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Algures numa terra gelada, vivia um menino chamado Artur.

O Artur era uma criança


muito sonhadora e bondosa.

Morava numa casa azul feita de lã, com um telhado vermelho em forma de gorro. A
casa tinha uma grande janela, de onde se avistava a frieza da cidade. A cidade era fria por
causa da neve, mas não só. A música era proibida. Todos os instrumentos musicais tinham sido
banidos daquele lugar.

Apesar disso, Artur queria muito ser músico, brincar com as notas. Tocava piano às
escondidas de todos os habitantes e sonhava trazer de novo a alegria a toda a população. Mas
sabia que era um sonho muito grande.

Todas as noites, antes de dormir, Artur olhava pela janela de casa e pedia ao céu ajuda
para a realização do seu desejo. Até que, numa noite estrelada, como por magia, começam a
nevar notas musicais. O encantamento do Artur foi tão grande que decide ir brincar com elas.

Umas cantavam dó, ré, mi. Outras fá, sol, lá, si, como se quisessem segredar com o
menino, fazendo-o acreditar no poder da música.

Toda a população da cidade apercebeu-se do acontecimento e ao ver a alegria da


criança, saíram à rua para ver o que se passava. Ao serem tocadas pela neve, as pessoas
começaram a transformar-se. Todas sorriam, dançavam e cantavam como se estivessem
enfeitiçadas.

Desde então, a música voltou àquela cidade e Artur tornou-se um grande e famoso
músico. Subia aos palcos mais grandiosos do mundo, sempre com a sua cartola preta.
Num reino distante, nasceu uma pura e bela princesa. Tinha um longo cabelo negro, da
cor do carvão, uma pele branca como a neve e uns lábios vermelhos como o sangue.

A sua beleza era tão grande que era apreciada por todos os habitantes do reino e
arredores. Contudo, havia uma feiticeira que a invejava por causa da sua grandiosa beleza.

Certo dia, cansada de viver nas sombras, a feiticeira decidi criar um feitiço mágico
capaz de enfraquecer a juventude da princesa e retirar-lhe toda a beldade.

Os dias passavam e a princesa ia envelhecendo mais e mais. Foram várias as tentativas


para quebrar o tal feitiço, mas nenhuma resultava.

Até que um dia, um jovem do reino, apaixonado pela leitura, lembrou-se que em
tempos o seu avô lhe tinha contado uma lenda sobre uma rosa, que em tempos existiu, capaz
de reverter tal feitiço.

O jovem procurou nos livros místicos do avô registos de pedras preciosas, pois estas,
segundo a história, continham o poder da criação.

O rapaz partiu destemido à procura das pedras, atravessando grandes desafios pelo
caminho, mas conseguiu reuni-las com sucesso.

Deste modo, desejou que as pedras criassem a rosa mágica no jardim da princesa. A
princesa ao ver a flor, aproximou-se para a cheirar e automaticamente o feitiço reverteu.

Desde então, a princesa recuperou a sua beleza e as rosas passaram a ser cultivadas
em todo o reino.
Um menino chamado Vicente, vivia numa terra pobre e poluída. Havia lixo por
todo o lado, montes de roupa velha e não chovia. Naquela terra, devido à falta de água, o solo
era muito seco, mal dava para cultivar e as pessoas viviam tristes.
O Vicente era um menino com uma grande família e adorava ouvir as histórias dos
seus avós.

Os avós do menino tinham conhecido aquela terra cheia de vida, de cor e de alimentos
para toda a população. Mas tudo tinha mudado devido aos maus comportamentos das
pessoas que lá viviam.
Um dia, o Vicente ouviu os avós falarem da falésia. Eles diziam que do outro lado havia
uma terra onde o verde dos campos, as flores cheirosas e a limpeza reinava. No entanto, era
impossível chegar lá, pois não chovia e a ponte que ligava as duas terras só aparecia com a
chuva.

Vicente, muito destemido, decidiu montar no cavalo branco do pai e ir à procura da tal
falésia. Quando a encontrou, o menino chorou de alegria ao ver o que havia do outro lado e a
ponte arco-íris formou-se, permitindo ao menino atravessá-la.

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