pessoas, esses trabalhadores e mantivesse-os em
R: É reconhecida pelo governo brasileiro como sociedade
atividade.
de socorro voluntário, autônoma, auxiliar dos poderes
públicos e, em particular, dos serviços militares de
saúde, bem como única sociedade nacional da Cruz
CAPÍTULO 2 Vermelha autorizada a exercer suas atividades em todo
o território brasileiro.
53
Escola Luisa de Marilac: Recebia jovens estudantes e 2 - Destaque as competências do Coren e Cofen:
religiosas de congregações. R: Coren: Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional,
Escola Paulista de Enfermagem: Pioneira na renovação propor ao COFEN medidas de melhoria para o exercício
da enfermagem, com cursos de pós-graduação em profissional, fiscalizar e decidir sobre os assuntos
obstetrícia. relacionados a ética profissional e impor penalidades
cabíveis.
Escola de Enfermagem da USP: Vinculada a Universidade
de São Paulo. Sua primeira turma diplomou-se em 1946. Cofen: Aprovar contas e propostas orçamentárias,
normatizar e expedir instruções.
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 6
54
Teoria da Adaptação Sister Calista Roy: Roy desenvolveu um modelo conceitual para a enfermagem a partir de sua
experiência como enfermeira pediátrica, admitindo que o conceito de adaptação poderia se constituir como um
eixo orientador para a prática de enfermagem.
Teoria Interpessoal de Hildegard Peplau : Apresenta o processo de interação enfermeiro-cliente, compreendido
como agir diante das situações adversas
Teoria holística de Myra Levine: Propôs uma enfermagem clínica, entendendo o paciente como corpo-mente,
ou seja um “todo” dinâmico com interação com o meio dinâmico a finalidade que a intervenção de enfermagem
possuía era a conservação da energia, da integridade estrutural, pessoal e social.
Teoria da Adaptação de Callista Roy: Essa teoria tem como objetivo, promover a adaptação do homem em situações
de saúde e doença. A enfermagem é a ciência cuja essência e especificidade é o cuidado com o ser humano, podendo
ser individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico.
REG - 269.100 - COPYRIGHT - B004
55
Bibliografia
Figueiredo.N.M.A, Viana. D.L, Machado.W.C.A. Tratado Prático de Enfermagem. Vol 02; 2009; 20 Ed.
Editora Yendis.
Lima.L.L.[et al]. Manual do Técnico e Auxiliar de Enfermagem- 60 ed. Rev. E ampl.- Goiânia; Editora AB,
2000
KAWAMOTO, Emilia Emi; FORTES, Julia Ikeda. Fundamentos de enfermagem. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2012
https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/oswaldo-cruz
http://www.cruzvermelha.org.br/pb/institucional/historia-da-cvb/#axzz4gP7RRmj1
www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7781
Apostila 2002.2019/Introdução/historia-das-politicas-de-saude-no-brasil-uma-pequena-revisao-
http://www.scielo.br/pdf/reben/v52n3/v52n3a03.pdf
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v18n3/0080-6234-reeusp-18-3-199.pdf
http://mt.corens.portalcofen.gov.br/diferenca-entre-categorias_698.html
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/CLASSIFICA%C3%87%C3%83O-BRASILEIRA-
DE-OCUPA%C3%87%C3%95ES-MEC.pdf
http://www.scielo.br/pdf/spp/v17n3-4/a23v1734.pdf
http://scielo.isciii.es/pdf/eg/n19/pt_revision3.pdf
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloA-Z.jsf
56