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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

DISTRIBUIÇÃO INTERNACIONAL

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Olá!
O cliente cada vez mais confronta preço com a qualidade do produto, a rapidez do atendimento e os serviços

agregados. Mas nem sempre a melhoria no nível de serviço se reflete na elevação de custos. No atual ambiente de

concorrência internacional, a manutenção da clientela e a obtenção de lucro, na disputa global por clientes,

dependem primordialmente de conhecer e isolar cada um dos elementos de custo para obter redução no custo

logístico total e, consequentemente, do preço de venda de um produto no mercado externo. Na Aula 7,

discutiremos os diferentes elementos de custo que afetam a distribuição física internacional, tais como distância,

tamanho do lote, densidade da carga, acondicionamento, movimentação, etc.

Explicação expandida

O conjunto de custos envolvendo a aquisição de um produto é fundamental na tomada de decisão de aquisição. A

escolha da composição de custos mais adequada a cada situação envolve o conhecimento prévio de todo o

conjunto de custos envolvidos em cada alternativa.

Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:



Identificar os principais elementos de custo capazes de afetar o preço final de um produto;

Analisar situações de trade-offs, Lay-Down Coste fronteira de mercado.

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1 Principais elementos de custo na distribuição
internacional
• Distribuição: Envolve o valor do frete, a previsão de demanda, a avaliação da frequência de saídas e a
programação de embarques projetada de acordo com o tempo de trânsito. Se o cliente tiver urgência em
receber o produto, isso pode implicar na mudança do transporte marítimo para aéreo, elevando o custo
do frete.
• Tamanho do lote: O custo por unidade transportada tende a diminuir quando aumenta o tamanho do
lote, tendo como limite a capacidade de transporte do equipamento. Ocupando totalmente um contêiner
o custo do frete por unidade transportada fica mais barato.
• Densidade da carga: Relação entre o volume e o peso do lote (Fator de Estiva, expresso em metros
cúbicos por tonelada). Quanto mais denso o produto, menor será o espaço ocupado pelo lote e vice-versa.
O frete é cobrado pelo de maior participação - Peso ou Volume. Por exemplo, uma tonelada de papel
higiênico ocupa um enorme espaço, pagando frete bem mais caro do que uma tonelada de chumbo, que
ocupa pouquíssimo espaço.
• Facilidade de acondicionamento: Dimensões unitárias dos volumes e sua relação com o uso do espaço
nos equipamentos de transporte. Os paradigmas para medidas são os comprimentos dos contêineres,
respectivamente, de 20’ e de 40’.Tubulações com mais de 12 metros de comprimento pagam fretes muito
mais caros.
• Facilidade de movimentação: Equipamentos necessários e tempo de operação. Movimentação manual,
equipamentos de grande porte e baixa produtividade aumentam o tempo de utilização dos equipamentos
nos terminais, elevando o custo operacional. Que tal transferir uma girafa do Zoológico de São Paulo para
o do Rio de Janeiro?
• Valor dos fretes: É afetado pela relação entre oferta e demanda, intensidade e sentido do tráfego,
sazonalidade e carga tributária incidente sobre o produto. Pela baixa densidade de tráfego, em geral os
fretes marítimos para países africanos são mais caros do que para a Europa, apesar da menor distância.
• Responsabilidade: Diretamente relacionado ao custo das apólices de seguros para cobrir os riscos de
transporte: suscetibilidade de avarias à carga, veículo transportador ou a terceiros, possibilidade de
deterioração da mercadoria, ou ainda, o elevado valor unitário estimular furtos ou roubos. Envolve ainda
os procedimentos aduaneiros do país de destino.
• Protecionismo: Carga tributária imposta pelo país de destino a uma determinada mercadoria e/ou
exigências formais de certificações e outros documentos. Pode também se apresentar na forma de
subsídios à produção nacional ou à imposição de cotas de importação.
Estratégias para a definição do preço de um produto exportado

Exportar envolve custos mais altos que nas vendas domésticas, levando a uma escalada de preços. As melhores

alternativas para tentar reduzir o custo dos produtos exportados são:


• Obter redução dos impostos incidentes sobre o produto ou adaptá-lo a uma alíquota menor;
• Encurtar a quantidade de canais de distribuição;
• Caso o mercado-alvo aceite, produzir versões mais simples do produto;
• Reduzir o tamanho do produto, diminuindo os insumos empregados;
• Implantar fábrica em algum país próximo.

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2 Entendendo o que é Lay-Down Cost e Fronteira de
Mercado
• Lay-Down Cost é o custo final (porta-a-porta) de se entregar um produto qualquer em um determinado
ponto geográfico do planeta, ao final do processo de distribuição. Devem ser considerados todos os custos
relativos à movimentação, transporte, transbordos, armazenagem, seguros, certificações, licenças e
tributos.
• Fronteira de Mercadoé a linha de indiferença entre duas possíveis e diferentes cadeias de suprimento,
onde os Lay-Down-Costsserão idênticos. A obtenção de vantagem competitiva diante da concorrência
consiste em estabelecer trade-offsnos custos passíveis de serem reduzidos. Qualquer diferença a menor
que puder ser obtida altera o status do Lay-Down-Cost, desestabilizando a fronteira de mercado e
viabilizando uma nova fonte de suprimento.
A Supply Chain internacional é longa e o fator tempo deve ser sempre considerado! Antes de prosseguir, atente

para o correto significado desses 2 conceitos:

Unitizaçãoé o agrupamento físico de mercadorias pertencentes a um único lote de mercadoria, originária de um

único Embarcador e destinada a único proprietário. Tem como finalidade obter maior velocidade operacional

nas operações de movimentação.

Consolidaçãoé o agrupamento físico e a respectiva cobertura documental de mercadorias originárias de

Embarcadores diferentes e destinadas a Consignatários diferentes, independentemente de terem ou não

naturezas semelhantes. Esse procedimento tem como finalidade viabilizar fretes internacionais para pequenos

lotes de carga.
• Identificar mercados-alvo;
• Verificar restrições de comercialização internacional do produto, tanto no país de origem quanto no de
destino (por exemplo, no Brasil deve-se verificar se há necessidade de obter anuências ou se há algum
tipo de impedimento);
• Analisar exigências técnicas, sanitárias e documentais do país de destino;
• Adaptar produto + embalagem
• exigências do mercado-alvo;
• Dimensionar a demanda e confrontar seu custo x preço praticado no mercado-alvo;
• Definir preço de venda internacional.
Composição do preço de um produto exportado

Veja abaixo a composição do preço de um produto exportado


• (-) IPI, ICMS, PIS-COFINS (isenções tributárias)
• (+) Custos de adaptação do produto e embalagem
• (+) Despesas com vistos consulares (caso haja)
• (+) Despesas com Certificados e inspeções
• (+) Custo do transporte interno
• (+) Apólice de Seguro-carga (INCOTERM)
• (+) Despesas portuárias ou aeroportuárias (conforme o INCOTERM)
• (+) Despacho Aduaneiro
• (+) Custo de emissão de B/L (INCOTERM)
• (+) Margem de lucro

• (+) Comissão de corretores ou brokers (preço FOB)

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• (+) Comissão de corretores ou brokers (preço FOB)
• (+) Comissão de Bancos e/ou Corretoras (Câmbio)

Lay Down Custo logístico porta a porta para se transferir fisicamente um produto até algum lugar do

Cost planeta;

Transações compensatórias de custos, ou seja, buscar o ponto de equilíbrio entre custos


Trade off
conflitantes.

O que vem na próxima aula


Na próxima aula, você:
• Abordará os riscos sofridos pelas mercadorias e os tipos de seguros existentes no tráfego internacional.

CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Identificou os principais elementos de custo capazes de afetar o preço final de um produto;
• Aprendeu os critérios para analisar situações de Lay-Down Cost e fronteira de mercado.

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