Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumos GM
Resumos GM
Marca: conjunto de associações fortes, favoráveis e exclusivas → ex.: prestígio, muito trabalho,
pressão para ser uma marca valiosa; O trabalho resultará numa base de clientes leais; vendas
asseguradas, logo é possível praticar preços mais altos
Base de clientes leais, vendas asseguradas, logo é possível praticar preços mais altos.
A marca pode reduzir o risco associado às decisões de compra. Os consumidores podem percecionar
diferentes tipos de risco ao comprar e consumir um produto:
Risco Funcional- o produto não funciona de acordo com as expetativas; não cumprir função
determinada;
Risco Físico- o produto representa uma ameaça ao bem-estar físico ou saúde do consumidor ou de
outros; mau estar para o consumidor;
Risco de Tempo- a falha do produto resulta em perda de tempo para encontrar outro produto
satisfatório
Kapferer (1997: 30) considera que a marca pode desempenhar oito funções para o consumidor as
quais definem a utilidade da marca.
» Identificação
- Ser claramente identificada e identificar rapidamente os produtos procurados.
» Prática
- Permite poupar tempo e energia através da repetição da compra e lealdade.
» Garantia
- Garantia de igual qualidade independentemente de onde ou quando se compra o
produto ou serviço.
» Otimização
- Garantia de compra do melhor produto na sua categoria, o melhor para um
determinado objetivo.
» Caracterização
- Confirmação da imagem de si próprio ou da imagem que aparenta aos outros.
» Continuidade
- Criação de satisfação através da familiaridade e intimidade com a marca que se consome
durante anos.
» Hedónica
- Satisfação ligada à atratividade da marca, ao logo, à comunicação.
» Ética
- Satisfação ligada ao comportamento responsável da marca na sua relação com a sociedade
(ecologia, emprego, cidadania, publicidade não chocante).
- Uma marca forte representa para o seu vendedor lealdade e, em consequência, estabilidade das
vendas futuras e possibilita também a prática de um preço premium.
- As marcas dão às empresas um incentivo para investirem em qualidade e inovação.
- Permitem um acesso mais fácil ao mercado, pois uma marca forte confere à empresa um maior poder
negocial (por exemplo, junto da distribuição).
- Atuam como uma barreira à entrada de novos concorrentes.
- Constituem um ativo da empresa.
A Marca
Gestão de marcas:
É a conceção e implementação de programas e atividades de marketing para construir e gerar o
Brand Equity, é necessário gerir tudo para criar uma marca coerente, amada, diferente e valiosa.
Para isso, é necessário identificar e estabelecer o posicionamento e valores da marca (mapas
mentais, estrutura competitiva, pontos de paridade e de diferenciação, valores e mantra), planear
e implementar os programas de marketing, medir e interpretar o desempenho da marca (cadeia
de valor da marca, tracking, sistema de gestão do brand equity…) e crescer e sustentar o valor da
marca (matriz dos produtos da marca, estratégias de expansão, portfólios, hierarquias)
Como salienta Kotler (2003: 418-19), a marca é um símbolo complexo que transporta vários
significados:
Brand Equity
- Pode ser traduzido como “património da marca”, “valor da marca” ou “capital da marca”.
- Tornou-se um dos conceitos de marketing mais importantes, quer em termos académicos, quer em
termos práticos desde o final dos anos 80 (Srinivasan et al., 2005).
conjunto de ativos (ou passivos) ligados a uma marca, ao seu nome e símbolo, que se adicionam (ou
subtraem) ao valor proporcionado por um produto ou serviço.
Triângulo da marca
Sinal: O nome e os restantes sinais da sua identidade jurídica compõem o indentity mix da
marca. Uma marca, enquanto sinal e no seu sentido mais estrito é um nome.
Objeto: Engloba a pessoa física ou jurídica que está por detrás da marca, o conjunto das ofertas,
dos benefícios que propõe aos públicos a quem se dirige e o conjunto das ações de marketing
que tangibilizam esses benefícios. O objeto da marca pode ser considerado a missão que os
responsáveis pela marca assumam como razão de existência.
Interpretante: O conceito de interpretante remete para a imagem que a marca tem junto um
determinado segmento ou público-alvo. Ao nível de cada individuo, o conceito de imagem é
múltiplo, englobando reações do tipo cognitivo, afetivo e comportamental que se traduzem em
variáveis que constituem no seu conjunto o image mix da marca.
As marcas veem facilitar a decisão da escolha e diminuir o risco. A marca tem de ser autêntica,
prometer e cumprir, porque se não, não vencerá no mercado nem gera confiança.
» Se a marca é o ativo mais importante de uma organização, faz sentido que seja uma preocupação
central por parte da gestão.
Identidade da marca
“Quando falta a uma marca uma identidade clara e forte, a marca é como um navio sem
leme.”
(Joachimsthaler e Aaker, 1997:5)
Segundo Kapferer (1991: 31) define-se a identidade da marca quando se tem resposta para as
seguintes perguntas: O que faz a sua diferença? O que faz a sua permanência? O que faz a sua
homogeneidade? O que faz a seu valor? O que faz a sua verdade? O que faz a seu reconhecimento?
PRISMA DA IDENTIDADE DA MARCA
As 6 facetas devem formar um todo estruturado.
Físico: é a base da marca, características físicas dos produtos, os símbolos
Personalidade: define a personalidade da marca que esta
assume como se fosse uma pessoa
Cultura: visão sobre a organização e as suas origens
Relação: forma como a marca entrega ou comunica a sua
cultura
Mentalização: (identificação do público com a marca e
imagem para o exterior
Reflexo: o que a marca representa na mente dos
consumidores, ou seja, a imagem que quer passar para os seus consumidores
Personalidade da marca
A personalidade da marca pode ser considerada o conjunto de traços da personalidade humana que
são em simultâneo aplicáveis e relevantes para a marca. Tem um papel importante na construção e
gestão da marca dada a importância de criar uma relação entre o consumidor e a marca. Pode ser
utilizada para apelar aos consumidores e distinguir a marca da concorrência.
Uma personalidade de marca implementada com sucesso aumenta a lealdade dos consumidores à marca e a
quota de mercado da mesma (Malär et al., 2011).
ENTUSIASMO: a esta dimensão associam-se as marcas que dão aos seus utilizadores, aos olhos
de um grupo de referência, um caráter mais excitante. Ousadia, imaginação, animação.
Marcas entusiastas
» são usadas por pessoas incríveis;
» oferecem aos seus consumidores experiências repletas de entusiasmo;
» estão muitas vezes relacionadas com rituais ou situações especiais, tais como encontros de amigos;
» oferecem aos seus consumidores sentimentos especiais, potenciando a criação de uma imagem jovem e de
quem anda na moda (Maehle et al., 2011).
SOFISTICAÇÃO: entre marcas sofisticadas estão roupas, alguns cosméticos e carros, sendo
selecionadas pelos consumidores devido ao seu elevado nível de exclusividade ou custo de
aquisição. Fascinante, pretensiosa, encantadora, suave e romântica.
Marcas sofisticadas:
» São únicas, exclusivas, usadas por celebridades, detentoras de elevada estética, associadas à beleza e
natureza feminina e utilizadas para impressionar os outros (Maehle et al., 2011).
» A sofisticação associa-se a aspetos afetivos das características da marca as quais, de acordo com Yongjun e
Kim (2010) são indutoras de respostas afetivas do consumidor relativamente à marca.
Sofisticação não é reconhecida em:
» marcas de produtos produzidos em massa e baratos;
» marcas que representam produtos de qualidade, mas usados no dia a dia, não tendo nada de únicos ou
elegantes;
» marcas conotadas com a masculinidade (Maehle et al., 2011).
• Personagens da marca (diz muito sobre a personalidade da marca e da relação que esta
tem com o seu público, pode-se tornar parte integrante da marca se o personagem for
utilizado durante muito tempo, pode simbolizar o criador da marca, outros são símbolo
da marca e das suas qualidades e outros servem de ligação afetiva entre a marca e o
público).
• País de origem (algumas marcas vão buscar às suas raízes geográficas nacionais ou
regionais a sua identidade, outras são totalmente internacionais e outras fazem de tudo
para apagar a identidade nacional).
Missão da marca: é um benefício global oferecido por uma marca; representa os ideais e as
orientações globais da marca; deve ser vista como denominador comum da marketing-mix, do
conjunto de benefícios e respetivas ações de marketing oferecidas por uma marca, bem como
pelas marcas que ela eventualmente cubra; o objetivo da marca é a dupla função de identificar
essa missão e diferenciá-la da concorrência; o objetivo da marca surge como uma missão
suportada por uma organização, pelos seus produtos, e respetivas ações de marketing.
A missão deve ser única:
• singular (um só conceito, se possível uma só frase ou palavra deve poder ou sintetizar a
missão da marca),
• diferenciada (a missão da marca deve ser, tanto quanto possível, única face à
concorrência)
• coerente (todos os produtos e ações de marketing, em todo o momento e ao longo do
tempo, devem ter um denominador comum de unidade em torno da missão da marca)
PONTOS DE DIFERENÇA
• São associações de marca fortes, favoráveis e exclusivos de uma marca.
• Podem basear-se em qualquer tipo de associação ao nível dos atributos ou benefícios,
• Podem estar relacionados com aspetos funcionais relacionados com o desempenho do
produto/serviço ou com aspetos mais abstratos, por exemplo relacionados com a imagem.
Os pontos de diferença são escolhidos através de critérios da atratividade e de critérios da
capacidade de entrega. Tem de corresponder a algo valorizado pelo consumidor e que este
acredita que a marca é capaz de cumprir.
Os critérios de atratividade devem ser relevantes e importantes para o segmento-alvo,
distintivos, para ser visto como diferente e superior para o segmento-alvo e credíveis, apoiando-
se num atributo exclusivo da marca.
Os critérios da capacidade de entrega devem ser viáveis, ou seja, ter capacidade de funcionar tal
como foi transmitido, ser exequível para a empresa, comunicável, possível de se comunicar e
sustentável, defensável e difícil de atacar pelas marcas concorrentes, suscetível de ser reforçado
e fortalecido ao longo do tempo.
PONTOS DE PARIDADE
São associações que podem ser partilhadas com outras marcas
Pontos de paridade da categoria
• Aspetos que os consumidores consideram necessários, mas não suficientes para a escolha
da marca numa dada categoria de produto.
• Podem mudar com o tempo devido aos avanços tecnológicos, legislação, tendências de
consumo
Pontos de paridade da concorrência
• São associações planeadas para negar os pontos de diferença das marcas concorrentes
Os sinais da marca devem ser escolhidos de modo a construir o maior Brand Equity possível, ou seja:
Critérios de escolha:
1. Memorabilidade: Facilmente reconhecido e lembrado
2. Significância
• Significado descritivo - Que informações gerais sugere sobre a natureza da categoria de
produto?
• Significado persuasivo - Que informações específicas em termos de atributos e benefícios
sugere? (ex. ingredientes, tipo de consumidor…)
3. Atratividade: É divertido e interessante? Tem uma imagem rica em termos visuais e verbais? É
esteticamente agradável?
Os logos podem ter significados e associações que alterem as perceções da empresa/produto. Esses
significados e associações podem ser adquiridos devido ao seu significado inerente, bem como através
de programas de marketing de suporte.
Logotipo é a particularização escrita de um nome e tem obrigatoriamente letras, Símbolo não tem
palavras, só imagem, podem ou não estar incorporados no logótipo.
Os personagens da marca precisam de ser atualizados com o passar do tempo para que a sua
imagem e personalidade permaneça relevante para o mercado-alvo.
ENDORSEMENT de celebridades
Jingles podem ser vistos como slogans ampliados que são musicais.
Em geral, o principal valor do jingle deriva do seu contributo para o reforço da notoriedade da
marca.
Com frequência um bom jingle repete o nome da marca de forma inteligente e divertida. Para além
disso, as pessoas tendem a repeti-los mentalmente, o que aumenta a possibilidade de memorização.
• Os jingles, dada a sua natureza musical, são menos transferíveis que outros elementos da
marca.
Por vezes referida como o “vendedor silencioso” devido ao seu poder persuasivo.
Importante para desenvolver o Brand Equity diretamente ao criar pontos de diferença ou
indiretamente pelo reforço da notoriedade ou imagem da marca.
Como criar embalagens de forte impacto?
Conheça o seu cliente (razão & coração)
Siga a abordagem de olhar para a “grande imagem” (ex., ideias de outras categorias de produto)
Entenda que a estética e a função são ambas críticas
Conheça os seus canais de distribuição
Eduque a gestão para a importância da embalagem
SINAIS DA MARCA
INTEGRAÇÃO DOS SINAIS DA MARCA
Os vários sinais têm diferentes forças e fraquezas, pelo que é importante misturar e combinar sinais
para maximizar a contribuição conjunta para a construção de Brand Equity.
• Escolher os diferentes sinais para alcançar diferentes objetivos
• Escolher sinais que se reforcem uns aos outros através de significados partilhados
• No conjunto, devem reforçar-se mutuamente e partilhar o significado desejado
É importante que os consumidores considerem o preço da marca adequado e razoável face aos
benefícios percecionados.
O modo como a marca e disponibilizada para consumo tem um impacto importante sobre o brand
equity.
• Canais diretos
• Canais indiretos
• Canais híbridos/multicanal
O modo como a marca e distribuída tem um impacto importante sobre o brand equity.
» IMPACTO DIRETO: através das interações do consumidor e experiências com o canal escolhido
aquando da procura/compra da marca
» IMPACTO INDIRETO: através da associação a um determinado retalhista/canal
• Notoriedade e conhecimento do distribuidor/retalhista
• Relevância das associações feitas ao distribuidor para a marca
• Transferibilidade dessas associações para a marca
» CANAIS INDIRETOS
Vários intermediários vendem a marca e podem contribuir para ↑ ou ↓ o brand equity
• O distribuidor tem um contacto mais visível e direto com o cliente
• Podem apoiar ou criar serviços relacionados com a marca
• A imagem do distribuidor pode influenciar a imagem da marca
• Stocks, exposição, venda
• Condições impostas aos fabricantes das marcas
5 dimensões da imagem dos canais de distribuição que funcionam como critérios importantes na
avaliação da loja e decisão de escolha dos consumidores.
1. Acessibilidade: tempo, esforço e recursos para aceder a loja, o que depende da sua localização.
on-line: pontos de entrada, clicks…
2. Atmosfera/ambiente: caracteristicas físicas (design, luz, layout), caracteristicas do ambiente
(música, cheiros…) e aspetos sociais (tipo de clientela, disponibilidade e simpatia dos empregados).
on-line: facilidade de uso, atratividade, funcionalidade, design, aparência…
3. Precos e Promoções: nível medio de preços, variações dos preços ao longo do tempo, frequência e
valor das promoções.
4. Oferta disponível nas várias categorias de produtos/serviço
5. Oferta disponível dentro da categoria de produto
Definir uma cobertura adequada ao nível dos canais de distribuição consistente com a identidade
da marca
» Maximizar vendas no curto prazo
» Manter/aumentar o brand equity no longo prazo
O consumidor que compra em vários canais espera, cada vez mais, a integração dos canais de
modo a:
» Encomendar um produto on-line e ir buscá-lo num local físico de venda
conveniente;
» Devolver um produto encomendado on-line numa loja física próxima;
» Receber descontos e promoções baseadas no total de compras online e offline.
Alguns desafios:
» Gerir relacionamentos Intra e inter canal;
» Evitar a supersaturação e superexposição;
» Controlar a pressão dos retalhistas nos descontos, em certos itens ou somente
na oferta de certos itens de menor preço;
» Criar estratégias de canais que criem soluções "win-win" e que satisfaçam os
pedidos e desejos dos retalhistas, bem como, os objetivos do Plano de
Marketing para aquela opção do canal;
» Resolver problemas de marketing e desenvolver atividades com cada canal de
modo a criar brand equity.
• Todos estes fenómenos, se não forem bem geridos, podem
resultar num desgaste do brand equity.
Alguns desafios:
» Algumas lojas físicas, agora cheias de produtos, tornar-se-ão showrooms para inspirar a imaginação.
» A Internet das Coisas e a inter conectividade de todos os dispositivos com que o consumidor interage
também esta a levar as marcas a desenvolver formas de aumentar a conveniência e o reabastecimento
automático de produtos em troca de mais dados pessoais.
Até que ponto determinada opção de comunicação contribui para o Brand Equity?
Que opções de comunicação combinar para construir Brand Equity?
Estratégias de Criação
» Informativas (trabalhar um atributo ou benefício específico relacionado com o produto)
• Solução de problema
• Demonstração
• Comparação de produto
• Testemunhal
» Aspetos motivacionais
• Humor
• Calor humano
• Sensualidade
• Música
• Medo
• Efeitos especiais
Num mundo Hiper conectado, com cada vez mais consumidores ligados a consumir avidamente
conteúdos em ambientes multi-ecras, as marcas enfrentam maiores dificuldades para captar a
atenção dos consumidores se continuarem a repetir estratégias passadas.
As marcas de sucesso são aquelas que se conseguem destacar, quebrando a linha entre o seu
"negocio" principal - vender produtos e/ou serviços - e o seu "outro negócio" - criar conteúdos e
experiências consideradas relevantes pelos seus targets.
» Os consumidores não querem mais anúncios que não os entretenham, não sejam
educativos, não sejam uteis – os consumidores valorizam hoje conteúdos que, de forma
credível, resolvam os seus problemas ou estejam ligados aos seus pontos de paixão
O objetivo e criar um programa de comunicação integrada o mais efetivo e eficiente possível.
6 CRITERIOS:
1. Cobertura – proporção de publico alcançada por cada alternativa de comunicação e sobreposição
existente entre opções de comunicação
2. Contribuição – capacidade de obter a resposta e os efeitos desejados (ex. notoriedade, imagem,
vendas…)
3. Coesão – reforço das associações nas várias alternativas de comunicação, evitando inconsistências
e incertezas
4. Complementaridade – proporção com que associações e ligações diferentes são enfatizadas em
várias alternativas de comunicação
5. Versatilidade – a alternativa de comunicação e efetiva para diferentes grupos de consumidores
6. Custo – avaliação dos benefícios vs. Custos
Com estas experiências memoráveis, a marca procura influenciar sentimentos, atitudes, satisfação e
lealdade.
Como é que devemos gerir uma marca para criar experiências fortes e memoráveis?
Promover a marca associando-a a experiências únicas e memoráveis.
“A ideia não e vender algo, mas demonstrar como a marca pode enriquecer a vida do
consumidor”
Peter Post
Os clientes querem ser entretidos, estimulados, afetados emocionalmente e desafiados criativamente!
Emotional Experience
Apelar as emoções. As emoções estimulam 3 000 vezes mais rápido a mente do que um pensamento
racional.
A emoção e um estado mental que surge a partir de avaliações cognitivas de eventos e
pensamentos.
As emoções são um meio natural de avaliar o ambiente que nos rodeia e de reagir de forma
adaptativa.
O que produz a emoção e uma avaliação psicológica individual e única de uma dada situação, já que
diferentes indivíduos podem ter reações diversas quando expostos a mesma situação (Bagozzi et al.,
1999).
As emoções tem um papel mais significativo nas tomadas de decisão relativas ao consumo do que a
parte mais racional e logica da mente humana (Lewis et al., 2008) .
Criar vínculos emocionais com o consumidor.
Brand communities
São uma ferramenta poderosa para o sucesso das marcas. Poucas marcas conseguem ter clientes
que, não só são absolutamente leais, como ainda promovem e defendem entusiasticamente a marca
junto de outros. É um grupo de consumidores que partilham o mesmo entusiasmo e admiração
pela marca
Comunidades promovidas pela própria marca
Comunidades promovidas pelos entusiastas/defensores da marca
Elemento de socialização
• Eventos
• Reuniões
• Clubes
• Redes Sociais
Estudos realizados concluem que o efeito das iniciativas off-line, como por exemplo, os eventos, e
significativamente mais forte do que as iniciativas on-line na criação e desenvolvimento de
relacionamentos com a marca.
• Diferença de efeitos mais acentuada junto dos clientes mais velhos.
• As relações sociais beneficiam mais de interações face-a-face
• Os relacionamentos on-line devem complementar as relações face-a-face e não substitui-los.
Práticas comuns nas brand communities:
SOCIAL NETWORKING
• Criar, fomentar e desenvolver laços entre os membros
IMPRESSION MANAGEMENT
• Criar impressões favoráveis da marca, entusiastas da marca no universo social para alem da
brand community, evangelizando e justificando a sua devoção a marca
COMMUNITY ENGAGEMENT
• Promover o envolvimento dos membros da comunidade com a marca, salvaguardando a
heterogeneidade da comunidade e diferenças entre os membros
BRAND USE
• Promover um melhor uso da marca, como retirar maior proveito da marca
Estratégia da marca
Licenciamento:
Acordos contratuais para usar nomes, logótipos ou personagens de outras marcas para promover as
suas próprias marcas mediante pagamento.
Os direitos cobrados pelos licenciadores das marcas podem ser estabelecidos através de contratos
fixos ou de royalties sobre as vendas dos produtos (podem variar entre 0,5% ou até 50%).
Exemplos: Nomes e logótipos de filmes; Personagens de desenhos animados; Figuras públicas, estilistas
Co-branding
Quando duas ou mais marcas são combinadas de algum modo como parte de um produto ou em
outro aspeto do programa de marketing.
Mercedes – Swatch criaram um carro citadino para jovens cosmopolitas (SMART).
Apple – Nike criaram um sistema de wireless em que os ténis da Nike comunicam e interagem com o iPod da
Apple juntando a música ao desporto (Nike + iPod).
Quando duas ou mais marcas são combinadas de algum modo como parte de um produto
ou em outro aspeto do programa de marketing.
Vantagens Desvantagens
- Tomar emprestados a experiência e o conhecimento técnico - Perda de controle
- Alavancar o Brand Equity que não possui - Risco de diluição do Brand Equity
- Reduzir custos de lançamento do produto - Efeitos negativos
- Expandir o significado da marca para outras categorias - Falta de clareza da marca
- Ampliar o significado - Perda de foco organizacional
- Aumentar os pontos de contato
- Fonte de receita adicional
Extensão de marca
Utilizar um nome de marca existente para introduzir um novo produto/serviço. É uma prática
crescente.
• A marca não são conhecimentos tecnológicos, mas uma maneira de tratar os produtos, de
os transformar, de lhes dar um sentido comum (conceção alargada de marca)
É mais provável que extensões de marca sejam vistas favoravelmente pelos consumidores se
eles perceberem alguma base de “ajuste” ou similaridade entre a extensão proposta e a marca-mãe.
É importante que a extensão conquiste algum Brand Equity próprio e contribua para o Brand
Equity da marca-mãe. Por essa razão, a extensão também deve ter alto nível de conhecimento e
algumas associações fortes, favoráveis e exclusivas.
O maior erro na avaliação de oportunidades de extensão é não levar em conta todas as
estruturas de conhecimento de marca dos consumidores.
Com frequência, profissionais de marketing focalizam erradamente uma ou determinadas
associações e ignoram, no processo, outras associações de marca com potencial importante.
Categorias da marca
Marca institucional
Marca Produto
Marca Umbrella
Marca Produto
» A organização reserva para si o estatuto de marca institucional e cria marcas produto para cada
atividade, dirigidas cada uma delas a um segmento muito preciso de clientes.
» Nome – Produto – Posicionamento
Marca Gama indicam sob um mesmo nome de marca e promovem sob uma marca promessa um conj
de produtos pertencentes ao mesmo território de competência.
As vantagens da marca gama são que evita a dispersão das comunicações concentrando-se num nome
único, o nome da marca, construindo capital de marca em condições de se reproduzir nos produtos,
a marca comunica de maneira genérica desenvolvendo o conceito de marca. O território de
legitimidade da marca é preciso e a marca pode facilmente distribuir novos produtos coerentes com
a sua missão e o seu território de legitimidade, porém, o custo de lançamento de novos produtos é
limitado. Como desvantagem existe a opacidade de oferta quando esta se estende.
Marca Família o nome é construído por um prefixo ou sufixo ligados à marca institucional, ex:
Nestlé – Nesquick, Nestea, Nescafé…
Marca Linha o mesmo nome é dado a vários produtos complementares ou até a inclusão de produtos
diferentes, mas em que a promessa é a mesma, consiste em explorar um conceito com êxito e
preparar outros produtos à volta desse princípio ativo, ex: Pantene – champô, gel, espuma… A
vantagem da marca linha é que confere força à promessa da marca e instala uma imagem de marca
muito coerente, diminuindo assim custos de lançamento, como desvantagem é que uma linha é um
universo limitado e, por isso, só se pode incluir produtos muito próximos da oferta existente.
» Vantagens
• Facilita a perceção das diferenças pelos consumidores, o que pode ser necessário quando os
produtos se assemelham;
• É uma estratégia adaptada às empresas muito inovadoras;
• Permite correr riscos em novos mercados;
• Sendo cada marca independente das outras, o insucesso de uma delas não corre o risco de
se alastrar às outras.
» Desvantagens
• Mais custos com investimentos de comunicação e de referenciação;
• Não se beneficia do capital de simpatia e de adesão criado por uma marca já existente.
Marca Umbrella
» Identifica várias categorias de produtos diferentes cobrindo, igualmente, domínios de atividade
muito variados.
» Vantagens
• Permite capitalizar sobre um nome de marca já conhecido e uma reputação para penetrar
em novos setores;
• Permite economias consideráveis aquando da entrada em novos mercados estratégicos.
» Desvantagens
• Um acidente verificado num produto pode afetar os outros produtos;
• Quanto mais categorias diferentes uma marca abranger, mais se estende e fragiliza, como
um elástico, perdendo a energia;
• Só marcas fortes, dotadas de um sentido preciso, podem ser transversais e cobrir produtos
heterogéneos.
• Risco de demasiadas diferenças no estilo e no tom da marca, de uma divisão/produto para
outra.
Marca Griffe é frequente nos produtos de luxo, identificando uma criação original. O seu território
não se exprime em relação a objetos, mas em relação a uma competência reconhecida, a um estilo, a
um criador. Pode identificar numerosos produtos diferentes, tendo uma função de marca umbrela.
Ex: YSL, Cartier
Marca Caução política de marca dupla, surgindo como complemento de outra marca, para autenticar
e garantir, pode ser utilizada, temporariamente, para auxiliar uma marca jovem ou uma marca pouco
conhecida sendo, depois, retirada. Ex: Matutano (Ruffles)
Marca Label atribuída aos produtos cuja origem, processo de fabrico e performances resultam de um
caderno de encargos estabelecido por uma organização publica ou profissional. Os produtos podem
ser comercializados sob uma única classificação, embora, frequentemente, se junte a classificação à
marca para lhe conferir mais credibilidade. Não tem estatuto de marca, é coletiva e apenas garante
um standard mínimo de performance partilhado por várias empresas. Ex: Woolmark
Arquitetura de marcas
A estratégia de arquitetura de marcas de uma empresa diz respeito aos elementos de marca
comuns ou distintos aplicados aos diferentes produtos e serviços vendidos pela empresa.
Trata de quais os elementos de marca (nome, logo, slogan,…) podem ser aplicados a que
produtos e a natureza de elementos de marca novos e existentes a serem aplicados a novos
produtos.
Brand line
» Todos os produtos – produto original e extensões de linha e categoria – comercializados sob uma
determinada marca. (uma linha da matriz)
Brand portfólio
» Conjunto de todas as marcas que uma determinada empresa comercializa numa determinada categoria.
(uma coluna da matriz)
Product line
» Conjunto de produtos numa determinada categoria, relacionados entre si, porque são similares, são
vendidos aos mesmos clientes, são comercializados pelo mesmo tipo de distribuidores ou estão dentro do
mesmo nível de preços.
Product mix
» Conjunto de todas as linhas e itens de produtos que uma determinada empresa comercializa.
Brand mix
» Conjunto de todas as linhas de marcas que a empresa comercializa.
Keller (2008: p. 442) refere as seguintes funções e papéis diferentes que uma marca pode
assumir dentro de um portfólio:
» Atingir um segmento de mercado não coberto por outras marcas da empresa
» Marca de combate para proteger as marcas estratégicas
» Vaca-leiteira para gerar lucros
» Atuar como marca de entrada para atrair novos clientes
» Atuar como marca de prestígio para gerar prestígio e credibilidade para todo o portfólio
» Aumentar a presença nos lineares e a dependência do retalhista
» Atrair clientes que procuram variedade que poderiam ir para a concorrência
» Gerar competição dentro da empresa
» Gerar economias de escala em publicidade, vendas, merchandising e distribuição
Princípios básicos:
» Maximizar a cobertura de mercado de modo a que nenhum potencial cliente seja ignorado;
» Mas, minimizar a sobreposição de marcas de modo a que as marcas não concorram entre si pelo
mesmo cliente;
» Cada marca deve ter o seu público-alvo e posicionamento distinto.
Marcas vacas-leiteiras
» Algumas marcas mantêm a sua rentabilidade com pouco ou nenhum apoio de marketing.
BRANDED HOUSE
» Marcas umbrella ou família para todos os produtos
HOUSE OF BRANDS
» Várias marcas produto ou individuais todas elas com diferentes nomes
Medição do valor da marca
É necessária uma gestão do Brand Equity apoiada em boas métricas para guiar a estratégia de
mkt e decisões críticas, avaliar a eficácia das decisões de mkt, verificar a capacidade de extensão de
marca, monitorar a saúde da marca ao longo do tempo e compará-la com a das marcas
concorrentes e para atribuir um valor financeiro à marca em termos de balanço e de transações
financeiras.
Uma gestão de sucesso da marca passa por definir objetivos e indicadores para a sua
avaliação e controlo como métricas que permitem avaliar a perceção da marca pelos
consumidores complementadas com métricas de comportamento de mercado e métricas que
permitam avaliar o conjunto de atividades levadas a cabo para construir o Brand Equity e
identificar as que fortalecem/enfraquecem a marca.
Notoriedade: capacidade do potencial comprador reconhecer ou evocar que uma dada marca
pertence a uma certa categoria de produtos. Avalia a notoriedade do nome e sinais da marca.
Perspetiva financeira e contabilística- através da qual a marca é valorizada em unidades monetárias como
um ativo capaz de gerar cash flows futuros e, como tal, passível de figurar no balanço patrimonial.
Método baseado nos custos históricos: o valor da marca enquanto ativo resulta dos investimentos
que nela foram efetuados durante um certo período de tempo, pelo que, na determinação do seu
valor devem ser considerados todos os custos a ela associados.
A marca é um capital cujo valor deriva dos investimentos feitos ao longo do tempo, existindo alguns
problemas como sobre que período contabilizar os custos, especialmente no caso de marcas antigas,
que custos devem ser contabilizados, este método favorece as marcas que apresentam elevadas
despesas, pode ser atribuído um elevado valor a uma marca sem sucesso…
Método baseado nos custos de substituição: o valor de uma marca é determinado pela estimativa dos
custos necessários à criação de uma marca equivalente, nomeadamente em termos de notoriedade,
imagem, percentagem de compras, quota de mercado, rede de distribuição… quanto custaria à
empresa recriar uma marca equivalente? Existem alguns problemas como será impossível recriar
certas marcas líderes ou caso de marcas sem sucesso, mas com custos de criação elevados.
Método baseado no valor de mercado: o valor de uma marca é determinado pelo preço a que seria
vendida no caso de uma possível alienação, pelo que o mesmo resulta de uma estimativa por
comparação com alienações de marcas consideradas semelhantes. Os problemas desta abordagem é
o facto de o preço que a empresa compradora estaria disposta a pagar depende das sinergias que
viesse a ter com a marca e as aquisições e vendas de marca são poucas.
Método baseado nos Royalties: o que está em causa é o conhecimento dos royalties que a empresa
receberia no caso de licenciar a sua marca. Avaliam-se os royalties anuais que a marca poderia esperar
se concedesse por licença os direitos de utilização da marca. Os problemas deste método é a prática
pouco frequente na maior parte dos mercados e, em alguns casos, os Royalties não remuneram só a
utilização da marca, mas também o know-how, equipamentos…
Método baseado no preço prémio: os produtos com marca suportam um preço superior àquele que
lhe são similares sem marca, uma vez que a elasticidade de preço da procura dos primeiros é inferior
à dos segundos e, o preço prémio pode ser aferido através da observação do nível de preços e da sua
evolução no mercado.
Alternativamente pode-se inquirir os consumidores sobre quanto estão dispostos a pagar por cada
característica do produto incluindo o nome da marca e, o valor da marca resulta da multiplicação do
diferencial do preço prémio pelo nº de unidades vendidas.
Os problemas deste método é que nem sempre há um preço generoso similar para comparação,
privilegiam-se as marcas mais caras, marcas que adaptam estratégias de baixo preço ficam
subavaliadas e o preço premium é apenas uma das fontes de valor da marca.
Método baseado no valor bolsista: o valor dos ativos da empresa é composto pela soma de valor dos
seus ativos tangíveis e intangíveis, calculado de acordo com o valor bolsista da empresa.
A diferença entre o valor bolsista da empresa e o valor dos seus ativos tangíveis representa o valor
dos seus ativos intangíveis, de entre os quais se retira o valor da marca.
Os problemas deste método são que só pode ser aplicado a empresas cotadas em bolsa e não fornece
o valor individual das diferentes marcas que a empresa possa possuir.
Método baseado nos múltiplos: é o exemplo do método utilizado pela Interbrand, considera
aspetos de mkt, financeiros e legais na contabilização do valor da marca. É atribuída uma
pontuação à marca em várias dimensões da força da marca e essa pontuação é somada de modo
ponderado originando o índice de força da marca.
O índice converte-se num múltiplo que aplicado aos lucros da marca, resulta no valor da marca.
Os problemas deste método são que o mesmo apresenta várias limitações e a subjetividade
inerente à avaliação de certas dimensões.
É fundamental desenvolver e implementar um sistema de medição de valor da marca apoiado
em vários indicadores que forneça informação atempada e rigorosa sobre a marca de modo a
que se compreendam as fontes e os resultados do Brand Equity, se tomem as melhores
decisões táticas possíveis no curto prazo e se tomem as melhores decisões estratégicas no
longo prazo.
A marca comunitária confere ao seu titular um direito exclusivo segundo duas vertentes:
Positiva: confere ao titular o poder de usar a marca para os produtos ou serviços para os quais
está registada, permitindo, cumulativamente, ceder e onerar esse direito e conceder licenças
para uso da marca por terceiros;
Negativa: confere ao titular o poder de impedir a todo e qualquer terceiro o uso da marca
registada no tráfico económico.
Princípio da Especialidade:
O âmbito do direito exclusivo da marca é circunscrito aos produtos ou serviços para os quais ela
se encontra registada e aos produtos afins ou similares daqueles.
Marcas de grande prestígio não estão sujeitas ao princípio da especialidade, sendo protegidas
independentemente da natureza dos produtos ou serviços a que respeitam.
O titular de uma marca comunitária não pode impedir terceiros de:
▪ Utilizar o seu nome e endereços;
▪ Utilizar indicações descritivas relativas à espécie, à quantidade, ao valor, etc.., dos
produtos ou serviços a que respeitam;
▪ Utilizar marcas alheias para indicar o destino de um produto ou serviço, quando se trate,
por exemplo, de acessórios destinados a produtos de uma marca que não lhe pertença.
Princípio do esgotamento:
A utilização de marcas para impedir ou limitar a concorrência, ou para fazer concorrência
desleal, contraria os propósitos da legislação de marcas, pelo que não pode ser admitida.
Os produtos ou serviços introduzidos no mercado comum europeu, pelo seu titular ou alguém
com o seu consentimento, poderão daí em diante circular livremente nesse espaço, sem que o
titular da marca ou os seus licenciatários possam invocar os registos nacionais das marcas para
impedir ou controlar essa livre circulação.
O registo de uma marca comunitária é concedido por 10 anos, podendo ser renovado
sucessivamente sem qualquer limite máximo de tempo.
O direito de marca pode excluir-se por 3 razões:
▪ Falta de renovação do registo;
▪ Renúncia do titular;
▪ Caducidade (é a causa mais importante).
Causas de caducidade:
▪ Conversão de uma marca numa designação genérica: transformação da marca no
próprio nome do produto ou serviço;
▪ Conversão da marca num símbolo enganoso;
▪ Caducidade por falta de uso: falta de uso por um período igual ou superior a 5 anos
resulta na caducidade da marca.
A caducidade pode ser total, abrange a totalidade de produtos ou serviços para os quais se acha
registada, ou parcial, sendo excluídos de registo aqueles produtos ou serviços para os quais a
marca em causa não foi usada durante os últimos 5 anos.