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TENHAMOS TENTO!

ANA MARIA SPRANGER LUIZ


"Em muitos relacionamentos o amor brota com espontaneidade e cresce
harmônico. Noutros, no entanto, é conflitivo, atormentado, com altibaixos de
alegria e de raiva, de ansiedade e medo, de hostilidade e posse..."
diz-nos a Benfeitora de todos nós, Joanna de Ângelis, no excelente livro da
editora LEAL,"Amor, Imbatível Amor " à pág. 211.

Passou então, pela tela da minha memória, ao ler essas palavras, a recordação
dos enfrentamentos, dos escolhos, das dificuldades que enfrentam aqueles que se
tornaram tarefeiros da Era Nova, alvos de inúmeras vicissitudes desse teor.
O fato é que, irmãos equivocados que se sentem em carência afetiva,
acreditam necessitar do contato físico, com esse ou aquele expositor; esse ou
aquele dirigente de reunião mediúnica; desse ou aquele médium. Perturbando,
perseguindo, envolvendo, aquele alvo de sua afetividade desgovernada, em vibrações
de alto teor pestilento, devido à emissão que lançam.
Estejamos atentos se formos o receptor.
Tenhamos tento se estivermos sendo o emissor!
Perseguição essa no dia - a dia, pela Internet, em cartas, e-mails, ao término
das conferências e palestras e, em muitos casos, naqueles momentos que precedem
o sono que deveria ser reparador... ofertando aos incautos que caem nessas
armadilhas de lobos, descarga emocional negativa que via de regra, produz estados
de saúde irreversíveis, no emissor e no receptor; verdadeira violência, imposta
pelo"amor" desses irmãos egoístas e desavisados que não amam mas somente
desejam...
Lembremo-nos que, somente lobos caem em armadilhas para lobos.
Ontem, nos jornais e periódicos espíritas, liamos estarrecidos, críticas e
malquerenças aos irmãos de ideal, num descalabro total...
Hoje, em nome do tal "amor", evocações mentais sórdidas, em sua maioria
urdidas durante aquele período que antecede o sono, não sendo tributo de carinho,
de gratidão, de respeito, e sim, fantasias e fome de estar com o "eleito", inúmeros
problemas de grave monta causam.
Esse "amor", em verdade, é ataque imperceptível, sutil, das trevas ...
Não que sejamos espiões do comportamento alheio... mas essa
perseguição nos atinge , pois alcança, indiretamente, o Movimento Espírita, no
qual estamos inseridos... pois quando esses irmãos equivocados conseguem o
intento, além de colocarem os médiuns em posição insustentável, muito mais
fazem - denigrem não a Jesus, Kardec ou a Doutrina Espírita – mas atinge-
nos, num "efeito dominó" incontestável!

DIVALDO FRANCO, NUM SEMINÁRIO BELÍSSIMO OCORRIDO NO


ANO DE 1999, NA CASA DE ESPANHA, AQUI NO RIO DE JANEIRO,
CONTOU-NOS A SEGUINTE PARÁBOLA ORIENTAL:
"- Um dia moça sedutora e bela, instou, rogou, pedir à sua genitora, que era
uma bruxa, para casar com um discípulo de Buda, que houvera escolhido o celibato e
se dedicava a estudos idealistas de grande envergadura com seu guru.
Como todos aceitavam a reencarnação, dizia a jovem que o rapaz,
provavelmente, seria ele algum "antigo amor".
Então, devido aos sortilégios da magia infeliz, o discípulo à noite começou a
sonhar com aquela jovem seminua, insinuando-se, dançando e convidando-o para o
conúbio carnal. Envolto naquele encantamento, o moço suava e passava mal envolvido
naquela emoção perturbadora.
Buda, no entanto, estava atento e , orando, fez com que o jovem discípulo
acordasse.
Mais tarde, chamou a moça e, com ela conversou longamente, convencendo-a
ao trabalho dignificante, naquele templo de luz para auxiliar, ajudar, amparar aos
que por lá passavam...
Tempos depois, o guru avisou à gentil senhorita que a considerava apta a
casar com o rapaz, se assim os dois o quisessem, ao que ela lhe respondeu:
" - Agora? Agora, eu o amo verdadeiramente! Quem ama, liberta a criatura
amada. Não a prende em peias , nem em algemas de ferro. Respeito-o. Não
necessito mais casar com ele, pois eu o desejava... mas agora eu o amo."

"Amadurecido pela experiência da personalidade e pelo equilíbrio das


emoções, o amor proporciona bem-estar na espera sem ansiedade, e alegria no
encontro sem exigências", ensina-nos Joanna de Ângelis, ao final do belíssimo
capítulo.

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