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ESCOLEGIS

MONITOR
ESCOLAR
PROFESSOR - VALDERCLEY SANTOS

O mundo não para.

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MONITOR ESCOLAR

COMPOSIÇÃO DA MESA DIRETORA


DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE RORAIMA

Presidente - Soldado Sampaio (PCdoB)


1º Vice-Presidente - Marcelo Cabral (MDB)
2º Vice-Presidente - Renato Silva (Republicanos)
3º Vice-Presidente - Éder Lourinho (PTC)
1º Secretário - Jeferson Alves (PTB)
2º Secretária - Aurelina Medeiros (Podemos)
3º Secretária - Tayla Peres (PRTB)
4º Secretário - Gabriel Picanço (Republicanos)
Corregedor-Geral - Nilton Sindpol (Patriota)

Ficha Técnica
Ebook - Monitor Escolar
Autor: Professor Valdercley Santos
Revisão Pedagógica e EAD: Prof. Dr. Wender Antônio da Silva

Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização da editora.


A distribuição e download deste e-book são gratuitos dentro da plataforma Escolegis, no
entanto, sua comercialização e/ou redistribuição é terminantemente proibida.

©️ Copyright 2021 – Istud Ltda ME


Categoria: inteligência emocional

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ESCOLEGIS

INTRODUÇÃO
O sistema de educação realmente está crescendo cada vez mais durante os
anos. E com isso novos cargos estão surgindo para os profissionais que desejam
seguir essa área, mas, alguns deles acabam gerando certa confusão já que tem
uma ideia parecida. A exemplo aos Monitores, Inspetores ou Bedéis escolar, são
agora chamados de Agentes de Organização Escolar e são responsáveis pela
continuidade diária da educação trabalhada dentro da sala de aula pelo professor,
organizando o ambiente escolar através do diálogo e bons exemplos. Logo, esse
profissional precisa participar dos diversos momentos de discussões pedagógicas
que ocorrem no interior da escola, fazer parte de fato da equipe educacional, se
sentir pertencente ao grande projeto chamado Escola (Bocchi, 2018).

Os Monitores de escola são pessoas por diversas vezes mais próximas dos
alunos, por se relacionarem com os educandos em horários mais descontraídos,
de conversa livre, onde a empolgação da turma de amigos permite a descoberta
de percepções discentes fundamentais para o sucesso escolar.

O profissional pode atuar em diversas instituições de ensino públicas e


privadas e será exigido no seu dia a dia de trabalho que o mesmo inspecione os
alunos em todas as dependências do estabelecimento de ensino, garantindo a
disciplina e segurança dos mesmos, zelando pelas dependências e instalações do
estabelecimento e pelo material utilizado.

Quem aceitar o cargo também terá que garantir o auxílio nos serviços de
portaria, ajudando todos que estão passando pelo local, controle de presença dos
alunos que estudam na instituição, guarda e proteção dos alunos, se necessário
prestando primeiros socorros, em caso de algum acidente.

“O conhecimento é libertador”.

Paulo Freire

Bons estudos!

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MONITOR ESCOLAR

SUMÁRIO
UNIDADE I Contextualização........................................................... 6
1.1 Breve olhar sobre a profissão.......................................................................6
1.2 A inspetoria escolar............................................................................................8
1.3 Conceitos segundo a CBO............................................................................10
1.4 Funções.....................................................................................................................12
1.5 Atribuições...............................................................................................................13
1.6 Perfil do profissional.........................................................................................14

UNIDADE II Conhecendo o Ambiente Escolar........................... 14


2.1 Conceito de escola..............................................................................................14
2.2 Os tipos de profissionais que atuam na escola.............................16

UNIDADE III Introdução à Rotina Administrativa..................... 18


3.1 Documentos oficiais.........................................................................................18
3.2 Trabalho em equipe.........................................................................................20
3.3 Relação interpessoais......................................................................................25
3.4 Rotina de administrativa..............................................................................26
3.5 Ética profissional.................................................................................................28

UNIDADE IV Os Tipos de Monitorias.............................................. 29


4.1 Monitoria em creche........................................................................................31
4.2 Monitoria em recreação................................................................................32
4.3 Monitoria em educação inclusiva...........................................................34
4.4 Monitoria em educação a distância.....................................................37
4.5 Monitoria em acadêmica.............................................................................38
4.6 Monitoria no PIBID...........................................................................................42
4.7 Monitoria no Mais Educação......................................................................44

UNIDADE V O Monitor Escolar


e o Ambiente de Trabalho................................................................. 45
5.1 O papel do monitor escolar na escola...................................................46
5.2 Assistente de aluno...........................................................................................49
5.3 Cuidador de aluno.............................................................................................49
5.4 Auxiliar de sala.....................................................................................................50
5.5Inspetor de corredor..........................................................................................50
5.6 Cuidador de sala.................................................................................................50

UNIDADE VI Mediação de Conflitos


no Ambiente Escolar........................................................................... 51

Considerações Finais.......................................................................... 53
Referências............................................................................................. 54
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MONITOR ESCOLAR

UNIDADE I
CONTEXTUALIZAÇÃO
1. 1 BREVE OLHAR SOBRE A PROFISSÃO
Desde o século XIX até a atualidade, todos os brasileiros que já foram estudantes,
seja em escolas particulares ou em escolas públicas, conheceram a figura do
inspetor de alunos. Cícero Alvernaz (2011) afirma que o inspetor de alunos, esse
profissional, na atualidade, tem múltiplas funções e é considerado “pau para toda
obra” dentro da escola, mas que seu trabalho é pouco reconhecido. 1

Ouve-se falar de inspetores de alunos, no Brasil, desde os tempos coloniais. A


maioria da busca bibliográfica nos leva a textos sobre um profissional que hoje
é conhecido como supervisor de ensino e cujas atribuições envolvem o trabalho
em várias escolas, e não ao profissional que atua em uma escola. Essa confusão
entre o inspetor de alunos e o inspetor de ensino (supervisor) é bastante antiga.

O que se verifica é que a figura do inspetor de alunos, mesmo com uma


nomenclatura diversa existe, no Brasil, desde quando as primeiras escolas foram
aqui implantadas. E que sua função se relacionava a alguma forma de controle.

Vamos ver que a inspeção escolar é, no Brasil, uma profissão quase tão antiga
quanto o próprio país. Sua história anda passo a passo com a evolução da
educação (ABREU, 2012)2. Ao longo dessa história, recebeu várias denominações,
muitas das quais ainda hoje são usadas, como bedel (nomenclatura dada aos
inspetores de alunos no Centro Universitário Hermínio Ometto, conhecido como
UNIARARAS, na cidade de Araras, a 20 km de Rio Claro, SP).

No ano de 1799 teve início a fiscalização das aulas régias, atividade de inspeção
efetuada por um professor de confiança do vice-rei. “O trabalho do inspetor nessa
época era de fiscalizar o funcionamento das escolas, os métodos de ensino, o
comportamento dos professores e o aproveitamento dos alunos” (ABREU, 2012)3.
No final do século XIX, com a reforma de Afonso Pena, os inspetores passaram a
ser nomeados por concurso.

1
ALVERNAZ, Cícero. A figura heroica do inspetor de alunos. Ultimato, 28 ago. 2011. Disponível em: . Acesso em: 22 mai. 2020. Não
paginado
2
ABREU, Humberto Magela de. Inspeção escolar: do controle à democratização do ensino. Pós em Revista, 19 nov. 2012. Disponível
em: . Acesso em: 22 mai. 2020. Não paginado.
3
Idem.

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ESCOLEGIS

De acordo com Catarina Iavelberg (2011), o inspetor escolar “é um dos


profissionais mais atuantes na esfera educacional. Ele transita por toda a escola,
em geral conhece os alunos pelo nome e é um dos primeiros a serem procurados
quando há algum problema que precisa ser solucionado rapidamente”4. Alvernaz
(2011) afirma que o trabalho do inspetor “não se limita apenas a olhar os alunos
[...] A sua função se multiplica na medida em que aparecem as necessidades
dentro do contexto administrativo, educacional e disciplinar da Unidade Escolar”5.

Ser um inspetor de alunos, acreditamos, é estar constantemente em alerta.


Quando uma criança se machuca, cai, leva uma pedrada, bate com a cabeça, bate
em outro colega ou sofre qualquer outro tipo de acidente, a responsabilidade
recai sobre o inspetor que estava responsável por cuidar daquele perímetro.
Quando ocorre um acidente, o primeiro questionamento é: “Quem estava como
responsável naquela área?” E depois: “O que aconteceu, quando, como e por
quê?”

Diz Iavelberg (2011) que como profissionais que atuam na educação, os


inspetores de alunos, qualquer que seja sua nomenclatura, são também
educadores. E precisam de uma formação consistente para que consigam dar
conta de interagir com os alunos nos diversos espaços da escola (quadras, pátio,
corredores, cantina, sanitários, etc.). Essa formação, afirma Iavelberg (2011) deve
partir da equipe gestora6.

Iavelberg (2011) afirma que a equipe gestora deve capacitar os inspetores de


alunos a examinar as relações interpessoais, analisando o comportamento de
grupos de alunos, os lugares que ocupam as brincadeiras e os jogos que preferem;
reconhecendo as lideranças e os que se submetem a elas; acompanhando o
processo de adaptação dos alunos novos, etc.7

Hoje, o inspetor de alunos não é um mero fiscal e tem mais autonomia,


unindo-se aos demais profissionais da educação, de modo a contribuir com o
desenvolvimento do processo pedagógico. Para isso, trabalha valores éticos e
morais, visando a transformação da sociedade em longo prazo.

4
IAVELBERG, Catarina. O papel do monitor, inspetor ou bedel na formação dos alunos. Gestão escolar, 01 mar. 2011. Disponível em:
. Acesso em: 22 mai. 2020. Não paginado.
5
ALVERNAZ, Cícero. A figura heroica do inspetor de alunos. Ultimato, 28 ago. 2011. Disponível em: . Acesso em: 22 mai. 2020. Não
paginado
6
IAVELBERG, Catarina. O papel do monitor, inspetor ou bedel na formação dos alunos. Gestão escolar, 01 mar. 2011. Disponível em:
. Acesso em: 22 mai. 2020. Não paginado.
7
IAVELBERG, Catarina. O papel do monitor, inspetor ou bedel na formação dos alunos. Gestão escolar, 01 mar. 2011. Disponível em:
. Acesso em: 22 mai. 2020. Não paginado.

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MONITOR ESCOLAR

1.2 A INSPETORIA ESCOLAR


A Inspetoria Escolar - QUEM É, AFINAL, O INSPETOR ESCOLAR?

De acordo com Catarina Iavelberg (2011), o inspetor escolar “é um dos


profissionais mais atuantes na esfera educacional. Ele transita por toda a escola,
em geral conhece os alunos pelo nome e é um dos primeiros a serem procurados
quando há algum problema que precisa ser solucionado rapidamente”. Alvernaz
(2011) afirma que o trabalho do inspetor “não se limita apenas a olhar os alunos
[...] A sua função se multiplica na medida em que aparecem as necessidades
dentro do contexto administrativo, educacional e disciplinar da Unidade Escolar”

Ivana Veraldo (2011) afirma ser, o inspetor de alunos, um Profissional cuja


função é vital na escola. É ele quem orienta os alunos quanto às normas da
unidade escolar, organiza a saída e a entrada dos alunos, zela pela disciplina
dentro e fora das salas de aula, monitora o deslocamento e a permanência dos
alunos nos corredores, zela pelo cumprimento do horário das aulas e demais
rotinas escolares.

É possível que por ter essas atribuições continue-se a acreditar que os alunos
precisam ser continuamente vigiados e, assim, perpetuam-se os princípios e regras
existentes no século XVIII apontados por Foucault (1987) quando examinamos
as atribuições do agente escolar, a saber, o princípio da clausura e as regras
de localizações funcionais: Infelizmente, muitos diretores entendem que quem
atua nessa função deve apenas controlar os espaços coletivos para impedir a
ocorrência de agressões, depredações e furtos, vigiar grupos de alunos, observar
comportamentos suspeitos e até mesmo revistar armários e mochilas.

Esse tipo de controle, além de perigoso - pois os conflitos abafados por ações
repressoras acabam se manifestando com mais violência - , contribui para reforçar
a desconfiança entre a instituição e os estudantes. E uma relação fundada na
insegurança fragiliza a construção de valores democráticos, que deveria ser um
dos objetivos de todas as escolas. (IAVELBERG, 2011).

Muitas vezes a impressão que o inspetor de alunos passa é de que é o chato que
está ali somente para manter a ordem, para dar bronca e levar para a diretoria. Na
verdade, cremos que as atribuições dos inspetores concentram-se basicamente
no aluno: cuidados e prevenção de pequenos acidentes, zelar pelo bem estar
dos alunos principalmente nos intervalos das aulas, momentos em que estão
sob total responsabilidade do inspetor, socorrer e prestar atendimento básico de
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ESCOLEGIS

primeiros socorros como limpar um machucado e fazer um curativo, passar uma


pomada em picadas de insetos, acalmar o aluno quando o mesmo encontra-se
chorando, dar conselhos, etc.

Ser um inspetor de alunos, acreditamos, é estar constantemente em alerta.


Quando uma criança se machuca, cai, leva uma pedrada, bate com a cabeça, bate
em outro colega ou sofre qualquer outro tipo de acidente, a responsabilidade
recai sobre o inspetor que estava responsável por cuidar daquele perímetro.
Quando ocorre um acidente, o primeiro questionamento é: “Quem estava como
responsável naquela área?” E depois: “O que aconteceu, quando, como e por quê?”
Geralmente sabemos explicar o que houve, mas tem casos que não presenciamos,
que não vimos como aconteceu. Nesses casos, somos repreendidos por não
termos presenciado a cena e aconselhados a prestar mais atenção.

Ser repreendido pelo superior traz um certo desconforto. Presenciar um


acidente faz com que nos sintamos incompetentes, e uma sensação de pânico
e culpa recai sobre nós. Com a prática vamos ficando mais alertas com relação
a pequenos acidentes e, geralmente, evitando-os. No entanto, há vezes em que
o aluno se machuca bem na sua frente e não há nada que se possa fazer para
evitar.

Diz Iavelberg (2011) que como profissionais que atuam na educação, os


inspetores de alunos, qualquer que seja sua nomenclatura, são também
educadores. E precisam de uma formação consistente para que consigam dar
conta de interagir com os alunos nos diversos espaços da escola (quadras, pátio,
corredores, cantina, sanitários, etc.). Essa formação, afirma Iavelberg (2011) deve
partir da equipe gestora.

Iavelberg (2011) afirma que a equipe gestora deve capacitar os inspetores de


alunos a examinar as relações interpessoais, analisando o comportamento de
grupos de alunos, os lugares que ocupam as brincadeiras e os jogos que preferem;
reconhecendo as lideranças e os que se submetem a elas; acompanhando o
processo de adaptação dos alunos novos, etc.

Ainda é Iavelberg (2011) que afirma que os inspetores de alunos precisam


conhecer bem o Projeto Político-Pedagógico da escola, pois isso os fará sentirem-
se, verdadeiramente, [...] parceiros na Educação dos alunos e atuarão como tal.
Para tanto, devem ser convidados a participar das reuniões de planejamento e
das decisões que envolvem toda a equipe. Ao mesmo tempo, os encontros deles
com a equipe de direção podem entrar na rotina, pois assim se cria um canal de
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MONITOR ESCOLAR

comunicação em que eles se sintam seguros para expor as dúvidas, explicitar as


incertezas e discutir os acontecimentos (IAVELBERG, 2011).

Iavelberg (2011) sugere que o inspetor participe das reuniões de planejamento


e das decisões que envolvem a equipe escolar, onde poderá colocar suas ideias
e dúvidas. O inspetor de alunos precisa fazer parte, efetivamente, da equipe
escolar, pois ele é o elemento mobilizador que podem auxiliar no planejamento e
na contextualização de modo que se construa, coletivamente, “um currículo que
contemple diferentes tipos de atividades, entre elas excursões, jogos, festivais,
exposições, nas quais o aluno [...] é percebido como um sujeito ativo no processo
de construção de conhecimentos” (SILVA, 2016).

1.3 CONCEITOS SEGUNDO A CBO


• CBO 3341-10;

Sinônimos do CBO:

• 3341-10 - Agente de organização escolar;

• 3341-10 - Agente educador;

• 3341-10 - Auxiliar técnico de educação;

• 3341-10 – Bedel;

• 3341-10 - Inspetor de alunos;

• 3341-10 - Inspetor de disciplina;

• 3341-10 - Monitor de alunos;

• 3341-05 - Inspetor de alunos de escola privada;

• 3341-15 - Monitor de transporte escolar.

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ESCOLEGIS

Descrição Sumária

• Cuidam da segurança do aluno nas dependências e proximidades da


escola; inspecionam o comportamento dos alunos no ambiente escolar.

• Orientam alunos sobre regras e procedimentos, regimento escolar,


cumprimento de horários; ouvem reclamações e analisam fatos.

• Prestam apoio às atividades acadêmicas; controlam as atividades livres


dos alunos, orientando entrada e saída de alunos, fiscalizando espaços
de recreação, definindo limites nas atividades livres.

• Organizam ambiente escolar e providenciam manutenção predial.

Formação e Experiência

• O exercício dessas ocupações requer ensino fundamental (inspetor de


alunos de escola pública) e ensino médio (inspetor de alunos de escola
privada).

• O inspetor de alunos de escola pública é recrutado por meio de concurso


público.

Condições Gerais de Exercício

• Trabalham em estabelecimento de ensino público, privado ou em


escolas livres.

• São estatutários ou celetistas.

• Atuam em equipe, em locais abertos ou fechados, em período diurno


ou noturno, sob supervisão ocasional de diretores ou secretários de
escola.
• Podem permanecer em pé por períodos longos, em locais ruidosos.

• Os profissionais que atuam em escola pública assumem, também,


funções pertinentes a outros profissionais administrativos e pedagógicos
como, por exemplo, ouvir reclamações de professores sobre ameaças de
alunos em áreas de violência, orientar alunos e fazer pequenos reparos
nas escolas.

Fonte: mtecbo.gov.br
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MONITOR ESCOLAR

1.4 FUNÇÕES

O Monitor Escolar tem a função de orientar os alunos quanto às normas da


unidade escolar; o monitor - também chamado, em algumas instituições, de
inspetor - é um dos profissionais mais atuantes na esfera educacional, pois
organiza a entrada e saída dos alunos; zela pela disciplina dos alunos dentro e
fora das salas de aula.

O profissional é importante para assegurar a segurança dos alunos no ambiente


escolar, por isso, monitora o deslocamento e a permanência dos alunos nos
corredores e banheiros da unidade escolar; presta assistência, no que lhe couber,
ao aluno que adoecer ou sofrer qualquer acidente.

A ROTINA DE TRABALHO DE UM MONITOR ESCOLAR ENVOLVE AS TAREFAS DE:

• Conhecer o histórico pessoal, familiar e escolar do aluno;

• Manter relacionamento profissional, ético e de parceria com o


professor regente;

• Estimular a autonomia do aluno na execução das atividades em sala


de aula;

• Interagir e participar de jogos e brincadeiras que reúnam a turma;

• Acolher na chegada e na saída dos alunos, sendo cordial;

• Conduzir o aluno durante as atividades propostas, bem como no uso


do banheiro e no refeitório e rotinas nos diferentes ambientes (almoço,
lanche e troca de fraldas);

• Adaptar os instrumentos necessários para melhor atender os alunos;

• Estimular o contato com outras crianças; conduzir o aluno no final do


período letivo até o transporte ou permanecer com este até o responsável
buscá-lo, sempre que necessário.

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ESCOLEGIS

1.5 ATRIBUIÇÕES
Entre as principais atribuições dos Inspetores de alunos CBO 3341-10 estão as
de:

• definir limites nas atividades livres;

• acompanhar aluno pichador na limpeza de sua pichação;

• demonstrar senso de observação;

• auxiliar alunos na procura de materiais/uniformes;

• encaminhar alunos faltosos à coordenação;

• verificar as condições de operação dos portões e portas;

• participar da definição das atividades disciplinares da escola;

• orientar entrada e saída dos alunos;

• demonstrar afinidade com o aluno;

• comunicar à chefia a presença de estranhos nas imediações da escola;

• confirmar irregularidades comunicadas pelos alunos;

• impedir cabulação de aulas;

• reprimir furtos na escola;

• demonstrar capacidade de comunicação;

• acompanhar alunos em excursões;

• orientar a utilização dos banheiros;

• auxiliar alunos na travessia de ruas;

• demonstrar credibilidade;

• entregar leite aos alunos;

• convocar professor substituto;

• controlar fluxo de pessoas estranhas ao ambiente escolar;

• relatar aos pais o comportamento do aluno;

• orientar alunos quanto ao cumprimento aos horários;

• encaminhar solicitação de pais de alunos;


• retirar objetos perigosos dos alunos;
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MONITOR ESCOLAR

1.6 PERFIL DO PROFISSIONAL


• Ser estudante universitário de formação específica em área pedagógica,
desportiva, artística ou social;

• Saber manter o ânimo na condução dos trabalhos;

• Estar atento aos aspectos das relações interpessoais inerentes à


convivência humana;

• Saber ouvir e ter a capacidade de trabalhar em equipe;

• Ser cuidadoso no sentido de procurar perceber as necessidades de


cada aluno, ou seja, caminhando com o todo sem desprezar as partes;

• Ser tolerante com o tempo do outro e respeito pelo ritmo das pessoas.

• Buscar parceiros para o desenvolvimento das atividades do


macrocampo;

• Estabelecer parceria com a direção da escola, visando incorporar


valores e benefícios aos participantes do Programa;

• Monitorar, orientar e avaliar o percurso pessoal de estudo e


aprendizagem do aluno sob sua responsabilidade, considerando os
princípios de construção de cidadania e da cultura de paz;

• Participar de reuniões com todos os membros da escola;

UNIDADE II
CONHECENDO O AMBIENTE ESCOLAR

2.1 CONCEITO DE ESCOLA


Escola - Conceito

O termo escola deriva do latim schola e refere-se ao estabelecimento onde se


dá qualquer gênero de instrução. Também permite fazer alusão ao ensino que
se dá ou que se recebe, ao conjunto do corpo docente e discente de um mesmo
estabelecimento escolar, ao método, ao estilo peculiar de cada professor/docente
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ESCOLEGIS

para ensinar, à doutrina, aos princípios e ao sistema de um autor.

Entende-se por escola a instituição que se dedica ao processo de ensino


e aprendizagem entre alunos e docente. A escola é uma das instituições mais
importantes na vida de uma pessoa, talvez também como uma das primordiais
da família, já que na atualidade se estabelece que uma criança faça parte da
escola desde a sua infância para finalizar aproximadamente na idade adulta.

Historicamente, o processo de ensino e aprendizagem educativo esteve limitado


aos setores mais poderosos da sociedade. Assim, a maioria das pessoas não
costumava receber nenhum tipo de educação além do conhecimento básico e
necessário para executar uma tarefa específica, tais como agricultura, artesanato,
comércio, etc.

Em meados do século XIX a escola iria aparecer nas sociedades ocidentais


como uma instituição vital. Isso tinha a ver com a noção de democratização do
conhecimento, assim como com a necessidade dos estados nacionais transmitirem
um discurso à maior parte da população possível. Então a escola foi removida do
âmbito exclusivo da religião e se tornou um espaço laico dominado pelo Estado
de acordo com os seus interesses.

O Estado deve garantir a educação do seu povo. Posto isto, a sua função consiste
em inspecionar e supervisionar as escolas para que funcionem corretamente e
ofereçam um serviço educativo de qualidade aos seus estudantes/alunos.

As instituições privadas costumam usar o termo “colégio” para se intitular,


enquanto que, devido a isso, as instituições públicas acabam adotando o termo
“escola”. Mas muitos discordam que esse seja um conceito errôneo.

Mas o que é mais aceito é que escola defina as instituições que tenham até o
9º ano (8ª série) do ensino fundamental, enquanto que os colégios tenham até
o ensino médio. Atualmente, há também as escolas para adultos, onde pessoas
que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos o podem fazer. No
Brasil, por exemplo, isso costuma acontecer em escolas públicas comuns e as
aulas ocorrem durante a noite.
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MONITOR ESCOLAR

Em alguns países, as escolas ainda podem ser apenas para meninas ou para
meninos. Por fim, existem ainda as escolas religiosas, onde os alunos estudam
as mesmas matérias de escolas comuns, mas com foco numa educação religiosa:
aprendendo sobre os valores, costumes e sobre os fundamentos que estruturam
uma determinada religião.

2.2 OS TIPOS DE PROFISSIONAIS


QUE ATUAM NA ESCOLA
A escola é uma instituição que tem como finalidade a formação e a educação
de crianças e adolescentes. Espaço ao qual aprendemos a ler e a escrever, além
de praticarmos esportes, e conhecemos pessoas novas, aprendemos a conviver
e respeitar professores e funcionários que fazem parte dessa instituição. A escola
forma cidadãos para o futuro.

DIRETOR ESCOLAR

A função do diretor é, talvez, a mais conhecida por todos. Responsável por


gerenciar toda a administração da instituição de ensino, esse profissional foca o
seu trabalho em ações que ajudam a garantir um aprendizado significativo dos
alunos a partir de uma educação de excelência, com uma equipe de professores
qualificados.

VICE-DIRETOR

Algumas instituições de ensino contam com o cargo de vice-diretor. Esse


profissional atua como braço-direito do diretor em questões pedagógicas e
administrativas.O vice-diretor também é responsável por tomadas de decisões
importantes e acaba sendo um elo fundamental entre o diretor e o corpo docente.

COORDENADOR PEDAGÓGICO

Para os professores, a parceria com o coordenador pedagógico na gestão escolar


é fundamental. Isso porque esse profissional é responsável por compreender
os pontos fortes e fracos apresentados pela instituição de ensino, acompanhar
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ESCOLEGIS

o PPP, cuidar da formação continuada do corpo docente e analisar o nível de


aprendizagem dos alunos. O coordenador pedagógico também é bastante
presente na rotina dos pais, seja em reuniões ou eventos pedagógicos.

ORIENTADOR EDUCACIONAL

Muitas instituições de ensino possuem em suas equipes de gestão escolar o


profissional que atua como orientador educacional. Responsável pela mediação,
o orientador auxilia diretamente na articulação entre alunos, professores e pais,
contribuindo para o desenvolvimento integral do estudante e aprimoramento
do desempenho de todos os que estão inseridos no processo de ensino-
aprendizagem.

Os outros profissionais:

• Os professores ensinam e orientam os alunos;

• Os merendeiros preparam a merenda (lanche) para os alunos;

• O faxineiro(a) é responsável pela limpeza da escola;

• O zelador zela pelo patrimônio da escola;

• O porteiro fiscaliza a entrada e saída dos alunos e de outras pessoas


na escola;

• E os demais funcionários desempenham papel importante na secretária


ajudando para que a escola possa desempenhar da melhor forma as
suas funções.

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MONITOR ESCOLAR

UNIDADE III
INTRODUÇÃO À ROTINA ADMINISTRATIVA

3.1 DOCUMENTOS OFICIAIS


Os documentos oficiais são feitos no contexto das atividades administrativas
de uma instituição. Dessa forma, eles são úteis para registrar informações,
independente da natureza ou suporte utilizados.

Os tipos de documentos oficiais são: Apostila, Ata, Atestado, Carta, Certidão,


Circular, Contrato, Convênio, Decisão, Declaração, Despacho, Determinação
de Serviço, Edital, E-mail, Fax, Guia de Encaminhamento de Correspondência
Postal, Guia de Remessa de Documentos ou Processos, Informação. Instrução
de Serviço, Memorando, Norma de Serviço, Ofício, Parecer, Portaria, Processo,
Protocolo de Intenções, Regimento, Regulamento, Relatório, Relatório de Reunião,
Requerimento, Resolução e Telegrama.

Ata

É um relato fiel de fatos que ocorreram e decisões que foram feitas durante
reuniões e assembleias, segundo uma pauta previamente estabelecida,
garantindo a posterior execução dos acordos ali tratados. Além disso, vale lembrar
que é geralmente registrada em livro próprio e, ao final da reunião, costuma ser
assinada pelos participantes.

Declaração

É um documento que se assemelha ao atestado, mas que não deve ser expedido
por órgãos públicos. Além disso, é um documento em que se manifesta uma
opinião, conceito, resolução ou até uma observação.

Certidão

É uma declaração que tem por objetivo comprovar um ato ou registro de


processo, livro ou documento existente em repartições públicas. Além disso,
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ESCOLEGIS

vale lembrar que quando autenticadas, têm o mesmo valor de um documento


original.

Decreto

A sua finalidade é detalhar e especificar a lei, facilitando a sua execução e até


esclarecendo os seus mandamentos.

Edital

É um ato escrito oficial que inclui aviso, determinação ou citação. Dessa forma,
ele é publicado por uma autoridade competente e divulgado na imprensa oficial e
em outros órgãos, de modo a ser facilmente acessado por todos. Além disso, ele
geralmente comunica novos concursos públicos, intimações e até convocações,
que exigem uma ampla divulgação.

Lei

O objetivo dessa espécie normativa, prevista pela Constituição Federal, é


disciplinar uma variedade de ações. Dessa forma, ela tem como características a
generalidade e a abstração e só pode ser utilizada pelo Poder Legislativo.

Memorando

É a comunicação ágil e fundamentalmente interna, feita entre as unidades


administrativas de um mesmo órgão, sendo elas de mesmo nível ou até de níveis
diferentes. Além disso, o caráter pode ser administrativo ou até envolver projetos,
ideias e diretrizes a serem adotados em certa instância do serviço público.

Portaria

É um documento pelo qual a autoridade inferior ao chefe do Executivo


estabelece normas para disciplinar a conduta de seus subordinados. Além disso,
ela é assinada, por exemplo, por presidente, diretor-geral, entre outros.

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MONITOR ESCOLAR

Processo

É o desenvolvimento de um expediente, ao qual são inseridos pareceres,


anexos e despachos, que darão suporte à sua tramitação.

Requerimento

É um documento pelo qual o indivíduo interessado solicita ao Poder Público


algo que ele acredite que lhe pertença ou até que deva usufruir. Além disso, ele
pode usá-lo para se defender de uma determinada prática ou até situação que o
lese de alguma forma.

Relatório

É submetido à autoridade superior, traz um panorama das atividades realizadas


pelo funcionário, no que diz respeito ao período em exercício no cargo. Além
disso, ele é geralmente adotado para prestações de conta ou até para expor o
avanço de determinadas iniciativas planejadas.

Ofício

É como são feitas as comunicações administrativas entre autoridades ou entre


autoridades e particulares, tendo como foco assuntos oficiais.

3.2 TRABALHO EM EQUIPE

O que é trabalho em equipe?

O trabalho em equipe é o momento em que as pessoas se unem para desenvolver


algo. Nesse processo se unem as habilidades, capacidades, talentos e forças para
produzir uma determinada tarefa que seria difícil ser executada apenas por uma
pessoa.

Por isso, o trabalho em equipe está relacionado a interação, produtividade,


sinergia e integração de um grupo em prol de um objetivo em comum. Portanto,
pode ser uma experiência gratificante para todos.

O termo” trabalho em equipe” se originou na Primeira Guerra Mundial quando


a ação conjunta possibilitou a troca de conhecimentos de vários especialistas de
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ESCOLEGIS

diferentes áreas em prol de um objetivo comum.

Qual a importância do trabalho em equipe?

Saber trabalhar em equipe é uma das habilidades mais valorizadas em


profissionais. Isso acontece porque a habilidade é essencial na hora de desenvolver
ou oferecer algum serviço ou produto.

Dentro de uma empresa existem diversos setores e suas especialidades, mas


se as pessoas não souberem trabalhar muito bem em equipe, dificilmente esses
profissionais e a empresa conseguem alcançar bons resultados.

Sendo assim, para que uma equipe funcione bem, cada colaborador ou
especialista precisa fazer a sua parte, sem precisar passar por cima do trabalho
dos outros. Na verdade, no trabalho em equipe o profissional não se importa em
tentar ajudar o outro colega que estiver precisando.

Qual a importância do trabalho em equipe para a carreira profissional?

Como dito anteriormente o trabalho em equipe é uma habilidade muito


valorizada pelas empresas, já que nos diferentes setores os profissionais precisam
colaborar e se comunicar bem com seus pares.

O profissional que sabe trabalhar em equipe consegue desenvolver suas tarefas


diárias com eficiência, além de apresentar melhores resultados. Uma equipe
coesa e que trabalha por um objetivo comum, tende a ser mais harmoniosa.

Melhorando o clima organizacional, a qualidade de vida no ambiente de trabalho


é outra. Dessa forma, todos conseguem desenvolver suas atividades com mais
foco, aumentando a produtividade e alcançando resultados mais rápidos.

Quais as principais habilidades para desenvolver um bom trabalho em


equipe?

Para desenvolver um bom trabalho em equipe é necessário melhorar ou


desenvolver algumas habilidades. Confira o que você precisa aprimorar para ter
a capacidade de realizar trabalho em equipe.

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MONITOR ESCOLAR

1. Respeito

Não existe trabalho em equipe, sem respeito mútuo. Não é a toa que os
profissionais que não se respeitam em um ambiente de trabalho, não conseguem
ter um bom relacionamento e dificilmente alcançam bons resultados.

Portanto, respeitar as opiniões, ideias e pensamentos dos seus colegas é


fundamental para desenvolver o trabalho em equipe. Para isso, desenvolva as
suas habilidades de empatia, estimulando o respeito entre todos.

2. Gerenciamento de conflitos

No ambiente de trabalho existem perfis diferentes trabalhando juntos, sendo


natural surgir conflitos. No entanto, a maior parte dos profissionais prefere ignorar
esses momentos para não ter que se estressar ou se indispor com alguém.

Mas para que o trabalho em equipe tenha êxito, ao invés de fugir dessas
situações, o profissional precisa identificar, gerenciar e resolver os conflitos. Para
isso, desenvolva a empatia e a assertividade.

3. Confiança

Assim como o respeito, a confiança mútua é fundamental para o trabalho em


equipe. Dentro de uma empresa, cada colaborador possui uma função que deve
ser executada, sempre acreditando no potencial dos demais.

Portanto, ao confiar na equipe, o gestor consegue delegar as tarefas sem se


preocupar com o resultado, já que conhece e acredita na capacidade do seu time.
Por isso, não tente controlar tudo, pois quando seu colaborador tem a confiança
de seu chefe, trabalha com mais motivação.

4. Comunicação

Para alinhar as metas e objetivos que devem ser alcançados pela equipe é
fundamental passar essas informações de forma clara para todos. Se fazer
entender é a melhor forma de ver o time executando o seu trabalho corretamente.

Além de metas e objetivos, a comunicação deve ser a principal ferramenta para


desenvolver a equipe. O colaborador precisa entender o que a empresa espera
dele assim como dar espaço para que ele coloque seu posicionamento.
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ESCOLEGIS

5. Inovação

O sucesso de uma empresa não está somente relacionado à boa administração


de seus gestores, mas na criatividade e inovação de seus colaboradores. Sendo
assim, a equipe precisa sempre inovar os processos e buscar soluções criativas.

Por isso, é importante estimular essas habilidades dentro da equipe, permitindo


com que o funcionário mostre seu trabalho. Dessa forma, a empresa consegue
otimizar os processos e melhorar a produtividade para alcançar êxito em seus
resultados.

6. Proatividade

Funcionário proativo antecipa suas necessidades, tomando as medidas


necessárias sem precisar solicitar autorizações de sua liderança. Por isso, é
importante que o gestor estimule os seus colaboradores a identificar as situações
problemáticas muito antes delas acontecerem.

Uma equipe com colaboradores proativos, geralmente, apresenta melhores


resultados e consegue otimizar os processos. Nesse caso, a liderança precisa
ser flexível, praticar o feedback contínuo e estar aberta a ouvir as sugestões e
opiniões dos colaboradores.

O que dificulta o trabalho em equipe?

Alguns comportamentos negativos podem ser prejudiciais para desenvolver


um trabalho de equipe. Veja quais são esses comportamentos:

1. Individualismo

Uma equipe não se desenvolve com profissionais individualistas, já que os


interesses precisam estar alinhados. Quando isso acontece, dificilmente a
empresa consegue alcançar seus objetivos.

2. Falta de objetivos

Quando há falta de objetivos a equipe não consegue definir os alvos. Dessa


forma, o time tem mais chances de seguir outros rumos, além de perder o foco
em suas atividades diárias.
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MONITOR ESCOLAR

3. Liderança despreparada

Uma equipe só consegue se desenvolver se tiver o apoio da liderança. Portanto,


se um líder não estiver preparado para lidar com o time e suas adversidades, terá
dificuldades em executar seu trabalho.

4. Falta de comprometimento dos colaboradores

O comprometimento de todos os colaboradores é fundamental para o trabalho


em equipe funcionar corretamente. Por isso, o funcionário precisa dar o seu melhor,
pois se isso não acontecer ele estará prejudicando o seu trabalho e o do time.

5. Inflexibilidade

Ser inflexível com as ideias dos colegas e discordar sempre da opinião do time
não ajuda em nada o trabalho em equipe. Logo, é importante entender que o
outro não precisa pensar igual a você.

6. Comunicação ineficiente

A comunicação ineficiente pode prejudicar o trabalho em equipe, já que as


informações podem ficar desencontradas. Dessa forma, os trabalhos podem se
duplicar, ocasionando problemas que ficam difíceis de serem resolvidos.

7. Desvalorização do trabalho do colega

Não adianta fazer parte de uma equipe se você não consegue valorizar o
trabalho dos seus colegas. O funcionário que acha que sabe mais do que o outro
ou que tem mais experiência inferiorizando o seu colega, pode prejudicar o
trabalho em equipe.

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ESCOLEGIS

3.3 RELAÇÃO INTERPESSOAIS

O que é o relacionamento interpessoal:

Relacionamento interpessoal é um conceito do âmbito da sociologia e


psicologia que significa uma relação entre duas ou mais pessoas. Este tipo de
relacionamento é marcado pelo contexto onde ele está inserido, podendo ser
um contexto familiar, escolar, de trabalho ou de comunidade.

O relacionamento interpessoal implica uma relação social, ou seja, um conjunto


de normas comportamentais que orientam as interações entre membros de
uma sociedade. O conceito de relação social, da área da sociologia, foi estudado
e desenvolvido por Max Weber.

O conteúdo de um relacionamento interpessoal pode ocorrer em vários níveis


e envolver diferentes sentimentos como o amor, compaixão, amizade e valores
compartilhados.

Por outro lado, pode ser marcado por outras situações como litígios, disputas,
inimizades, ou outras formas de conflito interpessoal. Os conflitos surgem de
divergências e falhas de comunicação entre dois ou mais indivíduos.

Relacionamento interpessoal no trabalho

No contexto das organizações, o relacionamento interpessoal é de extrema


importância. Um relacionamento interpessoal positivo contribui para um bom
ambiente na empresa, o que pode resultar em um aumento da produtividade.

No contexto de trabalho, o relacionamento interpessoal saudável é alcançado


quando as pessoas conhecem a si mesmas, quando são capazes de se colocar no
lugar dos outros e demonstrar empatia.

Também é importante que as pessoas expressem as suas opiniões de forma clara


e direta sem ofender o outro (assertividade), sejam cordiais e ajam de maneira ética.

A sociologia estadunidense abordou de forma intensiva as questões relacionadas


com relações humanas e as suas aplicações no contexto das políticas organizacionais.

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MONITOR ESCOLAR

Estas relações humanas podem ser categorizadas em:

• relações industriais: relativas à indústria;

• laborais: no ambiente de trabalho;

• relações públicas: relacionamento da empresa com intervenientes do


exterior.

Elton Mayo e Fritz Jules Roethlisberger foram dois dos nomes mais sonantes no
estudo das teorias das relações humanas.

Diferença entre relacionamento intrapessoal e interpessoal

Já o conceito de relacionamento intrapessoal é distinto, mas não menos


importante. Este conceito remete para a aptidão de uma pessoa de se relacionar
com os seus próprios sentimentos e emoções. Isso vai determinar como cada
pessoa age quando é confrontada com situações do dia-a-dia.

Para ter um relacionamento intrapessoal saudável, um indivíduo deve exercitar


áreas como a autoafirmação, automotivação, autodomínio e autoconhecimento.

3.4 ROTINA DE ADMINISTRATIVA

Nas rotinas administrativas ocorre que um conjunto de profissionais


executa atividades para se obter resultados, essas atividades devem estar em
conformidade com o nível de competência dos profissionais, nível de autoridade
e responsabilidades.

Dessa forma, tem-se que administradores e gerentes possuem competências


distintas no processamento das rotinas administrativas, assim como os
profissionais de nível técnico e de apoio também o possuem.

Portanto, os administradores possuem responsabilidades como planejamento,


direção, controle, supervisão e outras funções que exigem dos profissionais
conhecimento e experiências maiores.

É necessário também distinguir atividades administrativas das atividades


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ESCOLEGIS

gerenciais, pois as atividades gerenciais constituem um processo que originará


as atividades administrativas, ou seja, é para apoio gerencial que existem as
atividades administrativas.

Deixando mais claro, que as atividades gerenciais têm a função de identificar


estratégias, trabalhar as oportunidades, alocação de recursos, compartilhamento
de objetivos e outros.

A administração, portanto é algo maior e que exige critério nas atividades


gerenciais e rotineiras, de forma ordenada, pois primeiro é necessário planejar,
depois se organiza os recursos, dirige a informação e a mão de obra de forma
eficiente e depois se controla os resultados alcançados.

Na verdade, a administração é todo conjunto de procedimentos que consome


recursos, que requer organização dos recursos, planejamento de alocação e
avaliação dos resultados obtidos com esses recursos.

As organizações trabalham com determinados recursos disponíveis e a partir


disso, deve estabelecer e avaliar se os recursos estão alinhados aos objetivos
e estratégias, se os recursos serão de grande valia para obter objetivos, se os
recursos estão ao alcance da empresa e se não estão, como a empresa pode
trabalhar com os recursos disponíveis sem desistir de seus objetivos e estratégias
traçadas.

Essa problemática acima pertence à capacidade da empresa dirigir o que


possui e buscar algo mais. De forma que o principal recurso da empresa capaz de
transformar recursos em objetivos são as pessoas. Colocando as pessoas certas
para as atividades ideais.

Todo o conjunto de procedimentos acima exige que o profissional tenha nível


superior e saiba lidar com o ambiente complexo das organizações.

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MONITOR ESCOLAR

3.5 ÉTICA PROFISSIONAL


A vida em sociedade exige que o ser humano se comporte de maneira ética,
uma conduta que deve ser mantida independente do ambiente em que estiver.
Sendo assim, o ambiente de trabalho também está incluído, dentro do qual se
observa a chamada ética profissional. Esta inclui tanto os padrões de convivência
em sociedade quanto os de convivência profissional.

O mercado de trabalho valoriza os profissionais que agem conforme a ética


profissional, pois ela induz a um comportamento em que há maior produtividade,
credibilidade, confiança e respeito. Seguir o código de ética nas empresas contribui
tanto para a corporação, como para o sucesso individual do colaborador.

O que é ética?

Antes de entender sobre ética profissional, vamos compreender o conceito


de ética. A palavra ética deriva do grego (éthos), que significa “propriedade
do caráter”. Trazendo para o contexto atual, ética pode ser definida como um
conjunto de princípios e valores que norteiam o comportamento em sociedade
de um indivíduo.

A ética está ligada ao caráter, tratando de uma conduta interior que reflete no
exterior do indivíduo. A pessoa ética age dentro dos padrões corretos e cumpre
o que é exigido em sociedade sem prejudicar o próximo.

O que é ética profissional?

Quando falamos em ética profissional, estamos falando sobre um conjunto de


normas, condutas e valores que orientam o comportamento e as atividades de
um profissional. A conduta ética traz benefícios individuais ao colaborador, que
conquista mais reconhecimento, confiança e credibilidade perante seus líderes
e colegas de trabalho. Ao mesmo tempo, também contribui para a empresa,
auxiliando na realização de atividades e processos internos e melhorando a
produtividade, o cumprimento de metas e o clima organizacional.

O indivíduo que tem ética profissional desempenha as atividades de sua


profissão e cumpre com suas exigências, seguindo princípios pré-determinados
pela sociedade e pelo grupo de profissionais que representa sua profissão.
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ESCOLEGIS

Código de ética profissional

De maneira geral, a ética nem sempre trata de um conjunto de leis e normas


formais, obrigatórias. Contudo, quando se trata da ética profissional, normalmente,
ela é regida por códigos de conduta e estatutos que são criados por conselhos
de representação de classe. Estes são comumente responsáveis por fiscalizar a
aplicação dos códigos de ética.

O código de ética padroniza o exercício da profissão e as condutas que devem


ser seguidas. Seu objetivo é garantir tanto a segurança dos profissionais, como
da população que entra em contato com eles. Os profissionais que não respeitam
os princípios estabelecidos podem ser punidos.

Embora existam elementos éticos universais, como a responsabilidade,


competência e honestidade, é importante lembrar que cada profissão tem um
código de ética próprio, que varia conforme a área de atuação.

Para que os profissionais ajam conforme os valores e princípios éticos da empresa


em que trabalham, também é interessante que ela tenha seu próprio código de
ética, também conhecido como código de conduta ética organizacional. Ele garante
o bom funcionamento dos processos de trabalho dentro da empresa e auxilia no
alcance de seus objetivos estratégicos, servindo para que o comportamento dos
colaboradores esteja de acordo com a postura da organização, além de facilitar a
adaptação de novas contratações e servir como um manual de boa convivência.

UNIDADE IV
OS TIPOS DE MONITORIAS

O QUE É MONITORIA?

Algumas definições:

• A monitoria é uma atividade que coloca o aluno em interação com


atividades da docência. (Área Acadêmica)

• A Monitoria é a modalidade de ensino-aprendizagem, dentro


das necessidades de formação acadêmica, destinada aos alunos
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MONITOR ESCOLAR

regularmente matriculados em cursos superiores. (área Acadêmica)

• Monitoria é a ação de transitar por toda a escola, em geral conhece


os alunos pelo nome e busca a resolução de probemas rapidamente
no ambiente escolar. (Monitor Escolar)

• Desenvolver atividades esportivas e recreativas junto às crianças.


Promover oficinas de atividades físicas e recreativas que ajudam
a desenvolver a motricidade, tais como: jogos, brincadeiras, entre
outros. (Monitor em outros contextos)

O Monitor Escolar tem a função de orientar os alunos quanto às normas


da unidade escolar; o monitor - também chamado, em algumas instituições,
de inspetor - é um dos profissionais mais atuantes na esfera educacional, pois
organiza a entrada e saída dos alunos; zela pela disciplina dos alunos dentro e
fora das salas de aula8.

O profissional é importante para assegurar a segurança dos alunos no


ambiente escolar, por isso, monitora o deslocamento e a permanência dos
alunos nos corredores e banheiros da unidade escolar; presta assistência,
no que lhe couber, ao aluno que adoecer ou sofrer qualquer acidente.

A rotina de trabalho de um Monitor Escolar envolve as tarefas de:

• Conhecer o histórico pessoal, familiar e escolar do aluno;

• Manter relacionamento profissional, ético e de parceria com o professor


regente;

• Estimular a autonomia do aluno na execução das atividades em sala de


aula;

• Interagir e participar de jogos e brincadeiras que reúnam a turma;

• Acolher na chegada e na saída dos alunos, sendo cordial;

• Conduzir o aluno durante as atividades propostas, bem como no uso


do banheiro e no refeitório e rotinas nos diferentes ambientes (almoço,
lanche e troca de fraldas);

8
Cargo de Monitor de Sala. Dísponíverl em: <<https://www.novaconcursos.com.br/portal/cargos/monitor-de-sala/>>.

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ESCOLEGIS

• Adaptar os instrumentos necessários para melhor atender os alunos;

• Estimular o contato com outras crianças; conduzir o aluno no final do período


letivo até o transporte ou permanecer com este até o responsável buscá-lo,
sempre que necessário.

TIPOS DE MONITORIA ESCOLAR

Na área educacional é cabível a figura do monitor em todos os âmbitos, para


tanto, abaixo citaremos alguns segmentos de monitoria:

4.1 MONITORIA EM CRECHE

O monitor de creche/monitor de educação infantil é responsável por desenvolver


atividades de desenvolvimento físico, motor e de caráter com as crianças, bem
como auxiliar no desenvolvimento de tarefas, verificar o bem estar, a alimentação,
o sono e a disposição física e psicológica das crianças sobre seus cuidados.

Você pode trabalhar em vários locais, tais como:

• Creches;

• Escolas;

• Com famílias que contratam um profissional para cuidar de crianças


entre 0-6 anos;

• Em projetos sociais;

• Instituições que promovam ações sociais como educação, cuidados


pessoais, alimentação, lazer e cultura;

Cabe ressaltar que o papel do “monitor de creche” deve ser o de apoiar/auxiliar


o professor com o cuidado dos materiais pedagógicos; observar a manutenção
dos equipamentos; ser responsável pela limpeza de brinquedos e equipamentos;
participar dos cuidados relacionados à alimentação, higiene educação, cultura e
motricidade.

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MONITOR ESCOLAR

As funções a serem desempenhas são:

• Apoiar o educador nas ações de cuidar e educar, procurando se espelhar


em sua maneira de agir, falar e gesticular;

• auxiliar as crianças na higiene pessoal, sempre que necessário e nos


horários estabelecidos pela coordenação da creche;

• Colaborar com o educador na hora do repouso, organizando os


colchonetes, lençóis, travesseiros e fronhas, para maior conforto das
crianças;

• Responsabilizar-se pelas crianças que aguardam os pais após o horário


de saída da creche, zelando pela sua segurança e bem-estar; Fazer a
limpeza e desinfecção dos brinquedos e demais equipamentos de
recreação;

• Oferecer e/ou administrar alimentação às crianças nos horários pré-


estabelecidos, de acordo com o cardápio estipulado por faixa etária;

• Cuidar da higienização das crianças visando a saúde e bem estar;

• Estimular a participação das crianças nas atividades de grupo como


jogos e brincadeiras, visando o desenvolvimento das mesmas;

• Fazer anotações nas agendas das crianças relatando os acontecimentos


do dia para manter as mães informadas;

• Auxiliar nas atividades pedagógicas de acordo com a orientação da


professora;

• Zelar e controlar os objetos e roupas individuais das crianças e da


creche;

• Executar atividades correlatas.

4.2 MONITORIA EM RECREAÇÃO


O monitor de recreação é responsável por promover a utilização correta dos
brinquedos em festas, buffet infantis e parquinhos. Ele também pode realizar
atividades recreativas, tendo como finalidade entreter os pequenos.

Entendemos que esse profissional atua como Recreador, assim sendo a pessoa
responsável em organizar, desenvolver e controlar atividades recreativas em
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ESCOLEGIS

diversos locais, como exemplo: hotéis, clubes, casas de festas, eventos, entre
outros.

Atribuições:
Promovem atividades recreativas diversificadas, visando ao entretenimento, à
integração social e ao desenvolvimento pessoal dos clientes. Para tanto, elaboram
projetos e executam atividades recreativas; promovem atividades lúdicas,
estimulantes à participação; atendem clientes, criam atividades recreativas e
coordenam setores de recreação; administram equipamentos e materiais para
recreação. As atividades são desenvolvidas segundo normas de segurança.

COMPETÊNCIAS PESSOAIS 9
• Servir como referencial de conduta
• Demonstrar comprometimento educacional
• Trabalhar em equipe
• Demonstrar liderança
• Demonstrar extroversão
• Demonstrar criatividade
• Transmitir segurança
• Demonstrar senso de organização
• Atualizar-se
• Demonstrar empatia
• Demonstrar dinamismo
• Mediar conflitos
• Contornar situações adversas
• Demonstrar imparcialidade
• Demonstrar tolerância
• Demonstrar facilidade de comunicação
• Demonstrar disposição
• Demonstrar habilidade para realizar tarefas diversificadas
• Demonstrar habilidade para lidar com público
• Estimular disciplina
• Difundir valores éticos

9
Classificação Brasileira de Ocupações <<http://www.mtecbo.gov.br/>> Acessado em 22.05.2020.

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MONITOR ESCOLAR

4.3 MONITORIA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O Monitor de Educação Inclusiva é requistado quando existem obstáculos


que não podem ser contornados com ações físicas e pontuais de acessibilidade,
assim, entra em cena o profissional Monitor de Apoio à Pessoa com Deficiência
(MAPD), para garantir a inclusão do aluno em classes regulares de ensino.

De acordo com a Secretaria de Educação, promover a formação específica e


continuada é implementar a Lei 13.146/15, que descreve o monitor de educação
especial como o “profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de
alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência.

O monitor de alunos com necessidades especiais desempenha suas funções


em parceria com o professor. Ele deve ajudar os alunos a se locomoverem pelas
dependências da escola, auxiliar no processo de aprendizado, ler e escrever pelo
aluno, caso ele não possua autonomia intelectual ou motora para isso.

A contratação é um dever da instituição de ensino. Por isso, é proibido


cobrar da família qualquer mensalidade ou anuidade referente à educação
infantil inclusiva e ao atendimento educacional especializado, inclusive para a
disponibilização de profissionais de apoio.

A escola também pode disponibilizar outros agentes para o atendimento dos


alunos com necessidades especiais. Entre eles, estão:

• Monitores, para auxiliar os professores na sala de aula;

• Acompanhantes para autistas, que devem ser pessoas


especializadas;

• Tradutores e intérpretes de Libras; e

• Guias intérpretes, que medeiem a comunicação alternativa para


alunos surdo e cegos.

Atribuições no monitor na educação inclusiva

Dentro dessa perspectiva Ética, considero de suma importância algumas ações


do Monitor, que funcionariam como apoio em:

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ESCOLEGIS

SALA DE AULA:

• Procurar estabelecer Comunicação e Investigação sobre o Histórico pessoal


do educando, tanto familiar quanto escolar:

Ser cordial com a família, informar-se sobre seus interesses, gostos e


costumes em casa, se faz uso de alguma medicação, como dorme, como
brinca, como se alimenta em casa.

Conversar com outros profissionais que por ventura atendam o


educando, procurando obter recomendações de cuidados necessários
para lidar com a criança na área motora, fonoaudiológica, psicológica,
etc.

• Manter relacionamento profissional, ético e de parceria com a profª regente:

Professora regente, se possível se envolvendo no planejamento semanal,


dar sugestões, pedir orientações, auxiliar as outras crianças enquanto a
profª atende a criança com deficiência;

Procurar envolver-se na dinâmica da sala de aula, não tornando seu


acompanhamento ao aluno uma forma apática de ficarem presos “ um
ao lado do outro” durante toda o período das atividades;

Reconhecer a capacidade do aluno em aprender, mesmo que não no


tempo dos outros. Sugerir à profª formas de adaptar as atividades que o
educando não estiver conseguindo realizar;

Pesquisar junto com a profª e ou individualmente estratégias, atividades


que possam ampliar as funções mentais da criança;

Ampliar seus conhecimentos à cerca da deficiência do educando, à cerca


de seu papel enquanto facilitadora no processo educativo, demonstrando
que o monitor é mais um profissional que deve ser atuante em sala de
aula e pode contribuir para auxiliar a todos: o educando, a profª, a classe.

Auxiliar na exploração e aprimoramento da motricidade do educando


em sala de aula;
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MONITOR ESCOLAR

Auxiliar na Estimulação da Linguagem, da Oralidade do educando.


Questionar sempre para que o aluno se expresse, incentivá-lo a participar
nos momentos de atividades que envolvam Histórias, Cantos, Debates,
Jogos,...

NO HORÁRIO DA ALIMENTAÇÃO:

• Ter a compreensão de que:

“ Muitas vezes não é a Deficiência que limita a pessoa, mas o ambiente, a falta
de recursos” - Valdirene Stiegler Simão.

Procurar junto à família do educando e à equipe técnica da Unidade


escolar, a possibilidade de adquirir instrumentos adaptados para a sua
alimentação: talheres com reforçador, mesa que se encaixe na cadeira
de rodas ou banco adaptado com encosto, bandeja, prato, copo, que
facilitem o movimento da criança e que melhor contribuam para a sua
independência na hora das refeições. Muitas vezes não se necessita de
recursos caros e inacessíveis...necessita-se de boa vontade em buscar
informações com profissionais da área que poderão dar uma assessoria
na escola, observando a alimentação da criança.

Auxiliar o educando a alimentar-se dando instruções OBJETIVAS e


CLARAS do que se quer que ela faça.

NO HORÁRIO DO RECREIO (Interação com os colegas):

Estimular o contato com outras crianças, nem que para isso o Monitor
insira-se nas brincadeiras e à medida que a interação com outra(s)
criança(s) vá se dando, retire-se e fique só observando.

USO DO BANHEIRO:

Se o educando utiliza fraldas, não cabe ao monitor ensinar sozinho o uso


adequado do sanitário, nem desenvolver o controle dos esfíncteres para a
retirada das fraldas. Esse processo deverá ter início na família (se for possível
dentro do quadro clínico do educando) e em comum acordo, como uma parceria,
o profissional poderá ir dando continuidade a esse processo na escola.
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ESCOLEGIS

DESLOCAMENTO EM DIFERENTES AMBIENTES DA ESCOLA


(FORA DA SALA DE AULA):

• Promover passeios para reconhecimento do ambiente escolar de


forma que o educando se familiarize com todos os percursos e através
de conversas entenda que cada dependência da Unidade Escolar tem
uma função específica;

• Estar sempre comunicando ao educando para onde irá conduzi-lo e o


porquê. Se for uma volta aleatória, indagá-lo se consente em ir junto,
se aceita ser conduzido como forma de respeitar sua vontade.

• Observar se houver necessidade de alguma rampa, algum ajuste a


se fazer na Unidade Escolar para garantir o acesso do educando em
todos os ambientes, comunicando a Direção escolar caso haja algo
impedindo o acesso.

4.4 MONITORIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

O monitor de EAD tem em sua principal função de manter a comunicação


entre os envolvidos e o engajamento dos alunos no curso. A monitoria a distância
auxilia os alunos quanto às dificuldades específicas que apresentam dentro do
ambiente virtual.

Na modalidade de ensino online, o papel do tutor EAD se mostra de suma


importância para os alunos. Seu papel é pautado na melhoria dos processos
pedagógicos que visam facilitar a forma como os alunos consomem os conteúdos
dos cursos em que os mesmos são matriculados e prestar todo o apoio no
processo de aprendizagem.

Assim o tutor deve garantir o acompanhamento de modo holístico, de todo


o processo de aprendizagem de seus alunos, orientando-os, mediando e
esclarecendo dúvidas que poderão surgir no decorrer do estudo.

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MONITOR ESCOLAR

Dessa forma, é também uma função dos tutores:

• Saber utilizar as novas tecnologias para criar diferentes estilos de


transmissão do conhecimento;

• Promover a participação de seus alunos em debates feitos nos fóruns


de discussão da plataforma;

• Estimular a interação no geral entre os participantes de cada curso —


quebrando de vez aquela percepção de que em um curso EAD não há
contato com outros alunos nem aprendizagem colaborativa;

• Auxiliar o aprendizado do discente no ambiente virtual, ajudando,


inclusive, aqueles que possam vir a ter dificuldades com a plataforma
e seu funcionamento;

• Oferecer feedbacks, facilitando a construção de conhecimentos.

4.5 MONITORIA EM ACADÊMICA


A monitoria acadêmica consiste em atividades de ensino desenvolvidas
pelo estudante-monitor como uma forma de aproximá-lo da prática
da docência. O trabalho acontece sob a orientação de um professor,
que supervisiona as atividades de monitoria. O monitor auxilia outros
estudantes ao longo do seu aprendizado, esclarece dúvidas e outras
atividades definidas no plano de trabalho.

A importância da Monitoria nas disciplinas do ensino superior extrapola o


caráter de obtenção de um título. Sua importância vai mais além, seja no aspecto
pessoal de ganho intelectual do Monitor, seja na contribuição dada aos alunos
monitorados e, principalmente, na relação de troca de conhecimentos, durante
o programa, entre professor orientador e aluno monitor.

O aluno monitor experimenta em seu trabalho docente, de forma amadora, as


primeiras alegrias e dissabores da profissão de professor universitário durante
o programa de monitoria. O fato de estar em contato direto com alunos na
condição, também de acadêmico, propicia situações inusitadas, que vão desde
a alegria de contribuir pedagogicamente com o aprendizado de alguns até a
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ESCOLEGIS

momentânea desilusão, em situações em que a conduta de alguns alunos mostra-


se inconveniente e desestimuladora10.

O privilégio oferecido aos aprovados nos programas de monitoria torna-se


de fundamental importância para a descoberta da vocação docente, evitando,
assim, que no futuro, possa tornar-se um profissional descontente com a carreira
escolhida. As tarefas desempenhadas pelo aluno monitor consistem em dar apoio
aos alunos da disciplina a qual está monitorando, dar plantão nas dependências
da faculdade, apoiar na elaboração e na resolução de questionários, ajudar na
compreensão da bibliografia básica da disciplina, orientar quanto às dúvidas
das matérias ministradas em aula, aulas de revisão- com supervisão direta do
professor orientador, ajudar na correção de provas e demais situações em que o
professor orientador necessitar de auxílio.

As aulas de revisão ministradas pelo aluno monitor com a supervisão do


professor orientador são de fundamental importância para exercitar o aluno
monitor à capacidade de concentração, argumentação e domínio do grupo. A
elaboração de estudos e pesquisas, com o objetivo de esclarecer as dúvidas e
os questionamentos dos alunos monitorados, acaba por contribuir, de forma
determinante, para a formação do espírito de pesquisador, condição fundamental
àquele que pretende seguir a carreira da docência no ensino superior.

São responsabilidades do discente que desempenhar a função de monitor


acadêmico:

• Participar das aulas do professor supervisor da disciplina em que é


monitor.

• Orientar os alunos da disciplina nas atividades teórico-práticas.

• Cumprir as horas previstas no Plano de Atividades, conforme horários


pré- estabelecidos com o professor supervisor.

10
SOUZA, Paulo Rogerio Areias de. A importância da monitoria na formação de futuros professores universitários. In: Âmbito Jurí-
dico, Rio Grande, XII, n. 61, fev 2009. Disponível em: < http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_lei-
tura&artigo_id=5990>
11
SOUZA, Paulo Rogerio Areias de. A importância da monitoria na formação de futuros professores universitários. In: Âmbito Jurídi-
co, Rio Grande, XII, n. 61, fev 2009. Disponível em: < http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitu-
ra&artigo_id=5990>

39
MONITOR ESCOLAR

• Atender alunos, em grupos ou individualmente, para esclarecimento


de dúvidas e orientação de atividades extraclasse.

• Controlar e registrar a frequência nos atendimentos aos acadêmicos.

• Participar na elaboração de aulas práticas e exercícios.

• Ter frequência integral nas atividades de monitoria.

• Efetuar diariamente o controle dos atendimentos e atividades


desenvolvidas, visando a obtenção de subsídios para a elaboração do
Relatório Final da monitoria.

• Apresentar Relatório Final das atividades de monitoria acadêmica ao


término do semestre.

Competências do monitor acadêmico

• Cumprir pontualmente os horários de monitoria estabelecido no


início do período;

• Zelar pela conservação dos equipamentos de toda a escola ou faculdade


assim como relatar todos os acontecimentos que vierem a ser de seu
conhecimento e que culminaram nos problemas apresentados;

• Zelar pela conservação dos equipamentos, livros e outros materiais


colocados à sua disposição, ficando sob sua responsabilidade qualquer
dano a estes materiais;

• Deverá atender os alunos das disciplinas que presta atendimento,


na forma de: aulas de reforço, auxiliar resolução de lista de exercícios,
estudos em grupo, no laboratório e na sala de aula;

• Zelar pelo bom nome da instituição;

• Executar atividades pedagógicas, condizentes com seu grau de


conhecimento e experiência, sob a orientação do professor;

• Constituir elo entre professores e alunos, visando ao desenvolvimento


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ESCOLEGIS

da aprendizagem;

• Participar, a critério do professor-orientador, das aulas ministradas


por este ou por outros professores da disciplina em que é monitor;

• Auxiliar o professor na realização de trabalhos teóricos, práticos e


experimentais, na preparação de material didático e em atividades de
classe e/ou laboratório;

• Auxiliar o professor na orientação de alunos, esclarecendo e tirando


dúvidas em atividades de classe e/ou laboratório;

• Participar de atividades que propiciem o seu aprofundamento na


disciplina, como revisão de texto, resenhas bibliográficas e outras;

• Apresentar trabalhos em encontros, congressos, etc.

• Comparecer aos plantões de Monitoria e atividades de nivelamento


sob sua responsabilidade, em horários estipulados pelo docente
supervisor;

• Apresentar relatório de suas atividades ao professor responsável até


a data estipulada.

Proibições expressas

• Qualquer tipo de atrito entre os alunos a fim de evitar situações


constrangedoras. Caso ocorra qualquer situação incontrolável, o
monitor deve chamar imediatamente um professor ou funcionário da
faculdade;

• Ministrar aulas no lugar do professor;

• Acessar dados confidenciais de professores, alunos, funcionário ou


secretaria;

• Acessar páginas da Internet com conteúdo não acadêmicos


(pornografias, chats, etc..);

41
MONITOR ESCOLAR

• Usar qualquer uma das máquinas da faculdade, (inclusive da


monitoria), para jogos;

• Resolver exercícios ou fazer trabalhos (parcialmente ou completamente),


como também impor seu modo de programar, estudar ou se organizar;

• Discriminar ou dar preferência de atendimento a alunos por causa de


sexo, raça, credo ou outro motivo.

4.6 MONITORIA NO PIBID


A regulamentação da função de aluno monitor, no Brasil, deu-se pela Lei Federal
n.º 5.540, de 28 de novembro de 1968, que fixa normas de funcionamento do
ensino superior e institui em seu artigo 41 a monitoria acadêmica.

“Art. 41. As universidades deverão criar as funções de monitor para alunos


do curso de graduação que se submeterem a provas específicas, nas quais
demonstrem capacidade de desempenho em atividades técnico-didáticas de
determinada disciplina.

Parágrafo único. As funções de monitor deverão ser remuneradas e


consideradas título para posterior ingresso em carreira de magistério superior.”
Em seu parágrafo único, o referido artigo dispõe que, o exercício da atividade de
monitoria, além de ser de caráter remunerado, deverá ser considerado como
título para o ingresso na carreira de magistério superior.

A função de monitoria além dos benefícios intelectuais obtidos pelo aluno


monitor também será considerada em seu currículo acadêmico, valendo pontos
para o ingresso em curso de mestrado12.

MONITORIA NO PIBID

Atualmente embora seja nítido que os cursos de licenciatura crescem cada vez
mais ainda é crescente o número de licenciandos que fazem uma licenciatura e
que com o passar dos anos percebem que não deviam ter optado pela profissão

12
SOUZA, Paulo Rogerio Areias de. A importância da monitoria na formação de futuros professores universitários. In: Âmbito Jurí-
dico, Rio Grande, XII, n. 61, fev 2009. Disponível em: < http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_lei-
tura&artigo_id=5990>

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ESCOLEGIS

docente, pois não conseguiram viver na prática o que até então só era visto em
teoria na sala de aula da universidade.

Diante deste e de muitos outros motivos surgiu há alguns anos por meio de
uma proposta do governo federal um programa que atua diretamente na escola,
o PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) sendo este
um programa que foi criado com o intuito de aprimorar a formação dos futuros
docentes, promovendo o contato deste que ainda está em formação com a
escola. O mesmo é composto por eixos, os quais são: eixo de monitoria, práticas
pedagógicas e de ações complementares, todos atuam na promoção do ensino e
aprendizagem dos educandos.

O PIBID é um programa financiado e idealizado pela Coordenação


de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que procura
contribuir com a formação de professores, em todas as áreas, por meio
da concessão de bolsas para estudantes das licenciaturas, articulando
uma relação entre a universidade e a escola, envolvendo os professores da
escola pública na função de conformadores desses acadêmicos oriundos
das licenciaturas. (MORYAMA et, al 2013.p.192).

Os três eixos são a base que constitui o programa PIBID, juntos atuam em
cursos de licenciaturas, em favor da melhoria da qualidade de ensino nas escolas
públicas. Dessa forma, consideramos o PIBID um espaço importante na formação
inicial em que seria possível garantir aos futuros professores a oportunidade
de refletirem sobre os problemas reais de ensino-aprendizagem nas escolas
participantes. (PAREDES e GUIMARÃES, 2012).

A monitoria veio como um suporte para promover a aprendizagem mais


significativa dos conteúdos, isto porque os alunos logo que assistem a aula em
seu turno normal, ao perceberem que não aproveitaram a aula como se deve, os
mesmos vão para a monitoria no outro turno, geralmente por vontade própria,
e algumas vezes vão por ordem da professora. Percebe-se que a procura pela
monitoria aumenta nos períodos de provas, isto porque as aulas não foram bem
aproveitadas por eles, por diversos motivos. Para Kolling (2012):

43
MONITOR ESCOLAR

Muitas vezes as dificuldades enfrentadas pelas crianças não se originam


apenas da falta de atenção que ela possa ter em sala de aula. São diversos
fatores que podem acarretar na improdutividade escolar, entre eles, fatores
emocionais, psicológicos ou até mesmo físicos e sociais. Por esse motivo é
de grande importância trabalhar de maneira extraclasse com os alunos,
uma forma de reforço, utilizando-se de materiais práticos, concretos e
atrativos. (Kolling, 2012, p.18).

Assim é importante ações como estas que o PIBID realiza atualmente em


todo o Brasil, já que valoriza a educação transformadora, promovendo um
ensino/aprendizagem significativos no âmbito escolar. “Tornar-se um professor
facilitador não é uma tarefa fácil, pois requer a quebra de paradigmas; o aprender
a não desistir; a conscientização de que em uma sala de aula não há aprendizado
homogêneo e imediato”.

4.7 MONITORIA NO MAIS EDUCAÇÃO


Monitor do Programa “mais Educação” – Desenvolve oficina e atividades na escola
que objetivam o aprofundamento e/ou a complementação de conhecimentos
previstos pelo currículo obrigatório.

Visa melhorar a aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática por meio


da ampliação da jornada com carga horária de cinco ou 15 horas semanais no
turno e contraturno.

Monitores que eram preferencialmente estudantes universitários com formação


específica nas áreas contempladas ou pessoas da comunidade com habilidades
apropriadas (como mestre de capoeira e contador de histórias, por exemplo).
Estudantes do Ensino Médio ou da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também
podiam desempenhar a função de acordo com suas competências, saberes e
habilidades.

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ESCOLEGIS

UNIDADE V
O MONITOR ESCOLAR E O AMBIENTE DE TRABALHO

Segundo a psicoeducacional Lavelberg (2011) O monitor - também chamado,


em algumas instituições, de inspetor e bedel - é um dos profissionais mais
atuantes na esfera educacional. Ele transita por toda a escola, em geral conhece
os alunos pelo nome e é um dos primeiros a serem procurados quando há algum
problema que precisa ser solucionado rapidamente. Contudo, ele nem sempre
é valorizado como deveria. Infelizmente, muitos diretores entendem que quem
atua nessa função deve apenas controlar os espaços coletivos para impedir a
ocorrência de agressões, depredações e furtos, vigiar grupos de alunos, observar
comportamentos suspeitos e até mesmo revistar armários e mochilas13.

Para Lavelberg (2011) esse tipo de controle, além de perigoso - pois os conflitos
abafados por ações repressoras acabam se manifestando com mais violência -,
contribui para reforçar a desconfiança entre a instituição e os estudantes. E uma
relação fundada na insegurança fragiliza a construção de valores democráticos,
que deveria ser um dos objetivos de todas as escolas. Como qualquer profissional
do nosso meio, os monitores também são educadores e cabe à equipe gestora
realizar ações formativas para que eles saibam como interagir com as crianças
e os jovens nos diversos espaços (como o pátio, os corredores, as quadras, a
cantina, o banheiro etc). Com uma boa formação, eles são capazes de trazer
informações importantes sobre a convivência entre os alunos que poderão ser
objeto de análise para que o orientador educacional, juntamente com o diretor
e a equipe docente, planeje e execute intervenções. Algumas das atribuições dos
monitores que favorecem a análise da convivência são:

• Acompanhar o processo de adaptação dos alunos novos na escola e


dos que estão nas séries iniciais de um segmento, sobretudo no início
das aulas.

• Analisar o grupo em diferentes contextos: como ele se organiza, os

13
Lavelberg. Catarina. O papel do monitor, inspetor ou bedel na formação dos alunos. https://gestaoescolar.org.br/conteu-
do/523/o-papel-do-monitor-inspetor-ou-bedel-na-formacao-dos-alunos. 01 de Março de 2011. Acessado em 25/05/2020.

45
MONITOR ESCOLAR

espaços que ocupa, as brincadeiras e os jogos que privilegia no dia a


dia.

• Observar os valores que circulam longe do olhar dos professores.

• Investigar as relações de poder existentes entre os alunos,


reconhecendo as lideranças e os que se submetem a elas.

Além de capacitá-los a examinar as relações interpessoais, é imprescindível que


a formação contemple também o aprendizado sobre como agir em momentos de
conflito. Os monitores contribuem para evitar brigas quando atuam com ética e
promovem ações educacionais para ajudar as crianças a lidar com as divergências
e os desentendimentos. Quanto mais os monitores souberem do projeto político-
pedagógico da escola, mais eles se sentirão parceiros na Educação dos alunos e
atuarão como tal.

Para tanto, devem ser convidados a participar das reuniões de planejamento e

das decisões que envolvem toda a equipe. Ao mesmo tempo, os encontros deles
com a equipe de direção podem entrar na rotina, pois assim se cria um canal de
comunicação em que eles se sintam seguros para expor as dúvidas, explicitar as
incertezas e discutir os acontecimentos. Escolas que optam por formar monitores
capazes de favorecer a segurança dos alunos e atuar na prevenção e intervenção

de situações delicadas estão no caminho certo para promover a melhoria das


relações de convivência. 14

5.1 O PAPEL DO MONITOR ESCOLAR NA ESCOLA


A escola é construída diariamente por diferentes atores que são agentes
de transformação na vida dos alunos. O monitor escolar é uma das peças
fundamentais na jornada educacional, estando presente e acompanhando cada
aluno durante a sua trajetória.

Eles conhecem como ninguém a escola e os alunos. E você, conhece realmente


os seus monitores e sabe quais são as suas capacidades?

14
Idem
46
46
ESCOLEGIS

O papel do monitor escolar

Apesar de ser comum associar o monitor escolar com fiscais que transitam pela
escola para garantir a sua segurança, eles devem ser vistos como educadores com
funções extremamente importantes, assim como professores, coordenadores e
diretor. Confira algumas das suas principais atribuições:

• Conhecer os alunos

O monitor escolar convive com os alunos fora da sala de aula e entende


o seu comportamento social. Eles conhecem os costumes de cada um,
quais grupos convivem juntos, interesses, atividades favoritas e quais
são os conflitos recorrentes.

Uma das suas maiores qualidades deve ser dialogar e conviver com
diferentes tipos de personalidades, respeitando e observando. A relação
de confiança entre alunos e monitores é uma das mais importantes da
escola e garante a boa convivência e segurança.

Os gestores educacionais podem usar o conhecimento do monitor para


traçar uma análise de convivência dos alunos e criar estratégias de
socialização. Esse direcionamento pode melhorar o aprendizado em sala
de aula e ajudar na construção de laços afetivos entre alunos, família e
escola.

• Solução de conflitos

Por conhecerem tão bem os alunos, os monitores resolvem mais


rapidamente os conflitos e desentendimentos do dia a dia, auxiliando
escola e responsáveis a entenderem quais são as maiores necessidades
e dificuldades cotidianas. Em uma situação de emergência, eles devem
estar atentos para dar o suporte necessário a todos e sempre ter como
objetivo o bem estar do aluno.

O monitor escolar é o canal ideal para entender as necessidades do


aluno, já que se relaciona com ele em ambientes mais informais, fora da
sala de aula, e que transmitem confiança. Dessa maneira, eles podem
auxiliar na comunicação entre escola e família, trazendo informações
47
MONITOR ESCOLAR

necessárias para que todos estejam caminhando na mesma direção.

• Líderes na adaptação

O monitor escolar tem papel fundamental na adaptação de novos alunos


e na transição dos que estão iniciando uma série com mais desafios.
Por estarem presentes em todos os espaços da escola, dos pátios até
as quadras, piscinas e secretarias, eles são os mais indicados a guiar e
orientar.

Monitores também são uma peça chave para auxiliar aqueles que têm
dificuldades sociais ou de aprendizado a compreender suas limitações
e encontrar soluções de engajamento, com apoio dos orientadores
pedagógicos.

• O papel da escola com o monitor

Para que o trabalho do monitor escolar seja bem executado, a escola


precisa estar alinhada com as suas responsabilidades. Entender
que eles são educadores é essencial, assim como a sua participação
ativa em reuniões e conselhos de classe. Eles devem ter espaço para
comunicar, ouvir e entender, podendo ajudar a direcionar professores,
coordenadores e responsáveis.

A participação de monitores nas reuniões, assim como outros


profissionais da escola, é um caminho para integrar os colaboradores,
mostrar que eles fazem parte e são importantes para a educação. Os
laços construídos entre eles e o alunos trazem informações privilegiadas,
olhares diferenciados e melhoria nos processos.

Os monitores devem ser capacitados pela escola em como solucionar


conflitos, lidar com os problemas diários dos alunos e também entender
as relações entre eles. É importante que eles tenham conhecimento dos
valores e metodologias escolares.

Para se tornar um monitor, o profissional pode já ter se destacado em


outra área da escola, demonstrando interesse em educação, gestão
pedagógica e comunicação com os alunos.
48
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ESCOLEGIS

Escolas que valorizam a formação do monitor escolar estão no caminho


certo para transformar a educação e melhorar a sua convivência, segurança e
relacionamento com alunos e responsáveis15.

5.2 ASSISTENTE DE ALUNO


De acordo com alguns editais para concursos públicos de vários Institutos
Federais, a função do Assistente de Alunos é Assistir e orientar os alunos no
aspecto de disciplina, lazer, segurança, saúde, pontualidade e higiene dentro das
dependências escolares. Auxiliar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

5.3 CUIDADOR DE ALUNO


O cuidador de aluno é o profissional responsável por auxiliar o estudante
em seus cuidados da vida diária e prática. Ele deve ajudar o aluno somente nas
atividades que este não conseguir desempenhar sozinho como: ir ao banheiro,
se alimentar, trocar de roupa e/ou trocar a fralda entre outras.

Desde 2013, foi aprovado, pela Comissão de Educação, uma proposta que
tornou obrigatória a presença de um cuidador nas escolas regulares para auxiliar
os alunos com deficiência, conforme a necessidade.
O que faz um cuidador de aluno?

• Ministração de atividades lúdicas aos alunos;

• Administração de medicamentos, mediante prescrição médica,


requerimento dos responsáveis e apresentação do medicamento;

• Auxiliar os estudantes nas refeições;

• Auxiliar na higiene corporal;

• Auxiliar os alunos na escrita/digitação;

• Ajudar nas brincadeiras;

• Documentar as ocorrências e encaminhá-las ao gestor;

15
Monitor escolar qual e o papel dele na escola Disponível em <<https://jornadaedu.com.br/gestao-escolar/monitor-escolar-qual-e-
-o-papel-dele-na-escola/>> acessado em 22.05.2020
49
MONITOR ESCOLAR

• Supervisionar a saída dos alunos ao final do período;

• Participa das reuniões, dos eventos, de planejamentos e das formações


que são oferecidas pela SEMED ou pela própria escola.

5.4 AUXILIAR DE SALA


Auxiliar de sala auxilia os alunos e professores, acompanha as crianças para
o recreio e banheiro, organiza a sala, atende os professores nas solicitações
de material pedagógico em sala ou de assistência às crianças e colabora na
organização da instituição.

5.5 INSPETOR DE CORREDOR


Orientar alunos sobre regras e procedimentos, regimento escolar, cumprimento
de horários; ouvir reclamações e analisar fatos. Prestar apoio às atividades
acadêmicas; controlar as atividades livres dos alunos, orientar entrada e saída de
alunos, fiscalizar espaços de recreação, definir limites nas atividades livres.

5.6 CUIDADOR DE SALA

O cuidador de escolar é o profissional necessário para que a rotina dos


alunos de uma instituição de ensino seja mais tranquila e bem aproveitada. É
ele o responsável por ajudar as crianças desenvolverem tarefas que ainda não
conseguem realizar sozinhas.

O cuidador de sala para alunos com necessidades especiais desempenha suas


funções em parceria com o professor. Ele deve ajudar os alunos a se locomoverem
pelas dependências da escola, auxiliar no processo de aprendizado, ler e escrever
pelo aluno, caso ele não possua autonomia intelectual ou motora.

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ESCOLEGIS

UNIDADE VI
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NO AMBIENTE ESCOLAR

A mediação pode ser conceituada como um método de resolução de conflitos


no qual um mediador imparcial e neutro facilita a comunicação entre as pessoas
em busca de uma solução para o problema. Ela pode ser usada em muitos
âmbitos e o escolar é um deles. É um processo flexível e pode ser adaptado às
necessidades específicas de um centro escolar, levando em conta a natureza dos
conflitos e o objetivo do programa. É uma ótima ferramenta para melhorar a
convivência no ambiente e na comunidade escolar e deve ser adotada por todas
as instituições de ensino.

A importância da mediação na escola

Muitos dos programas desenvolvidos em escolas concluíram que a mediação


é uma ótima ferramenta para ajudar na pacificação e democratização da escola,
assim como oferecer uma educação integral que aporte ferramentas para o aluno
desenvolver competências emocionais, sociais e de comunicação[1].

Os programas de mediação escolar permitem formar os membros da


comunidade educativa como mediadores, difundir a cultura de paz e a mediação
como forma de resolução pacífica de conflitos e também ensinar as pessoas as
vantagens e benefícios de usar os processos auto-compositivos e suas técnicas
no seu dia a dia.

Os alunos que participam da mediação escolar apresentam uma melhora


na sua consciência individual e social, desenvolvem a comunicação, a escuta
e a empatia, importantes habilidades humanas. Além disso, a mediação pode
melhorar a capacidade de analisar e resolver os conflitos e compreender melhor
as adversidades e desafios da vida. Os professores por sua vez melhoram a
sua capacidade de compreender os conflitos de comunicação e de resolver os
problemas relacionados com o trabalho no ambiente escolar. Os pais também têm
papel importante e podem participar mais ativamente das questões relacionadas
com os seus filhos, em especial nas situações de conflitos. O centro escolar
também pode ser beneficiado com a melhora no ambiente, pois a comunidade
51
MONITOR ESCOLAR

educativa pode aprender a gerir os conflitos de uma forma mais eficiente.

A mediação também tem um caráter pedagógico e contribui com a difusão da


cultura de paz, da não-violência e da resolução pacífica dos conflitos.

Os objetivos da mediação escolar

A implementação de um programa ou um serviço de mediação em uma


escola devem sempre atender às necessidades especificas de cada centro
escolar. Segundo Silvia Iungman, os objetivos da mediação escolar podem ser os
seguintes[2]:

1. Construir um sentido mais forte de cooperação e comunidade com a


escola;

2. Melhorar o ambiente na aula por meio da diminuição da tensão e da


hostilidade.

3. Desenvolver o pensamento crítico e habilidades para a solução de


problemas;

4. Melhorar as relações entre os estudantes e os professores;

5. Aumentar a participação dos alunos e desenvolver habilidades de


liderança;

6. Resolver as disputas menores entre as pessoas que interferem no


processo de educação;

7. Favorecer o aumento da autoestima dos membros da comunidade


escolar;

8. Facilitar a comunicação e as habilidades para a vida cotidiana.

Casos que podem ser objeto de mediação

Podem ser objeto de uma mediação os conflitos entre alunos, entre alunos e
professores, entre professores, pais e professores, casos de indisciplina e bullying,
atos infracionais de menor gravidade, casos de violência entre alunos e até mesmo

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ESCOLEGIS

conflitos com a vizinhança e o entorno escolar. As ferramentas e dinâmicas de


mediação também podem ser usadas para tomar decisões importantes que
necessitam de um consenso. É um processo que ajuda a construir soluções
através do diálogo e fortalece o vínculo entre as pessoas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebemos que antes de tudo, que as atribuições do monitor escolar vão


variar muito de escola para escola.

Porém é necessário que o monitor escolar deva conhecer sobre a escola, sua
atuação, seus departamentos, entre outras coisas. Conhecer a instituição em
que se trabalha, deve ser um requisito para qualquer colaborador de qualidade.
Conhecer o todo, o ambiente em que se está inserido, é sempre benéfico ao
colaborador e aos que se relacionam com ele.

O mercado de trabalho está cada vez mais exigente. As pessoas querem ser
bem atendidas e receber serviços com padrão cada vez mais elevado. Dessa
maneira, a capacitação que ora se finda é um degrau escalado, de muitos a
serem transpostos. Porém, como no antigo ditado chinês, uma longa caminhada
sempre começa com o primeiro passo.

Que tenha este curso sido um dos passos para sua realização profissional!

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MONITOR ESCOLAR

REFERÊNCIAS
ABREU, Humberto Magela de. Inspeção escolar: do controle à democratização
do ensino. Pós em Revista, 19 nov. 2012. Disponível em: . Acesso em: 16.12.2021.
Não paginado.

ALVERNAZ, Cícero. A figura heroica do inspetor de alunos. Ultimato, 28 ago.


2011. Disponível em: . Acesso em: 16.12.2021. Não paginado

IAVELBERG, Catarina. O papel do monitor, inspetor ou bedel na formação


dos alunos. Gestão escolar, 01 mar. 2011. Disponível em: . Acesso em: 16.12.2021.
Não paginado.

S.A. Gestão Escolar: Monitor Escolar e seu papel. Acessado 16.12.2021.


Disponível em: << https://jornadaedu.com.br/gestao-escolar/monitor-escolar-
qual-e-o-papel-dele-na-escola/>>.

S. A. Perfil do Monitor. Acessado 16.12.2021. Disponível em: http://


maiseducacao123.blogspot.com.br/2011/09/perfil-do-monitor.html >>.

S. A. Monitor de Sala. Acessado 16.12.2021. Disponível em: https://www.


novaconcursos.com.br/portal/cargos/monitor-de-sala/>>.

Ministério do Trabalho. Classificação Brasileira de Ocupações. Acessado


22.05.2020. Disponível em: <<http://www.mtecbo.gov.br/ >>.

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istudbr istud iStud

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