Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
gratuita.
Caso você queira doar, contribuir e/ou incentivar o autor
ou a obra, você pode doar qualquer valor via PIX, na
chave (jefferson.rozeno@hotmail.com)
Introdução
Neste mar de poesias, eu mergulho nu e te convido a fazer o mesmo.
Submerso nos mais delirantes pensamentos, te convido a nadar comigo, e discutir sobre
mim (enquanto indivíduo), o tempo (e sua relação com a ansiedade) e sobre a sociedade
(pessoas, tabus, observações que nos rodeiam).
Esta imersão num mar de palavras, não será fácil, simples e feliz o tempo todo,
Pode nado de costa, borboleta e até nado sincronizado, mas priorize o nado de peito
(aberto).
Mergulhe fundo, pare de se acostumar somente com a superfície, se permita explorar as
profundezas, as nuances, os sonhos, as dores e cores que essa luz tão escura te traz.
Em momentos, a água é doce como a esperança, fria como o ártico, ardente como o
inferno, confusa como eu e única como você.
E depois deste banho de palavras, rimas, melodias me conte se você se sente limpo e
renovado, ou tão sujo quanto entrou.
2
Reflexões sobre sí
Legenda:
Dividido por cores, cada poesia/pensamento reflete um
ou mais dos três pilares deste livro sendo: amarelo
(tempo), azul (interno), vermelho (sociedade/o outro)
TEMPO:
Aquele que tudo vê, tudo sabe. Presente, passado e
futuro, o ritmo e o grande gatilho das minhas
ansiedades.
EU, INTERNO:
Reflexões e pensamentos canalizados através da minha
vivência, olhar e sentimentos internos e profundos.
Sociedade
fruto da observação, temas, pessoas, comportamentos e
discussões sociais.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Feliz Aniversário!
E mesmo que não venha a mesma gente que vinha antes, seja
pela amizade desfeita ou a vida que o tempo acabou, eu quero
festejar,
Tu veneno
Teu "amor" é veneno que se espalha por dentro.
Em mim não há vacina que cure,
e mesmo que dure o pior já passou
A dor causada e a alma rasgada que aqui habitava cicatrizou.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Ei, Dona
Ei, dona,
O que eu quero de você não tá bolsa que você tanto esconde e
protege quando me vê passar.
Moça do café
A tia do café
Que sai pra batalhar
Acorda antes do sol nascer
e depois do galo cantar
É guerreira da vida
Mas não quer guerra com ninguém
Sua batalha é pelo pão de cada dia
Que a cada dia se abstém
Templo
Se meu corpo é meu templo,
a todo momento,
peço por tempo e
contemplação:
Cuidado e zelado,
afeto dobrado,
paciência e proteção.
Movimento
minha fé
ARREPENDIMENTO
O arrependimento é a verdade que a mentira conta pra se sentir
melhor.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Dê a CÉSAR
Se nem só do pão viverá o homem, então Sr. César viverá de
quê?
Se ele vive das migalhas que o padeiro amigo lhe dá.
O pão de cada dia, nem todo dia lhe calha de ganhar,
É da bondade de uns, e do desprezo de outros que sua alma se
alimenta.
Medo e coragem
A vida é um enorme frio na barriga
Um misto de sensações e emoções
Que rapidamente se instalam na rápida mente,
inquieta e pensante.
O medo, a angústia fazem parte da vida.
Sem o medo, a coragem exacerbada nos coloca em perigo
constante,
sem coragem nos colocamos em um estado de dormência
consciente.
Equilíbrio é a chave que abre a mente, liberta o corpo e destrava
a gente.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
O tempo e a ansiedade
O tempo passa!
Será que eu vou continuar?
O tempo passa!
Como devo me comportar?
O tempo passou!
Eu não consegui superar
O tempo passou!
E eu não posso mais voltar.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
La casa de papel
Ódio e amor
O ódio e o amor são dois amantes que vivem em cidades
separadas, mas que de vez em quando se visitam.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Bem-te-vi
Bem-te-vi, alí
Cantando como se fosse seu último cantar, como se sua liberdade
dependesse disso.
Na gaiola, seu futuro, no canto seu presente e na liberdade seu
passado.
Ter asas e não voar é o mesmo que ter vida e não viver.
Portanto, liberte-se de sua gaiola, seja qual for,
voe, o mais alto e o mais longe que puder
E faça o que você nasceu para fazer. Voar.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Dicotomia
Com toda minha beleza, me acho feio.
Me sinto seco, quando tão molhado
Entre o copo vazio e o corpo cheio, não sei se sou o recipiente ou
a água, que tanto transborda, mas pouco preenche.
Pois entre tantos pensamentos, minha cabeça só anda vazia.
E mesmo que rodeado de gente, sozinho.
No meu reflexo não sei se me vejo, ou se vejo quem eu quero ver.
No meio de tanta indagação e dúvida vestida de ar e respiração,
todos os dias morro um pouco sufocado.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Luz e escuridão
Estamos tão acostumados a buscar e desejar a "luz", que
podemos esquecer como lidar diante da escuridão.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Troco
Meu amor é caro mas tenho vivido de troco
Que de tão pouco mal dá pro pão
que mesmo que fermentado com amor sovado é amassado numa
mistura de receios, medos e solidão.
E o que eu recebo em troca do meu afeto?
Moedas e migalhas jogadas ao chão.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
QUERIDO, PRESIDENTE
"Querido" presidente que se faz de inocente, mas no fundo a
gente sente que é puro ódio e rancor.
Existência
Das leis de Newton ao mito de Platão
Lúdico e lógica se encontram pra lutar
E fazer ecoar mais uma questão.
Que de tempos em tempos vem a tona
E nos jogam a lona dessa vasta imensidão.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
O mesmo canto que sai da minha boca já saiu da voz dos meus
ancestrais.
Por isso eu canto, por mim e por aqueles que não podem cantar
mais.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Seremos
Nós seremos o passado que o nosso futuro tentará consertar.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Na sua estante
O gato comeu?
Cadê o racismo que estava aqui?
Será que está no diploma que nunca deu emprego pro João.
Solitude ou solidão?
Me sinto só, mesmo aglomerado.
De todas as vozes que tenho escutado, nenhuma consegue
comunicar.
Solitude ou solidão?
Solitude e solidão!
Eu, só eu
Uma taça de vinho, um som ambiente eu sigo comigo, carente e
contente.
Eu mesmo.
Solitude ou solidão?
Solitude e solidão!
Mercado negro
Quem te conhece que te compre, mas tu tá valendo quanto?
Pois pra uns eu valho mais e pra outros nem valor eu tenho.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Múltiplos
Se a vida é cheia de escolhas, caminhos e opções eu me abstenho
de fazê-las.
Para quê ser um, se posso ser múltiplos (e este não é um papo
sobre bipolaridade, ou múltiplas personalidades), digo.
Porque raios temos que ser rotulados, seguir determinada postura
e comportamento se agimos e reagimos de maneiras
diferentemente a cada situação (este não é um papo sobre
rebeldia), digo.
Somos complexos demais para ser aquele algo ou aquele alguém,
nessa narrativa, eu quero ser muito mais que o mocinho ou o
vilão, eu quero ser narrador, o alívio cômico, o protagonista, ou
coadjuvante, o público que assiste e até o crítico se der vontade
Precisamos entender nosso papel e lugar no mundo, e não se
limitar apenas a ele.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
ALVO
Alvo alvejado
O sangue no uniforme lavado com alvejante
Avante o medo,
diante e constante.
De hoje e ontem e do trauma que alvejou a alma
Que já não é mais tão limpa como antes.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
O vazio
O que seria o vazio, se não a ausência de algo
Para o copo, o vazio é a ausência de líquido
Para o pulmão, a ausência de ar
Para o ódio, ausência de amor
E para mim o vazio e a ausência de você.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Anseios do tempo
Preocupado com o futuro, se viverei por muito tempo ou por
pouco.
O aqui e agora perde a vida lentamente.
O canto
Pelos cantos, eu canto
Cada nota em seu devido lugar
No tom, o dom,
do ré mi fá.
A voz, rasgada,
não mais calada
Traduz minha alma em cantarolar.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Novos ancestrais
Reverenciamos nossos ancestrais, sem perceber que um dia
seremos ancestrais de alguém.
Se você consegue entender de onde veio, tem maiores chances de
saber para onde vai.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Dona Ilma
Ilma, a minha avó
A mulher, das ervas, da oração, do canto, da cor,
do dia, da noite, brilhava como luz e aquecia como o sol.
Ela trazia em si vontade de viver, de ir, vir e ver o mundo que
acontecia ao seu redor.
Era grande demais para uma cidade pequena e que mesmo
pequena amava grande.
Brigava e amava na mesma medida.
Entre afetos e desafetos que carregava na memória e em sua
trajetória, ela é a minha história que iniciou ao seu nascer e que
ainda vive mesmo depois de morrer.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Como é?
Como é?
Como é ter um propósito?
Como é crescer sem medo de não ser bom o bastante?
Como é não ser rejeitado por sua identidade, por seus afetos?
Como é ter comida na mesa todos os dias?
Como é ser bem visto, bem quisto?
Como é andar na rua sem olhares suspeitos?
Como não ser seguido por seguranças nas lojas?
Como é não saber sua origem, sua árvore genealógica?
Como é, ter que andar com documentos para não ser confundido
na rua?
Como é não questionar sua capacidade ou sua beleza?
Como é que é?
Como?
É?
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Guiné
TUIUTÍ
Estrada de cor cobre,
que cobre esse motor de pó
Cubra o horizonte desta vasta vista
que ao passar deixa o passado pra trás e cobra o futuro sem dó.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Será o fim
Meu mundo prestes a acabar
eu saio pra caminhar
Pra sentir a brisa no ar
Ouvir os pássaros cantar
Deixar meu corpo respirar
Revenge
A vingança é um prato que se come cru
E a fome não tá nem aí pra isso.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Love of my life
Às vezes nós lutamos para encontrar o amor das nossas vidas,
sem entender que também é importante ser amor da vida de
alguém.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
PUTA
Olha ela! nas ruas, nas vielas
É invisível pro estado, mas onde passa chama atenção,
De salto alto na mão, retornando da labuta
Alguns lhe chamam de velha louca, outros lhe chamam de puta
Certeza é, sol ou chuva ela vai pra luta
E nesta batalha já feriu tanto quanto foi ferida
foi assim que criou suas crias, e se fez vivida
No começo não havia conforto, não havia comida
Só tinha um corpo e uma coragem perdida
Quarenta anos de rua, sessenta de vida
Tão dona de si, que aí de quem ousar questionar suas condutas.
Ela é velha, ela luta, ela é puta.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
BUSCA
Dicionarizando coisas, pessoas sentimentos
buscando por significados que ainda nem nomes possuem
A frente do tempo, e atrás de si
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
EMPATIA
Empatia é o sentir na pele, em que algumas peles sentem mais
que as outras.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
O medo do medo
Qual é o medo que o medo tem?
Escuro, altura, morte?
Medo da coragem?
O medo também chora e tem angústia?
Tenho medo só de pensar...
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Consciência negra
Reconstrução
Juntando os pedaços,
colando os cacos,
Tentando por mais uma vez,
dar uma chance pra vida,
Ser menos dolorida, mais colorida
E para que seja vivida um dia de cada vez.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
SUA PELE
Sua pele queima quando repousa sobre meu peito,
As marcas em seu pescoço revelam o quão forte e voraz é o
nosso amar,
O suor, que escorre lentamente
só não é mais devagar que o tempo que congela
e queima na minha mais recente memória ardente.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
No changes
E de tanto querer fazer algo para mudar o mundo
acabei não fazendo nada.
Porque a gente só pode salvar o mundo, se a gente se salvar primeiro .
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Questionando “amor”
O que amar significa pra você? O que amar custa pra você?
Amar hoje, não foi igual a amar no passado e nem será igual a
amar no futuro.
Piloto automático
Intergalático
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
ZUMBILÂNDIA
Entorpecido, veia saltada olhos roxos e pupilas dilatadas,
na esquina nos bares os zumbis sem lares
passam na madrugada, quem são eles, não são nada?
Feche o olho, finja não ver, hoje é eles, amanhã é você!
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
O pedido
O tempo do tempo
Artista
Se eu fosse um pincel, te pintaria de amor
Cores vívidas, vivas e cheias de vida
Cores conhecidas e até as inexploradas
tons sobre tons e óleo sobre tela
Uma obra pra artista nenhum botar defeito.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Meritocracia
Se meritocracia realmente existisse, eu seria um poeta milionário.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Lágrimas
No canto da calçada um garoto chorava
Sozinho, suspirava e tremia
"Nada como um dia após o outro" a si mesmo repetia
Quem passasse e o visse, ria e zombava
Mal sabiam eles o bem que aquele choro lhe fazia.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
#KKKRY
SOMA
Assustado
O futuro assusta.
E com ele a certeza de que tudo pode acontecer,
inclusive nada.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
A viagem
A tua poesia me faz querer viajar
A mente vagando nesse mundão
E os pés fincados nesse mesmo lugar.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Força da natureza
Como a força selvagem da natureza teu amor invade.
Os galhos que cercam a propriedade abandonada,
expulsam os vestígios de civilização que ali havia.
Quebrando os vidros das janelas
Umedecendo o ar
Sob o chão e até o teto
Árvores entrelaçadas, num movimento só.
Fazendo frestas de luz, que iluminam toda a propriedade que já
não existe mais
Concreto e clorofila tornam-se um
Florescendo, florescente, verdejante
E aos poucos, o verde toma conta do lar/corpo abandonado.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Reprovado
Caneta anota a certa questão
Que certa ou não
Soluciona a nota
E eu todo dia questionado me ponho à prova mesmo sabendo que
certo ou não eu zero na tua avaliação.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Res(pirar)
A beleza singular que mesmo única,
Na cidade turbulenta e cinza nem é tão apreciada quanto no campo calmo de
vista resplandecente.
A pausa pra respirar
E a respiração pra pausar
Respiração é urgente e eficaz,
Neste mundo de loucura que pede muito e pede mais.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Chão de barro
Lágrimas que caem sob o chão seco
Encharcam e umedecem o solo tão hostil
Não serve pra regar nem pra florear
Apenas barro e solidão.
,
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
CULPA/MÉRITO
Eu me visto de culpa.
Por não ter o emprego dos sonhos.
Por não ser o filho perfeito.
Por não ter a família ideal e principalmente saber que nunca terei
uma.
Por não ter o celular do momento.
Por não ter ganho o carro de presente de formatura.
Ou até mesmo, por não conseguir pagar por uma formatura.
Por sair frustrado das reuniões de negócio.
Por não ser convidado pras festas influentes.
Por sair frustrado de cada entrevista de emprego, e por ver que
não tem ninguém igual a mim por lá.
E por falar em culpa, será que eu realmente sou culpado? Porque
modéstia a parte, nos últimos todos os anos da minha vida, tenho
me ocupado, estudado, me privado até de sonhar fora da caixa,
para apenas ter o mínimo do que me prometeram.
Eles disseram, sobre merecimento e sabe. Eu acreditei.
A minha culpa está no cabide, com um alvo no meio, e eu quero
trocar. Quem se habilita?
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Eu quero viver
Eu canto porque quero ser melodia
Eu grito porque quero ser ruído
Eu choro porque quero ser gotas salgadas
Eu rio porque quero ser gargalhada
Eu rebolo porque quero ser carnaval
E eu vivo porque quero viver.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
Dualidade e dicotomia
Um dia de sol, pode ser tão frio quanto as sobras esquecidas na
geladeira.
Se engana quem acha que clareza não é sinônimo de escuridão, e
que o copo meio vazio e meio cheio, são tão um para o outro
quanto é a cura para a doença.
É sobre dualidade, dicotomia
Os opostos se atraem, tanto quanto traem? Eu te pergunto.
Os sinônimos, antônimos, equivalentes e contrários.
Confusos e entendíveis.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno
O iluminado
Iluminando é aquele que consegue enxergar mesmo através da
escuridão.
Diário de uma quarentena: Textos de Jefferson Rozeno