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1º Parte
1. Fundamentos da gestão das organizações
Gestão é uma atividade racional através da qual são coordenados recursos humanos, materiais e financeiros
com vista à realização de objetivos (eficiência e eficácia). Gestão é a arte de gerir habilidades, de organizar
talentos.
Funções do Gestor
Atingimos os objetivos de uma organização através de:
Níveis de Gestão
Componente estratégica;
Envolvimento da totalidade dos recursos humanos (médio e
longo prazo);
Conselho de administração, gerência, direção geral…
Institucional
Componente tática;
Intermédio Movimentação de recursos no curto prazo;
Diretores de divisão, funcionais, de departamento…
Componente técnica;
Operacional Supervisores, Chefes de serviço, de secção…
Gerir implica decidir, ou seja, é necessário fazer-se uma hierarquia para atingir os objetivos através
de estratégias e táticas.
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Avaliação dos Gestores
Eficiência Eficácia
Relação entre qualidade e quantidade de Quando as mercadorias (outputs) produzidas se
mercadorias produzidas: aproximam do objetivo:
- Quanto maior for a produção conseguida com - Quanto menor for os desvios entre o planeado
o mínimo de fatores de produção, maior é o e o realizado é o grau de eficácia.
grau de eficiência.
NOTA: Novas capacidades/competências dos gestores para além das anteriores que são relacionadas com
as novas formas de exercício de tarefas, com diversidade de competências e de cultura das pessoas:
Liderança partilhada, Delegação de poderes, Estabelecimento de Relações de Colaboração, Construção de
equipas e aprendizagem.
Organização é uma entidade social, constituída e estruturada voluntariamente e orientada para atingir
metas e objetivos bem definidos: universidades, empresas, ONG’s, hospitais...
Empresas subsidiadas pelo Estado - cujo objetivo principal não é o lucro, mas, em primeiro lugar, prestar um
serviço público.
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Organização Empresa
Unidade social que junta 2 ou mais pessoas para Integra recursos humanos e materiais com o
trabalhar, para atingir um objetivo especifico objetivo de alcançar a autossustentação e
(principal objetivo é prestar serviço público). lucratividade através da produção e
comercialização de bens e de serviços.
Recursos Humanos Recursos Materiais
Efeito sinergético: quando 2 ou mais causas
Organização criam um efeito (x e y)
>
Objetivo (Bens e Serviços) do que x + y individualmente
Para atingir os objetivos, uma organização terá de utilizar meios ou recursos de forma + adequada
possível.
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Fatores Condicionantes na Formação de uma Empresa
Ao utilizar o capital como critério delimitador da dimensão das empresas temos que obter:
• Capital Social (jurídico): Não reflete a situação real da empresa;
• Capital Financeiro (monetário): é necessária uma análise de balanço;
• Capital Técnico (fixo): é muito variável, consoante os sectores de produção, daí que só seja válido
para comparar empresas do mesmo ramo.
O valor acrescentado é o critério cada vez mais utilizado, dado que exprime a função criadora da
empresa.
Sociedades
Unipessoal o Constituída por um único sócio, pessoa singular ou coletiva;
o “Unipessoal Limitada”
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Por quotas • O capital social está dividido em quotas, o património responde às
dívidas da sociedade;
• O capital mínimo é 1€;
• “Limitada” ou “Lda”
Anónima o Capital dividido em ações, cada acionista limita a sua
responsabilidade ao valor que deu; não pode ser constituída por
menos de 5 acionistas;
o Capital mínimo 50 000 €;
o Valor mínimo de ações 1 cênt.;
o “S.A.”
Em nome coletivo • Cada sócio responde pela sua entrada, normalmente são
sociedades de profissionais;
• “e companhia” ou individualizar todos os sócios
Comandita o Comanditários: contribuem, apenas com capital
Comanditários: com capital e trabalho
o “Em comandita” ou “comandita por opções”
Cooperativas
✓ Uma pessoa coletiva da livre constituição;
✓ De capital e composição variáveis;
✓ Que visa através da cooperação e entreajuda dos seus membros, a satisfação, sem fins lucrativos,
das necessidades económicas, sociais ou culturais dos membros.
✓ Objetivo: maximizar as vantagens p/ os membros e ñ o lucro máximo.
Classificação de empresas
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2. Evolução do Pensamento em Gestão
Críticas ao Taylor:
➢ Priva o empregado da satisfação;
➢ Viola a dignidade humana;
➢ Organização rígida;
➢ Considera apenas o setor de produção, esquecendo o financeiro;
➢ Abordagem da organização como sistema fechado.
Escola Clássica
Analisa a estrutura hierárquica, enfatiza a linha de comando.
Cada trabalhador tem 1 chefe, a dependência é total e pessoal.
Princípios Gerais:
1. Divisão de tarefas ( + especialização > a 6. Hierarquia;
experiência do seu trabalho); 7. Ordem;
2. Autoridade; 8. Equidade;
3. Disciplina; 9. Estabilidade;
4. Unidade de comando e de direção; 10. Iniciativa;
5. Remuneração; 11. Espírito de equipa.
Críticas ao Fayol:
➢ Abordagem simplificada da organização formal;
➢ Ausência de trabalhos científicos;
➢ Técnica da máquina – abordagem mecanicista;
➢ Abordagem incompleta da organização – o que leva ao não desenvolvimento da empresa.
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NOTA:
Os 2 complementam-se: Ponto comum:
▪ Taylor: preocupou-se com as funções, A gestão tinha que estar separada da
organizacionais e a produtividade na produção, pelo que o gestor pudesse observar
indústria. os trabalhadores.
▪ Faylor: desenvolveu a sua teoria numa
perspetiva global sendo os seus princípios
destinados à organização como um todo.
Escola Clássica
Burocracia no sentido de predeterminação.
Sistema fechado e imutável.
Questão: esquecer os fins e concentrar-se nos meios?
Divisão clara do trabalho.
Abordagem Clássica:
• Forma única superior de gerir;
• Tentativa de encontrar técnicas de modo a coordenar as tarefas da organização;
• Tarefas e executar simples;
• Ambiente estável.
Abordagem Comportamentalista
✓
Escola das Relações Humanas
Oposição à abordagem clássica;
✓ O individuo é o centro da organização/empresa;
✓ Através do estudo de comportamento humano podemos compreender as organizações;
✓ O gestor passa a ser o “líder” mais do que um chefe hierárquico;
✓ Quanto melhor o ser humano estiver integrado na empresa melhor a produtividade.
2 tipos de Abordagem:
das Relações Humanas: da Ciência Comportamental:
• Estimulada pela experiencia de Hawthorne; • Utilização da investigação como forma de
• Preocupada com a dignidade individual e adquirir conhecimentos;
com ambiente social. • Envolvida na pesquisa cientifica da
compreensão do comportamento;
• Aceitação da pessoa total.
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Mary Follet envolveu os trabalhadores na resolução de problemas.
Lei da Situação- “Uma pessoa não deve dar ordens a outra, mas ambas devem concordar.”
Conflito – reflexo das diferenças entre os indivíduos.
Delegação da autoridade.
Responsabilidade ≠ Autoridade
Partilha-se quando se passa a autoridade para Permite que uma organização cresça.
outra pessoa, passa a haver 2 responsáveis .
Críticas:
➢ Oposição à teoria clássica;
➢ Conceção romântica e ingénua do operário;
➢ Ênfase no informal, menosprezando a importância da estrutura formal das organizações.
Características:
• Confiança nos critérios de eficiência económica;
• Confiança nos modelos matemáticos formais;
• Dependência informática.
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Abordagem Sistémica Abordagem Contingencial
Teoria que nos faz olhar para as organizações It’s depends.
como um todo, interações com o meio Qualquer decisão em gestão será sempre certa e
envolvente, enfatizando as características de errada no mesmo momento pois tudo depende
interdependência e finalidade. das condições que influenciam.
Relacionada com: Não há uma melhor maneira de planear,
Subsistemas: as partes que formam um organizar, controlar e liderar (ideia base).
sistema; A gestão depende das circunstâncias particulares.
Sinergia: o todo é maior que a soma das É bom pois há incentivo à utilização de métodos
partes; de diagnóstico das situações.
Holismo: mudanças numa das componentes Por outro lado é muito abstrato do meio
do sistema tem impacto em outras situacional, ignora o impacto que a organização
componentes; tem no meio em que se insere.
Sistema Aberto: sistema que atua com a
envolvente;
Fluxo: componentes que entram e saem do
sistema;
Feedback: assegura monitorização (quando
algo corre mal origina medidas adequadas
para normalizar a situação).
Qualidade
É a totalidade das características de uma entidade que lhe conferem a capacidade de satisfazer
necessidades explicitas e implícitas.
Qualidade:
Excelência (qualidade reconhecida);
Perspetivas Contemporâneas
Baseada no Valor (preço);
Baseada no Processo;
Baseada no Uso (adequação ao uso);
Baseada no Produto (características tangíveis).
Qualidade Inferior: devoluções, defeitos, produção baixa, má reputação.
A noção de Qualidade aplica-se à Empresa como um todo.
Perspetivas Contemporâneas
Edwards Deming: existe uma relação positiva entre qualidade (causa) e rendibilidade
(consequência).
Melhor Qualidade Custos Produtividade Preços Quota de Mercado
das taxas de Rendabilidade + Trabalho Empresas de Sucesso
Teoria do Caos
A mínima mudança tem influência num todo e os padrões de comportamento podem ser
estudados de modo a evitar essa mesma, com a teoria das probabilidades;
As ações simples combinadas podem ter comportamentos complexos (efeito borboleta), passou
a dar-se importância a fenómenos aleatórios;
Os sistemas complexos que se conseguiram adaptar são os + bem sucedidos pois assim
consegue-se um melhor controlo.
Sistema como um todo.
Learning Organizations
Retoma o que havia sido proposto pela visão sistémica (visão da organização como um todo).
São sistemas capazes de aprender através do modo como utilizam o feedback que recebem do
meio envolvente.
Neste modo as organizações são como organismos vivos.
3. O Ambiente Organizacional
O Ambiente Externo das Organizações
(contexto no seio da qual as empresas existem e operam)
Este tem impacto nas decisões e no desempenho da empresa, pois o seu objetivo é compreender as
variáveis + revelantes para a sua finalidade e interesses.
Interdependência
• A empresa é influenciada pelos elementos • A empresa afeta igualmente esse mesmo
do ambiente exterior. ambiente.
Exemplo: Acionistas, Concorrentes, Restrições Exemplo: Trabalhadores, Acionistas, Clientes,
Legais, Sociedade, etc. Estado, etc.
Características:
Inputs (Entrada): recursos necessários ao funcionamento da empresa do sistema (trabalha,
matéria-prima);
Processo: conversão dos inputs outputs
Outputs (saídas): produtos, serviços devolvidos ao meio externo
Retroação (feedback): mecanismo de retorno de informação para fins de controlo
Entropia: tendência de desagregação e desorganização
Pressuposto básico da teoria dos sistemas:
As organizações não são nem autossuficientes nem independentes, sendo o meio envolvente visto
como uma fonte de informação e stock de recursos.
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Composição do Ambiente Externo
(elementos que atuam fora de uma organização)
Elementos de ação direta Elementos de ação indireta
(stakeholders – grupos de interesses) (elementos que afetam o clima das atividades
mas não diretamente a empresa)
• Fornecedores • Nova tecnologia no mercado se não a
• Clientes adotarmos a longo prazo as outras
empresas ganham vantagem
Afetam a empresa diretamente mas de Afetam a longo prazo.
fora.
É preciso conhecer o meio envolvente transacional + próximo da empresa para chegar aos objetivos.
A Envolvente Externa
Ambiente de Ação Direta Ambiente de Ação Indireta
Publicidade como técnica confiável que os Técnicas de previsão antecipando mundanças
adminidtradores usam. económicos, sociais…
4. Planeamento
Inclui as atividades da gestão que determinam os objetivos e os meios. Determinar antecipadamente o
que deve ser feito e como se deve fazê-lo.
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Níveis de Planeamento
Planos
Documentos que expressam a forma como os objetivos irão ser atingidos:
Políticas Procedimentos Regulamentos Programas Orçamentos Planos
(guias para (método para (guias para (planos (planos Contingentes
orientar os chegar a dirigir as relacionados relativos e (planos usados
gestores nas atividades pessoas de com resultados quando se
decisões) futuras) forma + atividades e esperados) verificam
apertada) tempo) determinadas as
circunstâncias)
Análise Estratégica
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Análise Interna
Aspetos mais importantes que caraterizam a empresa (pessoal, marketing, produção, área
financeira) e quais as vantagens e desvantagens em relação aos concorrentes.
Para efetuar um diagnóstico usa-se:
✓ Análise de Atividades (análise da cadeia de valor) – empresa separa-se por atividades para
compreender os custos e os potenciais de diferenciação;
✓ Análise de Recursos – identificar a fonte dos principais recursos em termos de qualidade e
quantidade;
✓ Análise de Custos – verificar se os recursos estão a ser utilizados de forma produtiva.
Análise de Recursos
3 categorias básicas:
• R. Humanas: Nº de trabalhadores, qualificação, grau de motivação;
• R. Financeiros: Capitalização, nível de endividamento, grau de liquidez;
• R. Organizacionais: Sistemas de gestão, processos funcionais.
Análise SWOT
Missão
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Valores
Orientam a atuação das pessoas e das organizações.
Visão
O que planeiam para o futuro.
Objetivos
São declarações quantitativas que têm datas marcadas para a sua concretização.
Vantagens:
Fazem com que as coisas aconteçam
Proporcionam um sentido de direção
Guiam os nossos planos e decisões
Contribuem para melhorar as comunicações
Encorajam o trabalho de equipa
Tipos:
Económicos: sobrevivência, proveitos e crescimento;
Serviço: criação de benefícios para a sociedade;
Pessoal: objetivos dos indivíduos ou grupos dentro da organização.
É uma gestão que dá ênfase aos objetivos acordados pelos chefes e trabalhadores.
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GPO – Baseia-se em princípios como objetivos específicos, avaliação do desempenho e integração dos
objetivos individuais da organização.
Formulação da Estratégia
Explicação das opções efetuadas quanto à forma como a empresa vai competir no mercado.
• 1ª fase (fase de introdução): Volume reduzido de compras pelos clientes – reduzida taxa de
crescimento de vendas.
• 2ª fase (fase de crescimento): maior aceitação do produto – aumento da taxa das vendas.
• 3ª fase (fase da maturidade): fase da consolidação, o produto cresce muito até acabar por estagnar.
• 4ª fase (fase de declínio): desaparecimento do produto.
Estrela: São negócios com taxa de crescimento elevado. São interrogações que foram bem-sucedidas. Bons
negócios que ainda precisam de investimento.
Interrogação: Negócios com reduzida quota relativa de mercado as que apresentam uma elevada taxa de
crescimento. Fase de lançamento do produto. A organização deve pensar até onde pode investir (se valer a
pena) se não deve sair do mercado.
Cão vadio: Negócios com fraca quota relativa de mercado e com taxa de crescimento reduzida.
Normalmente dão poucos lucros ou até mesmo prejuízo.
Na fase de interrogação se for um bom negócio dá origem a uma estrela, se for um mau negócio é
liquidado, ou seja, sai do mercado.
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5. A Tomada de Decisão (processo contínuo)
Os gestores precisam aperfeiçoar a tomada de decisão;
Está interligada com o processo de planeamento (gerar e planear alternativas e implementar os
planos).
Tipos de decisões
Decisões de rotina: são resposta a problemas repetitivos e rotineiros, resolvidos com base num
procedimento. - Procedimentos operacionais, regras, políticas.
Fatores Condicionantes
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