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MOTIVAÇÃO E

APRENDIZAGEM
Psicologia da Educação II
MOTIVAÇÃO

ESTAR “A FIM DE”


MOTIVAÇÃO
O estudo da motivação considera três tipos de
variáveis:

O ambiente
As forças internas do indivíduo (necessidade,

desejo, vontade, interesse, impulso, instinto)


O objeto que atrai o indivíduo por ser fonte de

satisfação da força interna que o mobiliza


CONCEITO
A motivação é o processo que mobiliza o organismo para a
ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente,
a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que,
na base da motivação, está sempre um organismo que
apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um
interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. Na
motivação está também incluído o ambiente que estimula o
organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim,
na motivação está incluído o objeto que aparece como a
possibilidade de satisfação da necessidade.
CADEIA DA MOTIVAÇÃO

Ambiente Organismo Interesse/necessidade

MOTIVAÇÃO
Motivação intrínseca e extrínseca
 Na motivação extrínseca, o controle da conduta é
decisivamente influenciado pelo meio exterior, não
sendo os fatores motivacionais inerentes nem ao sujeito
nem à tarefa, mas simplesmente o resultado da
interação entre ambos  metas externas (de
rendimento)  objetivo: ser bem avaliado
 Na motivação intrínseca, ao contrário, o controle da
conduta depende sobretudo do sujeito em si, dos seus
próprios interesses e disposições  metas internas (de
aprendizagem)  objetivo: desenvolver-se
O que motiva? O que desmotiva?

 O que te motiva e o que te desmotiva hoje em dia?

 O que você acredita que motiva e desmotiva os


estudantes a participar das aulas, construir
conhecimento, aprender?
Nem todos têm as mesmas metas...
Toda mudança motivacional requer
tempo
 O significado das ações de um estudante em um dado
momento e seus resultados fazem sentido no contexto
da sua história pessoal
 A forma como foi abordado seu trabalho escolar no
passado e os resultados obtidos configuram uma
percepção das próprias capacidades com relação às
tarefas escolares, seu valor a motivação para realizá-
las
 Isso requer do professor esforço continuado para
promover mudanças
A interação entre o aluno e o
contexto é dinâmica
 A atenção pode mudar durante uma mesma aula
 A motivação pode ser diferente no decorrer da
mesma disciplina durante o ano
 O mesmo aluno pode se interessar mais por uma
disciplina que por outra
Pra nós, educadores e educadoras:

 O que podemos fazer para não DESMOTIVAR


nossas e nossos estudantes?

 O que podemos fazer para ENTUSIASMAR


nossos e nossas estudantes?
Papel do/a professor/a
 Reconhecer quais são as metas individuais que
despertam a motivação dos/as estudantes
 Desenhar atividades e processos pedagógicos que,
na medida do possível, contemplem no decorrer do
tempo boa parte dessas metas
 Conhecer a si próprios e identificar também em si o
que o motiva a desempenar a carreira docente!
Possibilidades de atuação docente
 a. uma possibilidade é que o trabalho educacional
parta sempre das necessidades que o aluno já traz,
introduzindo ou associando a elas outros conteúdos
ou motivos;

 b. outra possibilidade, não excludente, é criar


outros interesses no aluno.
Como podemos pensar em criar
interesses?
 Propiciando a descoberta. O aluno deve ser desafiado, para que
deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a
possibilidade de descobrir.
 Desenvolvendo nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude
que garanta o desejo mais duradouro de saber, de querer saber
sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa
atitude pode ser desenvolvida com atividades muito simples, que
começam pelo incentivo à observação da realidade próxima ao aluno
— sua vida cotidiana —, os objetos que fazem parte de seu mundo
físico e social. Essas observações sistematizadas vão gerar dúvidas
(por que as coisas são como são?) e aí é preciso investigar,
descobrir.
Como podemos pensar em criar
interesses?
 Falar ao aluno sempre numa linguagem acessível, de fácil
compreensão.
 Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de
complexidade. Tarefas muito difíceis, que geram fracasso, e
tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do interesse. O
aluno não “fica a fim”.
 Compreender a utilidade do que se está aprendendo é também
fundamental. Não é difícil para o professor estar sempre
retomando em suas aulas a importância e utilidade que o
conhecimento tem e poderá ter para o aluno. Somos sempre “a
fim” de aprender coisas que são úteis e têm sentido para nossa
vida.
Bibliografia
BOCK, Ana Mercê Bahia (org.). Psicologias: uma
introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo:
Editora Saraiva, 1999.
RIBEIRO, Filomena. Motivação e aprendizagem em
contexto escolar. PROFFORMA Nº 03, Junho 2011.
TAPIA, Jesus Alonso. Motivar para el aprendizaje:
teoría y estrátégias. Ed. Cast: Edebé, 1997.
https://www.ted.com/talks/dan_pink_on_motivation?l
anguage=pt-br
https://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI&
t=6s

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