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Tipos de fontes do direito

Lei
É a norma jurídica decidida e imposta por uma autoridade com poder
para o fazer na sociedade política, constituindo, desse modo, uma
norma jurídica de criação deliberada.

Costume
Traduz-se na norma jurídica criada através da prática repetida e
habitual de uma conduta, quando chega a ser encarada como
obrigatória pela generalidade dos seus membros.
Tipos de fontes do direito (cont.)
Jurisprudência
É o conjunto das orientações que, em matéria de determinação e
aplicação da lei, decorrem da atividade prática de aplicação do
direito pelos órgãos da sociedade com competência para o efeito.

Doutrina
É a atividade de estudo teórico ou dogmático do direito reveladora
de normas jurídicas.
Hierarquia das Leis

CRP

Direito Internacional, Geral, Convencional e decorrente da UE

Leis e Decretos-Leis

Decretos Legislativos Regionais

Decretos Regulamentares

Decretos Regulamentares Regionais

Portarias

Regulamentos das Autarquias Locais


Vacatio legis e entrada em vigor da lei
Entre a publicação da Lei em DR (art. 119.º da CRP) e a sua
entrada em vigor (art. 5.º do CC e Lei n.º 74/98, de 11 de
Novembro, com alterações) decorre um período de tempo
designado pela expressão latina vacatio legis, que se destina a
permitir a adaptação e apreensão da Lei.

O diploma pode entrar em vigor:


“Imediatamente” e, nesse caso, o início da vigência da lei dá-se
às zero horas do dia seguinte ao da publicação da lei no Diário
da República;
No dia nele fixado, mas nunca no próprio dia da publicação,
(art. 2.º, n.º1, da Lei n.º74/98, de 11 de Novembro);
Na falta de fixação (art. 2º, n.º 2, da Lei n.º 74/98, de 11 de
Novembro), aplica-se a vacatio legis supletiva: no quinto dia
após a publicação.
Cessação da vigência das leis
a) Caducidade: há um limite Decurso do tempo – do conteúdo da lei
temporal ínsito na própria consta, seja a indicação do período de
tempo durante o qual estará em vigor, seja
norma: de maneira direta ou a determinação de uma data limite para a
indireta, ela mesma marca o sua vigência Leis temporárias
período da sua vigência, de
modo que, decorrido esse
período, perde valor, morre, Impossibilidade factual da
situação abstrata desenhada na
sem que o legislador nada previsão Leis transitórias
diga (art. 7.º, n.º 1, 1.ª p., CC)
Revogação expressa - um preceito da nova lei
b) Revogação: traduz-se no designa uma lei anterior e a declara revogada
afastamento da lei por outra (art. 7.º, n.º 2, 1.ª p., CC)
lei posterior, de valor Revogação tácita - não há revogação expressa,
hierárquico igual ou superior mas as normas da lei posterior são
(art. 7.º, n.º 1, 2.ª p., CC) incompatíveis com as da anterior (art. 7.º, n.º 2,
2.ª p., CC)
A ordem de prioridade não se Revogação de sistema - tem lugar quando o
define pela entrada em vigor mas legislador pretende que um determinado diploma
sim pela publicação legal seja o único diploma legal incidente sobre
determinada matéria (art. 7.º, n.º 2, 3.ª p., CC)
V. art. 7.º, nos 3 e 4, CC
Interpretação da lei (art. 9.º do CC)
Noção - é a investigação intelectual para determinação ou fixação
do exato sentido e alcance da lei, com vista à sua aplicação (art.
9.º do CC).

Integração de Lacunas da lei (art. 10.º do CC)


a) Analogia - “há analogia sempre que no caso omisso procedam
as razões justificativas da regulamentação do caso previsto na lei”
(art. 10º, n.º 2, CC), ou seja, sempre que a razão de decidir no
caso omisso e no caso previsto seja a mesma.

b) Criação de um preceito conforme ao sistema – se o método


analógico não for possível “a situação é resolvida segundo a
norma que o próprio intérprete criaria, se houvesse de legislar
dentro do espírito do sistema” (art. 10.º, n.º 3, CC).
Aplicação da lei no tempo
É possível suceder que duas ou mais leis concorram na sua aplicabilidade a um caso
concreto (uma lei encontrava-se em vigor no momento em que o caso acontece,
no tempo em que o facto foi praticado, e foi entretanto revogada ou caducou;
outra lei está em vigor no instante em que o julgador decide), pelo que se coloca
a questão de saber qual das leis deverá ser aplicada.
a) Por vezes, o legislador prescreve expressamente as regras que vão regular a
aplicação temporal da nova lei (direito ou disposições transitórias).
b) Podem igualmente aplicar-se regras gerais que constituem critérios
próprios de certos ramos do direito (v.g. direito processual e direito penal)
c) Art. 12.º, n.º1, CC – a “lei nova só dispõe para o futuro; ainda que lhe seja
atribuída eficácia retroativa, presume-se que ficam ressalvados os efeitos já
produzidos pelos factos que a lei se destine regular” - Princípio da não
retroatividade da lei
d) Art. 12.º, n.º2, CC
i. A lei que se destina a regular as condições de validade substancial ou formal de
quaisquer factos ou sobre os seus efeitos só se aplica aos novos factos, ou seja, aos
factos que venham a ocorrer após a sua entrada em vigor.
ii. A lei que se refere diretamente ao conteúdo de certas relações jurídicas, isto é,
reguladora de direitos e deveres de que são titulares os respetivos sujeitos aplica-se não
só às relações jurídicas que depois se constituam, mas também às relações já
constituídas.

e) Art. 13.º CC
Ramos do Direito
Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Público Direito Financeiro
Direito Fiscal
Direito Penal
Direito Processual
Direito Aplicado ao
Direito Interno Marketing
Direito das Obrigações
Comum Direito do Consumo
Direito das Coisas
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Direito das Sucessões
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Industrial

Direito Privado
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Especial
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