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O Direito como Ciência e sua

Metodologia
Prof. Msc. Gustavo Mendes Tupinambá
@prof.gustavotupinamba | @gustavotupi
▪ Conforme estudado anteriormente, deve-se à
Teoria Pura do Direito de Kelsen a ideia de um
Direito tido como ciência pela definição do
Concepções de objeto da ciência do Direito que, para ele, é
constituído, em primeiro lugar, pelas normas
Direito jurídicas e, secundariamente, pelo conteúdo
dessas normas, ou seja, pela conduta humana
que elas regulam.
A Ciência do Direito possui uma linguagem própria que a
organiza.
Na introdução ao seu estudo se faz necessário o
aprendizado:
Concepções de ▪ Das nomenclaturas técnicas;
Direito ▪ Dos conceitos;
▪ Da metodologia.
Esse conhecimento norteará todo o estudo ao longo do
Curso de Direito.
A Teoria do Direito Natural é muito antiga e está presente
na literatura jurídica ocidental desde a aurora da Civilização
Europeia, antes de Cristo, em Atenas e Roma.
Para a corrente jusnaturalismo (jus = direito), além do
direito escrito (positivo), há uma ordem superior que é a do
direito justo.
Direito que, através dos tempos, tem influenciado reformas
Direito Natural jurídicas e políticas, que deram novos rumos às ordens
políticas europeia e norte-americana, como é o caso da
Declaração de Independência (1776) dos EUA e da
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), da
Revolução Francesa, que, no artigo 2º diz:
“o fim de toda associação é a proteção dos direitos naturais
imprescritíveis do homem”.
O jusnaturalismo atual idealiza o direito natural como um
conjunto de amplos princípios, a partir dos quais o
legislador deverá compor a ordem jurídica.
Os princípios mais apontados referem-se:

Direito Natural ▪ Ao direito à vida


▪ À liberdade
▪ À participação na vida social
▪ À igualdade de oportunidades
▪ O Direito Natural não é escrito, não é criado
pela sociedade, nem é formulado pelo Estado.
(...) É um Direito espontâneo, que se origina da
própria natureza social do homem e que é
Direito Natural revelado pela conjugação de experiência e
razão. É constituído por um conjunto de
princípios, e não de regras, de caráter universal,
eterno e imutável. (Nader, 2014).
▪ O Direito Positivo é assim denominado porque
é o que provém diretamente do Estado.

Direito Positivo ▪ Do latim jus positum: imposto, que se impõe,


vem a ser também, a base da unidade do
sistema jurídico nacional.
Direito • É aquilo em que nossa consciência
Natural acredita
• Ordenamento ideal, correspondente a
Direito Natural uma justiça superior e suprema

X Direito • Leis que temos que obedecer, porque


Direito Positivo Positivo foram impostas pela sociedade
• Ordenamento jurídico em vigor em um
determinado país e em uma determinada
época
Para os positivistas: “Não há mais Direito que o
Direito Positivo”.

Pensamento Tomando atitude intransigente perante o Direito


Positivista Natural, o positivismo jurídico se satisfaz
plenamente com o ser do Direito Positivo, sem
refletir sobre a forma ideal do Direito, sobre o
Dever-Ser jurídico.
Entretanto, o Direito não é composto unicamente
de normas, como deseja essa corrente filosófica.

Além disso, as normas jurídicas apresentam


Leis e valor sempre um significado, um valor social a ser
realizado.
social
A lei não pode conter todo o jus. A lei, sem
condicionantes valorativos, é uma arma para o
bem ou para o mal.
▪ O Direito Substantivo (Material) é o conjunto
das regras criadas pelo Estado, que normatiza a
vida em sociedade definindo relações jurídicas,
e que constitui o chamado Direito Material.
▪ O Direito Adjetivo (Processual) consiste nas
Direito regras de direito processual que regulam a
existência dos processos, bem como o modo
Substantivo e destes se iniciarem, se desenvolverem e
Direito Adjetivo terminarem.

O Direito Formal ou "adjetivo" diz respeito à


processualística, ou seja, à forma pela qual se
aplica o direito material.
O Direito Material (substantivo) define as normas
de conduta para a paz na convivência social, por
isso dita as normas.
Direito
Substantivo e Já o Direito Processual (adjetivo) visa assegurar o
Direito Adjetivo cumprimento das normas, ou seja, se preocupa
em garantir a obediência das normas de direito
material”.
Direito Objetivo é composto pelas normas jurídicas, as leis,
que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os
seres humanos que vivem na sociedade que adota essas
leis. O seu descumprimento, dá origem a sanções.
O Direito Subjetivo, também chamado facultas agendi
Direito Objetivo (faculdade de agir) é o poder de exigir uma determinada
e Direito conduta de outrem, conferido pelo Direito Objetivo, pela
norma jurídica.
Subjetivo Elementos do sujeito subjetivo
Sujeito = Pessoa física ou pessoa jurídica;
Objeto = O bem jurídico sobre o qual o sujeito exerce o
poder conferido pela ordem jurídica.
▪ Direito Objetivo é gênero do qual o Direito Positivo (as
normas jurídicas emanadas do Estado) é espécie, assim
como os costumes e, por exemplo, cláusulas contratuais
entre particulares.

Direito Objetivo
Relação entre
Direito Positivo e Direito Positivo

Direito Objetivo Costumes

Contratos
▪ Os romanos utilizaram o critério da utilidade.
▪ Quando o objeto do Direito era voltado para o
Direito Público e interesse da coletividade, este era tido como
Direito Público.
Privado
▪ Se o interesse era do particular, este seria
Direito Privado.
A existência de somente um Direito.
Teorias Existência exclusiva do Direito Privado (Rosmini e Ravà).
Monistas Sempre foi o único durante séculos e seu nível de
aperfeiçoamento não foi atingido ainda pelo Direito Público.

Teorias *Teoria do interesse em Jogo — Teoria Clássica ou Teoria


Direito Público e Dualistas Romana
* Teoria do Fim
Direito Privado e Teoria do Quando a iniciativa da ação for do Estado, teremos o Direito
suas Teorias Titular da
Ação
Público, quando for do particular, teremos o Direito Privado.

Além do Direito Público e Privado, admitem alguns estudiosos,


Teorias um terceiro gênero, chamado por alguns de Direito Misto e por
Trialistas outros de Direito Social Misto.
A clássica bipartição romana do direito em
público e privado não corresponde mais à
realidade jurídica e não atende mais à
A Superação da complexidade das relações da sociedade
Dicotomia do moderna.
Direito Público e
do Direito Privado Essa clássica distinção, na vida prática, não tem a
importância que alguns juristas pretendem dar,
pois o Direito deve ser entendido como um todo.
▪ Monista
Alternativa ao dualismo. Argumentam que o Direito
internacional e o Direito interno são noções de uma só
ordem jurídica e, neste caso, havendo um só
ordenamento, haveria uma norma hierarquicamente
superior a todas as demais regulando este único

Direito Interno e ordenamento. Apresenta duas versões: a que defende a


preferência do Direito interno, e, outra, a precedência do
Internacional Direito internacional.
▪ Dualista
Os dualistas defendem que o Direito Internacional e o
Direito interno são concepções distintas, à medida que se
encontram baseados em duas ordens: a interna e a
externa. (Heinrich Triepel, 1899)
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