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Curso_ associa¢ao brasileira de metais Caracteristicas de Usinagem dos Metais para Operacao de Torneamento Forga e Velocidade de Corte de Diferentes Metais i Dino Ferraresi , REFACTIO ma operacio de usinagem é considerada otimizada, quando a escolha do material da ferramenta e as condicées de usinagem sao determina - das de tal forma que o custo de operacdo venha ser o minimo, ou seja obtida a maxima produtividade, para a miquina~ferramenta empregada . No caso de operacdo de desbaste deverdo ser verificadas as solicita- Ses na ‘ferramenta e mdquina-ferramenta, inclusive a poténcia do mo- tor. No caso de operacdo de acabamento, deverdo ser verificadas se a8 condigées geométricas e acabamento superficial da peca-obra so atendidas. Para a determinacdo da velocidade de corte de minimo custo ou de mi. ima producdo, torna-se necessario o emprego da Formula de Taylor , @ qual fornece o valor da velocidade de corte para uma determinada vida da ferramenta. Para tanto é imprescindivel o conhecimento dos coeficientes desta f6rmula para o par-ferramenta peca empregado (1). © presente trabalho contém, na sua terceira parte, valores recomenda— dos destes coeficientes, para a operacdo de torneamento de acos de maior demanda nacional, empregando-se ferramentas de metal duro aco rapido. Tais valores foram obtidos através dos ensaios de usina— gem realizados no Centro de Tecnologia da Universidade Estadual de Campinas. As tabelas apresentam também valores da velocidade de cor- te para uma vida da ferramenta de quinze e sessenta minutos, assin como as caracteristicas metalirgicas dos materiais ensaiados. A geo- metria das ferramentas empregadas a recomendada para este ti- po de operacio. As ferramentas de metal duro empregadas referen-se as ferramentas com pastilhas intercambiaveis segundo as classes ISO, sem revestimen to e sem quebra cavacos. Ainda néo se tem dados suficientes para apre sentar valores da velocidade de corte para pastilhas com revestimen— to e com quebra cavacos. B de se notar que, tanto as velociéades de corte v1, ¢ Ugg » assim como os coeficientes da férmula de Taylor, sdo vatones necomendados , podendo sofrer variacdes significativas, de acordo com a procedéncia do material e seu tratamento térmico, A miquina-ferramenta empregada devera apresentar suficiente rigidez e a operacdo estar isenta de vi- bragées. © conhecimento das forcas de corte nas operacées de usinagem € de grande valia, néo somente para os que estdo envolvidos no projeto construcdo das méquinas e ferramentas, como também aqueles que se de- dicam 4 manufatura. com relagdo & m@quina-gerramenta, a forca principal de corte, asso - ciada com a velocidade de corte, permite calcular a poténcia do mo- tor e 0 sistema de variacdo de velocidades da miquina. As componen- tes da forca de usinagem fornecem os subsidios necessarios ao dimen- sionamento da estrutura e demais elementos da méquina-ferramenta.Com relacio ao processo de manufatura, a forca principal de corte junta mente com a velocidade de corte permitem verificar se a capacida~ da da miquina-ferramenta, assim como as dimensées da ferramenta em - pregada, sdo suficientes para a operacdo indicada. Na segunda parte deste manual sdo apresentadas tabelas de 72 mate - riais, que fornecem os coeficientes da rérmula de Kienzle para deter minagdo das componentes da forca de usinagem. Conforme apresentare - mos no Capitulo Consideracdes Gerais, esta é a férmula’ de maior in ~ teresse pratico, dada a quantidade apreciavel de materiais, para os quais foram determinados experimentalmente os coeficientes de Kienzle. Sdo apresentadas também as correcdes dos valores da forca de usina ~ gem, quando é utilizada geometria e velocidade de corte diferente da recomendada. DINO PERRARESI Campinas, 11 de junho de 1986 ~4- siupoLos UTILIZapos sfimbolo Unidade Descricdo a mn/volta ~~ avango da ferramenta 6 mo = largura de corte. mn ~ largura do quebra cavaco c - = constante da férmula de Taylor & mn ~ desgaste de cratera 4 mm ~ dianetro da peca e mn espessura de penetracdo h mm = espessura de corte co mn = espessura do cavaco I, mo = desgaste via superficie de folga da ferramenta K - - constante da férmula de Taylor ky N/mm? = pressdo especifica de avanco ty N/mm? - pressio especifica de profundidade by N/tom? ~ pressdo especifica de corte ba - = constante do material para a forcade avango *y - = constante do material para a forcade profundidade f - = constante do material para a forcade corte n r.p.m ~ rotacao Ny W = poténcia de avanco Ne w ~ poténcia de corte Ne w ~ poténcia efetiva de corte Ne W ~ poténcia de linha Ne W = poténcia fornecida pelo motor P mm ~ profundidade de corte Pa N = forca de avango P, N = forga de corte ’, N = forca de profundidade vnidade m/min mm/min m/min m/min m/min N/mm’ N/mm? Descrigao = forca ativa de corte ~ forca de usinagem = raio de curvatura da ponta da ferra menta = constante da férmula generalizada de Taylor = grau de recalque Jrea da secdo de corte ~ vida de uma ferramenta - altura do degrau do quebra cavaco (espelho) ~ velocidade de corte = velocidade de avanco - velocidade efetiva de corte = velocidade de corte para uma vida da ferramenta de 15 minutos = velocidade de corte para uma vida da ferramenta de 60 minutos = expoentes de diferentes f6rmulas - angulos da ferramenta = deformacdo do material = limite de escoamento do material - limite de resisténcia do material finorce CONSIDERACOES GERAIS 1- Forca de Usinagem . 2- Poténcias de Usinagem 3+ Pressdo Especifica de Usinagem 4- Determinacéo da Pressdo Especffica de Usinagem ..... 5~ Tabelas das Caracteristicas da Forca de Usinagen . 6- Correcées dos Componentes da Forca de Usinagem 6.1- Geometria da Cunha Cortante .... 6.2- Velocidade de Corte 6.3- Pluido de Corte .... 6.4- Tratamento Térmico . 6.5~ Material da Ferramenta 6.6- Quebra Cavaco ...... 6.7- Desgaste da Ferramenta .. 6.8- Influéncia dos Componentes Dindmicos da Forca de Usinagem ........... T= Velocidade de Corte . T.1- Velocidade de Corte v ...... 7.2- Velocidade de Avanco v, .. 7,3 Velocidade Efetiva de Corte v, 7.4- RelacSes Numéricas .......... 8- Perda da Capacidade de Corte de uma Ferramenta 9- Processamento do Desgaste de uma Ferramenta ........ 10- Curvas de Vida de uma Ferramenta ......... o 11- Fatores que Influem na Vida da-Ferramenta . 12- Bibliografia .... TABELAS DE CARACTERISTICAS DA FORCA DE USINAGEM Material Fils. ABNT 1015 RC *) 1 ABNT 1020 EBL 2 ABNT 1020 N 3 ABNT 1030 4 5 6 ABNT 1035 RC ABNT 1035 N *) ROsRecozido; EBLsEstado Bruto de Laminagio; ReRevenido; B=Beneficiado jeNormalizado; 4 12 13 a4 24 28 28 29 31 31 31 32 32 32 34 34 34 35 38 35 38 41 44 4g 35 56 37 58 59 60 Material, ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT ABNT +) Ro-Recozido; EBL-Estado Bruto de Laminacdo; NeNomalizado;R-Revenido 1035 1040 1040 1040 104s 1045, 1045 1045 1045 1045, 1050 11050 1055 1055 1060 1060 1060 1112 4032 4032 4032 4140 4140 4140 4140 4140 4320 4340 4340 5135 5135 5140 5140 5140 5150 EBL EBL RC RC R u aL 2 Lu L 4s 16 a7 18 19 20 2 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 4 aL 61 6 6 64 65 6 67 68 6 70 n 72 7 7 75 7 77 7 79 80 ar 82 8 8 85 8 87 8 39 90 91 92 93 94 95 BeBeneficiado; BG = a panm 2 Re a a g 20 © 39 Zs aT s 3 ii 3 20) 2 oe 3 & RI 3 Be oR. 2 {Fe | t TH fy 25324 5 63 8 10 Oa =20F te Raio de curvatura da pontar (mm) Angulo deincinagho A Fig. 8 - a) Influéncia do arredondamento da ponta da aresta cor- tante sobre as componentes da forga de usinagem (x= 909). b) Influgncia do Angulo de inclinagio 4 sobre as compo- nentes da forga de usinagem (a=0,6mm, p=3mm, ago ABNT 1045). = 25 = 8 g F6r¢a de avango Py/p (da N/mm?) F6rga da profundidade Py (do N) ie 35 6325 250° @ 16 35 63 125 250 Velocidade de corte v (m/min) Velocidade de corte v (nmin) Fig. 9 - Variacdo da forga de avango Pg © de profundidade Pp em fung3o da velocidade de corte para diferentes avancos, segundo Meyer [11] (naterial ABNT 1045, Ferramenta P30) F | a pat on Pays? | | © OF 02 O3 O4 OS OB 7 1 SS 6S 125 280 Arango @ (nm/volts) Vetcidoge de corte v(m/nia) Fig. 10 a) Influéncia do Angulo de inclinagao 4 sobre a forga de profundidade, segundo Meye (material ABNT 1050 N, p=3m, 125m/min, a= 89, y,=10%, x=909, © = 859, ferramenta P30). b) Influéncia do tratamento térmico do material da pega e da velocidade de:corte sobre a forge de avango, segun do Neyex (material ABNT 1045, N=Normalizado, R = Reveni do, Re = Recozido) . = 26- fundidade), para uma determinada velocidade de corte e geometria da ferramenta. Para os a¢o4 usinados com fexnamenta de ace rpcdo, foram utiliza das as condigdes de usinagem: Geometnia de corte: yfefafx]Te]a 15@ | 8¢ | o | 709 | 90¢ | 0, mn Velocidade de corte: v=25m/min Avango varidveé: a= 0,125 a 1,00m/volta Profundidade de conte: p= 3mm Para os a¢o4 usinados com fernamentas de metal durc, foram utiliza das de um modo geral, as seguintes condiges de usinagen: Geometnia de corte: yfefalx]ef 6e | 5¢| oe | 709 | 900] 0, 8mm 6e | 8¢| 5e | 600 | 900) 1, 0mm =6 | 62 |-6e | 709 | 90¢| 0, 8mm Quebna eavaco: largura by =10a Velocédade de conte: v=50, 100, 150, 200m/min Profundidade de corte: p=2,5 e 3mm p= inn Avanco varidvel: a=0,125 a 1,00mm/volta Para as Ligas de cobre usinadas com gerramentas de meta’ duro (clas se X10), foram utilizadas as seguintes condigdes de usinagem: Geometria de corte: Angulo de posi¢ao varivel: x = 45%, 75%, 909 Angulo de posigo lateral : x, 159 - 27 - Velocédade de conte varidvel: v= 3 a 180m/s Paogundidade de corte: p=2,Smm Avango vanridvet: a=0,035 a 0,315mn/volta 6 CORRECOES DAS COMPONENTES DA FORCA DE USTNAGEM 6-1 - Geometria da cunha cortante A geometria da cunha cortante exerce uma influéneia significati- va sobre os valores das componentes da forga de usinagem. De um lado modifice-se o grau de deformacao.na regigo de cisalhamento @ consequentemente a formagio do cavaco. Por outro lado os angu los da ferramenta alteram, por razdes geométricas, as relagées entre si das componentes da forga de usinagem. 6.1.1 - Angulo de safda y Para cada grau de diminuigio (aumento), em relagéo aos valores das tabelas, deve ser aumentada (diminuida) a: forga de corte P, de 1,58, forga de avango Pz de 5,08, forga de profundidade P, de 4,08- Estas corregSes sio aproximadas, devido ao fato que o Angulo de Posigéo x altera a influéncia do Angulo y,particularmente para @ forga de avango e profundidade. 6.1.2 = Angulo de folga a Para variagdo do angulo de folga no campo 49 << 11g néo se constata qualquer influéncia nas componentes da forca de usina- gem. 6.1.3 - Angulo de inclinagdo 4 Para cada grau de diminuicdo (aumento), en relagio aos valores das tabelas, deve ser aumentada (dimunuida) a : forga de corte Pe de 1,58, forga de avango Pa de 1,58, forga de profundidade Pp, de 10,08. Estas corregSes sido aproximadas devido ao fato que o angulo de posi¢o x altera a influéncia do Angulo 2, particularmente para a forga de profundidade. . 6.1.4 - Angulo de posigdo x Com relagdo a forga de corte e de profundidade, a influéncia do ~ 2 - Angulo de posicdo x 34 esta considerada na prépria fSrmula, atra vés da substitui¢gdo das grandezas ae p por be h (vide £1.12). com relago a forga de avango, que varia de forma contraria quan do comparada com a forca de corte, diminuir de 2,5¢ para cada di minuigao de 1° em relagdo ao valor das tabelas. 6.1.5 - Raio de curvatura da ponta No caso do raio de curvatura da ponta satisfazer a condiclo 2x < p, n&o h& necessidade de corrigir os valores fornecidos pelas ta belas. 6.2 - Velocidade de corte A Anfluéncia da velocidade de corte sobre a forga de usinagem va ria como material da pega e com a ferramenta. Para gerranentas de ago-nipido, onde o campo de variagfo da velo cidade de corte é relativamente pequeno (30m/min), nao h4 neces= sidade de se corrigir as componentes da forga de usinagem com a variagdo de v. As tabelas de presséo especffica dos materiais apresentam os valores de ty,, kai, tpi, 2) %, y para a velocida~ de v= 25m/min. No emprego de ferramentas de metal-duro, como fim de se evitar a formagao da ancsta postica de conte, a velocidade v & escolni- da geralmente superior a 30m/min. 0s ensaios experimentais reve laram para a maioria dos metais, que no intervalo S0 200 300 L o oz G3 4 A OB 10 | Fargo Espessura de corte h(mm) -29- ky, com o aumento de v, um acréscimo do angulo de inclinaglo tga = ez. A maioria das tabelas de pressio especffica encontradas neste tra balho, apresentam os valores de ky,, &a;, kp, %, y @ 2 nas velo cidades 50, 100 © 200m/min, para usinagem com metaf-duro. No ca so de ser necessiria uma corrego da forga de corte, para um de- terminado valor de v, poderdo ser empregadas as fSrmulas (figura 22)s ky = ky (velm/min . vv", (16) (1-2) (yergymin) vt, 7) leze onde as grandezas me " podem ser obtidas da prdpria tabela. Po- deri ser efetuada também uma interpolagao linear, néo acarretan- do erro apreciavel. = sooo = 4000 Se vem 2 3000 ge metang « | B * 2000 ; ° cam = | : | « 1000, 2 0 a0 ~~ «BO 100 200 $00 400 10 oO 1 1 96 { & of | = os 0235 % 40 60 80 100 200 300 400 Vebcidede de corte. v_ (m/min) Fig. 12 - Variagio da pressio especifica de corte e do coeficien te 1-z, em funglo da velocidade de corte. = 30- 6.3 - Fluido de corte A influéncia do fluido de corte sobre a forca de usinagem depende do valor da velocidade de corte. Em velocidades pequenas (v< 30m/ min) 0 fluido de corte contribui para uma diminuigio da forga de usinagem, em particular a forca de avango e de profundidade. Esta diminuigdo é tanto maior, quanto mais eficiente for a penetragio o fluido na zona de contato cavaco-ferramenta. Em velocidades de corte maiores (v>70m/min), torna-se dificil o acesso do fluldo de corte na zona de contato cavaco-ferramenta. Nestes casos cons- tata-se um aumento da forga de usinagem, devido a uma diminuigdo da temperatura de corte, proveniente do efeito refrigerante do flu do de cort» [1]. 6.4 - Tratamento térmico Foram realizadas varias pesquisas com o fim de se estabelecer a Anflugncia do tratamento térmico do material da pega sobre a for- ga de usinagem. Porém, nao se chegou de forma conclusiva a um de pendéncia entre a forga principal de corte e o tratamento térmico, de maneira a se representar analiticamente [1, 17 e 19]. Constatou-se que os acos revenidos, quando usinados com ferramen- tas de ago rapido, originam valores da forga de corte menores que 08 agos recozidos. Esta conclusao vale também para o coeficiente 1-z. Com relag&o ao ago normalizado, quando comparado com o ago recozido, nado se chegou a um relacionamento. Na usinagem com ferramenta de metal duro, contata-se uma influén- eia do tratamento térmico de forma contréria ao caso anterior. Os agos revenidos, quando comparados cém os acos recozidos, origina- Fam maiores valores das grandezas k,, e 1-z. Com relagao aos acos normalizados, nfo foi possivel estabelecer qualquer conclusao. Desta forma, para a confecgio das tabelas de pressio especifica dos materiais, tornou-se necessiria a realizago dos ensaios para diferentes tratamentos térmicos. 6.5 - Material da ferramenta © emprego de partilhas de materia£ cerdmico, no lugar de metal du ro, originou valores menores da forga de corte, de aproximadamen- te 108, Tal fato devezse As condigées de atrito mais favoraveis entre a superficie de safda da ferramenta e o cavaco. 0 emprego de pastilhas de metal ‘duro com revestimento de TiC, TiN, ouTic+ Alz 03 diminui a forga de corte de 5 a 108. -31- 6.6 ~ Quebra cavaco Caso for executado quebra cavaco na ferramenta, a largura 6, e a profundidade ty do degnau devem ser estudadas de maneira a se obter cavaco helicoidal com grande raio de curvatura [ie 10].Des ta forma € garantido, de um lado, que o espezho do degrau do que bra cavaco néo exerga influéncia significativa sobre as componen tes da forga de usinagem, e de outro lado, que haja um desgaste quanto possivel pequeno r= superficie de saida da ferramenta. Re comenda-se de um modo geral a relagio by =10a. Dependendo da forma do quebra cavaco, o aumento da forca de usi- nagem varia entre 4 e 10%,-para a forga de corte e 8 a 208 para as forgas de avango e profundidade. 6.7 - Desgaste da ferramenta Grande nimero de pesquisas foram conduzidas para determinar a in flugncia do desgaste da ferranenta sobre a forga de usinagem. A figura 13 apresenta a variagao da forca de corte P,, forga. de avango Pz e forga de profundidade P, em funclo do tenpo de using gen [21]. Este aumento das componentes da forga de usinagem @ devido ao aunento do atrito entre 0 cavaco e a superficie de sai da da ferramenta e atrito entre a pega e a superficie de folga da ferramenta, provenientes do desgaste de caatera Cy e do des- gaste na superficie de folga 1, respectivamente [1]. Dado ao niimero elevado de fatores que influem no desgaste da fer ramenta, nZo ha uma relagao definida entre o aumento da forga de usinagem e o desgaste. Através de ensaios experimentais, pole-se estabelecer a seguinte regra pratica: Forga Pe: aumentar 7 a 128 cada 0,1nm de desgaste Tp Forga Pq! aunentar 18 a 26% cada 0,1mm de desgaste Te Forga Ppt aumentar 20 a 32% cada 0,1mm de desgaste Ie Os valores maiores devem ser tomados nos minutos iniciais de tra- balho, isto & para um desgaste I, até 0,25mm, os valores meno- res para o desgaste subsequente. 6-8 + Influéncia das componentes dindmicas da forca de usinacen 0s valores dos coeficientes ky,, Kai; © tp, que figuram nas ta~ belas, so valores médios' para a determinagio das componentes estiticas da forga de usinagem. Porém, sendo o processo de for- magGo do cavaco, para velocidades de corte menores que 400m/min, um fendmeno perisdico, deve ser considerada também a componente -32- dindmica da forga de usinagem, que atua com uma frequéncia igual @ frequéncia de formagio das escamas de cavaco (1amelas) [1 ¢ 22]. Para o cavaco continuo, com v > 60m/min, esta componente é muito Pequena e sua frequéncia de vibracdo & superior a 500 Hz *). A amplitude mixima de vibracdo para a forga de corte & 2 a 58, pa~ ra a forga de avango é de profundidade 4 a 10%. Para o cavaco de cisathamento, com velocidade de corte baixa, as amplitudes de vi- bracgdo da forga sio bem maiores, podendo chegar aos valores: 18% para forga de corte, 35% para forga de avango e 45% para a forga de profundidade. A frequéncia de vibragio é mais baixa [2 e 24]. t 70) = 70 70,70 2 7. & 60 60 4060 ~ a ~ = a) se 50 & 40,50 £ 2, wT. ts. é|. = é 240 Boe eo Og 40.40 y ge sol = m= —~“Besgoste I 208 0,30 & fe 7 Cp é|...8 © 20 a {20° 40,20 3 ae 10 io {0,10 e 1 1 1 ° re 3a SO Tempo (min) Fig. 13 - Variac&o das forcas Pc, Pa, Pp e dos desgastes Cy © Ip da ferranenta em fungao do tempo de usinagem. Material da pega aco ABNT 1050, ferramenta de metal duro P30,ve ocidade de corte v=125m/min, segio de corte a.p = 0,25. 3mm?, geometria da ferramenta a=8?, y=10%, A=09 , x=900, e859, %=1nm. *) Para usinagem de ago 25 Cr Mp 4, com v=160n/min, 2. p=0,42.2,Smm2, a frequincia de fornagéo de cavaco, registrada em filme, foi f¢ = 3500 Hz. - 33+ 7 =, VELOCIDADE DE CORTE Segundo a Norma ABNT NB-20% (NBR 6162), distinguem-se nas opera- gées de usinagem as velocidades: 7.1 = Velocidade de corte v £ a velocidade instantanea do ponto de refertneia da aresta cor- tante da ferramenta, segundo a diregdo do movimento de corte, to é, movimento entre a peca e a ferramenta, o qual sen o movi- mento de avango origina somente uma dnica renocio de cavaco , du rante uma volta ou curso da ferramenta (figura 14). Para a opera gio de torneamento, o ponte de referéncia é considerado pré: @ ponta da ferramenta. Fig. 14 - Velocidades do ponto de referéncia de uma ferramenta de barra - operagao de torneamento 7.2 = Velocidade de avango vy £ a velocidade instantinea da ferramenta, segundo a direcio sentido do movimento de avango, isto € o movimento entre a pega ea ferramenta, que, jintamente com o movimento de corte, origi- na uma remogdio continua ou repetida de cavaco, durante varias revolugSes ou cursos (figura 14). -34- 7.3 - Velocidade efetiva de corte v, £ a velocidade instantanea do ponto de referdncia da aresta cor- tante, segundo a diregio do movimento egetivo de corte, isto é . movimento resultante dos movimentos de corte e avango ( figu - ra 14). Devido ao fato que, na operagdo de torneamento, a velocidade de avango & muito pequena, quando comparada com a velocidade de cor te, 0 valor numérico da velocidade de corte € aproximadamente 0 mesmo da velocidade efetiva de corte, nao havendo interesse pra- tico nesta grandeza. 7.4 ~ RelagSes nunéricas Na operagio de torneamento 4 velocidade de avango & expressa através do avango a da ferramenta (figura 2). Tem-se a relacio gt % +m Umm/miny 5 (30) onde: @ = avango, em mi/volta n = votagdo, em r.p-m. Na expressao da velocidade de corte vos det (m/min) = LD 2000 9 diametro d (em mn) € aquele anterior 4 operacdo. Quando a pro- fundidade p de corte for superior a 5 mm, toma-se a média dos digmetros anterior e posterior a operagao. 8 - PERDA DA CAPACIDADE DE CORTE DE UMA FERRAMENTA A perda da capacidade de corte de uma ferramenta é determinada elas avanias e pelos deagastes [1] . Como avanias consideram-se as quebas, trincas devido a variagao de temperatura, sulcos distrébuidos em forma de pente, provenien tes do corte interrompido, e as degormagies plasticas em ferra - mentas de material tenaz (figura 15). -35- Quedra Teneo varios ramente Deagaste de craters. de incidéncia Desgostes de uma ferramente Fig. 15 - Esquemas de avarias e desgastes de uma ferramenta Como desgastes da ferranenta consideran-se aqueles originados pe lo atrito entre a pega e a ferramenta e entre estae o cavaco . Sao devidos a agdo de varios fatores, tais como o cisa£hamento de micro-soldas, a abrasdo mecdnica, a difusdo inter-metalica e a oxidagdo. Para facilitar o estudo da usinagem, estes desgastes foram pa - dronizados nos chamados desgastes convencionais, distinguindo - se (figura 16 ~ Profundidade de cratera C,, na superficie de sai- das - 36- - largura de desgaste I,, na superficie de incidéncia ou de folga; ~ desgaste da aresta Dg, na aresta cortante. lay LMS aw so tise en Fig. 16 - Desgastes de uma ferramenta de corte Para a medig&o dos desgastes em laboratérios de pesquisa, util zam-se geralmente os métodos convencionais, onde a ferramenta @ retirada da maquina. 0 desgaste I, @ determinado em microscdpio de oféeina (com reticulo e mesa micronétrica) eo desgaste C, & obtido em pergilimetro (ou rugosimetro registrador com sistema de medigdo de desiocamento). Nas indGstrias que no dispoem do equipamento acima, I) € obtido através de lupa com reticulo e C, através de relégio comparador com suporte e alavanca de suspensdo da ponta. Nos Gltimos dez anos, numerosos métodos de medicdo tem sido de- senvolvidos, permitindo determinar estes desgastes na prépria mi quina-ferramenta [25] . Para a grandeza I, (mais facil de obten go e bastante significativa na vida da ferramenta), pode-se ci- -37- tar o método de apalpador colocado na pega, de visualizagdo da ferramenta através de T.V. industrial ou de fibras Sticas. Este Witimo processo de medigdo foi aperfeigoado por Giusti e San toché, permitind fornecer aos comandos das maquinas, as informa gdes necessdrias para ajuste da ferramenta, sua troca e determi- nagdo das condigdes econémicas de usinagem [26 e 27] 9 - PROCESSAMENTO DO DESGASTE DE UMA FERRAMENTA A figura 17a apresenta © desenvolvimento do desgaste 1, em fun - glo do tempo de usinagem, para diferentes velocidades de corte em uma fervamenta de metal duro. A partir destas curvas desgas- te/tempo de corte, pode-se tonstruir a curva desgaste/velocidade de conte para um determinado tempo pré - estabelecido ( figura 17D). Para o desgaste de cratera ¢, obtén-se curvas semelhantes Observando-se a figura 17b, constata-se que em determinadas velo cidades de corte o desgaste & mais significativo. Assim nas bai- xas velocidades tem-se um valor acentuade devido a formacdo arrancanento das micro-soldas (aresta postiga de corte), enquan- to nas velocidades maiores prevaleceré a abrasdo mecanica, a di- fusdo intermetdlica e a oxidacdo, proveniente da alta temperatu va de corte. Dependendo da velocidade de corte, do avango entre a ferramenta e a pega, do material da pega e da ferramente, pode ra prevalecer mais um fator de desgaste do que outro. ® 6 | A ie Q Foq— A _ £ 7 5 | Fo i 3. N\ 5 4 i \| i i ‘ or| Ne, - O10 20-300 30 807080 204060 a0 100120140 Tame (min) Veleldode de corte vin /min) Fig. 17 a) Desgaste T, da ferramenta em fungo do tempo, para diferentes velocidades de corte b) Desgaste T, em fungio da velocidade de corte para um ‘tempo de 60 minutos = 38- Na usinagem dos agos em altas velocidades de corte, o efeito da eraterizacdo, proveniente do contato cavaco/ferramenta, & 0 mais eritico. Para tanto torna-se necessdrio o emprego de ferramentas com materiais que apresentam alta dureza em elevadas temperatu - Fas, permitindo o aumento da resisténcia ao desgaste nestas con- digdes de trabalho. Nas ferramentas de metal duro, sio adiciona- dos na sua estrutura carbonetos de titdnio e tantale. Por outro lado, a adicéo destes elementos em grandes proporcées, em detri- mento da porcentagem de elemento liga cobalto (pastilhas de clas se ISO, P01 e P10), torna o material mais fragil, reduzindo a re Sisténcia as solicitacdes mecdnicas. Nas pastilhas de matenéat cekdmico, o problema da tenacidade é ainda mais sério. A perda da capacidade de corte ¢ determinada pelas quebras da aresta cortante © pelo desgaste I,. Procura-se atenuar este problema, adicionando 4 estrutura o TiC, melhorando as caracteristicas mecdnicas; porém o emprego deste material ainda limitado, principalmente na operacéo com corte interrompi do [28]. Com 0 advento dos revestimentos aplicados ao metal duro, pode-se conseguir uma elevada resisténcia ao desgaste na superficie da ferramenta, e ao mesmo tempo uma razodvel resisténcia a fratura, através de uma escolha apropriada do substrato. 0 revestimento mais adequado depende do material da peca obra e das condigdes de usinagem. Em operacdes com materiais altamente abrasivos, co- mo ferro fundidos en velocidades baixas, predonina o desgaste I, devendo-se empregar revestimentos com alta dureza 4 temperaturas médias, como TiC, TiN e HEN. A figura 18 apresenta um abaco com- parativo da variacdo da dureza com a temperatura, para diferen - tes materiais da ferramenta, assim como dos revestimentos. Observando-se a figura 10 nota-se que, enquanto os acos canbono AC, apresentam uma diminuicdo acentuada da dureza com a tempera- tura, os acos rapidos AR mantém a sua dureza até aproximadamente 550°C. As Ligas fundidas S¢ apresentam um comportamento melhor nas temperaturas mais altas. J os metais duos nas suas diferen tes classes, representados no gréfico por uma larga faixa hachu- ada , apresentam dureza bein superior. Para os mateniais cern eos tem-se também uma faixa hachurada, estando na parte superior © Af20s puro de altissima dureza e na parte inferior 0 Al20s com adicdo de carbonetos metdlicos, de dureza um pouco menor. = 39- 20000 > 15000 10000) Dureza Vickers (N/mm?) 5000) oO 250 500) 750 1000 Temperatura (%c) Fig. 18 - Variagdo da dureza dos materiais das ferramentas seus revestimentos em fungdo da temperatura de co! Na usinagem de agos com alta velocidade, onde a temperatura corte é elevada, ocorre com frequéncia a difusdo intermet. entre o material da ferramenta e 0 cavzco, prevalecendo a crate- pizago na superficie de sada da ferramenta. Neste caso so. recomendaveis os revestimentos de alta dureza e estabilidade a mica em elevadas temperaturas, como o A€z0; , ou uma camada du - pla de TiC/AL20; (provavelmente melhor que uma sé camada)[29 e 30] Alguns fabricantes de metal duro conseguem bons resultados com revestimento triplo TiC/AL20s/TiN. 0 TiN apesar de ser um mate~ vial mais mole que o Al20; em altas temperaturas (figura 18), permite melhor acabamento da superficie da ferramenta, possibili tando menor atrito ferramenta/cavaco, diminuindo a temperatura = 40- de corte, e consequentenente o efeito de craterizagio. As experiéncias mostraram que a resisténcia a craterizagio aumen ta Linearmente com a espessura da camada de revestimento , até valores de 8,5 a 12 um (dependendo do material do revestimento). Para o desgaste I, , o aumento da resisténcia ao desgaste foi até § um, tornando-se prejudicial para espessuras maiores, devi- do ao lascamento na superficie de folga junto a aresta cortante. © tamanho do gro do revestimento exerce também influéncia na vesisténcia ao desgaste. Constatou-se que quanto menor o tama - nho do gro, maior a resisténcia ao desgaste. 0 substrato desempenha um papel importante, em particular no com Portamento quanto a resisténcia a avaria da aresta cortante. De- verd ter uma tenacidade e resisténcia « deformagdo adequadas par va a aplicagio pretendida. Examinando-se a literatura sobre o assunto, constata-se divergé eias de informagdes quanto ao comportamento de um revestimento em relago a outro, para condigées de usinagem proximas e 0 mes- mo material da pega. Isto é devido em parte ao grande niimero de varidveis que influem. Desta forma, para o emprego de uma deter- minada ferramenta, & recomendavel a realizagdo de testes prelimi nares para diferentes tipos de revestimento. 10 - CURVAS DE VIDA DE UMA PERRAMENTA Denomina-se vida de uma ferramenta, o tempo que a mesma trabalha efetivamente (deduzido os tempos secunddrios), até perder a capa cidade de corte, dentro de um critério previamente estabelecido. 4 perda da capacidade de corte da ferramenta é avaliada geralmen te através de um determinado grau de desgaste, utilizando-se pa ra tanto os desgastes convencionais vistos anteriormente. Na usi nagem de materiais duros e no corte interrompido, com pastilhas ceramicas ou de metal duro, a vida muitas vezes é limitada pelo aparecimento de quebras ou trincas da aresta cortant Devem-se distinguir a openacdo de acabamento, onde o desgaste I, @ determinado pela rugosidade superficial e tolerancias geoné tricas da pega, © a operacdo de desbaste, onde os desgastes 1, eC, chegam a valores maicres, limitados pela quebra do gume cortante ou aumento sensivel da forga de usinagem. Na operagdo -41- de acabamento tem-se geralmente Ty_, = 9,2 4 0,3 mn. Na operagio de desbacte com ferramentas de ago répido e pastilha de metal du tmx = 218 2048 TM, Cony te com pastilhas de metal duro intercambiaveis (revestidas ou ro soldadas T = 0,28 0,8 mn. No desbas nao) Tpqy = 053 2 0,5 mm, Cy, = 0,1 2 0,25 mm. pax Para o estudo das condigdes econdmicas de usinagem, é necessario a execugde de Abacos que fornecem a vida da ferramenta em funcdo da velocidade de corte, ou seja as cutvas T-v. Utilizam-se para tanto as curvas de desgaste I, C, em fungo do tempo de usina~ gen, para diferentes velocidades de corte (f2gura 19a). Fixando- se 0 valor do desgaste limite’ (por exemplo Tyq, 7 0.8 mm), que definird a vida da ferramenta dentro de um critério previamente estabelecido, tem-se a curva de vida representada na figura 19b. 9 : 2% [189 feise| —wciae a a fe k | wal é 1 t . Ft s 5 a0 Ft oa oes ad { aol I oo ao 0 oo zo e065 180200 Tempo. (ni) Velocidade de corte vinvmind Fig. 19 - Determinagdo da curva de vida de uma ferramenta, to- mando-se como parametro o desgaste Ty A vepresentagdo desta fungdo em papel dilogaritmico, pars um cer proxina de uma to trecho de variagdo da velocidade de corte, se reta (figura 20). Neste caso tem-se a expressdo (figura 21): log T = logk- x. logy T K.v™ ou T. ve ek (32) deduzida pela primeira vez por Taytor. Muitas vezes ence: = 42- na literatura esta equagdo sob outra forma: vit =e (33) ti 409 T# log K-x-1ogv TeK.v"t para vet(log 20) \\tog T= log k é . 5 © 641286 Velocidade de corte v (m/min) Fig. 20 - Representacdo em es Fig. 21 - Determinagio da calas logaritmicas equacdo da vide da das curvas’ de vida ferranenta, para o da ferramenta para caso de sua repre- diferentes desgas- sentagdo se aproxi tes mar de uma reta A figura 22 apresenta esquematicamente as curvas de vida para os pardimetros de desgaste I, © C, , nas operacies de desbaste © aca bamento. De um modo geral verifica-se que na operagdo de desbas- te com alta velocidade de corte, a vida da ferramenta é limitada pelo desgaste C, ; em operagdes de desbaste com velocidades de corte menores, a vida da ferranenta @ limitada pelo desgeste T,. Na operagio de acabamento a vida da ferramenta & limitada pelo desgaste 1, , cujo valor @ pequeno, devido as exigéncias da ope- rago. = 43 - Desbaste (a= 0,4mm/v) Acabamento (a=! Aresta Postica Vida (min) Velocidade (m/min) 12 mm/v) [,=0,1..0,3 ma ke =2 2 3,5 Vida (min) Velocidade (m/min) Fig. 22 - Curvas de vida de uma ferramenta para operagao de des~ baste e acabamento 11 ~ FATORES As grandezas fatores: QUE INFLUEM NA VIDA DA FERRAMENTA x eK da formula de Tay£or variam com os seguintes material da ferramenta, material da pega, critério de desgaste, 1 avango de corte, profundidade de corte, aio de curvatura da ponta da ferramenta, geometria da ferramenta (x, €, Y, Xs a), rigidez da méquina ferramenta, da pega © do supor - te, fluido de.corte. A figura 23 apresenta a influéncia do material da ferramenta na curva de vida, para usinagem do ago ABNT 1045. Quanto a nflugn- = 44- cia do material da pega, a figura 24 apresenta a variagdo. da constante C da formula de Tay£ox (33) em fung3o da porcentagen de earbono dos agos-carbono. Ja para os agos liga e outros nate- viais ndo foi possivel estabelecer uma relagdo numérica entre as caracteristicas do material da pega e a vida da ferramenta. 2 100 a “IN ttl \ a TADIEO 300600 TE Velocidade de corte v (m/min) Fig. 23 - Curvas de vida de ferramentas de diferentes materiais; material da pega ago ABNT 1045; a. p= 0,25.2,5 . a= cerfmica,’b= metal duro P10, c= metal duro P30, d= ago rapido [1], Porcentogem de perita P 10 20 R40 50 7 00 oF oz 03 04 05 06 OF 08087 Porcentagem de corbono C(%) Velocidade de corte v (m/min) Fig. 24 - Constante de Taylon C em fungdo da porcentagen de per- lita em um ago carbono; secgio de corte 0,62 an’, vida da ferramenta 60 min, desgaste I= 0,76 mm = 45- A fdrmula de Taylor T . nagem de um determinado material com uma determinada ferramenta, K @ aplicada especificamente 4 usi- na qual os pardmetros x e K foram previamente determinados para um avango @ e profundidade p. Mudando-se a drea da secgdo de cor. tea. p , os parametres x e K variardo. A figura 25 apresenta em coordenadas bilogaritmicas os valores da velocidade de corte em fungo da area da secgdo de corte, para uma determinada vida da ferramenta. Verifica-se que os valores de v se distribuem se- gundo uma linha reta. Logo tem-se a equacdo log Veg = log C, - w . log 5 ou ainda 34) 100 3 20 t ‘9 109 Yeo *l0g Cy--log 5 «0 : 7) © 20) : 3 ° B Io ~ s e8 i 38 g x [a 1 2 34 6 610 20 30 50 Area do seceéo de corte s (mm2) Fig. 25 - Velocidade de corte em fungio da area da secgdo de cor te, para torneamento com ago rapido, para uma vida de 60 minutos [1] A constante C, representa, a velocidade de corte para T= 60 min tos e uma drea da secgo de corte 1 mn?. No caso de T varidvel tem-se de acordo coma formula de Tay£oa - 46 - ou ainda Lao tec, as) Tem-se assim uma nova formula da vida da ferramenta, a qual leva em conta a influéncia da drea da secgio de corte. A figura 26 apresenta as curvas de vida de uma ferramenta para @iferentes avangos e profundidades de corte. Verifica-se que a influéneia do avango bem maior que a influéncia da profundida- de. Admitindo-se que a variagdo da vida em funcdo destas grande- zas seja também de forma exponencial, chega-se 2 equagdo gerai: vad. pe. T=Q (36) go) b) CA So a2 \oror | | | 300}- ht Ae 30-—+ - | £ 2007 + \ 20 : > 108 + loo + ee VA omer | a oR wan coat vats cece ema Fig. 26 - Influgncia do avango e da profundidade de corte nas curvas de vida de uma ferramenta. a) Influéncia do avan 90 para ps 1,5 mm. b) Influéncia da profundidade de corte para a= 0,4 mm = 47 = Verifica-se experinentalnente, que os expoentes x, y ez apre - sentam uma pequena variagao com as grandezas v, a e p, dependen- do do material e da ferramenta. Nas tabelas de velocidades de conte para diferentes materiais, apresentadas neste trabalho, po de-se constatar esta variagio. Por outro lado, o valor da cons ~ tante Q estd dinetanente relacionado com os desgastes 1, ¢ C, da ferramenta. Verifica-se que a vida da ferranenta aumenta com o valor do raio de curvatura da ponta, porém, caso for muito grande, haverd um atrito entre a pega e a aresta lateral de folga da ferramenta , originando formacéo de sulcos nesta superficie, prejudicando 0 acabanento da pega. Quanto a0 Angulo de posigdéo x da ferramenta, a sua diminuigdo per mite maior vida da ferranenta, pois alén de possibilitar melhor distribuigio da temperatura de corte, diminui a solicitagio mecd nica por unidade de comprinento da aresta cortante . 0 quadre abaixo apresenta os valores de correo da velocidade de corte , em fungao de x. Fixou-se a corregdo igual a 1 para x = 60°. Angulo de Posigio x Corvesao 90° 0,93 78° 0,96 60° Z use 1,08 30° Lu - 48 - 1] 2) 10] 13] BIBLIOGRAFIA FERRAREST, D. - Usinagem dos etais. Sdo Paulo. Rd.Edgard Blacher, 1979. DIN 6584 (ENTWURF) - Kaugte und Ledstungen. Berlim. 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The Carbi de and Tool Journal, Detroit, 14, n@ 2, 1982, p.34. -51- TABELA DE CARACTERISTICAS DA Forca pe USINAGEM FERRAMENTAS COM PASTILHAS INTERCAMBIAVEIS DE ME TAL DURO (LISAS SEM REVESTIMENTO) E FERRAMENTAS DE AGO RAPIDO . - 3 - - —o ozo] oes | ers‘o| ocz | czoro | oer} sz ero} os for | of else] a w cesto| ogy | eszvo] ors | zoovo | ovsr | ooz Jao o6 | ox | 9-| 9] a | ora ae steo| oor | evoro| oes | sve’o | osx | oot fool os Jor | -| 9 | o- | ora ow 0s0'0 oss 1600-| 069 vie‘ oesT 0s ef0} 06 | oc o-] 9] oe Old GW os9’o 06z OLe’O ote zLL'O oseT oor 8/0] 06 | OL oO s|9 Old GH cozo] ote | tooo] oce | sre'o | oor | oor Jotofos fox | o] s|s | ora aw os00|+ ose | toz‘o-| oor | cos‘o | oust | os s’olos foc | o| s|s | ora ow www wuyN wwwyy | ea Tua! o [0 of o|o = 2 z 94409 ato] xiv] a] g | owomosuay key | tty xp | Py zp] oy vaoren ‘sing op viyawosg | yo113}0;% woboujsn cp 080) op oynaipa o10d _s09148}30490s09 xuos/dsq | an | ozoinay | “TT y0'e | e000 xuss:0 = 4 ka PP tw % | s¥ @ (ps=}) ojuauobuojy |———}—___|. __|_ | 444 2 Ma | aoe” | Po eiuaumonne 9p aT €0°0 | 9z0’0| st0’0| te’o| oc'0 | eto 44-14 = 84 [au [eee [to opupisises ope » | os | 4 GW s091UQ99W $091)8119}90109 1 s[4] 9st iNIG oWON, eprz09%4 , yuoWOIDAL STOT NEY = 4 O]19}0" = 55 avvorha ep eySoTouseg ap oxque) ou sopezyteer soyerug 5 = 56+ oty'o oee cKO ore ote’o ‘OveT ost o’t] 06 | o9 | s a 9 O%d OW oso] ote | oov'0| ose | costo | oor | oor | ott] os | os] s | o | 9 | ova ow ozv'o] ose | ozvto] ozv | ossto | oasr | os ot os} oof s |e | 9 | oza aw mw wuyN wy | UY |e} o | o | o | o | o 2 ze e109 PsP a | x] ev | P| g | cruowoseg) hey 14y “5 Wy mt op epop| Moore, | 84 8P eHeuoo9 | 1o1s01N wo6oujsn op 410) op —ojnd1p9._ psd —_$09148130}00109 x uos/d = q pz0ing - xuos‘De y a opsoisisa| i; 4/4 ¢ (pss) O;uowDbuoly —— gh He Sa 75 -oyusuiD0dss ep STUN ero‘o] storo] evio| =| er’o HX «Pg [uN | coe Tp bjugis|se1 ep oyu s|a uw | ts 2 Ve U SDOIUQIAW —-$09148}10490I09, %) ynb 9: sal (opessreuron) od esi4 oz %9 eujuet op gina opessy FO1U@WOIDIL OzOT ENay {D110 *a°S*n = soTae9 ops op eTrEyUabUE |p eTOOST LU sopeztTEeZ SOT! ore cesto | ocy | ov9%0 | onze s| eo] 2] oza aw oee o69‘0 | ogy | ovt‘o | oser s| a] 9] oz ow oce oss‘ | oer | orsto | ovr s}e oza aH nt wy uu 2 z pivewnss04 4 . say xp] Py | eae 10140101 dy Pgt 24 woBowsn op 6490109 xX ues/de g aH eet xues De % jew [4 % lee @ (es}) oweuobuoiy Iya mo Tan a TT TT foro pare 40-4 = 84 Pau [ee | a oppiaes wf? 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