Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
\
v\
EXTRAS Módulo
Daniel Herculano
Orneia Vendruscolo
Rafael Góis Campos
linktr.ee/kiwifz
linktr.ee/kiwifz
Op 0
zpv<
b
•
$
.»
<í> A sn,. ^° 9 dH
S M &W ?
Q % P <
?\ *
z *7 r+
v
.
“
V
ç S»
* fe »
0 , °/6 jruO v
JJD!paA |
°% °/6o oOJ<*
.003 03/ J
ç 3 J3U % 3
o'o"
A
' ^aQ
i
*r Jjr * >
^ >t;>
j c O r
0/
?9 o ®0 0D 3
06 <toA
, ^ jnJ\ 0
O|OJ ’ d >9 - * °/6
' ^ ** ° 0}PwlaP$ ao9 uo
%
3
o 8 ^
^.S /—ajv +
^“ *v
O/ o Dvy
°/6ojoJi a
, ^
^ oiV
pOJOl ap -
ovt» 060
-
» ygSS <$? V ^ V
<, 4
â
* "> * \
j
0/6 00
O;D \Xí o
°/ OUIJO°^ * °/ ^
Hi^ ^
sdmba DSSON
1
2020
.
C Todos Q & direitos autorais
dest ã obra são reservados e protegidos ã Editora Sanar Ltda pela
de Fevereiro de 1998, É proibida a duplicaçã o ou reprodu . Lei n? 9,610, de 19
ção deste volume ou qualquer parte deste livro, no todo
ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (
eletró nico, gravação, fotoc ópia ou )
outros , essas
proibições aplicam- se também á editoração da obra, bem
como ãs suas caracteristicas grá ficas, sem permissã o
expressa da Editora,
m
m
m
m
m
Tí tulo [ Extensivo 2020: Fxtras I m
Editores ! Caio Munes
Felipe Marques da Costa
m
Daniel! Herculano
Orneia Vendruscolo
Rafael Gó is
Projeto gráfico e diagramaçãol Rkhard Veiga Editoração
Capa | Cl á udia Guimarã es m
Edição de Texto | Thais Nacif
Conselho Editorial | Caio Nunes
Felipe Marques da Costa
Viní cius C õgo Destefani
ê
*>
*
im
Editora Sanar Ltda.
RU3 Alceu Amoroso Lima, 172
Caminho djs Á rvores,
Ed1, Salvador Qíftce & Poot, 3? andar.
SANAR -
CEPL 4ia?0-7?0, Salvador BA.
Telefone 0&0Q 33 ? 6262
www.editorasanar.com.br
ateod imento teditorasajij rcom.br
^
linktr.ee/kiwifz N
I-
RESIDÊNCIA MÉDICA
k
AUTORES
R
I DANIEL HERCULANO
5
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MÉDICA
1. MAPAS MENTAIS
O Como fazer: A partir do Titulo e da sua lista de palavras, comece a criar o seu Mapa:
a) Enquanto estuda um assunto, comece a escrever uma lista de palavras importantes que
voc ê não pode deixar de entender e reter na sua mem ória. Enquanto faz isso, pense em
como essas palavras se conectam entre si.
b) Coloque o título no centro da folha. A partir dele, puxe linhas que conectem as informações
associadas ao título, que ser ã o algumas das palavras da sua lista.
7
linktr.ee/kiwifz
(7) Como garantir uma aprendizagem eficaz e uma retençã o duradoura?
d) Utilize formas geométricas para distinguir as palavras do seu mapa por categorias, por
exemplo, use retângulos para todas as palavras que se encaixam na categoria Causas, use
eclipses para as palavras que você encaixa em Efeitos.
e) Use cores diferentes para deixar o seu mapa mental ainda mais claro e conectado. Defina
as cores que você ir á utilizar para cada categoria ou cada tipo de conex ã o.
Vis ã o â eral
F ácil mewoiri B
! !ps r *
?
SJ.
straiêaia
?\a3£
Mapas
3ÍéÍ Mentais
£<fcui
Gompa \ \ X
*
OO\
^ Us
¥
%!
**
Goleqa
Inovaçã o
Essa tarefa pode at é demorar um pouco mais no começo , mas , com um pouco de
pr ática, você não vai gastar mois do que 10 minutos para garantir um entendimento
aprofundado e uma aprendizagem mais eficaz e duradoura.
linktr.ee/kiwifz
R(SIQÉK£ IA MÉ DICA
Como garantir uma aprendizagem eficaz e uma retenção duradoura? Ti
* ft « P
2. FLUXOGRAMAS
k
ò ò conceitos importantes entre si e com os seus contextos.
k O Quando fazer: Qs Fluxogramas s ã o ideais para consolidar processos e passo a passos! Por
exemplo, você pode começ ar o seu Fluxograma com uma suspeita diagn óstica, para depois
k
passar pela classifica çã o e chegar até o tratamento.
o Como fazer: A partir do seu objetivo, defina o título e os assuntos que ir ão entrar no seu Flu -
»
xograma:
k
a ) Depois de ter estudado um assunto mais amplo, pense no quadro completo que você precisa
k.
entender e saber. A partir disso, crie a lista de palavras, conceitos e frases mais importantes
k que você precisa incluir para atingir o seu objetivo,
»
b) Coloque o Título no centro da folha. A partir do tí tulo, puxe linhas que conectem as infor-
k maçõ es associadas ao título, que ser ã o algumas das palavras ou frases da sua lista.
e) Utilize formas geom étricas para distinguir as palavras do seu mapa por categorias, por
i exemplo, use retângulos para todas as palavras que se encaixam na categoria Causas, use
eclipses para as palavras que você encaixa em Efeitos,
f) Use cores diferentes para deixar o seu mapa mental ainda mais claro e conectado. Defina
as cores que você ir á utilizar para cada categoria ou cada tipo de conexã o.
I
-*
k
8 9
linktr.ee/kiwifz
© Como garantir uma aprendizagem eficaz e uma reten çã o duradoura?
No final , você terá um grande Fluxogroma que nã o só vai garantir o seu entendi -
mento, mas facilitar á a revisao dos assuníos mais amplos e ajudar á o
seu cérebro
a aprender, reter e saber usar as informa ções esíucfacfas.
10 linktr.ee/kiwifz
Como garantir uma aprendizagem eficaz e uma retenção duradoura? o RESIDÊ NCIA MÉ DICA
* TI a c.
.
3 RESUMOS
o Quando fazen Sempre que estudar ! Resumos de fechamento sà o essenciais para a aprendizagem,
o Como fazer: Para executar essa estrat égia você ir á precisar s ó de alguns minutos, ma $ tamb ém
de concentra çã o e reflexã o .
b) Marque ou grife as palavras chave no texto ou as anote no seu caderno caso voc ê esteja
assistindo uma videoaula.
c) Assi m q ue terminar de estudar informa ções novas, olhe para as suas palavras chave e reflita
sobre 2 perguntas;
* O que acabei de aprender sobre o assunto?
• Como isso se conecta ou se relaciona com o que eu já sabia?
d) Come ç a a escrever breves respostas, de no m á ximo 10 linhas para cada uma dessas per-
guntas.
e) Garanta que o seu texto seja sucinto, sem repeti ções e descriçõ es desnecessá rias, mas que
responda bem à s perguntas acima.
41K Estudos recentes comprovam que a retenção das infò rma çõ es na nossa
mem ória depende diretamente da quantidade das vezes que acessamos
essas informa ções. Por isso, estudar um assu nto pouco a pouco e nã o tudo
de vez e revisar com frequência é muito importante para garantir que na
hora da prova você ir á conseguir lembrar o que aprendeu sem dificuldades.
Para aproveitar melhor o seu tempo de estudo e garantir revis ões boas e
frequentes, você pode usar os seus Mapas Mentais, Fluxogramas e Resumos criados no momento
do estudo para revisar os assuntos já estudados ao longo do ano. Isso ir á fortalecer as sinapses
criadas e garantir a reten çã o das informa çõ es na mem ória a longo prazo.
11
linktr.ee/kiwifz
linktr.ee/kiwifz
EL
SEI
I3UOH VJftOd WWfÇJJP ffUHNUK a DUljhUt ÚJpend ' aja u appp
rwiaiSiUPil aií % nivdi >u!^l OUPnto
.* -
UJ I P 5*PuJ ap JDPI Iiod Jdi pwl «IU4tWd o Wi
* - ojVir Ç viiptuo JPIíI iwwJtHí uej;SOIJJIC, p mttí ii j
*
gjpd xz ' ‘lfcMS StíHJIMdHlfl \ e Mfd &£*t
* •
«iqGjexeí t 9 Qjmçd Md xit Ofi àtusend sop iep
tvmVjiiP opuaíttlta pjnnpnjnp
«
- pjrildç sr { Xi4HMi Í !í waipi ma uax «nquií L
*
' *
Jpíp UMOJjiinujUJjp oiuamifuuOu PiXifleAiJd fp ftuílc J Dp »syit * unflçfojDd jfwpwsup r o »
1 IIJdlJjCH M|UM *^ *
iKMlV XHMUL
- OUJO]MI11 !linS|P
-wiupr ú 5+Íufij> 5Pp %CA ap PJJJJ WiejndOd Pu J4UJ*jrdup ppp!jíu«J«l rp db«J 4
í fT
%& ã p 9 SOSniUiP çOUiOlSLiTJlMJp íeii ^jP-MJd V ^
um PUJOJ ri i irs «pwl 4p ?p ?S4JV P toa ETimw
** - * *
r JifiynnnJ i'|i? »9ptfç uo 5 » sonijí iwq fltibluÉini d
»UI JIITVJ i r PIOUJOJ r pftf§f 0 opurnti 'Ljajad
^
VONflVASM ? *
joul rn JPSUM » OWtfsap a OIUJUPíIISíí jpJy
*
^
aipppptdpg a ranlMipr ‘inhiijú u i iMi:! maoptipnb
* . -
L
'MIW Kiinuj a|tw «ix» ryiu ituijuas um j jprpafsu
I^JJIHU axiua |Tud oj o | j juuis-í OujOLÍuf. «i
. ' *
-íiyhufi|!ini.iii '<vijE|ndiu <53 íwí WSqo rHMOi çiipxi) |VIç as JIRVUSUUJ WJ S hufr( líSnart ‘Fiuap
^JPKI ' ' *
«w %indui<M ittfSS-PsqCKM >ad»ap w^pnb HJíHWM Sp 0 ç 5«u«| . . ai- jampujasui, uniu ItJlflO
mm. ai ipd Pd|niidn iun uftjtijpeS rmNp mwofiiir - leipjrifnbck ‘MXip 'SPSuai) pjip çJiíHiniJ
*
íDuiDisuuaíiug Oi l J« :> (wsmn ou wpi JJIUI 1 3ue ap ãiippa ue uiPMEU<J 9 WQ^ ad %niiní!fr -TíIIMJ t* x«l
^ *
^
""
f&fteWípUÍ ou lo& tupjfc aro içuirii/ MíOd ç«JH9 . * op ‘|PXq ridd |V»| op 'mud rirf «rSWÍ P
np quJWWJTJi 'opnSi' HWH» ap OiiWlíUí J||íOJOS * ppmu - KUidKus L'|í úuKiltjjIgfluH- apupaKUP -
-UJ4U a ifmintj| vjr s+i|iíiint iP|a WUJO UTN irj v ^icjniiniasíuiíOSMçiç anb ap ma|r %P 3irtnd J
- ^ .
»>f«!J vaçisanh « rpp joopia rwa X«V£UIíI& S^íap
-
Dçssait
í xa v í^ cufí 5
«.ia*Me ma JKsajd»
riwxn a ojiiijadia ort*5 j Wiyp<j as rtpoíl axiO 'np vdnxMJd v aupauj úe õpru«í>f :
' sojruideí ap soxuauieidoov ‘rjtfl -t DOS SDSIMVUff Í OfpOOh OfllflXUjJd
a)uaui|«uijMj
^]
eisjMk Knas HíKS » ap panuT
^
i ^^ ^
ií í í uda ' o>vfd a piqoj ç |aiiif> jpu«
rio- j HU04 SUCJ 3 '
* » P qoj ar^IWll 'P ^£ <|Vx9 ua9 i apTMitJU i
*ç ^aovaatsNv i arm o
Wí a aifjpozuatiSDuioí opçpin
Kjrtu4 id9piluP íi> 9f< »MKJW» P«m|rf jp utyfeXpew ç y
-^ ^*
* *
SfSflw>5fuiJtj nç 3 »pip#»»oç s WMI1UÍííxptrtb çop ffiuaupyrn ncd tp»»nipjuxd apípípín» Y
- ( «4 irt ca at pp atum ap tapuadap v aprponup ap S uHJ « «uan sm * A ma^srri q "
Dí jS aoiPd dí|p ap alisou
-.
eAOjd eu ;e3 a;uaLuieaj anb o -Jrv ZF| a? onnjaid ep<MStJ| a fljr»p»inp 'MH^J uia opuff»0 HUíMU 0iu9ínnu« um 9 aptpaisuY
e j e d opn;sa nas opueuopajip
*
aaavs vsnaad aícv» anc o
‘oimide^ o jai oe jeiuaje
as espaxd §DOA anb so uod
^
s [ edpu|Jd sop ouinsay
uaqes espaxd pOA anb OQ soAiivmossia 3
7
-
D 1n|.i d E 3 3 Q 7 Q 3I5 NV VQ SONdOiSNVai
MV
.
VUlSOdV V V33HN03
d t u y s
V0 I03IAI VI0 N 30IS3a
7 w
1
1
(0 Conheç a a apostila
á
á
â
» -la
iiintWx
« 34ip*> b4-# s>
jliw+T ea
> 3 IIÍWM
é
^ »-
rrto<ín » íri
-- .
II
E3 DoAfpr B
UJ »"d ' ia dg . -
Mi"TiS? ir riKwnfrH dOiir -
^ .
iú ijoi** inhwmrtinniffl»
cixlnres «UunMtoL tsn nwáfcflH ***
* ' * * '
TOáH. J i> » ç íS «T! oJ*t> alpaca JWWwm Hí ji í
*
--
-
-
uVJ [ Mt ndSf ^Hf Tf
»
í Jí vJÇdo Í I O$H
fWT.rrí knral a COria «M ãáéitf KP Mana;.
* .
.*
* rrn SjJrier %iç > fim*U«*
—
pUfWCMI DliIIMM COMÍU
SSriirddffl
.vamuáai
0,3 «5 IW
0 trrilarwws iúPniffl * rfnumua de
*
««Ml t iiind IMMM, cerochdviuivufc
moM;4a filWpcq»Nrph«- fc -rff(HMW
j» Ja »wi « r af T**0^liikrJvíerá j f
) . Tí tulos e subtí tulos numerados: «I
If RITINA PtLlHHin
,*
Fá cil identificação dos diferentes m
ian-fer» chMHtto d
» *munta-n minar
fnwi th H Ma II«H frrtÈui «HW I tom * MíM,
-
' >
11?
'
itÇklMSBT
lr
* .flOViuÇ lOK« *
Questões comentadas: Quest õ es com i
* nur «
ftn
*
<bdm p«nvr
QUtST ÒES COMENTADAS *
G *alM i
coment ários gerais do professor sobre todas
as alternativas. Dessa forma, voc ê tem a
BH
^ *-
CE»v rTidr n«i
*'
ral laMi. H« nrriUK ri ^^
r iiifofu.
- -
flf rfhfJnlrri %em p> nMT «ilÚBki
ft iu iin m nSafji -rv (>K| mPr Dpgke
*
* . *
par (aSIihjir
*
Hdurií pnm *
ri Jrii ipi Mrv.add, tí0 11rO riVnf
* ** ^ D riai ^ riii< rrirnsT itel*nq» e i:iwritr na <Un
.^
.. - .
, o 4ltr«PM Vlna p^í
0 t|D<atuai|
.
â
* .- ^ HUMM - *
fc*. rriu, ru ifo diarlr A‘ BLUI J í
**
r riiri «<VN c«ndiU t Cror i dmi Ha wtorij
* na *
D *w
-
.nantefl
C
D n fiV i
IHÚ .'
trrerr*. .
IrfJi’. *í . pjititJftBB, r 1 ceodsM teve «f ovir ã dr
MigênCHfc . •
t :
- ' •"ir it
-
t. pirvr a
^
nnjrr
*
DIFICULDADE: Fácil • .
M«Jl
f DIFICULDADE:
I DifícK
q* dri Aririria t «cnriinh« U Idut f H* M *H A
- * * *
*feWO «Mn a pwvet^a d* driXriiia n» klcllirn
|
kmaiu #VJIII í i MT drMrmria dLTTrnri rprií -sia
deetT utri dt Jasa rrtWrS q»» «rirafewir.Ai ^
bOidr ÇumlBW W i Jé CMTÍJe Crii mMia
. *
3ã3i» tT« j iri iu»6 ro«Mr»k <feÍJ »»ÇWd ri*
. -
iriMarridia
-
T. s >h r ric
-
d*ba ía r no c É4er wn 4 v< ri pmyi 6
* * * *
MrifHVHiíodr trroUv^ dr rwr^ Trqjf rin. r -ua - fifrii nm *rid«ri > ai cwria «m rrd* uwrior
du riUrie» perirm Wr irr.pi nunu pMUtiiL rç.
brlnrii a « ri quadra dr iMcnfjjirii nuv.»
rfeirqw Q (
' -
( LH fl aderirii. I
^ií nif i,
ÇÍÇI de ;S *1 hmWKi WM
í LO»I a Iri-flife
poder«í lr% ar ri .
u
14
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊ NCIA MEDIDA
Conheça a apostila I * n a a
E Fim
•X *
»
m
15
linktr.ee/kiwifz
RESID ÊNCIA M É DICA
RADIOLOGIA 25
linktr.ee/kiwifz
i (?) Sumário
;
42
13 . RM abdome
43
Quest ões comentadas
44
18
linktr.ee/kiwifz
Htj. WNLIn Mí LilCíi
Sumário
DERMATOLOGIA 103
4. Dermatite seborreica P - * * *
P •ft § + +
* no
Quest õ es comentadas 112
19
linktr.ee/kiwifz
(7) Sumário
20
linktr.ee/kiwifz
Sumá rio RESIDÊNCIA MEDICA
1 a n
21
linktr.ee/kiwifz
(7) Sumário
PSIQUIATRIA 189
linktr.ee/kiwifz
RESID Ê NCIA MÉDICA
Sumário
2. Esquizofrenia: 0 que é? .
204
3. Epidemiolog í a 204
204
4 . Etiologia e fisiopatologia + *
Quest õ es comentadas
207
3. Álcool . 212
3.1 . Intoxica çã o alcoólica 212
212
3.2 . Síndrome de abstin ê ncia alco ólica (SAA )
215
3.3. Fase de manuten çã o de abstinê ncia do á lcool . . . .
4. Transtorno por uso de outras drogas .. 216
216
4.1. Uso agudo e intoxica çã o a outras subst â ncias . , .
218
5. Abstin ê ncia a outras subst â ncias .
Quest õ es comentadas .... 220
23
linktr.ee/kiwifz
( >) Sumário %
4
Capítulo 5 . TRANSTORNOS DE HUMOR 235 é
1. Introduçã o . 235 â
2. 0 que é humor e afeto ? . 235
ê
3. Depress ã o: o que é? . . . * * 235
I
4. Epidemiologia . ..... . . 236
ê
5. Etiologia e tisiopatologia 236 ê
6. Sintomas 236 «
7. Crit é rios diagn ó sticos . . 4
* * f 237
8. Diagn ó stico diferencial entre depress ã o e quadros de ajustamento ( D5M 5 ) . . 238
9. Diagnó stico diferencial entre depressã o e luto ( DSM 5 ) f T . 238
10 . Transtorno bipolar : o que é? 238
I 11. Epidemiologia 239
12. Etiologia e tisiopatologia . . 239
13. Sintomas 239
14. Critérios diagnó sticos 240
15. Tratamento dos quadros de humor 241
15.1. Medidas nã o farmacoló gicas 241
15.2. Tratamento farmacológico depressã o unipolar 242
16 . Tratamento farmacoló gico do transtorno bipolar 243
Quest õ es comentadas 245
24
linktr.ee/kiwifz
linktr.ee/kiwifz
Capí tulo
O Histerossalpingografia: procura alterações da cavidade uterina e das tubas; utilizada na investiga ção
de infertilidade ou malforma ções .
,
Q EED: na acalasia, costumeiramente vemos o rbico de pá ssaro”.
o Enema opaco: sinal da “maçã mordida” no tumor de c ó lon.
O No abdome, a presença de calcificação é mais comum na nefrolitiase e nas calcificaçõ es vasculares.
-
:e
27
linktr.ee/kiwifz
Q Radiografia de abdome Radiologia I Capitulo 1 i
t
O Ausência ou riã o de gá s no reto: presenç a de gá s Tabela 1.
no reto indica que N Â O h á obstruçã o total, já que 4
o gá s conseguiu chegar at é lá , Delgado Có ton
4
O Fecaloma? Distens ã o de al ças Distensão da
O Volvo?
em posiçã o central moldura có lica ê
Menor calibre Calibre volumoso ê
O Local da obstru çã o: distensão alta ou baixa? (ta-
bela 1) Empilhamento de moedas Hauslra çó es
i
Fonte; Autor,
«
Imagem 1. Obstrução alta (distensã o de delgado).
lã
m
m
m
Fonte; Autor,
*m
Imagem 2 . Obstru çã o baixa. Imagem 3.
28
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊ NCIA MfDICA Cap . 1
Radiografia de abdome
O Doenç as inflamató rias intestinais Em uma radiografia simples de abdome, NÃO é espe-
O Corpo estranho rado ver calcificaçõ es dentro da cavidade abdomi- o
nal. A presen ç a de uma lesã o hiperatenuante com O
*D
Quadro clinico: densidade de osso é sinal de alguma patologia. As nj
cr
O SÚBITO principais causas sã o lití ase urin ária e calcifica ção
vascular.
O Dor n ã o localizada
O Irrita çã o peritoneal generalizada /abdome em t á bua Imagem 5. Cá lculo coraliforme em rim direito.
o Sinal de Jobert: ausê ncia de mac í cez hep ática (por
conta do pneumoperitônio)
Achados na radiografia:
O Rx em ortostase; presen ç a de ar no espa ço sub-
fr ê nico à direita ( pneumoperitônio)
Imagem A .
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
2?
linktr.ee/kiwifz
(?) Radiografia de abdome Radiologia | Cap í tulo I a
a
I 2.2. HISTEROSSALPINGOGRAFIA Imagem 8 . Obstruq ào da tuba à direita .
*
A histerossalpingografia é uma técnica que consiste a
na obtençã o de imagens radiogr áficas da região
p élvica durante a injeção de contraste via endo-
cervical. O contraste, então, evidenciará a anatomia
*
0
da cavidade uterina e a permeabilidade das tubas.
Principais indicações do exame:
O Investigação de infertilidade: principal
O Investigação de malformaçõ es do sistema re-
produtor
0
Melhor dia para realização do exame é o 72 dia do m
ciclo menstrual: endom é trio proliferativo e chance Fonte: Disponí vel em http: / / www . materprime.
c.nm.br / o - que - ehisierossalpingtigrafia /
de gravidez baixa (suspeita de gestação contraindica
o exame)
30
linktr.ee/kiwifz
Radiografia de abdome RESIDÊNCIA MÉDICA
a ih ri Cap 1.
imagem
2 M - ENEMA OPACO
-
Trata se de outra modalidade de exame contrastado,
em que o contraste ê administrado via retal. Ele é
ú til para avaliar algumas altera ções no có lon, como,
por exemplo, a presen ça de um tumor, que aparece
no enema opaco como "ma ça mordida".
Fonte: Autor.
Imagem 10.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor,
31
linktr.ee/kiwifz
(T) Radiografia de abdome Radiologia I Capítulo 1
QUESTÕES COMENTADAS
4
i
Questão 1 Questão 2
»
(UNIVERSIDADE DE RIBEIR ÃO PRETO / SP - 2018] Uma crian ça
é
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - 2017) Paciente de 60 anos
de idade, masculino, chega ao pronto - socorro com do sexo masculino de 3 anos de idade é atendida no 4
hist ória de episó dios de c ólica intestinal, com piora pronto - socorro de pediatria trazido pela m ãe, que
progressiva hã seis meses . Há um mê s vem apresen- referia 8 episó dios de vó mitos há 1 dia , acompanha- fl
tando episó dios de diarreia "explosiva " e incontin ên - dos de dor abdominal. Durante interrogatório, mãe m
cia fecal e, hã uma semana, distensão abdominal, referiu que 2 dias antes a crianç a havia sofrido aci-
v ó mitos e parada de elimina çã o de gases e fezes. dente com tanque de lavar roupas , que caiu sobre
Antecedente de apendicectomia há 20 anos e a co- seu abdome. Exames de amilase e lipase estavam
loca çã o de pr ó tese endovascular de aorta h ã um aumentadas cerca de 80% de seu valor basal. A ra- m
ano. Refere fazer tratamento de hipertens ã o arterial diografia de abdome evidenciava alç a de delgado
e diabetes. Radiografia de abdome: (Conforme ima - em topografia de epigá strio sem pneumoperitònio.
gem do caderno de questõ es). Em rela çã o ao caso e Baseado no relato, escolha a melhor op çã o . m
à radiografia apresentada , é CORRETO afirmar que:
32
linktr.ee/kiwifz
Radiografia de abdome RESmÊ NLMA MÉ DICA Cap. 1
-
5 a n c> D
cientes está veis, optamos por uma colonoscopia I 3. Homem, 55 anos com dor abdominal no qua-
retossigmoidoscopia descompressiva para só então , *
drante superior do abd ómen e calcifica çõ es na
depois , em car áter eletivo, realizarmos uma sigmoi - topografia do pâncreas à radiografia simples de
dectomia. Gbs. r Se o paciente se mantivesse instá ve í, abd ó men .;
faríamos diretamente uma Cirurgia de Hartmann ,
4- Homem , 57 anos, com dor abdominal cr ónica ,
v' RESPOSTA: 0 esteatorreia, perdia de peso e diabetes melitus.; .
33
linktr.ee/kiwifz
(T) Radiografia de abdome Radiologia I Capitulo 1
r DIFJCULDàíIE:
conteúdo gasoso de cólon e reto (“imagem em mio-
lo de p ão") e dtstensá o difusa de al ças intestinais.
Baseando- se no diagn ó stico desse paciente, além
i
I
Resolução:
da analgesia e da hidratação venosa , a medicação
1) Uma MULHER JOVEM, com dor abdominal epigá s- I
específica de escolha é:
trica AGUDA , multipara, entre os diagnósticos rela- M
cionados, apresenta maior compatibilidade com IV. albendazol, 400 mg, dose única.
PANCREATITE AGUDA.
Q mebendazol , 100 mg / kg, 2 vezes ao dia , duran-
2) Um HOMEM, de meia - idade, DIAB ÉTICO e OBESO, te 1 dia .
M
«
.
34
linktr.ee/kiwifz
Capí tulo
TOMOGRAFIA DO ABDOME 2
Imagem i. Apendicite.
Fonte: Pignatan G , Borges AA , Mendon ç a R , Ribeiro C , ChindamoMiC Apen-dagite epiplòiea: tratamento conservador,
Reu Bras Coloproctolog , 200 B;2S(3)r 35e- 352.https: / / dx,doi . orgyi 0.lSS 0 / 50101- 98S0200S00l>30(]{>I5
35
linktr.ee/kiwifz
(7) Tomografia do abdome Radiologia I Capí tulo 2
Imagem 4,
Fonte: Autor.
fonte: Autor.
I magem 5. Imagem 6.
Obstrução arterial
O Obstru çã o da art é ria mesent érica superior
O Quadro mais grave do que na obstrução venosa
O Consequ ência: sofrimento de alç as intestinais
37
linktr.ee/kiwifz
(T) Tomografia do abdome
Radiologia I Cap í tulo 2
¥
Obstru çã o venosa
Imagem 9,
O Condi ções clí nicas associadas: lúpus, sí ndrome
antifosfolípide, p ós- operat ório de esplenectomia /
ressecçã o pancreáttca
Imagem 8.
I
Fonte; Autor,
Imagem 10. m
m
Fonte: Autor. m
*
m
4. ANEURISMA DE AORTA
38
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MÍ EliS Â
Tomografia do abdome
Tabela 1.
O QUE É UMA TC COM CONTRASTE TRIFÀSIOO?
í sticas
Caracter Conduta
do aneurisma Nessa metodologia de exame, obtemos imagem da
regi ã o de interesse mais do uma vez , em tempos de -
Diâmetro da terminados a partir da inje ção do contraste .
USG de tr ê s em tr ês anos
aorta: 3 a 3,9 cm
As fases para obtençã o das imagens no caso de in -
Di â metro de TC de abdome com contraste vestiga çã o de tumores hep á ticos sã o ;
4 a 4 ,9 cm USG de 12 em 12 meses
* Fase pr é contraste
-
39
linktr.ee/kiwifz
(>) Tomografia do abdome Radiologia [ Capitulo 2
i
i
i
4
I
é
Fonte: Autor,
Fonte: Autor .
ti
A terap ê utica ideal seria o transplante hep ático
nos pacientes bem selecionados ( já que, no geral, Imagem 14 . Fase de equilí brio .
trata -se de um f í gado cirrótico).
Fonte: Autor.
7. HEMANGIOMA
AO «•
linktr.ee/kiwifz
Tomografia do abdome RESIDÊNCIA MEDICA
n
imagem 15.
10. CISTO HEPÁTICO SIMPLES
ra
CT>
Q
O
a
a
Fúiltê: Autor.
9. ADENOMA HEPÁTICO
i
Fonte: Autor.
Fonte * Autor ,
Fonte: Autor.
41
linktr.ee/kiwifz
-
j
Imagem 19.
Fonte: Autor ,
m
Imagem 21. Lesáo esplênka /pançre á tica.
m
Fonte: Autor.
12. TRAUMA
4
4
4
4
Fonte: Case courtesy of De. Barbara Turi , 4
Rddiopaedij .org, rlD: 24601
42
linktr.ee/kiwifz 4
Tomografia do abdome RESIB ÈNCIA MÉD- ICJÍl
s H n «i m
ta
cn
Cl
T3
m
Cc
.
Fonte: Case courtesy of Dr lan Gickie
Radiopaedia.org, rID:19226
13. RM ABDOME
43
linktr.ee/kiwifz
(7) Tomograf í a do abdome Radiologia I Capitulo 2
QUESTÕES COMENTADAS
L DIFICULDADE: ,
• DIFICULDADE:
"
I Dica do autor Questã o sobre pancreatite! Vamos Resolução: Seu tratamento ser á conservador, indepen-
analisar... dentemente de sua idade e presen ç a de líquido livre
Assertiva I: FALSA. A TC de abdome não deve ser rea- na cavidade (B e D incorretas). Veja que as lesões mais
lizada precocemente! Deve ser solicitada ap ó s de simples (at é grau 3) apresentam tendência a trata -
48-72 horas para visualizar alteraçõ es! mento conservador, se estabilidade hemodinâ mica
44
linktr.ee/kiwifz
Tomografia do abdome Fí ESlEÉNGlÀ MÉ fllGA
ar & BI
45
linktr.ee/kiwifz
(7) Tomografia do abdome Radiologia i Capitulo 2 i
i
extravasamento de contraste na fase arterial. Qual B sisté mica .
é a conduta para o caso? Q retroperitoneal.
t
Nefrectomia total esquerda.
DIFICULDADE:
Embolizaçã o por arteriograha . I
B Laparotomia exploradora e controle de danos. Dica do autor Ctinicamente, a amebíase pode ma- í
nifestar- se sob a forma de colite, doenç a extrain-
Observa çã o clí nica em terapia intensiva.
testinal ou ser assintom ática em 90% dos casos. A é
doenç a extraintestinal é rara (< 1%), e a sua forma
L nincu .
LOA DE;
de apresentaçã o mais comum é o abcesso hepá tico . 1
I Dica do autor As indica çõ es absolutas de conduta Alternativa & INCORRETA. Origem biliar nã o justificaria #
cir úrgica notrauma renal resumem- se a: Hematoma a presença de gá s na topografia da veia porta. Nor-
retroperitonial em expansão; Hematoma retroperito - malmente hã relato de doenç a da via biliar, como *
nial puls átil; Instabilidade hemodinâmica refratária; colangite. m
Traumatismo renal associado à lesã o de outras vis- Alternativa B: CORRETA, Provavelmente, trata- se de abs-
ceras. A conduta conservadora no trauma contuso cesso amebiano. O protozoário localizado no c ólon m
de abdó men tem se tornado cada vez mais comum e
viável para pacientes hemodinâmicamente est á veis.
ganha o sistema porta e em seguida o intestino. m
Alternativa C: INCORRETA, Origem sist é mica nã o justifi-
Alternativa A: INCORRETA. O paciente apresenta um he - caria a presen ç a de gá s na topografia da veia porta. m
matoma renal, sem indicaçã o de nefrectomia . Além disso, o paciente provavelmente estaria séptico. m
Alternativa 8: CORRETA. Afirmativa correta e que oferece Alternativa D: INCORRETA, Nesse caso, haveria um foco
melhor tratamento para o paciente em um servi ço infeccioso retroperitoneal e dissemina çã o por con-
que disponha de radiologia intervencionista . tiguidade.
Alternativa O INCORRETA. Nã o h á indica ção de cirurgia RESPOSTA: B
para controle de danos nesse caso (o paciente está
hemodinâ micamente estável e não possui outros
indícios de gravidade). Quest ã o 7
Alternativa D; INCORRETA. Essa afirmativa poderia ter (HOSPITAL PROFESSOR EDMUNDO VASCONCELOS / SP - 2016) Pa -
gerado dú vida em relaçã o ao fato da prefer ência por ciente de 55 anos vem ao PS com dor abdominal
uma conduta conservadora. Contudo, a questão traz em flanco e fossa ilí aca esquerda h á tr ê s dias , Ap ó s
uma afirmativa com uma opçã o melhor (letra B), uma
avalia ção clínica, realí zaç ao de exames laboratoriais
vez que o paciente apresenta um hematoma com e tomografia computadorizada, laparotomia é indi-
vazamento de contraste na fase arterial .
cada. Achado cirúrgico: diverticulite perfurada com
RESPOSTA; 0 peritonite purulenta .
linktr.ee/kiwifz
Tomografia do abdome RESIOÈNCIA MÉDICA
T nn m
sido originalmente descrita para avaliação íritraope- informado na quest ão, foi identificado na TC lí quido
rat ó ria , foi adaptada para seu uso via tomografia e bolhas de ar que indicam presenç a de gá s prova-
computadorizada . Segue a classificação: Grau I: ab- velmente devido à perfuração de uma ví scera oca
cesso paracó lico pequeno. Grau II: abcesso p é lvico . durante o procedimento; nesse caso, o duodeno.
Grau III: peritonite purulenta por ruptura de abcesso .
s RESPOSTA: Q
Grau IV: peritonite fecal generalizada.
RESPOSTA: EI
Questã o 9
67
linktr.ee/kiwifz
Q) Tomograf í a do abdome Radiologia | Capítulo 2 é
i
descrevia estágio III de doen ça , segundo a classifi-
cação de Hinchey. 0 diagnó stico prová vel no caso â
e a conduta a ser adotada são, respectivamente: é
apendicite aguda bloqueada , apendicectomia t
videolaparoscópica
tumor de sigmoide localmente avanç ado, quimio - é
terapia paliativa
H
Q diverticulrte aguda n ão complicada, antibiotico-
terapia e observa ção «
EI drverticulite aguda com peritonite difusa puru- m
lenta , operação de Hartmann de urgê ncia
m
PIFJCUIDADE: #
m
Resolução: A diverticulrte aguda é classificada de
acordo com a classifica çã o de Hinchey em 4 tipos,
m
para orienta çã o de conduta . Hinchey 1: abscesso
pericolico. Hinchey 2: abscesso p élvico. Hinchey 3:
Peritonite purulenta. Hinchey 4: Peritonite Fecal.
*
é»
Hinchey 1 pode ser conduzido com antibioticoterapia ém
isolada, enquanto Hinchey 2 necessita de drenagem
percut â nea guiada + aruibioticoterapia . Hinchey 3
e 4 necessitam de cirurgia de urgência (operaçã o à
Hartmann).
RESPOSTA: 0
48
linktr.ee/kiwifz
Capí tulo
ULTRASSONOGRAFIA DO ABDOME
3
4?
linktr.ee/kiwifz
(?) UUrassoriograf ia do abdome Radiologia I Capítulo 3
i
A principal causa é calculosa (ou seja , causada por
obstrução da sa í da da vesí cula por c álculos). I
Na USG, podem aparecer alguns sinais de CCA, dentre
1
as quais:
O Parede da ves í cula biliar com espessura > 3 mm. 4
O Presenç a de lí quido per í vesicular .
O Distensão vesicular. *
»
Imagem 2, ê
A
A
&
Fonte: case courtesy of Dr Mdulik 5 Patel,
«
Radiopaedra . org, rID: 205 6
m
Mas o que podemos observar atrav é s do USG na
apendicite? êà
o Parede espessada do ap êndice
O Ap êndice nã o compresslvel: ao pressionarmos a
região da fossa ilí aca direita com o transdutor, m
vemos, em pacientes normais, que o ap ê ndice
ê comprimido. Isso jã nã o ocorre se houver um
«
Fonte; Case courtesy nf Dr Maulik 5 Patel,
processo inflamatório nesse ó rgã o em virtude m
.
Radiopaedia org, rID: 20542 do edema .
ém
O Linfonodos aumentados na regi ã o: indicativos de
Além, claro, da presenç a do fator obstrutivo, que pode processo -infeccioso - inflamató rio local
ser tanto c á lculos quanto lama biliar, que consiste O Hiperecogenicidade da gordura
em um material um pouco mais hiperecogê nico no O Lí quido livre
É
*
interior da ves í cula (mas nã o tã o ecogènico quanto
um cá lculo) e m ó vel. *
3. TRAUMA
2. APENDICITE
Na aula de TC de abdome, aprendemos que o paciente
Nã o custa relembrar que, se o diagnóstico CLÍNICO de está vel com trauma de abdome pode ser submetido
apendicite for feito, não há necessidade de exames a uma TC com contraste para avalia çã o. Agora, no
de imagem complementares. A USG e, em alguns paciente instá vel, é possí vel realiza çã o do FAST
( focused ossessment with sonogmphy for trauma ).
casos, a toniografia ficam restritas aos casos de
d úvida diagnó stica, mais comumente em mulheres 0 FAST nada mais é que a pesquisa, por meio da USG,
e crian ç as. de líquido livre em certas regi õ es do abdome , indi-
cando sangramento de algum ó rgão intraperí toneal.
5D
linktr.ee/kiwifz
Ultrassonografia do abdome RES1DENGIA MEDICA 11
iin ri li
LV
Imagem 7, Pelve.
LA
**
4. RETENÇÃ O URINÁRIA
**
51
linktr.ee/kiwifz
(7)
*
UUrassanografia do abdome Radiologia | Capitule 3
4
A USG da próstata é um dos exames complementares
que pode ser feito nesses casos, mas não precisa 5. NEFROLIT Í ASE 4
ser feito em car áter de urgê ncia. 4
imagem 8. Retençã o uriná ria .
A sensibilidade da USG para detecçã o de c álculo é 0
baixa (24%), porém ê um importante exame para
pesquisa de hidronefrose.
Imagem 9. Hidronefrose.
52
linktr.ee/kiwifz
Ultrassonograí ia do abdome RESIDÊ NCIA MEDICA ;|ti
. a Ca
I Ç| fl
c
Quest ão 1 no corte longitudinal e a imagem em "alvo " no corte
CE
transversal sugerem o diagn ó stico.
(SANTACASA DE MISERICÓ RDIA DE BELO HORIZONTE - 2017) Lac-
RESPOSTA; Q
tente de 7 meses, prev í amente h í glda , iniciou há
cerca de 3 dias com quadro de diarreia aquosa e fe-
bre baixa . Foi iniciado dipirona e soroterapia oral Quest ão 2
Desde ontem, com choro alto e constante, vómitos
e eliminando fezes com aspecto de "geleia de grose - (REVALIDA NACIONAL / DF - INEP - 2011) Um lactente, com
lha", Ao exame, crianç a irritada , massa palp á vel mal nove meses de idade, foi levado ao Pronto Atendi-
definida abdominal e extremamente dolorosa. Exa - mento porque, hã 5 horas vem apresentando choro
me de urina normal, global de leucó citos de 13.500 inconsolável* vómitos# fezes com sangue e distensão
bastonetes 3%, segmentados 48%, lí nfó citos 44%, abdominal. A mãe refere que a crianç a ficou gripada
mo n ó eitos 4% , eosin ófilos 1%, plaquetas 280.000, hã u ma semana . Durante o exame f í sico, o pediatra
atividade de protrombina 80%, radiografia de ab - palpou massa abdominal e solicitou radiografia sim-
d ómen com ní veis hidroa é reos. Baseado no caso ples de abdome que foi inespecifica e ultrassonogra -
descrito, assinale a alternativa que corresponda ao fia de abdome total que mostrou an éis conc ê ntricos
laudo do ultrassom abdominal esperado. de camadas hipoeco í cas e hiperecoicas alternantes,
com por ção central hí pereccica (sinal da "rosqui-
Presenç a de liquido livre na cavidade abdominal nha / alvo / olho de boi " ). Foi encaminhado ao centro
e ap ê ndice aumentado de tamanho. cir úrgico para laparotomia. Baseado nos sintomas
apresentados, o quadro descrito é compatí vel com
EI Cadeia de linfonodos mesentê ricos aumentados abdome agudo , tendo como causa
de tamanho.
volvo do intestino m é dio .
B Imiagem de intestino em alvo ou casca de cebola ,
hé rnia inguinal estrangulada .
E3 Presença de grande quantidade de gases no intes- H divertí culo de MeckeL
tino , prejudicando o exame, mas sem altera çõ es. EI intussuscep ç ao intestinal.
S oclusão intestinal por Ascaris í umbrkoides„
DIFICULDADE:
53
linktr.ee/kiwifz
(>) Ultrassonografia dõ abdome
*
(achado t ípico ao exame fí sico) + imagem
sugestiva 0
a principal suspeita é de INTUSSUSCEPÇÃO INTESTI -
RESPOSTA: H
NAL. A intussucep çâo ê uma invagina ção do intestino
para dentro de si próprio , cursando com obstru ção Questão 4
mecâ nica. Geralmente ocorre ap ó s infecções virais
respiratórias ou gastrointestinais, e acredita- se (SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE / SP - 2016)
Uma senhora de 55 m
anos, assintom á tica , fez ultrassonografia de abdo -
que, por conta da hipertrofia linfoide secund á
infecção, ocorra esse quadro . É a principal causa de
ria ã me que mostrou um pólipo de 0,5 cm na vesí cula m
obstruçã o intestinal nessa faixa et á ria, com relatos biliar. Conduta:
de associa ção à vacina do rotavírus .
Colecistectomia videolaparoscó pica , m
RESPOSTA: 0 Seguimento com colangiorresson â ncia .
H Ecoendoscopia com biópsia do pólipo.
Quest ão 3 Q Colecistectomia aberta , com ressecçâo do seg-
(FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO
JOSÉ DO RIO PRETO/ SP - 2018)
mento IV do f í gado,
m
Repetir o ultrassom em 6 meses.
Paciente de 50 anos vai a unidade b á sica de saúde
(UBS) e o m é dico faz diagnóstico de
cirrose, sem
etiologia definitiva ainda . A ele é dada a orienta çã o
para fazer um exame de ultrassom com doppler
L DlFICULDADEí
•
seis em seis meses . O objetivo deste mé dico é de -
de fteso!ução: A conduta adequada é repetir o ultrassom m
em 6 meses. A colecistectomia profilá tica só
tectar precocemente: est á
indicada para os pacientes com alguma dessas ca -
O início da hipertensão portal. racter í sticas: idade > 60 anos , com vários c á lculos
coexistindo, tamanho do cá lculo > 1cm ou aumen-
B O aparecimento de icterí cia . tando, paciente sintom ático, paciente com colangite
H O aparecimento de nódulo hepá tico. esclerosante .
0 O aparecimento de ascite. tii
RESPOSTA: 0
tm
f DIFICULDADE: #
Questã o 5
• Dica do autor: O paciente com cirrose tem o principal
fator de risco para o desenvolvimento do carcino- ( SECRETARIA ESTADUAL DE SA Ú DE DO ESTADO DE PERNA
MBU-
m
ma hepatocelular (CHC), o principal tumor maligno CO - 2017 ) Mulher, 22 anos, procura o ambula
t ó rio de
prim á rio dof í gado. Existem estudos observaciona cirurgia , encaminhada pelo clínico, Hã 4 anos, vem
is acompanhando uma lesão cí stica no corpo pancre -
que sugerem beneficio de redução da morta á
lidade t í co de 2,3 cm {1,5 cm à esquerda da veia
do rastreamento de CHC no paciente com cirrose mesenté-
usando USG doppler de 6/6 meses, mas essa evi- rrca ). Traz ultrassonografia recente que evidencia
dência é fraca. lesã o cí stica de 8,9 cm, com componente sólido,
Cromogramina A e CA 19,9 normais. Qual é a princi -
Alternativa A: INCORRETA. Não fazemos o rastreio de pal hipótese diagn óstica?
hipertensã o portal. J á que nã o lemos tratame
nto
especí fico para ela, intervimos apenas na vigência Tumora çã o cí stica mucinosa do p âncreas.
de complicações. Tumoração cí stica serosa do pâ ncreas.
54
linktr.ee/kiwifz
Uttrassonograf í a do abdome RESIDÊ NCIA MÍ DIGA «
IA n n q
55
linktr.ee/kiwifz
© Fixe seus conhecimentos!
â
â
FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOGRAMAS â
Use esse espaço para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento!
56
linktr.ee/kiwifz
IMAGENS NA Capítulo
depender do caso.
O Na mamografia , utilizamos a classifica ção Bl - RADS para estimar a chance de malignidade
O Saiba em que situa ções solicitar USG na gravidez e quais os achados esperados no primeiro trimestre
O A avaliaçã o da vitalidade fetal é feita por meio da aná lise do perfil biof í sico fetal e da Dopplerflu -
xometria
Lembrando que hã muito a ser falado sobre gineco - Como s ã o as imagens vistas por uma ultrassonografia
logia e obstetr í cia na rad iologia , entã o vamos focar transvaginal?
apenas em alguns aspectos que foram temas de
provas de resid ência nos ú ltimos anos. Imagem 1. Ú tero normal visto na USG transvaginal ,
.
1 DOR PÉLVICA
57
linktr.ee/kiwifz
0 Imagens na ginecologia- obstetr ícia
Radiologia | Capítulo 4
«i
-
ta
Imagem 6, Endometrioma.
3 » TUMOR ANEXIAL
.
4 GESTAÇÃO ECTÓPICA
-
Apresenta se, tipicamente, como quadro de dor
abdominal /p èlvita associado a sangramento vaginal
e atraso ou irregularidade menstrual.
Os exames complementares necessá rios para diag -
n ó stico s âo ní veis s éricos de beta -HCG e USG trans-
O Cistos de inclusão peritoneal: em decorr ê ncia do
vaginal.
acúmulo de líquido produzido pelos ov ários apri -
sionados por ader ê ncias peritoneais, em mulhe- Os achados sugestivos de gestação ect õ pica no USG
res com hist ória de cirurgia abdominal, trauma, transvagí nal são ausê ncia de gestação intraútero,
doen ç a inflamat ória p élvica ou endometriose. além de massa anexial. Podemos observar no exame
o Endometriomas: estruturas bem delimitadas, ho - de imagem alguns sinais como hematossalpinge,
mogé neas, com conteú do de baixa a m é dia densi - embrião vivo (!) e a nel tubã r i o, qu e ton siste em ma s$a
dade ecogê nica , que podem apresentar septa ções. com centro anecoico e periferia hí perecogê nica.
59
linktr.ee/kiwifz
(7) Imagens na ginecologia- obstetrícia Radiologia I Cap í tulo U
imagem 1. Ilustra çã o de possí veis locais de Imagem 9. Massa na regiã o anexial direita
implanta ção ect õ pica do embriã o . com saco gestacional e embriã o.
4
4
I
Fonte; Dispon í vel em https:/ / radiopaedia .org/
cases / advanced- ectQpic- prec;nancy -1?langí iis. i
Fonte: Disponí vel em https:/ / radi0paedia.org /case5 / i
-
ectopic pí egnancy - distribution - riiagram?lang= us.
Imagem 10, Anexo uterino com anel tubário,
indicativo de gestaçã o ect õpica .
Imagem 8. Representação do útero
sem saco gestacional
m
m
60
linktr.ee/kiwifz
Imagens ria ginecologia - obstetr ícia RESIDÊNCIA MEDICA
.
A ri n n B “ T1
.
7 MAMOGRAFIA
Tabelai.
61
linktr.ee/kiwifz
(7) imagens na ginecologia - obstetrícia Radiologia | Capítulo 6 4
4
Há ainda uma sexta categoria, que se refere à con- Imagem 13. BI- RAD55.
firmação da malignidade por meio de exame ana- 4
tomopatológico. é
Imagem 12 . BI- RADS 1. 4
4
á
ê
ã
m
0
*
*
tii
Fonte: Disponível em http: / / radiologiapontocom.
blogspot.com / 2013 / 02 / bi - r«j tl 5 _ 21. html.
62
linktr.ee/kiwifz
Imagens na ginecologia- obstetr ícia AL â ld É NCIA Mura
n M
*4
< anos, especialmente naquelas com mamas den-
sas, Além disso, tamb ém pode servir na avaliação
de n ódulos palpá veis ou anormalidades vistas na
mamografia ou RM. m
EH
O
Indicaçõ es: o
"
d
O Mamas densas.
n
CE
Fonte: Teerthanker Mahaveer Un í versity. Dispon í vel em
O Avaliação de nó dulos palpáveis . , http:/ / wwvM.ac í amedicain!ç rnaticma|,ci?m / viewim 3gÇ-
asp?img = ActaMEdlni _ 20t 4 JJ _ 45 _ 20939a _ fS. jpg,
O Avaliaçã o de linfonodos (estadiamento),
O Pacientes < AO anos,
O Gestantes,
10 * GESTAÇÃO
.
9 NÓ DULOS BENIGNOS DA MAMA
10.1. EVOLUÇÃ O NATURAL DA GESTA ÇAO
Os principais são o fibroadenoma e os cistos mamá-
rios simples. Uma gesta çã o em seus est á gios iniciais pode n ão
63
linktr.ee/kiwifz
(T) Imagens na ginecolog
^obstetrícia Radiologia | Capitulo 4
Imagem 17.5 semanas * 4 dias - saco placenta, para garantir que nã o há prejuízo na oxi-
gestadonal + saco vitetinp . gena çã o do feto.
i
Os métodos utilizados para avalia çã o da vitalidade
fetal são: Í
O Cardiotocografia anteparto: não vamos falar sobre
esse mé todo aqui, pois ele é explicado nas aulas I
de Ginecologia & Obstetrí cia,
I
O Perfil biofísico fetal.
O Dopplervelocimetria.
í
<
A Dopplervelocimetria, de forma resumida, avalia a
relaçã o entre as velocidades sistólica e diastólica do é
fluxo (relação A / B) para obter o ní vel de resistê ncia d
vascular de certos vasos. Quanto menor o valor da
velocidade diastólica, maior a relação A / B e, portanto,
Fonte: Monteggia V. Disponí vel em http &: / / fQr ondare .com. maior a resist ência.
. .
br / artigos / abQílamento- didp nosticQ - e - tr Kamento / Ã
Imagem 19. ê
Imagem 18. 6 semanas - saco gestacional
+ saco vitelino + embriã o < 5 mm.
*
Outro í ndice avaliado ê o de pulsatilidade: quanto
maior seu valor, maior a resistê ncia ao fluxo ,
ta
Fonte; Mqnte.Eí Sia V. Dispon í vel em https:/ / fecondarp .com .
br / artigos / abortarncntD - diagno & tico- e tratamento / Os principais vasos analisados na Doppterveloci-
ta
metria são:
semanas: membrana amni ótica movimentos O Artérias uterinas: normaimente t êm baixa re *
O 8
fetais BCF
+
sistê ncia e o aumento de sua resistência indica
ta
anormalidade placentã ria, ta
O Art érias umbilicais: costuma ter baixa resist ência
e o aumento da resist ê ncia indica placentaçào ina-
ta
| 10.2. AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL dequada ou infartos plaeent ários secundá rios, O
fluxo sanguí neo está sendo desviado para outros
Nas gesta ções de alto risco, é necessá rio realizar órgãos do corpo mais nobres do feto.
exames que avaliem as funções vitais do feto e da
64
linktr.ee/kiwifz
Imagens na ginecologia- obstetrícia RESlfl ÉNtMMÉ OlC Á :] fc '
* Di ástole zerot indica resistência muito alta à perfusão nas arté rias umbilicais e está relacionada a
fun çà o placentár í a muito prejudicada .
P fí
m
O
o
TJ
n
BC
16 -
tni' 1
•16
-20
-
% IL ÈL. àw à
36
-
- 4
J
I
_
. j
-W
- 20
-
- 10
cm s
>10
-20
í
-1F«#
66 - — 60
45 - -5
36 - - 36
15 - ts
trn .
firrVt
*
-15 - - 45
O Art éria cerebral m édia: a diminui çã o de sua resis- 0 perfil biof í sico fetal envolve a an á lise uttras-
t ê ncia i ndica centraliza ção fetal , ou seja , o fluxo sonogr áfica de certos par âmetros fetais , como os
sanguíneo está sendo direcionado para o cérebro. movimentos respiratórios , os movimentos fetais e
É um sinal de insufici ência placenta ria . o t ônus do feto, alé m do í ndice do lí quido amni ó-
O Dueto venoso: quanto maior o índice de pulsat í li- tiCO ( ILA ).
dade, maisgrave o quadro de centralização fetal.
65
linktr.ee/kiwifz
(7) -
imagens na ginecoLogia obstetr
ícia Radi & logia 1 Capítulo 4 (
4
0 U.A é calculado por meio c!a soma dos maiores do ú tero. De acordo com o valor obtido, podemos i
bolsò es verticais em cada um dos quatro quadrantes classificar o ILA em:
à
Tabela 2 , A
ILA £ 5
Qilgo â mnio
5a8
ILA reduzicí o
8 a 18
Normal
18 a 25
( LA àurncnldrio
2 25
Poiidr ã rrmio
*à
ê
Imagem 22 . C á lculo do [ LA ,
to
to
to
to
toi
to
to
66
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MÉDICA _
Imagens na ginecologia-obstetrí cia 1a n A
z \
QUEST Õ ES COMENTADAS
m
Cn
O
o
T5
Quest ão 1 parceiros sexuais, hist ó ria pr é via de DST ou DIP, vul- (' Tj
£E
vovaginites , tabagismo, uso de DIJ, nuliparlòade .
( HOSPITAL ALEMÃ O OSWAIDO CRUZ / SP - 2013) Mulher, 23 J á os métodos de barreira são sabidamente fatores
anos de idade, procura o Pronto Atendimento com protetores para DSTs e DIP,
queixa de dor, há 2 dias, em baixo ventre, irradiada
para fossa ilí aca esquerda, acompanhada de febre V RESPOSTA: 0
( temperatura má xima aferida de 38, 3 ® C), Conta tam-
b é m corrimento vaginal, amarelado há 1 dia. Nega
Quest ã o 2
comorbidades. Última menstruação h á 8 dias. Ao
exame f í sico: bom estado geral, corada e hidrata - {SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE S ÃO PAULO - 2012) Paciente
da , PA = 120 x 80 mmHg. frequ ê ncia card í aca = 86 com 17 anos, ameriorreia primá ria, cari õtipo 46 XX ,
batimentos/ min, temperatura axilar = 37, 6* C. Exa - apresenta estatura 1, 65 m , mamas Tanner V vulva
me pulmonar e card í aco sem altera çõ es. Dor difusa de aspecto infantil, presenç a de vagina e ú tero. Na
ã palpação do hipogá strio e fossa ilí aca esquerda, ultrassonograha , n ão foram visualizadas as gônadas.
RHA +, DB negativo . Ao exame especular, presença A principal hip ótese diagn óstica é:
de secre ção amarelada de odor fétido, exterioriza-
da pelo orif í cio externo do colo uterino . Ao toque, Disgenesia gonadossom ãtica - Turner .
dor à mobilizaçã o do colo e á palpaçã o de anexo es- Disgenesia gonadal pura .
querdo. Realizada ultrassonografia que evidenciou
0 Síndrome de Rokitansky.
imagem compatí vel com abscesso tubo - ova ria no à
esquerda. São fatores de risco para a principal hi- EI Síndrome de insensibilidade androgê ní ca .
p ótese diagn óstica , EXCETO: Pseudo - tiermafrodit í smo feminino.
67
linktr.ee/kiwifz
(7) fmagens na ginecologia - obstetr ícia Radiologia | Capítulo 4 i
i
Alternativa E: INCORRETA. Possui desenvolvimento dos Ao exame f í sico, o desenvolvimento mamá rio é clas- 4
caracteres sexuais secund á rios normais, exceto pela sificado como Ml, os pelos pubianos como Pl. A do-
genit á lia amb í gua e excesso de pelos. sagem plasm ática revelou estradiol baixo e ESH e 4
LH elevados . A ultrassonografia p é lvica revela úte-
RESPOSTA: O ro presente com 15 cc e ová rios n ão vis í bilizados. O 4
cariótipo solicitado foi XX. O prová vel diagn ó stico â
Quest ão 3
nesse caso é:
â
(INSTITUTO DE ASSISTÊ NCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO ES- Digenesí a gonadal pura.
á
TADUALfSP - 2017) Paciente de 19 anos vem à consutta Sí ndrome deTumer.
ginecológica referindo nunca ter menstruado , n ão H Síndrome de Morris.
conseguir ter rela ções sexuais e ter muita dor na
Q Sindrome de Savage. é
tentativa de penetra ção. Ao exame f í sico, as mamas
tinham desenvolvimento normal e os pelos pub í a - 13 síndrome de Stein Leventhal.
nos e axilares eram escassos. A genitália externa era
normal, com vagina muito curta e em fundo cego , A
ultrassonografia p élvica revelou aus ência do útero.
r DIFICULDADE:
" *m
Nas regi ões inguinais, a paciente apresentava dois Resolução: Temos uma paciente com história deame -
nódulos endurecidos de 2 a 3 cm, pouco m ó veis. Foi norreia primá ria , com ausência do desenvolvimen-
to de caracteres secundá rios, com baixos ní veis de
m
realizado cariótipo da paciente, cujo par de cromos-
somos sexuais revelou ser XV , Considerando esses estrogênio circulante e LH e FSH elevados, e o fato
dados , a principal hipótese diagnóstica ê: de os ov á rios n à o terem sido visualizados na ul-
trassonogrflfia tem que nos fazer pensar que eles
Sí ndrome de Morris . são em fita , que é um achado comum da disgenesia
gonadal, que, no caso, como é paciente é XX , é uma
Q Sindrome de ftokitansky.
disgenesia gonadal pura ,
0 S índrome de Savage.
v' RESPOSTA: D 6
Sí ndrome de Stein- Leventhal.
0 Disgenesia gonadal pura.
Quest ã o 5
linktr.ee/kiwifz
Imagens na ginecologia- obstetrícia E3 RESIDENHAMEDICA
A I J
comprimento cabeç a - nã dega (CCN) e, no m á ximo. + USTV (MASSA EM ANEXO DIREITO COM 3CM e 0CF
BA mm de CCN , PRESENTE ), Ou seja, claramente estamos diante de
um quadro de GRAVIDEZ ECTÓPICA, em que nã o apre -
RESPOSTA: 3 senta sinaisde rotura, poisest á ESTÁ VEL HEMODINA -
MICAMENTE, Portanto, O mais importante para essa
Questão 6 quest ã o e saber quando poderemos fazer o trata-
mento clinico medicamentoso com o METQTREXATQ.
(HOSPITALISRAELITA ALBERTEIN5 TEIN/ SP - 2017) Mulherd -e 24 As indicações são: Ectõ pica integra; < 3,5 cm; b - HCG <
anos de idade , no pronto - socorro com quadro, há 1 5.000 e Ausê ncia de BCF. Portanto, a nossa paciente
dia, de dor abdominal em hipogá strio esangramen- N Ã O É CANDIDATA ao uso do Metotrexate e, dessa Q
to vaginal. Niuligesta. Refere ter descoberto recen- forma, o tratamento CIR Ú RGICO ser á o de eleição.
"O
temente que esta gr á vida, por é m ainda nã o iniciou Quando desejo dG gestar - SA L PIN GOSTO,MIA lapa - n>
ff
o pr è- natal. N ão se sabe dizer quando foi a data da rosc õ pica (CONSERVADOR ). Pacientes que jà tenham
última menstrua çã o. Ao exame fí sico: BEG, corada , a prole constitu í da podem fazer SALPINGECTOMIA
hidratada, anictérica * acian ótica , afebril,, pressão LA PA RO SCO PI CA (RADICAL) . Dentre as op ções, cer-
arterial = 110 x ftOmmHg, frequ ê ncia card í aca = 96 tamente a melhor resposta seria a letra C , embora
batimentos / minuto . Abdome doloroso ã palpa çã o a Salpingostomia fosse a mais prudente.
de abdome inferior, sem sinais de peritonite . Ao RESPOSTA: Q
exame especular, sangramerito vivo em pequena
quantidade, coletado em fundo de saco posterior Ao
toque vaginal, ú tero í ntrap élvico, com relato de dor Quest ão 7
ã palpa çã o de regi ão anexial direita , onde se palpa
massa de dif í cil delimita çã o. Solicitados exames la - (HOSPITAL S Ã O LUCAS DA PUC /RS - 2012) Qual é o manejo
boratoriais e de imagem que mostraram os seguin- mais apropriado para primigesta com placenta pré via
tes resultados: Hb = 11,0 g / dL; Ht = 28,2%; Beta - hCG: marginal observada em ultrassonografia realizada
10.000 mUI / mL , Ultrassonografia transvaginal: útero na 22 i semana de gestação?
de dimensões aumentadas, ecotextura miometrial
Programar cesariana para a 39 ? semana .
homogénea, eco endometrial de aproximadamente
10 mm, massa anexial tubã ria ã direita de 3,0 emr Programar amniocentese para a 36 ? semana e
compat í vel com saco gestac í onal, visualizado em - realizar cesariana , se os pulm õ es fetais estive -
briã o com BCF de 10 bpm, fluxo aumentado ao Do- rem maduros.
ppler colorido , com pequena quantidade de lí quido H Realizar RM na 355 semana para investigar pos-
livre na cavidade p é lvica . Qual deve ser a conduta sí vel placenta percreta ,
para o caso em questão? Recomendar o té rmino da gestação.
Conduta Ex pedante. 11 Reinvestigar a posição da placenta na 32 ? semana .
Metotrexato 50 mg / m3 IML
B Laparoscopia para Salpingectomia Direita . ,
cittCULGADE:
0
Metotrexato 1 mg / kg, alternando - se com Á cido Resolução: A placenta apresenta um fen ô meno de
Folí nico 0,1 mg / kg por 8 dias. migração, com modificaçã o das rela çõ es anatô mi -
cas da placenta em rela ção ao ú tero. Esse processo
[1 Laparotomia Exploradora Mediana para Salpin-
termina em tomo da 2B ? a 322 semana de gestaçã o .
gectomia Direita . Dessa forma , uma placenta antes inserida no seg-
mento inferior do útero nas proximidades ou sobre
DlHí UL [)H U [ :
o orif í cio cervical interno pode se transformar em
uma placenta normoinserida apõs esse per í odo.
Resolução: Paciente gestante, que pelo enunciado
Logo, é recomendado uma reavalia çã o da posi çã o
nos deixa a entender que se apresenta no primeiro
da placenta apôs a 325 semana de gestação para um
trimestre , passa a apresentar sangramento vaginal -
diagn óstico definitivo.
Temos de importante no quadro: B - HCG POSITIVO
(10.000 mUI / mL) + T JMORAÇÃ Q EM ANEXO DIREITO RESPOSTA:
69
linktr.ee/kiwifz
(T) Imagens na ginecologia- obstetr í cia
Radiologia | Capitulo 4
E3 Amniografia .
[3 Ultra ssonogra ha tridimensionaL
C UiFlCULQÀ Dt:
1
Resolução: A ressonância magnética ê um método que
pode ser utilizado para confirmar esse diagnóstico,
sobretudo em casos de incerteza, quando a placenta
tem inser çã o posterior, e para avaliar extens ã o mio-
.
metrial parametr íal e para bexiga urinária. Assim, o>
como a questã o descreve um caso em que o risco T3
de complicações é alto, com possí vel extensão da EE
inser çã o placentã ria para órgã os vizinhos, a resso -
nâ ncia é um m étodo seguro e importante para uma
avalia çã o mã is detalhada do acretismo.
71
linktr.ee/kiwifz
(T) Fixe seus conhecimentos!
â
ê
é
â
m
-*
-
-
72
linktr.ee/kiwifz
RADIOLOGIA Capítulo
MUSCULOESQUELÉ TICA RES1 DENCIA
MEDICA
s a rt a R
.
1 TRAUMA Imagem 1. Fratura do tíbia e fibula .
Fonte: Autor.
Outra fratura um pouco ma is pre ocupante é a fratura
fis ã ria nas crianças. Isso porque ela pode acarretar
.
73
linktr.ee/kiwifz
(7) Radiologia musc jloesquel&lrca Radiologia | Capítulo 5 i
d
Imagem 2 . Fratura da fise distai da t í bia .
I 1.3. LUXAÇÕ ES á
m
m
m
m
Fonte: Autor.
Sinais de artrose:
Imagem 3, Fratura de pelve em livro aberto.
O Rarefação óssea periarticular
O Esclerose subcondral
O Aumento das partes moles
O Redu çã o do espaç o articular
O Cistos subcondrais
O Osteófitos
O Deformidades
Fonte: Autor .
74
linktr.ee/kiwifz
Radiologia muscoloesquel é tica HBIOÉNCIA MÉDFGA I rl
1m r
ffi
S
O
-O
Imagem 7, Miã os reuimcitofcdes. IX
Fonte : Autor .
I 1.5 . GOTA
Fonte: Autor,
75
linktr.ee/kiwifz
(7) Radiologia museuloesquelé tica
Radiologia [ Capitulo 5
0
Imagem 8 . Fadagra .
Imagem 9. AP de bac í a em paciente
com espondiiite anquilosante.
Fonte: Autor
I T . 6 . ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Fonte- Autor,
76
linktr.ee/kiwifz
Radiologia musculoesquelética
D HESfDÊMGIA M É DICA
i n n n |
i i
QUESTÕ ES COMENTADAS
Vi
o
O
Quest ã o 1
k
maiores peso e altura e com deformidades nos p és -Q
3
*
PC
ou na coluna vertebral A radiografia convencional
»
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARAN Á - 2016) Em rela çã o â
tem um valor limitado na confirma ção diagnostica
Displasia de Desenvolvimento do Quadril (DDQ), -
considere as afirmativas abaixo:
da DDQ nos recém - nascidos, pois as epí fises fe
morais proximaí s (cabeç as dos f émures) n ão est ã o
ossificadas at é os quatro a seis meses de vida. Por
.
1. São considerados fatores de risco o sexo mas-
culino, hist ória familiar de DDQ, a apresenta ção outro lado, a ultrassonografia do quadril do neona-
p é lvica e o oligodr â mmio., to tem um potencial óbvio nas crianç as desta faixa
et á ria, pois evidenciar á claramente as estruturas
2. A DDQ deve ser pesquisada utilizando -se a mano-
cartilaginosas que s ão precariamente delineadas
bra de Ortolani, a ser realizada mos dois primeiros pela radiografia simples As afirmativas 7 , 3 e 4 es -
»
DIFICULDADE:
77
linktr.ee/kiwifz
® Radiologia musçuloesquelé tica Radiologia | Capítulo 5
lombar, e o de teste Patrick, sacroileíte. Para o diag - Alternativa C: INCORRETA, Polimialgia reum á tica aco- i
nóstico de espondilite anquilosante, a sacroileíte mete idosos e cursa com dor e rigidez em cinturas
deve ser mostrada no exame de imagem. Estando escapular e p élvica ,
a radiografia normal, o mais sensí vel para detectar Alternativa D: INCORRETA. Artrite reumatoide acomete
sacroile í te seria a RNM. I
principalmente mãos, pé s e punhos.
Alternativa A: INCORRETA. Alternativa E: CORRETA. Homem jovem + lombalgia in - á
Alternativa B: INCORRETA. flamatória (rigidez matinal e melhora com exercício)
+ sacroile í te + redu çã o de mobilidade da coluna to -
â
Alternativa C: INCORRETA. r ácica = EA. é
Alternativa D: CORRETA. A RNM tem sido usada para
identificação precoce de sacroileí te.
RESPOSTA: 0 é
RESPOSTA: 0 é
Quest ã o 4
é
(ASSOCIAÇÃOMÉ DICA DO PARANÁ - 2010) Paciente de 35 anos
Questão 3 de idade, sexo masculino, deu entrada no serviço de m
emergência referindo que ao jogar futebol torceu
(HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE SOROCABA /SP - 2018) Homem, 23
o tornozelo direito. Ao exame, ele apresentava um «a
anos, procura atendimento ambulatorial com queixa
edema acentuado com equimoses no bordo externo
de lombalgia hã 6 meses. Refere que a dor é acom -
do tornozelo; dor importante e impotência funcio-
panhada de rigidez matinal, melhora com exercí cios
nal do membro inferior direito. Na radiografia do
e, temporariamente, com o uso de anti-inflamat órios
tornozelo se observa uma fratura por avulsão do
n ão hormonais. No exame f í sico, nota- se redução da
maléolo fibular. Em rela çã o a este caso, assinale a
expansibilidade tor ácica, sem outros achados adi-
alternativa correta:
cionais. Realizada radiografia que evidencia sinais
sugestivos de sacroileí te bilateral, A causa mais pro- Este tipo de les ã o deve ser considerado como
vá vel do quadro ãlgico desse paciente é entorse grau l
tumor ósseo.
E Pela fratura em avulsâ o o entorse deve ser con-
siderado grau Itl
E h érnia de disco. H Considera- se este tipo de lesão como uma dis-
B polimialgia reumática. tensão muscular
78
linktr.ee/kiwifz
r
Capí tulo
NEURORRADIOLOGIA
6
Fonte: Autor.
linktr.ee/kiwifz
© Neurorradiologiia Radiologia f Capítulo 6 à
á
Tabela 1. Principais diferenç as no Imagem 2 , Hemorragia eprdural.
sangramento epidural e subdural. á
EpiduraE Subdural á
Entre dura- má ter ê
Entre osso e dura - mà ter
e aracno í de
ê
Lente biconvexa Lente bicôncavo - convexa
Fonte: Autor.
80
linktr.ee/kiwifz
NeurorradioLogia m RESIDÊNCIA HÊDICA
i n n v
.
Fonte; Autor
31
linktr.ee/kiwifz
(7) Neurorrodiologia Radiologia I Capítulo 6
â
ê
imagem 5. AVCh: Sangramento (ãrea hiperatcnuante J á no caso do AVC fsquêmico, é importante lembrar
= branca ) na regiã o nucleocapsular esquerda.
que, nas primeiras tr ês horas desde o insulto agudo,
a TC de cr ânio poder á vir normal. Contudo, n ão pode-
mos esquecer que, por vezes, poderemos observar
sinais precoces de les ã o isquê m í ca, a saber;
O Art é ria cerebral média hiperatenuante .
O Apagamento de sulcos .
O Perda da diferencia ção entre subst ância branca
e cinzenta.
*
Fonte: Autor.
tii
te
Imagem 6. Territ órios cerebrais para a prova. te
Aflwrr í crttMl í ACAj
g Wrj
*c <c*staii --
ê iT r íHCàJ
82
linktr.ee/kiwifz
Neurorradiologia RESIDÊNCIA MEDICA “H
.
Imagem ?. Ãrea de infarto cerebral Artéria cerebral Imagem 9. Ã rea de infarto cerebral em
mé dia: observar o apagamento dos sulcos e a perda da territ ório de art éria cerebral posterior.
diferenciaçã o entre a substancia branca e cinzenta.
íW
Ci
o
a
Q
íU
CC
.
Fonte; http§i:/ /radi 0paedifl org /ca5 e5 /
—
póster io r- circ uI alio n - st ro ke 171a ng* us.
Fonte: Autor.
83
linktr.ee/kiwifz
(T) Neurorradrologia I
Radiologia Capítulo 6
*i
Imagem 10, Neurotoxoplasmose, Imagem 11. Pondera ção TI.
i
«
i
i
â
m
m
m
Fonte: Autor.
5. ALGUMAS NO ÇÕES DE
RESSONÂNCIA MAGNÉ TICA (RM)
Fonte: Autor .
Flair: sinal das estruturas ê semelhante ao eviden-
ciado em 12, exceto por lí quidos , que se apresentam
saturados (ou seja, com hiposs ínal).
84
linktr.ee/kiwifz
Neurorrodiobogia RtSlOÍ NDIAMÊ QfGA
( a P*
Imagem 13 . Flair .
6. NEUHORRADIOGRAFIA - 0 QUE
PRECISO SABER
85
linktr.ee/kiwifz
(T) Neuror radiologia Radiologia I Cap í tulo 6
Quest ã o 1 Quest ão 2
(HOSPITAL MATERNIDADE THEREZINHA DE fESUS/MG - 2017) Pa (OFTALMOCLÍ NICA SÃO GONÇALO / RJ - 2014) Em que situação
ciente de 65 anos ê atendido com histó ria de hiper- a Resson â ncia Magnética è mais sensí vel que a To-
tensã o arterial, afasia, hemiplegia esquerda, desvio mografia Computadorizada?
de comissura labial e Glasgow 9. A tomografia com-
putadorizada de cr â nio abaixo revela extensa área D Em caso de hemorragia intracraniana.
hipodensa na regi ão corticossubcortical parietal Em caso de infarto cerebral precoce.
direita , com extensão para a regi ã o nucleocapsular 13 Em caso de infarto isquê mico.
ipsilateral, sem compressão e desvio, e estruturas
Em caso de ataque isqu ê mico transit ó rio.
da linha mé dia (ventrí culos supratentoriais). (Con-
forme imagem do caderno de questões) Qual o pro -
v ável diagnó stico? í MFICULDADE:
66
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MEDICA
Neuror radiologia % a n o
de parasitose , Qual seria a doen ça e o agente etio denso em put â meri à direita e medindo 1 cm. Qual
ló gico desta parasitose? é o diagn ó stico e o melhor tratamento?
Teniase e Toenía solrum, AIT ( Acidente isqu êmico Transit ó rio) - hiper -hi -
drataçà o e antiagregante.
Neuroc í sticercose e Taerrí a sagmata,
Et AVE ( Acidente Vascular Encefá lico) isqu ê mico -
B Teniase e Toen / a soginota trombolrtico (Rtpa) .
Neurocisticercose e Taenra sotiurn. B AVE ( Acidente Vascular Encef á lico) hemorr á gico
oiFicy LOADE:
-
controle pressórico. n»
m
AVE ( Acidente Vascular Encef á lico) isqu ê mico - o
o
hiper- hidrata ção e antiagregante. TJ
* Dica do A Tberrja so /í um pode ter o honrem m
CK
como hospedeiro intermediário causando nele a
*
cisticercose * que ocorre quando o indivíduo ingere DIFICULDADE:
l
ovos deI . soííum. Por a çã o do suco gá strico, esses
ovos s ã o convertidos em oncosferas, que são absor- * Dica do autor; Paciente idoso, hipertenso, com dé -
ficit neuroló gico motor agudo h ã 11 hora, com TC de
vidas pelo trato gastrointestinal e posteriormente
cr â nio mostrando hiperdensidade em put â men,
disseminadas para os ó rgã os, onde se transformar ão
em cisticercos. Quando os cisticercos se instalam no
-
contralater -al ao déficit estamos falando de um
AVC hemorr ágico!!!
cérebro, tem-se a neurocisticercose, que cursa com
quadro clinico -radiològico igual ao descrito no enun - .
Alternativa A: INCORRETA No AIT, o dé ficit é reversí vel,
ciado, Q tratamento deve ser feito com albendazol geralmente na primeira hora, mas na maioria das
ou praziquantel associado a corticoide . vezes nos primeiros 15 minutos, com TC sem hiper-
densidade.
Alternativa A: INCORRETA- A ingestã o das larvas de T.
soí rum leva ao desenvolvimento de vermes adultos AlternativasBeD: INCORRETAS. Aqui o d éficit é mantido,
no intestino humanop que é a teniase, A teniase não por ém com TC sem hiperdensidade tamb ém, poden-
acomete o sistema nervoso central. do ser normal ou com hipodensidade.
87
linktr.ee/kiwifz
© Neuro iradí ologia Radiologia | Capítulo 6 é
i
Isquemia cerebral secundaria ao sangramento . retiniana (em 50 a 80 % dos casos) e, geralmente,
i
II Mielin ólise pontina . ausência de outros sinais de lesão.
RESPOSTA: H á
L DIFICULDADE:
»
• Dica do autor: A principal causa de hemorragia in- Quest ã o 7 d
traparenquimatosa é MAS.
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - 2015) Homem,
Alternativa A: INCORRETA. Vasoespasmo é uma compli - é
caçã o tí pica da hemorragia subaracnoide. 60 anos, apresenta há cerca de 1 ano déficit de me-
mó ria recente de car á ter progressivo associado à a
Alternativa B: CORRETA. Hemorragia intracraniana com desorienta çã o espacial e dificuldade para nomea-
anisocoria sugere hernia ção uncal com compressão ção. Não há alteração do comportamento. Exame i
do nervo oculomotor.
neurológico sem alterações. Ressonâ ncia magnética i
Alternativa C: INCORRETA, Nã o h á dist úrbio do sódio de cr ânio mostra discreta atrofia cortical. Dosagem
relatado. de vitamina B12, hormònios tireoidianos e VDRL sem ê
Alternativa D:INCORRETA. Não é compatível com o quadro. altera çõ es. O diagn óstico mais prová vel é:
m
Alternativa E: INCORRETA. Mielinó lise ê uma complica -
Hidrocefalia de pressão normal.
çã o do tratamento muito r ápido da hiponatremia . m
Demência frontotemporal.
RESPOSTA:
H Doença de Creutzfeldt-Jakob.
13 Doença de Alzheimer.
Quest ã o 6
DIFICULDADE :
(R), HOSPITAL CASA DE PORTUGAL, 2018 SP, SANTA CASA DE MI-
SERICÓ RDIA DE LIMEIRA , 2018) Uma lactente de 50 dias de Resolução: Analisando o caso, o diagn ó stico que mais
vida foi trazida ao Pronto Socorro Pediátrico com corrobora a descrição é a Doença de Alzheimer, visto
crises convulsivas. Ao exame apresentava - se sem que, alé m de ser a causa mais comum de demência,
sinais externos de trauma, hipoativa e com crises é uma doenç a degenerativa de instalaçã o insidiosa e
convulsivas generalizadas. A fundoscopia evidenciou progressiva, cursando com d éficit de aprendizagem
hemorragia retiniana difusa bilateral. Foi submeti- e reten çã o, dificuldade de raciocí nio, aprendizagem
da a tomografia de cr ânio que mostrou hemorragia e retenção, além de d éficit de orienta ção e habili-
ínter - hemisfé rica e "swelling" cerebral. A criança foi dade espacial, descritos no caso do paciente acima.
internada na UTI pediá trica , mantida sob ventila-
ção assistida e recebendo hidantal, por ém, apesar * RESPOSTA: 0
do tratamento, evoluiu para óbito trê s dias depois.
Questão 8
Sí ndrome de Munchausen
Sindrome da crianç a espancada (ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARANÁ - 2016) Homem de 27 anos
H Síndrome do bebé sacudido foi admitido com quadro de hemiplegia completa ã
Hemorragia cerebral espontâ nea do lactente
direita. No exame f í sico apresentava- se emagrecido
e familiares comentaram que apresentava febrí cula
no final do dia, além de lesões cutâneas dissemina-
t DIFICULDADE:
das tipo pãpulas ulceradas. Foi realizada uma tomo-
Resolução: A presen ç a de hemorragia retiniana em grafia computadorizada de crânio que demonstrou
uma crian ça que apresenta um quadro neurológico uma lesã o de 2 cm em área de gânglios da base no
nos remete a um tipo de abuso infantil que acome- lado esquerdo.
te , principalmente, os lactentes. A sí ndrome do bebé
O diagnóstico mais prov á vel é de tuberculose
sacudido é provocada por sacudidas vigorosas em cerebral e iniciar rifampicina isoniazida pira -
bebé s e caracterrza - se por hemorragia subdural,
zinamida * etambutol .
subaracnoidea, edema cerebral difuso, hemorragia
68
linktr.ee/kiwifz
Neurorra diolo g ia
o RESID Ê NCIA MtÔ ICA
^ *
fji;
B O diagnóstico rnais prov ável é de toxoplasmose e descompress ão com coloca ção de deriva çã o ven -
deve ser iniciado sulfadiazina com pirimetamina .
tr í culo-peritoneal Resultado de exames: Beta HCG
e á cido folinico * s érí co; normal; Alfafetoproteí na sé rica: normal; Beta
0 Uma biópsia guiada por tomografia deve ser rea-
HCG liqu ó rka : 71 (VR: < 50); Alfafetoproteína liquó -
rica: normaL Com base no achado de resson â ncia e
lizada para o diagn óstico. dos exames s é ricos e liquõricos, qual sua hip ó tese
S O diagnostico e de histoplasmose e deve ser ini- diagn óstica?
ciada anfotericina B. o
Germinoma. T3
ra
CE
OlfHmUÀ OE: Ependimoma.
B Astrocí toma pilocí tico,
Resoluçã o: Trata - se de um paciente jovem com um
déficit neuroló gico focal, que aparentemente não foi Meduloblastoma.
sú bito, associado ã febre, lesões cut âneas ulceradas
e perda ponderai. Esse quadro sugere a presen ç a de DIFICULDADE :
8?
linktr.ee/kiwifz
Capí tulo
IMAGEM DO TORAX
7
-
Q Lem bre se do normal
1. RADIOGRAFIA NORMAL E
MÉ TODO ÂBCDE
I 1,1. MÉTODO ABC DE
B - Bones
O Ossos - procure por met ástases ou fraturas na
radiografia lateral, principalmente para vera colu -
na, Olhe bem as costelas se for t rauma. Clavículas
e ú meros tamb ém podem ter les õ es.
C - C í rculatí on
O Cora çã o - veja se há cardiomegalia, aumento do
índice cardiotor ãcico, sinal do duplo contorno.
O Mediastino - alargamento do mediastino pode
ser linfoma, tumor de mediastino ou ectasia dia
aorta que, no trauma, pode causada por pseu -
doaneuriisma.
Fonte: Autor,
91
linktr.ee/kiwifz
I ( >) Imagem do tora
*
fonte: Autor .
Outro contexto importante que pode aparecer è
a suspeita de embolia pulmonar (TEP). Pacientes
que apresentarem dispneia sú bita, geralmente em
p ó s- operat õ rio, ou paciente com doen ç a de base
(oncoló gico), devemos sempre ter esse d iagnóstico
em mente. Os sinais radiogr á ficos sà o rarosp mas
gostam de cair na iprova .
Imagem 6. Corcova de Hampton
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
93
linktr.ee/kiwifz
® Imagem do t ó rax Radiologia | Capitula ?
O
Caso seja febre o contexto e pode vir associado a
tosse e outros sintomas, devemos pensar primeira -
lirci
mente nas infec çõ es,
DICA
importante para prova e para vida; o exame
que diagnostica TEP é a angiotomografia de t ó rax
êm
.
com protocolo paro TEP Os achados sao /cf / frãs de
enchimento do contraste (trombos).
94
linktr.ee/kiwifz
I Imagem do t ó rax RESIDCNClA MED IC Ã 1
t Imagem 10. Escava çã o com mieron ò dulos adjacentes imagem 11, Derrame pleural simples esquerdo.
em paciente com tuberculose e n ó dulos bilaterais em
campos médios, lembrar de paracoccidioidomicose.
Ffint ç: Ay|0 r ,
Furts : Autor ,
Fotite; Autor.
95
linktr.ee/kiwifz
(> ) Imagem do t órax Radiologia | Cap ítulo 7
é lembrar que, na atelectasia , há reduçã o de volume Imagem 14. M ú ltiplos n ódulos pulmonares P
pulmonar e puxa tudo que tiver pr ó ximo para seu derrame pleural direito . Padr ã o pode ser compat í vel
lado ( mediastino, traqueia , costelas, coração). com met à stases de diversas neoplasias.
Fonte: Autor .
Fonte: Autor.
--
4
96 6 ,
linktr.ee/kiwifz
Imagem de t ó rax RESID Ê NCIA MEDIDA
n ci
.
No HIV, lembre- se da pneumocistose Principalmente imagem 17. H érnia de hiato corn ní vel lí quido.
se o CD4 * 200/mm4 .
Imagem 16. Opacidades em vidro fosco bilaterais.
.1
m
o
o
-
Kf
O vidro fosco na tomografia é muito sutil e inespe - N ão esque ç a dever o andar inferior do abdome onde
cí fico. Pode ser pneumocistose em contexto de HIV podemos ver pneumoperit õ nio em casos de dor
ou edema de pulmão em paciente com insuficiê n - abdominal ou mesmo hé rnias do hiato como nesse
cia cardíaca ou mesmo pode ser secundário a uma caso acima, que pode ser o responsável por refluxo.
infecçã o virai HUNI. 0 quadro clinico e os exames
laboratoriais vã o- ditar o diagnó stico. Em paciente
jovem, lembre - se de HlV / pneumocistose.
97
linktr.ee/kiwifz
(7) Imagem do t órax Radiologia I Capí tulo 7
QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1 Questão 2
(HOSPITAL UNIVERSITÁ RIO DE TAUBAT É / SP - 2009) Paciente (HOSPITAL DAS CLÍ NICAS DO PARANÁ - 2016) A respeito da
com 60 anos, fumante ativo , apresenta tosse e ex- pneumonia hospitalar , considere as seguintes afir-
pectoração hem ôptica . Procurou assist ê ncia médi- mativas:
ca. A radiografia de tó rax em PA ( póstero - anterior ) e 1. Pneumonias hospitalares que ocorrem dentro
perfil revelou opacidade hilar, gerando suspeita de dos primeiros quatro dias de interna ção são
c â ncer pulmonar. A realiza çã o detomografia compu- causadas por organismos multirresistentes a
tadorizada (TC) de tó rax e abdome superior poder á antibi ó ticos;
fornecer, exceto:
2. Culturas est é reis de secreções do trato respira -
detalhes sobre as caracter í sticas da superfí cie do
tório inferior podem ocorrer em infec çõ es por
tumor, sua localiza çã o em relação à s estruturas
Legionello ;
de mediastinoe ã parede tor á cica,
3. Na pneumonia aspirativa , a radiografia do tó rax
visualizaçã o mais periférica da á rvore traqueo- pode demonstrara presença de abscesso pulmo-
br ônquica e possibilidade de bi ó psias de lesõ es nar, com paredes espessas e ní vel liquido , mais
situadas em br ô nquios segmentares. comumente localizado em segmentos basais dos
B detalhes da presença de metá stases em pulmões, lobos inferiores;
fí gado, adrenais e esqueleto ó sseo tor á cico. 4. A tomografia computadorizada do tórax pode
detalhes da existência de derrames pleurais ou ser utilizada para esclarecer achados radiogrà -
pericá rdicos pouco volumosos. ficos e identificar complica çõ es como o emp í e -
ma pleural, Assinale a alternativa CORRETA,
E estudo dos linfonodos do mediastino com pre-
cis ão, permitindo divisar sua localiza ção anatô-
Somente a afirmativa 1 é verdadeira,
mica, sua densidade e seu tamanho.
Somente a afirmativa 2 è verdadeira.
98
linktr.ee/kiwifz
r Imagem da t órax RESIDÊ NCIA MEDO
i f) n A A J il
t diagn ó stico é feito por marcadores sorolõgico (Je- movimento e tiveram início h ã aproximada mente 3
(JÍOrteJlc, JTiícopí osmo e cfomídra). .
horas Refere dor em membro inferior esquerdo hã
r uma semana queteve início insidioso, mais n ão che-
Assertiva 3: FALSA . Lobos superiores sã o a principal
topografia desses abscessos, o restante das infor- gou a incomodar muito , Nega ser tabagista ou fazer
ma çõ es est á correto. uso de anticoncepcional. Foi confirmada trombose
de membros inferior esquerdo e embolia pulmonar
Assertiva A: VERDADEIRA. TC de tó rax á uma ferramen - na angiotomograha. Os exames de sangue eram nor-
» ta importante para esclarecimento diagnóstico em mais exceto pelo d dí mero de 600, plaquetopenia
pacientes com diagn ósticos diferenciais n ã o infec - de 90,000 e um tempo de tromboplastina parcial
fr c í osos/ infeccí osos pulmonares. m
ativado prolongado. Qual a hip ó tese diagnóstica ? c
RESPOSTA: 3 O
Mutação do fator 5 e ieidert T:
ns
ct
Síndrome de anticorpo antifosfolipí deo
Quest ão 3
Q Hiperhomoc í steinemia
-
ÍONITVERSIDADEDO GRANDE RIO/R j 2016) Uma senhora de 80 L úpus eritematoso sist é mico
anos est ã internada devido a uma pneumonia lobar
direita associada a derrame pleura! parapneum ô - DIFICULDADE:
nico. Recebe antibi ó ticos, fisioterapia respirat ó ria
e já foi submetida a tr ê s toracocenteses sem reso - @ Dica do autor: Em toda paciente jovem, sem an -
lu ção do quadro,. Apresenta piora da dispneia e a tecedentes relatados ou fatores de risco associa -
tomografia demonstra opacidade de 2 / 3 inferiores dos com quadro de TVP / TEP, devemos suspeitar de
do hemit ó rax acometido por derrame pleural, alé m causas heredit á rias e / ou adquiridas, entre elas, a
de consolidação pulmonar. Qual a melhor conduta s í ndrome do anticorpo ant í fosfolí pide (SAF), A SAP
a ser tomada de inicio? ê dinicamente definida por tromboses recorrentes,
arteriais ou venosas, perdas fetais de repetiçã o e
Toracocenteses repetidas, laboratoirialmente pela presenç a de anticorpos an -
E3 Drenagem pleural. tifosfolí pídeos (aPL), a saber : anticardiolipina (aCL),
ant í - beta 2 glicoproteinal (B2GPl) e o L úpus Anticoa -
B Troca de antibiótico.
gulante (LAG). Apesar de nã o fazer parte do crit ério
13 Instalar CPAP. de classificaçã o, o achado de plaquetas abaixo da
normalidade pode ser a única manifesta çã o da SAF
c DIFICULDADE: e, algumas vezes, requer tratamento, A plaquetope -
nia geralmente é leve a moderada, com contagem
Resolução: A drenagem pietrail deve ser o tratamen - de plaquetas acima de 50.000 e normofuncionantes.
to de escolha para os derrames parapneum ô mcos
volumosos (maiores que a metade do hemit ó rax) ou
Na SAF astromboses tendem a acometer, principal -
mente, as veias dos membros inferiores e as art érias
que se apresentem com Gram ou cultura positivos cerebrais; no entanto, qualquer local pode ser aco -
ou pH < 7,2 , e no empiema franco. Deve sertamb é m metido, como vasos do coração, fí gado, rim e reti -
considerada nos DPP recidivados ap ôs toracocentese na * A trombose venosa profunda (TVP) em membros
inicial ou nos pacientes com quadro clí nico inst ável. inferiores é a manifestaçã o mais comum da SAF e
HESPQSTA: O pode ser complicada por embolia pulmonar Pode .
surgir no pô s - parto apôs repouso extenso ou pelo
Èi
mesotelioma . Para terminar de nos direcionar para dulo , fazer bió psia ou ressecçã o cir ú rgica para
a pleura , a quest ã o nos informa que n ã o existem diagnóstico.
lesõ es em par ênquima pulmonar ou linfonodome -
galí a mediastinal (o que não exclui totalmente a
possibilidade de neoplasia pulmonar, que tamb ém
é comum na asbestose). Tendo como suspeita prin-
r DIFICULDADE:
cipal o mesotelioma, somos obrigados a lembrar de Resolução: Temos um paciente idoso, ex- tabagista ,
seu principal fator de risco: a exposi çã o ao asbesto, com passado de tuberculose, que apresentou nódulo
que se d á mais comurnente como exposição ocupa- pulmonar de 16 mm em lobo superior esquerdo e sem
cional. Temos ai entã o o nosso gabarito na letra A. calcifica ções. Trata- se de nódulo indeterminado, pois
nã o apresenta caracter í sticas de neoplasia maligna .
Tuberculose pleural torna- se muito menos prov ável
Deve - se repetir a TC em 03 meses para acompanhar
na descrição do tantas alterações pleurais (princi-
a evolução do n ó dulo. Caso haja altera çã o do nó du -
palmente do aspecto mamelonado da pleura) e na
ausência de linfonodomegalias intrator á cicas , bem
lo, deve - se realizar bió psia.
como o quadro de empiema para o qualfaltam outros
* RESPOSTA: Q
100
linktr.ee/kiwifz
Imagem do t órax RESIDÊNCIA MÉDICA Ji
f A n A a
(FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP / SP - 2017) Ho - II N ó dulo subsó lido (ou em vidro fosco) com com -
ponente s ó lido
mem de 58 anos refere dor tor á cica ventilat ó rio
dependente em hemitórax direito e dispneia hã 2
meses, que se intensificaram na última semana .
Ap ô s raio X de tórax com opacidade homogé nea na
r niFicuinfiií Eí
base pulmonar direita realizou tomografia de t órax Resoluçã o: Questão tranquila sobre nódulos pulmona -
que mostrou espessamento irregular da pleura nos res. Na avaliação dos nódulos, devemos estar atentos
campos inferiores do pulm ã o direito , que se esten- ã sinais que apontem para malignidade ou benigni - flj
O»
dade N ó dulos em pacientes com mais de 35 anos , o
de em toda circunjac ência pulmonar, associado a
derrame pleural de pequeno volume. Nega tubercu- com história de tabagismo, maiores do que 8 mm TJ
lose, pneumonia ou trauma tor ácico pr évio. Nunca {ou 2 cm, segundo refer ências mais antigas, fiquem Ce
fumou. Ú nico antecedente é ter trabalhado dos 20 atentos a este detalhe), com contornos irregulares
aos 25 anos de idade em mina de amianto (asbesto) ou espiculados , com pneumonite {vidro fosco) ou
em Goi á s. Assinale a alternativa INCORRETA ; atelettasia associada , e localiza çã o em lobos supe -
riores devem levantar suspeita para lesã o maligna ,
Deve se tratar de um mesotelioma maligno de que correspondem a 35% dos n ó dulos pulmonares
pleura. solitá rios. N ó dulos com calcifica ção difusa , cen -
tral ou em pipoca (á rea com densidade de gordura ,
10 O asbesto explorado no Brasil (crisotila ) pode
corresponde ao hamartoma) sugerem benignidade .
causar doen ç as pulmonares e pleuirais.
B A exposição hã mais de 25 anos è incompat í vel
/ RESPOSTA: 3
com o aparecimento de doenç as pleurais asso-
ciadas ao amianto.
Quest ã o 9
B O espessamento pleural difuso pode seir uma
(HOSPITAL DAS FORÇ AS ARMADAS / DF - 201 ) A Tomografia
evolução do derrame pleural por asbesto.
*
Computadorizada de Alta Resoluçã o (TCAR ) é uma
ferramenta cr í tica para a avaliaçã o das doenç as pul-
DIFICULDADE;
monares. Ao verificar o remodelamento do pulm ã o
Resolu çã o; 0 asbesto è uma substância carcinogenica em favo de mel (faveolamento), reflete - se o est ágio
e que está associado ao mesotelioma , alé m da as- terminal de um numero de doen ç as que causam
bestose (doen ç a intersticial) e da paquipleuris (es- destruiçã o do par ênquima. Ao observar esse tipo
pessamento pleural fibr ótico, com ou sem derrame
de imagem , com faveolamento intenso, é possí vel
pleural associado ). sugerir diagnó stico dle:
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA /MA - 2018) Ao É CORRETO o que est á contido em:
avaliar um nódulo pulmonar solit á rio a tomografia
de tórax QUAL das caracter í sticas abaixo é consi- llp II, III e IV,
*
derada sugestiva de benignidade?
B i , II e III , apenas.
Tamanho de 1Gmm B l e IIP apenas.
Contornos espiculados B III e IV, apenas.
B Localiza ção em lobos superiores II iVp apenas.
101
linktr.ee/kiwifz
© Imagem do tórax
Radiologia I Capítulo 7
*#
DIFICULDADE:
Questão 10
Ultrassonografia de tó rax.
RM de tó rax .
Q Cintilografia de ventilação / perfusã o.
Angio -TC de t órax .
L DIFICULDADE: •
Resolução: A quest ã o sugere o a suspeição clí
nica de
um quadro de Tromboembolismo Pulmonar. Para
confirmaçã o diagnóstica, o exame que se mostrou
superior na detecçâo do quadro ê a Angiotomograf
ia
(superior à cintilografia ventilação / perfus )
ào . A ul-
trassonografia e a Ressonância Magnética nã
o estão
indicadas para diagnóstico do quadro.
RESPOSTA: (3
102
linktr.ee/kiwifz
linktr.ee/kiwifz
linktr.ee/kiwifz
- DOENÇ AS ECZEMATOSAS
Capítulo
1
*
1. INTRODUÇÃO
S ã o um grupo de doen ç as que surgem a partir da interaçã o de predisposi çã o gen ética com exposi çã o a
fatores ex ó genos ( Tabela 1),
Tabela 1.
Exposiçã o Predisposição ÍTS
m
Dermatite de contato por irritante primá rio *** #
* o
Eczemas ex ó genos q
na
Dermatite de contato alérgica ** EI
Dermatite seborreica
t
-
QJ
o
Eczemas end ógenos
Dermatite at õ pica * 4#
**
3*2
FASE CR ÓNICA
105
linktr.ee/kiwifz
(7) Doenç as eczematosas Dermatologia I Cap ítulo 1
2. DERMATITE ATÓPICA
-
com redu çã o de Stafilococcus epidermidis e au- A morfologia e localizaçã o das lesões modifica - se
mento de S. aureus (> 90 % dos pacientes ) . de acordo com a faixa etá ria:
O Lactente ( tr ês meses a dois anos): eczema agudo
A chance de desenvolver a doença é de 60% se um dos (eritema com vesí culas, exsudato e crostas) no
pais é afetado e 60% se os dois pais forem afetados. couro cabeludo, face ( poupando regiã o central),
regi ã o cervical e regiõ es extensoras (Imagem 5).
DICA
A comete p rrncip almen te crian ças a p artir de
to
tr ês meses (85% dos casos surgem em menores de Imagem 5. Eczema em bebe. to
5 anos ). De 70% o 80% tem remiss ão espont â neo
no adolescê ncia.
DICA
C/írf /comente é carocterizado pelo tríade;
-
to
m
--
O prurido é pior á noite, atrapalhando o sono e
prejudicando o rendimento escolar Observa - se
maior frequê ncia de infec çõ es bacterianas , molusco
contagioso mais extenso (Imagem A) e dificuldade
de tratamento da verruga vulgar e herpes simples,
que pode se disseminar na forma de erupção vari- to
ce li forme de Kaposi.
O Infantil (2 a 12 anos); eczema subagudo (crostas),
dobras dos cotovelos e joelhos. *to
to
106 «i
linktr.ee/kiwifz
Doen ç as eczema tosas RESIDÊNCIA MÉ DICA |r l
È
Q
107
linktr.ee/kiwifz
(T) Doenç as eczemato & as Dermatologia I Capitulo 1
*i
Forma leve /moderada: corticoide tópico (a potência
depende da gravidade e da localização;cuidado com 3.1. DERMATITE DE CONTATO POR i
crianç as e á reas mais sensí veis pelo risco de absor - IRRITANTE PRIM Á RIO
çã o) e imunomoduladoresíinibidores da calcineurina
é
- tacrolimus). Devem ser utilizados anti-histamínicos
sedativos devido ao prurido noturno.
í a mais comum. Os irritantes sã o agentes quí micos
ou físicos que levam diretamente à quebra da bar-
4
reira cut â nea -» ativa çã o do sistema imune inato e 4
Formas graves ou resistentes: fototerapia (UVA e
dano tecidual. O grau de dermatite é influenciado
UVB), imunossupressores sistémicos (ciclosporina,
por propriedades do irritante (tamanho da molé-
4
MTX, azatioprina e micofenolato mofetil). Existem
cula, concentra çã o, volume, estado de ioniza ção, ê
algumas medica çõ es novas em estudo para der - lipossolubilidade), modo de exposi çã o (dura ção,
matite atópica, incluindo biológicos (dupilumabe e periodicidade) e condições ambientais (temperatura, 0
nemolizumabe). umidade, oclusão). ê
DICA Virtualmente, qualquer paciente exposto pode se
O antibiótico sist é mico deve sempre ser
desenvolver já ao primeiro contato, pois não necessita
0
usado nas formas extensas, intensas e resisten -
sensibiliza ção pr évia. Geralmente acomete apenas a 0
tes oo TTO ( mesmo sem infec ção secundaria ) ->
regi ão em contato (primeiro as m ãos e depois face,
ce/o / ospormo por sete dros . pescoço, p é s). m
Formas:
DICA Corticoides sistémicos devem
ser evitados
a) Aguda: após contato acidental com substâ ncia
pelo risco de e/eitos adversos e de causar rebote.
caustica (á cidos e bases fortes), as lesões surgem
imediatamente.
b) Cumulativa: exposição repetida a um agente fraco.
Exemplo: a dermatite de fraldas (amoniacal) (Ima -
3. DERMATITE DE CONTATO gem 11), forma mais comum em crianças pelo
contato prolongado com fezes e urina, alé m de
Possui etiologia ex ógena, ou seja, é causada pelo sabonetes e antiss épticos. A dermatite das mãos
contato com agentes externos, os quais danificam
ocorre por atividades úmidas ou com exposição
a sab õ es e detergentes (Imagem 12).
diretamente os queratinócitos da pele (dermatite por
irritante primário) ou provocam rea çã o imunológica
mediada por linfó citos T (dermatite alé rgica). Imagem 11. Dermatite de fraldas.
Os fatores predisponentes sã o idade (mais comum
em adultos), outras dermatoses preexistentes ( infla -
mação da pele favorece a absor ção percut á nea ),
localiza çã o (mã os, pé s, face e pescoço - á reas de
maior exposi çã o ao agente), gen ética e profissã o .
DICA A dermatite de
contato corresponde a 30%
das doenças ocupacionais, sendo 80% da forma
irritativa primaria e 20 % da forma alérgica.
108
linktr.ee/kiwifz 1
Doenç as eczematosas
^^
RESIDÊNCIA HÉDIC
DICA
Necessito de exposiçã o prévio à substância,
pois hà reconhecimento antig ênico. Pode ocorrer
em iocaf à distancio de onde houve o contato.
Possui tr ês fases:
a) Induçã o (sensibilizaçã o): antígeno penetra a
camada cõ rnea - fagocitose pelas c é lulas de
*
Langerhans -» migraçã oat é os iinfonodos regionais
+ apresenta ção para os linf ócitos atrav é s do MHC
-» formação dos linf ócitos de memória e efetores.
109
linktr.ee/kiwifz
(7) Doenças ecsematosas
t-
*
m
110
linktr.ee/kiwifz
Jk Doenç as eczematosas
E2 RESIDÊNCIA MÉDICA
n u o
R
Imagem 17. Lesões de dermatite seborreica.
>
ÍD
Dl
2. Adulto: pico entre 40 e 60 anos. O
Q
E
QJ
Q
DICA O diagnóstico ê clinico e o principal diferen -
* cial é a psoriase, por ém apresenta escamas pra -
teados, com bordas bem definidas e nã o respeita
m os limites da tinha de implantaçã o dos cabelos .
m
m
»
111
linktr.ee/kiwifz
© Doen ç as eczemalosas
vrm-atologia | Capítulo 1
QUESTÕES COMENTADAS
linktr.ee/kiwifz
RESjOÍ NCi MÊOÇft
Doen ças ecaematosas 3 |3 1F\ £|
*
Quest ã o 2 MFICULM0E;
(HOSPITAL DE CLÍNICAS DE POKIO ALEGRE /RS - 2017 } Considere Resolu ção: O gabarito é a letra C, pois, embora afirme
as assertivas abaixo sobre infecçôes virais cutâ oeas. corretamente que a dermatite atõpica em lactentes
acomete principalmente face e pescoço , se torna er-
i L O eritema multiforme pode ser desencadeado rada ao citar regi õ es de dobras como virilha e axilas.
por infec çõ es causadas por herpes simples.
^ RESPOSTA: H
II . O eczema herpétito resulta de dissemina çã o do
herpes- virus em portadores de outras derma -
toses , como, por exemplo , dermatite atõ pica . Quest ã o 4
IIL A neuralgia p õ s - herp ê tica é mais frequente em (UNIVERSIDADE FEDERAI DO RIO DE JANEIRO - 2015) Lactente ,
pacientes idosos. 7 mesesj com histó ria pr é via de prurido principal-
mente ã noite . Examefisico: peie seca e sem brilho,
Quais são corretas?
p á pulas er item atos as, escoriadas e descamativas
principalmente em face, couro cabeludo e regi ão
Apenas I.
extensora dos membros que, segundo a mâ e, pioram m
O
EI Apenas II . cora consumo de peixe e uso de roupas de lã , mas o
ÍT5
113
linktr.ee/kiwifz
© Doenç as eczematosas Dermatologia | Cap ítulo 1 i
i
Prescrever sabonete antissé ptico; controlar pru-
rido e inflamaçã o; verificar din âmica familiar. I
B Prescrever corticoide t ó pico; controlar prurido; i
controlar infecçã o por fungos.
Hidratar com emolientes; controlar infecções;
é
controlar prurido; verificar din âmica familiar.
*«
[ DIFICULDADE:
-
de uma crianç a com DERMATITE ATÕPICA, o que está
bem representado pela letra fJ, j â que um dos prin-
cipais objetivos na dermatite atópica é recuperar a
barreira cutânea através de emolientes. Sabidamen-
te, esses pacientes apresentam incidê ncia maior de
infecções de pele, por quebra de barreira, além de
o quadro estar associado a prurido. É importante
também entender a dinâmica familiar, facilitando a
adesão ao tratamento .
RESPOSTA: Q
linktr.ee/kiwifz
Capí tulo
FARMACODERMIAS
2
Tabela 1.
1. INTRODUÇÃO
B Tipo Exemplo
Imediata (anafilática) LJrtic á ria, angioedema
As rea ções cut â neas adversas a drogas ( farma-
codermí as) representam uma consequ ê ncia nã o Pen figo ide bolhoso,
li Citotó xka plaquetopenia
terapêutica e não intencional do uso de uma droga. induzida por droga
Sâ o reaçõ es muito comuns, em torno de 0,1% a 1%
da ingesta medicamentosa e 2 % a 3% dos pacientes Doenç as autoimunes,
IEI Imu n oco m plexos
vasculites
hospitalizados. Logo, todo mundo vai se deparar m
cn
o
com algum caso de farmatodermia ao longo da sua Hipersensibilidade o
IV SSJ e NÉT
pr á tica m é dica . tardia
Ê
-
L
u
O
DICA
As farmacodermias podem mimetizar qual - DICA
iembrondo que os tipos le II soo mediados
quer quadro cl mico!
por anticorpos (tipo I - IgE / Tipo II - IgM e IgGl O
tipo Ml ê mediado por rmunocomp / exos e o tipo ( V
Qualquer f ã rmaco pode causar rea çõ es cut â neas, ê mediado por céitifos fí infócí tos Tl
por é m os mais envolvidos s â o penicilinas, anti -
convulsivantes arom á ticos (fen í toí na, carbama -
Fatores associados comi farmacodermias: idade avan -
zepina, fenobarbital), sulfonamidas ( sulfadiazina,
ç ada * maior número de medica çõ es em uso, sexo
-
sulfametoxazol, sulfassalazina), anti inflamatorios
feminino e imunossupressão .
n â o esteroidais (AINES), inibi dores da EGA, alopu -
rí nol etc.
Sã o classificadas em: 2 , EXANTEMA
a) Não alé rgica (90%): è dose dependente e pode
ocorrer em qualquer indiv í duo. Corresponde
È a forma mais comum de farmacodermia (75%),
aos efeitos colaterais, superdosagem, intera ção
principalmente após uso de antibióticos ( penicilina,
medicamentosa, teratogê nese etc, Ex : reaçã o de
larisch -Herxheimer (ap ôs uso de benzetacil para
suIfa, eritromicina) e anticonvulsivantes (fenobarbi -
tal, fenitoí na, earbamazepinaX
sífilis), urtic á ria n ão alérgica (liberação histamínica
direta por contraste iodado, morfina), necrose Surge em mé dia duas semanas ap ó s uso da droga e
cut ãnea por cumarinicG. caractoriza - se por rash eritematoso maculopapular
simétrico, geralmente prur í ginoso e morbiliforme,
b) Alé rgica (1Q%): é dose independente e ocorre em
pessoas suscetí veis. Segue a classificação de Gel
principalmente no tronco, que desaparece à digito -
e Coombs (Tabela 1).
.
pressã o (imagemi) O tratamento consiste em suspen -
são da droga, anti-histaminicos e corticoide se mais
grave. As lesões regridem cm uma a duas semanas.
115
linktr.ee/kiwifz
(7) Farmacodermias
r - Imagem 1. Exantema.
Dermatologia | Capitulo 2
0
ã
Cerca de S0% dos pacientes evolui com angioedema
(edema de mucosas - lábios, língua e p
álpebras) 0
(Imagem 3), podendo ser desfigurante
. 0 tratamento 0
consiste em retirara droga, anti-histaminico e cor-
ticoide nos casos mais graves. 0
Imagem 3 . Angioedema. 0
0
0
m
m
3. (JRTIC Á RIA /
ANGIOEDEMA
D
Essa lesã o elementar carocterística se de-
nomina urtica ou ponfo.
116
%
linktr.ee/kiwifz
r Farmacodermias RESIDÊNCBA MÉDICA
'
ij ‘
l H
É
4>
O
117
linktr.ee/kiwifz
(T) Farmacodermias Dermatologia | Capitulo 2 i
-
m
ê
ESI 0 desnudamento na 5SJ lesa menos de ro %
aí
da superf í cie e na NET mais de 30% ( Imagem 7 ). O acometimento orgânico é raro na SSJ e comum na m
NET (respiratório, Gl e fígado: tosse, dispneia, diar -
reia, hepatite, hemorragia digestiva). São comuns os
dist ú rbios hidroetetrolí ticos e eleva çã o das provas
Imagem 7, Superfí cie corporal afetada pelas doen ças.
inflamatórias.
0 tratamento consiste em suspender a medicação,
internação, hidratação e medidas de suporte (corre-
ção dos distú rbios hidroeletroliticos, dieta enteral,
lubrificantes oculares, curativos adequados). As
medicaçõ es sisté micas (corticoide, imunoglobulina
venosa , imunossupressores) possuem tendência a
bons resultados, porém ainda faltam grandes evi-
dências sobre o beneficio. As questões cobram a
imunoglobulina venosa como droga de escolha no
tratamento.
As tesões duram em mé dia um més e come ç am a
regredir sem sequelas na pele (nas mucosas pode
haver). As lesões oculares podem levar á cegueira.
I
A causa mais comum de morte é a septicemia secun-
dária. Por ém, n ão se deve utilizar antibiótico profi-
lático e nem sulfadiazí na de prata (como se usa nos
As les õ es mucosas são obrigat ó rias (duas ou mais
queimados, pois a sulfa é um dos principais rem édios
áreas: oral, ocular ou genital), com queimaç ao, edema,
associados a farmacodermias).
eritema e bolhas que rompem, formando eros ões com
pseudornembranas branco- ac í nzentadas e crostas
hemorr ágicas (Imagem S).
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MÉ DICA
Farmacodermtas H f* I*
^
!CA
O termo PEGA significa pustu í ose exante -
má tico generalizada aguda .
119
linktr.ee/kiwifz
(7) Fâ rmaccdermiã s Dermat &logia | Cap í tulo 2
Ocorre em mé dia uma semana após o uso da droga, Corresponde a 8% das farmacodermias, sendo causa-
por dep ósito de imunocomplexos. É caracterizada das por AINE 5, amiodarona , psoraleno etc . Ocorrem
por rash purp úrico (purpuras palpá veis) simé trico nas áreas fotoexpostas e podem ser divididas em 0
nos MMII (Imagem 11), Pode estar associada a mial- dois grupos:
gí a , artralgia , febre e linfadenopatia (constituindo 0
a doenç a do soro). a) Fototó xica (mais comum): o fármaco aumenta a
sensibilidade da pele ã radiação solar, causando 0
queimaduras em áreas fotoexpostas (Imagem 12),
Imagem n. Vasculhe, 0
mesmo com pequeno tempo de exposiçã o.
0
Imagem 12 . Fotodermatose fototóxica. m
m
120
linktr.ee/kiwifz
p
RESIDÉNCmMÊDlDA
Farmacoderm í as 4»
] fcj
Quest ão 1 DIFICULMOEí
-
(UNIVERSIDADE 00 ESTADO 00 PAR Á 7018) Menina dc OS @ Dica do autor: Questã o que envolve O diagnóstico
diferencial de uma síndrome febril exantem ática
anos de idade , h á 7 dias iniciou quadro de febre alta,
» associada á adenomegalia cervical (g ã nglio m ó vel, com v á rios fatores capazes de nos confundir , Estar
.3
doloroso, fibroelã stico, de 2 cm de diâ metro) . No atento principalmente aos crit é rios diagn ó sticos CT>
O
b da doen ça de Kawasaki, em que o paciente deve
quinto dia de febre, foi atendida em servi ço de ur - O
ÍÇ
gê ncia, recebeu diagn óstico de adenite bacteriana, apresentar febre por 5 dias ou mais * 4 ou 5 dos E
sendo prescrita amoxiciiina com davuianato. No dia principais sintomas . E quais s ã o esses sintomas? &
Q
seguinte, evoluiu com exantema macular dissemina- Ent ã o, seguindo uma sequ ê ncia craniocaudal , te *
do,lí ngua em framboesa e hiperemia de orofaringe, mos : regi ão frontal (febre alta), olhos (conjuntivite
e ri tema conjuntival bilateral. Nova mente atendida bilateral), boca ( les õ es em lá bios, lí ngua e cavida-
na urgência, a amoxiciiina foi trocada por claritro - de oral), pescoç o ( Linfadcnopatia cervical), tronco
mi ána devido ã hip ótese diagn ó stica de farmaco - (exantema polimorfo) e extremidades ( les õ es pal-
dermia, por é m sem melhora da febre. Sobre o caso, moplantares, edema endurecido e ò escama ção
assinale a alternativa correta . perlungueal).
Alternativa A: INCORRETA. Quando frente a um quadro
A evolu çã o desfavor ável da paciente fala a favor clínico sem melhora ao uso de antibi ó tico, muitas
de doenç a virai, devendo ser solicitadas sorolo- vezes precisamos pensar em mudan ça do antibi ó -
gias virais, suspenso o antibi ótico e prescritos t í cc ou outros diagn ósticos diferenciais. Quanto ã s
apenas sintomá ticos. doen ç as virais, atentar que elas t ê m apresentação
A paciente tem quadro clinico compatí vel com aguda eautolimitada , geralmente não tendo duração
escarlatina, devendo receber uma dose de peni - de 7 dias ou mais com sintomatologia exuberante,
cilina G benzatina e ser reavaliada em 72 horas como no caso clí nico.
( per í odo esperado para resposta terapêutica). Alternativa 6: INCORRETA . Em caso de escarlatina, a pe
nlcllfna benzat í na é uma op çã o de tratamento cor -
H Trata - se de mononucleose com reação exante-
reta, como apontado na alternativa. Por é m, apesar
m m á tica desencadeada pela amoxiciiina, deven -
de algumas caracterí sticas nos fazerem pensar em
do- se suspender o antibiótico, fazer tratamento
m escarlatina, como febre alta, faringite, lingua em
de suporte e sintomáticos.
framboesa e exantema, não houve melhora ap ós
A paciente preenche crit é rios para doen ç a de Ka - o uso da amoxiciiina, que tamb é m seria uma anti-
wasakí , devendo receber imunoglobulina humana biotiCQterapia correta .
endovenosa na dose de 2 g/ Kg e á cido acetilsa - Alternativa C: INCORRETA. A mononucleose també m é
m licilico inicialmente em dose anti- inílamat ó r í a. um diagn ó stico diferencial aqui. Estar sempre atento
I: Q Devem ser solicitados exames de triagem para a exantemas que surgem ap ó s uso da amoxiciiina,
doenças iníeceí osas e fazer diagnóstico diferen- pois é Lima descriçã o clássica dessa doen ç a . En -
m cial com Lú pus Eritematoso Sistémico Juvenil caso tretanto, a paciente nã o apresenta organomega -
nâ o se encontre a causa dos sintomas. iias e apresenta sintomas que n ã o sã o tipicamente
linktr.ee/kiwifz
(T) Farmacode- rmias Dermatologia | Capítulo 2 0
0
descritos na í nfec ção pelo ví rus Epstein- Barr, como hepatite, anemia megaloblá stica, rabdomi ólise e
a lí ngua em framboesa e a conjuntivite bilateral. vasculite. A droga deve ser suspensa , esperando- se
0
Caso se tratasse de mononucleose, a alternativa resolução completa do quadro . A conduta consiste 0
indica opções terapê uticas corretas (suporte e sin- ern suspender imediatamente a fenitoí na e solicitar
tom áticos), porve2es necessitando corticoterapia exames para monitoriza çã o da funçã o de ó rgã os 0
em casos ma í s graves. potencialmente afetados, como a medula óssea , o
f ígado e os rins. Assim, vamos pedir hemograma ,
0
Alternativa D: CORRETA. Como vimos, a paciente preen-
che os critérios clí nicos para doença de Kawasaki, hepatograma e bioquímica renal.
o que indica o tratamento com imunoglobulina e
ácido acetilsalicí lico. * RESPOSTA: D m
Alternativa E: INCORRETA. Como vimos, a paciente preen -
che os crité rios clínicos para doenç a de Kawasaki, Quest ão 3
nà o sendo necessária a investigação de doenças m
( FACULDADE DE CIÊNCIAS M ÉDICAS DA UNICAMP/ SP - 2017) Ho -
virais nem de LES juvenil.
mem, 21a , com diagnó stico de psoríase leve, apre- m
* RESPOSTA: Q sentou amigdalite purulenta. Foi medicado com uma
injeçã o de corticoide, amoxicilina e diclofenaco.
Duas semanas depois, apresentou piora do qua -
Quest ã o ?
dro cut â neo, com tes õ es eritematodescamativas
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - 2018) Homem branco, acometendo mais de 90% da superf í cie corpórea.
20 anos de idade, comparece ao pronto - atendimen- O diagn ó stico é:
to e refere pele vermelha e coceira no corpo todo
há 3 dias. Há 1 m ê s, apó s acidente automobilí stico, Sí ndrome de Stevens- Johnson, por rea ção à droga.
apresentou convulsão tô nico - ctô nica generalizada . B Eritrodermia esfoliativa , por exacerba çã o da
Foi avaliado pelo neurologista, que prescreveu fe - doen ça.
nitoína. Apresenta ao exame fí sico: exantema gene- B Síndrome da pele escaldada , por toxina bacté-
ralizado, febre 38°C, adinamia e não tem les õ es nas ria na.
mucosas. Qual é a conduta inicial?
Necr ólí se epidérmica tó xica, por reaçã o à droga .
Suspender a fenitoí na e solicitar hemograma ,
monitorar fun ções hep á tica e renal
B Suspender fenitoína, solicitar eletroencefolo-
DIFICULDADE: *
"
Resoluçã o: Questã o que nos coloca como alternati-
grama e Rx de tó rax, iniciar corticoterapia oral
vas vários diagn ó sticos diferenciais possí veis, mas
B Manter fenito í na, solicitar eletrocardiograma e que , por alguns detalhes do enunciado, consegui-
RX de tó rax e iniciar corticoterapia tópica mos eliminar as alternativas erradas e chegar ao
B Manter fenitoí na , solicitar eletrocardiograma , diagnostico. Trata - se de um paciente com psorí ase
hemograma e monitorar fun ção renal que apresentou piora ap ó s de tomar algumas me-
B Suspender fenitoína, solicitar eletroencefologra - dica ções para uma amigdalite purulenta . Primeira -
ma , eletrocardiograma e iniciar corticoterapia mente, em relação á s alternativas A e D, temos um
intravenosa diagnóstico diferencial importante em Farmacoder-
mias, a S índrome de Stevens- Johnson (SSJ) x Necr ó-
DIFICULDADE:
• lise epid é rmica t ó xica (NET), que poderí amos ficar
tentados a marcar NET, pois o paciente apresenta
Resolu ção: Os sinais e sintomas descritos sugerem acometimento de 90% da superf í cie corporal, e SSJ
uma sí ndrome de hipersensibilidade aos anticon- tipicamente acomete apenas até 10%. Entretanto,
vulsivantes, em que as principais manifesta çõ es um dado nos faz descartar ambas as alternativas;
clí nicas são: febre, rash cutâneo, linfadenopatia e o N Ã O ACOMETIMENTO DE MUCOSAS, mas apenas
faringite. Outros ó rgãos e tecidos tamb ém podem de pele (alternativas A e D erradas). A "S í ndrome
ser acometidos , causando quadros adicionais, como de pele escaldada" é uma complicaçã o causada por
122
linktr.ee/kiwifz
Farmacodermias
m RESIDtÊNCIA HÉJOiCA
"i \|J
tf RESPOSTA:
.9
o
ra
E
o-
L
123
linktr.ee/kiwifz
( >) Fixe seus conhecimentos!
Use esse espa ço para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento!
124
linktr.ee/kiwifz
Capí tulo
ESTT
1, PS O R Í A SE
^comum nos países afastados do Unha
do Equador\ O soí é fator protetor. Quanto menos
sol mors psor
íase (imagem 1)
Doenç a cr ó nica inflamat ória caracterizada por lesõ es
.
eritematoescamosas Acomete em torno de 2% da
popula çã o, igualmente entre os sexos, com pico de
incid ência entre 20 e 30 anos..
Oi
Imagem 1L Prevalê ncia global fie psor íase.
a
m
E
a
a
125
linktr.ee/kiwifz
© Psor íase e lí quen pLano Dermatologia I Capitulo 3
DICA
O sirtaf de Auspitz (orvalho sangrante ) con -
siste no surgimento de got í culas de sangue na
base da les ã o ap ó s a curetagem met ódica de
Brocq ( retirada das escamas - chamado de sína í
da vela ) ( Imagem 2 ),
DICA
O fenô meno de Koebner ê o surgimento de
uma tesào t í pica da doença em á rea de trauma
cut â neo (cicatriz, queimadura, depilação, incisões,
escoriaçõ es, tatuagens) em pacientes portadores
da doença ( Imagem 3 ). O fenô meno de Koebner
reverso é o desaparecimento da lesão de psor í ase
apó s trauma local (no local da biopsia ).
DICA
80 % dos pacientes com artrite apresentam
manifestações ungueais.
*ta*
ta
ta
ta
126 ta
linktr.ee/kiwifz
Psor í ase e Líquen plano RESID ÊNCIA MÉDICA pTí]
£ ristem diversas variantes clí nicas: mal- estar, fraqueza, Leucocitose, aumento do VHS)
(Imagem 7).
Vulgar ou ''em placas '": è a mais comum (90%). Locais
mais preva lentes: couro cabeludo ( n ão respeita as Imagem 7, Psor í ase pustulosa generalizada ,
margens de implantaçã o capilar e possui as margens
bem delimitadas - seborríase - diagnóstico diferen -
cial com dermatite seborreica) e ãireas extensor as,
como cotovelos e joelhos (Imagem 5) .
Imagem 5. Psoriase vulgar.
ra
CP
o
5
ra
E
u
Q
DICA GeraJmente ocorre após suspensão abrupta
de cor í rcoí dè.
* -
rrt >ih pp
Pustulosa generalizada (Von Zumbusch): hipera- Erhro dermita:o eritema difuso prevalece sobre a des-
guda, disseminada, comi sintomas sist é micos (febre, camaçã o. Grave, risco de distúrbios hí droeletrolí ticos
127
linktr.ee/kiwifz
(>} Psoriase e líquen plano Dermatologia | Capítulo 3
r
e choque. Interna ção 0 medidas de suporte . També m Patologia ( Imagem 11):
pode ser causada por suspensã o abrupta de corti-
co í de (Imagem 9). Imagem 11, Patologia da psoriase .
Acantose regular
Aflnamento suprapapilar
Vasos dilatados e tortuosos
.
i
-
, V. r • . .à-
f f
DICA
O cicio celular dos queratinóótos est á en -
curtado, levando ò hiperproliferação do epiderme
(espessamento e descamoçdoj com paraqueratose
( aumento da camada có rneo com persistê ncia dos
Palmoplantar: hiperqueratose intensa, bem demar-
n úcleos, pois não d á tempo de perd ê - los ).
cada e sim étrica . Diagnóstico diferencial com micose,
por é m é transgressiva (acomete a lateral dos p és)*
Observa - se neutr ó filos dentro da camada cõ rnea
Gutata : inicio abrupto de pequenas les õ es arredon-
(microabscesso de Mu nro), formando coleções (p ús-
dadas no tórax e extremidades proximais. Costuma
lula de Kogoj), aus ência de camada granulosa , acan -
resolver espontaneamente ap ô s dois a tr ês meses
tose regular (espessamento da camada espinhosa),
( Imagem 10).
papilomatose quadrangular ( projeção das papilas
dé rmicas sobre a epiderme) com afinamento supra -
Imagem 10. Psoriase guta ta.
papilar e vasos dilatados.
Existem í ndices de gravidade para seguimento clí-
nico e avalia ção da eficácia do tratamento: o PASI
é o mais utilizado (leva em considera ção eritema ,
descama ção e infiltra ção e multiplica pela superf í cie
corp ô rea = varia de 0 a 72 ), DLQI ( qualidade de vida)
e NAPSf para as unhas.
*
•
*
> >
linktr.ee/kiwifz
Psor í ase e Líquen plano RESIDÊNCIA MÉ DICA
12 ?
linktr.ee/kiwifz
© Psor íase e Eiqueni plano Dermatologia | Capítulo 3
r
.
Imagem 12 Lí quen plano. Imagem 14. Fenomeno de Kroebner,
T.i
1 implantação do cabelo, podendo acometer tamb é m
as sobrancelhas (Imagem 15).
T ,4 K f ,
*
Imagem 15. Alopecia frontal fibrosante.
í*
i
DICA O fenô meno de Koebner est á presente , as -
sim como na psoriase, e consiste no aparecimento
dos tes õ es típicas em local de trauma ou cicatriz.
( Imagem U )
130
linktr.ee/kiwifz
RE 5ID LNGIA M É DICA
IPsor íase e Líquen plano 1 I K ll *
k
jpa
>
\ W .
>
\ Imagem 19. L í quen plano de forma bolhosa .
r * «k
.r i
v
#
*
A
131
linktr.ee/kiwifz
(T) Psor í ase e lí quen plano
Dermatologia I Capí tulo 3
r
Actí nica: exd u s i vo na s ã rea s foto ex posta s ( in c I u S nd o
m
Imagem 21. Corpúsculos de Civatte,
face). O prurido é ausente . Incide mais em crianç as.
Pode ocorrer melhora espont â nea nos meses de
pqr
/
J c m
inverno. -Wv
m
i *
Anular: formato de anel, com bordas elevadas e —
1
i
m
por ção central hiperpigmentada ou cor da pele. Mais
frequente na axila , p ênis e escroto. * 0
1
v*
f
«
0 diagn ó stico é baseado na clínica e exame ana- f 1
00
tomopatoló gico. Caracteriza - se por ortoqueratose
*0 *
f
Jff
*
infiltrado linfocit ãrlo "em faixa” na derme superficial
f
S r
(que “borra" a junção dermoepidé rmica ) ( Imagem
20). Na epiderme inferior, existem queratin õ c í tos
necrosados chamados de corpú sculos de Civatte ou
corpos coloí des hialinos . ( Imagem 21)
V JV 4* » r/ \» . 1?
^ T-
4S&> ÍJ.
í
s
O tratamento varia conforme a extensã o das lesõ es.
J
-*
'
,
%
T1- r
_< *» >
f
— Nas formas localizadas , usa- se o corticoide tó pico.
-
I
.> <
r
Nas formas generalizadas, pode - se utilizar fotote-
* '< .* vt** "
\'f v# * -. ' H
.
/
'
' rapia ou corticoide sist é mico (dose m í nima 20 mg /
Xv dia ) como primeira opçã o . Imunossupressores sã o
I
usados como alternativa nos casos graves. As reci-
divas ocorrem em 20 % dos casos.
ií -v
-
- p
..
«
132
linktr.ee/kiwifz
Cap í tulo
ACNE
4
Istmo
Imagem 3, Comedos abertos ou ‘cravo preto'
Vaina
externa Músculo
erector
Vaina dei pelo
interna
Glândula
Médula apocrina
Bulbo
trução do infundí bulo do folí culo pilosseb áceo por of North America. 2015:99(6):!19S-1211
excesso de queratina e secreção sebá cea, ocasio -
nando a chamada rolha c órnea. Esse material se
«
acumula, formando pãpulas normocr ômicas na pele, I O Propionobacterium acnes (P. acnes) é uma
chamadas de comedos fechados ou, popularmente, bact éria gram positiva anaer óbia que habito a pele
‘cravo branco' (Imagem 2). Devido à pressã o interna, humana e tem papel fundamental na progressão
pode haver rotura do orif í cio folicular, levando à da acne„
133
linktr.ee/kiwifz
I
Dermatologia | Capitulo 4
134
linktr.ee/kiwifz
Acne RESID Ê NCIA MEDICA
ri íI pi - T.
135
linktr.ee/kiwifz
( >) Acne Dermatologia | Capitulo 4
Ex: O tratamento de primeira linha inclui as clclinas , com antibió ticos t ó picos. Nos casos mais graves ou
pois possuem atividade antibi ótica eanti-inflamat ó ria extensos, pode se utilizar antibióticos sist émicos.
(minociclina , doxicidina , tetraciclina , limecidina). São
contraindicados na gestação, lactação e infância , 3. Acne grau III e conglobata: o tratamento mais eficaz
pois inibem crescimento ó sseo e podem causar colo- é a isotretinoina, iniciado em geral apó s tentativa
ra ção amarelada dos dentes. Op çõ es: macrolí deos, de tratamento com antibi ó ticos sist émicos.
cefalosporina 13 gera ção (op çã o para gestante) etc . 4. Acnefulminans: corticoide oral inicial, seguido de
isotretinoina por tr ê s a cinco meses.
| 3.3. 2. ISOTRETINO ÍNA ( O FAMOSO ROACUTAN )
"
DICA
Ê o droga mais eficaz no tratamento da 4. ACNE DA MULHER ADULTA
acne. Ê a única droga capaz de curar !
Atua em todos os mecanismos patogênicos: hipotrofia Pode ser persistente desde a adolesc ê ncia ou de
da glâ ndula seb á cea * supressã o da secreção seb ácea inicio tardio (apó s 25 anos). Acomete principalmente o
+ normalização da queratiniza çã o + a ção anti - infla - terço inferior da face (Imagem 8 ), que piora no per í odo
pr é menstrual (80%). São normoandrogê nicas, ou
mat ória + inibi çã o do crescimento do P. acnes.
seja, o perfil hormonal androgê nico est á normal nos
Pode haver exacerbaçã o das lesões nos primeiros exames laboratoriais. Poré m , ocorre maior atividade
tr ês meses de uso (/lore - up). Por isso, muitas vezes da 5-alfa- redutase e hiperexpressão do receptor.
associa- se a corticoides orais no iní cio do tratamento.
No seguimento , devem ser solicitados exames labo - Imagem s, Acne da mulher adulta .
ratoriais de rotina: tr í glicerí deos, colesterol total e
frações, fun çã o hepá tica, CPK (atletas de alta per- * >
'
? *
formance) e beta - HCG (mulheres). V /:
Efeitos colaterais: queilite , ressecamento da mucosa *
nasal, xeroftalmia , xerose com desçam ação e prurido,
aumento de colesterol e triglicer í deos, granuloma
piogê nico. Prescrever hidratantes , colí rios e filtro >$ * * £• *
*
» f.
solar. Pode ocorrer pseudotumor cerebral se houver
uso concomitante com tetracict í nas.
Contraindicaçã o absoluta: gestação ( é teratogê nico).
É obrigatória a contracepçã o com dois mé todos, pelo
menos um m ês antes do iní cio do TTO e at é um m ês
* *
136
linktr.ee/kiwifz
Acnt ( jTvj) RESIDÊNCIA MEDICA
I
R
5. ERUPÇÕES ACNEIFORMES I 5.1. CLQRACNE
linktr.ee/kiwifz
(£} Acne Dermatologia I Capítulo 4
QUESTÕES C0MENTÀ DA 5
linktr.ee/kiwifz
Acne RiESlDÉ NCIÂ MEDICA
S n n P H
Questão 3
u im.ui. UAi.H :
139
linktr.ee/kiwifz
(V) Fixe seus conhecimento»!
HO
linktr.ee/kiwifz
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR Capítulo
AMERICANA HESI.JENGIA
5 P
-
MtL lCA
n P »
.
1 INTRODUÇÃO
DICA
Causada por protozo á rios do g ê nero
Leishmania (no Brasil, existem sete espécies, sen -
do a principal L broziiienshl
É uma doenç a cr ónica, infeccí osa e não contagiosa,
de notifica ção compuls ó ria no Brasil. É também cha - O Brasil é um dos paí ses com maior nú mero de
mada de úlcera de Bauru, ferida brava e nariz de anta.
casos no mundo, com doen ç a confirmada em todos
os estados (Imagem 1}..
Ti
Imagem 1. Prevalência global de leishmaniose tegumentar,
*
E_
L
a
O
. .
Fonte: Bolognia J, Jor í zzo JL, Schaffer JV Denmatology. 3, ed Philadelphia: Elscvier Saunders, 2015 .
141
linktr.ee/kiwifz
(7) Léishmâri iose tegu me rtl ar amerieama Dermatologia | Capí tulo 5
0
Pelo fato de homens de 20 a 40 anos terem mais Imagem 4 . Protozoário amast í gota .
contato com as á reas de mata, esse é o grupo popu -
lacional mais acometido pela doen ç a. Mo entanto, >
t
*m
devido Is mudan ç as ambientais, os vetores adqui-
riram h á bitos peridomiciliares e acredita - se que
atualmente haja influencia de animais domé sticos *
no ciclo da doenç a.
#
O protozoá rio se multiplica por divisã o biná ria (asse -
xuada) e apresenta - se de duas formas:
a } Promastigota: no tubo digestivo do hospedeiro
invertebrado (mosquito), Formato fusiforme com
ú nico flagelo na por çã o anterior (Imagem 3), Ap ó s
sete a 10 dias, o mosquito infectado est ã pronto
para transmitir a doença,
^
*
% "
tX irtNsiiocylí
í '
142
linktr.ee/kiwifz
Leishmaniose tegumentar americana RESIDÊNCIA MEDICA
i A n A R
E
Q>
Tabela 1. Leishmaniose cut â nea. u
Leishmaniose cutânea
Àné rgica difusa Localizada (95%) Mucosa
Linfócitos 4+
+ + ++
MONTENEGRO 4+ 4+4+
Fonte; Jú nior WB. Chiacchí o ND. Criado PR , Tratado de Dermatologia. 3. ed. Riq de
Janeiro: Atheneu, 2018 .
DICA
N ão hã acometimento visceral em nenhuma pá pula no local da picada do mosquito ( preferen-
das formas í/í cialmente em á reas descobertas), que evolui para
a lesão cl á ssica:
143
linktr.ee/kiwifz
(>) Leishmaniose tegumentar americana Dermatologia | Capítulo 5
.
4 DIAGNOSTICO
Provas diretas:
O Parasitológico direto e cultura: exsudato da borda
da úlcera -» visualiza çã o das formas parasitarias
( rever Imagens 3 e 4). A cultura demora cerca de
trê s semanas.
O Bi ópsia: visualização das formas amastigotas no
interior de macrófagos inativos (formas anérgi-
cas Th2 ) (Imagem 9) ou infiltrado de linfócitos e
Fonte: Bolognia IJor õro JL, Schaffer JV. Dermatology. granuloma (forma hiper é rgica Th1),
3- ed . Ph íladelphia: Elsevier Saund &rs, 2015.
144
linktr.ee/kiwifz
r Leishmaniose tegumentar americana RESID Ê NCIA MÉ DICA
n ca Ci
í
Imagem 9, Formas amastigotas ino
interior de macr ó fagos inativos. 5.1. ANTIMONIAL PENTAVALENTE
(GLUCANTIME )
Primeira escolha !
Dose: 10 a 20 mg / kg / dia IV ou IM dois ciclos de 20
dias com pausa de sete dias entre eles. Quando
* h ã tes ão mucosa e na forma an é rgica difusa , sã o
9 4 -' ' •
f
. --
r
i
necessários mais ciclos. Os efeitos colaterais s ão
reversí veis ap ó s tr ês a cinco dias 6a suspens ã o da
medica çã o O mais importante é a cardiotoxicidade
wm
e os mais comuns s ã o artralgia , mialgia , inapet ência
i e plenitude gá strica, cefaleia e tontura. Contraindo
cado em gestantes.
v2v
ífr v* , *
,
Segunda escolhal E
d
Efeitos colaterais: HIPOGLICEMIAe DIABETES MELUTUS
Provas indiretas: (com dose cumulativa > 3 g ), hipotensã o, n á useas e
O Reaçã o de Montenegro: avalia a hipersensibilidade
vó mitos, cefaleia , mialgia etc , Contraind í cada em
gestantes.
.
celular tardia (resposta Thl) Feita com concentrado
de promastigotas mortas e aplicada no antebraço
- leitura com 48 a 72 horas: positiva se > 5 mm.
Nã o significa doenç a ativa, permanecendo positiva
i 5.3. À NFOTERICIN Â B
.
1. J únior WB, Chiacdiio ND Criado PR . Tratado de Dermatologia ,
5. TRATAMENTO a. ed. Rio de Janeiro: Alheneu, 2018,
2 . Bolognia J, Jorizro JL , Schaffer JV, pçrmatology, 3, ed , Phila-
d elp h i a : EI sev i e r 5a un de rs, 2015.
Há raros relatos de cura espontânea O crit é rio de 3. Cesta ri 5. Dermatologia pediá trica. Editora dos editores, 2018.
cura é essencialmente clínico. 4. Phillip H. Dermatopatologia. Sauriders ELselvier, 2012.
145
linktr.ee/kiwifz
© Leish vnaniose l&gmmentar americana Dermatologia | Capitulo 5
QUESTÕES COMENTADAS
Quest ão 2
Quest ã o 3 DIFICULDADE:
(SELEÇÃ O UNIFICADA PARA RESIDÊ NCIA MÉ DICA DO ESTADO DO Resolução: Devemos atentar para as op ções terapêu-
-
CEAR Á 2018) Crian ç a de 4 anos é referida ao ambula - ticas para a leishmaniose visceral e perceber que
droga de escolha não necessariamente é a melhor
t ó rio de Pediatria por apresentar quadra de febre
intermitente e emagrecimento. Durante o exame op ção terapêutica dispon í vel, por envolver uma
fí sico, o m édico constata hepatoesplenomegalia, combinaçã o de aspectos, como custo - efetividade,
com predomí nio do baç o, O hemograma. do pacien - efeitos adversos, toxicidades, entre outros!! A d ro -
.
te exibiu pancitopenia Qual das op ç oes apresenta ga de escolha hoje, segundo a recomendaçã o do
o diagn ó stico mais plausível para esse paciente? Ministério da Sa úde, é o Antimomal pentavalente
(Glucantime). Apesar de diversas toxicidades e con -
Anemia falciforme. traindica çòes, é a primeira op çã o, valendo a pena
ser tentada, ainda que a anfotericina B lipossomal
0 Leishmaniose visceral, seja uma op ção ideal, poré m mais cara,
Q Mononucleose í nfecciosa, RESPOSTA: Q
0 Lú pus eritematosG sist é mico. O
Quest ã o 5
DIFICULDADE :
• (HOSPITAL UNIVERSIT Á RIO CASSIANO ANTÔ NIO DE MQRAES / ES -
E
m
O
20TS) Sobre a leishmaniose tegumentar americarta,
Resolução: A leishmaniose visceral cursa com inva-
assinale a alternativa correta.
s ão do Sistema Retí culo Endotelial, ocupa a Medula
Ó ssea e o Sistema Retí culo - endotelial com Metro - Um dos principais diagn ó sticos diferenciais é a
penia, Plaquetopení a, Anemia e Espienomegalia . esporotricose.
H á Ativação da imunidade humoral (Th 2) e ocorre
laboratorial em área end émica é
Q diagn ó stico
Hipergamaglobulinemia com inversã o do gradiente
confirmado pela intradermorreaçã o de Monte -
albumina / globulinas, negro.
RESPOSTA: 0 0 A taxa de resposta aos antimoniaiis pentavelen -
tes é baixa.
0 Q crit ério de cura é a ausê ncia de lesã o cut ã nea
Quest ã o 4 ap ó s 30 dias do t é rmino do tratamento.
0 Anfotericina B convencional,
. .
L M M,, 50 anos, sexo masculino, advogado, mora em
V á rzea Grande - MT, apresenta h á dois meses febre
0 Anfotericina B liposomal diária, astenia, emagrecimento, hiporexia e aumento
147
linktr.ee/kiwifz
® Leishmaniose tegumentar americana
13 Hipogamaglobulinemia .
-
0 Velocidade de hemossedimenta çã o elevada.
Gota espessa; Malá ria.
Aspirado de medula ó ssea ; Calazar.
f DIFICULDADE: #
H Raio x de t ó rax ; Tuberculose pulmonar
® Dica do autor Os exames complementares na LV
Ultrassonografia de abdome; Abscesso hepá tico.
evidenciam anemia , trombocitopenia , leucopenia
com predominâ ncia acentuada de células lí nfomo -
DIFICULDADE:
nocitár ías e inversão da relação albumina /globulina.
As altera çõ es bioquí micas podem estar presentes e
' Dica do autor Paciente com ESPLENOMEGALIA FE
*BRILj incluem elevação dos ní veis das aminotransferases
quadro arrastado, de 2 meses, procedente do
{duas a tr ês vezes os valores normais), das bí lirrubinas
estado do MT, com palidez cutânca (consequ ê ncia de
uma extremamente prov á vel anemia ). Qual a nossa
e aumento discreto dos n í veis de ureia e creatinina.
suspeita diagnóstica?? Calazar!! Alternativa A: INCORRETA. Na LV hã pancitopenia.
Alternativa A: INCORRETA. A malá ria se apresenta como Alternativa B; INCORRETA. Idcm.
um quadro febril mais agudo, com febre geralmente Alternativa C: INCORRETA. Idem.
nao diá ria , sendo incomum fora de á rea endé mica
( Amaz ô nia), ainda mais num paciente sem viagens Alternativa D: INCORRETA. Na LV observamos hiperga -
recentes!
maglobulinemia.
ratoriais complementares reforçam a possibilidade Leucemia mieloide cró nica em fase acelerada .
de leishmaniose visceral como diagnóstico. É alte- Lúpus eritematoso sistémico.
ra çã o comum na forma sintomá tica dessa doenç a:
Q Leishmaniose visceral.
Hemoconcentraçào. EI Mielofibrose prim á ria .
148
linktr.ee/kiwifz
Leishmaniose te gu menta r americana RESIDÊNCIA MÉDICA
h n n at a
149
linktr.ee/kiwifz
(T) Fixe seus conhecimentos!
Use esse espa ç o para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento!
150
linktr.ee/kiwifz
Cap ítulo
DERMATOVIROSES
6
I 2J.1. HSV-1 O
i 2.1. HERPE
Í S SIMPLEX 1 E 2
I 2.1.2. HSV- 2
152
linktr.ee/kiwifz
Dermatoviroses
m RESID ÊNCIA MEOJGA
1 D II fl »
*
4
Vi *'
V
v; r>t tf •# O
t ) Meningite ass éptica: ocorre em 1% a 2% das pri- rg
.
-
m * * E
moinfecções.
K
v -> , w
f • ' k
O
Fonte: Sologn í a I , jorizzo JLr Schatfer JV. Dermrttology.
d) Ceratoconjuntivite herp ética: primoinfec çã o nos 3 . ed . PhiladelpPiia: Elsevier Saunders, 2015.
.
olhos Opacidade e lesão de córnea, associada a
edema palpebral e vesí culas. Pode levar á cegueira.
O Sorologia: igM n ão diferencia í nfec çã o aguda de
reativação / igG seriado com aumento de 4x =
Pode haver rea ção de hipersensibilidade ap ós sete
infec çà o aguda.
a 10 dias do quadro, chamada de eritema polimorfo
(também causada por fãrmacos), caracterizada por O Biópsia: vesícula intraepidérmica, degeneração
lesõ es er item a tosas em alvo. Asíndrome deStevens balonizante, queratinócitos com cromatina peri -
Johnson é a forma mais grave, com forma çã o de fé rica, c élulas gigantes multinucleadas, inclusões
bolhas e acometimento de mucosas (ver capí tulo eosinof ílicas.
defarmacodermias). O Outros: imunofluoresc ê ncia direta ( pesquisa de
antígenos), PCR (pesquisa de DNA), cultura virai .
Nos imunossuprimidos, pode apresemar se como
herpes recalcitrante: forma verrucosa ou ulcerativa,
-
de mais difícil tratamento (Imagem 6). Tratamento: objetiva reduzir duração dos sintomas,
tempo de eliminaçã o vira! (transmissã o), recorr ência
e letalidade nos imunossuprimidos, O recomendado
Imagem 6, Herpes recalcitrante . é iniciar nas primeiras 48 horas do quadro.
O T ópicos: n ão há evid ê ncia cientifica. Nlo atingem
os sítios de replicaçã o virai além da lesã o visí vel.
O Sist émicos; aciclovir 200 mg de 4 (4h (5 x / dia nã o
faz a doso da madrugada) por 10 dias na primoin-
fec çã o e cinco dias na reinfec ção.
O Supressã o cr ónica se houver seis ou mais episó-
dios por ano: aciclovir VO 400 mg 2x / dia portem -
po variado (4 -12 meses). O efeito supressivo surge
Fonte: Bolognia J Jorizzo JL, Sç haffç r JV. Deritiatology. após cinco dias de uso da medica ção.
*
3. ed . PhiladpIpJi í a : Elsevior Saunders. 2015.
153
linktr.ee/kiwifz i
© Oermalwiroses
Dermatologia | Capitula 6
w
palpebral ou conjuntival. Um sinal indicativo é a
3. VARICELA- ZOSTER ( VZV )
presença de vesí culas na ponta do nariz.
O Sindrome de Ramsay Hunt: acometimento
do ra -
O VZV possui neurotropismo e pode ficar mo geniculado com lesões unilaterais no
latente em ouvido
qualquer gâ nglí o da medula espinhal ou pares crania externo e língua / palato duro + paralisia facial pe -
-
nos. Quando reativa, desce pelos nervos perif éricos rifé rica (dificuldade para fechar o olho unilateral,
para causar lesã o na pele, tendendo a respeitar assov í ar, encher a boca de ar, enrugar a fronte) +
o
dermatomo (nã o ultrapassa a linha média). sintomas vestibulococleares (vertigem, zumbido
e hipoacusia) (Imagem 9).
I 3.1. VARICELA
linktr.ee/kiwifz
D erma to vi roses RESIDÊNCIA MÉDICA
H h n
aguda. Tende a perder efic á cia ao longo de 10 anos Imagem 11. Verruga plantar .
( 50 % 21%) .
4. PAPIL0MAVIRU5 HUMANO
-
Fonte Bolognia Jr jori2.zo jLp Schaffer jV. Dormatology,
.
3 ed. Philadelphia; Elsevier Saunders, 2015. i 4.2. VERRUGAS NAS MUCOSAS
155
linktr.ee/kiwifz
(7) Dermatoviroses Dermatologia I Capítulo ò
O Condiloma acuminado (verruga genital): é a DST O Eritroplasia de Queyrat: CEC in situ causada pelos
mais comum (80% das pessoas sexualmente ativas), HPV oncogênicos (16 e 18). Placa eritematosa de
causada pelo HPV 6 e 11 (baixo risco oncogê nico). aspecto aveludado no p ê nis ou vulva. Diagn óstico
Clinicamente, caracteriza - se porlesões exof í ticas clí nico (Imagem 15),
verrucosas na região balanoprepuç ial, vulva, vagina,
colo uterino, ânus e r &gíão perianal (Imagem 13).
Imagem 15. Eritroplasia de Queyrat.
Fonte: Bclognia J, JorinoJl, Schaffer JV. DerniatoLogy. Preven çã o: vacinas bivatente (HPV 16 e 18) e tetra -
3. ed. Philadelphia: Elscvier Saunderí 20 ) 5
j . valente ( HPV 6, 11, 16 , 18).
156 tm
linktr.ee/kiwifz
Oerm ato viroses EÉSl &ÊNBlil MÉDICA r 1f .
fr A A A * -
5. MOLUSCO CONTAGIOSO
.
Fonte ; Bolognia J JorEzzo JL, Sthaffer } V. Dermatology.
3 . ed. Plhiladelptí ia: Elsevier Saunders, 2D15.
REFERENCIAS
Fonte: B o J, JDíí Zí OJL. SdUaí fe » JV. DermatoilQgy.
3. ed . Phiiadclphia: tlsevier Saunders. 2015 .
1. J únior WBr Chiacchio NDr Criado PR . Tratado de Dermatologia .
. .
3 ed Rio de janeiro: Atlieneu, 201B .
Diagnó stico: essencialmente clí nico;
2. Bolognia ] , jorizzo |L , Bchaffer JV. Dermatology. 3. ed. Phiila-
TTO: tende a desaparecer espontaneamente em at é detphia: Elsevi &r 5 -aunders, 201S.
157
linktr.ee/kiwifz
© Fixe seus conhecimentos!
*
m
iP
m
<p
-:
<
linktr.ee/kiwifz
Capítu Lo
ONCODERMATOLOGIA
7
.
Imagem 2 lentigo .
Tipo II Tipo III Hpo tV Tipo V Tipo VI
159
linktr.ee/kiwifz
(> ) Oncodermatologia Dermatologia I Cap í tulo 7
*
i
Imagem 3 . Elastose solar. Ocorre proliferaçã o de queratinócitos aberrantes
i
secundá rios à exposição solar prolongada, logo, em
áreas fotoexpostas. Sã o pequenas placas eritemato- «
sas e descamativas (à s vezes mais palpada - áspera
do que visualizada). No lá bio, é chamada de queilite â
act ínica, sendo mais comum no lá bio inferior, pois
recebe mais radiaçã o. Possui risco de transformaçã o
para CEC de 1%, mas 60% dos CEC são derivados de
queratose actínica.
«
i
Tratamento: t ó pico - á cidos, terapia fotodin àmica,
imiquimode, 5 - fluorouracil, criocirurgia (nitrogénio
liquido), curetagem, laser etc. -
m
m
Fonte: Bilaç C, Jahin MT, Õ ztiirkcan S. Chroniç actinic damage
of facial skin . clinics in Dermatology. 20l4;32(6):752 -762. I 2.2. DOENÇ A DE BOWEN
2. LESÕ ES PR É MALIGNAS
160
linktr.ee/kiwifz
Oneodermatologia
m RESID Ê NCIA MEDICH
1 H . i
-
33%, Caracteriza se por uma placa brilhante erite-
Tiatosa, de superfí cie ‘"aveludada '', de crescimento 3. CARCINOMA BASOCELULAR
lento (Imagem 7), ( CBC)
Fatores de risco: não circuncisão, higiene ruim, HPV
etc .
Tratamento igual à queratose act ínica. • I
È o câncer de pele mais comum (80% ), por ém
è o menos agressivo.
.
Imagem 7 Eritroplasí a de Queyrat .
Deriva das c é lulas pluripotentes da camada basal da
epidermeefoliculos pilosos (dal o nome "basocelu -
lar "), É maisprevalenteem homens aciima de 45 anos.
Fatores de risco: fototipos baixos, exposi çã o solar
na inf â ncia com queimaduras, radia ção ionizante,
imunossupressã o etc.
Clínica: ocorre mais comumente no ter ç o superior n
g*
-
da face (70%) p á lpebra inferior, nariz e atr á s da
O
orelha - e tronco (15%), ro
E
o?
DICA o
Fnntç; Bolqgnia J, Jorizzo JL, Schaffer jv, Oermatology . N ào há est á gio pr é - maligno paro CBC.
3. ed. PhiJadetphra: El 5evierSaundersr 201S,
Tipos:
.
N ódulo hiperquerat ó sico (ac úmulo de material que-
ratinizado) denso e c ó nico (Imagem 8). Geralmente O N ó dulo ulcerativo (60%): ma í s comum, Aspecto
deriva da queratose actí nica, mas tamb ém de CEC perolado, com teleangectasias arboriformes. Pode
e verruga virai, por isso deve - se realizar bi ó psia. ter uma variante pigmentada (nos fototipos mais
Geralmente a bi ó psia é diagn óstico e tratamento . altos) (Imagem 9).
.
Fonte; Dispon í vel em: http:/ / www . ell« tfermatolQgico com .br.
Fonte: Bolognia j , (orí zzo JL, Schaffer JV. Dermatology,
3, ed. Philadelphia: Elsevipr Saunders, 2015.
161
linktr.ee/kiwifz
(V) Oncodermatoiogia Dermatologia | Cap í tulo 7
.
O Superficial: segundo ma is comum Mácula ou pla - marginal e retração peritumoral (espaç o entre tumor
ca eritematosa n ã o infiltrada com microp ã pulas e estroma) (Imagem 12).
translúcidas nas bordas (Imagem 10).
.
Imagem 12 Carcinoma basocelular metatí pico.
Imagem io. Carcinoma basocelular superficial.
.
Imagem 11 Carcinoma basocelular esclerodermiforme. Imagem 13. Sí ndrome do nevo basocelular .
.
Diagnostico: bi ó psia Cé lulas basaloides unidas for -
mando cordõese lóbulos bem definidos, com paliç ada .
Fonte: Bolognia J, jorizzo JL Schaffer IV, Dermatology.
3. ed. Philadelphia : Flsevier Saunders, 2015,
142
linktr.ee/kiwifz
Oncodermatotogia RESIDÊNCIA M ÉDICA
n n
^
H
163
linktr.ee/kiwifz
( >) CncodermaloLç gid
Dermatologia | Capí tulo 7 s
m
Queratoacantoma: CEC bem diferenciado. Cresci -
mento inicial r á pido, em semanas, e pode regredir 4 *1. TRATAMENTO DO CARCINOMA M
espontaneamente. Aparência de domo ou crateri BASOCELULAR E ESPINOCELULAR
-
forme, com centro queratõsico (parece um vulc ã o)
(Imagem 17),
*
A escolha do tratamento depende do tamanho, loca- m
liza ção e avaliação do risco (de recidiva e met á stase)
Imagem 17. Queratoacantoma, do tumor. m
ALTO RISCO; m
O Na á rea L (tronco e membros) > 2 cm; m
O Na á rea M (couro cabeludo, fronte, bochecha, pes-
co ço e pré tibial) > 1 cm;
m
O Na área H (‘má scara da face' - Imagem 19, pé, m ã o m
e genital) = sempre.
m
Imagem 19. ‘Má scara da face' 0
-
m
nossupressã o e tumor recorrente .
Os tumores de alto risco necessitam de exames de
imagem para definir o melhor manejo. m
A cirurgia é o tratamento mais efetivo e com maior
.
Fonte: Bolognia J , Jor \ Z / Q JL , Schaffer jV Dermatolosy.
taxa de cura. A cirurgia de Mohs tem melhores resul-
3. ed. Philedelphira : Elsevier Saunders, 20 iS,
tados que a convencional, pois identifica les õ es
inaparentes e maximiza a preservaçã o de tecidos.
Avalia 100% das margens durante o procedimento
cir ú rgico e sõ retira o que for realmente necessário.
164
linktr.ee/kiwifz
Oncodermatologia RESIDCNCIA MEDICA
Por exemplo, imagine um paciente com CBC no dorso a) 5-fluorouracil (5 - FU): interfere na síntese de DNA
do nariz. Voc ê acha melhor tirar as margens padro - nas c élulas tumorais. Indicado quando les õ es
nizadas de 5 mm ou retirar apenas o que for neces - múltiplas em á reas extensas. Uso: uma a duas
sá rio, preservando o má ximo de tecido no nariz? vezes por dia durante oito a 12 semanas . Efeitos
No entanto, a cirurgia de Mohs é mais cara e pouco colaterais: erltema, descamar ão, prurido, erosã o
disponí vel. e crostas e sintomas sist é micos, como cefaleia,
influenza like e ná useas .
Evitar utilizar retalhos para reconstruçã o, pois a
detecção clínica da recidiva pode demorar. b) Imiquimode: í munomoduiador que estimula a
liberaçã o de interferon y e cé lulas apresenta -
Outras t é cnicas possíveis para CBC ou CEC de baixo doras de antígeno, promovendo destruição das
células tumorais. Uso: cinco vezes na semana por
risco:
seis semanas. Efeitos colaterais: irrita ção local e
O Curetagem e eletrocoagulação: t écnica de menor sintomas sisté micos, como cansaço e influenza
custo e mais r á pida. Pode causar hipopigmenta - like.
ção e cicatriz hipertr ófí ca .
a
O Crioeirurgia: destrui ção do tumor por congela - Inibidoresvia Hedgehog (vismodegibe e sonidegibe): O
ro
indicado para CBC localmente avançado ou metas- E
mento com nitrogénio liquido em temperatura de
t á tico, sem proposta cir úrgica. Efeitos colaterais: o?
-196* C. Pode causar resultados estéticos ruins. a
queda de cabelo, perda de peso, c âimbras, n á useas,
O Radioterapia (RT): indicada para maiores de 60 fadiga e altera ções gustat õ rias.
anos não candidatos a cirurgia, devido aos efeitos
colaterais a longo prazo: alopecia, pigmentaçã o,
atrofia, fibrose, teleangectasias, perda de dentes, 5. NEVOS MELANÓ CITOS
.
perda da fun çã o salivar etc Indicada tamb é m
como adjuvante ao tratamento cirúrgico em for-
mas avan ç adas e muito grandes, com metã stase. Neoplasia cutâ nea benigna mais comum ( pratica-
Lembrar que ostumores recorrentes após RT s ã o mente todas as pessoas possuem pelo menos um
mais agressivos. nevo) , Ocorre proliferaçã o de melanócitosanómalos
O Quimioterapia: suplemento à RT em CEC de alto risco
em ninhos localizada na jun çã o dermoepidérmica -
nevo junciona! - e na derme - intradérmico, podendo
ou linfonodo positivo em pacientes inoper á veis.
ser plano ou elevado.
O Terapia fotodinâmica: agentes sensibilizantes +
radiaçã o -> radicais livres. Na forma day - light , São marcadores de risco para o melanoma (20%):
utiliza - se a radia çã o solar, com menos efeitos grande número de nevos (mais de 50) e nevo con -
colaterais - dor ( principal), er í tema, edema e génito gigante (maior que 20 cm).
ulcera çã o. Utilizada em lesões de baixo risco e
Regra do ABCDE utilizada para les ões pigmentadas
pr é - malignas m últiplas.
(avaliar se é alto risco para melanoma): A assi - -
- -
metria, B bordas irregulares, C cores diversas,
Tó picos: indicados para CBC superficial e queratose D - diâ metro > 5 mm e E - evolução (em tamanho,
actinicas. formato, novos sintomas) (Imagem 20),
1 6
*
linktr.ee/kiwifz
(7) Oncodermalologia
Dermatologia J Capitulo 7
P
166
linktr.ee/kiwifz
I
Oncocíe rmatologi a o RESIDÊNCIA MÉDICA
! n n H
“ Ji
Imagem 22. Melanoma extensivo superficial í imagem 24. Melanoma lentiginoso acral.
i
I magem 24, Melanoma nodular . O Lentigo maligno melanoma (5%); má cula de cres -
cimento radial lento, idosos com dano actínico na
pele (Lentigo maligno = melanoma in situ) (Ima -
gem 25).
.
Imagem 25 Melanoma lentigo maligno .
•f
13 ’ L 17
1
-
Úm
. *I
167
linktr.ee/kiwifz
(?)
“*
Oncodermalologia
•1
lor preditivo mais importante para o prognóstico,
tratamento e seguimento.
A biópsia incisional (retira apena parte da Lesão) fica
reservada para lesões extensas, na face, palmopLan-
Existem duas formas de medir o n í vel de espessura
tares e subungueaí s.
vertical do tumor (Imagem 26). índice de Clark : avalia
O melanoma tem crescimento radial ( horizontal a camada acometida f: in situ, II: derme papilar
para os lados, com melhor prognóstico) e vertical superior, lll: derme papilar, IV: derme reticular e V
:
(invade as camadas mais profundas, hipoderme. í ndice de Breslow: avalia a espessura
maior chance
de metá stase, pior prognó stico). em mm = contagem do ponto mais profundo ao topo
da camada granulosa ou ã cé lula mais superficial
se houver ulceração: < 1 mm / 1,07 a 2 mm / 2.01 a
4 mm / > 4 mm.
Claris Leveis 1 2
o>
Õ4%
&2%
^
E 1>
a>
CL .
63% Q
ã: 3 >
61% -2
£ 4>
|
40% OQ
5>
Tabela 1.
T Tl: < 1 mm
A: < 0, 8 mm + sem ulcera çã o
( profundidade) T 2; 1, 01 a 2 mm B: < 0,8 mm + com ulcera çã o
= Breslow
T 3: 2,01 a 4 mm ou 0, 8 a 1 mm
T4; > 4 mm
168
linktr.ee/kiwifz
I Oncodermatologia RESID Ê NCIA MtDIU
« a n a b [i
169
linktr.ee/kiwifz
(7) Fixe seus conhecimentos!
linktr.ee/kiwifz
Cap í tulo
MICOSES CUTÂ NEAS
Os fungos são seres eucariotas, ou seja, possuem O Micolõ gico direto: coletado a partir de raspado da
n ú cleo e membrana nuclear , pertencentes ao reino pele , pelos ou unhas, O material é clarificado com
KOH e analisado imediatamente no microscópio . 3
Funghi , podendo ser uni ou multicelulares . Possuem o
ra
tamb é m a parede celular de quitirra . O Cultura : a grande maioria dos fungos cresce em £
Agar Sabouraud. Ap ôs identrficaçã o , transportar m
o
o material para culturas pobres ( Agar batata , Agar
Micêlio é um con/unto de fungos .
HUBi
fubã - apenas carboidratos) a fim de estimuiar a
esporuiaçã o e definir a esp écie .
Pode se desenvolver de duas formias (Imagem 1): O Anatomopatológico: em caso de grande d ú vida
diagn ó stica, pode ser realizada uma bi ópsia da
Figura 1. lesão. A colora ção de PAS ou prata ressalta os
fungos.
3. MICOSES SUPERFICIAIS
171
linktr.ee/kiwifz
(?) Micoses CUlàheas Dermatologia | Capítulo B
Figura 2 . Figura 3 .
*1
Predomina nas ã reas sebã ceas, pois utilizam á cidos Causada pelo fungo Piedraia hortai , que acomete
graxos para nutrição: face, pesco ço, membros supe-
os pelos, levando à formaçã o de nó dulos pretos
riores ( poupa mucosas e regiões palmoplantares).
endurecidos aderentes à s hastes dos cabelos no
Geralmente surge ap ós a puberdade pelo maior
couro cabeludo e barba ( Imagem 4), É encontrada
desenvolvimento das glâ ndulas seb ãceas. tipicamente na Amazô nia .
Diagnóstico: essencialmente clínico. Pode ser feito o
teste com a lâ mpada de Wood , que brilha em FLUO- Figura 4.
RESCÊNCIA DOURADA . A confirma çã o é feita com o
micológí co direto.
Tratamento: antifungicos imidazólicos tópicos (tioco -
nazol, isoconazoi, cetoconazol) por quatro semanas.
Nos casos mais extensos e resistentes, usar terapia
sist é mica com cetoconazol ou fluconazol por duas
a tr ê s semanas. Solicitar fun ção hepá tica antes
de iniciar imidaz ó licos sist é micos, pois possuem
metabolismo hepá tico . Lembrar da interaçã o com
anticoncepcionais orais, diminuindo a sua eficácia .
172
linktr.ee/kiwifz
r Micoses cut â neas RESIOfNCIA MÉDICA
\ n n a a
^ Cap , 8
Causada pelo fungo Trichosporum beigeti, que aco - Acomete couro cabeludo -> alopecia focal edesca-
mete os pelos, levando à forma ção de n mativa (pela quebra na base), geralmente revers í vel.
ó dulos
brancos / castanhos claros, de consist ê ncia cremosa É mais comum em crian ças , pois , ap ó s a puberdade
,
(Imagem 5). Acomete couro cabeludo, barba as gl â ndulas seb à ceas secretam ácidos graxos
, pelos ini -
genitais e axilas . bit ó rios. Existem duas variantes:
O Tonsurante; MICROSPORUM -» área de alopecia
Figura 5. ú nica e grande e TRICHOPHYTON v á rias á reas
de alopecia pequenas. (Imagem 6).
Figura 6.
Mitrosporica
5
o
>
o
E
Q
DICA
Causada pelos fungos; microsporum, tri-
chophytoo e epidermophyton.
linktr.ee/kiwifz
(0 Micoses cut áneas Dermatologia I Capitulo 8
*1
Figura 7. Clínica: eritema circinado elevado e descamativo,
pruriginoso, pode ter vesículas (Imagem 9) e acomete
a pele glabra (sem cabelo - tronco e extremidades).
•*
Figura 9.
•1
Figura 8.
i 3.7. TINEACRURIS
174
linktr.ee/kiwifz
Candidiase eenital
I A K Ii
^^
RESlDÉNCriMÊDIC
Figura iz.
(D
zn
Tratamento: antif úngicos tópicos ou sisté micos por o
quatro semanas. O
m
Ê
175
linktr.ee/kiwifz
0 Micoses cut ãneas Dermatologia | Capítulo 8 4
4
Figura 13, b) Genital: leucorreia , placas eritematosas e pruri-
ginosas na vagina e vulva ,
c ) Intertrigtnosa: dobras axilares, inguinais, inframa-
má rias, intergi ú teas, presenç a de colaretec ò rneo
e lesõ es sat élite ( rever Imagem 10).
I 3.12. CANDID ÍA 5 E
U . MICOSES SUBCUTÂNEAS m
Causada pela Candida albicans (80%), que causa m
i nfecção oportunista quando há quebra de barreira
m
da pele ou queda da imunidade (HIV, extremos de
idade , uso de antibi ótico e corticoide, sudorese
excessiva etc .).
I 4.1. ESPOROTRICOSE
-
Causada pelo fungo 5 porotrix schenchii, é a micose
Clinica: existem algumas variedades de apresentação, subcut â nea mais comum do mundo. Antigamente
m
a) Oral: forma mais comum. Placas esbranqui çadas era uma doen ç a mais prevalente no meio rural, mas m
facilmente removí veis (Imagem 14). desde 1980, devido ao maior acometimento de gatos,
a doenç a è mais comum na zona urbana . É mais
prevalente em adultos do sexo feminino.
Figura IA .
O cont ágio ocorre atrav é s da inocula çã o traumá tica
( formas a ,b,c), mas també m por aspira ção e ingest ã o m
(forma d):
a ) Cut âneo linfá tica (80%); ocorre n ó dulo no local de
inoculação e segue o trajeto linfático formando
n ó dulos indolores H» “ linfangiteem rosário ". Pode m
haver ulcera ção central desses n ó dulos (a lesão
-
elementar é a goma). Ocorre mais comumente nos
membros ( Imagem 15).
b) Cut â neo localizada: p ãpula ou nódulo localizada
somente no ponto de inocula çã o, geralmente na
a
face e membros, sem linfangite , com crescimento a
centr í fugo ,
E
<u
o
Figura 16
,
* V :\
V '
' >
*
:
'.
•
*
'B
hf /
.
K
Figura 18.
refringentes e dispostas em cadeia, ligadas
em meio de cultura.
.
Tratamento:cirúrgico Nenhum antifúngico apresenta
boa resposta.
entre
si por t úbulos) e bi ó psia (granulomas). N ã o cresce
-
â
á
** f 4.4 . MICETOMA ê
i '*V**
"
i
T
*m
-
A
*i
4a
178
linktr.ee/kiwifz
RtSlíÉNClAMEQICA Ca Pi 3
Micoses cut á ne- as
9 . Tang, Jiaoqing, B5; Ran, Xinr B5; Ran, Vupí mg, MD, Ultraviolet -
24 . Fahal„ Ahmed Hass an. Mycetoma. Tropical Infectious Diseases:
Principies, Pathogens and Practice » 2011, Pagine 565-563.
dermoscopy for the diagnosfs of tinea capitis. lournalof the
American Academy of Derrnatology. 2017. Volume 76 * Issue 2, .
25 Callen ]P, et ai.:Dermalological signs of systemic disease, ed
Supplement 1, Pagine S28 S 30. 5, PhiladÉ lphia, 2017, Elsevier
179
linktr.ee/kiwifz
© Fixe seus conhecimentos!
«i
Q
6
km
linktr.ee/kiwifz
Cap ítulo
PARASITOSES DE PELE 9
181
linktr.ee/kiwifz
(?) Parasitoses de pele Dermatologia I Capí tulo 9
r Imagem 3 , Locais de acometimento da escabiose. 0 t únel possui formato linear e sinuoso, que mede
cerca de 1 cm e possui pá pula ou vesícula em uma
das extremidades, chamada de emin ência acarina
(onde se encontra o Sarcoptes).
.
Imagem 5 Escabiose crostada.
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊ NCIA MÉDICA
Parasctoses de pele s m n n n
1B 3
linktr.ee/kiwifz
(>) Pâ ra & iioses de pele
Dermatologia | Capitulo 9
O Pthirus púbis (“chato") infesta principalmeote os Ali, a f êmea vai enchendo -se de ovos (m édia de
pelos da região gení toanal e a infestaçã o é chamada 100) e hipertrofiando -se (fica do tamanho de uma
de ftiriase.
-
ervilha) forma chamada de neosoma (Imagem 10).
A parte posterior é a abertura genital, que libera os
Clínica: prurido + visualizaçã o de lêndeas e piolhos
adultos, principalmente na regiã o occipital e retroau - ovos para o meio ambiente. Ap ôs liberar os ovos, a m
ricular. Pode causar anemia ferropriva nas crian ças f êmea morre.
pequenas com infesta ção grave. m
Imagem 10. Neosoma ,
Tratamento: remover as lê ndeas com pente fino
(banhar em vinagre 50% e á gua morna).
3. TUNGUÍASE
Clinica: papula amarelada prurigmosa e dolorosa
També m chamada de BICHO DE PÉ. com um ponto escuro central (representa a porçã o
posterior do parasita) (Imagem 11). Cada lesão possui
DICA E causada pela Tungo penetrans, a menor uma f êmea fecundada. Ocorre principalmente nos
pulga (1 mm ) - ( imagem 9 ). -
pé s planta, interdigital ou perí ungueaL
Vive em solos arenosos e ê hemat ófaga, por é m Tratamento: enucleaçã o com agulha est éril + extração
apenas a fêmea fecundada penetra a cabeça na manual. Se forem múltiplas pá pulas, trabendazol 25
pele (o macho se alimenta e volta para o ambiente). mg / kg oral por 10 dias.
linktr.ee/kiwifz
Parasifoses de pela RESID Ê NCIA MÉDICA -I
i
sH n A n
5. MMASE
Causado pelo percevejo Cimex ( imagem V ).
M
»
A mosca adulta vive 10 dias, mas, antes de morrer,
a f émea fecundada passa os seus ovos (10 - 50) para
o abdome de outros insetos voadores veiculadores
(mosca dom éstica ou mosquitos), que v ã o lev á- los m
para a pele de humanos. Os ovos logo eclodem e as cn
o
larvas penetram a pele, atingindo até 2 cm em 60 dias. O
fK
Ap ós isso, abandonam a pele e caem no chão, escon - E
dendo - se no solo para completara metamorfose . o
Clinica:
Fonte; Bcdbugs, tasy - to - Read. Pdtient Education. 2019. a) forma prim ãria / furunculoide (berne); as larvas
.
conseguem penetrar a pele s ã Caracteriza- se por
É hernat ó fago e tem hábitos noturnos, habitando na pá pula pruriginosa e dolorosa, que evolui para
fenda de m óveis e colchõ es. n ó dulo furunculoide com orif ício central por onde
sai material serosanguí nolento e ocasionalmente
Clínica: p ã pulas eritematosas urticadas seguindo aparece a larva (Imagem 14), Após um mês, o berne
-
trajeto linear ("café -almo ç o- jantar ^ } {Imagem 13), é expelido espontaneamente e deixa uma cicatriz.
Pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas
.
IImagem 13 Pãpulas provocadas por infec çã o por Cimex . pri ncipalmenfe couro cabeludo, face e membros.
185
linktr.ee/kiwifz
\>) Parasiloses de pele
rm - .
fonte: Chdpman M , Shane Infestations and Bites. 5kin
Disease: Oiagnosis and Traatment. 201&: 329 - 360.
Diagnóstico: clínico.
Tratamento: tiabendazol 5% pomada 3x / dia por 15
.
dias. Se houver infestação intensa ou pele espessa:
tratamento sistémico. Albendazol 400 mg (< 60 kg:
dose única 15 mg/ kg / dia por tr ê s dias), ivermectina
12 mg adultos ou 150 pg / kg crianç as dose única,
t
Fonte: Guimar ã es LC et al. Larva migrans within scalp
sebaceous gtand . Rev. Sot. Bras. Med. Trop 1999;32( 2):1& ?- 1B9- tiabendazol 50 mg/ kg por cinco dias.
linktr.ee/kiwifz
linktr.ee/kiwifz
© Fixe seus conhecimentos!
.
4
FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOGRAMAS
4
Use esse espa ç o para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento!
1BB *
linktr.ee/kiwifz
PSIQUIATRIA k
k
k
k
k
k
k
k
k
k
10?
linktr.ee/kiwifz
linktr.ee/kiwifz
Cap ítulo
DELIRIUM
RESID ÊNCIA
MEDICA
1
5 a n A w
A agitaçã o pode ter diversas origens e apesar da Condições Defici ê ncias vitam í nicas ( p. ex,: B12 r
liga çã o natural que as pessoas fazem com a doen ç a m é dicas folatcç tiamina)
gerais
psiquiá trica, existem mais causas de agita çã o de Deli riuin
origem orgâ nica do que psiquiátrica, O diagnóstico
Exposição a toxinas no ambiente
psiquiátrico deve sempre ser de exclusão.
Hip ò xia
Seguem algumas das causas principais de agita çã o:
Ní veis t ó xicos de medica çõ es (p.ex,,
antiepilépticos, psiquiá tricos)
Intoxica çá o / abstinència ( p.ex „ á lcool,
coca í na, ecstasy, quetamina , metanfe -
taminas)
191
linktr.ee/kiwifz
0 Delirium
-
Estados ictais, í ntericitais, p õ s ictal
Encefalite, meningite ou outra infec çá o
deSNC
Psiquiatria I Capítulo 1
192
linktr.ee/kiwifz
á
RESr CIA MÉDICA Cap. !
Delirium n
5 B ti II
ih 20
.23
Haloperidol* vó 5 30 a 60 min cr
i/l
30 a 60 min 4h 300 o.
CLorpromazina vo 25
OLanzapina VO 5 a 10 6 horas 2h 20
Rrsperidona VO 2 1 hora ih 8
2 20 a 30 min 2h 6
Lorazepam VO
5 30 a 60 min ih 60
Diazepam VO
Associações VO:
Risperidona + Benzodiazepí nico
Haloperidol * Benzodiaepinico
Haloperidol* IM 5 30 a 60 min 30 min 20
10 mg 2 / 2 h
10 a 20 15 min 40
Ziprasidona IM 20 mg 4 / 4 h
50 1 hora 3h 200
Olorpromazina IM
2 20 a 30 min 2h 12
Lorazepam IM
Associações:
Haloperidol + Prornetazina
Haloperidol * Midazolam
193
linktr.ee/kiwifz
(T) Delirium Psiquiatria | Capitulo 1
Benrodiazepiinico IV (midazolam ou dia2epam) tem alto grau de indução de rebaixamento de ní vel de consciência, Paciente deve
ser moiiitarado.
Fonte; Adaptado de Western Journal of Emergency Medicine. 2G12;13(1): 3 10,
Na abordagem farmacológica, deve- se atentar para idea ção suicida recentemente para profissionais
causas especí ficas que indiquem ou contraindiquem de saú de e familiares peta comunica çã o verbal ou
medica çõ es mais especificas . Exemplos: na intoxica - nã o verbal.
ção alcoólica, evitar benzodiazepinico, já na síndrome
de abstinência alcoólica e / ou delirium tremens , Diante de uma tentativa de suic í dio, além do cuidado
deve ser usado benzodiazepinico. No delirium de clí nico a depender da maneira como esse suic í dio
causa orgâ nica , evitar benzodiazepinicos e preferir foi tentado, è necessá ria a abordagem psiquiátrica
a ntí psicóticos. do quadro para tentarentender motivações, anseios
e pensar em estrat é gias de preven ção de novas
deve- se ressaltar que, assim que possí vel,
Por fim , tentativas , A maioria dos pacientes que pensa em
deve - se iniciar a abordagem diagnóstica de cada se matar é ambivalente. Pensam em se matar como
etiologia responsável pelo quadro de agitação, com uma maneira de acabar com o sofrimento Ou parar
anamnese melhor, exame físico completo, solicitaçã o de dar trabalho aos outros.
de exames necessários . Assim, o tratamento ser á
De maneira geral, deve- se começara avalia çã o enten-
direcionado ã causa base. O internista deve ser capaz
de afastar as causas orgâ nicas de agita çã o a lim de
dendo o " ní vel " de ideaçã o suicida do paciente, pois
atuar na sua etiologia . Ap ós exclu í das , inicia - se a
isso acontece em um espectro que vai desde um
pensamento de morte at é o ato suicida. Importante
investiga çã o de um quadro psiquiátrico.
salientar que isso deve ser perguntado at í vamente
para o paciente.
DICA
Buscar o cousa base do agitaçã o ap ó s a
tranquilização do paciente, Pensamento dc morte: vontade de ir embora , sumir ou
mesmo morrer, mas n ã o autoprovocado , Costuma se
expressar em frases como "queria que Deus me levasse"
" queria sumir e ã o voltar
n ".
Idea çã o suicidar é o paciente que j á pensa em tirar a
2. SUICÍDIO pr ó pria vida.
194
linktr.ee/kiwifz
DeUrium RESID Ê NCIA MÉDICA Capr 1
= rincipaís fatores de risco para o suic í dio são tentati- Cada uma dessas abordagens ser á ut ilizada a depen-
vas pr évias de suicí dio e presen ç a de doen ç a mental. der da gravidade da idea çã o associado â avaliaçã o
Os quadros de humor (transtorno bipolare transtorno dos demais fatores .
depressivo maior) sã o os principais quadros, mas o
uso de drogas, os quadros psic ó ticos e o transtorno Na abordagem do suic í dio, o tratamento medica -
de personalidade tamb é m têm, alto risco de suic í dio. mentoso inicial deve ser voltado para o tratamento
Além disso, o risco é maior em jovens (15 aos 30 anos) .
da causa base Se o paciente est ã deprimido, usar
e idosos (acima dos 65 anos). Mulheres tentam mais antidepressivo, se tem transtorno bí polar (depres -
suic í dio, m^ as homens se matam mais. Pessoas com são ou mania), usar estabilizador de humor, se tem
doenç as m é dicas cr ó nicas ou deformamos ou dores esquizofrenia, tratar a psicose, 0 lítio parece ter
t ê m maior risco* Pessoas não casadas ( solteiro, a çã o antissuicí dio nos quadros de humor A cloza -
divorciados e viú vos), sem emprego, moram s ó e pina parece ter a çao antissuicídio nos quadros de
n ão tem religiã o tem maior risco tamb é m. Hist ó ria esquizofrenia.
de abuso infantil e histó rico Familiar de suicí dio Diretriz possí vel:
tamb é m constituem fatores de risco.
E, por ú ltimo, é importante avaliar quest õ es de Classificação Conduta
suporte social, que incluem famí lia, amigos, cole- Manejado por qualquer membro da
gas de trabalho, suporte religioso, profissionais
,
Juntando esses fatores, classifica- se o paciente em Mé dio risco orienta çã o familiar, e medidas de m
baixo, mé dio e alto risco. A partir disso, o profissio - (Plano suicida) prevençã o aos meios, deve ter uma m
3
nal vai pensar na abordagem, que vai desde uma consulta especializada o mais breve CF
195
linktr.ee/kiwifz
(7) Delirium Psiquiatria [ Capítulo 1
sufocamento , dor ou desconforto torácico, náuseas, A abordagem dessas crises costuma ser simples. O
desconfortos abdominais, tontura ou instabilidade , manejo verbal com suporte e colocaçã o em ambiente
calafrios, ondas de calor, parestesias, desrealizaçã o, mais seguro j ã costuma aliviar os sintomas. Técnicas
despersonalização, medo de perder o controle ou respirató rias OLJ de aten ção plena ( mindfultness )
enlouquecer e medo de morrer
tamb é m costuma aliviar. 5e necessá rio, medica çõ es
As crises de ansiedade podem ter fatores desenca - podem ser utilizadas . As medica çõ es via oral sao
deantes (situa çõ es de vida , brigas, fatores ambientais, sempre mais indicadas. Os antipsic õticos (quetiapina
not ícias traumá ticas, traumas, at é mesmo pensamen- e risperidona ) e os benzodiazeprnicos de meia vida
tos ruins) ou acontecer de maneira espont ânea. Pode mais curta (alprazolam , lorazepam) ou mesmo dia-
se expressar em maneiras mais psí quicas (tensã o, zepam e clonazepam costumam ser mais indicados.
pensamento acelerado, angú stia, nervosismo) ou Muitas vezes medicações mais sintom áticas como
mais f í sico ( tensão muscular, sintomas auton ô micos,
anti- hipertensivos betabloqueadores, medica çõ es
tremor, falta dear). Pode se expressar como ataques
para tontura , relaxantes musculares e analgé sicos
de p ânico ou com sintomas mais dissociaiivos ( fuga ,
tamb é m podem ser usados.
amné sia etc .), conversivos (sintomas neuroló gicos)
ou somatizadores (sintomas fisí cos gerais).
Uma quest à o important í ssima nessas crises é excluir DICA
Crise de ansiedade: suporte ao paciente,
causas orgâ nicas dos sintomas. Os problemas orgâ- acalma -to, medicação para tranquilização se ne -
nicos podem sera causa em si ou vir associados aos cess á rio (antipsicõ ticos em dose barxa ou benzo -
sintomas ansiosos agudos. diazep í nicos )
*
196 u
linktr.ee/kiwifz
Delirium RESIDÊNCIA MLDIÍ A Cap. 1
I n n o n
QUESTÕES COMENTADAS
principais crit é rios para diagn ó stico de delirium. rou após ter recebido 2 mg de haloperidol EV Dois „
a
dias ap ó s esse episó dio, o paciente seguia em uso cr
13 Q uso dos novos antipsic òticos atí picos, como a Xi
de haioper í dol 1 mg VO 2 ao dia e encontrava- se CL
quetiapina , é indicado como profilaxia prim á ria *
desorientado quanto à data , por é m orientado no
nos pacientes de alto risco .
espa ç o, sem sinais de d éficit de atem ç ao ou desor-
0 O delirium tremens de etiologia alco ólica se be-
, ,
ganiza ç ao de pensamento. A despeito disso, o pa-
neficia de estrat é gias como naltrexona, topira- ciente apresenta- se bastante inquieto a ponto de
mato e d í ssulfiram. n ão conseguir ficar deitado no leito e desejar ficar
Q O propanolol previne o delirium em intoxica çõ es em p é ou andando continuamente , A conduta mais
adren è rgicas, como as provocadas pelo uso de apropriada , nesse momento , é
coca í na e ecstasy (mietilenodioximetanfetam í na ).
0 substituir o haloperidol por quetiap í na 25 mg
vo, à noite.
DIFICULDADE: # manter o haloperidol na sua dose atual e adicio -
nar lorazepant 1 mg VO à noite.
Alternativa A: CORRETA. Doen ç as infecc í osas, distúr-
bios metab ó licos e hidroeletrolítitos sào potenciais BI titular novamente a dose do haloperidol por via
ca usadores de delirium, e os exames citados fazem EV com doses de ataque de 0P 5 mg e depois rea -
parte do rastreio etioló gí to inicial. lizara convers ã o para dose de manutenção oral.
suspender o uso do haloperidol.
Alternativa B; INCORRETA. Os crit é rios essenciais do
CAM- ICU sà o: apresentaçã o aguda e flutuante de
disfunção cognitiva associado a prejuí zo na aten çã o . DIFICULDADE: j
AlternativaC: INCORRETA. Nã o existem estudos robustos Resolução: O paciente fez uso de haloperidol ,. antipi-
quesuportem o uso de amtipsicó ticoscomo profilaxia soc õtico tí pico, devido a um delirium hiperativo, com
prim á ria para delirium. Essas drogas sao utilizadas o objetivo de controlar a agita ção psicomotora . Uma
apenas para o controle de agitação. vez que o quadro agudo foi resolvido , o haloperidol
linktr.ee/kiwifz
(T) D èLirium
Psiquiatria 1 Capitulo 1
Tm
.
deve ser suspenso As queixas atuais do paciente
c. Jniciarcom anticolinesterá sico, devido ao quadro
condizem com a suspeita diagnóstica de acatisia sugestivo de Alzheimer;
(um distú rbio do movimento), o principal efeito -
co d. Iniciar o tratamento com cí talopram, devido ao
lateral do uso de antipsic óticos. Portanto, devemos
quadro sugestivo de depressão.
suspender o haloperidol,
* RESPOSTA:
Questão 3
0
Assinale a alternativa que apresenta as correla çõ es
CORRETAS:
1/ b; 2 / c ; 3 / d; A / a.
-
m
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ /SP - 2017) Fa a a
ç cor-
1/ d; 2 / c; 3 / a; A /b
H 1/c; 2 / d; 3/ b; A /a.
. *m
rela çã o entre a situação clinica e a conduta reco -
1/ c; 2 / d; 3 / a; A / b.
mendada. Situaçã o clínica: pacientes idosos, com
quadro de déficit cognitivo. 0 1/ a; 2 / d; 3/ b; A / c.
^^ Cap. 1
Resolução: Os principais fatores de risco para o de- Alternativa A: ItJCORRETÂ. Nao se deve suspender as
senuolvimento de del í rium sã o idade avan ç ada e medica çõ es.
presenç a de patologias neurológicas preexistentes,
como doenç a cerebrovascular e distú rbios cogní ti- Alternativa B: INCORRETA. fsl ão h ã evid ência de que haja
vos . Pacientes acamados sem patologias neuroló- benefí cio de uso de neurolépticos para prevençã o
gicas prévias ou idade avanç ada não estão em risco de Delirium.
aumentado de desenvolver delirium. Alternativa C: INCORRETA. De forma alguma ! Deve - se
manter as medica çõ es e , claro, realizar todas as me -
^ RESPOSTA: | didas nã o farmacológicas possí veis para se prevenir
o desenvolvimento de Delirium .
vastatina 20 mg / dí a eleve um AVCi hã tr ês anos, com (FACULDADE DE MEDICINA DO ABC / SP - 2017) Qual das seguin-
hemiparesia grau IV em MSE , em uso de AAS 100 mg / tes caracter í sticas indica que o paciente mais prova-
dia . Tem baixo grau de atividade fí sica. Nega sinto - velmente é portador de delirium que de dem ência?
mas de dispneia , precordialgia, tosse, chiado ou sí n -
cope. Ex-tabagista A 0 ma ç osano, parou há 15 anos. Curso progressivo. C
Nega et í lismo. Nega alergias . Nega hist ó ria de san - \ Curso flutuante .
-
gramento. Exame cl í nico : PA = 150 x fiSmmHg; FC 86
bpm; 1M = 32Kg / m2; SatOjarambiente ^ 9&% , restante
13 Cido sono- vigília preservado .
N í vel de consci ê ncia preservado.
normal. Exames pr é -operató rios: normais. Quanto
ã preven ção de delirium p ó s-operatõrior deve - se:
&íF!CíJUJADE:
# Dica do autor: Quest ã o direta sobre prevençã o de rer em ambas as situa çõ es.
delirium no pó s operat ó rio. A paciente faz uso de
-
linktr.ee/kiwifz
© Delirium
O substrato orgânico do delirium geralmente estã Alternativa AdNCORRETA. O delirium é marcado por
relacionado à infec ção do sistema nervoso cen- apresenta ção aguda e flutuante .
tral subdínica , como a encefalite e a meningite ,
Alternativa B: INCORRETA. O delirium pode ter compro-
B Uma das bases no tratamento do delirium ê atuar metimento global de funçõ es cognitivas e altera çã o
nos seus fatores de risco. Como exemplo, podemos da atividade psicomotora (hiperou hipoatividade)
.
citar reduzir o ruí do noturno, reconhecer preco- Alternativa C: INCORRETA. O dist úrbio do ciclo sono - vi-
cemente a desidrataçã o e a mobilizaçã o precoce
. g í lia é um sintoma inicia! dessa sindrome. O prejuízo
200
linktr.ee/kiwifz
Delinum RESiDÉNCiAMÊDlQâ
n. p. .
Cap 1
linktr.ee/kiwifz
(T) Fixe SPUS conhecimentos!
m
m
a
m
-
é
-*
a
a
i
*
m
m
ê
202
linktr.ee/kiwifz
Cap í tulo
TRANSTORNOS PSICÓTICOS
RESIPÊNCIA
MEDICA
2
nm H
203
linktr.ee/kiwifz
(T) Transtornos psicó ticos Psiquiatria I Capítulo 2
'-
idosos e delir íum tremens, síndrome de abstinência sido cada vez mais vista como uma doenç a do neu -
alcoólica grave com sintomas psic óticos. E mesmo t
rodesenvolvimento cujos sintomas come çam antes
quadros clínicos como delirium, hipertireoidismo, mesmo do primeiro surto. Alteraçõ es previamente
encefalopatia hepática e diversos outros quadros
podem cursar com sintomas psicóticos.
existentes ou precocemente adquiridas interagem *
com fatores desencadeantes, modificam os circuitos
cerebrais e determinam o aparecimento do quadro. *
i
A via final comum que causa os sintomas psicóticos é
2. ESQUIZOFRENIA: 0 QUE É? o excesso de dopaminaem uma das viasdopaminérgi - á
.
cas do cérebro, a via mesolimbíca Essa não parece ser â
É um quadro psic ótico primá rio grave caracterizado a causa em si, mas uma via finalem que um problema
principalmente por delírios e alucina ções, normal - anterior (ou vários problemas) se expressa . Todas as é
mente cursando com deterioraçã o progressiva das psicoses, nã o somente a esquizofrenia, parecem se
é
funções cognitivas e dos afetos ao longo dos anos. expressar por essa via final. Combater tal excesso é o
foco dos tratamentos atuais. Os sintomas negativos
seriam secundá rios a uma diminui ção da atividade
.
3 EPIDEMIOLOGIA
dos receptores dopaminérgicos D1 no c órtex frontal . *m
DICA
Sintomas psic ó ticos * excesso de dopamina
A prevalê ncia é de cerca de 1% na população geral na via mesolímb / ca
etem prevalência universal, não variando segundo m
regiã o ou status econ ómico, apesar de ter alguns
.
fatores de risco É discretamente mais prevalente
em homens que em mulheres (1,4:1), mais comum em
.
moradores de á reas urbanas e migrantes Est á rela - 5. SINTOMAS E CURSO CLÍNICO m
cionada també m a complicações de gestaçã o e parto
ou problemas neonatais, bem como traumatismos
Apesar do sintoma inicial ser considerado o primeiro fm
cranianos na infância e retardo de desenvolvimento . surto psic ótico, é comum o paciente ter personalidade
-
Por fim, associa se a histó rico de abuso fí sico e
sexual, uso de drogas e isolamento social . -
pré m ó rbida alterada (isolamento social, atrasos de
desenvolvimento neuropsicomotor, timidez), asso -
Tem pico de incidência em pessoas jovens (16 a 24), ciada a sintomas prodr ômicos inespecificos (nos
mas pode acontecer mais tardia ou precocemente. meses ou anos antes do primeiro surto o paciente
Aos 40 anos, parece haver outro pico de incidência costuma ficar mais isolado, ter piora de desempe -
(bem menor que em pacientes jovens). Ap ós os 60 nho cognitivo, comportamentos peculiares e at é
anos é muito raro de ocorrer . desenvolver quadros depressivos). Todo esse perí odo
Existe influê ncia gené tica. Normatmente poligènica, -
pré mó rbido e prodr ô mico culmina com o primeiro
com maior incidência em parentes de primeiro grau episódio psic ó tico no adulto jovem .
com o quadro e entre irm ãos gêmeos. Classicamente separam- se os sintomas em positivos
e negativos. Os primeiros s ão sintomas que "est ã o
a mais", por exemplo, ouvindo vozes que nã o exis-
4. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA tem (alucina çõ es), tendo certeza de ideias bizarras
ou não verdadeiras (delírios), comportamentos ou
pensamentos desorganizados, entre outros. Os delí -
A etiologia da esquizofrenia ainda é bem desco - rios persecutórios e as alucinaçõ es auditivas s ão
nhecida . Provavelmente é uma doença multifatorial os sintomas clá ssicos e mais comuns. Nos surtos,
causada pela associação de fatores genéticos her- o paciente tamb ém pode cursar com alteraçõ es de
dados com fatores do desenvolvimento, quest õ es forma e conteúdo de pensamento, eco e inserção de
ambientais, ocorrências de vida e uso de drogas. Tem pensamentos, altera ções de unidade e identidade
204
linktr.ee/kiwifz
Transtornos psic óticos RESIDEUGIA MÉDICA
J5
ii n a
do eu, delírios de i nflu ê ncia, controle e passividade, Crit érios Diagnósticos para
d esorienta ção, comportamentos francamente biza r - Esquizofrenia segundo o O SM 5:
ros, comportamento Câtãtônko e até agita ção e
agressividade. Ainda durante os surtos, é comum o D, Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou
paciente nao ter critica ou percepção dos sintomas bipalarcomcaracteristicas psic óticas são descarta- j
dos porque 1) nã o ocorreram epis ó dios depressivos
ou do quadro (falta de critica de doen ç a ) . maiores ou maní acos concomitantemente com os
sintomasda fase ativa ou 2) se episò diosde humor
Os sintomas negativos sã o os sintomas "a menos" ocorrerami durante os sintomas da fase ativa, sua
ou a diminuição de comportamentos normais. Nesse duraçã o total foi breve em relação aos per í odos
grupo, enquadram -se embotamento afetivo, diminui - ativo e residual da doen ç a.
ção de fala, autonegligência, diminuição de vontades,
piora de cognição, entre outros. Os sintomas negati - E, A perturba çã o pode ser atribuí da aos efeitos fi -
siol ó gicos de urna subst â ncia ( droga de abuso,
vos muitas vezes estã o presentes antes da primeira medicamento) ou a outra condiçã o m é dica.
crise. Â a ção da medicaçã o nesses sintomas ê frustra,
mesmo para os novos antipsic ó tí cos . F. Se h ã hist ó ria de transtorno do espectro autista
ou de transtorno da comunica çã o iniciado na in -
fância, o diagnó stico adicional de esquizofrenia è
Critérios Diagnósticos para realizado somente se houver delírios ou alucina ções
Esquizofrenia segundo o D5M 5: proeminentes além dos demais sintomas exigidos
*
de esquizofrenia, que est ã o tamb é m presentes por
A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente
pelo menos um mês (ou menos, se tratados com
por uma quantidade significativa de tempo durante
perí odo de um m ê s (ou menos, se tratados com
sucesso) .
Sucesso ). Pelo menos um deles deve ser (1), ( 2 ) ou
0): Costuma evoluir em crises e remissões de sintomas
.
1 Delí rios . psic óticos com piora de funcionamento e cogn ição a rn
.
2 Alucinaç &es . cada crise. No curso da doen ç a, as crises tendem a
"E
.
3 Discurso desorganizado. diminuir e o paciente entra em est ágio mais cr ó nico
rõ
3
cr
4. Comportamento grosseiramente desorganizado com prevalê ncia de sintomas negativos, cogniti - o.
l/l
205
linktr.ee/kiwifz
(7) Transtornos psicó ticos Psiquiatria I Capitulo 2
separam em antipsic ó ticos t í picos ou de primeira alteraçõ es de glicemia e colesterol. Outros efeitos
gera çã o e atí picos ou de segunda gera çã o. A a ção colaterais possíveis para essas medica ções são sono-
b á sica deles é a inibiçã o da dopamina nas vias cere - lência , aumento de prolactina , efeitos antí coliné r-
brais, com foco na via mesolimb í ca , que é a via gicos , n á useas, tontura, sintomas gastrointestinais
relacionada aos sintomas psicóticos. Por é m, eles e sintomas sexuais.
agem em outras vias dopamin érgicasque estão rela-
cionadas aos efeitos colaterais. Existem A principais DICA
vias Dopaminérgicas: Ant /psí có titos T í picos = Sintomas extra
piramindais. Antipsicóticos At í picos = Sindrome
metabólica.
Vias Dopaminérgicas
1) Ví a mesolimbica, relacionada ao prazer, vontade
Abaixo, temos uma tabela com os principais antip -
e recompensa. É a via relacionada aos sintomas
psic óticos. sicóticos.
DICA Amitsulprida ,
Antipsic ó ticos soo antagonistas dopami- Zí prasidona,
nergicos; Aripiprazol , Lurasidona
A principal diferenç a entre os antipsic óticos típicos As medidas não farmacológicas também são essen-
(haloperidol, clorpromarina, levomepromazina , entre ciais na melhora do quadro, especialmente porque
outros) e os antipsic ó ticos atípicos (olanzapina , as medica çõ es s ã o boas para os sintomas positivos ,
risperidona , quetiapina, clozapina, entre outros} é mas fracas contra os sintomas negativos. Acom-
a incidê ncia de si ntomas extrapiramidais : parkinso - panhamento multiprofissional ( psicó logo, terapia
nismo secundá rio, acatisia , disto nia e discinesias. Os ocupacional, arteterapia, acompanhante terap ê utico},
primeiros provocam mais esses efeitos colaterais. seja individual ou em grupo , é essencial para melho-
Os segundos costumam causar mais efeitos colate - rar o prognóstico e na tentativa de preservação do
6
rais metab ólicos, como aumento de peso e apetite , funcionamento social.
u
6
206
linktr.ee/kiwifz
RESID ÊNCIA M ÉDICA
Transtornos psicóticos 1 n a EI
linktr.ee/kiwifz
(T) Transtornos psicóticos Psiquiatria | Capítulo 2
Os sintomas não podem ser devidos a uma substância Depressão psic ótica; antidepressivo associado
e nã o podem ser bem explicados por um transtorno a antipsicótico
mental.
B Primeiro episódio psic ó tico; ben2odiazepínico
O Tratamento e manejo: Retirar agente causador: associado a antipsicótico
entre 7/ 10 dias o paciente melhora; Expansão volê -
mica agressiva: desidratação é uma causa precipi-
tante e também uma consequência; Monitoramento
sé rico e corre ção de eletr ó litos; Fluidos alcalinos ou
HC03: previnem diminuição da falência renal; Moni-
toramento para complicações; BDZ: Lorazepam 1 - 2
DIFICULDADE:
•
Resolução: Os sintomas descritos permitem um diag-
nó stico clínico de surto psicó tico, que de um modo
geral apresenta uma ou mais das seguintes carac-
-
ã
ã
mg IV (n ão disponivel no Brasil), Estudos mostram terí sticas: (1) delírios; (2) alucinações; (3) desorga-
bons resultados com o uso de donazepam , mida- niza ção do pensamento, (4) agita çã o psicomotora / m
zolam, alprazolam; Agentes colinérgicos: Reduzem agressividade. A letra E propõe o diagnóstico correto m
tempo de recuperação e mortalidade - Amantadina e a conduta mais adequada para este momento: a
(preferencialmente) 200 - 400 mg / dia VO ou SNE, agita ção psicomotora e as manifestaçõ es de abs-
Bromocriptina 2,5 mg VO: CUIDADO! Apresenta efeito tinência a múltiplas substâ ncias sã o preferencial-
rebote; Dantrolene 1 - 2,5 mg / kg Hipertermia , mente abordadas com o uso de um benzodiazepí -
m
rigidez muscular e hipermetabolismo; Eletroconvul- nico, enquanto os sintomas psic óticos demandam a
soterapia nos casos em que nada resolve. associaçã o de um agente antipsic ótico,
Alternativa D: INCORRETA. A diferença com a síndrome RESPOSTA: 0
catatô nica está justamente no uso do antipsicótico.
-
t' RESPOSTA: Q Quest ã o 3
208
linktr.ee/kiwifz
Transtornos psicóticos RESIQÊNCIÃ MÊP1ÇA
Quest ão 5
Apenas I.
Apenas I e I!. *
H Apenas Jl e lll.
t, II e lll . «
DIFICULDADE;
«
• Dica do auton Dentre os efeitos crónicos que o uso
de alguns antipsic ó ticos pode causar, temos a dis-
cinesia tardia ( movimentos involunt ários da boca .
Mulheres e idosos são mais afetados) e a distonia
cr ó nica (contra çã o muscular que persiste).
« -
Alternativa A; INCORRETA,
Alternativa B: CORRETA.
t-
«-
AlternativaC; INCORRETA, A lll é falsa pois a clozapina é
dos antipsicóticos atípicos que causam pouco efei-
tos extrapiramidais. Ele est á mais envolvido com a
agranulocitose
Alternativa D: INCORRETA.
«-
*--
RESPOSTA: EI
t
«
«-
linktr.ee/kiwifz
TRANSTORNOS RELACIONADOS Capítulo
A SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 3
MEDICA
e, n já í?
O Uso e abuso de drogas est ão entre os princi- 0 uso e abgso de substâ ncias está estritamente
pais problemas de saú de publica no mundo , tendo ligado a esse efeito agudo . Normalmente relacionado
tamb ém um grande impacto social (criminalidade, ao sistema de recompensa (SR ), relacionado ao desejo
violência e conflitos familiares). Cerca de 2 bilh ões sexual , vontades, alimentaçã o e prazer, e quando
de pessoas no mundo fazem de á lcool, cerca de 1 estimulado em excesso gera a depend ê ncia , tanto
bilhão usa nicotina e outras 185 milh õ es fazem uso a drogas quanto a comportamentos, O SR é formado
de drogas ilí citas. por algumas estruturas normalmente vinculadas ao
a via m esolí mbi ca (á rea tegme n tar ventral d o mesen- n
eéfalo at é o nú cleo accumbens do sistema limbico),
e a via mesocortical (mesma origem mas indo at é -
1. CONCEITOS INICIAIS D
211
linktr.ee/kiwifz
© Transtornos relacionados a substancias psicoativa
s
Psiquiatria f Capitulo 3
*
-
álcool (ou qualquer droga licita ou ilí
cita) sem beber
diariamente . Alcoolemia
Alcoolemia
* Aumento de Ritmo Cardí aco e Respi -
3.2. S Í NDROME DE ABSTIN ÊNCIA
0,01 e 0 , 05 rató rio
• Leve sensa çã o de euforia ALCOÓLICA ( SAA )
e relaxamento
• Entorpecimento fisiológico de diversos
O álcool figura entre as principais substâncias
sistemas líci-
0,06 a 0,10 •Diminuição da capacida tas atualmente utilizadas pela população
de de discerni- mundial,
mento e perda de inibi çã o sendo considerado problema de saú de p ú
blica em
• Diminuiçã o da
aten ção e vigília muitos paí ses, incluindo o Brasil. Estima - se que
50% dos usuários crónicos experimentam
sintomas
212
linktr.ee/kiwifz
Transtornos relacionados a substancias psicoativas RESIDÍ NCIA MÉDICA
I» r í » yi
linktr.ee/kiwifz
(7) Transtornos relacionados a subst âncias psreoativas Psiquiatria I Capítulo 3
Tremor
Nenhum
Distú rbios auditivos
Nenhum
i 3.2 . 2. ABORDAGEM
-
Deve se come ç ar com os cuidados clí nicos gerais:
Tremores leves Raras alucina çõ es
Moderado tremor com Moderada alucinação O A medida inicial deve ser a manuten ção dos si -
bra ços estendidos auditiva nais vitais;
7 Tremores intensos Grave alucinaçã o auditiva
,
O Monitoriza ção contínua e intervençã o nos casos
mesmo sem extens ã o 7. Alucinações de rebaixamento do nível de consciência;
dos bra ços auditivas cont í nuas
reiniciar medica çã o a cada hora. Sempre dar pre - est á o ponto chave e fase mais difícil do tratamento
fer ênda ã medicação por via oral. Depois, deve - se .
dos pacientes usuá rios A recaí da é frequente e pode
calcular a dose total nas primeiras 24 horas e utilizar ocorrerem dias, semanas ou mesmo apó s dé cadas e
esse valor para determinar a dose do pr ó ximo dia abstinê ncia. A reinstalação do uso patológico, para
( pelo menos 50% do total do dia anterior). quem jã teve o transtorno, costuma ser mais r á pida
DICA
Após a resolu çã o dessas fases aguda o paciente Ma nu tençõo: A compan ha m ento m ul tip rofi s -
entra na fase de manutenção de abstin ê ncia. Aqui sional e Díssul/iram ou Naí uexona ov Topiramolo-
linktr.ee/kiwifz
(T) Transtornos relacionados a subst â ncias psicoativas
-
I 4.1. USO AGUDO E INTOXICAÇÃ O A OUTRAS SUBSTÂNCIAS
216
linktr.ee/kiwifz
Transtornos relacionados a subst â ncias psí coat í vas RESIDÊNCIA MÉDICA
217
linktr.ee/kiwifz
© Transtornos relacionados a subst âncias ps í coativas
Psiquiatria | Capí tulo 3
*
.
5 ABSTINÊNCIA A OUTRAS SUBSTÂNCIAS
Opioide (uso como Midriase, hipertens ã o, taquicardí a e hi - * Quadro grave a depender do tempo e
droga ilegalmente ou pertermia; inquieta çã o, ansiedade, fis- quantidade usada e que, muitas vezes ,
prescrito e usado de sura, ins ónia, náuseas, v ómitos, diarreia, requer cuidados em UTI
forma abusiva ou mesmo espirros , sudorcse, lacrimejarnento ou
* A terapia é complexa e envolve o uso de
aplicaçã o de antagonista rinorreia, pilo ereção, tremores e dores sintom á ticos, cuidados clínicos o hidra-
opioide * naltrexona ou musculares. Em geral, o ní vel do cons- ta çã o , associados á reposiçã o do opioide
naloxona - em pacientes ci ê ncia esta preservado e pode ocorrer com outros opioides com menor poder de
usuários cr ónicos) hipotens ão, se os epis ó dios de v ómitos e depend ê ncia, Formula ção oral e meia vida
diarreia forem intensos longa, como mctadona ou buprenorfina
Maconha
depressão, ansiedade, insónia, tomas tem sido foco atual Por é m, ago
dificuldade
de concentraçã o, redu çã o do apetite ou
o .
ní stas carabinoides , como canabidiol ou
-
perda de peso, dor abdominal, tremores, delta - 9 - tetrabidrocanahinol (TBC) apre -
febre, cefaleia sentam efeitos promissores, mas estudos
adicionais sáo necess á rios
Solventes e inalantes
(aerossó is, tintas e colas) * Existência questionada
- N ão h á tratamento especifico
218
linktr.ee/kiwifz
Transtornos relacionados a substancias psicoativas RESIGÍ NCIA MÉDICA ~ 11]
iD n L~
linktr.ee/kiwifz
® Transtornos relacionados a substancias psicoativas
Psiquiatria I Capitulo 3
«
QUESTÕES COMENTADAS «
i
a
4
Questão 1
B Com quefrequé nc í aque voc ê consome 6 ou mais i
(UNIVERSIDADE DES ÂO PAULO - 2018) Ana, 17 doses de bebida alcoólica em uma única ocasiã o?
anos de idade,
procurou a Unidade Bá sica de Sa ú de há duas 13 Com que frequência voc ê consome bebidas al-
sema -
nas por dor abdominal. Estava sozinha e visivelm coó licas (cerveja , vinho, cachaç a etc .)? É
ente
angustiada, A profissional que a acolheu identific
ou É
que Ana ingeriu vá rios medicamentos que ã
í n o sabe DIFICUlDADi:
o nome) para interromper a gravidez. Naquele dia é
, foi
encaminhada para o pronto - socorro de referência , Resolução; Quest ão direta sobre o questioná rio CAGE
,
onde foi atendida. A gravidez nâo foi interrompida
. que è baseado em 4 perguntas: â
Retorna hoje à Unidade Bá sica de Saúde para pros-
seguir seu acompanhamento. Ana diz que a ação
1 - Você já tentou diminuir ou cortar a
bebida alcoó- ú
de lica ?
tentar terminar a gestação ocorreu ap ós briga com
lí der de sua religi ão, que, por indiretas, sugeriu que 2 - Voc ê j á ficou incomodado ou irritado com
outros
ela nã o era bem- vinda e que procurasse outra re - porque criticaram seu jeito de beber ? â
ligião. Alé m da a çã o religiosa , costumava 3 - Você já se sentiu culpado por causa do
voluntariar- se em uma organização n ão governa-
tamb é m
de beber?
seu jeito m
mental que j á havia sido assaltada trê s vezes por 4 - Voc ê jã teve que beber para avaliar a ti
seu tensão ou
irmã o. Esses episó dios a deixaram muito envergo
- reduzir os efeitos de uma ressaca ?
nhada e, por isso, não frequenta mais o local. Esse i
RESPOSTA: O
irm ão tamb é m est á em acompanhamento na UBS,
na ú ltima consulta m é dica disse sentir que
e *
deveria
diminuir a quantidade de bebida alcoólica ingerida ,
pois v á rios membros da família o criticam por Quest ão 2
isso.
Ele estranhou a pergunta do mé dico sobre o costu
- (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE
PERNAMBUCO -
me de ingerir bebidas peta manhã para diminui
ro 2017) Um paciente de 32 anos foi trazido para emerg -
ên tii
nervosismo ou a ressaca. O pai, caminhoneiro, passa cia, com queixas de dor tor ácica apó s uso de
um dia por semana em casa e a mã e abandonou os coca í na. ti
Ele estava agitado, com PA = 160 x 90 mmHg, FC 120
dois filhos ainda muito pequenos, por motivo desco -
nhecido, O pai do bebé de Ana tem 18 anos, é aluno
bpm e FR 21 irpm . Foi realizado eletrocardiograma 6
que evidenciou taquicardia sinusal com invers
ã o de
*
do curso t é cnico de inform á tica e trabalha ã noite
ondas T e infradesnivelamento do segmento ST em
em uma lanchonete perto da UBS. Alé m das pergun-
V 4, V 5 e V6 . Qual das condutas abaixo N ÃO
tas feitas ao irmão de Ana na ú ltima consulta,
qual ser utilizada nesse caso ?
dever á ãi
das perguntas abaixo integra a estrat é gia de ras -
treamento CAGE para abuso / depend ência de á lcool? Diltiazem .
Quantas doses, contendo á lcool, voc ê consome Benzodiazepínico.
num dia em que normalmente bebe? H Nitroglicerina. tii
Já se sentiu culpado em rela çã o à ingest ã o de Metoprolol. tii
bebida alco ó lica?
.
0 Aspirina ,
«ti
220
t
linktr.ee/kiwifz
Transtornos reiacionados a subst âncias psicoativas àfl RESIDÊNCIA MÉDICA
r DIFICULDADE:
• leve, se 4- 5 , transtorno moderado, e mais que 6,
transtorno grave . Entre os crit érios est ão evid ê ncia
Resolução: Qual droga que não podemos utilizar no de toler â ncia e evid ência de abstinê ncia , mas nâ o
paciente com IAM que tenha feito uso de COCA Í NA? é essencial que esses especificamente estejam pre-
Os BETABLOQUEADORES. Se bloquearmos esses sentes para o diagn ó stico.
receptores, deixamos os receptores alfa livres pra AssertivaII: FALSA, Terapia de reposição dle nicotina faz
receber as catecolaminas, causando vasoconstric- parte do arsenal de primeira linha para tratamento
çã o excessiva .. farmacol ógico da cessa çã o de tabagismo.
RESPOSTA: B Assertiva Eli: VERDADEIRA. O crack é a mistu ra de cocaí-
na com outras substâ ncias, gerando um composto
sólido que pode ser usado por v í a inalat ória,
Quest ão 3
B Apenas I e III
I, II e III Alternativa A: CORRETA. A quantidade de á lcool {g/ dia)
e o tempo de ingesta alco ó lica são diretamente pro-
porcionais ao risco de desenvolvimento da DHA, ou
OIFICULOADC:
seja , quanto maior a quantidade de á lcool ingerida
® Dica do autor : Drogas licitas e ilí citas est ã o dire - e mais longo o tempo de ingesta , maior o risco de
tamente relacionadas ã ftsí o patologia de múltiplas desenvolver DHA ,
doen ças e è muito importante conhecermos as prin- Alternativa B: CORRETA. A doença progredir á de forma
cipais estrat égias que podemos usar para ajudar os mai s ateie ra d a caso o u tros fato res d e agressão, co m o
pacientes na tarefa de cessar o uso . v írus e doen ças de depósito, estejam associados à
Assertiva I: FALSA. O DSM - V COlOta 11 crit érios para o incesta alco ó lica .
diagn óstico detranstorno por uso do á lcool. 5e o pa- Alternativa C: INCORRETA, Indiví duos do sexo feminino
ciente tiver 2 -3 crit é rios positivos, eie tem transtorno s ão mais susceptí veis, necessitando de menores
221
linktr.ee/kiwifz
:
© Transtornos relacionados a substancias psicoativas Psiquiatria | Capitulo 3
níveis de ingesta alcoó lica para desenvolver DHA. A ’ Contemplaçã o: Admite o problema, é ambivalente e
DHA hoje é cada vez mais frequente em mulheres.
Alternativa D: CORRETA. 0 desenvolvimento de alcoo-
considera adotar mudanç as eventualmente. Nesse
momento , devemos ajudar a pender a “balanç a "
*
lismo e DHA pelo paciente envolve predisposiçã o para a mudanç a de comportamento, fortalecendo *
genética e fatores ambientais, não apenas a ingesta a autossuficiência do paciente. M
alco ólica isotadamente. * Preparaçã o: Inicia algumas mudanças, planeja, cria
á
Alternativa E: CORRETA. O questioná rio CAGE ê uma boa condi çõ es para mudar . 0 profissional deve ajudar
ferramenta inicial para identificar pacientes que po- a determinar a melhor tinha de ação a ser seguida , m
dem se beneficiar de uma abordagem mais especí- Ação: Implementa mudanç as ambientais e compor-
fica , sendo uma alternativa pouco incomodativa e tamentais, investe tempo e energia na execu çã o
i
fácil para detec ção do alcoolismo. da mudança . m
RESPOSTA; H * Manutenção: Continuidade do trabalho iniciado com m
ação, para manter os ganhos e prevenir a recaí da.
Quest ão 5
O profissional ajuda a promover estraté gias de m
preven çã o da recaí da,
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - 2018) Homem de 65 anos,
m
* Recaí da: Falha na manutenção e retomada ao
tabagista de 80 anos- ma ço, vem em consulta de padr ão de consumo anterior. O profissional deve
rotina . Conta que o primeiro cigarro do dia é antes auxiliar no reinicio das etapas até a cessação.
do café da manhã, j ã acordou algumas vezes à noi- Com isso, definimos que o paciente em quest ão
te para fumar. Mudou de emprego, pois nã o podia se encontra em fase contemplativa, devendo por-
fazer viagens prolongadas sem fumar. O cigarro o tanto orient á- lo sobre estrat égias de cessação do
acalma e há dois anos quase se divorciou quando tabagismo,
tentou parar de fumar, pois brigava constantemen-
v RESPOSTA: Q
te com a esposa. Gosta muito da esposa e por isto
mesmo está em dúvida de parar, pois se sente bem
com o cigarro e nào quer brigar com ela se ficar sem
sua "muleta ” para o estresse . Podemos afirmar que:
Quest ã o 6 *
(UNIEVANGÉLICA DE ANÃPOL1S / GO - 2018) Juan, 57 anos, ta-
Está em fase contemplativa e deve- se orientar bagista há vinte anos, um ma ç o de cigarros/ dia , sem
sobre estratégias para cessa çã o do tabagismo.
comorbidades, comparece â Unidade Bá sica de Saúde
Deve receber bupropiona e reposição de nicotina, com desejo de parar de fumar. Ap ó s avaliá- lo, mé-
pois é urgente que cesse o tabagismo. dico e paciente optam, em decisã o compartilhada ,
Q Est á em fase pr é - contemplativa e deve ser orien- por utilizar o adesivo de nicotina . Sobre este trata -
tado sobre os benefí cios da cessação do taba- mento, sabe - se que:
gismo.
as doses de nicotina devem ser reduzidas cada
Deve receber benzodiazepí nico para controle da
2- 4 semanas.
ansiedade e terapêutica com adesivo de nicotina.
é recomendado seu uso a partir do momento
DIFICULDADE:
que o paciente come ça a reduzir o nú mero de
cigarros/dia.
Resolução: Aqui devemos conhecer os graus de moti- H é indicado em pacientes com teste de Fargers-
va çã o do fumante para cessa çã o do tabagista para trom menor que cinco.
ganhar a questão. Vamos relembrã-las:
o adesivo deve ser aplicado sobre a pele e tro-
* Pr é - Contemplação: N ão considera a possibilidade cado a cada doze horas.
de mudar, nem se preocupa com a quest ão . O
profissional de sa úde deve levantar dú vidas para
aumentar a percepção do paciente sobre os riscos C DIFICULDADE:
do comportamento atual e fortalecer o ví nculo do • Dica do autor: O adesivo de nicotina faz parte do
indiví duo com a unidade de sa úde. arsenal de primeira linha para o tratamento far-
222
linktr.ee/kiwifz
Transtornos relacionados a substancias psicaativas
n WESMNCIANÉDICA
H II I U ^ ^ Cap. 3
macológico do tabagismo. No entanto, a cessa ção do sistema nervoso central Este medicamento tam -
do vício envolve principalmente medidas compor - bém pode ser usado para a revers ão completa ou
tamentais, sendo a terapia farmacológica indicada parcial dos efeitos adversos de opioides, especial-
apenas em alguns casos. mente depressã o respirat ó ria, causados com seu
Alternativa A: CORRETA. Existem adesivos de 21 mg, 14 uso terapêutico e para o diagnóstico de superdose
mg e 7 mg. Dependendo da quantidade diá ria de ci- aguda, suspeita ou conhecida, por opioides, Sã o
garros usados, escolhemos a dose inicial e vamos exemplos de opioides: morfina, metadona, nalbufi -
reduzindo a cada 2 - 4 semanas.. na, tramadol, buprenorfina e sufentanila. Cloridrato
de Naloxona (subst â ncia ativa) també m é utilizado
Alternativa B: INCORRETA. O adesivo é recomendado a
paira a reversão da depressã o respirat ó ria em neo -
partir do momento em que o paciente parar total- natos de m à es que receberam opioides durante o
mente de fumar.
trabalho de parto.
Alternativa O INCORRETA. A terapia farmacológica est á
indicada apenas para pacientes comi elevada depen - ^ RESPOSTA: B
d ê ncia quí mica de nicotina, o que é demonstrado
por um teste de Fargestrom > 6 . Quest ã o B
Alternativa D: INCORRETA. É recomendada a troca do
adesivo a cada 24 horas, (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MULLER /MT - Í Olfi) O tabagis-
mo atinge milh õ es de brasileiros e é fator de risco
^ RESPOSTA .Q para vá rias doenç as (enfisema pulmonar, v á rios tipos
de câ ncer, infarto do m í oc ãrdio , Acidente Vascular
Cerebral, entre outras patologias), causando um ele-
Quest ão 7 vado custo ao sistema de sa ú de . Objetivando reduzir
(INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO G R ANDE DO SUL - ZOIfl) O New a prevalê ncia do tabagismo, foi criado e incentivado
*E
consideravelmente nos ú Itinios 15 anos nos EUA, com O tratamento proposto é acompanhado exclusi -
ma is de 33 , 000 mortes desse tipo relatadas em 2015". vamente por pneumologistas, com ambulat ó rios
Diante da "crise dos opioides”, a American Heart As - de refer ê ncia, em consultas individualizadas.
socia fion ( AHA ) incluiu nas Diretrizes Atualizadas de
Atendimento de Parada Cardiorrespirató ria em 2015 , No PNCT nã o é distribuí da terapêutica medica -
a administração de naloxone em casos de parada mentosa, o tratamento é feito todo baseado em
respirató ria , inclusive por socarr í stas leigos. Qual reunião de grupos, com reuni ões perió dicas.
a fun çã o desta droga ? B A ades ã o ao PNCT é volunt ária, mas o agenda -
mento é feito necessariamente pelo SISREG .
Agonista parcial
EI A terap êutica fornecida pelo SUS para o PNCT
13 Agonista puro sã o: bupropiona 150 mg e terapia de reposi ção de
Agonista -antagonista nicotina (adesivos, goma de mascar e pastilhas).
13 Antagonista
DIFICULDAOE:
U Nenhuma das anteriores
* Dka do autor: O tabagismo está diretamente rela -
DIFICULDADE; cionadoIfisiopatologia de m últiplas doen ç as e é
muito importante conhecermos as principais estra -
Resolução: Cloridrato de Naloxona (subst â ncia ativa.) t égí as que podemos usar para ajudar os pacientes na
é um antagonista de opioí de indicado para o trata - tarefa de parar de fumar, Q PNCT tem como objetivo
mento de emergência de superdose ou intoxicação reduzir a preval ência de fumantes e a consequente
aguda por opioide, suspeita ou comprovada, que se morbí mortalidlade relacionada, ao consumo de de -
manifesta por depressã o respiratória e / ou depressão rivados do tabaco no Brasil.
linktr.ee/kiwifz
© Transtornos relacionados a subst â ncias psicoalivas
Psiquiatria | Capitulo 3
W
ÉS
ÉB
224
linktr.ee/kiwifz
TRANSTORNOS DA ANSIEDADE Cap í tulo
E DISSOCIATIVOS HEQ1 CA
4
O Ansiedade é um sentimento normal. Quando em excesso, duradouro e trazendo prejuízo se faz diag-
n óstico de algo patoló gico
O Existem v á rios transtornos de ansiedade a depender de como ela se expressa
O A medida de primeira escola para tratamento dos quadros ansiosos são as medidas n ã o farmacoló gicas
O As medica ções de primeira escolha sã o os antidepressivos
O Cuidado com os benzodiazepinicos
Ansiedade é uma sensa çã o subjetiva normalmente mm Principais qaoâros onsrosos soo 4: TAG,
relacionado ao medo e á preocupa çã o , que pode se KT
Pânico, Fobia específica e social ; 'Jí
expressarem diversos sintomase sinais. A expressão CL
225
linktr.ee/kiwifz
(. > _) Transtornos da ansiedade e dí ssociativos Psiquiatria | Capitulo 4
no contexto de outros quadros psiqui á tricos, como desconfortas abdominais, tontura ou instabilidade,
comorbidade (depressão com sintomas ansiosos, calafrios, ondas de calor, parestesias, desrealiza çâ o,
esquizofrenia com sintomas ansiosos) e pode ser despersonaliza çã Oj medo de perder o controle ou
fator de risco ou consequ ê ncia de outros quadros enlouquecer e medo de morrer. Quando esses ata -
psiquiátricos . ques se tornam repetitivos e inesperados, trazendo
prejuí zo funcional ou ocupacional, assim como o
medo de ter novos ataques, preocupações com as
3. ETIOLOGIA E FISIOPÂTOLOGIA possí veis consequ ências dos ataques caracterizarn a
sí nd rome ou transtorno. Os sintomas tem que durar
por mais de um m ê s,
Doenç a multí fatorial envolvendo gen ética e questões
Pode vir acompanhado da agorafobia, isto é a o medo
biológicas, com ocorr ências de vida e forma ção, além
de desenvolver sintomas em locais onde a saída pode
de fatores ambientais. Algumas regiõ es do c é rebro
como o locus cer úleo, alç as cortico - es t r iato -ta La - ser difícil ou embara çosa ou que nâ o haja ajuda,
mo - corticais e amí gdala parecem estar intimamente corno locais fechados ou muito abertos, multidõ es,
transporte p úblico,
ligadas ao aparecimento dos sintomas ansiosos.
A fobia especí fica aparece quando a pessoa tem medo
de um determinado objeto ou situaçã o (voar, alturas,
4. OS QUATRO TRANSTORNOS animais, inje çã o , ver sangue), normalmente acom -
panhado de comportamentos de fuga ou esquiva.
ANSIOSOS A ansiedade se expressa normalmente quando em
*
contato ou em risco de contato com o estressor e,
O transtorno de ansiedade generalizada è um quadro portanto, é ativamente evitada ou suportada com
caracterizado por um basal ansioso intenso e crónico intensa ansiedade e sofrimento. O medo ou ansiedade
(mais de seis meses) que traz prejuí zo. Normalmente, é desproporcional ã situaçã o e dura pelo menos seis
a ansiedade é intensa e perpassa diversas á reas da .
meses Tem que trazer prejuízo para a pessoa para
vida (trabalho, amizades, relacionamentos, quest õ es ser enquadrada como transtorno .
pessoais). Há dificuldade para controlar os sintomas A fobia social (ou transtorno de ansiedade social) é
e normalmente o transtorno se associa a outros esse mesmo medo associado a situa çõ es sociais em
sintomas, como inquietaçã o, sensa çã o de estar com que o indiv í duo è exposto a uma poss í vel avaliaçã o
os nervos ã flor da pele, fatigabilidade, dificuldade por outras pessoas ou teme agir em situações que
de concentração, irritabilidade, tensão muscular e ser á avaliado negativamente. Podem ser situa ções de
perturba ções do sono., intera ção social (conversar, encontrar pessoas), ape-
O transtorno de pânico é um quadro caracterizado nas de ser observado (comendo, assinando papeis,
por crises de medo e ansiedade intensos, que che - bebendo) e pode ocorrer apenas em situa çõ es de
gam a um pico em poucos minutos (em m é dia 10 desempenho diante dos outros ( uma palestra, por
minutos) normalmente associadas a uma série de .
exemplo) Messe caso, també m os sintomas tê m que
sintomas fí sicos e psí quicos: palpitaçã o e taquicar - persistir por pelo menos seis meses, ser despropor-
dia, sudorese, tremores, sensaçã o de falta de ar ou cionais ã situa ção e a exposiçã o deve ser evitada ou
sufocamento, dor ou desconforto tor á cico, n á useas, suportada com intensa ansiedade, trazendo prejuí zo
funcional ou ocupacional .
Pânico Fobia especí fica Fobia social
* Crises agudas de ansiedade
Ansiedade geral Medo de algo especifico * Medo de exposição e jul-
* Autolimitada e poucos mi -
Perpassando varias á reas (animais , sangue, aviã o,
, gamento
nutos
• Associado a ins ó nia e sin-
* Som fatores desencadeardes
entre outros) .
Medo em situa ções que
tomas fí sicos CauSa preju í zo na vida se expõe socialmente
* Sintomas f í sicos e psí quicos
226
linktr.ee/kiwifz
Transtornos da ansiedade e dissocialivos ROT È NCIA MEDICU6
» h H
3
cr
inibidores de recapta çã o de serotonina e nora - V)
Or
drenalina ÍIR 5N ou duais), como venlafaxina, tam- MedtcQ ção de primeira escaldai antidepressivos ,
b é m podem ser usados. Por último, em casos mais espedalmente os /SfiS
refrat á rios, os antidepressivos tricklicos podem ser
usados (amitriptilina, imipramina, domipramina). No - BenzotJfCi
dos
epí
? rtftos podem
dose bd Vo com
em í
ser úteis quan do usa -
tempo corto
entanto, apesar de terem boa pot ê ncia, essa classe
de medicamentos costuma causar muito efeito cola -
teral (sonolência, efeitos anticolinérgicos, alteraçõ es De maneira geral, tamb é m deve- se usar medicaçã o
cardíacas) e intera çã o medicamentosa, devendo, em dose adequada (má xima ou má xima tolerada) por
portanto, ser menos utilizado . tempo suficiente. A resposta dos quadros ansiosos
ã medica çã o é mais demorada tanto para começ ar
Outras medicaçõ es n ão antidepressivas tamb é m quanto para chegara um bom efeito. Apôs a melhora,
foram estudadas. A buspirona, um agonista setoro - manter a medicaçã o por um periodo maior (de seis
ninèrgico 5TH1A e antagonista dopaminérgico D2 r é meses a até 1 ano).
um ótimo ansiolí tico, sem risco de abuso e depend ên -
.
cia Indicado para TAG em quadros ansiosos leves a O uso de ch á s e ervas, alé m de alguns fitoter ápkos,
moderados e quadros que tem contraindka çã o ou não encontra pouca evid ê ncia cientí fica, mas alguns
toleram BZD e / ou antidepressivos. Anticonvulsivantes pacientes gostam de associã - Los â s medidas n ã o
moduladores do canal de c álcio com açã o ligantes farmacoló gicas. Como exemplos, pode se citar vale- -
--
alfa 2 delta como pregabalina e gabapentina tem riana, melissa, camomila e passifiora .
aparecido com bastante evid ência para os quadros
ansiosos nã o relacionados â depressão. Alivia dores, Segue algumas medicações principais:
227
linktr.ee/kiwifz
(T) Transtornos da ansiedade e dissociatiIVOS
Psiquiatria I Capítulo 4
-
75 a 300 mg
m
Pregabdlina 50, 75, 100 e 15Gmg 100 a 300 rng
Tabela de antidepressivos usados na ansiedade pode ser vista na sessã o dc depress o
ã .
m
m
6. OUTROS QUADROS No cap í tulo de TOC , est ã o inclu í das as doen ças do m
"espectro do TOC ": transtorno dism ó rfico corporal,
RELACIONADOS À ANSIEDADE m
transtorno de acumula çã o, tricotí lomania (transtorno
de arrancar o cabelo ) e transtorno de escoria çã o
Outros quadros ansiosos agora ganharam capí tulos (sfc /n-p / cfcirrg).
separados no DSM 5. Aqui, iremos apenas definir A dissociação, a somatizaçã o e a conversã o são
alguns deles. quadros considerados psicorreativos e que normal-
mente surgem como resposta f í sica ou psí quica a
O transtorno obsessivo compulsivo é definido por
obsessõ ese compulsões recorrentes, suficientemente um evento traum á tico e sofrem grande influ ê ncia do
graves para causar sofrimento not á vel, consomem contexto socioeconô mico e cultural . Representam
um “salto'’ do ps í quico para o corpo ou do psí quico
tempo (ma í s de uma hora por dia ) e interferem nas
rotinas di á rias. Obsessões são pensamentos, impul- para o psiqu í co , como se o paciente, diante de um
sos ou imagens persistentes, intrusivas, egod í stõni - sofrimento psí quico intenso com o qual nã o sou-
case inapropriadas , normalmente experimentadas besse lidar, trouxesse para o corpo ou para outra
com intenso sofrimento. Conte ú dos mais comuns são areado psí quico a expressão do sintoma. Toda essa
agressividade, doenç as, acidentes e morte, sujeira express ão e “ saltos " ocorre de forma inconsciente
e contamina çã o , religiosidade, neutros ( músicas ou nesses quadros e n ã o sã o mais bem explicadas por
palavras). Obsessões n ão são simplesmente preo - outras condi çõ es , drogas ou medica çõ es.
cupaçõ es excessivas com problemas da vida real . No transtorno conversivo, a expressã o desse sofri-
Compulsões são comportamentos repetitivos ou mento se d á por sintomas neurológicos (fun çã o
atos mentais conscientes , padronizados e recor - motora ou sensorial alterada) sem ser explicada
rentes. Normalmente aparecem na tentativa de por quadros orgâ nicos, sintomas como fraqueza ou
reduzir a ansiedade das obsessõ es. Compulsõ es
mais comuns sã o limpeza , checagem, ordenação
ou simetria , contagem e repeti çã o. Normalmente, a
pessoa reconhece o car áter excessivo ou irracional
de suas compulsões e obsessões. O tratamento inclui
psicoterapia do tipo cognitivo - comportamentai e
paralisia , alteraçõ es de fala ou deglutição, aneste-
sia ou perda sensorial e movimentos anormais. Na
somatiza çã o, essa expressã o é feita em sintomas
f í sicos gerais, normalmente poiissintomà ticos (dores,
fadiga , gastrointestinais, sintomas sexuais, entre
outros). No transtorno dissociativo, os sintomas se
-
4
d
«d
medicação (antidepressivos seroton í n é rgicos). expressam em outra área do psí quico, caracterizada a
228 m
linktr.ee/kiwifz
Transtornos da ansiedade e dissociativos o RESID Ê NCIA MÉDICA
Ia n a v
por uma perturbaçã o eAau descont í nua çã o da inte - O transtorno de adaptaçã o é composto por sintomas
gridade normal da consciê ncia , memória , identidade, emodonais ou comportamentais em resposta a um
emo ção, percepção e outras áreas do funcionamento estressor ou estressores identificá veis e que causam
psicoló gico. Normalmente se expressa por amn ésia sofrimento intenso e desproporcionai e prejuí zo
dissociativa , fuga dissociativa , desreatiza çã o ou do funcionamento. A defini ção de estressor nã o
despersonalizaçao e transtorno dissociativo de iden- compreende traumas como noTEPT esim estresses
tidade (ou transtorno de múltiplas personalidades). e ocorr ê ncias de vida como problemas conjugais,
questões familiares, problemas ou fases ruins no
O transtorno de estresse agudo e transtorno de trabalho ou estudo, entre outros problemas, desde
estresse pó s-traum ã tico ( TEPT ) sã o quadros relacio - que causem prejuí zo desproporcionais à ocorrência .
nados á exposi çã o a um trauma ou exposição repe - Pode se expressar com sintomas de humor, sintomas
tida a traumas que ameacem a integridade fí sica do ansiosos e problemas de conduta .
indiv í duo ou de terceiros, normalmente relacionada
à sensação de medo intenso, desamparo e horror E o burnout? O que é? É entendido como uma sí n -
( tiros, assaltos, amea ças de morte , estupro e outros drome resultante de um estresse relacionado ao
traumas). O paciente pode vivenciar diretamente trabalho, caracterizada por trê s dimensões: exaustã o
ou testemunhar o evento traumá tico . O paciente emocional, comportamentos cinicos e desconexõ es
passa a ter sintomas de revivesc ê ncia do ocorrido, com os outros (també m chamados de desumaniza -
sintomas intrusivos , sonhos, torna - se hipervigi - ção); E uma sensa ção de incapacidade ou de baixas
lante e tem sobressaltos, evita persistentemente os possibilidades pessoais (chamada reduzida realização
est í mulos associados ao evento traumático, passa profissional). Ainda não é um conceito completamente
a desenvolver cognição e humor negativos. Até um definido. Não há critérios diagnósticos específicos nos
mê s ap ó s o evento traumá tico é considerado um manuais mais utilizados no Brasil (CiD 10 e DSM 5) .
transtorno de estresse agudo, acima desse tempo Hoje em dia , pelos manuais, seria enquadrada como
passa a ser um TEPT. transtorno de adapta çã o (TA ). 4
3
cr
CL
229
linktr.ee/kiwifz
© Transtornos da ansiedade B diss-ociativos Psiquiatria | Capitulo 4
Quest ão 1 Questão 2
(PREFEITURA MUNICIPAL DE FOZ DO IGUAÇU/ PR - 2018) He acordo (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PAR Á - 2017) Os Transtornos de
com as evid ências, assinale a conduta que é consi- Ansiedade (TA ) sã o um dos mais frequentes distúr-
derada de primeira linha no tratamento dos trans-
tornos de ansiedade na Aten ção Prim ária à Sa ú de,
linktr.ee/kiwifz
Transtornos da ansiedade e dissodativos RESIDfNCIA MEDICA t
fih I
* RESPOSTA £3
Quest ão 3
- .
(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PAR Á 2018) A Sra Maria Raí - Quest ão 4
munda, 62 anos, recorreu á Unidade de Saú de da (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA / SP - 2018) Mulher de 28
Famí lia (USF) da Terra Firme à procura de seu m é - anos apresenta, h á oito meses, crises caracterizadas
dico de família (MFC), Apesar de seus exames esta -
rem todos normais e gozar de boa sa ú de, insiste em
por taquicardia, tontura, dor no peito, tremores, sudo -
rcse, formigamento nas m ãos, sensa ção de desmaio
.
frequentar a USF A. mesma, diante de seu m é dico, e medo de morrer, sem fatores desencadeantes e que
lan ç a vá rias queixas ao mesmo tempo, numa velo - duram cerca de 20 minutos. Desde entã o, est á com
cidade impressionante, numa consulta sem foco. medo de ficar sozinha, s ó sai de casa acompanhada,
eseja fazer novamente um "check - up". Apresenta pois teme passar mal, nã o consegue ficar em lugares
dispneia suspirosa, palpita çõ es e diz que se sente com muitas pessoas. Relata v ários atendimentos no RI
mal. U ma sensa çã o estranha q ue não consegue defi - pronto- socorro de sua cidade, ocasiõ es em que não
nir exatamente, Refere cefaleia ap ó s os afazeres de foram encontradas altera çõ es no exame fí sico e nos
3
O"
casa, à tardinha, "nâ o conseguindo pregar o olho * exames subsidiá rios. Os diagn ósticos mais prová veis
tf?
CL
Diante do caso da Dona Maria Raimumda, marque a e o tratamento farmacoló gico inicial são
alternativa correta .
transtorno de ansiedade generalizado e distimia;
Trata - se de um Transtorno de Ansiedade Gene - fluoxetina.
ralizada (TAG) devendo -se ser referenciada ao transtorno ccmversivo e hipocondria; clorpro-
j
0
especialista, pois o MFC n ão estã apto a iniciar mazina.
o tratamento.
H transtorno de pânico e agorafobia; paroxètina,
0 Suas queixas nã o indicam outra condiçã o clinica, 0 transtorno de somatização e agorafobia; clona -
portanto o MFC deve conduzir o problema apenas
ze parti.
como um quadro de ansiedade.
232
linktr.ee/kiwifz
Transtornos da ansiedade e dissociativos u RESIDÊ NCIA MÉDICA
*
| A Ci
r DIFICULDADE:
J
bem claramente um diagnostico psiquiátrico de
transtorno do p â nico.
Resolução: O transtorno de estresse p ó s- traum ã tico Alternativa C: INCORRETA, Paciente sem história ou in-
ocorre apó s experiê ncia traumática , em que o pa
-
dicio de arritmia . Falso, D) Paciente com ECG normal
ciente passa a reviver a situação atrav és de sonhos e enzimas normais.
e / ou /las/ibacfts, associado à evitação persistente de Alternativa D: INCORRETA.
qualquer situaçã o que lembre o trauma . Sintomas
Alternativa E: INCORRETA. Termo vago que denota ma-
ansiosos e depressivos podem estar associados, mas
nifesta çã o orgâ nica de um problema psí quico. Po-
sonolê ncia , adinamia , letargia e prostra ção n ã o sao
deria até ser utilizado, mas é menos acurado que o
sintomas t í picos do TEPT.
diagnóstico de transtorno do pâ nico (a banca pede
RESPOSTA: 0 o diagnóstico mais prov á vel).
* RESPOSTA: IS
Quest ã o 8
DIFICUIDADEI ]
DIFICULDADE:
um paciente jo-
* Dica do autor Questão que nos traz com histó ria de
*
233
linktr.ee/kiwifz
© Transtornos da í dade e
jnsit dissociativos Psiquiatria ( Capitulo 4
* RESPOSTA: g
-
M
tf
tf
tf
â
li
ã
m
á
«
tf
fi
234
linktr.ee/kiwifz
Capítulo
© Os quadros de humor incluem os quadros depressivos unipolar {ou maior), os quadros tripulares, as
distí mias e outros.
© Humor e afeto naturalmente oscilam ao longo do tempo, quando as oscilações sao intensas, duradouras
,
na
3. DEPRESSÃO: O QUE É?
.
2 O QUE É HUMOR E AFETO?
Tristeza, melancolia, angústia, infelicidade sã o sen -
timentos pr ó prios da existê ncia humana. Quando
Antes de entrar nas quest ões clí nicas, é importante esses sentimentos se ''acumulam ", come çam a ficar
lembrar uma questã o da semiologia psiqui á trica. intensos, duradouros e a trazer prejuí zo, estamos
Humor è o estado de â nimo, o basal, ou o "t õ nus
235
linktr.ee/kiwifz
(>) Transtornos de humor Psiquiatria | Cap í tulo 5
diante de um quadro psiquiá trico conhecido como inflamaçã o e citocinas, quest ões gen éticas e epige-
depressã o. Pode ser chamada de depressão, depres - n éticas e quest õ es ambientais , formação de perso-
são unipolar ou transtorno depressivo maior . nalidade e ocorr ê ncias de vida, altera çõ es de ritmos
biológicos e uso de subst â ncia psicoativas ,
A principal teoria neurobiológica é a teoria monoa -
.
k EPIDEMIOLOGIA min é rgica, que postula que a via final comum da
depress ã o seria altera çã o dos neurotransmissores
A prevalê ncia e incidência da depressão varia um
.
serotonina (5 HT ), dopamina (DA ) e noradrenalina
(NA). Por isso, a maioria dos antidepressivos atual-
-
*
:
pouco entre locais e idades Mas há um car á ter
universal, sendo descrito na literatura h á muitos mente no mercado agem em um ou mais desses
.
milé nios A prevalê ncia atual est á na faixa de S% a neurotransmissores.
16,8% na populaçã o geral. A incid ê ncia pode chegar
a 30% em um ano. É duas vezes mais prevalente em iaI Principais neurotransmissores envolvidos na
mulheres. Tem inicio normalmente entre 20 e 40 depressão = Serotonina, Dopamina e Noradrenalina
anos, com mé dia de 29 anos. Mas pode ocorrer em
crianças em idade escolar e idosos.
Os episódios tê m duraçã o e gravidade muito variáveis . 6 . SINTOMAS
Sem tratamento, tem tempo médio de duração entre
tr ês e Seis meses. Com tratamento, esse tempo se
encurta. No entanto, tempo de depressã o não tratada Os sintomas principais da depressão sã o 1) humor
piora o progn óstico do paciente. Após o primeiro depressivo , 2) falta de interesse ou motivação (ane -
epis ó dio, o paciente tem cerca de 50% de chance de donia ), 3) altera ções de ânimo, apatia e cansa ço.
ter um segundo. Ap ó s o segundo epis ódio, a chance Um dos dois primeiros é obrigat ório para se fazer
de recorr ência é de cerca de 70% e, ap ó s o terceiro diagnóstico (ver crit érios abaixo).
episódio, 90%. À medida que a doenç a progride, o
intervalo entre os episódios diminui e a gravidade Outros sintomas podem ocorrer como sentimento de
culpa , baixa autoestima, desesperan ç a, pensamentos
aumenta. Para evitar essas recaí das, mant é m se a - de morte e ideaçã o suicida, irritabilidade, falta de
medicaçã o mais tempo do que oapenas necessário
para remissão do quadro. Por exemplo, ap ó s remis- energia, altera çõ es de apetite e sono (para mais ou
são do primeiro episódio depressivo na vida, manter para menos), alterações sexuais e dores. Sã o muito m
medica çã o por seis a 12 meses para evitar recaí das. comuns alterações cognitivas como alterações de
concentraçã o e atenção, alterações de produtivi-
Socialmente costuma sert ão debilitante quando a dade, psicomotricidade lentificada ou aumentada.
doen ça coronariana e mais debilitante que o diabetes Sintomas ansiosos, menor capacidade de interação
mellitus. Especialmente porque é mais comum em
jovens, em plena idade produtiva . É a maior causa de
social e isolamento també m podem ocorrer . a
anos vividos com incapacidade ( YLD) e uma das trê s É co mum have r rumin a çõe s de p ensa m entos re pet i ti-
vos e costuma haver distorção da realidade (passada,
principais causas de anos de vida perdidos (DALY).
presente e futura) para o polo negativo, hí pen/alori- a
rando quest ões negativas e desvalorizando questões
positivas.
5. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
Nos casos graves, pacientes podem evoluir para
sintomas psicóticos, normalmente congruentes com
Depressão é uma doen ç a multifatorial que envolve humor. Por exemplo, delí rios de ruína e morte, aluci -
questões pessoais e psicológicas, quest ões biológi- naçõ es com vozes de conte ú do negativo, mandando m
.
cas e gen éticas, além de ambientais As teorias que se matar, xingando ou falando mal . a
tentam explicar a depress ã o perpassam quest õ es
hormonais (alterações de eixo hipotãlamo hipófi -
se - adrenal e tí reoidiano), hipóteses relacionadas ã
- Episódios agudos de tristeza intensa , dura- a
doura e pervasiva ossociado a outros sintomas.
236 â
linktr.ee/kiwifz
Transtornos de humor o RESIDÊ NCIA MEDICA
iH n :11
S) Capacidade diminuí da para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias por relato subjetivo
(
ou observaçã o feita por outras pessoas ).
9) Pensamentos recorrentes de mortelnaosomente medode morrer), ideaçã o suicida recorrente sem um plano
especifico, uma tentativa de suicí dio ou piano especí fico para cometer suicí dio.
t. 0 epis ódio n ão è atribuí vel aos efeitos fisiológicos de uma subst ância ou a outra condi ção m édica.
D. A ocorr ê ncia do episó dio depressivo maior n ã o é mais bem explicada por transtorno esquizoafetivo, esquizofre -
nia, transtorno esquizofreriforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro
transtorno psic ó tico especificado ou transtorno da esquizofrenia e outro transtorno psicó tico nã o especificado
.
Qua nd o o paci ente te m um ú n ico e pisódio, c h amam os episódio pode ser definida simplesmente pela ava-
de episódio depressivo. Se o paciente tem mais de um lia çao clí nica , por pontuação em uma das escalas
episó dio, chamamos de depressã o recorrente. Para diagn ósticas citadas acima e at é pelo n ú mero de
ser considerada recorrente, o paciente tem que ficar sintomas (mais sintomas, mais grave). Normalmente
pelo menos dois meses assintomãtico ou com quadro combinam - se sintomas, com a gravidado e o grau de
muito leve ( não preencher critério). A gravidade do incapacidade funcional gerado por eles.
linktr.ee/kiwifz
(T) Transtornos do humor
8. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
P & iq una Iria | Capitulo 5
—
deprimido e períodos de eut í mia.
-
Hlpmfiania
dade de antecipar felicidade ou prazer. A disforia no
fctanwik toT$-
Mil»
luto pode diminuir de intensidade ao longo de dias *
a semanas-, ocorrendo em ondas, conhecidas como
, -—
•
"dores do luto ". Essas ondas tendem a estar asso - "MdlIflDI í fcrtfi' fm
ciadas a pensamentos ou lembran ç as do falecido. BoprrsMQ &ubc4ndr òmica
O humor deprimido de um EDM é mais persistente lmilB inferor do hmcri
‘nomuT fliMeta, EdnmçríQi
e nã o est á ligado a pensamentos ou preocupações Depressão maior
espec í ficos, A dor do luto pode vir acompanhada de
emoçõ es e humor positivos que n ã o s ã o caracteris - m
ticos da infelicidade e angú stia generalizadas de um Lembro que não é que o paciente fica o tempo todo
EDM. O conteú do do pensamento associado ao luto
geralmente apresenta preocupaçã o com pensamen -
oscilando o humor feito uma montanha russa Ele
pode passar perí odos eutimicos (meses e até anos)
. *
m
tos e lembran ç as do falecido, em vez das ruminações
autocrí ticas ou pessimistas encontradas no EDM.
entre dois epis ó dios ou pode ter ciclagens mais
r á pidas (quatro ou mais episó dios de altera çã o de
m
No luto, a autoestima costuma estar preservada . humor em 12 meses em qualquer polo, com pelo
238
linktr.ee/kiwifz
Transtornos de humor RESIDÊ NCIA MEDICA
^ p n p p
239
linktr.ee/kiwifz
t>) Transtornos de humor Psiquiatria | Capitula 5
o paciento nunca fica em franca mania, que ê um Os episódios dopressivos têm sintomas bá sicos id ê n -
quadro ma is disruptim ticos aos da depress ão unipolar. No entanto, costu -
mam ser mais graves no TB, termais ideaçã o suicida
D Í CA
TB Tipo I = Depressões Manias ou Episódios
e mais sintomas psic ó ticos. Os estados mistos s ão
—-
*
mistos ( podem ou n ão ocorrer hipomanias ) perí odos que o paciente conjuga sintomas de ambos
os polos em um per í odo único. Por exemplo, ele pode
ficar triste ( humor hiipotímico), por é m acelerado e
DICA
TB Tipo U - Depress õ es + Hípomemias irritado. Ficar com anedon í a, por é m com agita ção e
agressividade. Normalmente, para se caracterrzar o
episódio misto, o paciente tem que ter pelo menos
Alguns autores defendem o conceito de "espectro tr ês crit é rios do polo oposto.
bipolar ”. Ao invés de ver os pacientes em categorias
separadas de altera çõ es de humor (depressã o uni-
polar, TB tipos i e II), ver isso como um cant /nui/m.
Para diferencia ção desses quadros, é importante
que clínico investigue ativamente para entender
m
Entre a depressão unipolar e o TAB tipo II clá ssico quadros pregressos. O diagn óstico do TB é clí nico e
existem outros quadros intermediários: psicoses os exames sã o solicitados para excluir causas orgâ -
bipolares com humor incongruente, personalidade nicas, uso de drogas e ver a saúde basal do paciente
,
m
hipertímica com episó dios depressivos, ciclotimia, antes de iniciar a medica çã o.
distimia com episódios de hipomania, mania induzida
por antidepressivos, entre outros.
Na evoluçã o da doen ç a, sã o comuns os episódios 14. CRIT ÉRIOS DIAGMÓSTICOS
ficarem mais frequentes e com perí odos de norma -
.
lidade mais curtos Em alguns casos ( 20% a 30%),
os sintomas podem permanecer patentes mesmo Os crit é rios diagn ósticos do transtorno bipolar em
entre crises, episó dio de depressã o (depressão bi polar) s ã o os
Episó dio de mania e hipomania 6 um período de mesmos do episódio de depressão unipolar. Obvia -
Ihumor alterado persistentemente elevado ou irri - mente o paciente apenas tem que ter passado por
episódios de mania ou hipomania pr é vios ou pos-
t á vel (disfórico), associado a autoestima elevada
e autoconfian ça, aceleração de pensamento e fala, teriores para se fechar o diagn ó stico (Crit ério E n ã o
diminui çã o de necessidade de sono, alterações de existe nesse caso, ver crité rios de episódio depres-
aten çã o, aumento de comportamentos de risco ele- sivo acima ).
vado ( jogos, uso de drogas, sexo, gastar dinheiro) e
Nem sempre é f á cil fazer a diferencia ção entre
dificuldade de controle de impulsos. Podem ocorrer
depressão unipolar e bipolar, especialmente se o
diminui çã o de concentraçã o, confusã o, pensamento
arborizado e “colorido '. Sintomas psic ó ticos sã o
1 paciente teve apenas epis ó dios de hipomania pr é -
comuns, normalmente tamb ém congruentes com vio que nem sempre sã o percebidos. Para ajudar,
humor (delírios de grandeza ou poder excessivo,
vozes de pessoas importantes ou Deus), Ní a hipo -
uma boa anamnese é essencial. Pacientes bipolares
deprimidos tê m mais retardamento psicomotor, mais
É -
sintomas at ípicos (aumento de apetite, hipersoniar
mania, não h ã sintomas psicóticos.
falta de energia acentuada, reatividade do humor,.
Essa altera çã o temi que representar um aumento sensibilidade à rejei çã o interpessoal) e mais sinto-
claro em rela çã o ao comportamento habitual do nias psic óticos. Costumam ter inicio mais precoce da
paciente. Isso è especialmente vá lido nos epis ó dios depressã o, com episó dios mais frequentes, iní cios
de hipomania. Não é qualquer perí odo maí sfeliz ou mais abruptos e história familiar positiva de TB, assim
empolgado que caracteriza mania ou hipomania É
preciso que seja intenso, duradouro (v á rios dias) e
trazer prejuí zo funcional ou ocupacional ( mais na
mania e menos na hipomania). Ê comum o paciente
. como maior risco de suicí dio. Lembre - se sempre de
perguntar sobre hist ória de vida. Muitas mudan ç as
sem motivo aparente ( separa çõ es, mudanç as de
emprego e cidade, por exemplo) falam a favor de
-
í
240
linktr.ee/kiwifz
Li Transtornos de humor
iRESIQÍWCIA MÉDICA
% u n p JM
A. Um per í odo distinto de humor anormal c persistentemente elevado, expansivo ou irritávele aumento anormal e
persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com dura çã o m í nima de uma semana e presente na
.
maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer dura ção, se a hospitalizaçã o se fizer necessária) . Durante
o per í odo de perturbaçã o do humor e aumento da energia ou atividade, tr ê s (ou maí s) dos seguintes sintomas
(quatro, se humor é apenas irrit ável) est ã o presentes em grau significativo e representam mudanç a not ável
do comportamento habitual:
1. Au to estima inflada ou grandiosidade.
-
2 Reduçã o da necessidade de sono ( sente se descansado com apenas tr ês horas de sono).
.
3. Mais loquaz que o habitual ou pressã o para continuar falando.
Fuga de ideias ou experiê ncia subjetiva de que os pensamentos est ão acelerados.
5, Distratibilidade, ou seja, a atençã o é desviada muito facilmente por estí mulos externos insignificantes ou
irrelevantes, conforme relatado ou observado..
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmemte, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou
agitação psicomotora (atividade sem propó sito nã o dirigida a objetivos),
?, Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequê ncias dolorosas (envolvimento
em surtos desenfreados de compras, indiscri çõ es sexuais ou investimentos financeiros insensatos) .
B. A perturba çã o do humor 6 suficientemente grave a ponto dc causar prejuí zo acentuado no funcionamento so -
cial ou profissional ou exigir hospitalizaçã o a fim cite prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existem
.
caracter is ti cas p sic ôtic a s
C. O epis ódio não e atribuí vel aos efeitos fisioló gicos de uma subst â ncia (droga de abuso , medicamento, outro
tratamento) ou a outra condiçã o m édica.
w
cr
Os episódios de mania e hipomania são normalmente controle do sono e boa alimenta çã o . Nos episódios CL
f áceis de diferenciar. Os crit é rios diagn ó sticos para de mania e hipomania do TB, essas orientaçõ es são
hipomania são bem parecidos aos de mania . Os sin- dif í ceis de ser prescritas e obedecidas »
tomas obrigatórios e os sete sintomas associados Terapias psicológicas são tratamentos de primeira
sã o os mesmos, no entanto , esses sintomas sã o linha especialmente levando em considera çã o o
menos intensos, duram menos tempo (mí nimo de
car á ter multifatorial dos quadros de humor . Elas .
quatro dias), nunca vem acompanhados de sintomas ajudam no entendimento das causas do quadro,
psicóticos e principal mente causam pouco ou nenhum autoconhecirnento, fortalecimento da capacidade
prejuí zo funcional ou ocupacional. Por esse motivo, de lidar com as crises, entre diversas outras a çõ es.
muitas vezes passam despercebidos pelo paciente Existem v á rias formas de terapia : cognitivo - com -
e pessoas ao redor. portamental , de base psicanalítica , interpessoal,
breve e muitas outras, cada uma com sua indicaçã o e
benef í cios. Tamb é m tem surgido evid ê ncia cientí fica
15. TRATAMENTO DOS QUADROS com as pr áticas de aten çã o plena (mrndjfu / Jness) .
DE HUMOR Al é m disso, as pr á ticas alternativas ou integrativas
també m podem ser ú teis apesar da baixa evidência
cientifica: arteterapia , musí coterapia, florais de Badir
I .
15.1 MEDIDAS N ÃO FARMACOLÓ GICAS fitote r ã picos (valeria na, hipericum , entre outros).
241
linktr.ee/kiwifz
(7) Transtornos de humor Psiquiatria | Capitulo S
15.2. TRATAMENTO FARMACOL ÓGICO dos pacientes não respondem ao tratamento mesmo
adequado e 20% nã o respondem mesmo ap ó s dois
DEPRESSÃ O UNIPOLAR
tratamentos adequados.
Nas depressões leves, existe grande variação de reco- Os inibidores seletivos de recaptaçã o de serotonina ,
mendações . Algumas diretrizes sugerem inicialmente na maioria das diretrizes, costumam ser considerados
pr ática de exerc í cios f í sicos e conduta expectante. a primeira escolha porque s ã o bons antidepressivos
Psicoterapia e uso de medica çã o ficariam restritos e tem melhor perfil de efeitos colaterais, menos inte-
aos quadros que n ão respondem a essas medidas. Na ra çã o medicamentosa e melhor tolerabilidade. Sã o
depressão moderada, pode ser recomendada psicote- eles: escitalopram, citalopram, sertralina. fluoxetina ,
rapia OU medicaçã o e a combinação dos tratamentos paroxetinaefluvoxamina . Apesardeexistirpequenas
caso o paciente nã o responda ã monoterapia . Nas diferenças entre eles, em teoria s ã o bem parecidos
depressões graves, a combinação é a mais indicado,
com varias medica çõ es e eletroconvulsoterapia . 01CA
Arrt / depressí vos de primeiro escolho = ISRS;
OICA Depressão í eve = Medidas nã o farmacol ógi - Os inibidores de recaptação de serotonina e noradre-
cas . Depressão moderada: medicaçã o ou terapia. nalina (IRSN ou duais), venlafaxina , desvenlafaxina e
Depress ão grave: Medicaçã o e terapia. duloxetina també m sã o ótimos, ajudando em ques-
tões como dores cr ónicas e tem a ção ativadora . Os
Existem diversas categorias de antidepressivos, todos antidepressivos tricíclicos (ADT) são potentes, mas
com sua potência particular. A efic á cia dos antide - j ã t ê m perfil de efeito colateral mais intolerá vel e,
pressivos de primeira linha parece ser compar á vel, portanto , são mais indicados em casos refrat á rios.
A escolha doantidepressivo a ser usado fica sempre Sã o eles: amtriptilma , nortriptilina , clomipramina ,
condicionada a diversas quest ões como o pr óprio imipramina , maprotilina . Existem os inibidores da
quadro clínico, sintomas mais presentes, idade, monoaminoxidase (IMAO), antidepressivos antigos
sexo, efeitos colaterais e posologia da medicação e e com muita interaçã o pouco usados hoje em dia
resposta anterior ã medica çã o. Sempre iniciar a medi- (tranilcipromina e modobemida ).
ca ção em doses baixas e aumentar gradualmente, Há diversos outros antidepressivos mais modernos
a depender da resposta (ou falta de resposta) e da e novos e alguns at é com mecanismos de açã o que
toler â ncia do paciente. Deve - se usara medicação em não envolvem as monoaminas. Exemplos: mirtazapina
dose terapêutica má xima ou má xima tolerada pelo (melhora sono e apetite), trazodona (melhora sono,
paciente durante tempo suficiente (8 a 12 semanas) sem efeito sexual), vorlioxetina (bem parecido com os
para saber a resposta. A melhora começa a aparecer ISRS, mas sem efeitos sexuais), bupropiona (Inib í dor
apó s 10 a 15 dias usando a medica ção, e em duas a de recaptaçã o de noradrenalina e dopamina , tem
tr ê s semanas espera - se uma reduçã o de 20% dos sin - certo efeito ativador e inibe apetite, sendo usado
tomas. A resposta é considerada quando h ã melhora tamb é m para tabagismo), agomelatina (antidepres-
de 50% dos sintomas e remissão quando h â melhora sivo melatonin é rgico), entre outros.
de 90% a 100% dos sintomas. Em m é dia , 30% a 40%
Alguns antidepressivos mais usados com doses:
242
linktr.ee/kiwifz
Transtornos de humor O RESID
a m
ÊNCIA MÉÔIGA i|«
mí Observações
Medicação Apresentaçã o Dose terap êutica
10, 15 e 20 mg Dose única, pela manhã
Esdtalopram 10 a 30 mg
Gotas ( 20 mg /ml)
25 e 75 mg 75 a 300 mg
Amitriptilina Sonolência, efeito
Nortriptilina 25 e 75 mg 50 a 200 mg anticolin è rgico,
aumento de apetite
Clomipramí ria 25 e 75 mg 75 a 300 mg
Melhora sono e
Mirtazapina 15, 30 e 45 mg 15 a 45 mg aumenta apetite
243
linktr.ee/kiwifz
© Transtornos de humor Psiquiatria | Capitulo 5
a fun çã o . També m pode afetar a glâ ndula tireoide. depressã o uni polar o bi polar Em monolerapia, eles
Sua margem terapê utica é relativa mente estreita NUNCA devem ser usados em pacientes bipolares. A
(normalmente: 0r 6 a 1,2, mas varia conforme local e associa ção de estabilizadorde humor + antidepres-
idade, assim, é mais baixa entre idosos) e deve ser sivo pode ser usado com cautela , sempre iniciando
monitorado com litemias regulares. o estabilizador de humor primeiro para só depois
come çar osantidepressivos . Osantidepressivos com
DICA Uso de
litio: litemias regulares e acompanhar menos risco de virada o, portanto, mais indicados
são ISRS e bupropí ona .
funçã o renal e tireoidiana;
-*
-
DICA
0 uso de antidepressivo n ão deve ser incentivado Cuidado com uso de arct / depressivos no TBr
nesses pacientes pelo risco de indu çã o de virada em monorerap/ a. Mesmo associado ,
nurTCír ust?r
man í aca ( paciente sair do episó dio depressivo para ter cautela .
um epis ó dio de mania induzida pela medica çã o) ,
risco de estados mistos e risco de simplesmente Alguns dos estabilizadores de humor mais usados :
não tratar,, jã que são fisiopatologias diferentes da
linktr.ee/kiwifz
:o
s
RESID ÊNCIA MÉDICA
Transtornos de humor i pn
yi
Questã o i Quest ão 2
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÂO PAULO - 2018) Mulher, 25 anos {UNIVERSIDADE DE S ÂO PAULO - 2018) Mulher de 35 anos
de idade procura pronto-atendimento, referindo per - de idade vem em consulta de retorno para trazer
da do interesse por tudo , tristeza com choro fácil e os exames solicitados h à 3 semanas. H á 8 meses
ganho de peso há 3 semanas. Relata muito sono e tem desânimo intenso e diá rio, dificuldade de con-
mesmo dormindo 10 horas por noite, acorda cansa- centra çã o e para dormir e ganho de peso de 5 kg.
da. Prefere ficar sozinha na maior parte do tempo e Desde então tem muitas dificuldades nas suas ati-
pensa que isso possa ser um castigo por algo que vidades profissionais, no seu relacionamento com
fez, mas não sabe o qu ê . Nega ter qualquer outra filhos e marido e perda de prazer nas atividades do
doen ça , bem como uso de drogas lí citas ou ilí citas, trabalho e com sua fam í lia . N ão tem antecedentes
O diagn ó stico e a conduta , respectivamente , sã o: m ó rbidos relevantes. O exame clí nico é normal. Traz
os seguintes resultados; <0
Episódio depressivo, acompanhamento ambula -
torial com antidepress í vo. E *amcâ séricos *
ff *
TSH 3,9 |iUI/m1 TRAE3 Positiva
Epis ó dio depressivo, internação em unidade psi - ri
CL
J4 livre Q.3 nfl/dl Anii-TPO Positivo
quiátrica .
B Episódio esquizoafetivo, acompanhamento am - te tireoide com
Ultrassonografia de tireoide: aumento í
bulatória! com estabilizador do humor. múltiplos nódúlos
Episó dio esquizoafetivo, acompanhamento am -
bulatorial com anti psic ó tico. Qual ê a conduta terap ê utica para a principal hip ó -
tese diagnóstica?
01 Episódio depressivo com sintomas psicó ticos,
acompanhamento ambulatorial com antidepres-
sivo eaniipsí c ótico. Propiltiouracil.
Levotiroxina .
BIFIÍ ULDAnR B Sertralina.
Zolpiden.
Alternativa A; CORRETA. Paciente possui crit é rios diag-
nósticos de Depressã o Maior. Deve ser acompanha -
da ambulatorialmente e prescrito antidepressí vo . DIFICULDADE;
Alternativa B: INCORRETA. A paciente n ã o apresenta cri- Alternativa A: INCORRETA. Droga utilizada para tratar
t é rio para internaçã o , nã o refere plano ou tentativa hipertireoidismo, n ão compatí vel com a hist ó ria
de suicí dio. clí nica da paciente.
AlternativasC e D: INCORRETAS. A paciente não apresenta Alternativa B: INCORRETA. A paciente n ã o possui hipoti-
sintomas compatí veis, não hã relato de ideias deliran- reoidismo, portanto não é recomendada levotiroxí na .
tes ou alucinaçõ es, alé m dossintomas de depressão.
AlternativaC:CORRETA. O quadro da paciente é compa-
Alternativa E: INCORRETA. N ão há sintomas psic óticos. tí vel com Depressão Maior , segundo DSM - V: Para o
RESPOSTA: H diagnóstico da depressão maior, > 5 dos seguintes
245
linktr.ee/kiwifz
(>) Transtornos de humor Psiquiatria I Cap í tulo 5
--
todas ou quase todas as atividades durante a
divorciados), ateus, desempregados, profiss ões (po -
maior parte do dia
liciais, bombeiros, trabalhadores da á rea da sa ú de),
• Ganho ou perda ponderai significativo (> 5%) ou uso de á lcool e drogas , abuso na infâ ncia, presença
diminuiçã o ou aumento do apetite de doen ça mental e tentativa pr é via .
Alternativa A: INCORRETA. Mito. Geralmente quem fala
Ins ó nia (muitas vezes insó nia de manuten ção do
sono) ou hipersonia tem uma grande chance de cometer suicí dio , *
0
• Agita ção ou atraso psicomotor observado por Alternativa B: CORRETA.
outros { n ã o autorrelatado)
AlternativaC: INCORRETA. Jovens negros s ã o minoria .
0
• Fadiga ou perda de energia Alternativa 0: INCORRETA. As mulheres tentam mais,
• Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou por é m homens se matam mais.
í napropriada
Capacidade diminu í da de pensar, concentrar- se * RESPOSTA: Q
ou indecisão
• Pensamentos recorrentes de morte ou suicidio, Quest ã o 4
tentativa de suic í dio ou um plano especifico para (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA / DF - 2018) No que se
cometer suicídio
refere ao transtorno depressivo maior e à distimia,
Sendo assim, a Sertralina, Inib í dor da Recapta ção julgue o item subsequente. Em pessoas com diag-
de Serotonina, é recomendada para o tratamento. n ó stico de depressão maior, a distimia representa
Alternativa D: INCORRETA , ?olpfden é um fã rmaco hip - a fase aguda, de curta dura çã o, com sintomas mais
n ótico, n ão benzodiazepinico . Portanto , n ão trata a intensos,
Depressão Maior , Pode ser usado para dificuldade ( ) CERTO
de dormir. ( ) ERRADO
s RESPOSTA: H
DIFICULDADE:
«*
maior parte do dia
246
linktr.ee/kiwifz
-
RESIDE HCIAMFDISÀ Cap . 5
Transtornos de humor i iii n ri
^ RESPOSTA; KH
Questão S
2 dias . cr
5 dias .
CL
B 7 cl ias.
10 dias.
14 dias.
r DIFICULDADE :
1
Resolução: O DSM-5 estipula nove crit érios para de
pressã o, dos quais cinco devem estar presentes .
Para frmar um diagn ó stico, é necess á rio que os
sintomas estejam presentes por pelo menos duas
semanas, representem uma alteraçao em rela çã o ao
funcionamento anterior e que um deles seja obri -
gatoriamente (1) humor deprimido ou (2) perda de
interesse ou prazer.
RESPOSTA: Q
linktr.ee/kiwifz
-
--
© Fixe seus conhecimentos !
gira Jse esse espa ç o para construir fluxogramas e fixar $eu conhecimento!
á Q à
Use esse espado para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento ]
Z48
linktr.ee/kiwifz
Fixe seus conhecimentos! o RESID ÊNCIA MÊ OICA
i' Jj «;
Use esse espa ço para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento!
269
linktr.ee/kiwifz
-
(T) Fixe seus conhecimentos!
<
P
FIXE SEU CONHECIMENTO COM RESUMOS
250
linktr.ee/kiwifz
R êSIQÉNCÍAMÊDIGÁ
Fixe seus conhecimentos! i «
linktr.ee/kiwifz
© Fixe seus conhecimentos!
:
í6i
ò?
b
FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOGRAMAS
252
linktr.ee/kiwifz
Fixe seus conhecimentos! RESIDÊNCIA MÉDICA
Use esse espaço para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento!
253
linktr.ee/kiwifz
( V) Fixe seus conhecimentos!
i
i
t
i
4
4
4
254
linktr.ee/kiwifz
WESIOÉWDIA MÉDICA
Fixe seus conhecimentos í 1 A íl I 1
255
linktr.ee/kiwifz
© Fi see seus conhec ime ntos!
c5 § E
U!
í esse esPa Ç» para construir
fluxo gramas e fixar seu conhecimento!
~ ~
ém à
256
linktr.ee/kiwifz
SUMARIO Módulo I C
C
RADIOLOGIA DERMATOLOGIA
.
1 Radiografia de abdome .
1 Doenç as eczematosas
2. Tomografia do abdome 2 . Farmacodermias
3. Uí trossonografia da abdome
4. imagens na gmeeofog /a -obstetacia
5. Radioiogia musadoesqueié tica
.
6 Neurorradiologio
3. Psoríase e í /quen piano
4. Acne
5. Leishmaniose tegumentar
americana
6. Dermatoviroses
-
#
#
1- imagem do t órax
7 . Oncodermoto/ ogia
8. Micoses catâneas
9 . Paras itoses de peie
PSIQUIATRIA
.
1 Deiirium
t
2 . Transtornos psic óticos
.
3 Transtornos relacionados a subst âncias psicoativas
4. Transtornos da ansiedade e dissociatiVos
5. Transtornos de humor
-.
ISBN cí 7 â t 5 « c n o n ? - 4 -i
SANAR
9 706599 019241
linktr.ee/kiwifz
linktr.ee/kiwifz