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O Princeps Augusto e As Relacoes Politic
O Princeps Augusto e As Relacoes Politic
ORGANIZADOR
Carlos Eduardo da Costa CAMPOS
&
Maria Regina CANDIDO
Conselho Editorial:
Anderson Martins Esteves – UFRJ
Giselle Marques Câmara – PUCRJ
José Maria G. Neto – UPE
Maria Regina Candido – UERJ
Maricí Martins Magalhães – MHN
Moacir Elias Santos - UNIANDRADE
Pedro Paulo A. Funari - UNICAMP
Renan M. Birro – UNIFAP
Assessoria Executiva:
Alair Figueiredo Duarte – CEHAM/UERJ
Carla Lavinas – NEA/UERJ
Liliane C. Coelho - UNIANDRADE
Luis Filipe Bantim de Assumpção – CEHAM/UERJ
Vinicius Zavalis – NEA/UERJ
Paula Aranha – NEA/UER – MHN
CDD: 941
CDU: 94
Índice
Prefácio, ix
Maria Luiza Corassin & Moisés Antiqueira
Apresentação, xv
Ana Teresa Marques Gonçalves
Parte I
I. Atenas sob o domínio do imperator Cesar Augusto, 1
Maria Regina Candido & Alair Figueiredo Duarte
Parte II
V. Religious policy and the rule of Augustus - Between political
exploitation and righteous restoration, 85
Christoph L. Hesse
VI. Práticas sacriiciais humanas por Caio Otávio?
Uma proposta de debate, 111
Carlos Eduardo da Costa Campos
Parte III
XI. O gênero do poder: Plutarco e a contenda de
Otávio e Cleópatra, 215
Gregory da Silva Balthazar
XII. Sexualidade e política à época de Augusto: considerações acerca
da ‘lei Júlia sobre adultério’, 239
Sarah Fernandes Lino de Azevedo
às sociedades helênicas.
Ao interagir com o discurso6 de Plutarco acerca dos basileus
Agis IV e Cleomenes III, o historiador Nigel Kennell enfatizou
que parte das representações construídas sobre Esparta se focou
na argumentação de que a sua desestruturação ocorreu devido
ao não cumprimento dos valores políades ancestrais7. A assertiva
pode ser endossada ao veriicamos que os esparciatas e os basileus
lacedemônios foram representados pelos pensadores clássicos8
como os sujeitos que alcançaram a sua proeminência política por
seguirem a tradição de seus antepassados. De forma semelhante,
ainda que Esparta tenha adequado os seus valores em decorrência
do contexto histórico, o tradicionalismo de suas práticas9 político-
culturais não permitiram que esta pólis readquirisse a sua hegemonia
frente aos helenos.
No inal do século III a.C., os enfrentamentos que Esparta
travou com a Macedônia e a Liga Acaia10 acabaram enfraquecendo
a “pólis de Licurgo”, em uma perspectiva política, econômica e
United States. Trans.: Patrick Camiller. Cambridge: Polity Press, 2007, p.06.
20 KENNELL, Nigel. Spartans – A New History. Oxford: Wiley-Blackwell, 2010, p.179.
32 - O PRINCEPS AUGUSTO e as relações políticas com a
sociedade espartana
21 MÜNKLER, Herfreid. Empires: the Logic of World Domination from Ancient Rome to the
United States. Trans.: Patrick Camiller. Cambridge: Polity Press, 2007, p.8.
22 CAMPOS, Carlos Eduardo da Costa. A Estrutura de Atitudes e Referências do Imperialismo
Romano em Sagunto (II a.C. – I d.C.). Rio de Janeiro: UERJ/NEA, 2014, p.52.
23 Ibidem, p.58.
24 Filopêmen foi um general helênico oriundo de Megalópolis, o qual ajudou a
reorganizar a Liga Acaia, chegando a comandá-la em diversas ocasiões. Foi elogiado
por diversos pensadores posteriores, como Políbio, Cícero e Plutarco. GREEN,
Peter. D’Alexandre à Actium – Du partage de l’Empire au triomphe de Rome. Paris: Robert
Laffont,1997, p.1028.
Luis Filipe Bantim de Assumpção - 33
25 Nas palavras dos pesquisadores Klaus Freitag, Peter Funke e Nikola Moustakis, a
Liga Etólia seria uma confederação formada por póleis, vilarejos e assentamentos
que se arrogavam como detentores de uma matriz cultural Etólia, estando
geograicamente situada ao norte do golfo de Corinto. FREITAG, Klaus; FUNKE,
Peter; MOUSTAKIS, Nikola. Aitolia. In: HANSEN, Mogens Herman; NIELSEN,
Thomas Heine. An Inventory of Archaic and Classical Poleis – an investigation conducted
by the Copenhagen Polis Centre for Danish National Research Foundation. Oxford: Oxford
University Press, 2004, p.379.
34 - O PRINCEPS AUGUSTO e as relações políticas com a
sociedade espartana
33 Lucio Mummio foi cônsul romano em 146 a.C., sendo posteriormente considerado
como o responsável pela destruição de Corinto. GREEN, Peter. D’Alexandre
à Actium – Du partage de l’Empire au triomphe de Rome. Paris: Robert Laffont,1997,
p.1024.
34 TOKHTAS’EV, Sergej. Achaeans, Achaea. In: CANCIK, Hubert; SCHNEIDER,
Helmuth. Brill’s New Pauly – Encyclopaedia of the Ancient World. Vol. I – A-Ari. Leiden;
Boston: Brill, 2002, p.75.
35 KENNELL, Nigel. Spartans – A New History. Oxford: Wiley-Blackwell, 2010, p.182.
36 OLSHAUSEN, Eckart. Achaia [Roman Province]. In: CANCIK, Hubert;
SCHNEIDER, Helmuth. Brill’s New Pauly – Encyclopaedia of the Ancient World. Vol.
I – A-Ari. Leiden; Boston: Brill, 2002, p.80
Luis Filipe Bantim de Assumpção - 37
39 Nos dizeres de Antony Spawforth, antes de contrair matrimônio com Caio Otávio,
Lívia foi casada com o patrício Tibério Claudio Nero, um membro proeminente
da família Claudia (CARTLEDGE, Paul; SPAWFORTH, Antony. Hellenistic and
Roman Sparta – A tale of two cities. 2nd. Edition. London; New York: Routledge, 2002,
p.87). Por sua vez, Tibério Claudio Nero teria sido um opositor de Caio Otávio em
seu embate com Sexto Pompeu e posteriormente apoiou Marco Antônio. Dessa
maneira, Claudio Nero e Lívia tiveram que fugir em decorrência das guerras do
Segundo Triunvirato, tendo permissão para retornarem a Roma após a anistia
concedida por Augusto. BARRETT, Anthony. Livia – First Lady of Imperial Rome.
New Haven; London: Yale University Press, 2002, p.19-21.
40 Tibério foi ilho de Lívia e enteado de Augusto, e com a morte deste acabou
assumindo o principado em Roma.
41 Nos dizeres de Suetônio, no período em que Lívia se refugiou em Esparta esta
ciuitas já estava sob a proteção da família Claudia (SUETÔNIO, Vida de Tibério, 6).
Luis Filipe Bantim de Assumpção - 39
54 Esta pólis foi fundada por Augusto na Acarnânia como um meio de celebrar a
sua vitória contra Marco Antônio e Cleópatra, no Ácio. A sua denominação seria
formada pela junção dos vocábulos Niké (Vitória) e pólis (PAUSÂNIAS, VII, 18.8).
55 KENNELL, Nigel. Spartans – A New History. Oxford: Wiley-Blackwell, 2010, p.184.
56 CARTLEDGE, Paul; SPAWFORTH, Antony. Hellenistic and Roman Sparta – A tale
of two cities. 2nd. Edition. London; New York: Routledge, 2002, p.90.
57 WALLACE-HADRILL, Andrew. Rome’s Cultural Revolution. Cambridge: Cambridge
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67 A Liga dos Lacedemônios foi formada após a derrota de Nábis pelas sociedades
periecas e permaneceu sob a proteção da Liga Acaia de 195 a 146 a.C. WELWEI,
Karl-Wilhelm. Eleutherolakones. In: CANCIK, Hubert; SCHNEIDER, Helmuth.
Brill’s New Pauly – Encyclopaedia of the Ancient World. Vol. IV – Cyr-Epy. Leiden;
Boston: Brill, 2004, p.918.
68 Idem.
48 - O PRINCEPS AUGUSTO e as relações políticas com a
sociedade espartana