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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL – PPGEC


MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL COM ÊNFASE EM ESTRUTURAS

MÉTODO DE BIELAS E TIRANTES – NBR 6118


Regiões de Descontinuidade
• São chamadas de regiões B de um elemento
estrutural aquelas em que as hipóteses da
seção plana, ou seja, de uma distribuição
linear de deformações específicas na seção
são aplicáveis.
• As regiões D são aquelas em que esta
hipótese da seção plana não mais se aplica.
• Em geral, o limite entre as regiões B e D pode
ser considerado localizado a uma distância h
(altura da seção transversal do elemento
estrutural considerado) da seção efetiva da
descontinuidade.
Regiões de Descontinuidade
Geométrica

Descontinuidade Estática

Geométrica e Estática

• Tendo em vista a responsabilidade dos elementos especiais na


estrutura, deve-se majorar as solicitações de cálculo por um
coeficiente adicional gn, conforme ABNT NBR 8681, nas regiões D.
Método de bielas e tirantes
Procedimento para aplicação do método
• É permitida a análise da segurança no estado-limite último de um
elemento estrutural, ou de uma região D contida neste elemento,
através de uma treliça idealizada, composta por bielas, tirantes e nós.
• Nessa treliça, as bielas representam a resultante das tensões de
compressão em uma região; os tirantes representam uma armadura
ou um conjunto de armaduras concentradas em um único eixo e os
nós ligam as bielas e tirantes e recebem as forças concentradas
aplicadas ao modelo.
• Em torno dos nós existirá um volume de concreto, designado como
zona nodal, onde é verificada a resistência necessária para a
transmissão das forças entre as bielas e os tirantes.
Procedimento para aplicação do método

• A treliça idealizada é isostática e nos nós são concentradas as forças


externas aplicadas ao elemento estrutural e as reações de apoio,
formando um sistema auto equilibrado. As reações de apoio devem
ser previamente obtidas através de uma análise linear ou não linear.

• Os eixos das bielas devem ser escolhidos de maneira a se aproximar o


máximo possível das tensões principais de compressão e dos tirantes,
dos eixos das armaduras a serem efetivamente detalhadas.
Procedimento para aplicação do método

• As bielas inclinadas devem ter ângulo de inclinação cuja tangente


esteja entre 0,57 e 2 em relação ao eixo da armadura longitudinal do
elemento estrutural.

• As verificações das bielas, tirantes e nós são efetuadas a partir das


forças obtidas na análise da treliça isostática sob a ação do sistema
auto equilibrado de forças ativas e reativas na treliça.
Parâmetros de resistência de cálculo das
bielas e regiões nodais
• fcd1 – tensão resistente máxima no concreto, em verificações pelo
método de bielas e tirantes, em regiões com tensões de compressão
transversal ou sem tensões de tração transversal e em nós onde
confluem somente bielas de compressão (nós CCC).

𝑓𝑐𝑑1 = 0,85𝛼𝑣2 𝑓𝑐𝑑


(bielas prismáticas ou nós CCC)

• Onde,
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = 1 − , 𝑐𝑜𝑚𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎
250
Parâmetros de resistência de cálculo das
bielas e regiões nodais
• fcd2 – tensão resistente máxima no concreto, em verificações pelos
método de bielas e tirantes, em regiões com tensões de tração
transversal e em nós onde confluem dois ou mais tirantes tracionados
(nós CTT ou TTT)

𝑓𝑐𝑑2 = 0,60𝛼𝑣2 𝑓𝑐𝑑


(bielas atravessadas por mais de um tirante, ou nós CTT ou TTT)
Parâmetros de resistência de cálculo das
bielas e regiões nodais
• fcd3 – tensão resistente máxima no concreto, em verificações pelos
método de bielas e tirantes, em nós onde conflui um tirante
tracionado (nós CCT).

𝑓𝑐𝑑3 = 0,72𝛼𝑣2 𝑓𝑐𝑑


(bielas atravessadas por tirante único, ou nós CCT)
Parâmetros de resistência de cálculo dos
tirantes
• A área de aço a ser aplicada em cada tirante é dada por:

𝐹𝑆𝑑 Força de tração calculada no tirante.


𝐴𝑠 =
𝑓𝑦𝑑

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