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ATENÇÃO

ATENÇÃO
É o fenômeno segundo o qual nós processamos, um número
limitado de informações de estímulos disponíveis por meio dos
nossos sentidos.

Por meio da atenção nós fazemos um uso criterioso dos nossos


limitados recursos cognitivos, dependendo do nosso interesse
em uma situação específica.
É por meio da atenção que podemos limitar a quantidade de
informações processadas no cérebro.

Ela possibilita que o cérebro utilize seus recursos de forma


sensate, para evitar uma situação de sobrecarga relacionada à
imensa quantidade de estímulos que existem no ambiente.
Para isso, o cérebro é capaz de selecionar os estímulos em prol de um
equilíbrio no processamento cerebral.

+Isso produz uma “economia de energia” cognitiva, permitindo a


execução de processos mentais mais complexos.

+Somado a isso, a atenção monitora a interação do indivíduo com o


ambiente, mantendo sempre uma consciência da situação (Podemos
ter processos mais controlados e processos mais automáticos, com
pouca consciência e recursos da atenção).
Dentre as várias modalidades da atenção, destaca-se a importância da:

VIGILÂNCIA
ATENÇÃO CONCENTRADA
BUSCA/RASTREIO
Dentre as várias modalidades da atenção, destaca-se a importância da:

VIGILÂNCIA ➔ Estar atento ao surgimento de determinados estímulos, como o estar em “alerta”.


Ex: Quando estamos ansiosos no primeiro dia de aula, prestando atenção em tudo ao nosso redor.
Descrita por alguns autores como atenção difusa.

ATENÇÃO CONCENTRADA ➔ Manter a atenção por um determinado tempo (Nahas, 2001). Capacidade
de um indivíduo manter o foco atencional em determinado ou sequencia de estímulos durante um
período de tempo para o desempenho de uma tarefa (Dangalarrondo, 2000).
Ex: Quando vemos um filme, assistimos uma palestra. Descrita por alguns autores por atenção
sustentada.

BUSCA/RASTREIO ➔ Direcionar a atenção por uma busca ativa por algum estímulo ou objeto.
Ex: Onde está Fulano? Situações onde estamos procurando alguém em um evento lotado de gente,
procurando pelo rosto na multidão.
Observação
Manutenção da eficácia atencional no desempenho
de tarefas de longa duração em que os eventos a
que se deve reagir são pouco frequentes (V) ou
muito frequentes (AC)

Ditado: Um olho no fogo o outro no gato***

Vigilância X Atenção Concentrada


Existem ainda:

ATENÇÃO SELETIVA
ATENÇÃO DIVIDIDA
ATENÇÃO ALTERNADA
Existem ainda:

ATENÇÃO SELETIVA ➔ Definida como a capacidade do individuo


privilegiar determinados estímulos em detrimento de outros (Dalgalarrondo, 2000).
Habilidade de manter uma série comportamental ou cognitiva diante da
distratibilidade ou de estímulos competidores (Sohlberg, 2011).

Ex: quando prestamos atenção a uma conversa e não ouvimos o telefone tocar.

Indivíduos com déficits neste nível retraem-se facilmente da tarefa com


estímulos estranhos e irrelevantes, aqui incluídos sinais externos, sons ou
atividades, bem como distrações internas (preocupações).
Atenção Seletiva

A extensão do campo varia, ajustando-se em função do


grau de focalização atencional exigido pela tarefa.
Importante

Fuster (1995) defendeu que a expressão “atenção seletiva” representa uma


redundância em relação ao próprio conceito de atenção, uma vez que
atenção é, por definição, seletiva.

Alguns autores defendem a utilização da expressão “atenção seletiva”


argumentando que “atenção seletiva é o nome dado à capacidade de
selecionar um estímulo particular de acordo com suas propriedades físicas,
forma de apresentação ou contingências e instruções prévias”
ATENÇÃODIVIDIDA

Executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo (Nahas, 2001).


Envolve a habilidade de responder simultaneamente a múltiplas
tarefas ou múltiplas exigências da tarefa. Duas ou mais respostas
comportamentais devem ser requeridas, ou dois ou mais tipos de
estímulos podem necessitar ser monitorados (Sohlberg, 2011).
Este nível de capacidade atencional é requerido quando as
múltiplas exigências simultâneas devem ser controladas.

Ex: Escrever um bilhete e falar com uma pessoa ao mesmo tempo.


ATENÇÃO ALTERNADA

É a capacidade do individuo em alternar o foco atencional, ou seja, desengajar o


foco de um estímulo e engajar em outro (Lima, 2005). Capacidade de flexibilidade mental
que permite aos indivíduos mudar seus focos de atenção e se movimentar entre
tarefas com diferentes requisitos cognitivos, controlando dessa forma qual
informação será seletivamente processada (Sohlberg, 2011).
Ex: Quando uma secretária que precisa continuamente alternar entre atender ao
telefone, digitar e responder às perguntas.

Problemas com a atenção alternada são evidentes na criança que tem dificuldade de
mudar as tarefas uma vez que o “cenário” tenha sido estabelecido, e que necessitam
de sinal extra para pegar e iniciar os novos requisitos da tarefa.
Duas maneiras de orientação atencional têm sido descritas na literatura:
a voluntária e a automática (Posner & Raichle, 1997; Knudsen, 2007).

Orientação Voluntária ocorre intencionalmente, por meio de um controle


descendente (top-down).
Por exemplo, quando um indivíduo voluntariamente focaliza sua atenção em uma
determinada área do campo visual. Nesse caso, o desvio atencional é chamado
de endógeno ou intrínseco.

Orientação Automática da atenção, ocorre a captura reflexa de recursos de


processamento por estímulos ocorridos no ambiente.
Nesse caso, um estímulo visual pode capturar a atenção de maneira involuntária
ou ascendente (bottom-up). Esse tipo de desvio de atenção é denominado
exógeno ou extrínseco.

Deste modo, é possível compreender que a orientação da atenção reflete uma


competição entre objetivos internos e demandas externas (Berger; Henik & Rafal,
2005).
A atenção é um requisito importante para o desempenho da maioria
das atividades do dia a dia, como no contexto escolar e/ou
profissional.

As atividades acadêmicas demandam essa capacidade, por exemplo,


quando o aluno necessita focar seu interesse no que a professora está
ensinando, ou quando a criança tem que fazer a lição de casa e deve
investir toda sua atenção na tarefa a ser realizada.

Assim, quando essa função cognitiva está alterada devido a algum


quadro clínico, pode comprometer o funcionamento de outros
processos cognitivos, como percepção, memória, linguagem ou FE.
ATIVIDADES

1 – QUAIS PERGUNTAS FAZER PARA INVESTIGAR CADA SUBTIPO DE


ATENÇÃO? E QUAL COMPORTAMENTO PODE INDICAR UM DÉFICIT EM
CADA SUBTIPO DE ATENÇÃO?

2- EXERCÍCIO DE RETOMAR FES E ATENÇÃO (ASSOCIAR FRASE A UM


CONSTRUCTO)
Pontos Nodais para Avaliação da Atenção!
Segundo os estudos mais recentes, há TRÊS redes cerebrais que contribuem para a atenção:

1) Alerta (rede têmporo-parietal): aspecto mais basal, descreve o estado de vigília e excitação
de um organismo;
2) Orientação (rede têmporo-parietal): seleção de informações a partir de estímulos
sensoriais;
3) Controle Atencional (rede frontal): traz um objeto à consciência, envolvendo mecanismos
de regulação de pensamentos, emoções e ações;

→ A rede de atenção executiva representa a relação entre atenção e FEs;


→ As FEs regulam e controlam o comportamento para atingir um objetivo (este,
definido pelo objeto que toma posse da consciência – ATENÇÃO!)

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