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EXTRAS Módulo

Daniel Herculano
Orneia Vendruscolo
Rafael Góis Campos

RESID ÊNCIA MÉDICA


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C Todos Q & direitos autorais
dest ã obra são reservados e protegidos ã Editora Sanar Ltda pela
de Fevereiro de 1998, É proibida a duplicaçã o ou reprodu . Lei n? 9,610, de 19
ção deste volume ou qualquer parte deste livro, no todo
ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (
eletró nico, gravação, fotoc ópia ou )
outros , essas
proibições aplicam- se também á editoração da obra, bem
como ãs suas caracteristicas grá ficas, sem permissã o
expressa da Editora,

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Tí tulo [ Extensivo 2020: Fxtras I m
Editores ! Caio Munes
Felipe Marques da Costa
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Daniel! Herculano
Orneia Vendruscolo
Rafael Gó is
Projeto gráfico e diagramaçãol Rkhard Veiga Editoração
Capa | Cl á udia Guimarã es m
Edição de Texto | Thais Nacif
Conselho Editorial | Caio Nunes
Felipe Marques da Costa
Viní cius C õgo Destefani

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Editora Sanar Ltda.
RU3 Alceu Amoroso Lima, 172
Caminho djs Á rvores,
Ed1, Salvador Qíftce & Poot, 3? andar.
SANAR -
CEPL 4ia?0-7?0, Salvador BA.
Telefone 0&0Q 33 ? 6262
www.editorasanar.com.br
ateod imento teditorasajij rcom.br
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RESIDÊNCIA MÉDICA

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AUTORES

m I ORNELAVENDRUSCOLO I RAFAEL GOIS

R M é dica residente em dermatologia no Hospital M é dico Psiquiatra pela Universidade Federal


Sírio Libanês - SP, início em 2018 . Graduada na de Sã o Paulo. Graduado na turma de 2014 pela
turma 2015.2 na Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
cursou um ano da faculdade de medicina na Especialista em Medicina de Família e Comu-
m Università Sapierua di Roma , com bolsa pelo nidade, Sa ú de Coletiva e Medicina Preventiva
Programa Ciência sem Fronteiras da CAPES. Foi pela Universidade Federal de Pelotas.
m
bolsista e monitora da Universidade Federal da
m Bahia e esteve envolvida em pesquisa nacio-
nal sobre a toxicidade dos anti- retrovirais em
pacientes com HIV- AIDS.
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I DANIEL HERCULANO

Mé dico Residente em Radiologia e Diagn ó stico


B por Imagem na UNIFESP. Graduado na turma de
2014 na Universidade Federal de S ã o Carlos.

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RESIDÊNCIA MÉDICA

COMO GARANTIR UMA APRENDIZAGEM


EFICAZ E UMA RETENÇÃO DURADOURA?

Tentar aprender muitas informações e conteúdos juntos e rapidamente pode diminuir


a sua habilidade de reter, relembrar e usar esse aprendizado, pois a memoriza çã o
dos fatos isolados não ajuda a criaçã o de conexões entre os conceitos, alé m de
nã o estimular a interligação entre o conhecimento pr é vio e aprendizados novos .
Entender e conectar as informa çõ es estudadas é essencial tanto para a nossa mem ória e retençã o,
quanto para as futuras aprendizagens. Por isso é tã o importante garantir que voc ê entendeu o que
acabou de estudar e criou as conexões necessá rias entre os conceitos. Seguem algumas sugest õ es
para que você possa fazer isso de maneira r á pida e eficaz durante os seus momentos de estudo:

1. MAPAS MENTAIS

0 Mapa Mental é uma ferramenta para organizar, memorizar e analisar


melhor um conteúdo especifico.

o Quando fazer: Quando você precisa entender como os conceitos estã o


inter-relacionados ou memorizar partes importantes do assunto.

O Como fazer: A partir do Titulo e da sua lista de palavras, comece a criar o seu Mapa:

a) Enquanto estuda um assunto, comece a escrever uma lista de palavras importantes que
voc ê não pode deixar de entender e reter na sua mem ória. Enquanto faz isso, pense em
como essas palavras se conectam entre si.

b) Coloque o título no centro da folha. A partir dele, puxe linhas que conectem as informações
associadas ao título, que ser ã o algumas das palavras da sua lista.

c) Pense em outras conexõ es subsequentes e v á conectando as palavras umas com as outras


seguindo uma sua lógica, por exemplo: Causa Efeito, Sintoma - Doen ç a, etc.
-

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(7) Como garantir uma aprendizagem eficaz e uma retençã o duradoura?

d) Utilize formas geométricas para distinguir as palavras do seu mapa por categorias, por
exemplo, use retângulos para todas as palavras que se encaixam na categoria Causas, use
eclipses para as palavras que você encaixa em Efeitos.

e) Use cores diferentes para deixar o seu mapa mental ainda mais claro e conectado. Defina
as cores que você ir á utilizar para cada categoria ou cada tipo de conex ã o.

Ilustra çã o de mapa mental.

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Mais efetivo Pensamentos

Essa tarefa pode at é demorar um pouco mais no começo , mas , com um pouco de
pr ática, você não vai gastar mois do que 10 minutos para garantir um entendimento
aprofundado e uma aprendizagem mais eficaz e duradoura.

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Como garantir uma aprendizagem eficaz e uma retenção duradoura? Ti
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2. FLUXOGRAMAS

Para que a aprendizagem seja realmente significativa, precisamos tam-


b é m garantir o entendimento dos contextos e das conexões que existem
entre os diferentes assuntos. Atrav é s do seu Mapa Mental, você garantiu
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o seu entendimento e criou as conexõ es necess á rias para entender um
i conceito especí fico. Construindo o seu próprio Fluxograma, voc ê poderá
expandir o seu entendimento dos assuntos complexos, conectando vários
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ò ò conceitos importantes entre si e com os seus contextos.

k O Quando fazer: Qs Fluxogramas s ã o ideais para consolidar processos e passo a passos! Por
exemplo, você pode começ ar o seu Fluxograma com uma suspeita diagn óstica, para depois
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passar pela classifica çã o e chegar até o tratamento.

o Como fazer: A partir do seu objetivo, defina o título e os assuntos que ir ão entrar no seu Flu -
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xograma:
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a ) Depois de ter estudado um assunto mais amplo, pense no quadro completo que você precisa
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entender e saber. A partir disso, crie a lista de palavras, conceitos e frases mais importantes
k que você precisa incluir para atingir o seu objetivo,
»
b) Coloque o Título no centro da folha. A partir do tí tulo, puxe linhas que conectem as infor-
k maçõ es associadas ao título, que ser ã o algumas das palavras ou frases da sua lista.

c) Pense em outras conexões subsequentes e vá conectando as palavras e os conceitos até


sentir que o processo e o conteúdo estão completos.

d) Defina e segue uma lógica, por exemplo: Sintoma-Suspeita Diagnóstica-Exames-Cíassifica-


çâ o -Tratamento.

e) Utilize formas geom étricas para distinguir as palavras do seu mapa por categorias, por
i exemplo, use retângulos para todas as palavras que se encaixam na categoria Causas, use
eclipses para as palavras que você encaixa em Efeitos,

f) Use cores diferentes para deixar o seu mapa mental ainda mais claro e conectado. Defina
as cores que você ir á utilizar para cada categoria ou cada tipo de conexã o.
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© Como garantir uma aprendizagem eficaz e uma reten çã o duradoura?

No final , você terá um grande Fluxogroma que nã o só vai garantir o seu entendi -
mento, mas facilitar á a revisao dos assuníos mais amplos e ajudar á o
seu cérebro
a aprender, reter e saber usar as informa ções esíucfacfas.

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Como garantir uma aprendizagem eficaz e uma retenção duradoura? o RESIDÊ NCIA MÉ DICA
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3 RESUMOS

Para garantir o entendimento e a retenção das informaçõ es estudadas,


um outro fator importante é a reflexã o . Refletir sobre o assunto estudado,
tomo os conceitos importantes se conectam entre eles e como aquele
aprendizado pode ser aplicado, ajuda voc ê a fazer as conexõ es necess árias
e organizar as informa ções recebidas para retê - las na mem ó ria. Por isso,
uma outra atividade essencial na sua rotina de estudo é escrever Resumos.

o Quando fazen Sempre que estudar ! Resumos de fechamento sà o essenciais para a aprendizagem,

o Como fazer: Para executar essa estrat égia você ir á precisar s ó de alguns minutos, ma $ tamb ém
de concentra çã o e reflexã o .

a) Enquanto estiver estudando, leia e escute com atenção.

b) Marque ou grife as palavras chave no texto ou as anote no seu caderno caso voc ê esteja
assistindo uma videoaula.
c) Assi m q ue terminar de estudar informa ções novas, olhe para as suas palavras chave e reflita
sobre 2 perguntas;
* O que acabei de aprender sobre o assunto?
• Como isso se conecta ou se relaciona com o que eu já sabia?

d) Come ç a a escrever breves respostas, de no m á ximo 10 linhas para cada uma dessas per-
guntas.

e) Garanta que o seu texto seja sucinto, sem repeti ções e descriçõ es desnecessá rias, mas que
responda bem à s perguntas acima.

t. O QUE FAZER COM ESSES MATERIAIS DEPOIS ?

41K Estudos recentes comprovam que a retenção das infò rma çõ es na nossa
mem ória depende diretamente da quantidade das vezes que acessamos
essas informa ções. Por isso, estudar um assu nto pouco a pouco e nã o tudo
de vez e revisar com frequência é muito importante para garantir que na
hora da prova você ir á conseguir lembrar o que aprendeu sem dificuldades.
Para aproveitar melhor o seu tempo de estudo e garantir revis ões boas e
frequentes, você pode usar os seus Mapas Mentais, Fluxogramas e Resumos criados no momento
do estudo para revisar os assuntos já estudados ao longo do ano. Isso ir á fortalecer as sinapses
criadas e garantir a reten çã o das informa çõ es na mem ória a longo prazo.

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RESIDÊ NCIA MEDIDA
Conheça a apostila I * n a a

Fixe seus conhecimentos!

Ao final da apostila e de alguns cap í tulos voc ê encontrar á


espaç os para construir mapas mentais, fluxograrnas
ou fazer resumos e, assim, fixar seu conhecimento!

E Fim

FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOORAM AS


FiiS ISilk twfwtll !

FIXE SEU CONHECIMENTO COM RESUMOS


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FIXE SEU CONHECIMENTO COM MAPAS MENTAIS

UM FS&£ FSjSJço para cdnWuir mapas, msriLaia t< hxP wu contai:imcn!.#!

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15

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RESID ÊNCIA M É DICA

RADIOLOGIA 25

Cap í tuiú i RADIOGRAFIA DE ABDOME 27


1, Abdome agudo * . .
4 4 r r r i 27
1.1. Abdome agudo obstrutivo J i i i i 27
1.2 . Abdome agudo perfurativo - 29
2- Radiografia de abdome em outros contextos , 29
2.1 . Calcifica çõ es 29
2.2 . Hisleroi à alpingografia . 30
2.3 . Es ó fago - est ô mago duodenografia lEEDI 30
2.4 . Enema opaco - 31
Quest õ es comentadas + + +
* i 32

Cap í tulo 2. TOMOGRAFIA DO ABDOME 35


1, Abdome agudo inflamató rio + •»• + r * m 35
1.1, Pancreatite aguda 3ó
2. Oiverticulite aguda * * * " + + + J 36
3. Abdome agudo vascular + * * + + * 37
4. Aneurisma de aorta t t t 3B
5. Les õ es hep á ticas ** * + + »
* * * * m 39
6. Hepatocarcfncma ( CHCJ * + * 39
7 Hemangioma 40
8. Hiperplasia nodular focal 40
9. Adenoma hep á tico +
* * * * <
* - 41
10. Cisto hep á tico simples 41

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i (?) Sumário

TT . Lit í ase renal


12. Trauma
41

;
42
13 . RM abdome
43
Quest ões comentadas
44

Capítulo 3. ULTRASSONQGRAFIA DO ABDOME


49
1. Có lica biliar
49
1.1 , .
ColecistoUtí ase . . .. , .
49
1.2 . Colecistite aguda Í CCA )
50
2 . Apendicite
50
I
3 . Trauma
50 «I
4. Reten çã o uriná ria .... . . 51
i 5. Nefrolití ase .
52
Quest ões comentadas . . . . ..
53

Capítulo 4. IMAGENS NA GINECOLOGIA- OBSTETR ÍCIA


57
1. Dor pé lvica
57
2. Tor çã o ovariana ( anex í al)
58
3 . Tumor anexial
59
4. Gesta çã o ect ó pica
59
5 . Miomas
61
6. N ó dulos na mama
61
7. Mamografia
61
8. USG mam á ria
63
9. N ó dulos benignos da mama . . .
63
10. Gesta çã o .
63
10.1. Evolu çã o natural da gesta çã o
63
10.2 . Avalia çã o da vitalidade fetal
64
Quest õ es comentadas
67

Cap ítulo 5. RADIOLOGIA MUSCULOESQUELÉTICA


73
1. Trauma , . * ,
73
1.1. Fraturas de ossos longas
73
1.2 . Fratura p é lvica , -
.
4 f t 74
1.3 . Luxa çõ es ,
74
1.4. Artratgias
74

18
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Htj. WNLIn Mí LilCíi
Sumário

1.5. Gota ... .. 75


1.6 . EspondiLite anquilnsante 76
Quest õ es comentadas « -r
•• 77

Cap í tulo 6 . NEURORRADIOLOGÍ A 79


T, Trauma cranioencef á lico + + + •§
* * * 79
2. Cefaleia s úbita 01
3. D éficit focal s ú bito ** * + * * 81
4. Tumores e infec çõ es . „ . 83
5. Algumas no çõ es de resson â ncia magn é tica { RM ) , * + 4 84
6. Neurorradiografia - O que preciso saber 85
Quest õ es comentadas * * * * * * 86

Capitulo 7. IMAGEM DO TÓRAX 91


T. Radiografia normal e m étodo ABCOE - 91
11. M étodo ABCDE 91
2, Les õ es principais nos contextos mais prevatentes 92
2.1 . £ trauma ? 92
2.2. É dispneia? 93
2.3. É febre? i i i i r 94
2.4. É suspeita de neoplasia ? 96
£.5. É outra coisa? 97
Quest õ es comentadas 98

DERMATOLOGIA 103

Cap í tulo ! DOENÇAS EC 2EMATOSAS 105


1. Introdu çã o . . m +
* <# + + + » 105
2. Dermatite ató pica 106
3. Dermatite de contato 108
3.1 Dermatite de contato por irritante primá rio 108
3.2. Dermatite de contato al érgica 109

4. Dermatite seborreica P - * * *
P •ft § + +
* no
Quest õ es comentadas 112

19
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(7) Sumário

Capí tulo 2 . FARMACODERMIAS 115 i

1. Introduçã o 115 <


l
2. Exantema + * 115
i
'

3. Urtic á ria / angioedema . 116


4. Eritema pigmentar fixo
I
116
5. Eritema polimorfo . . . . 117 4
6. Síndrome de Stevens - Johnson (SSJ) e necr ólise epidérmica toxica ( N E T ) . . . . 117 4
7. S índrome DRESS . . . . 119
ê
r 8. PEGA 119
9. Erup çã o acneiforme . • f i a f
* *• 119
«
10. Vasculite 120
i 11. Fotodermatose 120
Quest õ es comentadas . . . 121

Capí tulo 3. PSORÍASE E LÍQUEN PLANO 125 m


1. Psoriase . . . 125 m
2. L í quen plano 129
*m
*• * f
*

Capí tulo 4 . ACNE 133


1. Introduçã o 133
2. Clínica 134
3. Tratamento 135
3.1. Tó pico em monoterapia 135
3.2 . Tó picos combinados . . 135
..
3.3. Sist émicos . . . . . . . . 135
4. Acne da mulher adulta .. 136
5. Erup ções acneiformes .. « f <1 n ... 137
5.1. Cloracne 137
Refer ê ncias I r 137
Quest õ es comentadas . . ... . 138

Cap ítulo 5 . LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 141


1. Introduçã o .. 141
2. Patogenia . . . - * * •* + . 143
3. Quadro clinico 143
3.1. Forma cut á nea localizada 143

20
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Sumá rio RESIDÊNCIA MEDICA
1 a n

3.2. Forma mucosa e cut â neo - mucosa 144


3.3. Forma cut á nea an érgiea difusa . 144
3.4. Forma culà nea n ã o ulcerada ou at í pica 144
4. Diagn ó stico . » f -r *r r r r 144
5 , Tratamento * * * * * * * f . 145
5.1. Antimonial pentavalente ( glucantime ) . 145
.
5.2 Pentamidina . , - i í 145
5.3. Anfotericina B 145
Refer ê ncias * *
„ * * .... 145
Questõ es comentadas 146

Capí tulo 6 . DERMATOV1RQSES 151


1. Introdu ção ,, +
* * * * * * .. 151
2. Herpes v í rus humano . . . 151
2.1. Herpes simplex 1 e 2 , . 151
3. VariceLa - zoster ( VZV ) , . . 154
3.1. Varicela 154
3.2. Herpes zoster. . . . .. . , 154
4. Papilomavirus humano . . 155
4.1. Verrugas na pele , . , . . 155
4.2 . Verrugas nas mucosas 155
5. Molusco contagioso 157
Refer ê ncias . , ¥
* * «i ai ii m .. 157

Capí tulo 7. ONCODERMATOLOGIA 159


1. Introduçã o 159
2. Les õ es pr é malignas 160
2.1. Queratose actínica ( queratose solar! 160
2.2 . Doenç a de Bowen 160
2.3 . Eritropí asia de Queyrat / papulose Bowenoide 160
..
2.4 . Corno cut â neo . . . . . . . . . . . . . . . ... . . ... . .. . ... . . 161
3. Carcinoma basoceluLar CBC < > 161
4. Carcinoma espinocelular (CEO 163
4.1 . Tratamento do carcinoma basocelular e espinocelular 164
5. Nevos melanó cit 05 165
6. Melanoma 166
Refer ê ncias 169

21
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(7) Sumário

Capítulo 8. MICOSES CUTÂNEAS 171


1. Introduçã o 171
2. Exames mitol ó gicos 171
3. Micoses superficiais 171
3.1 . Pitiríase versicolor 171
3.2. Tinea negra 172
3.3. Piedra negra 172
3.4 , Piedra branca 173
3.5. Tinea ( dermatofitose) 173
3.6 . Tinea corporis 174
I
3.7. Tinea cruris 174
3.8. Tinea pedis 175
3.9. Tinea unguium ( onicomicosc ) 175
i .
3.10 Tinea inc ó gnita 175
3.11, Dermatofitide ( IDE) 175
3,12. Candidíase 176
4. Micoses subcut â neas 176
4.1. Esporotricose 176
4 , 2, Cromomicose (cromoblastomicose) 177
4.3. Lobomicose . 178
4 , 4 . Mrcetoma 178
Referê ncias 179

Cap ítulo 9, PARASITOSES DE PELE 181


1. Escab í ose 181
2 , Pediculose 183
3. Tunguí ase 184
4. Cimicidí ase 165
5. Mííase 185
6. Larva migrans cutâ nea 186
Refer ê ncias 187

PSIQUIATRIA 189

Cap ítulo 1. DELIRIUM 191


1, Agita çã o psicomotora 191
1.1. Manejo. 192

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RESID Ê NCIA MÉDICA
Sumário

Suic ídio . . 194


2.
3. Crise de ansiedade 195

Questõ es comentadas 197

Capí tulo 2 . TRANSTORNOS PSICÓTICOS 203

1. 0 que é psicose? * « 203

2. Esquizofrenia: 0 que é? .
204
3. Epidemiolog í a 204
204
4 . Etiologia e fisiopatologia + *

5 . Sintomas e curso clínico 204


205
6. Tratamento - * »
••
*

Quest õ es comentadas
207

Cap ítulo 3. TRANSTORNOS RELACIONADOS A SUBSTÂ NCIAS PSICOATIVAS . 211


1* Conceitos iniciais . . . .. *
211
1.1. Intoxica çã o, abstin ê ncia e manuten çã o .. 211

2 . Conceitos gerais sobre depend ê ncia de drogas . . , i' * m


*
i 1' ui !
' d' B 211

3. Álcool . 212
3.1 . Intoxica çã o alcoólica 212
212
3.2 . Síndrome de abstin ê ncia alco ólica (SAA )
215
3.3. Fase de manuten çã o de abstinê ncia do á lcool . . . .
4. Transtorno por uso de outras drogas .. 216
216
4.1. Uso agudo e intoxica çã o a outras subst â ncias . , .
218
5. Abstin ê ncia a outras subst â ncias .
Quest õ es comentadas .... 220

Cap í tulo 4 TRANSTORNOS DA ANSIEDADE E DISSOCIATIVOS 225


225
1. O que é ansiedade?
Prevalê ncia 225
2.
226
3. Etiologia e fisiopatologia
226
4. Os quatro transtornos ansiosos
227
5. Tratamento
226
6. Outros quadros relacionados à ansiedade
Questõ es comentadas T f 230

23

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( >) Sumário %
4
Capítulo 5 . TRANSTORNOS DE HUMOR 235 é
1. Introduçã o . 235 â
2. 0 que é humor e afeto ? . 235
ê
3. Depress ã o: o que é? . . . * * 235
I
4. Epidemiologia . ..... . . 236
ê
5. Etiologia e tisiopatologia 236 ê
6. Sintomas 236 «
7. Crit é rios diagn ó sticos . . 4
* * f 237
8. Diagn ó stico diferencial entre depress ã o e quadros de ajustamento ( D5M 5 ) . . 238
9. Diagnó stico diferencial entre depressã o e luto ( DSM 5 ) f T . 238
10 . Transtorno bipolar : o que é? 238
I 11. Epidemiologia 239
12. Etiologia e tisiopatologia . . 239
13. Sintomas 239
14. Critérios diagnó sticos 240
15. Tratamento dos quadros de humor 241
15.1. Medidas nã o farmacoló gicas 241
15.2. Tratamento farmacológico depressã o unipolar 242
16 . Tratamento farmacoló gico do transtorno bipolar 243
Quest õ es comentadas 245

24
linktr.ee/kiwifz
linktr.ee/kiwifz
Capí tulo

0 QUE VOCÊ PRECISA SABER?


rS
o
O Primeiro exame de imagem na suspeita de abdome agudo perfurativo ou obstrutivo: radiografia de *
o
abdome simples - em ortostase e dec ú bito dorsal, associado a PA do t órax ou c ú pulas diafragmáticas, T3

se há hipótese de abdome per fura tivo„ oc


O Abdome perfurativo: presen ç a de ar entre o fí gado e o diafragma com o paciente em ortostase.
O Abdome obstrutivo: alç as de menor calibre de distribuição central com sinal de "moedas empilhadas"
correspondem ao intestino delgado e indicam obstru çã o alta. Alç as calibrosas de distribuição periférica
( moldura c ólica) s ã o provavelmente alç as do intestino grosso.

O Histerossalpingografia: procura alterações da cavidade uterina e das tubas; utilizada na investiga ção
de infertilidade ou malforma ções .
,
Q EED: na acalasia, costumeiramente vemos o rbico de pá ssaro”.
o Enema opaco: sinal da “maçã mordida” no tumor de c ó lon.
O No abdome, a presença de calcificação é mais comum na nefrolitiase e nas calcificaçõ es vasculares.

-
:e

1. ABDOME AGUDO O Tuim ores


O H érnias
O Volvos: delgado, ceco ou sigmoide
Quando solicitar radiografia ( Rx) de abdome no
O Intussuscep çã o:: pr í ncipalmente crianç as
contexto de abdome agudo:
O Abdome agudo obstrutivo
O ileo biliar
O Abdome agudo
o Fecaloma
O Sí ndrome de OgiLvie
Quaí s as incidências a utilizar ao radiografar o pa -
ciente: Quadro clínico:
O AP (anteroposterior) doabdomeem dec úbito dorsal O Dor insidiosa, em c ó lica, , difusa
O AP do abdome em ortostase: O Distensã o abdominal
O PA ( posteroanterior ) do t ó rax / c úpulas diafrag - O Ná useas e / ou vómitos (nã o obrigat ó rios)
máticas O Parada de evacua ção / elimina ção de gases
O Exame f í sico: aumento dos RHA, hipertimpanismo

i 1.1. ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO Achados na radiografia ( AP dec úbito em ortostase


e dec ú bito dorsal);
O Distens ão de alç a
Causas:
o Brida [obstrução alta) O N í vel líquido

27
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Q Radiografia de abdome Radiologia I Capitulo 1 i
t
O Ausência ou riã o de gá s no reto: presenç a de gá s Tabela 1.
no reto indica que N Â O h á obstruçã o total, já que 4
o gá s conseguiu chegar at é lá , Delgado Có ton
4
O Fecaloma? Distens ã o de al ças Distensão da
O Volvo?
em posiçã o central moldura có lica ê
Menor calibre Calibre volumoso ê
O Local da obstru çã o: distensão alta ou baixa? (ta-
bela 1) Empilhamento de moedas Hauslra çó es
i
Fonte; Autor,
«
Imagem 1. Obstrução alta (distensã o de delgado).


m
m
m

Fonte; Autor,
*m
Imagem 2 . Obstru çã o baixa. Imagem 3.

Fonte: Autor. Fonte: Autor.

28
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊ NCIA MfDICA Cap . 1
Radiografia de abdome

i 1.2 . ABDOME AGUDO PERFURATIVO 2. RADIOGRAFIA DE ABDOME EM


OUTROS CONTEXTOS
Causas:
O ÚLcera perfurada: incomum hoje em dia, porcausa
do uso de inibidores da bomba de pr ó tons (IBP)
O Doenç a diverticular I 2.1. CALCIFICAÇÕ ES

O Doenç as inflamató rias intestinais Em uma radiografia simples de abdome, NÃO é espe-
O Corpo estranho rado ver calcificaçõ es dentro da cavidade abdomi- o
nal. A presen ç a de uma lesã o hiperatenuante com O
*D
Quadro clinico: densidade de osso é sinal de alguma patologia. As nj
cr
O SÚBITO principais causas sã o lití ase urin ária e calcifica ção
vascular.
O Dor n ã o localizada
O Irrita çã o peritoneal generalizada /abdome em t á bua Imagem 5. Cá lculo coraliforme em rim direito.
o Sinal de Jobert: ausê ncia de mac í cez hep ática (por
conta do pneumoperitônio)

Achados na radiografia:
O Rx em ortostase; presen ç a de ar no espa ço sub-
fr ê nico à direita ( pneumoperitônio)

Imagem A .

Fonte: Autor.

Imagem 6. Aneurisma de aorta abdominal calcificado .

Fonte: Dietrich A . InCor - FMUSP. Disponí vel


em httpi /Mww . sbcev.org.br /residentes /
Pneumopç rií onio.asp. Acesso em 24» ago . 201B .

Fonte: Autor.
2?
linktr.ee/kiwifz
(?) Radiografia de abdome Radiologia | Cap í tulo I a
a
I 2.2. HISTEROSSALPINGOGRAFIA Imagem 8 . Obstruq ào da tuba à direita .
*
A histerossalpingografia é uma técnica que consiste a
na obtençã o de imagens radiogr áficas da região
p élvica durante a injeção de contraste via endo-
cervical. O contraste, então, evidenciará a anatomia
*
0
da cavidade uterina e a permeabilidade das tubas.
Principais indicações do exame:
O Investigação de infertilidade: principal
O Investigação de malformaçõ es do sistema re-
produtor
0
Melhor dia para realização do exame é o 72 dia do m
ciclo menstrual: endom é trio proliferativo e chance Fonte: Disponí vel em http: / / www . materprime.
c.nm.br / o - que - ehisierossalpingtigrafia /
de gravidez baixa (suspeita de gestação contraindica
o exame)

Imagem 7, Histerossalpingografia normal.


2 , 3. ESÓFAGO - ESTÔ MAGO-
- DUODENQGRARA { EED )

É um exame contrastado que utiliza um meio de con -


traste via oral para estudo do esófago, estômago e
duodeno. Uma das indicações para o EED é a acalasia.
A acalasia é um dist úrbio nervoso caracterizado pela
ausência de relaxamento do esfíncter esofágico
inferior ( EtE), Por conta da dificuldade de relaxa-
mento do EIE, com o passar do tempo pode ocorrer
dilatação do esófago.
Pelo EED, caracteristicamente observamos o afila-
mento do esófago distai, alteraçã o tamb é m chamada
.
Fonte: Autor
de " bico de pá ssaro". Em fases mais avanç adas,
observa- se o aumento do calibre esofágico.
No contexto de um caso de infertilidade: se uma
das tubas ou as duas tubas não forem opacificadas
pelo contraste, pressupõe - se a existência de uma
obstrução tubária , que pode estar contribuindo para
a dificuldade de engravidar da paciente.

30
linktr.ee/kiwifz
Radiografia de abdome RESIDÊNCIA MÉDICA
a ih ri Cap 1.

imagem
2 M - ENEMA OPACO

-
Trata se de outra modalidade de exame contrastado,
em que o contraste ê administrado via retal. Ele é
ú til para avaliar algumas altera ções no có lon, como,
por exemplo, a presen ça de um tumor, que aparece
no enema opaco como "ma ça mordida".

Fonte: Autor.

Imagem 10.
Fonte: Autor.

Fonte: Autor,

31
linktr.ee/kiwifz
(T) Radiografia de abdome Radiologia I Capítulo 1

QUESTÕES COMENTADAS

4
i

Questão 1 Questão 2
»
(UNIVERSIDADE DE RIBEIR ÃO PRETO / SP - 2018] Uma crian ça
é
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - 2017) Paciente de 60 anos
de idade, masculino, chega ao pronto - socorro com do sexo masculino de 3 anos de idade é atendida no 4
hist ória de episó dios de c ólica intestinal, com piora pronto - socorro de pediatria trazido pela m ãe, que
progressiva hã seis meses . Há um mê s vem apresen- referia 8 episó dios de vó mitos há 1 dia , acompanha- fl
tando episó dios de diarreia "explosiva " e incontin ên - dos de dor abdominal. Durante interrogatório, mãe m
cia fecal e, hã uma semana, distensão abdominal, referiu que 2 dias antes a crianç a havia sofrido aci-
v ó mitos e parada de elimina çã o de gases e fezes. dente com tanque de lavar roupas , que caiu sobre
Antecedente de apendicectomia há 20 anos e a co- seu abdome. Exames de amilase e lipase estavam
loca çã o de pr ó tese endovascular de aorta h ã um aumentadas cerca de 80% de seu valor basal. A ra- m
ano. Refere fazer tratamento de hipertens ã o arterial diografia de abdome evidenciava alç a de delgado
e diabetes. Radiografia de abdome: (Conforme ima - em topografia de epigá strio sem pneumoperitònio.
gem do caderno de questõ es). Em rela çã o ao caso e Baseado no relato, escolha a melhor op çã o . m
à radiografia apresentada , é CORRETO afirmar que:

D A localiza ção da pr ótese aòrtica sugere isquemia


Trata- se de sindrome do tanque, com trauma pan -
creático, e a conduta é conservadora na maioria *
mesentèrica. dos casos, exceto diante de complicaçõ es mais *
EI A presenç a de gá s no intestino delgado e no cólon
sugere neoplasia de cólon obstrutiva.
tardias.
Trata- se de sí ndrome do tanque, com trauma *m
pancreãtico, e a conduta deve ser cirúrgica de
Q A presença de gá s predominantemente no cólon
sugere v á lvula ileocecal competente.
emergência .
Q Trata - se de trauma pancreã tico associado à ex- *
li
O velamento na radiografia em ortostase sugere plosão de cólon transverso, e a melhor conduta
è a cirurgia de emergência.
diverticulite perfurada
Ultrassonografia e lomografia nã o sã o necessá-
rias nesse primeiro momento, já que a conduta ê
DIFICULDADE:
1 obrigatoriamente cir úrgica de urgência.
Resolução: Um paciente de 60 anos, masculino, com II Prescri çã o de analgésicos, antiem é ticos e obser-
queixas gastrointestinais há 6 meses, com presen - vação domiciliar.
ça de diarreia e incontin ê ncia fecal, e que na última ti
semana evoluiu com distensã o abdominal e parada DiriCULDADt:
de eliminaçã o de gases e fezes, e que na radiografia
J ti
observamos a presenç a de dilata çã o no intestino Resolução: Quest ã o de ní vel de complexidade mé dio ti
sobre trauma duodenopancreático. Crianças que so-
delgado e no có lon, tem que nos levar a pensar no
diagnóstico de neoplasia de cólon esquerdo, que está
levando a um quadro de abdome agudo obstrutivo.
frem trauma abdominal contuso em andar superior
do abdome podem apresentar trauma pancre ã tico
« I

e /ou duodenal. Geralmente, evoluem com a forma-


RESPOSTA: Q çã o de um hematoma nessa região, podendo levar à

32
linktr.ee/kiwifz
Radiografia de abdome RESmÊ NLMA MÉ DICA Cap. 1
-
5 a n c> D

diminui çã o da Luz do duodeno e, consequentemen- Quest ã o 4


tie, à obstru çã o alta do TGI , apresentando vó mitos
e dor abdominal Alé m desse achado, podem apre - (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - 2015)
sentaramilase aumentada , e no RX contrastado de Um homem de 74 anos queixa- se de dor abdominal
abdome podem apresentar imagem em "mola em em cólica hã 1 dia, acompanhado de distensão ab-
espirai Gerelmcnte , o tratamento nestes casos é dominal, ná useas e vó mitos com aspecto fecal õ ide
conservador, com jeju m via oral e nutri ção parente - Sabe ter colelit í ase h ã muitos anos, mas recusou - se
ral total, com resolu çã o do quadro em TO a 14 dias. a ser operado. N ã otem cirurgias abdominais pr évias ,
A radiografia de abdome mostra aerobitia , alé m de
^ RESPOSTA: Q distensã o de delgado. Qual é a prová vel etiologia CFi
O
do quadro obstrutivo? O

Quest ão 3 Ader ências ou bridas ,


Síndrome de Ogilvie ,
(FUNDAÇÃ O |GÀ0 GOULART - HOSPITAIS MUNICIPAIS - 2017) Pa -
ciente do sexo masculino é admitido na emergência S í leo biliar.
com um quadro de dor abdominal de forte intensi- B Tumor obstrutivo do c ó lon.
dade e vómitos. Está hipotenso e taquic á rdico. O
exame fí sico mostra um abdome muito distendido e DIFICULDADE:
hipertimpâ nicOj sem irrita ção peritoneal . Apô s esta -
bi liza ção, o paciente foi encaminhado para radiogra - Resolução; Temos que gravar esse conceito: abdome
fia , que levou ao diagnóstico de volvo de sigmoide , agudo obstrutivo -* histó rico de cclelitíase + aerobilio
O achado que foi encontrado no exame radiológico aponta , na sua prova , para ileobiliar. O ileo biliar ê
para justificar o diagn óstico e o tratamento inicial uma condi çã o caraeterizatia por uma f í stula geral-
indicado para esse caso sâo, respectivamente: mente iniciada após uma colecistite e que comunica
a árvore biliar aotrato intestinal, normalmente aco -
ní veis hidroaé reos de delgado , presen ça de gá s metendo o duodeno e a vesí cula biliar (fistuta cole -
no reto 1 cateter nasogástrico cistoentê rica ). O cá lculo biliar impacta geralmente o
ileo distai, causando u m abdome agudo obstrutivo.
n í veis hidroaé reos de delgado, presen ça de gá s
no reto ! retossigmoidoscopia RESPOSTA: Q
E grande dilata ção do sigmoide formando um tubo e
ausê ncia de g á s no reto I opera ção de Hartmann Quest ão 5
grande dilatação do sigmoideformando um tubo
(SECRETARIAMUNICIPAL DE SAÚ DE DE CAMPO GRANDE /MS - 2018)
e ausê ncia de gá s no reto f descompressão com
Assinale a alternativa que melhor relaciona a história
retoss í gmoidoscópio
clinica com seu respectivo diagn óstico:;

DIFICULDADE; # I 1. Mulher, 35 anos, 3 filhos, com hist ó ria de dor


abdominal aguda , em epigá strio com irradia -
Resolução: Questão que merece aten ção, O autor já çã o para o dorso , associada à febre e vómitos
nos d á o diagn óstico de volvo de sigmoide e fala que incoercí veis . A dor m ão melhora após vomitar,;
ele foi estabilizado apó s medidas iniciais. O achado 2. Homem, 50 anos, obeso, com história de infarto
na radiografia é realmente uma grande dilataçã o do agudo do miocardí o hã 3 anos, diab ético, com dor
sigmoide em “gr â o de café" ou “ \J invertido”. Nos pa - no quadrante superior do abd ó men e vómitos * ; .

cientes está veis, optamos por uma colonoscopia I 3. Homem, 55 anos com dor abdominal no qua-
retossigmoidoscopia descompressiva para só então , *
drante superior do abd ómen e calcifica çõ es na
depois , em car áter eletivo, realizarmos uma sigmoi - topografia do pâncreas à radiografia simples de
dectomia. Gbs. r Se o paciente se mantivesse instá ve í, abd ó men .;
faríamos diretamente uma Cirurgia de Hartmann ,
4- Homem , 57 anos, com dor abdominal cr ónica ,
v' RESPOSTA: 0 esteatorreia, perdia de peso e diabetes melitus.; .

33
linktr.ee/kiwifz
(T) Radiografia de abdome Radiologia I Capitulo 1

I. Pancreatite cr ónica; apresenta fá cies de dor, afebrit, hidratado, pálido


II. Pancreatite aguda por hipertrigliceridemia; ( + / 4+), frequê ncia respirató ria = 34 irpm, frequê ncia
III. Insufici ência pancreâtica; cardí aca = 115 bpm, auscultas pulmonar e cardí aca
normais . Pulsos cheios. Tempo de enchimento capi-
IV. Pancreatite aguda biliar
lar < 2 segundos, pressã o arterial = 100 x 60 mmHg.
Abdome globoso, com peristalse aumentada , pal-
1-11; 2-111; 3- 1; 4- IV pando - se massas arredondadas, m ó veis, de consis-
1- IV; 2- 11, 3- 1; 4 - 11! tência elá stica , em flanco e fossa ilí aca, ã esquerda .
B 1- IV; 2- 11; 3 - 111; 4- 1 Ausência de sinais do dor à descompressã o brusca
do abdome . Observaram - se forma ções esfé ricas
B 1- IV; 2- III; 3- I; 4 - II
na radiografia de abdome em anteroposterior, com l
1- IJ; 2- IV; 3-l; 4- lll densidade de lí quido, projetando- se em meio ao

r DIFJCULDàíIE:
conteúdo gasoso de cólon e reto (“imagem em mio-
lo de p ão") e dtstensá o difusa de al ças intestinais.
Baseando- se no diagn ó stico desse paciente, além
i
I
Resolução:
da analgesia e da hidratação venosa , a medicação
1) Uma MULHER JOVEM, com dor abdominal epigá s- I
específica de escolha é:
trica AGUDA , multipara, entre os diagnósticos rela- M

cionados, apresenta maior compatibilidade com IV. albendazol, 400 mg, dose única.
PANCREATITE AGUDA.
Q mebendazol , 100 mg / kg, 2 vezes ao dia , duran-
2) Um HOMEM, de meia - idade, DIAB ÉTICO e OBESO, te 1 dia .
M

«
.

já infartou , ou seja, claramente portador de uma


B levamisole ISO mg, dose única.
«
jm

sí ndrome metabó lica , com dor abdominal e vómitos,


se enquadra em II. PANCREATITE AGUDA POR HIPER - piperazina 100 mg / kg, 1 vez ao dia , durante 4 dias.
TRIGLICERIDEMIA . ti
3) Um HOMEM , tamb é m de meia- idade, com dor DIF1CUE.DADF:
I
abdominal em quadrante superior e CALCIFICAÇÕES
pancreâticas , certamente jã possui I. PANCREATITE Resolução: Estamos diante de um paciente provavel- ã
mente desnutrido {14 Kg aos 7 anos de idade) que
CR ÓNICA.
se apresenta com dor abdominal, ná usea e v ó mitos,
4) um HOMEM de meia - idade com dor abdominal além de anemia , taquipneia e taquicardia . O que cha-
CR ÓNICA e ESTEATORRE1 A , além de DIABETES e EMA - ma mais a aten çã o no exame f ísico è a palpação de
GRECIMENTO, não somente possui pancreatite cr ó - massas arredondadas no abdome, que correspon - tf
nica , como tamb ém um diagnóstico mais completo dem a formaçõ es esf éricas á radiografia (''imagem em
e avan çado, uma III. IN 5UFICIÉNCIA PANCRE ÂTICA. A miolo de pã o”). Tal descriçã o, associada â histó ria do
associa çã o correta é 1- IV, 2- II, 3- I, 4- III. paciente, é t í pica da presença de bolos de á scaris no tf
RESPOSTA: có lon, que atuam como se fossem grandes novelos
de helmintos, podendo chegar a causar obstru çã o m
intestinal. Neste caso, est á indicado o tratamento
Questã o 6 de suporte clí nico (analgesia, reposi çã o hidroete -
(REVALIDA NACIONAL /DF - INEP - 2014) Um escolar com 7 trolí tica , antiespasmó d í cos). A piperazina paralisa
,

o sistema muscular do verme, sendo a medicação


anos de idade, peso = 14 kg, proveniente de uma
de escolha para os casos de obstruçã o por bolo de
institui çã o para menores abandonados , apresenta
áscaris, enquanto o óleo mineral ajuda a eliminar
dor abdominal difusa, tipo cólica , recusa à alimen -
ta çã o e tamb ém palidez, n áuseas e vó mitos. A infor -
os helmintos.
mante nega a ocorr ê ncia de febre. Ao exame f í sico RESPOSTA: 0

34
linktr.ee/kiwifz
Capí tulo
TOMOGRAFIA DO ABDOME 2

O QUE VOCÊ PRECISA SABER ?


<9
CD
o
0 Abdome agudo inflamat ório:: primeiro exame é USG de abdome em v ários casos A TC també m é um -
exame importante para avaliação secund á ria do quadro, permitindo diagn óstico de complicaçõ es . D
'D

0 Pancreatite aguda: USG para avaliar possí vel causa biliar. TC com contraste a partir do 5 ao 7 ? dia de ®

doen ç a, para procurar complica ções .


0 Dí verticutite aguda: TC pode evidenciar complicações como abscesso ou fistula .
O Abdome agudo vascular: principalmente procurar sinal de obstruçã o da art éria mesent è rica superior,
A pneumatose intestinal é sinal de sofrimento de alç a,
0 Aneurisma de aorta: importante avaliar o di âmetro do aneurisma e sê hã sinais de rotura,
0 Lesõ es hepáticas: TC de abdome com contraste trifã sico é a melhor modalidade imageno Lógica para
investigaçã o. Nó dulo hep á tico em paciente cirr ótico é provável hepatocareinoma, que, na TC de abdome,
-
apresenta - se tipicamente com wosh ouí. Em paciente assintomá ticor um incidentaloma é, at é prove se -
o contrário, benigno,
O Lití ase urinaria: TC de abdome sem contraste é o exame de primeira escolha.
0 Trauma: realiza - se TC para pesquisa de lesã o (principalmente de ó rgãos parenquimatosos) principal-
mente nos pacientes est á veis .
O Endiometriosei o exame de primeira escolha para investigação de endornefriomas anexiaí s é a resso -
nâ ncia de abdome.

1. ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO

Imagem i. Apendicite.

Fonte: Pignatan G , Borges AA , Mendon ç a R , Ribeiro C , ChindamoMiC Apen-dagite epiplòiea: tratamento conservador,
Reu Bras Coloproctolog , 200 B;2S(3)r 35e- 352.https: / / dx,doi . orgyi 0.lSS 0 / 50101- 98S0200S00l>30(]{>I5
35
linktr.ee/kiwifz
(7) Tomografia do abdome Radiologia I Capí tulo 2

Quando suspeitar de abdome agudo inflamatório? Imagem 3.


O Dor: í nicialmente difusa, depois localizada
O Irritação peritoneal
O Sinais de infec ção / sepse

Qual exame complementar solicitar?


O USG: primeiro exame em v á rios casos.
O TC: principal sinal de inflamação no abdome é a
densificação de gordura adjacente ao local aco -
metido .
O Alguns casos permitem o diagnóstico sem neces-
sidade de exame de imagem, como na apendicite.

I 1.1. PANCREATITE AGUDA Fonte : Autor,

Exames de imagem são pouco úteis nos primeiros


cinco a sete dias a partir do início do quadro.
É possí vel realizar ulirassonografia de abdome su - .
2 DIVERTICULITE AGUDA
perior caso a suspeita seja de causa biliar para a
pancreatite aguda, mas n ã o é um exame que precise 6
Resultante da inflama ção decorrente da (micro)
ser feito de urgê ncia . m
perfuraçã o de um divertí culo obstruí do. Perfura çã o
de um divertículo .
imagem 2 .

Imagem 4,

Fonte: Autor.
fonte: Autor.

0 melhor exame para investigação e diagn ó stico de


Na 2 semana do quadro, pode -se pedir uma TC para
* um quadro de diverticulí te aguda é a TC de abdome
pesquisar complica çõ es, sendo as principais delas com contraste. d
cole ção, necrose, pseudocisto e necrose infectada.
As principais complica çõ es que podemos observar ã
tomografia são abscesso, fistula, obstru çã o colónica *
e peritonite generalizada. é
m
36 linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MEDICA :
Jt
Tomografia do abdome

I magem 5. Imagem 6.

Fistula defect inthe


bladder mucosa ra
j
o a
-o
n?
3
ít
3
A
Fonte: Autor.

Fonte: Case courtesy of Dr Istvá n Kui.


Radiopaedia .org, riO: 4840S

3. ABDOME AGUDO VASCULAR Sinais de sofrimento de alças intestinais:


Q Distensã o de alç as
Quando suspeitar de abdome agudo vascular ? O Espessamento de parede
O Dor s úbita, intensa e difusa O Pneumatose / aeroportia (tardiamente)
O Dor desproporcional aos achados do exame fisico O Liquido livre abdominal
O Hist ó ria sugestiva: arritmias, coronariopatias,
doenç as vasculares, trombofilias Imagem 7.

Qual exame complementar solicitar ?


O TC com contraste: princí pal exame para diagn ó stico
O USG com Doppler: pode mostrartrombose da veia
mesentérica superior

Obstrução arterial
O Obstru çã o da art é ria mesent érica superior
O Quadro mais grave do que na obstrução venosa
O Consequ ência: sofrimento de alç as intestinais

Fonte: Case courtesy oí Dr N Sravani,


Radiopaedia.ort rID: 46946
^

37
linktr.ee/kiwifz
(T) Tomografia do abdome
Radiologia I Cap í tulo 2
¥
Obstru çã o venosa
Imagem 9,
O Condi ções clí nicas associadas: lúpus, sí ndrome
antifosfolípide, p ós- operat ório de esplenectomia /
ressecçã o pancreáttca

Imagem 8.
I

Fonte; Autor,

Qual exame complementar solicitar?


O Ullrassonografia de abdome (USG): exame prefe
-
rencial para triagem e acompanhamento
+ Recomendada realiza ção de ao
menos uma USG
para pesquisa de aneurisma de aorta abdom -
i
m
nal em pessoas de 55 a 75 anos, com história
de tabagismo.
m

O Tomografia computadorizada de abdome


m
com
contraste (TC): para aneurismas a partir de 4 cm m
e se houver sintomas e suspeita de rotura.

Imagem 10. m
m
Fonte: Autor. m

*
m
4. ANEURISMA DE AORTA

No geral, o diâ metro da art éria aorta abdominal é


-
m
considerado normal até 2 cm. Denominamos aneu -
risma a dilatação focal da aorta a partir de 3 cm de
ã
di âmetro . m
Fonte: Autor.

Conduta: depende, basicamente, do diâmetro do


vaso, que está relacionado ao risco de rotura, e aos
a
sintomas do paciente. m

38
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MÍ EliS Â
Tomografia do abdome

Tabela 1.
O QUE É UMA TC COM CONTRASTE TRIFÀSIOO?
í sticas
Caracter Conduta
do aneurisma Nessa metodologia de exame, obtemos imagem da
regi ã o de interesse mais do uma vez , em tempos de -
Diâmetro da terminados a partir da inje ção do contraste .
USG de tr ê s em tr ês anos
aorta: 3 a 3,9 cm
As fases para obtençã o das imagens no caso de in -
Di â metro de TC de abdome com contraste vestiga çã o de tumores hep á ticos sã o ;
4 a 4 ,9 cm USG de 12 em 12 meses
* Fase pr é contraste
-

TC de abdome comi contraste m


* Fase arterial
Diâ metro de Homens: USG do seis
* Fase venosa ( portal )
I
o
5 a 5 a 4 cm em seis meses H
* Fase de equilí brio IT3
Mulheres: cirurgia eletiva £E

Di âmetro 5, 5 cm Corre çã o eletiva

Aneurisma sacular Corre çã o eletiva


TC de abdome para 6. HEPATOCARCINOMA (CHC1
Sintomas: dor investiga çã o
abdominal ou dorsal .
Correçã o
Tipicamente, o CHC capta muito contraste na fase
Aneurisma roto Correçã o arterial er na fase venosa , o tumor logo " some " (cla-
Fonte: Autor. reamerito do contraste), esse fenô meno é conhecido
como kvúSh- out. isso ocorre porque o carcinoma
hepatocelular é muito vascularizado e capta e elimina
o contraste rapidamente.

5. LESÕES HEPÁTICAS Imagem 11 Fase arterial.

Ao todo , 90% dos n ódulos hep á ticos sã o assintom á-


ticos e acabam sendo achados de exames incidentais
(os chamados "ineidentalomas").

Um nó dulo em um paciente com doença hep á tica


cr ónica é P at é prove - se o contr á rio, um hepato-
carc í noma . Por conta disso, pacientes com cirrose
costumam realizar acompanhamento peri ó dico com
uttrassonografia de abdome superior para pesqui-
sar aparecimento de nó dulo no f í gado . Em outros
pacientes, um nódulo visto incidentalmente em um
exame de imagem é muito provavelmente, benigno.
:l

Para diagn óstico de um n ódulo hep á tico, o exame


mais recomendado ê uma tomografia computado - Fonte: Autor.
rizada de abdome superior com contraste trifá sieo.

39
linktr.ee/kiwifz
(>) Tomografia do abdome Radiologia [ Capitulo 2

imagem 12 . Fase venosa. Imagem 13, Fase arterial.

i
i
i
4
I
é
Fonte: Autor,
Fonte: Autor .
ti
A terap ê utica ideal seria o transplante hep ático
nos pacientes bem selecionados ( já que, no geral, Imagem 14 . Fase de equilí brio .
trata -se de um f í gado cirrótico).

Para saber se o paciente é elegí vel para transplante,


utilizamos os chamados critérios de Milão;lembrando
m
tamb ém que, se houver invasão vascular pelo tumor
e / ou se paciente tiver metá stases, o transplante fica
contrai ndicado. m
No entanto, se o n ódulo for único, a funçã o hep ática
do paciente ainda estiver preservada e os critérios
-
de Milã o nã o forem preenchidos, pode se tentar
ressecçà o do segmento acometido .
Há outras modalidades de tratamento, como radio -
frequê ncia e quimioembolizaçã o, que sã o op çõ es
at é que o paciente consiga realizar o transplante.

Fonte: Autor.

7. HEMANGIOMA

É o tumor hepático benigno mais comum. 8. HIPERPLASIA NODULAR FOCAL


O aspecto na U5G é bem característico: n ó dulo hipe-
recogê nico, homogéneo e bem delimitado . Essa ê uma lesão mais comum em mulheres jovens,
Na TC com contraste, apresenta realce periférico da em geral única .
lesã o nas fases arterial e portal, com preenchimento
Na fase pr é -contraste, aparece iso ou levemente
por contraste de dentro para fora progressivo e
persistê ncia do realce na fase de equilíbrio . hipoatenuante .
Na fase arterial, apresenta realce homogé neo pelo
contraste, com possí vel área central estrelada nã o
contrastada.

AO «•
linktr.ee/kiwifz
Tomografia do abdome RESIDÊNCIA MEDICA
n

imagem 15.
10. CISTO HEPÁTICO SIMPLES

Na TC, evidencia - se lesã o hipoatenuante, homogénea


e sem realce pelo contraste.

imagem 17. Cisto hep á tico simples .

ra
CT>
Q
O
a
a

Fúiltê: Autor.

Nas fases portal e de equilí brio, há dareamento


r á pido do contraste.

9. ADENOMA HEPÁTICO
i
Fonte: Autor.

Usualmente encontrado em mulheres em uso de


contraceptivo oral.
Ma TC contrastada, podemos ver lesã o bem deli - 11. LITIASE RENAL
mitada e à s vezes encapsulada. Tipicamente, pode
ter gordura (hipoatenuante) ou focos hemorr ágicos
intralesionais (hí peratenuantes). O exame de escolha para avaliação de quadro de
litíase renal é a tomografia dí e abdome sem con-
imagem 16, traste. N à o se utiliza contraste, pois os c á lculos são
hiperatenuantes.

Imagem 18, Lit í ase renal.

Fonte * Autor ,
Fonte: Autor.

41
linktr.ee/kiwifz
-
j

{ >) Tomografia do abdome


Radiologia I Capitulo 2
r
No exame de imagem , queremos obter as seguin- imagem 20. Les ão espl é nica .
tes informaçõ es: localiza çã o do cálculo, tamanho,
composição e se h á estase com dilata çã o de vias
urinárias a montante .

Imagem 19.

Fonte: Autor ,
m
Imagem 21. Lesáo esplênka /pançre á tica.
m

Fonte: Autor.

12. TRAUMA

A prefer ência é de tomografia para pacientes estáveis


hemodinamicamente .
Em politraumatizados, faz- se todas as fases p ó s- li
- contraste
.
Os principais ó rgãos que podem apresentar lesão sã o
os parenquimatosos - ba ç o í mais comum), f ígado, rim,
pâ ncreas ... Assim, na TC, vamos buscar a presença Fonte: Auiú r ,
4
de sangue ( hipoatenuante) ao redor desses ó rgã os. Imagem 22. Les ã o renal. 4
4
4
4

4
4
4
4
Fonte: Case courtesy of De. Barbara Turi , 4
Rddiopaedij .org, rlD: 24601
42
linktr.ee/kiwifz 4
Tomografia do abdome RESIB ÈNCIA MÉD- ICJÍl
s H n «i m

Imagem 23. Lesã o hep á tica .

ta
cn
Cl
T3
m
Cc

.
Fonte: Case courtesy of Dr lan Gickie
Radiopaedia.org, rID:19226

13. RM ABDOME

S ó uma pincelada ..*


É gma modalidade ú til para algumas patologias,
tal como a endometriose, quando h á suspeita de
Les ões profundas.

43
linktr.ee/kiwifz
(7) Tomograf í a do abdome Radiologia I Capitulo 2

QUESTÕES COMENTADAS

Quest ã o 1 Assertiva II: FALSA. O diagn ó stico da Pancreatite pode <


(ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARAN Á - 2016) A pane reatite aguda
ser fechado apenas pelo quadro clí nico caracter í s- <
tico (dor abdominal continua , "em barra") associa-
consiste na inflamaçã o do p â ncreas causada pela li- do a aumento das enzimas pancreàticas ( amilase e <
bera ção de enzimas pancreàticas ativadas. As causas lipase) em 3 vezes o seu valor de referencia. A TC é
mais comuns sã o colelitiase e ingest ã o excessiva de I
mais útil em casos graves, principalmente para ava -
á lcool. O quadro clinico pode variar de leve a grave, liar complica ções associadas. t
com necrose pancreá tica , processo inflamatório sis-
t émico com choque e falência de múltiplos órgãos. ^ RESPOSTA: Q «
Em rela ção ao diagnóstico desta patologia analise
as asser çõ es abaixo e a relaçã o proposta entre elas: á
Questão 2
I. A realizaçã o precoce de tomografia computado-
ti
(HOSPITAL PASTEUR / fi) - 2017) Um paciente de 23 anos é
rizada de abdome com contraste endovenoso ti
permite a confirmação diagn ó stica, porém n ão trazido pelos vizinhos com o relato de ter sofrido
altera o progn ó stico e a sobrevida . PORTANTO queda da laje de sua casa . Ao exame, apresenta - se
agitado, descorado + + / 4 *, com pressã o arterial de
II. Ela deve ser solicitada em todos os casos para
130 x 9 mmHg, frequ ência respiratória de 14 irpm,
auxiliar na definição do tratamento a ser insti- pulso de 95 bpm, O abdome encontra - se doloroso
tuí do. ta
difusamente, sem sinais de irritação perrtoneal. É
realizada tomografia computadorizada de abdome
As duas assertivas são proposiçõ es verdadeiras, e que evidencia lacera çã o esplénica de 2 cm de pro-
a segunda é uma justificativa correta da primeira. fundidade, sem envolvimento de vaso trabecular,
As duas assertivas são proposiçõ es verdadeiras, além de moderada quantidade de lí quido livre pe -
mas a segunda n ã o é uma justificativa correta riespl ênico. Assumindo- se les ã o esplé nica isolada ,
da primeira . para que a equipe que o assiste, o principal deter - m
minante para indicar o tratamento cir úrgico ser á:
H A primeira assertiva é uma proposi çã o verdadei- m
ra , ea segunda é falsa. stotus fisiológico.
Q A primeira assertiva é uma proposição falsa, e a idade .
segunda è verdadeira .
IS grau de injúria esplénica.
H As duas assertivas são proposiçõ es falsas. presença de lí quido livre.

L DIFICULDADE: ,
• DIFICULDADE:
"
I Dica do autor Questã o sobre pancreatite! Vamos Resolução: Seu tratamento ser á conservador, indepen-
analisar... dentemente de sua idade e presen ç a de líquido livre
Assertiva I: FALSA. A TC de abdome não deve ser rea- na cavidade (B e D incorretas). Veja que as lesões mais
lizada precocemente! Deve ser solicitada ap ó s de simples (at é grau 3) apresentam tendência a trata -
48-72 horas para visualizar alteraçõ es! mento conservador, se estabilidade hemodinâ mica

44

linktr.ee/kiwifz
Tomografia do abdome Fí ESlEÉNGlÀ MÉ fllGA
ar & BI

(C incorreta ). 0 principal determinante paro indicar Quest ão 4


o tratamento cir ú rgico é a estabilidade hemodinã-
mica , Ou seja » se este paciente evoluir com insta- (FACULDADE DE CI Ê NCIAS MÉ DICAS DA UNICAMlP/ SP - 2018) Ho-
bilidade, excluindO“se outras lesões associadas » o mem ,, 34 a , sem comorbidades, realizou tomo grafia
tratamento cir ú rgico é indicado , computadorizada com contraste endovenoso por
trauma abdominal contuso, onde se evidenciou
RESPOSTA; 0 lesã o hep ática . Sao indica ções de tratamento não
operat ório , EXCETO:

Quest ã o 3 Queda na hemoglobina de 12 g / dL para 9 g/ dL. 5»

Presen ç a de extravasamento de contraste í bJusb )


(SANTA CASAD £ MISFRICÕ RDIA DE S ÃO PAULO - 2017) Adoles- a

na lesã o, ra
CE
tertte de 14 anos foi vitima de queda de bicicleta ,
H Moderada quantidade de lí quido livre í ntraperi-
e o guid ã o da bicicleta foi de encontro ã sua re -
toneal, em dois quadrantes.
gi ão epigã strica . Está hemodinamicarnonte est á -
vel, com escala de coma de Glasgow igual a 15 e Q Existe disponibilidade de hemoderivados.
referindo dor na regi ão epigá strica , Atomografia
de abdome evidenciou les ão pancre ãt í ca grau II DIFICULDADE; #
segundo a classifica çã o de AAST ( American As-
soá ation for the Surgery of Trauma ). N ã o foram ® Dica do autor: Lembre - se ! Atualmente, cada vez
identificadas outras lesões. Como pr ó ximo passo, mais indicamos tratamentos nã o operat ó rios e me-
deve - se recomendar ; nos invasivos para as lesõ es traumáticas. Todavia ,
nem sempre isso é possí vel, e ainda assim pode ser
laparotomia exploradora com pancreatectomia necess ário indicar a laparotomia.
corpo caudal e esplenectomia . Alternativas A, C e D: INCORRETAS. As alternativas des-
critas, apesar de indicarem um trauma de maior
arteriografia do tronco celí aco e mesentéricas.
gravidade em um paciente que deve ser observado
E interna çã o do paciente na LITl , jejum e nutriçã o de maneira intensiva , não apresentam situa çõ es
parenteral total, que demandam alguma conduta cirúrgica imediata .

EI laparotomia exploradora , abertura da retroca- Alternativa B: CORRETA, A presen ç a de blush arterial


vidade dos epiplons e drenagem externa da loja indica sangramento ativo e exige algum tipo de tra-
pancreá tica. tamento , podendo ser tentado o controle por arte-
riografia , mas na sua aus ência ou falha de controle,
0 laparotomia exploradora com realização de gas- está indicada a laparotomia exploradora .
trostomia e í leostomí a.
RESPOSTA: d
DIFICULDADE:
Quest ão 5
Resolução: O trauma pancreã t í co , segundo a AAST, é
(UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - 2018) Homem de 36 anos
dividido em 5 graus. Q grau 2 é aquele em que h á
hematoma ou lacera çã o maior sem lesão ductal ou de idade é v í tima de acidente automobil í stico (co-
perda tecidual Geralmente , nos pacientes está veis, lis ão entre dois autom óveis de passeio) , Chega ao
o tratamento ê conservador com jejum via oral, nu- pronto - socorro de um hospital terciário imobilizado
tri çã o parenteral total e suporte em UTL Nos casos por colar cervical e comi vias a éreas protegidas. No
em que se opta realizar cirurgia , deve- se proceder exame clínico, est á hermodinamicamente est á vel.
com desbr í damento, hemostasia e drenagem por Pontuaçã o na Escala de Coma de Glasgow: 15; apre -
7 a 10 dias. A melhor alternativa que se encaixa no senta dor ã palpação de flanco esquerdo. O resultado
quadro acima ê a alternativa C , do FAST na sala de emergência é negativo. A tomo -
grafia computadorizada de abdome e pelve eviden-
RESPOSTA; Q ciou volumoso hematoma perirrenal ã esquerda e

45
linktr.ee/kiwifz
(7) Tomografia do abdome Radiologia i Capitulo 2 i

i
extravasamento de contraste na fase arterial. Qual B sisté mica .
é a conduta para o caso? Q retroperitoneal.
t
Nefrectomia total esquerda.
DIFICULDADE:
Embolizaçã o por arteriograha . I
B Laparotomia exploradora e controle de danos. Dica do autor Ctinicamente, a amebíase pode ma- í
nifestar- se sob a forma de colite, doenç a extrain-
Observa çã o clí nica em terapia intensiva.
testinal ou ser assintom ática em 90% dos casos. A é
doenç a extraintestinal é rara (< 1%), e a sua forma
L nincu .
LOA DE;
de apresentaçã o mais comum é o abcesso hepá tico . 1
I Dica do autor As indica çõ es absolutas de conduta Alternativa & INCORRETA. Origem biliar nã o justificaria #
cir úrgica notrauma renal resumem- se a: Hematoma a presença de gá s na topografia da veia porta. Nor-
retroperitonial em expansão; Hematoma retroperito - malmente hã relato de doenç a da via biliar, como *
nial puls átil; Instabilidade hemodinâmica refratária; colangite. m
Traumatismo renal associado à lesã o de outras vis- Alternativa B: CORRETA, Provavelmente, trata- se de abs-
ceras. A conduta conservadora no trauma contuso cesso amebiano. O protozoário localizado no c ólon m
de abdó men tem se tornado cada vez mais comum e
viável para pacientes hemodinâmicamente est á veis.
ganha o sistema porta e em seguida o intestino. m
Alternativa C: INCORRETA, Origem sist é mica nã o justifi-
Alternativa A: INCORRETA. O paciente apresenta um he - caria a presen ç a de gá s na topografia da veia porta. m
matoma renal, sem indicaçã o de nefrectomia . Além disso, o paciente provavelmente estaria séptico. m
Alternativa 8: CORRETA. Afirmativa correta e que oferece Alternativa D: INCORRETA, Nesse caso, haveria um foco
melhor tratamento para o paciente em um servi ço infeccioso retroperitoneal e dissemina çã o por con-
que disponha de radiologia intervencionista . tiguidade.
Alternativa O INCORRETA. Nã o h á indica ção de cirurgia RESPOSTA: B
para controle de danos nesse caso (o paciente está
hemodinâ micamente estável e não possui outros
indícios de gravidade). Quest ã o 7
Alternativa D; INCORRETA. Essa afirmativa poderia ter (HOSPITAL PROFESSOR EDMUNDO VASCONCELOS / SP - 2016) Pa -
gerado dú vida em relaçã o ao fato da prefer ência por ciente de 55 anos vem ao PS com dor abdominal
uma conduta conservadora. Contudo, a questão traz em flanco e fossa ilí aca esquerda h á tr ê s dias , Ap ó s
uma afirmativa com uma opçã o melhor (letra B), uma
avalia ção clínica, realí zaç ao de exames laboratoriais
vez que o paciente apresenta um hematoma com e tomografia computadorizada, laparotomia é indi-
vazamento de contraste na fase arterial .
cada. Achado cirúrgico: diverticulite perfurada com
RESPOSTA; 0 peritonite purulenta .

Trata- se de uma diverticulite aguda classificada


Quest ã o 6 como Hinchey 1.
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO/ RJ - 2009) Procu-
d Não é possí vel concluir qual a classificaçã o, pois
nã o consta laudo da tomografia.
rou o serviço de emergência uma paciente de 62
anos com quadro de febre alta , dor em hipoc ôndrio B A classificaçao de Hinchey é utilizada para pan-
direito e leucocitose. Realizada tomografia compu - creatite aguda.
tadorizada do abdome, que evidenciou imagem de 0 Trata- se de Hinchey III.
abscesso hepá tico e presença de gás na topografia B Trata- se de Hinchey IV.
da veia porta . Tal achado levou a equipe m édica a
pensar em um abscesso de origem: DIFICULDADE:
1
biliar. Resolução: A classificação de gravidade mais utilizada
0 intestinal. para diverticulite à de Hinchey, que, apesar de ter

linktr.ee/kiwifz
Tomografia do abdome RESIOÈNCIA MÉDICA
T nn m

sido originalmente descrita para avaliação íritraope- informado na quest ão, foi identificado na TC lí quido
rat ó ria , foi adaptada para seu uso via tomografia e bolhas de ar que indicam presenç a de gá s prova-
computadorizada . Segue a classificação: Grau I: ab- velmente devido à perfuração de uma ví scera oca
cesso paracó lico pequeno. Grau II: abcesso p é lvico . durante o procedimento; nesse caso, o duodeno.
Grau III: peritonite purulenta por ruptura de abcesso .
s RESPOSTA: Q
Grau IV: peritonite fecal generalizada.
RESPOSTA: EI
Questã o 9

Quest ão 3 (REVALIDA NACIONAUDF - INEP - 2016) Uma mulher de 2 b cn


D
anos de idade chega ao hospital com quadro de dor o
(HOSPITAL UNIVERSITÁ RIO DE JUNDIA Í / SP - 2016) Mulher, 45 abdominal difusa , principalmente em andar supe- -c
IQ

anos, com diagn ó stico pr évio de coledocotití ase, cr


rior, e vómitos hã trê s dias, com piora progressiva
submetida ã pancrealografia retr ógrada endosc ó- nas últimas 24 horas. Relata tamb ém frequentes
pica com papilotomia e retirada de cá lculo da via episó dios de dorabdominal ap ós a alimentaçã o nos
biliar principal h á 1 dia , chega ao pronto - socorro ú ltimos meses, com remissã o espont ânea. Refere
com queixa de dor abdominal difusa e mal - estar. uso de contraceptivo oral desde os 14 anos e nega
Exame f í sico: FR = 30 ipm, FC = 115 bpm, PA ^ 100 x outras comorbrdades . Ao exame f í sico, nã o se en-
80 mmHg, T = 38° C. Foi realizada tomografia compu- contram altera çõ es, exceto a dor abdominal mode-
tadorizada de abdome, que evidenciou liquido livre rada em andar superior, sem dor à descompressã o
na cavidade abdominal além de pequenas bolhas de brusca . Foi realizada tomografia computadorizada
ar na regi ão retroperitoneal. Nesse caso, a hipótese com contraste venoso que mostrou distensã o de es-
diagnostica é t ô mago e duodeno, com inversão dos vasos mesen-
t è ricos superiores e ausê ncia do processo uncinado
perfuração duodenal.
do pâ ncreas. Com base na situa çã o apresentada , o
EI estenose da via biliar. diagnóstico da paciente é:
B colangite aguda .
Pâ ncreas anular.
pancreatite aguda .
Pinçamento aortomesenté rico ,
0 colangite esderosante .
Q Prombose venosa mesentérica.
DIFICULDADE:
• Síndrome de mã rotação intestinal.

Resolução; A colangiopancreatografia retrógrada en-


dosc ó pica ( CPRE) é uma t é cnica que utiliza simulta - f DIFICULDADE: j
neamente a endoscopia digestiva, procedimento que Resolução: Quadro clínico e, principalmente, acha -
consiste na utiliza çã o de tubos flexí veis que permi- dos tomogr áficos ( inversã o dos vasos mesent éri-
tem a visualiza ção de imagens do tubo digestivo cm cos e ausência do processo uncinado do p â ncreas)
monitores de televisão, e a imagem fluoroscópica compatí veis com o diagnóstico de sí ndrome de m á
para diagnosticar e tratar doenç as associadas ao rotaçã o intestinal.
sistema biliar e pancreá tico . Esta técnica tem a van-
tagem de permitir, numa mesma sessã o, detectar e ' RESPOSTA: 0
A

tratar anomalias da á rvore biliare / ou do canal pan-


creá tico principal, recorrendo a diversos acess ó rios
Quest ão 10
especializados que se passam atravé s do duodenos-
c ó pio. Como qualquer procedimento, a CPRTE pode (FUNDAÇÃ O JOÃ O GOULART/ RJ - HOSPITAIS MUNICIPAIS - 2017)
associar- se a complica ções, como uma pancreatite Paciente deu entrada na emergência com dor pro-
aguda , hemorragia, infecção, perfuraçã o do esófago, gressiva em fossa ilí aca esquerda e febre h á tris
est ô mago, duodeno ou da via biliar, complicaçõ es dias. Nega sangramento do trato gastrointestinal
associadas aos f ármacos utilizados na anestesia e ou perda ponderai significativa. Foi realizada tomo-
complicações cardiorrespírató rias. De acordo com o grafia computadorizada na emergência cujo laudo

67
linktr.ee/kiwifz
Q) Tomograf í a do abdome Radiologia | Capítulo 2 é
i
descrevia estágio III de doen ça , segundo a classifi-
cação de Hinchey. 0 diagnó stico prová vel no caso â
e a conduta a ser adotada são, respectivamente: é
apendicite aguda bloqueada , apendicectomia t
videolaparoscópica
tumor de sigmoide localmente avanç ado, quimio - é
terapia paliativa
H
Q diverticulrte aguda n ão complicada, antibiotico-
terapia e observa ção «
EI drverticulite aguda com peritonite difusa puru- m
lenta , operação de Hartmann de urgê ncia
m
PIFJCUIDADE: #
m
Resolução: A diverticulrte aguda é classificada de
acordo com a classifica çã o de Hinchey em 4 tipos,
m
para orienta çã o de conduta . Hinchey 1: abscesso
pericolico. Hinchey 2: abscesso p élvico. Hinchey 3:
Peritonite purulenta. Hinchey 4: Peritonite Fecal.
*
é»
Hinchey 1 pode ser conduzido com antibioticoterapia ém
isolada, enquanto Hinchey 2 necessita de drenagem
percut â nea guiada + aruibioticoterapia . Hinchey 3
e 4 necessitam de cirurgia de urgência (operaçã o à
Hartmann).
RESPOSTA: 0

48

linktr.ee/kiwifz
Capí tulo
ULTRASSONOGRAFIA DO ABDOME
3

O QUE VOCE PRECISA SABER ?


rg
cn
O Abdome agudo inflamató rio: ern alguns casos, USG pode servir como exame inicial ( por exemplo, em o
o
casos de apendicite ou colecistite aguda ) T3
ra
ÚC
O Colecistite aguda: maiscomumente dí e etiologia calcuLosa »

© Apendicite: USG usado apenas nos casos de d úvida diagn ó stica,


© FAST: feito no paciento traumatizado inst á vel. Procuramos siriais de sangue (anecogen í có) em quatro
regi õ es: peric á rdio, espaço hepatorrenal, espa ç o esplenorrenal e pelve
© HPB: USG como exame de acompanha mento do quadro.
O NefroLitíase; principalmente avaliar h í dronefrose, secundariamente pesquisa de c álculo (sensibilidade
de 2A%)

1. C ÓLICA BIILAR Imagem V

Vamos relembrar alguns conceilos relacionados à


colecisiopatias?

I 1.1. COLECISTOLIT ÍASE

indica a simples presen ç a de c á lculo na vesí cula . Na


ultrassonografia ( USG), os c álculos aparecem como
imagens de limites bem definidos, hiperecogènicas,
com sombra ac ú stica posterior,

Fonte: Case courtesv of Dr Andrew Dixon,


Radiopaedte .org, rin- 9S 58

4?
linktr.ee/kiwifz
(?) UUrassoriograf ia do abdome Radiologia I Capítulo 3

I 1.2. COLECISTITE AGUDA (CCA )


Imagem 3,
i

i
A principal causa é calculosa (ou seja , causada por
obstrução da sa í da da vesí cula por c álculos). I
Na USG, podem aparecer alguns sinais de CCA, dentre
1
as quais:
O Parede da ves í cula biliar com espessura > 3 mm. 4
O Presenç a de lí quido per í vesicular .
O Distensão vesicular. *
»
Imagem 2, ê
A
A
&
Fonte: case courtesy of Dr Mdulik 5 Patel,
«
Radiopaedra . org, rID: 205 6
m
Mas o que podemos observar atrav é s do USG na
apendicite? êà
o Parede espessada do ap êndice
O Ap êndice nã o compresslvel: ao pressionarmos a
região da fossa ilí aca direita com o transdutor, m
vemos, em pacientes normais, que o ap ê ndice
ê comprimido. Isso jã nã o ocorre se houver um
«
Fonte; Case courtesy nf Dr Maulik 5 Patel,
processo inflamatório nesse ó rgã o em virtude m
.
Radiopaedia org, rID: 20542 do edema .
ém
O Linfonodos aumentados na regi ã o: indicativos de
Além, claro, da presenç a do fator obstrutivo, que pode processo -infeccioso - inflamató rio local
ser tanto c á lculos quanto lama biliar, que consiste O Hiperecogenicidade da gordura
em um material um pouco mais hiperecogê nico no O Lí quido livre
É
*
interior da ves í cula (mas nã o tã o ecogènico quanto
um cá lculo) e m ó vel. *
3. TRAUMA
2. APENDICITE
Na aula de TC de abdome, aprendemos que o paciente
Nã o custa relembrar que, se o diagnóstico CLÍNICO de está vel com trauma de abdome pode ser submetido
apendicite for feito, não há necessidade de exames a uma TC com contraste para avalia çã o. Agora, no
de imagem complementares. A USG e, em alguns paciente instá vel, é possí vel realiza çã o do FAST
( focused ossessment with sonogmphy for trauma ).
casos, a toniografia ficam restritas aos casos de
d úvida diagnó stica, mais comumente em mulheres 0 FAST nada mais é que a pesquisa, por meio da USG,
e crian ç as. de líquido livre em certas regi õ es do abdome , indi-
cando sangramento de algum ó rgão intraperí toneal.

5D
linktr.ee/kiwifz
Ultrassonografia do abdome RES1DENGIA MEDICA 11
iin ri li

Em geral, órgã os sólidos são os que ma is tendem a Imagem 6 . Espa ço esplenorrenal.


ser lesionados e a sangrar
Lembrando que, na USG, o sangue aparece aneco -
gênico.
Os locais de pesquisa do FAST sâ o pericá rdio, espa ç o
hepatorrenal, espa ç o esplenorrenal e pelve .
Imagem 4 , Peric á rdio.
M
o
o
-an
Hemopericardium CU

RV Fontes http5: / / calsproc; ramrOis / rr|arnjal / vQli!me 3 / SeiUÍ 0 n 28 /


RA -
Ult raso u nd /03 US2E m ergencyUSTechni quesl3.html .

LV
Imagem 7, Pelve.
LA

Fontes hUp:/ / yazdaini .co uk / 20l6 / 09 / 30 /


í

fast- scan - ullrasoond - windows /

Imagem 5 . Espaço hepatorrenal.

**

i* Fonte: C âse cuurte ^ y uf Dr Paul Adamuli,


Kadiopaodia.org, rID: 19644

4. RETENÇÃ O URINÁRIA
**

A reten ção uriná ria aguda é o motivo urolõgico maia


Fonte: Autor .
COmUm de procura de atendlmento no pronto socorra.
No geral, trata - se de pacientes do sexo masculino,
com mais de &0 anoa. com antecedente de hiperpiasia
prostãtka benigna.

51
linktr.ee/kiwifz
(7)
*
UUrassanografia do abdome Radiologia | Capitule 3

4
A USG da próstata é um dos exames complementares
que pode ser feito nesses casos, mas não precisa 5. NEFROLIT Í ASE 4
ser feito em car áter de urgê ncia. 4
imagem 8. Retençã o uriná ria .
A sensibilidade da USG para detecçã o de c álculo é 0
baixa (24%), porém ê um importante exame para
pesquisa de hidronefrose.

Imagem 9. Hidronefrose.

Fonte: https: / / r ? diiQpaedia.org / cas.e5 /


Ilyrironcph rosi 5'du- e- to ureteral- stones?lanus.
.
fonte: Case cQurtesy of A Prof Frank
Gailtard , Radiopatí dia.org, rlD: 10 -979
Imagem 10. Cá lculo na pelve renal direita: imagem
hiperecogènita e com sombra ac ústica posterior.
Lembrando que as manifesta çõ es clínicas n ão sã o
diretamente relacionadas ao tamanho da pr óstata.

Fonte: h ( tps:/ / radiopaedia.orgyca àes / pelvic- lcí dney ?lang -- us.

52
linktr.ee/kiwifz
Ultrassonograí ia do abdome RESIDÊ NCIA MEDICA ;|ti
. a Ca
I Ç| fl

QUEST ÕES COMENTADAS

c
Quest ão 1 no corte longitudinal e a imagem em "alvo " no corte
CE
transversal sugerem o diagn ó stico.
(SANTACASA DE MISERICÓ RDIA DE BELO HORIZONTE - 2017) Lac-
RESPOSTA; Q
tente de 7 meses, prev í amente h í glda , iniciou há
cerca de 3 dias com quadro de diarreia aquosa e fe-
bre baixa . Foi iniciado dipirona e soroterapia oral Quest ão 2
Desde ontem, com choro alto e constante, vómitos
e eliminando fezes com aspecto de "geleia de grose - (REVALIDA NACIONAL / DF - INEP - 2011) Um lactente, com
lha", Ao exame, crianç a irritada , massa palp á vel mal nove meses de idade, foi levado ao Pronto Atendi-
definida abdominal e extremamente dolorosa. Exa - mento porque, hã 5 horas vem apresentando choro
me de urina normal, global de leucó citos de 13.500 inconsolável* vómitos# fezes com sangue e distensão
bastonetes 3%, segmentados 48%, lí nfó citos 44%, abdominal. A mãe refere que a crianç a ficou gripada
mo n ó eitos 4% , eosin ófilos 1%, plaquetas 280.000, hã u ma semana . Durante o exame f í sico, o pediatra
atividade de protrombina 80%, radiografia de ab - palpou massa abdominal e solicitou radiografia sim-
d ómen com ní veis hidroa é reos. Baseado no caso ples de abdome que foi inespecifica e ultrassonogra -
descrito, assinale a alternativa que corresponda ao fia de abdome total que mostrou an éis conc ê ntricos
laudo do ultrassom abdominal esperado. de camadas hipoeco í cas e hiperecoicas alternantes,
com por ção central hí pereccica (sinal da "rosqui-
Presenç a de liquido livre na cavidade abdominal nha / alvo / olho de boi " ). Foi encaminhado ao centro
e ap ê ndice aumentado de tamanho. cir úrgico para laparotomia. Baseado nos sintomas
apresentados, o quadro descrito é compatí vel com
EI Cadeia de linfonodos mesentê ricos aumentados abdome agudo , tendo como causa
de tamanho.
volvo do intestino m é dio .
B Imiagem de intestino em alvo ou casca de cebola ,
hé rnia inguinal estrangulada .
E3 Presença de grande quantidade de gases no intes- H divertí culo de MeckeL
tino , prejudicando o exame, mas sem altera çõ es. EI intussuscep ç ao intestinal.
S oclusão intestinal por Ascaris í umbrkoides„
DIFICULDADE:

Resolução: O enunciado apresenta uma lactente de 7


DIFICLÍLDADE:
3
meses com um quadro sugestivo de invagina çã o in- Resolução: Paciente lactente em prova de clí nica, cada
testinal , aqui caracterizado pela presen ça de intensa vez mais frequente e com patologias pertinentes! A
irritabilidade, elimina çã o de sangue pelo reto com queixa é de choro inconsolá vel, provavelmente de -
aspecto de geleia de framboesa / groselha / morango vido a dor intensa , associada a vómitos, fezes com
e massa palp á vel dolorosa no abdome. A ultrasso - sangue e distensã o abdominal, ou seja, temos sinto-
nografia abdominal auxilia nesta defini çã o, sendo , mas gastrointestinaise provavelmente uma patologia
por isso, o exame complementar de escolha . A de - desse sistema . Existe uma massa abdominal palpá vel
monstração da t í pica imagem tubular (pseudorrim) com RX inespecifico, por é m a U 5 G auxiliou bastante

53
linktr.ee/kiwifz
(>) Ultrassonografia dõ abdome

no diagn ó stico ao visualizar "anéis concêntricos de


camadas hipoecoicas alternadas com hipereeoi-
cas", com um “sinal da rosquinha" ou "sinal do alvo".
Ainda hà o dado de sí ndrome gripal precedendo o
ter í cia com USG .
RadioLog í a II Capí tulo 3

Alternativa fl: INCORRETA. Nao vamos diagnosticar ic-

AlternativaC:CORRETA. Existe uma recomenda ção de se


-
s
ã
ê
quadro. Juntando os dados - lactente (faixa fazer o rastreamento de CHC em pacientes de alto
et á ria risco com USG doppler a cada 6 meses.
t ípica) + síndrome gripal pr évia (fator de risco) + dor
abdominal, distensã o, vó mitos e fezes com sangue Alternativa D: INCORRETA. N ão temos grandes benef í-
( sintomas compat í veis} massa
abdominal palpá vel cios em “rastrear ' ascite no paciente com cirrose.
1

*
(achado t ípico ao exame fí sico) + imagem
sugestiva 0
a principal suspeita é de INTUSSUSCEPÇÃO INTESTI -
RESPOSTA: H
NAL. A intussucep çâo ê uma invagina ção do intestino
para dentro de si próprio , cursando com obstru ção Questão 4
mecâ nica. Geralmente ocorre ap ó s infecções virais
respiratórias ou gastrointestinais, e acredita- se (SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE / SP - 2016)
Uma senhora de 55 m
anos, assintom á tica , fez ultrassonografia de abdo -
que, por conta da hipertrofia linfoide secund á
infecção, ocorra esse quadro . É a principal causa de
ria ã me que mostrou um pólipo de 0,5 cm na vesí cula m
obstruçã o intestinal nessa faixa et á ria, com relatos biliar. Conduta:
de associa ção à vacina do rotavírus .
Colecistectomia videolaparoscó pica , m
RESPOSTA: 0 Seguimento com colangiorresson â ncia .
H Ecoendoscopia com biópsia do pólipo.
Quest ão 3 Q Colecistectomia aberta , com ressecçâo do seg-
(FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO
JOSÉ DO RIO PRETO/ SP - 2018)
mento IV do f í gado,
m
Repetir o ultrassom em 6 meses.
Paciente de 50 anos vai a unidade b á sica de saúde
(UBS) e o m é dico faz diagnóstico de
cirrose, sem
etiologia definitiva ainda . A ele é dada a orienta çã o
para fazer um exame de ultrassom com doppler
L DlFICULDADEí

seis em seis meses . O objetivo deste mé dico é de -
de fteso!ução: A conduta adequada é repetir o ultrassom m
em 6 meses. A colecistectomia profilá tica só
tectar precocemente: est á
indicada para os pacientes com alguma dessas ca -
O início da hipertensão portal. racter í sticas: idade > 60 anos , com vários c á lculos
coexistindo, tamanho do cá lculo > 1cm ou aumen-
B O aparecimento de icterí cia . tando, paciente sintom ático, paciente com colangite
H O aparecimento de nódulo hepá tico. esclerosante .
0 O aparecimento de ascite. tii
RESPOSTA: 0
tm
f DIFICULDADE: #
Questã o 5
• Dica do autor: O paciente com cirrose tem o principal
fator de risco para o desenvolvimento do carcino- ( SECRETARIA ESTADUAL DE SA Ú DE DO ESTADO DE PERNA
MBU-
m
ma hepatocelular (CHC), o principal tumor maligno CO - 2017 ) Mulher, 22 anos, procura o ambula
t ó rio de
prim á rio dof í gado. Existem estudos observaciona cirurgia , encaminhada pelo clínico, Hã 4 anos, vem
is acompanhando uma lesão cí stica no corpo pancre -
que sugerem beneficio de redução da morta á
lidade t í co de 2,3 cm {1,5 cm à esquerda da veia
do rastreamento de CHC no paciente com cirrose mesenté-
usando USG doppler de 6/6 meses, mas essa evi- rrca ). Traz ultrassonografia recente que evidencia
dência é fraca. lesã o cí stica de 8,9 cm, com componente sólido,
Cromogramina A e CA 19,9 normais. Qual é a princi -
Alternativa A: INCORRETA. Não fazemos o rastreio de pal hipótese diagn óstica?
hipertensã o portal. J á que nã o lemos tratame
nto
especí fico para ela, intervimos apenas na vigência Tumora çã o cí stica mucinosa do p âncreas.
de complicações. Tumoração cí stica serosa do pâ ncreas.

54
linktr.ee/kiwifz
Uttrassonograf í a do abdome RESIDÊ NCIA MÍ DIGA «
IA n n q

B Tumor de Frantz, V, A maioria dos pacientes evolui sem necessida


Tumor neuroend ócrino, des de cirurgia . Aabordagem cirúrgica depende
de par âmetros fisiológicos e hemod ín â micos. A
B Cistadenocarcinoma. esplenectomia só ê indicada nos casos de lesõ es
extensas ou com comprometimento do hilu em
DIFICULDADE:
crian ç as criticas.
Resolução: O tumor só lido - cí stico pseudopapilar do
É{sà o) CORRFTA (S) :
pâ ncreas ( TSPP), tamb é m conhecido como tumor
de Frantz, ê um tumor raro encontrado na maioria
I, II, lllr IV
dos casos em adolescente do sexo feminino, mais ffl
O
frequentemente no corpo ou cauda pancreãticos , I, II, ill
sendo considerado uma neoplasla com pequeno
B I, 111 e IV tt
grau de malignidade, desde que passí vel de ressec-
ção cir úrgica completa , o que é possí vel na maioria I, II, Hf eV
dos casos. A manifestação clínica mais frequento é B I, II eV
a massa abdominal . Os marcadores tumorais nega -
tivos corroboram essa hipótese .
DIFICULDADE :
S RESPOSTA;
Resoluçã o: O trauma abdominal fechado é o tipo de
trauma abdominal mais comum em crianças . Quando
Quest ã o 6 há lesão esplé nica com sangramento intracavitá rio .
geralmente o sangue é acumulado no espaç o esple -
(SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE JO ÃO PESSOA / PB - 2016)
norrenal / subdiafragmá tí co esquerdo , responsá vel
Com relação ao trauma abdominal em crian ças:
pela irritação do nervo fr ê nico , sendo traduzido
l. Amaioria dos traumas abdominais é fechado, clinicamente por dor referida no ombro esquerdo .
pois a parede abdominal n ão oferece proteção Devido a este sangramento, o est ô mago pode ser
e o diafragma é mais horizontalizado; empurrado para a direita, apresentando desvio da
II. O ba ço é o órgão mais acometido e o sinal cl á s - bolha gá strica ao RX . O exame mais sensí vel para
sico da presenç a de sangue no espaço subfrê nico classificar as lesões esplé nicas é a tomografia , 0
esquerdo é D sinal de Kehr, que é a dor localizada tratamento , na grande maioria das vezes, é conser -
em ombro esquerdo; vador, pois sabemos que a esplenectcmia pode tra -
zer complicaçõ es graves , como a sepse fulminante
III. A imagem rediol ógka do trauma esplénico pode
pós- esplenectomia. Na presen ç a de instabilidade
mostrar bolha gá strica desviada medialmente ;
hemodin â mica ou lesõ es graves com pulverização
IV . 0 ultrassom de abdome é O exame mais sensível esplé nica , o tratamento cir ú rgico está indicado.
para o diagn óstico e classificação das lesões
esplé nicas; v RESPOSTA: H

55
linktr.ee/kiwifz
© Fixe seus conhecimentos!
â

â
FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOGRAMAS â

Use esse espaç o para construir fluxogramas e fixar seu conhecimento! á

FIXE SEU CONHECIMENTO COM MAPAS MENTAIS

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56
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IMAGENS NA Capítulo

GINECOLOGIA- OBSTETRÍCIA RtSIDtNCIA 4


MEDICA
s ft n o P

O QUE VOCE PRECISA SABER ?

O Aprenda a identificar as estruturas em uma imagem de USG transvaginal


O N ódulos na mama podem ser investigados por meio da mamografia , USG e , em menor grau , RM , a é

depender do caso.
O Na mamografia , utilizamos a classifica ção Bl - RADS para estimar a chance de malignidade
O Saiba em que situa ções solicitar USG na gravidez e quais os achados esperados no primeiro trimestre
O A avaliaçã o da vitalidade fetal é feita por meio da aná lise do perfil biof í sico fetal e da Dopplerflu -
xometria

Lembrando que hã muito a ser falado sobre gineco - Como s ã o as imagens vistas por uma ultrassonografia
logia e obstetr í cia na rad iologia , entã o vamos focar transvaginal?
apenas em alguns aspectos que foram temas de
provas de resid ência nos ú ltimos anos. Imagem 1. Ú tero normal visto na USG transvaginal ,

.
1 DOR PÉLVICA

As principais causas gineco - obst é tricas de dor p él-


vica s ão:
O Tor çã o anexial.
O Cisto ovariano hemorr ágico.
O MIPA .
O Tumor ovariano.
O Gravidez ectópica . Fonte : Disp& ní veL em httpsi / ywww.youtube.com
^
w ã ? v=8bTwNZT-3tU (Ultradica 3 * USNOP ultrassom)
tth
O exame complementar inicial a ser solicitado para
iboa parte dos casos é a ultrassonografia p é lvica ,,
que pode ser complementada com ultrassonografia
via endop é lvica (transvaginal).

57

linktr.ee/kiwifz
0 Imagens na ginecologia- obstetr ícia
Radiologia | Capítulo 4

Imagem 2 . Ová rios normais vistos na USG transvaginaL

«i

-
ta

Os ov á rios t ê m forma oval e medem cerca de tr ê s Imagem 3 . Tor çã o anexial.


a cinco cm de comprimento durante a menacme,
atrofiando a partir da menopausa. Podem apresen-
tar v á rias estruturas c í sticas , correspondentes aos
folkuLos ovarianos.

2. TOR ÇÃO OVARIANA ( ANEXIAL)

Consiste na rota çã o dos anexos ( incluindo ov á rios


e tubas) em torno do seu pedicuto vascular, dificul- Fonte: Gonç alves FH .
tando o retorno venoso, é a 5è emergência cir ú rgica
ginecológica mais comum. Pode ocorrerem qualquer
Imageim 4, Tor çã o ovariana
idade, mas, em sua maioria , acomete pacientes com macroscópica - ta
at é 30 anos.
ta
Causas mais comuns sã o cistos e tumores anexiais.
Em crianças, a mobilidade excessiva do ov á rio normal
na pelve é a principal causa .
-
í
%
O exame de escolha ê a ultrassonografia (USG) com
Doppler colorido , que, tipicamente, vai evidenciar
um ov ário de volume aumentado (acima de quatro
centí metros de comprimento), com estroma hete -
rogénea e reduçã o da vasculariza ção ao Doppler.
*
A conduta consiste em intervenção cir úrgica , ideal- 6
mente com tratamento laparosc ó pico conservador.
6
Fonte: Disponí vel em lttps: / â liop 3 edia.o g / ca 5es /,
^ ^ ^ ^ ^
ovaria n - torsion - gf 055- palht>Losy - T?lang= us. 6
%
58 £
linktr.ee/kiwifz
Imagens na ginecologia- obstetr í cia u HESIWNCIA MÉDICA

Imagem 6, Endometrioma.
3 » TUMOR ANEXIAL

USG (com Doppler ) é modalidade importante para


.
avaliaçã o de massas anexiais Se possí vel, deve ser
feita via transvaginal.
Diagnó sticos diferenciais para tumores e massas
anexiais:
Q Cistos funcionais: resultantes da fun çã o normal o
o
avariaria. Sã o os mais comuns: cistos foliculares, “O
cistos de corpo lúteo e cistos hemorr ágicos. Es -
ÍT3
CE

ses ú ltimos sã o mais comuns na pr é- menopausa


e podem cursar com dor pélvica, tipicamente no
meio do ciclo  USG, aparecem como cistos bem
delimitados de conte ú do heterogéneo.
O Fibromas: ncoplasias benignas solidas mais co -
Imagem S. Cisto hemorr ágico , muns dos ov á rios; à USG, aparecem como imagens
.
associado a possí vel torção só lidas, hí poecogê nicase homogéneas, com pos-
sí vel atenua çã o do feixe acústico,
O Tumores da superf í cie epí telial: maioria dos tu -
mores ovarianos,
O Tumores de c é lulas germinativas .

.
4 GESTAÇÃO ECTÓPICA

-
Apresenta se, tipicamente, como quadro de dor
abdominal /p èlvita associado a sangramento vaginal
e atraso ou irregularidade menstrual.
Os exames complementares necessá rios para diag -
n ó stico s âo ní veis s éricos de beta -HCG e USG trans-
O Cistos de inclusão peritoneal: em decorr ê ncia do
vaginal.
acúmulo de líquido produzido pelos ov ários apri -
sionados por ader ê ncias peritoneais, em mulhe- Os achados sugestivos de gestação ect õ pica no USG
res com hist ória de cirurgia abdominal, trauma, transvagí nal são ausê ncia de gestação intraútero,
doen ç a inflamat ória p élvica ou endometriose. além de massa anexial. Podemos observar no exame
o Endometriomas: estruturas bem delimitadas, ho - de imagem alguns sinais como hematossalpinge,
mogé neas, com conteú do de baixa a m é dia densi - embrião vivo (!) e a nel tubã r i o, qu e ton siste em ma s$a
dade ecogê nica , que podem apresentar septa ções. com centro anecoico e periferia hí perecogê nica.

59
linktr.ee/kiwifz
(7) Imagens na ginecologia- obstetrícia Radiologia I Cap í tulo U

imagem 1. Ilustra çã o de possí veis locais de Imagem 9. Massa na regiã o anexial direita
implanta ção ect õ pica do embriã o . com saco gestacional e embriã o.

4
4
I
Fonte; Dispon í vel em https:/ / radiopaedia .org/
cases / advanced- ectQpic- prec;nancy -1?langí iis. i
Fonte: Disponí vel em https:/ / radi0paedia.org /case5 / i
-
ectopic pí egnancy - distribution - riiagram?lang= us.
Imagem 10, Anexo uterino com anel tubário,
indicativo de gestaçã o ect õpica .
Imagem 8. Representação do útero
sem saco gestacional

m
m

Fonte: Disponí vel em https: / / radiopaedia .org /


cases / advanted - ectopic- pregnancy-1?langí Lis.

60

linktr.ee/kiwifz
Imagens ria ginecologia - obstetr ícia RESIDÊNCIA MEDICA
.
A ri n n B “ T1

O Intramurais: mais comuns. Localizam -se no mio -


5. MIOMAS m étrio
O Subserosos: abaixo da serosa uterina, sá o nor -
A USG é o exame de imagem inicial para avalia çã o malmente as sintomáticos, mas se forem muito
de miomas uterinos, que normalmente aparecem grandes, podem comprimir estruturas adjacentes
como nódulos hipoecogèní cos bem delimitados A .
RMP por sua vez , é mais precisa para o diagn óstico
e avalia çã o dos miomas . 6 * NODULOS NA MAMA
Sã o classificados de acordo com sua localização: cn
O
o
O Submucosos: projetam-se para a cavidade endo - Módulos mamá rios sao avaliados por melo do exame TJ
metrial e causam mais sintomas (dismemorreia, fí sico, exames de imagem e, se necessário, an á lise
TO
Cd
meno rr agia e infertilidade) anatomopatol ógica de uma amostra de seu tecido.

Os m étodos de imagem mais tomumente usados


Imagem 11. Mioma submucoso . para an á lise da mama sã o mamografia, USG e RM.

.
7 MAMOGRAFIA

Principal m étodo para rastreio de lesõ es na mama,


por ém sua sensibilidade não ê t ão alta. Afim de redu-
zir a sobreposição teci duai presente na maimografia
eP portanto, aumentar sua sensibilidade. Podemos
complementar esse m étodo com a tomossíntese.
Os achados da mamografia sã o expressos por meio
de categorias estabelecidas pelo sistema conhecido
-
como BI R ÂDS, que, além de indicar a chance de
malignidade de determinada les ã o, ajuda a deter -
minar a conduta.

Tabelai.

Categoria Classifica ção Conduta


Avalia çã o adicional com outros
Q Inconclusivo
métodos de imagem
1 Normal Rastreamento de rotina
2 Achados benignos Rastreamento de rotina

3 Provavelmente benigno Mamografia em seis meses

4 Suspeito para malignidade Bi ópsia


5 Alta probabilidade de carcinoma Bi ópsia

61
linktr.ee/kiwifz
(7) imagens na ginecologia - obstetrícia Radiologia | Capítulo 6 4

4
Há ainda uma sexta categoria, que se refere à con- Imagem 13. BI- RAD55.
firmação da malignidade por meio de exame ana- 4
tomopatológico. é
Imagem 12 . BI- RADS 1. 4
4
á
ê

ã
m
0

*
*
tii
Fonte: Disponível em http: / / radiologiapontocom.
blogspot.com / 2013 / 02 / bi - r«j tl 5 _ 21. html.

As caracterí sticas vistas na mamografia que sugerem


malignidade (e, portanto, tendem a se encaixar no
Bi - Rads 5) s ão hiperdensidade, forma irregular e
contornos espiculados,

Farte: Disponí vel em https: // www . fcm , unicâ mp.


br /ílrpixel / pt- br / tags / bi- fads- s

62

linktr.ee/kiwifz
Imagens na ginecologia- obstetr ícia AL â ld É NCIA Mura
n M

Imagem 15. iFiibroadonoma ,


m 8 « USG MAMARIA

Pode ser usada como mé todo suplementar a mamo -


grafia no rastreamento de pacientes abaixo de 40

*4
< anos, especialmente naquelas com mamas den-
sas, Além disso, tamb ém pode servir na avaliação
de n ódulos palpá veis ou anormalidades vistas na
mamografia ou RM. m
EH
O
Indicaçõ es: o
"
d
O Mamas densas.
n
CE
Fonte: Teerthanker Mahaveer Un í versity. Dispon í vel em
O Avaliação de nó dulos palpáveis . , http:/ / wwvM.ac í amedicain!ç rnaticma|,ci?m / viewim 3gÇ-
asp?img = ActaMEdlni _ 20t 4 JJ _ 45 _ 20939a _ fS. jpg,
O Avaliaçã o de linfonodos (estadiamento),
O Pacientes < AO anos,
O Gestantes,

10 * GESTAÇÃO

.
9 NÓ DULOS BENIGNOS DA MAMA
10.1. EVOLUÇÃ O NATURAL DA GESTA ÇAO
Os principais são o fibroadenoma e os cistos mamá-
rios simples. Uma gesta çã o em seus est á gios iniciais pode n ão

Os cistos mam á rios apresentam conteú do aneco-


apresentar achados significativos à ultrassonografia .
Os sinais de gesta ção intrauterina costumam aparecer
gênico, paredes finas e refor ç o acú stico posterior.
a partir da quarta ou quinta semana:
Imagem 14. Cisto simples.
Imagem 16. 4 a 5 semanas - saco gestadonal.

Fonte: Mooli& ggia V. Dispon í vel em https: // fecorid 3 re .com.


br / artigos / a íbortdmento- diagnostico e tratamento/

Os fihroadenomascostumam ser iso ou hipoecogêni -


coSj homogé neos e SEM sombra ou refor ç o ac ústico
posterior .

63
linktr.ee/kiwifz
(T) Imagens na ginecolog
^obstetrícia Radiologia | Capitulo 4

Imagem 17.5 semanas * 4 dias - saco placenta, para garantir que nã o há prejuízo na oxi-
gestadonal + saco vitetinp . gena çã o do feto.
i
Os métodos utilizados para avalia çã o da vitalidade
fetal são: Í
O Cardiotocografia anteparto: não vamos falar sobre
esse mé todo aqui, pois ele é explicado nas aulas I
de Ginecologia & Obstetrí cia,
I
O Perfil biofísico fetal.
O Dopplervelocimetria.
í
<
A Dopplervelocimetria, de forma resumida, avalia a
relaçã o entre as velocidades sistólica e diastólica do é
fluxo (relação A / B) para obter o ní vel de resistê ncia d
vascular de certos vasos. Quanto menor o valor da
velocidade diastólica, maior a relação A / B e, portanto,
Fonte: Monteggia V. Disponí vel em http &: / / fQr ondare .com. maior a resist ência.
. .
br / artigos / abQílamento- didp nosticQ - e - tr Kamento / Ã
Imagem 19. ê
Imagem 18. 6 semanas - saco gestacional
+ saco vitelino + embriã o < 5 mm.

*
Outro í ndice avaliado ê o de pulsatilidade: quanto
maior seu valor, maior a resistê ncia ao fluxo ,
ta
Fonte; Mqnte.Eí Sia V. Dispon í vel em https:/ / fecondarp .com .
br / artigos / abortarncntD - diagno & tico- e tratamento / Os principais vasos analisados na Doppterveloci-
ta
metria são:
semanas: membrana amni ótica movimentos O Artérias uterinas: normaimente t êm baixa re *
O 8
fetais BCF
+
sistê ncia e o aumento de sua resistência indica
ta
anormalidade placentã ria, ta
O Art érias umbilicais: costuma ter baixa resist ência
e o aumento da resist ê ncia indica placentaçào ina-
ta
| 10.2. AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL dequada ou infartos plaeent ários secundá rios, O
fluxo sanguí neo está sendo desviado para outros
Nas gesta ções de alto risco, é necessá rio realizar órgãos do corpo mais nobres do feto.
exames que avaliem as funções vitais do feto e da

64

linktr.ee/kiwifz
Imagens na ginecologia- obstetrícia RESlfl ÉNtMMÉ OlC Á :] fc '

* Di ástole zerot indica resistência muito alta à perfusão nas arté rias umbilicais e está relacionada a
fun çà o placentár í a muito prejudicada .

Imagem 2 Q . Diástole zero.

P fí
m
O
o
TJ
n
BC

16 -
tni' 1

•16
-20
-

% IL ÈL. àw à
36

-
- 4
J
I
_
. j
-W
- 20

-
- 10
cm s
>10

-20

Diá stole reversa em artérias umbilicais: grav í ssimo!!

Imagem 21. Diá stole reversa .


ií crJr

í
-1F«#

66 - — 60

45 - -5
36 - - 36
15 - ts

trn .
firrVt
*
-15 - - 45

O Art éria cerebral m édia: a diminui çã o de sua resis- 0 perfil biof í sico fetal envolve a an á lise uttras-
t ê ncia i ndica centraliza ção fetal , ou seja , o fluxo sonogr áfica de certos par âmetros fetais , como os
sanguíneo está sendo direcionado para o cérebro. movimentos respiratórios , os movimentos fetais e
É um sinal de insufici ência placenta ria . o t ônus do feto, alé m do í ndice do lí quido amni ó-
O Dueto venoso: quanto maior o índice de pulsat í li- tiCO ( ILA ).
dade, maisgrave o quadro de centralização fetal.

65
linktr.ee/kiwifz
(7) -
imagens na ginecoLogia obstetr
ícia Radi & logia 1 Capítulo 4 (

4
0 U.A é calculado por meio c!a soma dos maiores do ú tero. De acordo com o valor obtido, podemos i
bolsò es verticais em cada um dos quatro quadrantes classificar o ILA em:
à

Tabela 2 , A
ILA £ 5
Qilgo â mnio
5a8
ILA reduzicí o
8 a 18

Normal
18 a 25
( LA àurncnldrio
2 25

Poiidr ã rrmio

ê
Imagem 22 . C á lculo do [ LA ,

to
to
to
to
toi
to

to

66

linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MÉDICA _
Imagens na ginecologia-obstetrí cia 1a n A
z \

QUEST Õ ES COMENTADAS

m
Cn
O
o
T5
Quest ão 1 parceiros sexuais, hist ó ria pr é via de DST ou DIP, vul- (' Tj

£E
vovaginites , tabagismo, uso de DIJ, nuliparlòade .
( HOSPITAL ALEMÃ O OSWAIDO CRUZ / SP - 2013) Mulher, 23 J á os métodos de barreira são sabidamente fatores
anos de idade, procura o Pronto Atendimento com protetores para DSTs e DIP,
queixa de dor, há 2 dias, em baixo ventre, irradiada
para fossa ilí aca esquerda, acompanhada de febre V RESPOSTA: 0
( temperatura má xima aferida de 38, 3 ® C), Conta tam-
b é m corrimento vaginal, amarelado há 1 dia. Nega
Quest ã o 2
comorbidades. Última menstruação h á 8 dias. Ao
exame f í sico: bom estado geral, corada e hidrata - {SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE S ÃO PAULO - 2012) Paciente
da , PA = 120 x 80 mmHg. frequ ê ncia card í aca = 86 com 17 anos, ameriorreia primá ria, cari õtipo 46 XX ,
batimentos/ min, temperatura axilar = 37, 6* C. Exa - apresenta estatura 1, 65 m , mamas Tanner V vulva
me pulmonar e card í aco sem altera çõ es. Dor difusa de aspecto infantil, presenç a de vagina e ú tero. Na
ã palpação do hipogá strio e fossa ilí aca esquerda, ultrassonograha , n ão foram visualizadas as gônadas.
RHA +, DB negativo . Ao exame especular, presença A principal hip ótese diagn óstica é:
de secre ção amarelada de odor fétido, exterioriza-
da pelo orif í cio externo do colo uterino . Ao toque, Disgenesia gonadossom ãtica - Turner .
dor à mobilizaçã o do colo e á palpaçã o de anexo es- Disgenesia gonadal pura .
querdo. Realizada ultrassonografia que evidenciou
0 Síndrome de Rokitansky.
imagem compatí vel com abscesso tubo - ova ria no à
esquerda. São fatores de risco para a principal hi- EI Síndrome de insensibilidade androgê ní ca .
p ótese diagn óstica , EXCETO: Pseudo - tiermafrodit í smo feminino.

EI Uso de Dispositivo Inlrauí erino (DIU)


Nuliparidade
CinOJlDADE;
J
Alternativa A: INCORRETA. Para ser Sí ndrome de Turner
11 Múltiplos parceiros sexuais
precisa ter estigmas: baixa estatura , pescoço ala -
13 Uso de dispositivo de barreira do, hipertelorismo e geraimente o car íótipo è 45 XO
S Vulvovaginite .
Alternativa B: CORRETA A disgenesia gonadal 46, XX é
uma deficiê ncia ová rica primá ria e leva ao apareci -
DIFICULDADE:
1 mento de uma falência ová rica prematura FOP em
indiví duos do sexo feminino. Ocorre por desenvol -
Resolução: A principal hip ó tese para o caso descrito na vimento insuficiente das gonadas ou devido á resis-
quest ã o seria de doenç a inflamat ó ria p élvica devido t ê ncia à estimulação com gonadotrofina .
à presen ç a de febre, dor p é lvica, corrimento vaginal
AlternativaC: INCORRETA. Rokitanski possui desenvolvi-
amarelado com odor f é tido, dor à mobilizaçã o do
mento dos caracteres sexuais secundá rios normais.
colo e de anexos, alé m de complica ção local possí vel
como abscesso tubo- ovariano. Essa patologia tem AlternativahINCORRETA. Morris possui desenvolvimento
como principais fatores de risco idade menor que 25 d os ca r acte res sexua is secun d ár i os n o rm a i s , exceto
anos, iní cio da atividade sexual precoce , múltiplos pela ausê ncia ou pouca quantidade de pelos.

67
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(7) fmagens na ginecologia - obstetr ícia Radiologia | Capítulo 4 i

i
Alternativa E: INCORRETA. Possui desenvolvimento dos Ao exame f í sico, o desenvolvimento mamá rio é clas- 4
caracteres sexuais secund á rios normais, exceto pela sificado como Ml, os pelos pubianos como Pl. A do-
genit á lia amb í gua e excesso de pelos. sagem plasm ática revelou estradiol baixo e ESH e 4
LH elevados . A ultrassonografia p é lvica revela úte-
RESPOSTA: O ro presente com 15 cc e ová rios n ão vis í bilizados. O 4
cariótipo solicitado foi XX. O prová vel diagn ó stico â
Quest ão 3
nesse caso é:
â
(INSTITUTO DE ASSISTÊ NCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO ES- Digenesí a gonadal pura.
á
TADUALfSP - 2017) Paciente de 19 anos vem à consutta Sí ndrome deTumer.
ginecológica referindo nunca ter menstruado , n ão H Síndrome de Morris.
conseguir ter rela ções sexuais e ter muita dor na
Q Sindrome de Savage. é
tentativa de penetra ção. Ao exame f í sico, as mamas
tinham desenvolvimento normal e os pelos pub í a - 13 síndrome de Stein Leventhal.
nos e axilares eram escassos. A genitália externa era
normal, com vagina muito curta e em fundo cego , A
ultrassonografia p élvica revelou aus ência do útero.
r DIFICULDADE:

" *m
Nas regi ões inguinais, a paciente apresentava dois Resolução: Temos uma paciente com história deame -
nódulos endurecidos de 2 a 3 cm, pouco m ó veis. Foi norreia primá ria , com ausência do desenvolvimen-
to de caracteres secundá rios, com baixos ní veis de
m
realizado cariótipo da paciente, cujo par de cromos-
somos sexuais revelou ser XV , Considerando esses estrogênio circulante e LH e FSH elevados, e o fato
dados , a principal hipótese diagnóstica ê: de os ov á rios n à o terem sido visualizados na ul-
trassonogrflfia tem que nos fazer pensar que eles
Sí ndrome de Morris . são em fita , que é um achado comum da disgenesia
gonadal, que, no caso, como é paciente é XX , é uma
Q Sindrome de ftokitansky.
disgenesia gonadal pura ,
0 S índrome de Savage.
v' RESPOSTA: D 6
Sí ndrome de Stein- Leventhal.
0 Disgenesia gonadal pura.
Quest ã o 5

DIFICULDADE: (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÓNIO PEDRO/ RJ - 2017) A mensu-


raçà o da transluc ência nucal , marcador para doen- fm
Resoluçã o: A sí ndrome de Morris se caracteriza por ç as cromossomiais, deve ser realizada atrav é s da
uma insensibilidade completa aos androgênios, ou ultrassonografia no seguinte perí odo:
seja , é o indiví duo XY, em que os testí culos sã o fun-
cionantes (p élvicos ou inguinais), por ém, devido a No final do segundo trimestre.
essa insensibilidade, a genitá lia externa e os carac- Na vigésima semana , aproximadamente.
teres sexuais secund á rios sáo femininos e a genitália
interna não existe: nem feminina (é bloqueada pelo 0 Entre 11 semanas e 13 semanas + 6 dias de ges-
horm ô ní o antim úlleriano), nem masculina (duetos ta çã o,
de wolff nao sofrem a aç ao da testosterona devido 0 Pr ó ximo ao termo.
ã insensibilidade). 0 No final do terceiro trimestre.
RESPOSTA: Q
DIFICULDADE:

Quest ã o 4 Resolução: A translucência nucal é um exame ultras-


sonográ fico realizado no primeiro trimestre, mais
(INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVI DOR PÚBLICO ESTA- precisamente entre 11 semanas e 13 semanas e 6
DUAL /SP - 2018) Mã e leva filha de 16 anos ao ginecolo- dias de gesta çao, visto que a medida é mais preci-
gista com história de a filha nunca ter menstruado. sa quando o feto apresenta, no mí nimo, 45 mm de

linktr.ee/kiwifz
Imagens na ginecologia- obstetrícia E3 RESIDENHAMEDICA
A I J

comprimento cabeç a - nã dega (CCN) e, no m á ximo. + USTV (MASSA EM ANEXO DIREITO COM 3CM e 0CF
BA mm de CCN , PRESENTE ), Ou seja, claramente estamos diante de
um quadro de GRAVIDEZ ECTÓPICA, em que nã o apre -
RESPOSTA: 3 senta sinaisde rotura, poisest á ESTÁ VEL HEMODINA -
MICAMENTE, Portanto, O mais importante para essa
Questão 6 quest ã o e saber quando poderemos fazer o trata-
mento clinico medicamentoso com o METQTREXATQ.
(HOSPITALISRAELITA ALBERTEIN5 TEIN/ SP - 2017) Mulherd -e 24 As indicações são: Ectõ pica integra; < 3,5 cm; b - HCG <
anos de idade , no pronto - socorro com quadro, há 1 5.000 e Ausê ncia de BCF. Portanto, a nossa paciente
dia, de dor abdominal em hipogá strio esangramen- N Ã O É CANDIDATA ao uso do Metotrexate e, dessa Q
to vaginal. Niuligesta. Refere ter descoberto recen- forma, o tratamento CIR Ú RGICO ser á o de eleição.
"O
temente que esta gr á vida, por é m ainda nã o iniciou Quando desejo dG gestar - SA L PIN GOSTO,MIA lapa - n>
ff
o pr è- natal. N ão se sabe dizer quando foi a data da rosc õ pica (CONSERVADOR ). Pacientes que jà tenham
última menstrua çã o. Ao exame fí sico: BEG, corada , a prole constitu í da podem fazer SALPINGECTOMIA
hidratada, anictérica * acian ótica , afebril,, pressão LA PA RO SCO PI CA (RADICAL) . Dentre as op ções, cer-
arterial = 110 x ftOmmHg, frequ ê ncia card í aca = 96 tamente a melhor resposta seria a letra C , embora
batimentos / minuto . Abdome doloroso ã palpa çã o a Salpingostomia fosse a mais prudente.
de abdome inferior, sem sinais de peritonite . Ao RESPOSTA: Q
exame especular, sangramerito vivo em pequena
quantidade, coletado em fundo de saco posterior Ao
toque vaginal, ú tero í ntrap élvico, com relato de dor Quest ão 7
ã palpa çã o de regi ão anexial direita , onde se palpa
massa de dif í cil delimita çã o. Solicitados exames la - (HOSPITAL S Ã O LUCAS DA PUC /RS - 2012) Qual é o manejo
boratoriais e de imagem que mostraram os seguin- mais apropriado para primigesta com placenta pré via
tes resultados: Hb = 11,0 g / dL; Ht = 28,2%; Beta - hCG: marginal observada em ultrassonografia realizada
10.000 mUI / mL , Ultrassonografia transvaginal: útero na 22 i semana de gestação?
de dimensões aumentadas, ecotextura miometrial
Programar cesariana para a 39 ? semana .
homogénea, eco endometrial de aproximadamente
10 mm, massa anexial tubã ria ã direita de 3,0 emr Programar amniocentese para a 36 ? semana e
compat í vel com saco gestac í onal, visualizado em - realizar cesariana , se os pulm õ es fetais estive -
briã o com BCF de 10 bpm, fluxo aumentado ao Do- rem maduros.
ppler colorido , com pequena quantidade de lí quido H Realizar RM na 355 semana para investigar pos-
livre na cavidade p é lvica . Qual deve ser a conduta sí vel placenta percreta ,
para o caso em questão? Recomendar o té rmino da gestação.
Conduta Ex pedante. 11 Reinvestigar a posição da placenta na 32 ? semana .
Metotrexato 50 mg / m3 IML
B Laparoscopia para Salpingectomia Direita . ,
cittCULGADE:
0
Metotrexato 1 mg / kg, alternando - se com Á cido Resolução: A placenta apresenta um fen ô meno de
Folí nico 0,1 mg / kg por 8 dias. migração, com modificaçã o das rela çõ es anatô mi -
cas da placenta em rela ção ao ú tero. Esse processo
[1 Laparotomia Exploradora Mediana para Salpin-
termina em tomo da 2B ? a 322 semana de gestaçã o .
gectomia Direita . Dessa forma , uma placenta antes inserida no seg-
mento inferior do útero nas proximidades ou sobre
DlHí UL [)H U [ :
o orif í cio cervical interno pode se transformar em
uma placenta normoinserida apõs esse per í odo.
Resolução: Paciente gestante, que pelo enunciado
Logo, é recomendado uma reavalia çã o da posi çã o
nos deixa a entender que se apresenta no primeiro
da placenta apôs a 325 semana de gestação para um
trimestre , passa a apresentar sangramento vaginal -
diagn óstico definitivo.
Temos de importante no quadro: B - HCG POSITIVO
(10.000 mUI / mL) + T JMORAÇÃ Q EM ANEXO DIREITO RESPOSTA:

69
linktr.ee/kiwifz
(T) Imagens na ginecologia- obstetr í cia
Radiologia | Capitulo 4

Questão 8 em que se verificou placenta perereta , mas sem in-


vasã o da parede da bexiga . Ante o enunciado , qual
(PROCESSO SELETIVO UNIFICADO/ MG - 2017) Paciente de 42
o tralamento mais indicado?
anos relata dor e desconforto ern baixo ventre hã seis
meses, sem alteração do ciclo menstrual, mantendo Realizar a histerectomia total.
vida sexual ativa. Nega doenças prévias. G2P2n e usa
DIU T de cobre h ã sete anos. Trouxe consigo exames Realizar a histerectomia subtotal.
recentes: hemograma e exame de urina rotina nor- S Nã o retirar a placenta e usar posteriormente
mais, dosagem de beta - HCG negativo, colpocitologia metotrexato.
oncó tica negativa para malignidade. A ultrassono - Complementar a cesariana com a sutura hemos-
grafia endovagtnal revela útero de 120 cm1, endom é- t á tica B-lynch ,
trio de 8 mm, DIU normoposicionado , ov ário direito
normal e ov á rio esquerdo com massa heterogénea
DIFICULDADE: #
de 11 cm de diâ metro e com áreas hiperecogênicas
sugestivas de tecidos calcificados, ausê ncia de lí qui- Resolução: Quest ã o que nos apresenta uma partu -
do livre na pelve. Assinale a alternativa CORRETA em riente com diagnó stico ultrassonogr ã fico de pla-
rela çã o á melhor conduta para este caso. centa centro - total ( que é indica çã o absoluta de
cesárea ) e acretismo placent ãrio, posteriormente
A dosagem do CA -125 é imprescind í vel na defini-
diagnosticada com placenta perereta após o parto:
çã o do tratamento a ser instituído.
assim, podemos inferir que a placenta apresentava
A precisã o diagnóstica de ultrassonografia é bai- grau de invas ão que ultrapassava a serosa uterina,
xa nesse caso. por é m a quest à o nos informa que n ã o havia envol-
B Deve - se realizar aspiraçõ es da massa ovariana vimento vesical . O tratamento mais indicado para a
guiada por ultrassom. placenta increta (aquela que invade o miom ètrio e
n ão permite plano de clivagem para o descolamen -
0 O tratamento é cir úrgico e deve - se evitar o der-
to manual) e para a placenta perereta (aquela que
ramamento do conte ú do do cisto na cavidade alcan ça a serosa uterina , podendo invadir ó rgãos
abdominal.
vizinhos) ê sempre a histerectomia abdominal to -
tal , cspecialmente quando a paciente n ão tem mais
DIFICULDADE :
desejo reprodutivo.
Resolução: Letra A é incorreta , poiso CA-125 n ão é im- RESPOSTA: Q
prescind í vel para o diagnóstico e tratamento. Sua
dosagem é ú til quando esta elevada e associada à
imagem ultrassonogr á fica sugestiva de malignidade. Quest ã o 10
Letra C é incorreta, pois não hã indicação de aspira -
çã o de massa ovariana heterogénea e suspeita de (INSTITUTO DE ASSISTÊ NCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚ BLICO ESTA-
malignidade . Ela est á contraindicada! DUAL /SP - 2017) O acretismo placent ãrio é um grande
temor do obstetra quando este se depara com uma
-'
F RESPOSTA: 0 gestante, submetida a duas cesá reas anteriormente,
com uma ultrassonografia atual que revela placen-
ta prévia implantada na face anterior do segmento
Quest ã o 9
anterior do ú tero. Como essa paciente ser á subme -
(SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊ NCIA MÉDICA DO ESTADO DO tida à nova cesárea, com alto risco de hemorragia,
CEAR Á - 2016) Tercigesta , tom gesta ção de 34 semanas, lesã o de ó rg ã os ou at é histerectomia , é necessá rio
com duas ces á reas anteriores , com discreto sangra- confirmar esse diagnó stico. Isso é feito, preferen-
mento transvaginal. Realizou exame de ultrassono - cialmente, por meio de
grafia transabdominal com Doppler colorido, que
Tomografia computadorizada .
evidenciou placenta pr é via anterior, centro - total,
com sinais de acretismo. Encaminhada a uma mater- Ultrassonografia bidimens í onal.
nidade terci ária , foi submetida a um parto cesariana, B Ressonâ ncia magn é tica .
70
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MÉDICA
Imagens na ginecologia- obstetr ícia 1 Cl .
n r a

E3 Amniografia .
[3 Ultra ssonogra ha tridimensionaL

C UiFlCULQÀ Dt:
1
Resolução: A ressonância magnética ê um método que
pode ser utilizado para confirmar esse diagnóstico,
sobretudo em casos de incerteza, quando a placenta
tem inser çã o posterior, e para avaliar extens ã o mio-
.
metrial parametr íal e para bexiga urinária. Assim, o>
como a questã o descreve um caso em que o risco T3
de complicações é alto, com possí vel extensão da EE
inser çã o placentã ria para órgã os vizinhos, a resso -
nâ ncia é um m étodo seguro e importante para uma
avalia çã o mã is detalhada do acretismo.

71
linktr.ee/kiwifz
(T) Fixe seus conhecimentos!

FIXE SEU CONHECIMENTO COM RESUMOS


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Use esse espa ç o para fazer resumos e fixar seu conhecimento!
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72

linktr.ee/kiwifz
RADIOLOGIA Capítulo
MUSCULOESQUELÉ TICA RES1 DENCIA
MEDICA
s a rt a R

O QUE VOCÊ PRECISA SABER ?


cn
O Saiba avaliar uma radiografia simples de ossos longos o
D

O Saiba identificar uma fratura p é lvica TH


n
ÊE
Q Sinais de artrose vistos na radiografia simples
O Sinais associados ã m ã o reumatoide

.
1 TRAUMA Imagem 1. Fratura do tíbia e fibula .

IMo trauma , no que se refere ao sistema musculoes-


quelético , as principais altera çõ es que podemos ter
s ã o as fraturas e as luxa ções / subluxaçõ es.

1- 1- FRATURAS DE OSSOS LONGOS

As fraturas consistem na perda de continuidade do


tecido ó sseo associada a les ão dos tecidos moles
adjacentes. Em geral, as fraturas que mais v ã o nos
preocupar durante o ATLS s ã o a fratura de bacia e
as de ossos longos , que t êm potencial para maior
perda de volume sanguí neo, especialmente a pelve.

Fonte: Autor.
Outra fratura um pouco ma is pre ocupante é a fratura
fis ã ria nas crianças. Isso porque ela pode acarretar
.

interrup çã o do crescimento da fise e , consequente -


mente, no encurtamento e desvio do membro.

73
linktr.ee/kiwifz
(7) Radiologia musc jloesquel&lrca Radiologia | Capítulo 5 i
d
Imagem 2 . Fratura da fise distai da t í bia .
I 1.3. LUXAÇÕ ES á

Correspondem à perda de contato entre superfí cies


â
articulares, inevitavelmente associada a uma lesão â
capsular. Caso a luxa çã o n ão seja logo corrigida,
pode resultar em isquemia da cartilagem articular. m

Imagem 4. Luxa ção do quadril à direita .

m
m
m
m

Fonte: Autor.

I 1.2. FRATURA PÉLVICA

As fraturas pé lvicas costumam ser bastante preocu - Fonte: Autor.


pantes no contexto do politrauma, pois o quadril pode
conter at é 2 , 5 litros de sangue. Assim, é importante
sua identifica çã o no momento do ATLS e, se houver
suspeita de lesão, realizar exame de imagem para
avalia çã o .
I 1.4 . ARTRALGIAS

Sinais de artrose:
Imagem 3, Fratura de pelve em livro aberto.
O Rarefação óssea periarticular
O Esclerose subcondral
O Aumento das partes moles
O Redu çã o do espaç o articular
O Cistos subcondrais
O Osteófitos
O Deformidades

Fonte: Autor .

74

linktr.ee/kiwifz
Radiologia muscoloesquel é tica HBIOÉNCIA MÉDFGA I rl
1m r

Imagem 5 . Artrose de Quadrial . Sinais da m ã o reumatoide:


O Desvio ulrtar
O Eros ão do processo estiloí de da ulna
O Prefer ê ncia pelos punhos , metacarpofalangeanas
e interfalangeanas proxima í s
O Luna çõ es e subluxaçòesde inte rfa ia rige anas , que
acabam acarretando deformidades como o "dedo
em botoeira" e o " pesco ço de cisne" nj

ffi
S
O
-O
Imagem 7, Miã os reuimcitofcdes. IX

Fort te: Autor

imagem 6 . Artrose de joelho.

Fonte : Autor .

I 1.5 . GOTA

As radiografias são 0 m étodo mais utilizado para


acompanhamento de pacientes que tenham gota-
O Tofos: massas de tecidos moles ou intra ó sseas,
com ou sem calcificaçõ es
O Artrose assim étrica
O Erosão acentuada naforma cr ó nica , com erosões
em saca bocado,
O Altera ções mais frequentes nos p é s. em especial
na primeira articula ção metatarsofalangeana ,
sendo esse quadro chamado de podagra.

Fonte: Autor,

75
linktr.ee/kiwifz
(7) Radiologia museuloesquelé tica
Radiologia [ Capitulo 5
0
Imagem 8 . Fadagra .
Imagem 9. AP de bac í a em paciente
com espondiiite anquilosante.

Fonte: Autor

imagem 10. Perfil de coluna lombar em


Fonte: Autor.
paciente com espondiiite anquilosante.

I T . 6 . ESPONDILITE ANQUILOSANTE

Uma das principais formas de espondiloartrite


, que
acomete principalmente homens jovens.
Caracte -
riza - se por um quadro de dor axial inflamat ória
,
associada a possí veis manifesta ções extra- articulares
(como uveite, nefropatia , fibrose apical
pulmonar,
entre outras).
Ao exame de imagem, podemos observar, em
fases
mais avançadas , a fusã o (= anquilose) das articul -
a
ções interapofisá r ías, alé m do acometiment
o das
articulaçõessacroiliacas bilateral e simetricamente.

Fonte- Autor,

76

linktr.ee/kiwifz
Radiologia musculoesquelética
D HESfDÊMGIA M É DICA
i n n n |
i i

QUESTÕ ES COMENTADAS

Vi
o
O

Quest ã o 1
k
maiores peso e altura e com deformidades nos p és -Q
3
*
PC
ou na coluna vertebral A radiografia convencional
»
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARAN Á - 2016) Em rela çã o â
tem um valor limitado na confirma ção diagnostica
Displasia de Desenvolvimento do Quadril (DDQ), -
considere as afirmativas abaixo:
da DDQ nos recém - nascidos, pois as epí fises fe
morais proximaí s (cabeç as dos f émures) n ão est ã o
ossificadas at é os quatro a seis meses de vida. Por
.
1. São considerados fatores de risco o sexo mas-
culino, hist ória familiar de DDQ, a apresenta ção outro lado, a ultrassonografia do quadril do neona-
p é lvica e o oligodr â mmio., to tem um potencial óbvio nas crianç as desta faixa
et á ria, pois evidenciar á claramente as estruturas
2. A DDQ deve ser pesquisada utilizando -se a mano-
cartilaginosas que s ão precariamente delineadas
bra de Ortolani, a ser realizada mos dois primeiros pela radiografia simples As afirmativas 7 , 3 e 4 es -
»

dias de vidar enquanto o recé m - nascido perma-


t ã o totalmente corretas,
necer hospitalizado e, rnais tarde, no ambulat ó rio
,

de seguimento de puericultura, at é os 6 meses ^ RESPOSTA: H


de idade.
3, A Manobra de Barlow permite verificar se a cabe ç a
Quest ão 2
do f é mur é ou n ão loxãvel.
4. A assimetria de pregas glú teas, denominada sinal .
( SELEÇÃO UNIFICADA PARA R É S. MED ESTADO DO CEAR Á - 2012)
de Reter Bade, podo ser um sinal indireto de DDQ, Homem de 50 anos, em programa de hemodi á lise
por ém 30% das crianç as normais apresentam tal hã 5 anos, è avaliado por queixa de dor lombar com
assimetria. caracteristicas inflamat órias. Q exame fisico mostra
5. A radiografia de articula ção coxofemoral é o altera çõ es nos testes de Schober e Patrick . Radio -
exame de escolha at é o 4í? m è s de vida para grafia das articula ções acometidas revelou - se nor-
confirmaçã o do diagnostico de DDQ. Assinale a .
mal Qual dos exames de imagem abaixo deve ser
alternativa correta. solicitado para prosseguir avaliaçã o das articulações
acometidas desse paciente?
Somente as afirmativas 1 e 3 sã o verdadeiras. À rtrografiau
0 Somente as afirmativas 3 e 5 sã o verdadeiras. Ultrassonografia.
H Somente as afirmativas 2, 3 e 4 s ão verdadeiras. H Tomografia Computadorizada.
Somente as afirmativas 3 4 e 5 sã o verdadeiras
;
l
El Resson â ncia Nuclear Magn é tica .
II Somente as afirmativas 1,3, 4 e 5 são verdadel ras.
DIFICULDADE:

DIFICULDADE:

* Dica do autor: A ressonância magnética é o m étodo


Resoluçã o: Os fatores de risco para a DDQ incluem: de imagem maí s importante para a detecçã o precoce
sexo feminino, ra ça branca, primiparidade , m ãe de sa croí leite, permitindo a instituição de terapias
jovem, apresenta çã o p é lvica ao nascimento, his - que podem impedir a progressão da doen ça. Teste
t ória familiar, oligo - hidr â mnio, rec ém - nascido com de Schober indica restrição da mobilidade da coluna

77
linktr.ee/kiwifz
® Radiologia musçuloesquelé tica Radiologia | Capítulo 5

lombar, e o de teste Patrick, sacroileíte. Para o diag - Alternativa C: INCORRETA, Polimialgia reum á tica aco- i
nóstico de espondilite anquilosante, a sacroileíte mete idosos e cursa com dor e rigidez em cinturas
deve ser mostrada no exame de imagem. Estando escapular e p élvica ,
a radiografia normal, o mais sensí vel para detectar Alternativa D: INCORRETA. Artrite reumatoide acomete
sacroile í te seria a RNM. I
principalmente mãos, pé s e punhos.
Alternativa A: INCORRETA. Alternativa E: CORRETA. Homem jovem + lombalgia in - á
Alternativa B: INCORRETA. flamatória (rigidez matinal e melhora com exercício)
+ sacroile í te + redu çã o de mobilidade da coluna to -
â
Alternativa C: INCORRETA. r ácica = EA. é
Alternativa D: CORRETA. A RNM tem sido usada para
identificação precoce de sacroileí te.
RESPOSTA: 0 é
RESPOSTA: 0 é
Quest ã o 4
é
(ASSOCIAÇÃOMÉ DICA DO PARANÁ - 2010) Paciente de 35 anos
Questão 3 de idade, sexo masculino, deu entrada no serviço de m
emergência referindo que ao jogar futebol torceu
(HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE SOROCABA /SP - 2018) Homem, 23
o tornozelo direito. Ao exame, ele apresentava um «a
anos, procura atendimento ambulatorial com queixa
edema acentuado com equimoses no bordo externo
de lombalgia hã 6 meses. Refere que a dor é acom -
do tornozelo; dor importante e impotência funcio-
panhada de rigidez matinal, melhora com exercí cios
nal do membro inferior direito. Na radiografia do
e, temporariamente, com o uso de anti-inflamat órios
tornozelo se observa uma fratura por avulsão do
n ão hormonais. No exame f í sico, nota- se redução da
maléolo fibular. Em rela çã o a este caso, assinale a
expansibilidade tor ácica, sem outros achados adi-
alternativa correta:
cionais. Realizada radiografia que evidencia sinais
sugestivos de sacroileí te bilateral, A causa mais pro- Este tipo de les ã o deve ser considerado como
vá vel do quadro ãlgico desse paciente é entorse grau l

tumor ósseo.
E Pela fratura em avulsâ o o entorse deve ser con-
siderado grau Itl
E h érnia de disco. H Considera- se este tipo de lesão como uma dis-
B polimialgia reumática. tensão muscular

13 artrite reumatoide. (3 O entorse deve ser classificado como grau II pela


pequena instabilidade
B espondilite anquilosante.
B O mais importante é realizar um exame de Res-
sonância Magnética, pois os dados apresentados
DltlCULDADC
3 sã o insuficientes para julgar o caso
• Dica do autor: Os pacientes portadores de espondili-
te anquilosante ( EA ) apresentam, na história natural
da sua doen ç a, acometimento inicial do esqueleto
DIFfCUUlAPC:

Resolução: A classificação de entorse de tornozelo é
axial, sendo caracteristico o envolvimento bilateral baseada no exame clinico da área afetada e divide a
e precoce das articulações sacroilíacas (sacroilíí te).
les ã o em três tipos: grau 1 - estiramento ligamentar;
Alternativa A; INCORRETA. Tumor ósseo acomete ossos grau 2- lesão ligamentar parcial e grau 3- lesã o liga-
longos e normalmente cursa com dor e tumoraçã o mentar total. Devido quadro de fratura por avulsã o ,
local. consequentemente ocorreu lesã o ligamentar com-
pleta, considerando- se então uma entorse grau III.
AlternativaB: INCORRETA. H érnia de disco manifesta- se
tipicamente com lombociatatgia. RESPOSTA: 0

78
linktr.ee/kiwifz
r
Capí tulo
NEURORRADIOLOGIA
6

ú ltima talvez seja a altera ção a que mais devemos


1. TRAUMA CR ANIOENCEFÁLICO estar atentos.

Na TC de cr â nio sem contraste , uma hemorragia


0 primeiro exame a ser pedido no contexto de trauma aguda costuma aparecer hiperatenuante (= branca ) IO
cranioencef ã lico (TCE) quando há suspeita de uma e um hematoma cr ó nico hipoatenuante ( = cinza na
cr
les ão neurocir úrgica é a tomografia computado- escuro). Lembre- se que, em um exame normal, os
rizada (TC) de crâ nio sem contraste . Esse m étodo plexos coroí des e a pineal aparecem hiperatenuan-
poder á evidenciar fraturas de ossos da face e cr ânio tes , poissaocalcificados, então nao confundam com
e sinais de hemorragia intracraniana , sendo que a sangramento!

Imagem 1. Corles axiais normais de TC de cr â nio, mostrando glâ ndula pienal


(ã esquerda) e plexos coroides (à direita), calcificados

Fonte: Autor.

Os principais sangramentos intracranianos s â o epidural, subdural e sobaracnoide. A hemorragia subarac-


noide ser á abordada com mais detalhes adiante, entã o vamos nos focar nos dois primeiros tipos.

linktr.ee/kiwifz
© Neurorradiologiia Radiologia f Capítulo 6 à
á
Tabela 1. Principais diferenç as no Imagem 2 , Hemorragia eprdural.
sangramento epidural e subdural. á

EpiduraE Subdural á
Entre dura- má ter ê
Entre osso e dura - mà ter
e aracno í de
ê
Lente biconvexa Lente bicôncavo - convexa

Possui intervalo lúcido Agudo ou cr ó nico é


Fonte: Autor.

O sistema nervoso central è envolvido por tr ês menin-


m
ges: dura - m á ter (mais externa ), aracno í de e pia - m áter
(mais interna ).
m
A hemorragia epidura! é a localizada entre o osso e a
meningedura- máter e normalmente está relacionada
a uma lesão da art éria meningea m édia. Por isso, esse
hematoma costuma se desenvolver rapidamente, Fonte; Autor.
m
já que a press ão no vaso é arterial. Tipicamente,
o paciente apresenta in í cialmente intervalo lúcido l ã os hematomas subdurais encontram - se entre a
logo ap ós o trauma , evoluindo ap ós algumas horas dura - má ter e a aracnoide e resultam da ruptura de
com sinais localizat ôrios e at é sinais de hipertensão veias tributárias do seio sagital superior. Eles apre-
intracraniana. O aspecto à tomograha é de uma sentam formato de foice / lente cô ncavo - convexa .
imagem biconvexa.
Ao contrá rio de outros hematomas intracranianos,
podem ser classificados em agudos ou cr ó nicos.
Os hematomas subdurais cr ónicos desenvotvem-
-se ao longo de semanas após traumas pequenos,
geralmente em idosos , À tomografia , apresentam - $e
hipoatenuantes.

Imagens 3, À direita, hemorragia subdural aguda , e à esquerda , cr ó nica .

Fonte: Autor.

80

linktr.ee/kiwifz
NeurorradioLogia m RESIDÊNCIA HÊDICA
i n n v

vasos mais acometidos s ã o a arté ria comunlcante


2. CEFALEIA fiUBITA anterior, comunicante posterior e cerebral m édia.
Menos comum ente, o hematoma subaracno í de tam-
Ao nos depararmos com uma questã o da prova que b ém pode resultar em traumatismo cranioencef álico.
apresente uma mulher com cefaleia com sinais de Na investigação de um quadro de cefaleia com sinais
alarme, uma das hipóteses em que devemos pensar de alarme, o primeiro exame a ser solicitado é a
.
é uma hemorragia subaratnoide que comumente toroografia de cr â nio sem contraste , que mostrar á,
ocorre por ruptura de um aneurisma cerebral. Os no caso, hi pe raten tração (= sangue) nas cislernas ou
nos sulcos cerebrais . o
O

CE
Imagem 4. Hemorragia nas cisternas à esquerda e nos sulcos à direita.

.
Fonte; Autor

Caso a TC de cr â nio nã o apresente altera ções, MAS 3. DÉFICIT FOCAL SÚBITO


a suspeita de hemorragia subaracnoide seja grande,
podemos continuar a investigação realizando pun-
ção lombar. Na suspeita de acidente vascular encefá lico ( AVC),
o primeiro exame a ser pedido é uma tomografia
Se os exames vierem alterados, podemos comple - computadorizada de cr â nio sem contraste.
mentar a investigaçã o com angiotomografia ou
angiorressonã ncia. Arteriografia quase n ã o ê imais 5 e a causa do d éficit focal s úbito tenha sido AVC
realizada nos dias de hoje. hemorr ágico ( AVth) , poderemos ver uma Lesão hipe -
ratenuante correspondente ao sangra mento.
Observaçã o: outro diagn ó stico diferencial para cefa -
leia aguda, em especial em jovens e mulheres , é a
trombose venosa cerebral. Idealmente, o diagn óstico
efeito pela resson â ncia magn ética .

31

linktr.ee/kiwifz
(7) Neurorrodiologia Radiologia I Capítulo 6
â

ê
imagem 5. AVCh: Sangramento (ãrea hiperatcnuante J á no caso do AVC fsquêmico, é importante lembrar
= branca ) na regiã o nucleocapsular esquerda.
que, nas primeiras tr ês horas desde o insulto agudo,
a TC de cr ânio poder á vir normal. Contudo, n ão pode-
mos esquecer que, por vezes, poderemos observar
sinais precoces de les ã o isquê m í ca, a saber;
O Art é ria cerebral média hiperatenuante .
O Apagamento de sulcos .
O Perda da diferencia ção entre subst ância branca
e cinzenta.

Com o tempo, a á rea de isquemia pode evoluir para


infarto do par ênqurma .
Vamos relembrar os principais territó rios cerebrais
para prova ?
m

*
Fonte: Autor.
tii
te
Imagem 6. Territ órios cerebrais para a prova. te
Aflwrr í crttMl í ACAj

g Wrj
*c <c*staii --
ê iT r íHCàJ

******* tz Tt* n jw «rt |r»|


.

Fonte: http5: / / radiopaedia.org / ca 5 e5 / corpbral- v scular * territone5- illustraticm ?lang^us.


^

82

linktr.ee/kiwifz
Neurorradiologia RESIDÊNCIA MEDICA “H

.
Imagem ?. Ãrea de infarto cerebral Artéria cerebral Imagem 9. Ã rea de infarto cerebral em
mé dia: observar o apagamento dos sulcos e a perda da territ ório de art éria cerebral posterior.
diferenciaçã o entre a substancia branca e cinzenta.

íW
Ci
o
a
Q
íU
CC

.
Fonte; http§i:/ /radi 0paedifl org /ca5 e5 /

póster io r- circ uI alio n - st ro ke 171a ng* us.
Fonte: Autor.

Figura 8. Ãrea de infarto cerebral em 4. TUMORES E INFECÇÕES


territ ó rio de art éria cerebral anterior.

Na suspeita de iníec ç ao ou tumor acometendo o


sistema nervoso central, normalmente realiza - se
um exame dí e imagem COM contraste.
Um achado de imagem que costuma ser muito apre -
sentado em provas é 0 de uma lesão hipoatenuante
com realce do contorno pelo contraste, com uma
ã rea hipoatenuante (= edema) ao seu redor.. Em um
paciente imunodeprimí do, a primeira hip ótese a
ser considerada ê a de neurotoxoplasmose. Essa
doen ça jã foi, inclusive, tema de prova de resid ência
para a USP,

Fonte: https:/ / radiopa edlia.org /cases /


anteí ior - cerebral- artery- mfarct.

83
linktr.ee/kiwifz
(T) Neurorradrologia I
Radiologia Capítulo 6
*i
Imagem 10, Neurotoxoplasmose, Imagem 11. Pondera ção TI.
i

«
i
i
â
m
m
m

Fonte: Autor.

Por ém, claro que uma lesã o do tipo "preto - branco-


Fonte: Autor.
*
- preto " não é patognom ô nica de neurotoxoplasmose.
PonderaçãoT2: estruturas com liquido aparecem com
Para fazer esse diferencial, é importante considerar- hipersinal, ou seja , o lí quor apresenta- se "branco '.
mos o contexto apresentado no caso clínico. Outras
possibilidades, por exemplo, são linfoma e doen ça Imagem 12. Ponderação T 2.
de Chagas.

5. ALGUMAS NO ÇÕES DE
RESSONÂNCIA MAGNÉ TICA (RM)

É mais dif ícil aparecer RM em provas, mas é impor -


tante ter alguma no çã o sobre como ver um exame
de RM ,
Pondera çã o TI: adequada para analisar a anatomia
da regiã o estudada . A substância branca encefá lica
apresenta hipersinal ("= mais branca ") em relaçã o
ao c ó rtex .

Fonte: Autor .
Flair: sinal das estruturas ê semelhante ao eviden-
ciado em 12, exceto por lí quidos , que se apresentam
saturados (ou seja, com hiposs ínal).

84

linktr.ee/kiwifz
Neurorrodiobogia RtSlOÍ NDIAMÊ QfGA
( a P*

Imagem 13 . Flair .
6. NEUHORRADIOGRAFIA - 0 QUE
PRECISO SABER

No trauma cranioencef â lico, na investiga çã o de


cefaleia e na suspeita de AVC, o primeiro exame
normalmente a ser feito é a TC sem contraste. San -
gramentos recentes aparecem com hiperatenuação
ra
e hematomas cr ónicos com hipoatenua çã o. g
Hematomas epidurais tim forma bí còncava e hema-
Q
"D
tomas subdurais são c ô ncavo - convexos, Q£

A hemorragia subaracnoide é normalmente causada


por ruptura de um aneurisma, embora tamb ém possa
resultar de TCE. Ela localiza - se nos sulcos corticajs
ou cisternas encef álicas.

No MC isquê micQr a TC poder á ser normal nas pri -


Fonte: Autor .
.
meiras horas Atenção para alguns sinais precoces
de isquemia, que sã o artéria cerebral m é dia hipe-
ratenuante, apagamento de sulcos e perda da dife -
-
renciaçã o có rtico subcortical.
Na suspeita de tumores e í nfecções, costuma se -
solicitar exame de imagem com contraste.
Em paciente imunossuprimidOj uma les ã o do tipo
-
"preto branco - preto" corresponde a uma prov ável
neurotoxoplasmose. Por ém, nâ o devemos esquecer
de outros diferenciais, a depender do contexto clinico.
A RM é um exame bastante útil em diversas situa çõ es
na neurorradiologia. As principais pondera çõ es são
Ti, T 2 e Flaí r.

85
linktr.ee/kiwifz
(T) Neuror radiologia Radiologia I Cap í tulo 6

QUEST ÕES COMENTADAS

Quest ã o 1 Quest ão 2

(HOSPITAL MATERNIDADE THEREZINHA DE fESUS/MG - 2017) Pa (OFTALMOCLÍ NICA SÃO GONÇALO / RJ - 2014) Em que situação
ciente de 65 anos ê atendido com histó ria de hiper- a Resson â ncia Magnética è mais sensí vel que a To-
tensã o arterial, afasia, hemiplegia esquerda, desvio mografia Computadorizada?
de comissura labial e Glasgow 9. A tomografia com-
putadorizada de cr â nio abaixo revela extensa área D Em caso de hemorragia intracraniana.
hipodensa na regi ão corticossubcortical parietal Em caso de infarto cerebral precoce.
direita , com extensão para a regi ã o nucleocapsular 13 Em caso de infarto isquê mico.
ipsilateral, sem compressão e desvio, e estruturas
Em caso de ataque isqu ê mico transit ó rio.
da linha mé dia (ventrí culos supratentoriais). (Con-
forme imagem do caderno de questões) Qual o pro -
v ável diagnó stico? í MFICULDADE:

* Dica do autor. A RNM já pode identificar AVC isqu ê -


Hemorragia subaracnoide. mico desde o inicio dos sintomas.
Hematoma subdural. Alternativa A: INCORRETA, Tanto a TC quanto a RNM de-
tectam hemorragia intracraniana com elevada sen-
B Acidente Vascular Encef á lico isquê mico ( AVEi). sibilidade .
0 Acidente Vascular Encef álico hemorrá gico ( AVEh). Alternativa B: CORRETA, A TC pode ser normal nas pri-
meiras horas ap ós um AVC isqu ê mico, enquanto a
DIFICULDADE:
RNM o detecta logo ap ó s o iní cio dos sintomas.
Alternativa O INCORRETA, A TC tamb ém é sensí vel para
• Dica do autor: Na hemorragia subaracnoide hã san - detecçã o de infarto cerebral ap ós 24-72 h,
gue no espaç o subaracnoide, cuja quantidade dá a Alternativa D: INCORRETA. AIT, por definição, n ã o cursa
classifica çã o prognóstica de Fisher. com alteraçõ es nos exames de imagem .
Alternativa A: INCORRETA. Na hemorragia subaracnoide ^ RESPOSTA: 0
há sangue (hiperdenso) no espa ço subaracnoide.
Alternativa B; INCORRETA. No hematoma subdural agudo Quest ã o 3
há hiperdensidade em forma de lua.
(FACULDADE DE MEDICINA DE PETR Ó POLIS / RJ - 2018) Adoles-
Alternativa C: CORRETA. Á reas de isquemia são hipo - cente de 15 anos deu entrada na Unidade de Pronto
densas. Atendimento (UPA ) com crise convulsiva de difí cil
Alternativa D: INCORRETA. No AVC hemorr ágico h á hiper- controle, Ap ósas medidas de suporte iniciais, o pa-
densidade intraparenquimato5a (AVC hemorrágico ciente realizou tomografia de crânio a qual eviden-
intraparenquimatoso ) ou no espa ço subaracnoide ciou lesã o hiperdensa ovalada, de contorno regular
( hemorragia subaracnoide). com cerca de 2 cm de diâ metro no lobo frontal, com
área de edema perilesional ao redor. O m édico ra-
RESPOSTA: Q diologista de plant ã o levantou a suspeita etiológica

66
linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MEDICA
Neuror radiologia % a n o

de parasitose , Qual seria a doen ça e o agente etio denso em put â meri à direita e medindo 1 cm. Qual
ló gico desta parasitose? é o diagn ó stico e o melhor tratamento?

Teniase e Toenía solrum, AIT ( Acidente isqu êmico Transit ó rio) - hiper -hi -
drataçà o e antiagregante.
Neuroc í sticercose e Taerrí a sagmata,
Et AVE ( Acidente Vascular Encefá lico) isqu ê mico -
B Teniase e Toen / a soginota trombolrtico (Rtpa) .
Neurocisticercose e Taenra sotiurn. B AVE ( Acidente Vascular Encef á lico) hemorr á gico
oiFicy LOADE:
-
controle pressórico. n»
m
AVE ( Acidente Vascular Encef á lico) isqu ê mico - o
o
hiper- hidrata ção e antiagregante. TJ
* Dica do A Tberrja so /í um pode ter o honrem m
CK
como hospedeiro intermediário causando nele a
*
cisticercose * que ocorre quando o indivíduo ingere DIFICULDADE:
l
ovos deI . soííum. Por a çã o do suco gá strico, esses
ovos s ã o convertidos em oncosferas, que são absor- * Dica do autor; Paciente idoso, hipertenso, com dé -
ficit neuroló gico motor agudo h ã 11 hora, com TC de
vidas pelo trato gastrointestinal e posteriormente
cr â nio mostrando hiperdensidade em put â men,
disseminadas para os ó rgã os, onde se transformar ão
em cisticercos. Quando os cisticercos se instalam no
-
contralater -al ao déficit estamos falando de um
AVC hemorr ágico!!!
cérebro, tem-se a neurocisticercose, que cursa com
quadro clinico -radiològico igual ao descrito no enun - .
Alternativa A: INCORRETA No AIT, o dé ficit é reversí vel,
ciado, Q tratamento deve ser feito com albendazol geralmente na primeira hora, mas na maioria das
ou praziquantel associado a corticoide . vezes nos primeiros 15 minutos, com TC sem hiper-
densidade.
Alternativa A: INCORRETA- A ingestã o das larvas de T.
soí rum leva ao desenvolvimento de vermes adultos AlternativasBeD: INCORRETAS. Aqui o d éficit é mantido,
no intestino humanop que é a teniase, A teniase não por ém com TC sem hiperdensidade tamb ém, poden-
acomete o sistema nervoso central. do ser normal ou com hipodensidade.

Alternativa B: INCORRETA. A T. saginata não tem o ho -


Alternativa C: CORRETA, A conduta neste momento è
suporte clí nico e controle pressórico.
mem como hospedeiro intermediá rio e, portanto,
n ão causa cisticercose. RESPOSTA: B
Alternativa C; INCORRETA. AIsagmata nã o tem o ho-
mem como hospedeiro intermediário e, portanto,
Quest ão s
nâ o causa cisticercose.
Alternativa D: CORRETA * -
{FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL 00 TOCANTINS 2016) Pa -
ciente hipertenso, em tratamento irregular, apresen -
* RESPOSTA: EI ta quadro de hemorragia intracraniana aguda volu -
mosa e desvio da linha mé dia visto ria tomografia
computadorizada do cr â nio. Evolui no segundo dia
Quest ã o 4 de internaçã o com anisocoria e pupila esquerda fixa
e dilatada, posturas motoras anormais bilaterais e
(HOSPITAL DE C ÃNCEF DE MATO GROSSO - 2017) Homem de 70
,

altera çõ es da frequência cardí aca. Qual a causa mais


anos, com hist ória de HAS, é admitido no pronto -so -
prová vel dessas alterações?
corro com hist ó ria de, h á 1 hora, ter apresentado
quadro súbito de fraqueza no dimidio corporal es- Aumento da pressã o intracraniana devido a va-
querdo. No exame neuroló gico, apresenta hemipa - soespasmo cerebral.
resia completa à esquerda, desproporcionada, com
.
predomínio braquifacial hiporreflexia à esquerda EI Hipertensã o intracraniana e herniação de tron -
co cerebral.
e hipotonia. Estava disáririco, por ém orientado, PA
185 / 90 mm !Hg , FC 80 bpm, FR 20 irpm, Tomografia 11 Sí ndrome da secreçã o inapropriada do hormõ nio
computadorizada de cr ânio mostrava á rea hiper - antidiurético (SIADH).

87
linktr.ee/kiwifz
© Neuro iradí ologia Radiologia | Capítulo 6 é

i
Isquemia cerebral secundaria ao sangramento . retiniana (em 50 a 80 % dos casos) e, geralmente,
i
II Mielin ólise pontina . ausência de outros sinais de lesão.
RESPOSTA: H á
L DIFICULDADE:
»
• Dica do autor: A principal causa de hemorragia in- Quest ã o 7 d
traparenquimatosa é MAS.
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - 2015) Homem,
Alternativa A: INCORRETA. Vasoespasmo é uma compli - é
caçã o tí pica da hemorragia subaracnoide. 60 anos, apresenta há cerca de 1 ano déficit de me-
mó ria recente de car á ter progressivo associado à a
Alternativa B: CORRETA. Hemorragia intracraniana com desorienta çã o espacial e dificuldade para nomea-
anisocoria sugere hernia ção uncal com compressão ção. Não há alteração do comportamento. Exame i
do nervo oculomotor.
neurológico sem alterações. Ressonâ ncia magnética i
Alternativa C: INCORRETA, Nã o h á dist úrbio do sódio de cr ânio mostra discreta atrofia cortical. Dosagem
relatado. de vitamina B12, hormònios tireoidianos e VDRL sem ê
Alternativa D:INCORRETA. Não é compatível com o quadro. altera çõ es. O diagn óstico mais prová vel é:
m
Alternativa E: INCORRETA. Mielinó lise ê uma complica -
Hidrocefalia de pressão normal.
çã o do tratamento muito r ápido da hiponatremia . m
Demência frontotemporal.
RESPOSTA:
H Doença de Creutzfeldt-Jakob.
13 Doença de Alzheimer.
Quest ã o 6
DIFICULDADE :
(R), HOSPITAL CASA DE PORTUGAL, 2018 SP, SANTA CASA DE MI-
SERICÓ RDIA DE LIMEIRA , 2018) Uma lactente de 50 dias de Resolução: Analisando o caso, o diagn ó stico que mais
vida foi trazida ao Pronto Socorro Pediátrico com corrobora a descrição é a Doença de Alzheimer, visto
crises convulsivas. Ao exame apresentava - se sem que, alé m de ser a causa mais comum de demência,
sinais externos de trauma, hipoativa e com crises é uma doenç a degenerativa de instalaçã o insidiosa e
convulsivas generalizadas. A fundoscopia evidenciou progressiva, cursando com d éficit de aprendizagem
hemorragia retiniana difusa bilateral. Foi submeti- e reten çã o, dificuldade de raciocí nio, aprendizagem
da a tomografia de cr ânio que mostrou hemorragia e retenção, além de d éficit de orienta ção e habili-
ínter - hemisfé rica e "swelling" cerebral. A criança foi dade espacial, descritos no caso do paciente acima.
internada na UTI pediá trica , mantida sob ventila-
ção assistida e recebendo hidantal, por ém, apesar * RESPOSTA: 0
do tratamento, evoluiu para óbito trê s dias depois.
Questão 8
Sí ndrome de Munchausen
Sindrome da crianç a espancada (ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARANÁ - 2016) Homem de 27 anos
H Síndrome do bebé sacudido foi admitido com quadro de hemiplegia completa ã
Hemorragia cerebral espontâ nea do lactente
direita. No exame f í sico apresentava- se emagrecido
e familiares comentaram que apresentava febrí cula
no final do dia, além de lesões cutâneas dissemina-
t DIFICULDADE:
das tipo pãpulas ulceradas. Foi realizada uma tomo-
Resolução: A presen ç a de hemorragia retiniana em grafia computadorizada de crânio que demonstrou
uma crian ça que apresenta um quadro neurológico uma lesã o de 2 cm em área de gânglios da base no
nos remete a um tipo de abuso infantil que acome- lado esquerdo.
te , principalmente, os lactentes. A sí ndrome do bebé
O diagnóstico mais prov á vel é de tuberculose
sacudido é provocada por sacudidas vigorosas em cerebral e iniciar rifampicina isoniazida pira -
bebé s e caracterrza - se por hemorragia subdural,
zinamida * etambutol .
subaracnoidea, edema cerebral difuso, hemorragia

68

linktr.ee/kiwifz
Neurorra diolo g ia
o RESID Ê NCIA MtÔ ICA
^ *
fji;

Devido à gravidade, uma terapia combinada de


, pronto - socorro, realizou ressonâ ncia magn é tica
tratamento para tOXOplaSrií Qse , tuberculose e que identificou: "massa lobulada em região pí neal
histoplasmose. associada a hidrocefalia ', paciente submetido a
1

B O diagnóstico rnais prov ável é de toxoplasmose e descompress ão com coloca ção de deriva çã o ven -
deve ser iniciado sulfadiazina com pirimetamina .
tr í culo-peritoneal Resultado de exames: Beta HCG
e á cido folinico * s érí co; normal; Alfafetoproteí na sé rica: normal; Beta
0 Uma biópsia guiada por tomografia deve ser rea-
HCG liqu ó rka : 71 (VR: < 50); Alfafetoproteína liquó -
rica: normaL Com base no achado de resson â ncia e
lizada para o diagn óstico. dos exames s é ricos e liquõricos, qual sua hip ó tese
S O diagnostico e de histoplasmose e deve ser ini- diagn óstica?
ciada anfotericina B. o
Germinoma. T3
ra
CE
OlfHmUÀ OE: Ependimoma.
B Astrocí toma pilocí tico,
Resoluçã o: Trata - se de um paciente jovem com um
déficit neuroló gico focal, que aparentemente não foi Meduloblastoma.
sú bito, associado ã febre, lesões cut âneas ulceradas
e perda ponderai. Esse quadro sugere a presen ç a de DIFICULDADE :

uma imunodepressã o (secund á ria ao HIV /Aids), levan-


Resolução: O germiinoma é o tumor maisfrequentermen-
do a uma infec ção oportunista. No paciente portador
te encontrado na regiã o da glâ ndula pineal, sendo
de Aids, as principais causas de d éficit neurológico
encontrado em cerca de 50% dos casos, Germ í nomas,
sã o: neurotuberculose, neurotoxoplasmose e linfoma ç oriocarcinomas e carcinoma embrioná rio perten -
.
prim á rio do 5 NC No entanto, a topografia da lesã o
cem ao grupo dos tumores de c élulas germinativas,
estrutural encontrada na TC sugere o diagn óstico
e verificam - se altos ní veis de marcadores biológicos,
de neurotoxo, alé m de possuir maior incid ê ncia, O
como alfa -feto prote í na e gonadotrofma cori õ nica
tratamento dessa condi çã o é com sulfadiazina, pí -
humana. Os tumores de c élulas germinativas do
rimetamina e ácido folinico por 21 dias.. SNC ocorrem principalmente em estruturas media-
RESPOSTA: Eli nas do enc êfalo (regiã o da pineal e suprasselar) em
células germinativas remanescentes que migraram
erroneamente para esta localizaçã o. Rapidamente,
Quest ã o 9 estas lesõ es causam quadros obstrutivos devido
a sua proximidade com o sistema ventricular, e os
(FACULDADE DE MEDICINA DD ABC / SP - 2017) Menino d e 12 an os
pacientesfrequentemente apresentam sinais de hi -
iniciou com queixa de altera çã o do campo visual h ã ,

drocefalia por obstrução do fluxo do LCR.


.
2 semanas Procurou oftalmologista que identificou
.
em fundoscopí a edema de papila Encaminhado ao ^ RESPOSTA:

8?
linktr.ee/kiwifz
Capí tulo
IMAGEM DO TORAX
7

0 QUE VOC Ê PRECISA SABER ?


ÍB

O ArtteS de olhar a imagem veja o contexto, £o


"D
O Siga um  BCDE para ver a imagem, m
cc
O As tes ões geralmente s à o clá ssicas,
fl Nada de desespero ao ver as imagens,

-
Q Lem bre se do normal

1. RADIOGRAFIA NORMAL E
MÉ TODO ÂBCDE
I 1,1. MÉTODO ABC DE

Crie uma sistemá tica de avalia çã o da radiografia.


Segue uma sugest ã o .
A radiografia normal segue abaixo, memorize esse
.
padr ão A - Airways
O Traqueia - se est ã no centro (desvio pode ser tu -
Imagem 1. Tó rax normal em PA e perfiL mor ou atelectasia),
O Pulm õ es - opacidades, consolidaçõ es, nódulos,
sem esquecer de ver os á pices .
O Br ô nquios - ver a posição, orientaçã o e trans-
par ência,
Q Pleuras - recessos pleuraí s, seios costofr ênicos
e cardiofr ênicoSp simetria.

B - Bones
O Ossos - procure por met ástases ou fraturas na
radiografia lateral, principalmente para vera colu -
na, Olhe bem as costelas se for t rauma. Clavículas
e ú meros tamb ém podem ter les õ es.

C - C í rculatí on
O Cora çã o - veja se há cardiomegalia, aumento do
índice cardiotor ãcico, sinal do duplo contorno.
O Mediastino - alargamento do mediastino pode
ser linfoma, tumor de mediastino ou ectasia dia
aorta que, no trauma, pode causada por pseu -
doaneuriisma.
Fonte: Autor,

91
linktr.ee/kiwifz
I ( >) Imagem do tora
*

O Vasos - olhe a aorta para buscar aneurisma ou


Radiolagí a | Cap í tulo 7

Imagem 2. Homopneumot órax esquerdo


dissecção (alargamento). Olhe o tronco da artéria com oblitera ção do seio costofrenico e m
pulmonar e abaulamentos do arco m édio . desvio do mediastino para direita ,
m
D - Diafragma
m
O Veja se há hérnia de hiato no esó fago ou rotura
em casos de trauma . Eleva çõ es do diafragma po - ti
dem sugerir paralisia ou invasã o do nervo fr ênico.
ti
O Alargamento do mediastino pode ser lí nfoma ,
tumor de mediastino ou ectasia da aorta que, ti
no trauma , pode causada por pseudoaneurisma
ti
O Aproveite para olhar o andar superior do abdome
principalmente para ver pnetimoperilônio.
ti
E - Exterior
O Procure por cateteres (central), pois podem estar ti
associados a complicaçõ es como o pneumotórax ti
O Marcapassos
O Tubo traqueal e sua posi çã o
ti
O Corpo estranho ti

2. LES ÕES PRINCIPAIS


Fonte: Autor.

Imagem 3. Alargamento do mediastino


-
sugerindo les ão da aorta . Indica
NOS CONTEXTOS MAIS angí otomografia para melhor caracterizar.
PREVALENTES til
ti
Sempre se pergunte antes o contexto da imagem,
isso vai facilitar muito a interpretação nas provas , ti
É trauma? ti
É dispneia?
É febre? ti
É suspeita de neoplasia? ti
É outra coisa?
ti
ti
I 2.1, E TRAUMA?
ti
Se for trauma, procure hemotórax, pneumot ó rax,
fraturas costais , h é rnias diafragma ti tas, fraturas Fonte: Autor ti
de claví cula e coluna. ti
ti
ti
ti
92
ti
linktr.ee/kiwifz
Imagem do t órax RESIDÊ NCIA MEDICA :1 1
3 ú n flp

Imagem 5. Aumento da área Card í aca , cefalização


l 2.2, E DISPNEIA? dos vasos, linhas B de Kerley, pequenos derrames
.
pleura is, aumento dos hilos e da art éria pulmonar
Contexto de dispneia pode ser amplo, se fortabagista sugerindo hipertensã o pulmonar secundária ).
ou exposi ção cr ó nica a fuma ça, pense em DPOC.
jovens que sibilam, pense em asmar cujo principal
.
achado è radiografia normal DPOC geral mente vem
com achados clá ssicos de aumento da transpar ên -
cia , rarefa ção das marcas vasculares, retificaçã o
dias c úpulas diafragmáticas, aumento dos espaç os Ui
í ntfltostais. També m pode haver bothas, Se houver O
Q

sinais de enfisema em paciente jovem, lembre -se da c


m
defici ê ncia dealfa -1-antitripsina como causa. cr

Imagem 4. Sinais de enfisema.

fonte: Autor .
Outro contexto importante que pode aparecer è
a suspeita de embolia pulmonar (TEP). Pacientes
que apresentarem dispneia sú bita, geralmente em
p ó s- operat õ rio, ou paciente com doen ç a de base
(oncoló gico), devemos sempre ter esse d iagnóstico
em mente. Os sinais radiogr á ficos sà o rarosp mas
gostam de cair na iprova .
Imagem 6. Corcova de Hampton

Fonte: Autor.

Um segundo contexto que sempre aparece é em


casos de insufici ê ncia cardí aca . Outros achados
vêm no caso como edema de membros inferiores ou
dispneia paroxíst íca noturna. Em casos mais urgen -
tes e comi insufici ência respirat ória , pense sempre
em edema agudo de pulm ã o, Na imagem abaixo, há
vários comemorativos da congest ã o pulmonar, nem
sempre todos estar ão presentes.

Fonte: Autor.

93
linktr.ee/kiwifz
® Imagem do t ó rax Radiologia | Capitula ?

Imagem 7. Oligoemia de Westormark .


i 2 , 3 SE FEBRE?

O
Caso seja febre o contexto e pode vir associado a
tosse e outros sintomas, devemos pensar primeira -
lirci
mente nas infec çõ es,

0 primeiro padr ão, mais comum ê o de consolida çã o ,


que nada mais é do que um pulm ã o preenchido por
material ( pus) e os br ô nq u í os/ bronq uiolos transpa-
rentes no meio (famoso broncograma a é reo).

Nesse caso, embora existam diagn ósticos diferenciais


para fins de prova ser ã diagnostico de pneumonia .

Imagem 9, Pneumonia com extensa m


Fonte: Autor, consolidaçã o do lobo esquerda.
m
O Sinalde Fleischner: art éria pulmonar aumentada .
O Corcova de Hampto: cunha perifé rica da opacida -
de do espa ço a éreo e implica infarto do pulm ão.
O Sinal Westermark : oligem í a regional.
O Sinal de Palia : art éria pulmonar descendente di-
reita aumentada .
O Sinal de Chang: arté ria pulmonar descendente
direita dilatada cotn corte súbito.

DICA
importante para prova e para vida; o exame
que diagnostica TEP é a angiotomografia de t ó rax
êm
.
com protocolo paro TEP Os achados sao /cf / frãs de
enchimento do contraste (trombos).

imagem 8 , Falhas de enchimento Fonte: Aulor.


m
ca rac ter i z a indo ê mbolos j ç o águlos=
Caso haja um contexto de febre arrastada , sudorese,
caso mais leuee í nespedfico , sempre devemos pen -
sar em tuberculose ou doen ças fúngicas. A tuber- m
culose pode se manifestar como Lesão escavada e
micro nódulos pulmonares com aspecto de á rvore
em brotamento na tomografia , Lembre - se que nem
tudo que escava é tuberculose . Embora raro, já
caiu em prova outras causas como LesÕ esfú ngicas ,
abscessos , tumores ( pouco frequente). Lembre - se
ainda da paracoccidioidomicose , que é frequente
em indiví duos do sexo masculino e da zona rural e
cursa com quadro arrastado de febre , tosse e perda
ponderai bem similar ã tuberculose , variando bas -
tante a imagem
--
6

Foní e: Aut &í,

94
linktr.ee/kiwifz
I Imagem do t ó rax RESIDCNClA MED IC Ã 1

t Imagem 10. Escava çã o com mieron ò dulos adjacentes imagem 11, Derrame pleural simples esquerdo.
em paciente com tuberculose e n ó dulos bilaterais em
campos médios, lembrar de paracoccidioidomicose.

Ffint ç: Ay|0 r ,

Imagem 12 . Empiema pleural esquerdo (aspecto


Soculadg do derrame e espessamento pleural).

Furts : Autor ,
Fotite; Autor.

Derrames pleurais aparecem como causa de infecçã o


Algo que sempre aparece é a incid ência lateral com
( parapneurn ô ní co), mas podem ser secund á rios a
raios horizontais de Laurell {pouco usada hoje), mas
neoplasias, tuberculose etc. Quem vai dar o diagnó s-
ainda frequente nas provas.
tico é o quadro clínico e o exame do liquido pleuraL
Em casos mais complexos, lembre - se que derrames Lembre- se por último que atelectasia pode ser cau -
podem se tornar empiemas que vão aparecer como sa de febre, principatmente no p ó s-operató rio do
um derrame loculado na tomografia com ader ê n - abdome superior (dificuldade de respirar por conta
cias pleurais e outros achados de exame f í sico e da dor) e pode ser tamb é m secund ária a rolhas de
laboratorial. muco por processos infecc í osos. Q grande segredo

95
linktr.ee/kiwifz
(> ) Imagem do t órax Radiologia | Cap ítulo 7

é lembrar que, na atelectasia , há reduçã o de volume Imagem 14. M ú ltiplos n ódulos pulmonares P
pulmonar e puxa tudo que tiver pr ó ximo para seu derrame pleural direito . Padr ã o pode ser compat í vel
lado ( mediastino, traqueia , costelas, coração). com met à stases de diversas neoplasias.

Imagem 13. Atelectasia do lobo esquerdo com desvio


do mediastino e da traqueia para o mesmo lado .

Fonte: Autor .

Se ocorrer de cair neoplasia no mediastino anterior,


fique atento aos 4 T do mediastino anterior: TERA-
TOMA + TIREOIDE * TIMO + TERR ÍVEL LINFOMA

Imagem 15 . Massa no mediastino anterior.


Fonte: Autor.

I 2.4 . E SUSPEITA DE NEOPLASIA?

Quadros de neoplasias v ã o aparecer como tosse,


escarro hemoptoico, perda ponderai, em pacientes
com histó rico de tabagismo pensar em neoplasia
de pulm ão carcinoma espinocelular, grandes ou
pequenas cé lulas e no caso de não tabagistas no
adenocarcinoma de pulmã o ,
Existem outras neoplasias que podem aparecer na
prova, principalmente mama ou pr ó stata pela alta
frequ ê ncia. Geralmente podem aparecer metà stases
ó sseas (blá sticassão mais comuns) ou no par ênquima
como m ú ltiplos n ódulos.

Fonte: Autor.
--
4

96 6 ,
linktr.ee/kiwifz
Imagem de t ó rax RESID Ê NCIA MEDIDA
n ci

l 2 , 5. E OUTRA COISA? importante; a radiografia simples pode ser


normal na pneumochtoser
Nesse caso, há uma série de coisas que podem surgir.
Separamos as maí s encontradas em provas.

.
No HIV, lembre- se da pneumocistose Principalmente imagem 17. H érnia de hiato corn ní vel lí quido.
se o CD4 * 200/mm4 .
Imagem 16. Opacidades em vidro fosco bilaterais.
.1
m
o
o
-
Kf

Fonte: Autor. Fontflí Autor.

O vidro fosco na tomografia é muito sutil e inespe - N ão esque ç a dever o andar inferior do abdome onde
cí fico. Pode ser pneumocistose em contexto de HIV podemos ver pneumoperit õ nio em casos de dor
ou edema de pulmão em paciente com insuficiê n - abdominal ou mesmo hé rnias do hiato como nesse
cia cardíaca ou mesmo pode ser secundário a uma caso acima, que pode ser o responsável por refluxo.
infecçã o virai HUNI. 0 quadro clinico e os exames
laboratoriais vã o- ditar o diagnó stico. Em paciente
jovem, lembre - se de HlV / pneumocistose.

97
linktr.ee/kiwifz
(7) Imagem do t órax Radiologia I Capí tulo 7

QUESTÕES COMENTADAS

Questão 1 Questão 2

(HOSPITAL UNIVERSITÁ RIO DE TAUBAT É / SP - 2009) Paciente (HOSPITAL DAS CLÍ NICAS DO PARANÁ - 2016) A respeito da
com 60 anos, fumante ativo , apresenta tosse e ex- pneumonia hospitalar , considere as seguintes afir-
pectoração hem ôptica . Procurou assist ê ncia médi- mativas:
ca. A radiografia de tó rax em PA ( póstero - anterior ) e 1. Pneumonias hospitalares que ocorrem dentro
perfil revelou opacidade hilar, gerando suspeita de dos primeiros quatro dias de interna ção são
c â ncer pulmonar. A realiza çã o detomografia compu- causadas por organismos multirresistentes a
tadorizada (TC) de tó rax e abdome superior poder á antibi ó ticos;
fornecer, exceto:
2. Culturas est é reis de secreções do trato respira -
detalhes sobre as caracter í sticas da superfí cie do
tório inferior podem ocorrer em infec çõ es por
tumor, sua localiza çã o em relação à s estruturas
Legionello ;
de mediastinoe ã parede tor á cica,
3. Na pneumonia aspirativa , a radiografia do tó rax
visualizaçã o mais periférica da á rvore traqueo- pode demonstrara presença de abscesso pulmo-
br ônquica e possibilidade de bi ó psias de lesõ es nar, com paredes espessas e ní vel liquido , mais
situadas em br ô nquios segmentares. comumente localizado em segmentos basais dos
B detalhes da presença de metá stases em pulmões, lobos inferiores;
fí gado, adrenais e esqueleto ó sseo tor á cico. 4. A tomografia computadorizada do tórax pode

detalhes da existência de derrames pleurais ou ser utilizada para esclarecer achados radiogrà -
pericá rdicos pouco volumosos. ficos e identificar complica çõ es como o emp í e -
ma pleural, Assinale a alternativa CORRETA,
E estudo dos linfonodos do mediastino com pre-
cis ão, permitindo divisar sua localiza ção anatô-
Somente a afirmativa 1 é verdadeira,
mica, sua densidade e seu tamanho.
Somente a afirmativa 2 è verdadeira.

r DIFICULDADE: B Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras ,


EI Somente as afirmativas 1, 3 e 4 sã o verdadeiras.
Resolução: A tomografia dc t ó rax e abdome superior
S As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
consegue nos fornecer informaçõ es sobre as carac-
teristicas da lesão pulmonar, as suas rela ções com
DIFICULDADE:
as estruturas adjacentes, presenç a de metá stases
linfonodais , mediastinais e a dist â ncia e avalia der- * Dica do autor: Conceitos gerais de pneumonias hos-
rames ( pleural e pericá rdico ). A TC pode ser usada pitalares e BCP aspirai iva ,
para guiar bi ó psia de lesões periféricas no pulmão.
Assertiva 1: FALSA. As causadas dentro dos primeiros
No entanto , a visualização e caracterização da á r-
d ias são por agentes da comunidade e sem perfil de
vore traqueobr õquka mais perif é rica nã o é poss í vel resistência ruim ,,
com precisão.
Assertiva 2: VERDADEIRA. Esses agentes sã o intrace -
^ RESPOSTA: 10 lulares e raramente aparecem em cultura , sendo o

98
linktr.ee/kiwifz
r Imagem da t órax RESIDÊ NCIA MEDO
i f) n A A J il

t diagn ó stico é feito por marcadores sorolõgico (Je- movimento e tiveram início h ã aproximada mente 3
(JÍOrteJlc, JTiícopí osmo e cfomídra). .
horas Refere dor em membro inferior esquerdo hã
r uma semana queteve início insidioso, mais n ão che-
Assertiva 3: FALSA . Lobos superiores sã o a principal
topografia desses abscessos, o restante das infor- gou a incomodar muito , Nega ser tabagista ou fazer
ma çõ es est á correto. uso de anticoncepcional. Foi confirmada trombose
de membros inferior esquerdo e embolia pulmonar
Assertiva A: VERDADEIRA. TC de tó rax á uma ferramen - na angiotomograha. Os exames de sangue eram nor-
» ta importante para esclarecimento diagnóstico em mais exceto pelo d dí mero de 600, plaquetopenia
pacientes com diagn ósticos diferenciais n ã o infec - de 90,000 e um tempo de tromboplastina parcial
fr c í osos/ infeccí osos pulmonares. m
ativado prolongado. Qual a hip ó tese diagnóstica ? c
RESPOSTA: 3 O
Mutação do fator 5 e ieidert T:
ns
ct
Síndrome de anticorpo antifosfolipí deo
Quest ão 3
Q Hiperhomoc í steinemia
-
ÍONITVERSIDADEDO GRANDE RIO/R j 2016) Uma senhora de 80 L úpus eritematoso sist é mico
anos est ã internada devido a uma pneumonia lobar
direita associada a derrame pleura! parapneum ô - DIFICULDADE:
nico. Recebe antibi ó ticos, fisioterapia respirat ó ria
e já foi submetida a tr ê s toracocenteses sem reso - @ Dica do autor: Em toda paciente jovem, sem an -
lu ção do quadro,. Apresenta piora da dispneia e a tecedentes relatados ou fatores de risco associa -
tomografia demonstra opacidade de 2 / 3 inferiores dos com quadro de TVP / TEP, devemos suspeitar de
do hemit ó rax acometido por derrame pleural, alé m causas heredit á rias e / ou adquiridas, entre elas, a
de consolidação pulmonar. Qual a melhor conduta s í ndrome do anticorpo ant í fosfolí pide (SAF), A SAP
a ser tomada de inicio? ê dinicamente definida por tromboses recorrentes,
arteriais ou venosas, perdas fetais de repetiçã o e
Toracocenteses repetidas, laboratoirialmente pela presenç a de anticorpos an -
E3 Drenagem pleural. tifosfolí pídeos (aPL), a saber : anticardiolipina (aCL),
ant í - beta 2 glicoproteinal (B2GPl) e o L úpus Anticoa -
B Troca de antibiótico.
gulante (LAG). Apesar de nã o fazer parte do crit ério
13 Instalar CPAP. de classificaçã o, o achado de plaquetas abaixo da
normalidade pode ser a única manifesta çã o da SAF
c DIFICULDADE: e, algumas vezes, requer tratamento, A plaquetope -
nia geralmente é leve a moderada, com contagem
Resolução: A drenagem pietrail deve ser o tratamen - de plaquetas acima de 50.000 e normofuncionantes.
to de escolha para os derrames parapneum ô mcos
volumosos (maiores que a metade do hemit ó rax) ou
Na SAF astromboses tendem a acometer, principal -
mente, as veias dos membros inferiores e as art érias
que se apresentem com Gram ou cultura positivos cerebrais; no entanto, qualquer local pode ser aco -
ou pH < 7,2 , e no empiema franco. Deve sertamb é m metido, como vasos do coração, fí gado, rim e reti -
considerada nos DPP recidivados ap ôs toracocentese na * A trombose venosa profunda (TVP) em membros
inicial ou nos pacientes com quadro clí nico inst ável. inferiores é a manifestaçã o mais comum da SAF e
HESPQSTA: O pode ser complicada por embolia pulmonar Pode .
surgir no pô s - parto apôs repouso extenso ou pelo
Èi

uso de estr ò genos em mulheres .


Quest ã o 4 Alternativa A: INCORRETA .
( SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIR ÃO PREIO / SP - 201ÈJ Alternativa B: CORRETA,
Paciente com 34 anos branca natural de Sã o Paulo, Alternativa D INCORRETA,
arquiteta, procurou o pronto socorro por apresen - Alternativa D: INCORRETA.
tar dispneia e dor tor á cica que piora com a respira -
çã o. Qs sintomas est ã o presentes no repouso e no ^ RESPOSTA: 0
99
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(?) Imagem do t ó rax
Radiologia | Capitulo 7

Quest ão 5 comemorativos infecciosos , Por fim , a diferencia ção


entre o quadro de mesotelioma e neoplasia pulmo-
(FACULDADE DE CI Ê NCIAS MÉ DICAS DA UNICAMP/ SP - 2016 ) Ho-
nar é muito dif í cil a n í vel tomogr á fico, nã o podendo
mem, 74ar com queixa de dor torá cica ã direita e disp este diagnóstico ser descartado apenas pela ausên-
neia progressiva h á A meses, com emagrecimento cia de les ã o no par ênquima .
de 5 kg no periodo, sem outras queixas. Anteceden-
tes pessoais: Tabagismo há 60 anos e hipertensã o RESPOSTA; Q
arterial sist émica controlada com captopril 50 mg/
dia . Radiograma do tórax: derrame pleural extenso
à direita , Tomografia computadorizada do tó rax: es- Quest ã o 6
pessamento pleural difuso envolvendo as por ções
mediastinal e parietal que tem espessura de 1 cm e (UDt H05PITAL/MA - 2017) Homem, 60 anos, ex- tabagista
aspecto mamelonado, ausê ncia de les õ es intrapa- com cargatab á gica = A0 ma ços - ano, parou há 7 anos .
renquimatosas pulmonares e de linfonodomegalia Foi tratado de tuberculose aos A 5 anos. É hiperten-
mediastinal. A CORRETA É: so e diabé tico (em uso de Losartana e metformina ).
Realizou tomografia de tórax que evidenciou nódulo
Investigar antecedente ocupacional de contato pulmonar em lobo superior esquerdo , medindo 16
com asbesto . mm de diâ metro, sem calcifica çõ es. N ã o possui exa-
mes de imagem pr évios. Como classificar o n ódulo
A descri çã o tomogr â fica é caracterí stica de tu-
e qual a melhor conduta ?
berculose pleural,
B Descarta - se adenocarcinoma pulmonar , n ão há N ódulo benigno por sequela de tuberculose. Ci-
lesã o no par ênquima. rurgia para ressecçã o do nódulo.
13 Paquipleuiris devido a empiema é o principal Nó dulo indeterminado. Realizar broncoscopia com
diagnóstico. lavado broncoalveolar. Se os resultados forem
.
negativos para neoplasia manter seguimento
com tomografia a cada 6 meses.
L DIFICULDADE:
B N ó dulo suspeito de malignidade. Realizar bron-
Resolução; Paciente idoso e tabagista com quadro de coscopia com lavado br ônquico e biopsia guia-
sindrome consumptiva . Aqui precisamos atentar logo da por TC.
para a possibilidade de neoplasia . A quest ão con-
tinua nos dando a topografia da lesã o do paciente B Nódulo benigno por sequela da tuberculose. Se-
(t ó rax ) com a presen ça de derrame pleural, espes- guimento com Rx de tó rax semestral .
samento pleural e a descrição do aspecto mamelo - B Nódulo indeterminado. Realizar nova TC em 3
nado da pleura ( paquipleurite), achado cl á ssico de meses. Se houver aumento de tamanho do nó -

mesotelioma . Para terminar de nos direcionar para dulo , fazer bió psia ou ressecçã o cir ú rgica para
a pleura , a quest ã o nos informa que n ã o existem diagnóstico.
lesõ es em par ênquima pulmonar ou linfonodome -
galí a mediastinal (o que não exclui totalmente a
possibilidade de neoplasia pulmonar, que tamb ém
é comum na asbestose). Tendo como suspeita prin-
r DIFICULDADE:

cipal o mesotelioma, somos obrigados a lembrar de Resolução: Temos um paciente idoso, ex- tabagista ,
seu principal fator de risco: a exposi çã o ao asbesto, com passado de tuberculose, que apresentou nódulo
que se d á mais comurnente como exposição ocupa- pulmonar de 16 mm em lobo superior esquerdo e sem
cional. Temos ai entã o o nosso gabarito na letra A. calcifica ções. Trata- se de nódulo indeterminado, pois
nã o apresenta caracter í sticas de neoplasia maligna .
Tuberculose pleural torna- se muito menos prov ável
Deve - se repetir a TC em 03 meses para acompanhar
na descrição do tantas alterações pleurais (princi-
a evolução do n ó dulo. Caso haja altera çã o do nó du -
palmente do aspecto mamelonado da pleura) e na
ausência de linfonodomegalias intrator á cicas , bem
lo, deve - se realizar bió psia.
como o quadro de empiema para o qualfaltam outros
* RESPOSTA: Q
100
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Imagem do t órax RESIDÊNCIA MÉDICA Ji
f A n A a

Questão 7 Calcificação em pipoca

(FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP / SP - 2017) Ho - II N ó dulo subsó lido (ou em vidro fosco) com com -
ponente s ó lido
mem de 58 anos refere dor tor á cica ventilat ó rio
dependente em hemitórax direito e dispneia hã 2
meses, que se intensificaram na última semana .
Ap ô s raio X de tórax com opacidade homogé nea na
r niFicuinfiií Eí

base pulmonar direita realizou tomografia de t órax Resoluçã o: Questão tranquila sobre nódulos pulmona -
que mostrou espessamento irregular da pleura nos res. Na avaliação dos nódulos, devemos estar atentos
campos inferiores do pulm ã o direito , que se esten- ã sinais que apontem para malignidade ou benigni - flj

dade N ó dulos em pacientes com mais de 35 anos , o
de em toda circunjac ência pulmonar, associado a
derrame pleural de pequeno volume. Nega tubercu- com história de tabagismo, maiores do que 8 mm TJ

lose, pneumonia ou trauma tor ácico pr évio. Nunca {ou 2 cm, segundo refer ências mais antigas, fiquem Ce

fumou. Ú nico antecedente é ter trabalhado dos 20 atentos a este detalhe), com contornos irregulares
aos 25 anos de idade em mina de amianto (asbesto) ou espiculados , com pneumonite {vidro fosco) ou
em Goi á s. Assinale a alternativa INCORRETA ; atelettasia associada , e localiza çã o em lobos supe -
riores devem levantar suspeita para lesã o maligna ,
Deve se tratar de um mesotelioma maligno de que correspondem a 35% dos n ó dulos pulmonares
pleura. solitá rios. N ó dulos com calcifica ção difusa , cen -
tral ou em pipoca (á rea com densidade de gordura ,
10 O asbesto explorado no Brasil (crisotila ) pode
corresponde ao hamartoma) sugerem benignidade .
causar doen ç as pulmonares e pleuirais.
B A exposição hã mais de 25 anos è incompat í vel
/ RESPOSTA: 3
com o aparecimento de doenç as pleurais asso-
ciadas ao amianto.
Quest ã o 9
B O espessamento pleural difuso pode seir uma
(HOSPITAL DAS FORÇ AS ARMADAS / DF - 201 ) A Tomografia
evolução do derrame pleural por asbesto.
*
Computadorizada de Alta Resoluçã o (TCAR ) é uma
ferramenta cr í tica para a avaliaçã o das doenç as pul-
DIFICULDADE;
monares. Ao verificar o remodelamento do pulm ã o
Resolu çã o; 0 asbesto è uma substância carcinogenica em favo de mel (faveolamento), reflete - se o est ágio
e que está associado ao mesotelioma , alé m da as- terminal de um numero de doen ç as que causam
bestose (doen ç a intersticial) e da paquipleuris (es- destruiçã o do par ênquima. Ao observar esse tipo
pessamento pleural fibr ótico, com ou sem derrame
de imagem , com faveolamento intenso, é possí vel
pleural associado ). sugerir diagnó stico dle:

RESPOSTA: Hl . entretanto a banca acabou dando como L Pneumonia intersticial!;


gabarito o item Q . II. Fibrose pulmonar idiop ática;
III . Sarcoidose;
Questão 8 iv. Tuberculose mui liar.

(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA /MA - 2018) Ao É CORRETO o que est á contido em:
avaliar um nódulo pulmonar solit á rio a tomografia
de tórax QUAL das caracter í sticas abaixo é consi- llp II, III e IV,
*
derada sugestiva de benignidade?
B i , II e III , apenas.
Tamanho de 1Gmm B l e IIP apenas.
Contornos espiculados B III e IV, apenas.
B Localiza ção em lobos superiores II iVp apenas.

101
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© Imagem do tórax
Radiologia I Capítulo 7
*#
DIFICULDADE:

Resoluçã o: Sabemos que o padr ã o descrito na ques -


t ã o è o de Penumonite intersticial Usuol ( m
PIU) ca -
racterizado pela intensa fibrose e pela presen
ça
dos focos faveolamento. Das patologias citadas
,
temos um conceito bastante amplo de Pneum

intersticial", que pode ser considerada apesar da
onia
pouca especificação. A fibrose pulmonar idiop
ática
é o prot ótipo deste achado, e a sarcoidose tem, nos
casos mais graves e terminais, o padr ã o de fibrose
pulmonar compatível com PIU. A tubercu
lose miliar
se caracteriza pela presenç a de les õ es
multinodu-
lares em ambos os pulmões, e nã o por fibrose pul-
monar em padr ã o PIU.
RESPOSTA:

Questão 10

(HOSPITAL UNIVERSITÁ RIO ONOFRE LOPES UFRN


-
paciente de 65 anos procura pronto atendim
- 2017) Uma
ento com
dor torácica e dispneia hã 24 h. Passado de TVP
hâ 2
anos. Negava febre. Tabagista e hipertensa de
longa
data. Estava taquicárdica (105 bpm), com hiperfon
e-
se de P2. PA 100 x 60 mmHg; SaO. 92%; edema
e dor
em membro inferior D. AP = MV diminuí do
em base
D. Na radiografia de tórax, observa - se
elevaçã o da
cúpula fr ênica D. Considerando o quadro descrit ,
o
a conduta mais apropriada é realizar:

Ultrassonografia de tó rax.
RM de tó rax .
Q Cintilografia de ventilação / perfusã o.
Angio -TC de t órax .

L DIFICULDADE: •
Resolução: A quest ã o sugere o a suspeição clí
nica de
um quadro de Tromboembolismo Pulmonar. Para
confirmaçã o diagnóstica, o exame que se mostrou
superior na detecçâo do quadro ê a Angiotomograf
ia
(superior à cintilografia ventilação / perfus )
ào . A ul-
trassonografia e a Ressonância Magnética nã
o estão
indicadas para diagnóstico do quadro.
RESPOSTA: (3

102

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linktr.ee/kiwifz
linktr.ee/kiwifz
- DOENÇ AS ECZEMATOSAS
Capítulo
1
*

1. INTRODUÇÃO

S ã o um grupo de doen ç as que surgem a partir da interaçã o de predisposi çã o gen ética com exposi çã o a
fatores ex ó genos ( Tabela 1),

Tabela 1.
Exposiçã o Predisposição ÍTS

m
Dermatite de contato por irritante primá rio *** #
* o
Eczemas ex ó genos q
na
Dermatite de contato alérgica ** EI
Dermatite seborreica
t
-
QJ
o
Eczemas end ógenos
Dermatite at õ pica * 4#
**

As doen ç as eczematosas apresentam em comum imagem 3, Fases aguda .


e cr ónica
a dermatite espongi ó tica (edema intercelular da
epiderme) (Imagem 2), na fase aguda, com eritema FASE AGUDA
+ edema + vesículas, iNa fase subaguda, apresenta
exsudação e crostas e, na fase cr ó nica , há evolu çã o
,

para liquenificaçã o e xerose (Imagem 3).

Imagem 2, Dermatite espongiótica .

3*2

FASE CR ÓNICA

105
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(7) Doenç as eczematosas Dermatologia I Cap ítulo 1

DICA Imagem 4. Molusco conlagioso.


0 prurido é o sintoma mais predominante.

2. DERMATITE ATÓPICA

É uma doen ç a cr ó nica inflamató ria recorrente da


pele que ocorre por intera ção de alguns fatores,
como muta ção do gene da filagrina, hiperreatividade m
cut â nea (resposta í munológica inata e adquirida),
aumento de IgE e redu çã o de IgA . toa fase aguda da
doenç a, predomina resposta Th 2 e, na fase cr ó nica ,
aumenta Th1 r
DICA
Frequentemente s ã o ertcortí radas outras
manf/estações de ato pia como rinite (25%) e asma
DICA
Esses dfversos mecanismos que levam a -
(3 Q% 40 %) formando o tr íode ( marcho ot ó pica )
t

uma barreira epidérmico irre/rcrente. nos pacientes ou familiares .


Ha também uma disbiose do mícrobioma da pele,

-
com redu çã o de Stafilococcus epidermidis e au- A morfologia e localizaçã o das lesões modifica - se
mento de S. aureus (> 90 % dos pacientes ) . de acordo com a faixa etá ria:
O Lactente ( tr ês meses a dois anos): eczema agudo
A chance de desenvolver a doença é de 60% se um dos (eritema com vesí culas, exsudato e crostas) no
pais é afetado e 60% se os dois pais forem afetados. couro cabeludo, face ( poupando regiã o central),
regi ã o cervical e regiõ es extensoras (Imagem 5).
DICA
A comete p rrncip almen te crian ças a p artir de
to
tr ês meses (85% dos casos surgem em menores de Imagem 5. Eczema em bebe. to
5 anos ). De 70% o 80% tem remiss ão espont â neo
no adolescê ncia.

Pior prognostico ( tendem a não regredir na adoles-


m
cê ncia ): iní cio precoce , gravidade das lesõ es, nível
IgE sérico elevado (relação direta com a gravidade),
asma e rinite concomitante, histó ria familiar positiva.

DICA
C/írf /comente é carocterizado pelo tríade;
-
to

prurido ( 100% ), xerose e eczema*

m
--
O prurido é pior á noite, atrapalhando o sono e
prejudicando o rendimento escolar Observa - se
maior frequê ncia de infec çõ es bacterianas , molusco
contagioso mais extenso (Imagem A) e dificuldade
de tratamento da verruga vulgar e herpes simples,
que pode se disseminar na forma de erupção vari- to
ce li forme de Kaposi.
O Infantil (2 a 12 anos); eczema subagudo (crostas),
dobras dos cotovelos e joelhos. *to
to
106 «i
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Doen ç as eczema tosas RESIDÊNCIA MÉ DICA |r l

O Adulto (a partir de 12 anos): eczema cr ónico (lique - Imagem 7, Pitiriase alba.


nifica ção) com surtos de eczema agudo. Flexuras,
face (pálpebras e perioral), couro cabeludo, regiã o
cervical e mios (Imagem 6),

Imagem 6. Eczema em flexoras.

Imagem 8. Hiperlinear í dade palmopí antar. cn


o
rj

È
Q

0 diagnóstico é clí nico e baseado em: prurido (100%)


+ tr ê s ou ma is crit érios maiores: \
O Crit érios maiores: hist ória pessoal ou familiar de
atopia, morfotopografia e cronitidâde com reci-
divas (surtos de agudiza çã o), xerose ou pele sen -
sível, idade de início de menos de 2 anos »

O Critérios menores (é preciso saber todos?): não


fecham o diagn ó stico, mias refor ç am o mesmo.
S ã o eles pitiriase alba (mácula hí pocr ômica com
p ápulas ao centro, xerodé rmicas e confundidas
com pitirí ase versicolor ) (Imagem 7)p dermogra -
fismo branco, hiperlinearidade palmoplantar
.
(80%) (Imagem 9) lí ngua geogr áfica, queratose
pilar (pápulas foliculares nas faces extensoras Imagem 9. Queratose pilar.
dlos membros) (imagem 9), palidez cen trotaciai e
escurecimento perio cular, prega de Dennie Mor-
gan (dupla prega infrapalpebral - 60 %) (Imagem
10), sinal de Hertogue (rarefa çã o dos pelos no
ter ç o distai das sobrancelhas - 40%) (Imagem
10), altera ções oculares (ceratocone, catarata),
eczema de mamilo (diagn óstico diferencial com
doen ç a de Paget),

O tratamento deve ser iniciado na crise e mantido


posterior mente. Cuidados gerais: evitar estresse,
preferir banhos r á pidos e mornos, sabonetes líqui-
dos e syndet ( pH pr ó ximo ao fisiológico da pele: 4,5
a 5,5) e hidrata ção t ópica (emolientes):

107
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(T) Doenç as eczemato & as Dermatologia I Capitulo 1
*i
Forma leve /moderada: corticoide tópico (a potência
depende da gravidade e da localização;cuidado com 3.1. DERMATITE DE CONTATO POR i
crianç as e á reas mais sensí veis pelo risco de absor - IRRITANTE PRIM Á RIO
çã o) e imunomoduladoresíinibidores da calcineurina
é
- tacrolimus). Devem ser utilizados anti-histamínicos
sedativos devido ao prurido noturno.
í a mais comum. Os irritantes sã o agentes quí micos
ou físicos que levam diretamente à quebra da bar-
4
reira cut â nea -» ativa çã o do sistema imune inato e 4
Formas graves ou resistentes: fototerapia (UVA e
dano tecidual. O grau de dermatite é influenciado
UVB), imunossupressores sistémicos (ciclosporina,
por propriedades do irritante (tamanho da molé-
4
MTX, azatioprina e micofenolato mofetil). Existem
cula, concentra çã o, volume, estado de ioniza ção, ê
algumas medica çõ es novas em estudo para der - lipossolubilidade), modo de exposi çã o (dura ção,
matite atópica, incluindo biológicos (dupilumabe e periodicidade) e condições ambientais (temperatura, 0
nemolizumabe). umidade, oclusão). ê
DICA Virtualmente, qualquer paciente exposto pode se
O antibiótico sist é mico deve sempre ser
desenvolver já ao primeiro contato, pois não necessita
0
usado nas formas extensas, intensas e resisten -
sensibiliza ção pr évia. Geralmente acomete apenas a 0
tes oo TTO ( mesmo sem infec ção secundaria ) ->
regi ão em contato (primeiro as m ãos e depois face,
ce/o / ospormo por sete dros . pescoço, p é s). m
Formas:
DICA Corticoides sistémicos devem
ser evitados
a) Aguda: após contato acidental com substâ ncia
pelo risco de e/eitos adversos e de causar rebote.
caustica (á cidos e bases fortes), as lesões surgem
imediatamente.
b) Cumulativa: exposição repetida a um agente fraco.
Exemplo: a dermatite de fraldas (amoniacal) (Ima -
3. DERMATITE DE CONTATO gem 11), forma mais comum em crianças pelo
contato prolongado com fezes e urina, alé m de
Possui etiologia ex ógena, ou seja, é causada pelo sabonetes e antiss épticos. A dermatite das mãos
contato com agentes externos, os quais danificam
ocorre por atividades úmidas ou com exposição
a sab õ es e detergentes (Imagem 12).
diretamente os queratinócitos da pele (dermatite por
irritante primário) ou provocam rea çã o imunológica
mediada por linfó citos T (dermatite alé rgica). Imagem 11. Dermatite de fraldas.
Os fatores predisponentes sã o idade (mais comum
em adultos), outras dermatoses preexistentes ( infla -
mação da pele favorece a absor ção percut á nea ),
localiza çã o (mã os, pé s, face e pescoço - á reas de
maior exposi çã o ao agente), gen ética e profissã o .
DICA A dermatite de
contato corresponde a 30%
das doenças ocupacionais, sendo 80% da forma
irritativa primaria e 20 % da forma alérgica.

108
linktr.ee/kiwifz 1
Doenç as eczematosas

Imagem 12 . Dermatite das mãos. A cada


* B n

^^
RESIDÊNCIA HÉDIC

nova exposi ção, os sintomas surgem em


Cap. 1

perí odo cada vez mais curto e s ão cada vez mais


graves , podendo haver disseminação à dist â ncia ,
c) Fase de resolu ção: c élulas TCDA liberam IL-10 ->
inibição da inflamaçã o.

\ Alguns exemplos clá ssicos deat érgenos sã o ní quel


( bijuterias) (Imagem 13}, borracha (caIç a d os) {Imagem
14), formaldeí do (esmalte de unha -» é comum causar
eczema nos dedos e pá lpebras) (Imagem 15), látex
(luvas, preservativos) etc.

Imagem 13. Dermatite de contato alérgica por n í quel.

O diagn ó stico é clínico, pois o teste de contato é


negativo.
O tratamento consiste principalmente em afasta -
mento do agente, ou seja, a adoção de mudanç as
comportamentais no ambiente doméstico e laborai,
tais como a substituição de produtos e uso de EPL
Alé m disso , deve -se restabelecera barreira cutã nea
e realizar tratamento das lesõ es ativas com uso de
compressas úmidas, corticoide t ópico e anti - hista -
mí nicos para controle do prurido. Uma alternativa
é a administra ção de inibidores da calcineurina
(Tacrolí mus) .

I 3.2. DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA

Ocorre em pessoas predispostas, caracterizando a


reação de hipersensibilidade tipo IV.
Imagem 14 . Dermatite de contato al érgica por borracha.

DICA
Necessito de exposiçã o prévio à substância,
pois hà reconhecimento antig ênico. Pode ocorrer
em iocaf à distancio de onde houve o contato.

Possui tr ês fases:
a) Induçã o (sensibilizaçã o): antígeno penetra a
camada cõ rnea - fagocitose pelas c é lulas de
*
Langerhans -» migraçã oat é os iinfonodos regionais
+ apresenta ção para os linf ócitos atrav é s do MHC
-» formação dos linf ócitos de memória e efetores.

b) Fase de eiicita çã o: ap ó s novo contato, migraçã o


dos linfócitos T previamente sensibilizados para
o local + recrutamento de c é lulas inflamat ó rias.

109
linktr.ee/kiwifz
(7) Doenças ecsematosas

Imagem 15. Dermatite de contato


alé rgica por formalrieí do.
.
Dermatologia J Capitulo 1

Imagem 16 Teste de dermatite de contato alé rgica


.
-
vs ' ; / ' jss.i
0

t-
*
m

0 diagn óstico é feito a partir da clínica + teste


de contato positivo. 0 teste de contato confirma
o diagn ó stico e investiga a etiologia. Fie repro- A placa permanece por 48 horas e as leituras são
duz a fase de elicitaçã o e possui sensibilidade e feitas com 46 e 96 horas 0 -4 sem reaçã o = negativo
especificidade > 85% . No Brasil, sã o testadas / eritema (+} = resposta fraca / eritema , pá pulas e
30
substâncias padr ã o, complementadas conforme vesículas (* +) = resposta forte / eritema intenso e
anamnese (cosm é ticos, plantas, relacionadas ã bolhas (+ + +) = resposta muito forte . ( Imagem 17).
profissã o etc.). Pode estar em uso de anti- Por é m, nem sempre o teste de contato positivo
histamí-
nicos durante o teste, mas nà o corticoide (sistémico significa que aquela subst ância foi a causadora
suspende duas semanas antes e t ó pico suspende da dermatite . Existem casos de falsos negativos e
0
uma semana antes). positivos. *
0 tratamento é o mesmo da dermatite de contato
O teste deve ser feito quando o dermatite
estiver no suo fA 5 E INATIVA e geralmente no
por irritante primá rio. J á esqueceu? Volte uma página
e releia agora! -êm
É

dorso ( Imagem 16 ), para evitar falsos positi -


vos e o sindrome da pele excitada (angry back
syndrome ). 4. DERMATITE SEBORREICA
êm
A dermatite seborreica acomete em torno de 5% da
popula çã o, principalmente no sexo masculino.
Ocorre por altera çã o da composiçã o sebã cea (au-
mento de triglicer í deos e colesterol e redução de
á cidosgraxos livres e esqualeno ) + aumento do fungo
comensal Malassezia.

EQ37isfatores de piora da dermatite seborreicas


são extremos de temperatura , estresse í sico e
f
emocional , drogos, quadros neurológicos (Par-
kinson ), H/ V, á lcool, carboidratos, DM etc.

110
linktr.ee/kiwifz
Jk Doenç as eczematosas
E2 RESIDÊNCIA MÉDICA
n u o

Manifestaçõ es clinicas sã o lesõ es erite-matodes- Imagem 18 , Capuz de leite


camativas, mal delimitadas, com escamas bran -
co - amareladas graxemtas e aderidas (Imagem 17).
Acomete principalmente regiões r í casem glâ ndulas
sebãceas: couro cabeludo, face (sulco nasogeniano,
glabela e pálpebras), orelha, regiã o pr é esternal /
eventualmente áreas intertriginosas.

R
Imagem 17. Lesões de dermatite seborreica.

>

ÍD
Dl
2. Adulto: pico entre 40 e 60 anos. O
Q

E
QJ
Q
DICA O diagnóstico ê clinico e o principal diferen -
* cial é a psoriase, por ém apresenta escamas pra -
teados, com bordas bem definidas e nã o respeita
m os limites da tinha de implantaçã o dos cabelos .

Ô tratamento consiste em antif úngicos t ó picos ( xam -


m Existem duas formas clinicas principais: pu) e corticoides t ópicos. Para tratamento a longo
prazo na face, pode ser usado o creme de tacrolimus
Ri (inib í dor da calcineurina). Durante a crise, as medica-
1, Lactente: primeiros tr ê s meses de vida, ocorre por çõ es devem ser usadas todos os dias, poré m, como
m estímulo dasglâ ndulas sebã ceas porandr õ genos se trata de uma doença cr ónica, posteriormente deve
maternos. Escamas no couro cabeludo ("capuz de ser feito o tratamento de manutenção, pelo menos
leite ") (imagem 18). uma vez na semana.
m

m
m

»
111
linktr.ee/kiwifz
© Doen ç as eczemalosas
vrm-atologia | Capítulo 1

QUESTÕES COMENTADAS

Quest ão 1 e crostas melic éricas , Os surtos do eczema podem


ser desencadeados por infecçõ es respiratórias, al-
(HOSPITAL DAS CLÍ NICAS DO PAR ANÁ - 2016) A dermatite atõ-
tera çõ es climáticas, fatores emocionais e alimentos.
pica é a doen ç a cutanea mais frequente na inf â ncia .
Entre os S e 10 meses de idade, as lesõ es acometem
Os sintomas t ê m iní cio nos primeiros 6 meses de vida
as regi õ es extensoras dos membros, provavelmente
em dos pacientes, e em 85%, antes dos 5 anos.
pela fricçã o ocasionada pelo ato de engatinhar ou
O diagnó stico é clí nico e as lesões t ê m caracterí sti-
mesmo se arrastar no chão. Os pacientes que nes-
cas diferentes quanto ao aspecto e localização, con-
ta fase apresentam eczema generalizado podem
forme a faixa et ária levando em consideração os
,
melhorar; entretanto, o desaparecimento total da
dados apresentados, assinale a alternativa correta.
doenç a é pouco prová vel . Fase pr é- puberal ocorre
Na tase do lactente, as lesões eczematosas es- a partir dos 2 anos e persiste at é a puberdade . As
t ão localizadas na face e regi ão extensora dos lesões localizam - se principalmente nas regi ões fle-
membros, enquanto a regi ão coberta pelas fral- xurais dos joelhos e dos cotovelos, pesco ço , pulsos
das é poupada, e tornozelos. As pá pulas eritematosas e vesí culas
s ã o substituí das gradualmente por liquenificação
Na fase que vai do nascimento até os 6 moses (espessamento , escurecimento e acentua çã o dos
de vida , as lesões são liquenificadas e mais fre- sulcos da pele).
quentemente localizadas nas pregas cubitais e
popliteas. Alternativa A: CORRETA. O prurido est á sempre presente
e pode ser de dif í cil controle.
Q Na fase infantil, as lesões sã o eritematodesca-
mativas e localizam - se nas pregas axilares e in- Alternativa B: INCORRETA. Do nascimento até o sexto
guinais, e a xerose é menos intensa e associada mês de vida é caracterizada por prurido intenso e
a prurido. lesões cut â neas, com eritema , pá pulas, vesí culas
e forma çã o de crostas, que se localizam na face e
EI Na fase que vai dos 2 anos até a adolesc ê ncia , as
poupam o maci ço central,
lesões tendem a ser mais liquenificadas e locali-
zam- se na fase extensora de membros, Alternativa Ci INCORRETA. As lesõ es localizam - se prin -
11 As alteraçõ es pigmentares p ós- inflamatórias, seja cipalmente nas regi ões flexurais dos joelhos e dos
com hiperpigmentação, seja com hipopigmenta- cotovelos, pesco ço, pulsos e tornozelos. As pápulas
çà o, s ã o infrequentes na dermatite at ópka . eritematosas e vesí culas sà o substitu í das gradual-
mente por liquenifica çã o.
D i Frcu L iMDer Alternativa & INCORRETA. As les ões localizam- se prin-
cipalmente nas regiõ es flexurais dos joelhos e dos
* Dica do autor: Do nascimento at é o sexto mês de cotovelos, pescoço, pulsos e tornozelos. As p á pulas
vida é caracterizada por prurido intenso e lesões eritematosas e vesí culas sã o substituí das gradual-
cut âneas com eritema, p á pulas , vesí culas e forma çã o mente por liquenificaçã o.
de crostas, que se localizam na face e poupam o ma-
ciç o central. Outros locais como face extensora dos Alternativa E: INCORRETA. Altera ções pigmentares pó s-
-inflamató r í as são frequentes .
membros e tronco podem ser acometidos, Infecçã o
secund ária é comum e caracterizada porexsuda çã o
* RESPOSTA: Q
112

linktr.ee/kiwifz
RESjOÍ NCi MÊOÇft
Doen ças ecaematosas 3 |3 1F\ £|
*

Quest ã o 2 MFICULM0E;

(HOSPITAL DE CLÍNICAS DE POKIO ALEGRE /RS - 2017 } Considere Resolu ção: O gabarito é a letra C, pois, embora afirme
as assertivas abaixo sobre infecçôes virais cutâ oeas. corretamente que a dermatite atõpica em lactentes
acomete principalmente face e pescoço , se torna er-
i L O eritema multiforme pode ser desencadeado rada ao citar regi õ es de dobras como virilha e axilas.
por infec çõ es causadas por herpes simples.
^ RESPOSTA: H
II . O eczema herpétito resulta de dissemina çã o do
herpes- virus em portadores de outras derma -
toses , como, por exemplo , dermatite atõ pica . Quest ã o 4
IIL A neuralgia p õ s - herp ê tica é mais frequente em (UNIVERSIDADE FEDERAI DO RIO DE JANEIRO - 2015) Lactente ,
pacientes idosos. 7 mesesj com histó ria pr é via de prurido principal-
mente ã noite . Examefisico: peie seca e sem brilho,
Quais são corretas?
p á pulas er item atos as, escoriadas e descamativas
principalmente em face, couro cabeludo e regi ão
Apenas I.
extensora dos membros que, segundo a mâ e, pioram m
O
EI Apenas II . cora consumo de peixe e uso de roupas de lã , mas o
ÍT5

Q Apenas III . a ausê ncia Pestes nlo elimina os sintomas . Não h á E.


k
les õ es em ã rea de fraldas. Nã o h á outras altera çõ es
Ck
13 Apenas I e II. na historia ou no exame fí sico. Sobre este quadro,
B l , II e 111. pode - se afirmar que:

A história familiar de asma ou rinite est á , varia-


DIFICULDADE: velmente , presente.
A forma nã o IgE mediada ocorre na maioria dos
Resolução: Em geral, eritema multiforme costuma ser
pacientes .
desencadeado por HSV, embora possa ser causado
por fã rmacQS. Lesões- alvo e lesõ es nas palmas das BI O quadro ê, geralmente , mais agudo em crianç as
mã os e plantas dos pé s podem ser achados relativa- mais velhas do que nos lactentes.
mente especí ficos. Biopsia raramente é necessária . A forma IgE mediada é a única relacionada à eo -
Tratar o EM fornecendo suporte e considerar me- 5 i nofiLia .
dicamentos antivirais profilá ticos se HSV é a causa
suspeita e as recidivas sã o frequentes. PIFlCJLPXDt:
3
RESPOSTA -0 Reíúluç lo: Temos um lactente com quadro clí nico tí-
pico de dermatite atõpica , prurido intenso, xerose
cut â nea , Dentre as assertivas , a hist ó ria familiar
Quest ã o 3 de asma ou rinite al érgica é um dos critérios para o
diagnó stico da doen ça e geralrrrente se faz presente.
(PROf ESSÚ SELETIVO UNIFICADO/MG - 7017} Qual das afir -
ma çõ es em relaçã o a uma crian ç a com dermatite RESPQ 5 TA; Q
atópica est á ERRADA ?

É comum superinfecção pelo Stopftr í ococcus Au- Quest ã o 5


reus (FACULDADE DE CI ÊNCIAS MÉ DICAS DA UNICAMP/ SP - 2014) Me-
m Deve - se evitar o uso de esteroí des de pot ê ncia nino , 8 a, durante consulta em unidade bá sica de
m é dia na face e no per íneo sa ú de, recebe o diagnó stico de dermatite ató pica .
Q Em lactentes, as lesõ es est ão distribuídas, usual- A conduta inicial é:
mente, na face , pesco ç o , axilas e virilhas Prescrever permanganato de pot á ssio tó pico ;
[3 Banhos frequentes podem ressecar a pele controlar prurido; controlar infec çã o por fungos.

113
linktr.ee/kiwifz
© Doenç as eczematosas Dermatologia | Cap ítulo 1 i

i
Prescrever sabonete antissé ptico; controlar pru-
rido e inflamaçã o; verificar din âmica familiar. I
B Prescrever corticoide t ó pico; controlar prurido; i
controlar infecçã o por fungos.
Hidratar com emolientes; controlar infecções;
é
controlar prurido; verificar din âmica familiar.

[ DIFICULDADE:

Resolução: A questão quer saber qual a conduta diante â

-
de uma crianç a com DERMATITE ATÕPICA, o que está
bem representado pela letra fJ, j â que um dos prin-
cipais objetivos na dermatite atópica é recuperar a
barreira cutânea através de emolientes. Sabidamen-
te, esses pacientes apresentam incidê ncia maior de
infecções de pele, por quebra de barreira, além de
o quadro estar associado a prurido. É importante
também entender a dinâmica familiar, facilitando a
adesão ao tratamento .
RESPOSTA: Q

linktr.ee/kiwifz
Capí tulo
FARMACODERMIAS
2

Tabela 1.
1. INTRODUÇÃO
B Tipo Exemplo
Imediata (anafilática) LJrtic á ria, angioedema
As rea ções cut â neas adversas a drogas ( farma-
codermí as) representam uma consequ ê ncia nã o Pen figo ide bolhoso,
li Citotó xka plaquetopenia
terapêutica e não intencional do uso de uma droga. induzida por droga
Sâ o reaçõ es muito comuns, em torno de 0,1% a 1%
da ingesta medicamentosa e 2 % a 3% dos pacientes Doenç as autoimunes,
IEI Imu n oco m plexos
vasculites
hospitalizados. Logo, todo mundo vai se deparar m
cn
o
com algum caso de farmatodermia ao longo da sua Hipersensibilidade o
IV SSJ e NÉT
pr á tica m é dica . tardia
Ê
-
L
u
O
DICA
As farmacodermias podem mimetizar qual - DICA
iembrondo que os tipos le II soo mediados
quer quadro cl mico!
por anticorpos (tipo I - IgE / Tipo II - IgM e IgGl O
tipo Ml ê mediado por rmunocomp / exos e o tipo ( V
Qualquer f ã rmaco pode causar rea çõ es cut â neas, ê mediado por céitifos fí infócí tos Tl
por é m os mais envolvidos s â o penicilinas, anti -
convulsivantes arom á ticos (fen í toí na, carbama -
Fatores associados comi farmacodermias: idade avan -
zepina, fenobarbital), sulfonamidas ( sulfadiazina,
ç ada * maior número de medica çõ es em uso, sexo
-
sulfametoxazol, sulfassalazina), anti inflamatorios
feminino e imunossupressão .
n â o esteroidais (AINES), inibi dores da EGA, alopu -
rí nol etc.
Sã o classificadas em: 2 , EXANTEMA
a) Não alé rgica (90%): è dose dependente e pode
ocorrer em qualquer indiv í duo. Corresponde
È a forma mais comum de farmacodermia (75%),
aos efeitos colaterais, superdosagem, intera ção
principalmente após uso de antibióticos ( penicilina,
medicamentosa, teratogê nese etc, Ex : reaçã o de
larisch -Herxheimer (ap ôs uso de benzetacil para
suIfa, eritromicina) e anticonvulsivantes (fenobarbi -
tal, fenitoí na, earbamazepinaX
sífilis), urtic á ria n ão alérgica (liberação histamínica
direta por contraste iodado, morfina), necrose Surge em mé dia duas semanas ap ó s uso da droga e
cut ãnea por cumarinicG. caractoriza - se por rash eritematoso maculopapular
simétrico, geralmente prur í ginoso e morbiliforme,
b) Alé rgica (1Q%): é dose independente e ocorre em
pessoas suscetí veis. Segue a classificação de Gel
principalmente no tronco, que desaparece à digito -
e Coombs (Tabela 1).
.
pressã o (imagemi) O tratamento consiste em suspen -
são da droga, anti-histaminicos e corticoide se mais
grave. As lesões regridem cm uma a duas semanas.

115
linktr.ee/kiwifz
(7) Farmacodermias

r - Imagem 1. Exantema.
Dermatologia | Capitulo 2
0
ã
Cerca de S0% dos pacientes evolui com angioedema
(edema de mucosas - lábios, língua e p
álpebras) 0
(Imagem 3), podendo ser desfigurante
. 0 tratamento 0
consiste em retirara droga, anti-histaminico e cor-
ticoide nos casos mais graves. 0
Imagem 3 . Angioedema. 0
0
0
m

m
3. (JRTIC Á RIA /
ANGIOEDEMA

Éa segunda farmacodermia mais comum (25%),


Induzida por ATB ( penicilina, cefalosporina, sulfa), DICA
Alguns pacientes podem complicar com
*
AINE e anest é sicos . Tamb é m pode ser n ão alé rgica , edema de glote e choque anafil á tico, associado a
A rea ção é imediata , surgindo cerca de 30 minutos broncoespasmo, n áuseas , vómitos e hipotensão!
ap ó s o uso da droga. Cinicamente caracteriza- se O tratamento consiste em adrenalina 0,5 mg
ou SC na coxaí
IM <
por placas eritematosas e edematosas, de bordas
irregulares como centro pálido, bastante prurigi-
nosas, que predominam no tronco e extremidades
proximais ( Imagem 2).
4 . ERITEMA PIGMENTAR FIXO
Imagem 2. Urticária .

As lesões surgem at é 24 horas ap ós a exposi çã


oe
persistem por dias a semanas. Induzida por
anti-
bióticos (penicilina , sulfa ), AINES, analgé sicos, anti-
convulsivante.
Caracterizam- se por ser inicialmente eritematosas
ou violáceas, que evoluem para acastanhadas, e
podem deixar hiperpigmenta çã o residual ( Imagem
4). Acometem principalmente a face, extrem
idades e
mucosas (incluindo genitália ). Eventualmente podem
ter bolha central. Podem ser pruriginosas, ter quei
-
mação ou dor.

D
Essa lesã o elementar carocterística se de-
nomina urtica ou ponfo.

116
%
linktr.ee/kiwifz
r Farmacodermias RESIDÊNCBA MÉDICA
'
ij ‘
l H

Imagem 4, E ri terna pigmentar fixo. Imagem 5. Eritcma polimorfo.

5 I 0 alvo típpco possuí tr ês ou ma /s anéis con - «o


cêntricos aí ternaõos, com cores diferentes e ele - Ch
O
! A marca da doença é o recorrência das le-
^
í M
sõ es preasamente no mesmo local o cada nova
exposição à droga .
vados. As lesõ es em alvo at
anéis e são pianas.
í picos possuem dois O

É
4>
O

0 tratamento consiste em suspens ão do fãrmaco ou


0 tratamento consiste em afastamento do agente resolução da infec çã o herpética. Regride espontanea-
causal Q eventualmente, cortí coides tópicos . mente em duas semanas e apresenta curso benigno .

5. ERITEMA POLIMORFO 6. SINDROME DE STEYEN5 *


JOHNSON ( SSJÍ E NECR ÓLISE
També m chamado de eritema multiforme menor. EPIDÉRMICA TOXICA (NET )
Cerca de 20 % dos casos evolui para a forma maior,
que é a sí ndroma de Stevens Johnson).
Constituem diferentes espectros da mesma doenç a,
sendo a primeira mais comum (2 x ) e a segunda mais
ES23 Pode ser causada por uso de med/caçães , grave (letalidade de 50% contra 5%). Predominam em
mas è ma /s comumente associado d infecção pelo mulheres adultas. Surgem em m é dia 15 dias ap ó s a
herpes simplex (aparece cerca de uma semana exposição â droga e a cada reexposiçã o esse tempo
ap ós lesao labiall reduz . As principaisdrogas envolvidas s ã o antibioti *
cos (sulfas, penicilina , quinolona ), an ticonvulsivantes, .

AINES, âlopur í nol etc .


Clinicamente caracteriza- se por rash eritematoso
de inicio súbito, não pruriginoso , acometendo face
extensora dos membros, mãos e p é s e face simé - yúSai Em 15 % dos casos , a 551 pode ser desen -
trica , evoluindo centripetamente para o tronco . cadeada tamb ém pela infecção pelo Mycoplasma ,

Há o acometimento de mucosa em 70% dos casos. pneamon / ae.


Pode apresentar v á rias morfologias (como o nome
sugere ), por é m a lesã o clá ssica é em formato de
Clinicamente caracterizam- se por pr ódromo "gripal"
"alvo * (Imagem 5Í*
por até 15 dias (febre, mal estar, mialgia, coriza,
vomito , diarreia), seguido de rash maculopapular
eritematoso e doloroso, podendo ter Lesões em alvo

117
linktr.ee/kiwifz
(T) Farmacodermias Dermatologia | Capitulo 2 i

at í picas e bolhas hemorrágicas. Predominam na Imagem 8. Lesões mucosas.


face e tronco, com progressã o centr í fuga e desnu- <
damento (Imagem 6). O sinal de Nikolsky é positivo i
( descolamento da epiderme com a tração manual)
apenas nas áreas lesadas. i
i
.
Imagem 6 , Necr ólise epidérmica tó xica
â
i
ê
ê

-
m
ê
ESI 0 desnudamento na 5SJ lesa menos de ro %

da superf í cie e na NET mais de 30% ( Imagem 7 ). O acometimento orgânico é raro na SSJ e comum na m
NET (respiratório, Gl e fígado: tosse, dispneia, diar -
reia, hepatite, hemorragia digestiva). São comuns os
dist ú rbios hidroetetrolí ticos e eleva çã o das provas
Imagem 7, Superfí cie corporal afetada pelas doen ças.
inflamatórias.
0 tratamento consiste em suspender a medicação,
internação, hidratação e medidas de suporte (corre-
ção dos distú rbios hidroeletroliticos, dieta enteral,
lubrificantes oculares, curativos adequados). As
medicaçõ es sisté micas (corticoide, imunoglobulina
venosa , imunossupressores) possuem tendência a
bons resultados, porém ainda faltam grandes evi-
dências sobre o beneficio. As questões cobram a
imunoglobulina venosa como droga de escolha no
tratamento.
As tesões duram em mé dia um més e come ç am a
regredir sem sequelas na pele (nas mucosas pode
haver). As lesões oculares podem levar á cegueira.
I
A causa mais comum de morte é a septicemia secun-
dária. Por ém, n ão se deve utilizar antibiótico profi-
lático e nem sulfadiazí na de prata (como se usa nos
As les õ es mucosas são obrigat ó rias (duas ou mais
queimados, pois a sulfa é um dos principais rem édios
áreas: oral, ocular ou genital), com queimaç ao, edema,
associados a farmacodermias).
eritema e bolhas que rompem, formando eros ões com
pseudornembranas branco- ac í nzentadas e crostas
hemorr ágicas (Imagem S).

linktr.ee/kiwifz
RESIDÊNCIA MÉ DICA
Farmacodermtas H f* I*
^

imagem 9. Pustulose exantem á tica generalizada aguda ,


7. SÍNDRDME DRESS

Pouco frequente, por ém potençí almertte fatal Burge


em torno de um m ês após a exposi ção à droga ou
pode ser desencadeada por reativa ção virai ( herpes
ví rus humano - 6, EBV, CMV ) .

DICA O rermo Df?E5 S significo drug rash wí tft eo -


sinophilia and systemic symptoms* ou seja, rosh
+ eosfíiojí /ía sintomas sistémicos.
*

Clinicamente caratteriza- se por exantema morbUi-


forme que pode progredir para dermatite esfbliativa , Um diagn ó stico diferencial importante é a psoriase
m
associada a felbre, mal estar e l í nfadenopatia (75% pustulosa. 0 tratamento consiste em suspender o
- generalizada e dolorosa ). É comum a presen ç a de f á rmaco. o
eosinofitia (30%) e linfocitose atípica, queda de IgG, m
Ê
IgM e IgA. Há acometimento de órgã os internos, como
O
fí gado (70 %), rins e pulm õ es. 9. ERUP ÇÃO ACNEIFORME
0 tratamento consiste em suspens ã o da droga e
uso de cortico í des, com melhora em torno de dois Causada por corticoides, anabolí zantes, lítio, tuber-
meses ( prolongada).
culostãtitos, anticoncepciona í s, Caracterizada por
pãpulas e p ú stulas, semelhante à acne vulgar, por ém
sem os comedõ es e com tesòes monom ó rficas (Ima-
8. PEGA gem 10). As á reas tamb ém podem ser diferentes da
acne.
Ocorre em 24 horas da exposi çã o à droga e dura
cerca de 10 dias. As principais drogas são antibió ticos
.
Imagem 10 Erupçã o acneiforme .
( penicilina e macrolií deos).

!CA
O termo PEGA significa pustu í ose exante -
má tico generalizada aguda .

Clinicamente caracteriza- se por formação de mú l-


tiplas pú stulas esté reis nã o foiiculares, em base
eritematosa , podendo ser pruriginosas ou dolorosas,
(Imagem 9), Acometem principalmente a face e regiõ es
í ntertrigí nosas. Febre e linfodtose neutrofilica s ã o
comuns.

As lesõ es regridem sozinhas ap ó s suspensã o da


medica ção ou podem necessitar de tratamento
semelhante à acne.

119

linktr.ee/kiwifz
(7) Fâ rmaccdermiã s Dermat &logia | Cap í tulo 2

10. VASCULITE 11. FOTODERMATOSE

Ocorre em mé dia uma semana após o uso da droga, Corresponde a 8% das farmacodermias, sendo causa-
por dep ósito de imunocomplexos. É caracterizada das por AINE 5, amiodarona , psoraleno etc . Ocorrem
por rash purp úrico (purpuras palpá veis) simé trico nas áreas fotoexpostas e podem ser divididas em 0
nos MMII (Imagem 11), Pode estar associada a mial- dois grupos:
gí a , artralgia , febre e linfadenopatia (constituindo 0
a doenç a do soro). a) Fototó xica (mais comum): o fármaco aumenta a
sensibilidade da pele ã radiação solar, causando 0
queimaduras em áreas fotoexpostas (Imagem 12),
Imagem n. Vasculhe, 0
mesmo com pequeno tempo de exposiçã o.
0
Imagem 12 . Fotodermatose fototóxica. m
m

importante: aus ência de plaquetopenia !

TTO: suspens ão da medicaç ao.


m
b) Fotoalérgica: a radia ção solar transforma a droga
em um composto imunogê nico com ativaçã o de
linfócitos e formação de eczema.

120
linktr.ee/kiwifz
p
RESIDÉNCmMÊDlDA
Farmacoderm í as 4»
] fcj

QUEST ÕES COMENTADAS

Quest ão 1 DIFICULMOEí

-
(UNIVERSIDADE 00 ESTADO 00 PAR Á 7018) Menina dc OS @ Dica do autor: Questã o que envolve O diagnóstico
diferencial de uma síndrome febril exantem ática
anos de idade , h á 7 dias iniciou quadro de febre alta,
» associada á adenomegalia cervical (g ã nglio m ó vel, com v á rios fatores capazes de nos confundir , Estar
.3
doloroso, fibroelã stico, de 2 cm de diâ metro) . No atento principalmente aos crit é rios diagn ó sticos CT>
O
b da doen ça de Kawasaki, em que o paciente deve
quinto dia de febre, foi atendida em servi ço de ur - O
ÍÇ

gê ncia, recebeu diagn óstico de adenite bacteriana, apresentar febre por 5 dias ou mais * 4 ou 5 dos E
sendo prescrita amoxiciiina com davuianato. No dia principais sintomas . E quais s ã o esses sintomas? &
Q

seguinte, evoluiu com exantema macular dissemina- Ent ã o, seguindo uma sequ ê ncia craniocaudal , te *
do,lí ngua em framboesa e hiperemia de orofaringe, mos : regi ão frontal (febre alta), olhos (conjuntivite
e ri tema conjuntival bilateral. Nova mente atendida bilateral), boca ( les õ es em lá bios, lí ngua e cavida-
na urgência, a amoxiciiina foi trocada por claritro - de oral), pescoç o ( Linfadcnopatia cervical), tronco
mi ána devido ã hip ótese diagn ó stica de farmaco - (exantema polimorfo) e extremidades ( les õ es pal-
dermia, por é m sem melhora da febre. Sobre o caso, moplantares, edema endurecido e ò escama ção
assinale a alternativa correta . perlungueal).
Alternativa A: INCORRETA. Quando frente a um quadro
A evolu çã o desfavor ável da paciente fala a favor clínico sem melhora ao uso de antibi ó tico, muitas
de doenç a virai, devendo ser solicitadas sorolo- vezes precisamos pensar em mudan ça do antibi ó -
gias virais, suspenso o antibi ótico e prescritos t í cc ou outros diagn ósticos diferenciais. Quanto ã s
apenas sintomá ticos. doen ç as virais, atentar que elas t ê m apresentação
A paciente tem quadro clinico compatí vel com aguda eautolimitada , geralmente não tendo duração
escarlatina, devendo receber uma dose de peni - de 7 dias ou mais com sintomatologia exuberante,
cilina G benzatina e ser reavaliada em 72 horas como no caso clí nico.
( per í odo esperado para resposta terapêutica). Alternativa 6: INCORRETA . Em caso de escarlatina, a pe
nlcllfna benzat í na é uma op çã o de tratamento cor -
H Trata - se de mononucleose com reação exante-
reta, como apontado na alternativa. Por é m, apesar
m m á tica desencadeada pela amoxiciiina, deven -
de algumas caracterí sticas nos fazerem pensar em
do- se suspender o antibiótico, fazer tratamento
m escarlatina, como febre alta, faringite, lingua em
de suporte e sintomáticos.
framboesa e exantema, não houve melhora ap ós
A paciente preenche crit é rios para doen ç a de Ka - o uso da amoxiciiina, que tamb é m seria uma anti-
wasakí , devendo receber imunoglobulina humana biotiCQterapia correta .
endovenosa na dose de 2 g/ Kg e á cido acetilsa - Alternativa C: INCORRETA. A mononucleose també m é
m licilico inicialmente em dose anti- inílamat ó r í a. um diagn ó stico diferencial aqui. Estar sempre atento

I: Q Devem ser solicitados exames de triagem para a exantemas que surgem ap ó s uso da amoxiciiina,
doenças iníeceí osas e fazer diagnóstico diferen- pois é Lima descriçã o clássica dessa doen ç a . En -
m cial com Lú pus Eritematoso Sistémico Juvenil caso tretanto, a paciente nã o apresenta organomega -
nâ o se encontre a causa dos sintomas. iias e apresenta sintomas que n ã o sã o tipicamente

linktr.ee/kiwifz
(T) Farmacode- rmias Dermatologia | Capítulo 2 0
0
descritos na í nfec ção pelo ví rus Epstein- Barr, como hepatite, anemia megaloblá stica, rabdomi ólise e
a lí ngua em framboesa e a conjuntivite bilateral. vasculite. A droga deve ser suspensa , esperando- se
0
Caso se tratasse de mononucleose, a alternativa resolução completa do quadro . A conduta consiste 0
indica opções terapê uticas corretas (suporte e sin- ern suspender imediatamente a fenitoí na e solicitar
tom áticos), porve2es necessitando corticoterapia exames para monitoriza çã o da funçã o de ó rgã os 0
em casos ma í s graves. potencialmente afetados, como a medula óssea , o
f ígado e os rins. Assim, vamos pedir hemograma ,
0
Alternativa D: CORRETA. Como vimos, a paciente preen-
che os critérios clí nicos para doença de Kawasaki, hepatograma e bioquímica renal.
o que indica o tratamento com imunoglobulina e
ácido acetilsalicí lico. * RESPOSTA: D m
Alternativa E: INCORRETA. Como vimos, a paciente preen -
che os crité rios clínicos para doenç a de Kawasaki, Quest ão 3
nà o sendo necessária a investigação de doenças m
( FACULDADE DE CIÊNCIAS M ÉDICAS DA UNICAMP/ SP - 2017) Ho -
virais nem de LES juvenil.
mem, 21a , com diagnó stico de psoríase leve, apre- m
* RESPOSTA: Q sentou amigdalite purulenta. Foi medicado com uma
injeçã o de corticoide, amoxicilina e diclofenaco.
Duas semanas depois, apresentou piora do qua -
Quest ã o ?
dro cut â neo, com tes õ es eritematodescamativas
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - 2018) Homem branco, acometendo mais de 90% da superf í cie corpórea.
20 anos de idade, comparece ao pronto - atendimen- O diagn ó stico é:
to e refere pele vermelha e coceira no corpo todo
há 3 dias. Há 1 m ê s, apó s acidente automobilí stico, Sí ndrome de Stevens- Johnson, por rea ção à droga.
apresentou convulsão tô nico - ctô nica generalizada . B Eritrodermia esfoliativa , por exacerba çã o da
Foi avaliado pelo neurologista, que prescreveu fe - doen ça.
nitoína. Apresenta ao exame fí sico: exantema gene- B Síndrome da pele escaldada , por toxina bacté-
ralizado, febre 38°C, adinamia e não tem les õ es nas ria na.
mucosas. Qual é a conduta inicial?
Necr ólí se epidérmica tó xica, por reaçã o à droga .
Suspender a fenitoí na e solicitar hemograma ,
monitorar fun ções hep á tica e renal
B Suspender fenitoína, solicitar eletroencefolo-
DIFICULDADE: *
"
Resoluçã o: Questã o que nos coloca como alternati-
grama e Rx de tó rax, iniciar corticoterapia oral
vas vários diagn ó sticos diferenciais possí veis, mas
B Manter fenito í na, solicitar eletrocardiograma e que , por alguns detalhes do enunciado, consegui-
RX de tó rax e iniciar corticoterapia tópica mos eliminar as alternativas erradas e chegar ao
B Manter fenitoí na , solicitar eletrocardiograma , diagnostico. Trata - se de um paciente com psorí ase
hemograma e monitorar fun ção renal que apresentou piora ap ó s de tomar algumas me-
B Suspender fenitoína, solicitar eletroencefologra - dica ções para uma amigdalite purulenta . Primeira -
ma , eletrocardiograma e iniciar corticoterapia mente, em relação á s alternativas A e D, temos um
intravenosa diagnóstico diferencial importante em Farmacoder-
mias, a S índrome de Stevens- Johnson (SSJ) x Necr ó-
DIFICULDADE:
• lise epid é rmica t ó xica (NET), que poderí amos ficar
tentados a marcar NET, pois o paciente apresenta
Resolu ção: Os sinais e sintomas descritos sugerem acometimento de 90% da superf í cie corporal, e SSJ
uma sí ndrome de hipersensibilidade aos anticon- tipicamente acomete apenas até 10%. Entretanto,
vulsivantes, em que as principais manifesta çõ es um dado nos faz descartar ambas as alternativas;
clí nicas são: febre, rash cutâneo, linfadenopatia e o N Ã O ACOMETIMENTO DE MUCOSAS, mas apenas
faringite. Outros ó rgãos e tecidos tamb ém podem de pele (alternativas A e D erradas). A "S í ndrome
ser acometidos , causando quadros adicionais, como de pele escaldada" é uma complicaçã o causada por

122

linktr.ee/kiwifz
Farmacodermias
m RESIDtÊNCIA HÉJOiCA
"i \|J

cepa do S. AUREUS, e nlo do Streptococcus pyoge -


nes , provável causador da amigdalite purulenta do
paciente (alternativa Cerrada). Por fim, lembremos
que corticoidi sistémico pode exacerbar e pi ô r â r
um quadro de psoriase, podendo evoluir inclusive
com Eritrodermia esfoliativa, dermatite descama *
tiva inflamat ória que envolve 90% oy mais da pele
do paciente »

tf RESPOSTA:

.9
o
ra
E
o-
L

123
linktr.ee/kiwifz
( >) Fixe seus conhecimentos!

FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOGRAMAS

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124
linktr.ee/kiwifz
Capí tulo

ESTT
1, PS O R Í A SE
^comum nos países afastados do Unha
do Equador\ O soí é fator protetor. Quanto menos
sol mors psor
íase (imagem 1)
Doenç a cr ó nica inflamat ória caracterizada por lesõ es
.
eritematoescamosas Acomete em torno de 2% da
popula çã o, igualmente entre os sexos, com pico de
incid ência entre 20 e 30 anos..

Oi
Imagem 1L Prevalê ncia global fie psor íase.
a
m
E
a
a

É imuno mediada ( resposta Thl, Th17 e Th22} e acre - Os medicamentos s ão o BALACO:


dita - se que ocorra por intera çao de predisposição O Beta bloqueadores
gen ética (HLA B27, cW6 e DQ9) com fatores ambientais. O AntimaLã ritos
A psoríase é desencadeada por estresse emocional, O l itio
infec ç oes (SL pyogenes, HIV ), tabagismo e fatores
O AINES
f í sicos (trauma, mudan ça climá tica) e medicamentos.
Est á tamb ém associada a sí ndrome metab ó lica. É O Captopr í i (IECA )
i mp ortantí ssim o sa be r esses fatores d esenc a dea ntes. O Outros

125
linktr.ee/kiwifz
© Psor íase e lí quen pLano Dermatologia I Capitulo 3

Clínica: placas eritematoescamosas (escamas pra- Imagem 3, Fenômeno de Koebner.


teadas) quase sempre assintom á ticas.

DICA
O sirtaf de Auspitz (orvalho sangrante ) con -
siste no surgimento de got í culas de sangue na
base da les ã o ap ó s a curetagem met ódica de
Brocq ( retirada das escamas - chamado de sína í
da vela ) ( Imagem 2 ),

Imagem 2 . Sinal de Auspitz.

As articulações são acometidas em 30% dos casos,


em forma de artrite soronegativa , podendo preceder
as manifestações de pele. Pode ser mono ou oligoar-
ticular assim étrica (forma mais comum), sim étrica
( pequenas e m é dias articula çõ es), axial (coluna
vertebral e sacroit í aca , HLA B27) e mutilante (forma
rara e grave, com deformidades permanentes - “dedo
em telesc ó pio") (Imagem A ). Importante diagn ó s-
tico diferencial com artrite reumatoide, espondilite
anquilosante, gota etc.

Imagem C. Dedo ern telescópio.

DICA
O fenô meno de Koebner ê o surgimento de
uma tesào t í pica da doença em á rea de trauma
cut â neo (cicatriz, queimadura, depilação, incisões,
escoriaçõ es, tatuagens) em pacientes portadores
da doença ( Imagem 3 ). O fenô meno de Koebner
reverso é o desaparecimento da lesão de psor í ase
apó s trauma local (no local da biopsia ).

DICA
80 % dos pacientes com artrite apresentam
manifestações ungueais.
*ta*
ta
ta
ta
126 ta
linktr.ee/kiwifz
Psor í ase e Líquen plano RESID ÊNCIA MÉDICA pTí]

£ ristem diversas variantes clí nicas: mal- estar, fraqueza, Leucocitose, aumento do VHS)
(Imagem 7).
Vulgar ou ''em placas '": è a mais comum (90%). Locais
mais preva lentes: couro cabeludo ( n ão respeita as Imagem 7, Psor í ase pustulosa generalizada ,
margens de implantaçã o capilar e possui as margens
bem delimitadas - seborríase - diagnóstico diferen -
cial com dermatite seborreica) e ãireas extensor as,
como cotovelos e joelhos (Imagem 5) .
Imagem 5. Psoriase vulgar.

ra
CP
o
5
ra
E
u
Q
DICA GeraJmente ocorre após suspensão abrupta
de cor í rcoí dè.

Ungueal; acometida em 50% dos casos, podendo


.
preceder as lesões em anos A lesã o pode ocorrer
Invertida: pouca ou nenhuma descama çã o (mas- na matriz ungueal (levando ã formação de pí tfíng/
carada pela sudorese), nas regiões intertriginosas depressão cupuliforme) ou no leito (levando à for-
(axilas genit á lia) (Imagem 6). Diagn ó stico diferencial mação das manchas de ó leo / manchas salm ã o e
*
com micoses. hemorragias em estilhaç o) (Imagem 8).

Imagem 6 . Psoriase invertida , Imagem 8 . Psoríase ungueal.

LESÃÚ DO LEtTO UNGUEAL


.
Manchai dc óleo fratura dialal,
,

e-spçwamerUo, hemorragia erre

* -
rrt >ih pp

LESÃO DA MATRIZ UNGUEAL


.
Pittings. mancha’ brancm e Tritura
pmscimnl

IUMU Correíacíona-se cfírelamente com a gravi -


dade das les õ es cutàneas e articulares .

Pustulosa generalizada (Von Zumbusch): hipera- Erhro dermita:o eritema difuso prevalece sobre a des-
guda, disseminada, comi sintomas sist é micos (febre, camaçã o. Grave, risco de distúrbios hí droeletrolí ticos

127
linktr.ee/kiwifz
(>} Psoriase e líquen plano Dermatologia | Capítulo 3

r
e choque. Interna ção 0 medidas de suporte . També m Patologia ( Imagem 11):
pode ser causada por suspensã o abrupta de corti-
co í de (Imagem 9). Imagem 11, Patologia da psoriase .

Imagem 9. Psoriase eritrodé rmka . Paraqueratose


Neutrofilos na epiderme

Acantose regular

Aflnamento suprapapilar
Vasos dilatados e tortuosos

.
i

-
, V. r • . .à-
f f

DICA
O cicio celular dos queratinóótos est á en -
curtado, levando ò hiperproliferação do epiderme
(espessamento e descamoçdoj com paraqueratose
( aumento da camada có rneo com persistê ncia dos
Palmoplantar: hiperqueratose intensa, bem demar-
n úcleos, pois não d á tempo de perd ê - los ).
cada e sim étrica . Diagnóstico diferencial com micose,
por é m é transgressiva (acomete a lateral dos p és)*
Observa - se neutr ó filos dentro da camada cõ rnea
Gutata : inicio abrupto de pequenas les õ es arredon-
(microabscesso de Mu nro), formando coleções (p ús-
dadas no tórax e extremidades proximais. Costuma
lula de Kogoj), aus ência de camada granulosa , acan -
resolver espontaneamente ap ô s dois a tr ês meses
tose regular (espessamento da camada espinhosa),
( Imagem 10).
papilomatose quadrangular ( projeção das papilas
dé rmicas sobre a epiderme) com afinamento supra -
Imagem 10. Psoriase guta ta.
papilar e vasos dilatados.
Existem í ndices de gravidade para seguimento clí-
nico e avalia ção da eficácia do tratamento: o PASI
é o mais utilizado (leva em considera ção eritema ,
descama ção e infiltra ção e multiplica pela superf í cie
corp ô rea = varia de 0 a 72 ), DLQI ( qualidade de vida)
e NAPSf para as unhas.
*

*
> >

Tratamento: objetivo é o controle da doenç a.


«
*

O tratamento t ó pico é usado nas formas


%
*
localizadas.
t

Sempre incluir hí dratantes, mesmo quando em remis-


s ã o . Os mais utilizados sã o corticoides, calcipo -
DICA
Geralmente acomete crianç as ap ó s infecçõo triol (an á logo de vitamina D) e í munomoduladores
estreptocócica do trato respirat ório superior , ( tacrolimus e pimecrolimus - podem ser usados na
face e dobras).

linktr.ee/kiwifz
Psor í ase e Líquen plano RESIDÊNCIA MÉ DICA

A fototerapia é indicada para doen ç a mais extensa. DICA


Os disponíveis no SUS s ão adaíímumabe,
Deve ser feita em frequ ê ncia m é dia de tr é s vezes por
usteqLNnLrmcrbe e secuquinumobe.
semana . Existem dois tipos: PUVA (psoraleno via oral
para sensibilizar + UVA depois de uma hora) e método
Goeckerman (coaltar pomada para sensibilizar * UVB Antes de iniciar o uso de biológicos:
.
narrow bcrnd ou banda larga) Aumento do risco de
1. Solicitar: PPD + raio- X de t ó rax , exames labo -
catarata, foto envelhecimento e c â ncer de pele . ratoriais gerais, teste de gravidez e sorologias
O tratamento sist émico é indicado para os casos (hepatite BeC e HIV ). Se houver infecçã o latente
graves e extensos, de tuberculose, iniciar isoniazida e, ap ó s 30 dias,
já iniciar o biológico.
Acitretina: derivada da vitamina A, indicada princi -
palmente na psorfase palmoplantar. Aguardar dois 2. Pesquisar neoplasias, se houver tumor só lido
anos para engravidar ap ô s o término do usor pois é tratado há mais de cinco anos, est á liberado.
teratogênico ( homens n ã o precisam, pois não altera
3. Checar cart ã o vacinai 30 dias antes. Ap ós o início,
a espermogênese).
nã o pode vacinar para agentes vivos (febre ama -
Metotrexate - í nibidor dia sí ntese de DNA e antago - rela, tríplice virai e varicela). r
*
d
.
nista do ácido fôlieo Geralmente sâ o feitas doses 2
o
esparsadas por intoler ância gá strica e deve ser feito Efeitos colaterais dos bioló gicos: infecçã o de vias E
controle da fun ção hepá tica. Demora para começ ar aé reas superiores, 2? cefaleia, 3 ? reaçlo no local
a fazer efeito (quatro semanas). Aguardar tr ê s meses da injeção.
o
para engravidar, pois é teratogênico, Bons resultados
na artrite psori ãsica.
2. LÍQUEN PLANO
01CA
A toxicidade do metotrexate é identificada
precocemente por ú lceras orais ( indicam leucope -
F uma doenç a cr ó nica inflamat ória, earaeterizada
nio ) -» usar o ant ídoto acido folinico. |jorles õ es papulosas. Acomete menos de 1% da
populaçã o, predominando em adultos de 30 a 60
Ciclosporina: imunos supressor (bloqueia IL-2) com anos, sem diferen ç a entre sexos e etnias,
a ção de melhora r á pida, usado apenas para res -
gate da crise, nas formas eritrcdérmica e pustulosa A etiologia é desconhecida, por é m acredita- se que
generalizada. Efeitos colaterais: nefrotoxicidade e seja uma doenç a a uto i mune assoc i da a fato res ge n é-
hipertensão. Pode ser usado em gestantes. ticos í HLA DRi} e ambientais,onde os queratin õcitos
passam ser antiginicos, havendo grande infiltrado
de linfõcitos T e destrui çã o da camada basal -
DiC Â Corticoide sistémico pode í evar ao rebote
grave da psorfase, sendo evitado . as fato res desen cad ea do res são infe cçõ es (h e p atite
C, principalmente), alé rgenos de contato (metais)
e medicamentos (lECA , diur éticos tiazí dicos, anti -
Biológicos: Existem diversos tipos: mal á ricos). É importantí ssimo saber esses fatores
A çã o anti -TNF a í fa (adallmumabe, etanercepte e desencadeantes.
infliximabe): são os mais imunossupressores e o risco
de reativa çã o da tuberculose é maior nesse grupo . A cl í nica ê caracterizada pelos 7 P: p ópuí o
Podem causar descompensação de ICC grau III e IV. ou pfoco poligonal plana purpúrica pruriginoso
O etanercepte é o única liberado para crian ç as. pequeno (0,5 a Tem) nos punhos ( imagem 12 ).
Açã o antí - lL 12 e 23 (ustequinumabe), anti - IL 23 ( gusel-
cumabe}, antí - lL 17 (sccuquinumabeeIxequizumabe) .

12 ?
linktr.ee/kiwifz
© Psor íase e Eiqueni plano Dermatologia | Capítulo 3

r
.
Imagem 12 Lí quen plano. Imagem 14. Fenomeno de Kroebner,

Geralmente as lesõ es s ã o cobertas por uma rede


reticulada fina e branca, chamada de estrias de
Wickham , mais bem observadas á dermatoscopia
( Imagem 13). As les õ es tendem a ser m ú ltiplas e DICA
Existe també m a resposta isotó pica de Wotf,
sim é tricas , classicamente nas á reas flexoras dos que consiste no surgimento de lesã o de l í quen no
punhos e antebra ç os e no ter ço inferior das pernas. local onde outra doen ç a cut â neo ocorreu e j á foi
Regridem deixando hiperpigmentação residual. curada (ex: sobre cicatriz de herpes zoster prévio ).

Imagem 13. Estrias de Wickham.


Quando acomete o couro cabeludo, é chamado de
V 1 lí quen plano pilar, que causa alopecia cicatricial,
ou seja, nã o nasce mais cabelo. Existe uma variante
chamada alopecia frontal fibrosante ( AFF), onde h á
WSfW
JWJ.¥
i' retra çã o progressiva da linha frontotemporal de
|

T.i
1 implantação do cabelo, podendo acometer tamb é m
as sobrancelhas (Imagem 15).
T ,4 K f ,

*
Imagem 15. Alopecia frontal fibrosante.

í*
i
DICA O fenô meno de Koebner est á presente , as -
sim como na psoriase, e consiste no aparecimento
dos tes õ es típicas em local de trauma ou cicatriz.
( Imagem U )

130
linktr.ee/kiwifz
RE 5ID LNGIA M É DICA
IPsor íase e Líquen plano 1 I K ll *
k

DICA Existem diversas variantes clí nicas, algumas mais


Pode acometer as unhas em 15 %, com o
comuns são:
achado cl ássico de pterigio PROXIMAL ( imagem
16J, além de outros inespecíficos . Hipertr õfica: predomina nos tornozelos, espessas,
elevadas e acastanhadas, podendo adquirir formato
ver ru ç oso. Pode evoluir para carcinoma espinocelular
Imagem 16. Pterigio proximal. (Imagem 18)..

Imagem 18 .. L í quen plano de forma hiportr õFica,

jpa

DICA Pode acometer as mucosas em 60%, inclusive


de forma isolada. A mucosa oral è a mais acome -
tida (Imagem V )t sendo a forma reticulada a mais
DICA É a variante mais pruriginosa,
comum e a forma erosiva associada ao maior risco
de desenvolver carcinoma espinocelular. A mucosa
genital também é acometidar sendo o formo anular Bolhosa: surgimento de bolhas localizadas apenas
a mais comum. sobre as ip ã pulas dio liquen plano (Imagem 19) (diag-
nostico diferencial com lí quen plano penfigoide, que
acomete a regiã o do lí quen e a pele s ã). Resulta de
Imagem 17. Acometi mento da mucosa oral. inflama çã o intensa e dano epidérmico importante,
levando à separa ção dermoepid é mica e formação
4 .
de bolha .
,

>

\ W .
>
\ Imagem 19. L í quen plano de forma bolhosa .

r * «k

.r i

v
#
*
A

131

linktr.ee/kiwifz
(T) Psor í ase e lí quen plano
Dermatologia I Capí tulo 3
r
Actí nica: exd u s i vo na s ã rea s foto ex posta s ( in c I u S nd o
m
Imagem 21. Corpúsculos de Civatte,
face). O prurido é ausente . Incide mais em crianç as.
Pode ocorrer melhora espont â nea nos meses de
pqr
/
J c m
inverno. -Wv
m
i *
Anular: formato de anel, com bordas elevadas e —
1
i
m
por ção central hiperpigmentada ou cor da pele. Mais
frequente na axila , p ênis e escroto. * 0
1
v*
f

«
0 diagn ó stico é baseado na clínica e exame ana- f 1
00
tomopatoló gico. Caracteriza - se por ortoqueratose
*0 *
f

{camada cómea espessa e compacta, sem os núcleos),


V
' f
t . .
J
*,
#:

hipergranulose em forma de cunha , acantose em


“ dentes de serra", degeneração da camada
basal +
* * * I- «

Jff
*
infiltrado linfocit ãrlo "em faixa” na derme superficial
f
S r
(que “borra" a junção dermoepidé rmica ) ( Imagem
20). Na epiderme inferior, existem queratin õ c í tos
necrosados chamados de corpú sculos de Civatte ou
corpos coloí des hialinos . ( Imagem 21)
V JV 4* » r/ \» . 1?

 imunofluorescérscia observa- se dep ó sito de IgM na


“ -
* .
Á

camada subepid érmica em 93% e reatividade para


Imagem 20. Degenera ção da camada basal.
fibrinogê nio - fibriria na jun çã o dermoepid é rmica
tt, em 100 % .
*.- f>
r 1

^ T-
4S&> ÍJ.
í
s
O tratamento varia conforme a extensã o das lesõ es.
J
-*
'
,
%
T1- r
_< *» >
f
— Nas formas localizadas , usa- se o corticoide tó pico.
-
I

.> <
r
Nas formas generalizadas, pode - se utilizar fotote-
* '< .* vt** "
\'f v# * -. ' H
.
/
'
' rapia ou corticoide sist é mico (dose m í nima 20 mg /
Xv dia ) como primeira opçã o . Imunossupressores sã o
I
usados como alternativa nos casos graves. As reci-
divas ocorrem em 20 % dos casos.

ií -v
-
- p
..
«

132

linktr.ee/kiwifz
Cap í tulo
ACNE
4

formação de um ponto preto central por pigmenta ção


1. INTRODUÇÃO do material pela melanina, caracterizando o comedo
aberto ou 'cravo preto ' (Imagem 3),
É a 8? doença mais frequente do mundo e uma das
mais comuns nos consult ó rios dermatológicos, É Imagem 2 . Comedos fechados ou 'cravo branco'
causada por inflama çã o cr ó nica dos foliculos pilos-
sebãceos em indiví duos com predisposi ção gen ética,
O folí culo pilossebáceo (Imagem 1) é uma estrutura
flj
derivada de invagina çã o da epiderme na derme cn
o
e cont ê m a haste pilosa, a glândula seb ácea e o O
mú sculo piloeretor. Na sua por ção mais profunda, nj
E
-
encontra se o bulbo, onde sã o produzidas novas c
o
c élulas para formar o pelo . Q

imagem 1. Estrutura do folí culo pilosseb á ceo .


Infundíbulo Glândula sebácea
Fçnt «; Nelson T& xtboofc of Pediatrics.

Istmo
Imagem 3, Comedos abertos ou ‘cravo preto'
Vaina
externa Músculo
erector
Vaina dei pelo
interna
Glândula
Médula apocrina

Bulbo

Papilas dé f micas Matriz


Fonte: Guzman RA . Dermatologia Atlas,
,

diagnostico y tratamiento, 6. ed.

Fonte: Vary JC. Selected disorders of skin appendãges


0 processo deforma ção da acne se inicia pela obs- - acne alopecia, hyperhidrosis. Medicai Clinics
(

trução do infundí bulo do folí culo pilosseb áceo por of North America. 2015:99(6):!19S-1211
excesso de queratina e secreção sebá cea, ocasio -
nando a chamada rolha c órnea. Esse material se
«
acumula, formando pãpulas normocr ômicas na pele, I O Propionobacterium acnes (P. acnes) é uma
chamadas de comedos fechados ou, popularmente, bact éria gram positiva anaer óbia que habito a pele
‘cravo branco' (Imagem 2). Devido à pressã o interna, humana e tem papel fundamental na progressão
pode haver rotura do orif í cio folicular, levando à da acne„

133
linktr.ee/kiwifz
I
Dermatologia | Capitulo 4

P. acnes se nutre de lipí dios. Assim, encontra nos DICA


comedos um ambiente propicio para se proliferar. Os bormônios também t êm papei funda -
O sistema imune reconhece essa bact éria, causando mentai no desenvolvimento da acne.
I
intensa reaçã o inflamató ria, com rotura do folículo
pilossebá ceo e libera ção do seu conteúdo para a Na puberdade, há aumento na produção de andró - t
derme e formaçã o de rea çã o de corpo estranho. genos, levando à hipertrofia das glândulas sebáceas
I
Clinicamente, observa - se a formação de p á pulas e aumento da sua secre ção. Alé m disso, o sebo é
eritematosas inflamat órias {Imagem 4). Devido à mais espesso, o que favorece a forma çã o da rolha I
proliferaçã o bacteriana na derme, evolui com for- c órnea no folículo.
ma ção de p ústulas, nódulos e abscessos (Imagem 5). Í
Alguns fatores extrínsecos também estão associa-
dos ao desenvolvimento de acne, como a relação «
Imagem 4. Pá pulas eritematosas inflamat órias.
com dieta rica em carboidratos e derivados do leite
{ whey protein ). Esses alimentos levam ao aumento
I
de insulina -> aumento de IGF -1 (andrógeno like) -» «

crescimento e desenvolvimento dos seb ó citos .


«
«
2. CLÍNICA

Inicia -se geralmente na adolescência, mais preco -


*
cemente nas meninas (11-13 anos) e mais grave nos
meninos. Na maioria dos pacientes, é uma doenç a
autolimitada à adolescê ncia. A exceção é acne da li
Fonte: Habif TP. Acne , rosacea, and related mulher adulta (20% das mulheres), que será abor-
disorders * Clinicai Dermatology. 2016:218 - 262
dada mais adiante. li

Imagem 5. Pú stulas, nó dulos e abscessos.


Acne grau I ( lesões nã o inflamat órias); microcome-
dõ es (n ão visualizados a olho nu), comedos fecha -
dos ( pá pulas brancas) e abertos (pontos pretos)
*
(Imagens 2 e 3);

Acne grau II (lesões inflamat ó rias); p á pulas eritema -


tosas e p ústulas (Imagem 4);
I*
Acne grau III: nódulos > 5 mm de consistê ncia fi -
broelá stica que ocorrem por rompimento de um
grupo de comedões com inflama ção (Imagem 5) .
Podem formar cistos com conte ú do de queratina e
secreçã o purulenta. *
ACNE CONGLOBATA: forma grave com les õ es muito
inflamat ó rias, drenagem de material purulento e
hemático, formando abscessos e fistulas (Imagem 6).
Fonte: Andrews' Diseases of the Sk í n
Clinicai Atlas. 2016:169 -183

134

linktr.ee/kiwifz
Acne RESID Ê NCIA MEDICA
ri íI pi - T.

Imagem 6 . Acme congloba ta.


3, TRATAMENTO

I 3.1, TOPICO EM MONOTERAPIA

Os retinoides tó picos sã o a primeira linha : á cido


retinó ico e adapaleno. S ão comedoliticos e anti -
-inflamat ó rios , podendo ser utilizados em todos
os graus de acne. Evitar exposi çã o solar, pois os
medicamentos deixam a pele sensí vel.
0 per óxido de bemoíls tem atividade antlmí crobiana
bacteriostática.Avisar ao paciente que pode manchar
tecidos e cabelo .
ra
O ácido azel ã ico pode ser utilizado durante o dia,
pois ê fotoestãveL També m tem a çã o clareadora,
f
sendo uma boa opção em pacientes com hipercromia
pós- inflam ator ia . !
o
O
ácido salieilicoest ã presenteem lo çõ es de limpeza
da pele e peeJmgs, pos &uindo a çâ o comedolí tica.
.
Fonte- J a m es W DP EI ston DM, Treat IR R ôsemb a ch MA .
Neuhflus IM. Acne. Andrews' Diseases of the 5 km . Antibi ó ticos t ó picos nã o são utilizados em mono -
terapia por induzirem resistência bacter í ana ao P,
ACME FULMINANS: quase exclusivo de homens jovens acnes e seleção deestafilococose estreptococos que
(14 -16 anos) com acne leve que subitamente evo - causam infec ções. N ão se deve utilizar antibi ótico
lui com lesões muito graves e ate necrose, prin- sisté mico e tó pico ao mesmo tempo .
dpalmente no t ó rax (imagem 7), É acompanhado
de sintomas sist é micos (febre,, poliartrite, astenia,
emagrecimento, comprometimento renal, hepatoes- 3.2. TÓ PICOS COMBINADOS
plenomegalia, les õ es ósseas lí titas, eritema nodoso,
leucocitose, aumento de VHS e PCR }. Leva ao sinergismo de ação.
Adapaleno + per ó xido de benzoíla, adapaleno + clin -
Imagem 7. Acne fulm í nans.
.
damidna ,. per ó x í do de benzoíla + clindamicina etc

3.3. SIST É MICOS

i 3.3.1, ANTIBIÓ TICOS

Limitar o uso por no má ximo tr ê s meses, O uso


prolongado est á relacionado à indu çã o de doenç a
inflamat ória intestinal, candidiase vulvovaginal e
infec çã o por Ctosirí dJum difftcite. NUNCA combinar
ATB sist é mico com t ópico (apenas com per õ xido de
Fonte; Andrews' Diseases of lhe Skin -
benzoíla tó pico bacteriost á t í co).
.
CUnical AtlaS 2018:169 -183

135
linktr.ee/kiwifz
( >) Acne Dermatologia | Capitulo 4

Ex: O tratamento de primeira linha inclui as clclinas , com antibió ticos t ó picos. Nos casos mais graves ou
pois possuem atividade antibi ótica eanti-inflamat ó ria extensos, pode se utilizar antibióticos sist émicos.
(minociclina , doxicidina , tetraciclina , limecidina). São
contraindicados na gestação, lactação e infância , 3. Acne grau III e conglobata: o tratamento mais eficaz
pois inibem crescimento ó sseo e podem causar colo- é a isotretinoina, iniciado em geral apó s tentativa
ra ção amarelada dos dentes. Op çõ es: macrolí deos, de tratamento com antibi ó ticos sist émicos.
cefalosporina 13 gera ção (op çã o para gestante) etc . 4. Acnefulminans: corticoide oral inicial, seguido de
isotretinoina por tr ê s a cinco meses.
| 3.3. 2. ISOTRETINO ÍNA ( O FAMOSO ROACUTAN )
"
DICA
Ê o droga mais eficaz no tratamento da 4. ACNE DA MULHER ADULTA
acne. Ê a única droga capaz de curar !

Atua em todos os mecanismos patogênicos: hipotrofia Pode ser persistente desde a adolesc ê ncia ou de
da glâ ndula seb á cea * supressã o da secreção seb ácea inicio tardio (apó s 25 anos). Acomete principalmente o
+ normalização da queratiniza çã o + a ção anti - infla - terço inferior da face (Imagem 8 ), que piora no per í odo
pr é menstrual (80%). São normoandrogê nicas, ou
mat ória + inibi çã o do crescimento do P. acnes.
seja, o perfil hormonal androgê nico est á normal nos
Pode haver exacerbaçã o das lesões nos primeiros exames laboratoriais. Poré m , ocorre maior atividade
tr ês meses de uso (/lore - up). Por isso, muitas vezes da 5-alfa- redutase e hiperexpressão do receptor.
associa- se a corticoides orais no iní cio do tratamento.
No seguimento , devem ser solicitados exames labo - Imagem s, Acne da mulher adulta .
ratoriais de rotina: tr í glicerí deos, colesterol total e
frações, fun çã o hepá tica, CPK (atletas de alta per- * >
'
? *
formance) e beta - HCG (mulheres). V /:
Efeitos colaterais: queilite , ressecamento da mucosa *
nasal, xeroftalmia , xerose com desçam ação e prurido,
aumento de colesterol e triglicer í deos, granuloma
piogê nico. Prescrever hidratantes , colí rios e filtro >$ * * £• *
*
» f.
solar. Pode ocorrer pseudotumor cerebral se houver
uso concomitante com tetracict í nas.
Contraindicaçã o absoluta: gestação ( é teratogê nico).
É obrigatória a contracepçã o com dois mé todos, pelo
menos um m ês antes do iní cio do TTO e at é um m ês
* *

ap ós o termino. Fonte: Gawkrodger DJ„ Ardcrn-Jú rt è s MR , Sebaceous


and sweat glands - acne, rosacea and other disordêrs.
Dermatology: An lllustraied colnur Text. 2017:68 - 69.
| 3.3. 3 . RECOMENDA ÇÕ ES
Quando investigar ? Presen ça de hirsutismo, viri Li za-
1. Acne grau I; o tratamento tópico com ácidos é çã o ( voz grave, massa muscular), dist úrbios mens-
suficiente , A melhora ocorre em geral em quatro truais, acantose nigricans, alopecia androgen ética ,
semanas. Às vezes, é necessário associar extração infertilidade, in í cio abrupto ou severo da acne ou
manual dos comedos. resist ê ncia ao tratamento . Nesses casos, solicitar
2. Acne grau II: 0 tratamento tópico geralmente é
ní veis de FSH, LH, testosterona total e livre e S- DHEA
+ U 5G transvaginal de ov ários.
suficiente . A melhora ocorre em geral em tr ês
meses. Como existe o componente inflamatório, O tratamento é igual ã acne , poré m pode se associar
também é necessário utilizar drogas contra P. anticoncepcional oral (com drospirenona de prefe-
acnes como peró xido de benzo í la ou combina çã o rência) e espironolactona.

136
linktr.ee/kiwifz
Acnt ( jTvj) RESIDÊNCIA MEDICA

I
R
5. ERUPÇÕES ACNEIFORMES I 5.1. CLQRACNE

Intoxicação por compostos halogenados (dioxí na), por


Les õ es que lembram acne, mas s ão causadas por inala çã o, ingest ão ou contato, em trabalhadores da
substancias em contato com a pele ou sistémicas. indú stria ou agricultura ( inseticidas). Ocorre hiper-
Alguns medicamentos s ã o excretados nas glâ ndulas plasia dos queratinócitos dos foliculos e obstruçã o
sebã ceas e podem ser t ó xicos para elas, levando à fdliculá r, levando ã rotura do foliculo e liberaçã o do
inflamação no foliculo, conteú do para a derme e formação de abscessos
m
(imagem 10),
Exemplos:
O Medicaçõ es sist é micas: glicocorticoidie (principal),
Imagem TO. Clnracne.
anticoncepcionais, complexo B (bí otina), titio, an-
ticonvulsivantesrant Ídepressivos, antiarritmicos,
L
* quimioterapia etc,
O Externos: cosméticos (principal), higiene excessi-
va, fric çã o, medicações tópicas, calor, obstrução
mec ânica dos foliculos etc.

Clinica: pà pulas eritematosas ou p ú stulas.


Diferen ç as para acne vulgar: inicio súbito, qualquer
am idade, quadro monom ó rfico e disseminado (inclui
-
áreas não sebãceas braç os, glú teos e coxas), regride
m coirn afastamento da causa (Imagem 9).
Fonle: Dispon í vel em htLps:/ / brasiLestoLd .
m Imagem 9. Erup ções acneiformes . uol.com . br / quiiTiica / dioxina .htm,

Tratamento: suspensã o do agente causador Os t ópi- .


cos incluem per õ xido de benzoila, retinoides e os
sist é micos incluem antibióticos ou isotretinoina em
doses baixas.
a
REFERENCIAS

1. Juiniúr WBr Chiatchio ND, Criado PR, Tratado de Dermatologia.


. .
3 ed Rio de Janeiro: Alheneu, 201B.
2. Bolognia j,, Jorizzo|L, Schaffer ]V. DerrrualQlogy. 3. ed. Phila -
delphia ; Elsevier Saunders, 2015,
3 . Phiílip H„ D erinalo patologia . Saunders ElseLvier 2012.
*
il o prúicipal diferencial pato atae é o ausência
de comedos .

linktr.ee/kiwifz
(£} Acne Dermatologia I Capítulo 4

QUESTÕES C0MENTÀ DA 5

Quest ão 1 hep á tica ) e terapias espec í ficas para a indu çã o da


5
ovulação em caso de desejo de engravidar (com o uso
[ASSOCIAÇÃ O MÉDICA DO RIO GRANDE DO SOL - 201fl) Mulher
de citrato de domifeno). Assim , a alternativa correta
de 32 anos procura seu m édico na unidade bá sica é a letra A, As demais alternativas est ã o incorretas ,
de sa úde ap ós consultar por inten ção de engravi-
pois na hiperplasia adrenal congé nita poder í amos
dar. Encontra - se obesa, com hirsutismo , acne e ci-
at é ter o quad ro de irregularidade menstrual e hipe -
clos menstruais irregulares e retoma com exames: randrogenismo, mas se trata de uma condição bem
glicemia de jejum = 136 mg / dL de 2 meses atr ã s e
menos frequente que a SOP, e o enunciado nao se
glicemia de jejum da última semana = 144 mg / dL.
refere à dosagem de 17- OH- progesterona; o tumor
Quais os diagnósticos prov á veis e a conduta mais adrenal tamb é m poderia cursar com hiperandroge-
apropriada?
nismo, mas a cl í nica de irregularidade menstrual
Sí ndrome dos ov á rios policí stlccs e diabete me - n ão se correlaciona com o quadro.
lito /metfom í na . RESPOSTA: Q
Hiperplasia adrenal congé nita e diabete melito /
dexametasona e insulina.
Quest ã o 2
0 Tumor de adrenal produtor de hormônio adre-
nocorticotr ófico (ACTH) e diabete melito / excisao (HOSPITAL ISRAELITAALBERT EINSTEIN/SP - 2017) Um homem
cir úrgica . de 22 anos de idade em avalia çã o no pronto - socorro,
por dor tor ácica retroesternal intensa que o acordou
Sí ndrome de Cushinge diabete insípido / insulina .
de madrugada . Ador piora ao ingerir lí quidos. O pa-
11 Hipertr í cose e Intolerância à Glicose / agonista ciente tem antecedente de diabetes tipo 1, em uso
deGLPl . de insulina , sem sinais de descompensaç ao. També m
usa doxiciclina para acne. O exame f í sico é normal,
DIFICULDADE:
• com exce çã o de acne na face. Qual é o diagn ó stico
para o caso?
Resolução: Temos na questão apresentada uma mu -
lher de 32 anos com obesidade, estigmas de hipe - Esofagite por Cândida
randrogenismo ( hirsutismo e acne) e irregularidade Espasmo esofagiano
menstrual, al ém de duas glicemias de jejum acima
de 126 mg / dL , o que nos permite fechar o diagn ó s- 0 Ruptura esofágica
tico de diabetes e excluir automaticamente as alter- Sí ndrome de Mallory- Weí ss
nativas 0 e E como corretas. Além disso , com essa 0 Esofagite induzida por medicação
clínica sugestiva de oligoanovu [açã o ( irregularidade
menstrual) e hiperandrogenismo, temos dois crit érios DIFICULDADL
diagn ó sticos presentes para síndrome dos ovários
policí sticos (SOP). Para ambas as situa çõ es (diabetes Resoluçã o: Homem de 22 anos, com quadro de DOR
e SOP), a conduta recomendada é a modificação do TORACICA RETROESTERNAL INTENSA , acordando - o
estilo de vida, a terapia medicamentosa iniciada com na madrugada, alé m de ODINOFAGIA. O enunciado
metforinina (um agente inibidor da gliconeogê nese relata que o paciente faz uso de DOXICICLINA , para

linktr.ee/kiwifz
Acne RiESlDÉ NCIÂ MEDICA
S n n P H

quadro de acne. Apesar de m à o ser um tema muito


aadalâdOp lembremos que as TETRACICLINAS e seus
derivados são as drogas mais relacionadas ã " ESO -
FAGITE INDUZIDA POR MEDICAÇÃ O", que é O quadro
do nosso paciente . Muita gente marcou o " Espasmo
esofagiano difuso", que, embora também curse com
dor tor ácica s úbita, se associar á à DISFAGIA .
RESPOSTA; H

Questão 3

(HOSPITAL UNIVERSITáRIO DA UEL/PR - 2016) Com relação à


acne, assinale a alternativa correta .

Mulheres adultas com acne de inicio tardio , as-


sociada a altera çõ es menstruais, devem ser in- «3
cn
vestigadas para hiperandrogení smo . *
S
EI A isotretinoina oral é o tratamento de escolha nas e-
formas leves e moderadas em mulheres jovens, I
flj
Q
H Diminuição da querat í nizaçà o na abertura do foli-
culo piloso contribui para a formaçã o do comedão.
O á caro Demo úex foUkutorum è responsá vel pelo
surgimento de n ódulos e cicatrizes.
Ei O aumento na secreção sudorí para favorece a
colonização por leveduras e inflama çã o.

u im.ui. UAi.H :

Resolução: A isotretinoina oral ê usada para formas


mais complicadas, e nã o formas leves. A diminuiçã o
da queratinização no foliculo piloso n ão contribui
para a formação de comedio, pois o ac úmulo de
material 6 necessá rio para entupir os poros, O hi-
perandrogen í smo pode afetar a produção hormonal
de tal forma que o aumento dos horm õ nios levem
a uma maior produ çã o de sebo e , com isso , maior
obstruçã o de poros, facilitando o aparecimento de
acne, como ocorre na pele oleosa da puberdade,
RESPOSTA. D

139
linktr.ee/kiwifz
(V) Fixe seus conhecimento»!

FIXE SEU CONHECIMENTO COM RESUMOS

Use esse espa ço para fazer resumos e fixar seu conhecimento!

HO
linktr.ee/kiwifz
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR Capítulo
AMERICANA HESI.JENGIA
5 P
-
MtL lCA
n P »

.
1 INTRODUÇÃO
DICA
Causada por protozo á rios do g ê nero
Leishmania (no Brasil, existem sete espécies, sen -
do a principal L broziiienshl
É uma doenç a cr ónica, infeccí osa e não contagiosa,
de notifica ção compuls ó ria no Brasil. É também cha - O Brasil é um dos paí ses com maior nú mero de
mada de úlcera de Bauru, ferida brava e nariz de anta.
casos no mundo, com doen ç a confirmada em todos
os estados (Imagem 1}..

Ti
Imagem 1. Prevalência global de leishmaniose tegumentar,
*
E_
L
a
O

. .
Fonte: Bolognia J, Jor í zzo JL, Schaffer JV Denmatology. 3, ed Philadelphia: Elscvier Saunders, 2015 .

Imagem 2 , Lutzç mUi longí palpis


DICA A rrafí smissòí ocorre peto picada do mosqui
) -

to fiebotom í deo Lotzomia longipalpis fmosquito -


-pa í ftoj êmeo
f infectado (Imagem 2 ), prindpatmente
à noite.

Fonte: Peleis' Atlas of Tropical Medicine and Parasit <oLogy.

141
linktr.ee/kiwifz
(7) Léishmâri iose tegu me rtl ar amerieama Dermatologia | Capí tulo 5

0
Pelo fato de homens de 20 a 40 anos terem mais Imagem 4 . Protozoário amast í gota .
contato com as á reas de mata, esse é o grupo popu -
lacional mais acometido pela doen ç a. Mo entanto, >
t
*m
devido Is mudan ç as ambientais, os vetores adqui-
riram h á bitos peridomiciliares e acredita - se que
atualmente haja influencia de animais domé sticos *
no ciclo da doenç a.
#
O protozoá rio se multiplica por divisã o biná ria (asse -
xuada) e apresenta - se de duas formas:
a } Promastigota: no tubo digestivo do hospedeiro
invertebrado (mosquito), Formato fusiforme com
ú nico flagelo na por çã o anterior (Imagem 3), Ap ó s
sete a 10 dias, o mosquito infectado est ã pronto
para transmitir a doença,

Imagem 3. Protozo á rio promastigota .

Fonte; Dispon í vel em https / www.cdc.govy


^
dpdK /Içí S h m a niasis / ind ex.ht mL

O mosquito infectasse conn formas amastigotas ao


sugar o sangue die um hospedeiro doente Esses .
parasitasse desenvolvem em formas promastigotas
no tubo digestivo do mosquito e migram para as
suas glâ ndulas salivares, sendo inoculadas junto
com a saliva durante a picada, transmitindo, dessa
maneira, a doenç a (Imagem 5).

Imagem 5. Ciclo de vida da esp é cie Leishmania .


M
'1 í lnl ci Dir f iisT-s
'

^
*
% "
tX irtNsiiocylí
í '

Fonte; Disponí vel em hLtps:/ / www.cdc.gov /


dpdx / ieisfimamasis / mdex.htmL

b) Amastigota (intracelular obrigat ório): nos macr õ - S ^ry


fagos dos hospedeiros vertebrados (mamí feros). '
Steiíon
Arredondada, sem flagelo (Imagem 4).
Engj-l«J by hbai&cyiftJ

Fonte: Bolognia J, jori/ zaJL, Schã ffer |i V. Dermaí ology.


.
3 ed. PhiL â delphia: Elsevier Saunders, 2015.

EE3 /Vdo há transmiss ão direto de pessoa a


pessoa,

142
linktr.ee/kiwifz
Leishmaniose tegumentar americana RESIDÊNCIA MEDICA
i A n A R

b) Resposta Th2: SUPRESSORA! Ocorre libera çã o de


2. PATOGENIA IL- A, IL- 5, IL-10 e IL-13, com desativaçã o do macro-
fago 4 doen ç a .
Ao chegar no hospedeiro vertebrado , o parasita
é atacado por mecanismos de defesa inespedfi -
OICA
cos: complemento e neutr ófilos . Os protozoá rios Anticorpos não tem fun çã o protetora na
“sobreviventes " sã o fagoeitado pelos macr ó
fagos leishmaniose.
e cé lulas dendriticas da pele, que v ão apresentar
os ant í genos parasit ários para os linfócitos dos
linfonodos regionais.
A partir daí, desenvolve- se a resposta imune , que 3. QUADRO CLÍNICO
pode seguir dois caminhos, a depender de fatores
do hospedeiro e da espé cie Leishmania:
O tempo de incubação é de 15 a 30 dias após a picada
a ) Resposta Thl: PROTETORA ! Ocorre libera çã o de do mosquito . Por conta da variedade de resposta
INF- y, TNF- a e IL-2, com ativaçã o do macr ófago e imune possí vel, desenvolve - se um espectro clínico *
produçã o de NO -> morte do parasita . t histológico da doen ça (resumidas na TABELA t ). O
Q
f0

E
Q>
Tabela 1. Leishmaniose cut â nea. u

Leishmaniose cutânea
Àné rgica difusa Localizada (95%) Mucosa

Age nte L , amazonenses


L amazonensis L. brozrbensis
L.braziiiensis
Carga parasit á ria +4 4+ 44

Tipo de lesã o N ódulo Ulcera Necr ó tka


Resposta imune Th 2 Th1 Thl
Granuloma Epitelioide TubercuLoide
Macr ófagos parasitados + 4+ 4 44

Linfócitos 4+
+ + ++
MONTENEGRO 4+ 4+4+

Fonte; Jú nior WB. Chiacchí o ND. Criado PR , Tratado de Dermatologia. 3. ed. Riq de
Janeiro: Atheneu, 2018 .

DICA
N ão hã acometimento visceral em nenhuma pá pula no local da picada do mosquito ( preferen-
das formas í/í cialmente em á reas descobertas), que evolui para
a lesão cl á ssica:

I 3.1. FORMA CUTÂNEA LOCALIZADA


S S ê ã ircõiãrprõ õ ã ã
Forma mais comum (95%).
Ocorre quando a resposta imunolõgica segue a linha
^^^ ^ k r f nd té d
fundo granuloso exsudativo, geralmente INDOLOR
^
-
ticular ), com bordas infiltradas (emoldurada ) e ^ êmiêTe
( Imagem 6 ).
Thl. É a forma inicial da doen ça, com surgimento de

143
linktr.ee/kiwifz
(>) Leishmaniose tegumentar americana Dermatologia | Capítulo 5

imagem 6. Forma cutãnea localizada -


i 3.3. FORMA CUTÃNEA ANÉ RGICA DIFUSA

Ocorre quando a resposta imunológica segue a linha


Th2, Quadro clinico raro, mais comum em crianças.
Caracteriza- se por infiltraçã o nodular difusa da pele.
As lesões sã o fechadas e podem ulcerar apenas por
efeito mec â nico (e n ão imunológico ). Pode haver
lesã o mucosa apenas por contiguidade de lesõ es
na face (Imagem 8),

Imagem S. Forma cut ãnea anèrgka difusa.

Fonte; Dispon í vel em hitp: / / www . atlasdermatolngico .


.
\
"A&
com.h r / d ise a se. j sf ?d iiease Id 2 27
"
Existe uma grande variedade de apresenta çõ es clí ni-
cas: ulcerosa (95%), verrucosa, infiltrativas, nodular,
tuberosa, impetigoide, ectimatoide, lupo í de etc .
H
Fonte; Bolognia .
J Jori220 ] LP Schaffer JV. Dermatolcigy ,
3. ed . Philâdelphiia: tlsevier Saundors, 2015.

I 3.2, FORMA MUCOSA E CUTÂNEO-MUCOSA

Ocorre quando a resposta imunológica segue a linha


3.4 . FORMA CUTÃNEA N Ã O ULCERADA OU
Th1.0 parasita da pele pode disseminarvia linfo- he-
matogê nica at é as mucosas, acometendo, em ordem
ATÍPICA
decrescente: nariz , palato duro , faringe e laringe.
Ocorre ulceraçã o da mucosa , podendo destruir a Causada pela L , infantum chagasi , agente da leishma-
cartilagem subjacente ("nariz de anta”) (Imagem 7). Na niose visceral. Mais comum em crian ças . É a forma
forma mucosa exclusiva , a disseminação é muito lenta mais benigna , por ém chama a aten ção da sa úde
(cerca de cinco anos) e a les ã o inicial geralmente já ci - p ública por indicar á rea end é mica para as formas
catrizou quando ocorre o acometimento das mucosas. viscerais. Caracteriza- se por pà pula ou nódulo eri-
tematoso, circundado por halo despigmentado, em
Imagem 7. Forma mucosa e cut â neo - mucosa. pequeno número (1-3), nas ãreas expostas do corpo.

.
4 DIAGNOSTICO

Provas diretas:
O Parasitológico direto e cultura: exsudato da borda
da úlcera -» visualiza çã o das formas parasitarias
( rever Imagens 3 e 4). A cultura demora cerca de
trê s semanas.
O Bi ópsia: visualização das formas amastigotas no
interior de macrófagos inativos (formas anérgi-
cas Th2 ) (Imagem 9) ou infiltrado de linfócitos e
Fonte: Bolognia IJor õro JL, Schaffer JV. Dermatology. granuloma (forma hiper é rgica Th1),
3- ed . Ph íladelphia: Elsevier Saund &rs, 2015.

144
linktr.ee/kiwifz
r Leishmaniose tegumentar americana RESID Ê NCIA MÉ DICA
n ca Ci

í
Imagem 9, Formas amastigotas ino
interior de macr ó fagos inativos. 5.1. ANTIMONIAL PENTAVALENTE
(GLUCANTIME )

Primeira escolha !
Dose: 10 a 20 mg / kg / dia IV ou IM dois ciclos de 20
dias com pausa de sete dias entre eles. Quando
* h ã tes ão mucosa e na forma an é rgica difusa , sã o

9 4 -' ' •
f
. --
r
i
necessários mais ciclos. Os efeitos colaterais s ão
reversí veis ap ó s tr ês a cinco dias 6a suspens ã o da
medica çã o O mais importante é a cardiotoxicidade

wm
e os mais comuns s ã o artralgia , mialgia , inapet ência
i e plenitude gá strica, cefaleia e tontura. Contraindo
cado em gestantes.

v2v
ífr v* , *
,

Fonte: BoLognio |p Jorizzo JL. Sçhaffer JV. D& rnnatology.


3. ed. Philadelphia : Elsevier Saunders, 2015.
I 5.2 . PENTAMIDINA a
a
P

Segunda escolhal E
d
Efeitos colaterais: HIPOGLICEMIAe DIABETES MELUTUS
Provas indiretas: (com dose cumulativa > 3 g ), hipotensã o, n á useas e
O Reaçã o de Montenegro: avalia a hipersensibilidade
vó mitos, cefaleia , mialgia etc , Contraind í cada em
gestantes.
.
celular tardia (resposta Thl) Feita com concentrado
de promastigotas mortas e aplicada no antebraço
- leitura com 48 a 72 horas: positiva se > 5 mm.
Nã o significa doenç a ativa, permanecendo positiva
i 5.3. À NFOTERICIN Â B

em pacientes f ã curados. Falsos negativos: fase Primeira escolha em gestantes!


inicial (at é 32 semana) e forma an érgica difusa .
Efeitos colaterais: nefrot óxica, cardiotó xica, trombo-
O SoroSogia: anticorpos IgG e IgM n ã o tem papel citopenia, febre, calafrio, convuls õ es, anorexia etc.
protetor da doenç a, A formulação lipossomal apresenta menos efeitos
colaterais .
O PCR: técnica muito sensí vel, por é m pode estar de -
monstrando apenas fragmentos de DNA de para -
.
sites n ão mais viáveis Cuidado na interpretação*
REFERENCIAS

.
1. J únior WB, Chiacdiio ND Criado PR . Tratado de Dermatologia ,
5. TRATAMENTO a. ed. Rio de Janeiro: Alheneu, 2018,
2 . Bolognia J, Jorizro JL , Schaffer JV, pçrmatology, 3, ed , Phila-
d elp h i a : EI sev i e r 5a un de rs, 2015.
Há raros relatos de cura espontânea O crit é rio de 3. Cesta ri 5. Dermatologia pediá trica. Editora dos editores, 2018.
cura é essencialmente clínico. 4. Phillip H. Dermatopatologia. Sauriders ELselvier, 2012.

145
linktr.ee/kiwifz
© Leish vnaniose l&gmmentar americana Dermatologia | Capitulo 5

QUESTÕES COMENTADAS

Quest ã o 1 e prosseguir investiga ção com mielocultura e


pesquisa de ovos de Schistosoma atravé s de
(PUC / SOROCABA - iOia) A droga indicada para o trata -
bi ó psia retal .
mento da Leishmaniose visceral é :
Febre tifoide deve faier parte do diagn óstico
D fluconazoi diferenciai desse caso, e o exame padr à o -ouro
para seu diagnó stico é a rea çã o de Widair que,
albendazol
sendo positiva , autoriza o inicio do tratamento
EI anfotericina com ctgranfenicol.
d penicilina H Hemograma com pancitopenia pode ser observa-
do na leishmaniose visceral ou leucemia l í nfoide
DIFICULDADE: aguda , e o mielograma é capaz de diferenciar as
duas doenças,
Resolu ção- Nos dias atuais, a droga de escolha para
Os testes r á pidos imunocromalogr áficos pes -
tratamento da forma visceral da leishmaniose (ca =
quisam anticorpos contra Leishmania, e seus
lazar ) é a ANFOTERICINA. O arttimonial pentavalente tí tulos negat í vam ao t é rmino de um tratamento
(Glucantime) tamb é m pode ser utilizado , e é urna
bem- sucedido ,
droga mais ibarataP por ém com uma série de toxici-
dades. A forma lipossomal da anfotericina tem me - 11 No Brasil, o fà rmaco de primeira OSColha para o
nos efeitos indesej á veis e toxicidade; no entanto, è tratamento da Leishmaniose visceral é o antimo -
mais cara, ent ão a forma mais uti Ilí ada acaba sendo niato de N- meti í glucaminaj exceto em algumas
o desoxicolato, situa çõ es nas quais se recomenda a anfotericina
B Lipossomal, como em pacientes infectados peio
"
V RESPOSTA: H HIVr portadores de insuficiê ncia renal e menores
de dois anos.

Quest ão 2

(SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚ DE DO ESTADO DE PERNAMBUCO -


PIOCULIJADE:

Resoluçã o: Questão em que temos um paciente de 8
2C1S) Maria da Concei çã o, 8 anos , natural e procedente
anos com FE8RE + PERDA PQDERAL + HEPAT0E5PLE-
da Zona da Mata de Pernambuco, relata febre , aste-
NOMEGAUA , h ã 3 semanas. Alé m disso, a questã o
nia , perda de peso e aumento de volume abdominal
fala que o paciente é procedente da Zona da Mata
h ã 3 semanas. Vem apresentando diarreia e v ó mitos de Pernambuco, e que está com prov á vel anemia.
intermitentes hã 10 dias , Ao exame, observa- se pali-
Todos esses dados talam a favor da LEISHMANIOSE
dez (2+ / 4+ ) e fí gado a A cm do rebordo costai direito VISCERAL . O erro na alternativa E é que a Arifoleri -
e baço a 6 cm do rebordo costai esquerdo. Sobre
cina B li possomai é indicada em menores de i ANO.
isso, assinale a alternativa CORRETA . Num paciente com Pancitopenia * Esplenomegalra ,
Se houver epidemiologia positiva para esquistos-
sem dúvidas a LLA é um diagn óstico diferenciai im -
portante .
somose e eosinohlia no hemograma , deve - se pen-
sar em enterobacteriose septicêmica prolongada RESPOSTA: Q
146
linktr.ee/kiwifz

m
Leishmaniose tegumentar americana
o 5- A
ò MÉ- fllGA
RESIOÍNGt
=

Quest ã o 3 DIFICULDADE:

(SELEÇÃ O UNIFICADA PARA RESIDÊ NCIA MÉ DICA DO ESTADO DO Resolução: Devemos atentar para as op ções terapêu-
-
CEAR Á 2018) Crian ç a de 4 anos é referida ao ambula - ticas para a leishmaniose visceral e perceber que
droga de escolha não necessariamente é a melhor
t ó rio de Pediatria por apresentar quadra de febre
intermitente e emagrecimento. Durante o exame op ção terapêutica dispon í vel, por envolver uma
fí sico, o m édico constata hepatoesplenomegalia, combinaçã o de aspectos, como custo - efetividade,
com predomí nio do baç o, O hemograma. do pacien - efeitos adversos, toxicidades, entre outros!! A d ro -
.
te exibiu pancitopenia Qual das op ç oes apresenta ga de escolha hoje, segundo a recomendaçã o do
o diagn ó stico mais plausível para esse paciente? Ministério da Sa úde, é o Antimomal pentavalente
(Glucantime). Apesar de diversas toxicidades e con -
Anemia falciforme. traindica çòes, é a primeira op çã o, valendo a pena
ser tentada, ainda que a anfotericina B lipossomal
0 Leishmaniose visceral, seja uma op ção ideal, poré m mais cara,
Q Mononucleose í nfecciosa, RESPOSTA: Q
0 Lú pus eritematosG sist é mico. O
Quest ã o 5
DIFICULDADE :
• (HOSPITAL UNIVERSIT Á RIO CASSIANO ANTÔ NIO DE MQRAES / ES -
E
m
O
20TS) Sobre a leishmaniose tegumentar americarta,
Resolução: A leishmaniose visceral cursa com inva-
assinale a alternativa correta.
s ão do Sistema Retí culo Endotelial, ocupa a Medula
Ó ssea e o Sistema Retí culo - endotelial com Metro - Um dos principais diagn ó sticos diferenciais é a
penia, Plaquetopení a, Anemia e Espienomegalia . esporotricose.
H á Ativação da imunidade humoral (Th 2) e ocorre
laboratorial em área end émica é
Q diagn ó stico
Hipergamaglobulinemia com inversã o do gradiente
confirmado pela intradermorreaçã o de Monte -
albumina / globulinas, negro.
RESPOSTA: 0 0 A taxa de resposta aos antimoniaiis pentavelen -
tes é baixa.
0 Q crit ério de cura é a ausê ncia de lesã o cut ã nea
Quest ã o 4 ap ó s 30 dias do t é rmino do tratamento.

(UNIVERSIDADE 00 ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - 2018} A DIFICULDADE: #


leishmaniose tegumentar americana é doen ç a In -
fecciosa da pele e mucosa, cujo agente etiolõgico Resolução:Esporotricose: micose subcut â nea que surge
é um protozo á rio do gê nero Leishmania. Seu trata - pela infec çã o do fungo de gê nero Sporotfirix. Entra
mento è um desafio porque as drogas disponí veis no organismo por meio de ferida da pele. Acidentes
apresentam elevada toxicidade, e nenhuma delas é com lascas, espinhos, arranhaduras e mordedura
bastante eficaz, A recidiva, a falha terapêutica em de animais doentes. A forma clínica mais comum é
pacientes imunodeprimidos e a resist ência ao tra - a linfo cut ã nea (nódulos seguindo trajeto do sistema
tamento sao fatores que motivam a busca de uma linf á tico da regi ã o acometida) .
.
droga ideal Qual é a droga de escolha atualmente
^ RESPOSTA:
para o tratamento das leishmanioses?

Antim ônio (Glucantime), Quest ão 6

0 Petamidina. (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MULLER /MT - 2018) Paciente

0 Anfotericina B convencional,
. .
L M M,, 50 anos, sexo masculino, advogado, mora em
V á rzea Grande - MT, apresenta h á dois meses febre
0 Anfotericina B liposomal diária, astenia, emagrecimento, hiporexia e aumento

147
linktr.ee/kiwifz
® Leishmaniose tegumentar americana

do volume abdominal. Nega viagem nos últimos três


anos. Ao exame fí sico, evidenciada palidez cutâ nea
e esplenomegalia importante . Qual é a conduta pro -
ped ê utica e o diagn óstico mais prová vel?
Leucocitose.
B Plaquetose .
Dermatologia | Capí tulo 5

13 Hipogamaglobulinemia .
-
0 Velocidade de hemossedimenta çã o elevada.
Gota espessa; Malá ria.
Aspirado de medula ó ssea ; Calazar.
f DIFICULDADE: #
H Raio x de t ó rax ; Tuberculose pulmonar
® Dica do autor Os exames complementares na LV
Ultrassonografia de abdome; Abscesso hepá tico.
evidenciam anemia , trombocitopenia , leucopenia
com predominâ ncia acentuada de células lí nfomo -
DIFICULDADE:
nocitár ías e inversão da relação albumina /globulina.
As altera çõ es bioquí micas podem estar presentes e
' Dica do autor Paciente com ESPLENOMEGALIA FE
*BRILj incluem elevação dos ní veis das aminotransferases
quadro arrastado, de 2 meses, procedente do
{duas a tr ês vezes os valores normais), das bí lirrubinas
estado do MT, com palidez cutânca (consequ ê ncia de
uma extremamente prov á vel anemia ). Qual a nossa
e aumento discreto dos n í veis de ureia e creatinina.
suspeita diagnóstica?? Calazar!! Alternativa A: INCORRETA. Na LV hã pancitopenia.
Alternativa A: INCORRETA. A malá ria se apresenta como Alternativa B; INCORRETA. Idcm.
um quadro febril mais agudo, com febre geralmente Alternativa C: INCORRETA. Idem.
nao diá ria , sendo incomum fora de á rea endé mica
( Amaz ô nia), ainda mais num paciente sem viagens Alternativa D: INCORRETA. Na LV observamos hiperga -
recentes!
maglobulinemia.

Alternativa B: CORRETA. Q melhor exame é o aspirado Alternativa E: CORRETA. S ã o altera çõ es laboratoriais


de medula ó ssea , que, embora não seja t ão sensí- inespecificas, por ém muito comuns na LV: VHS alta
vel quanto a pun çã o esplé nica , n ão oferece tantos e hipergamaglobulinemia .
riscos, mas preserva uma ótima acur àc í al! RESPOSTA: Q
AlternativaC: INCORRETA. Tuberculose pode causar es-
plenomegalia febril, por é m PULMONAR não!! TB
pulmonar = febre sintomas respirat ó rios (tosse, Quest ã o 8
expectora çã o e hemoptise). (FACULDADE DE CI Ê NCIAS MÉDICAS DA UNICAMP / SP - 2017) Ho-
Alternativa D: INCORRETA, Abcesso HEPÁTICO geralmente mem, 32a , trabalhador da á rea de minera ção, proce-
é causa de HEPATOMEGALIA , e nã o esplenomegalia , dente de Saniar é m (PA ). Procura a unidade b á sica de
além de causar febre e dor em hipocô ndrio direito, saúde com queixa de fraqueza progressiva e perda
com sintomas í nespecificos, de 10 kg há A meses. H á 2 meses vem apresentando
episódios frequentes de febre de 38 DC à noite, que
RE5 POSTA: 13 cede com o uso de medicaçã o . Exame f í sico: regular
estado geral, emagrecido; PA = 100 x 70 mmHg; FC
Quest ão 7 = 108 bpm. Abdome: dor ã palpa çã o profunda com
ba ço palp á vel na cicatriz umbilical. Hemograma: Hb =
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU Í - 2018) Todo indiví duo
proveniente de á rea com ocorr ê ncia de transmissão
de leishmaniose visceral e que apresente febre e es-
plenomegalia é considerado como um caso suspeito
dessa doenç a. Algumas alteraçõ es em exames labo-
7, 3 g / dl; leucó citos = 1, 900 /mmJ (metamielócitos 2 %,
mielócitos A 96 , bastonetes 8 %, segmentados 61% ,
linf ócitos 24% , mon õ citos 1%); plaquetas = 33.000/
mm1, A hip ótese diagnóstica é:
-
fc

ratoriais complementares reforçam a possibilidade Leucemia mieloide cró nica em fase acelerada .
de leishmaniose visceral como diagnóstico. É alte- Lúpus eritematoso sistémico.
ra çã o comum na forma sintomá tica dessa doenç a:
Q Leishmaniose visceral.
Hemoconcentraçào. EI Mielofibrose prim á ria .

148
linktr.ee/kiwifz
Leishmaniose te gu menta r americana RESIDÊNCIA MÉDICA
h n n at a

DIFICULDADE: # de Montenegro ( tORM) negativa, quando consi -


derado quadro agudo da doen ça,
Resolução:Quadro de homem procedente do PARA, com 0 O aspirado de medula óssea e do baç o geralmen-
Perda ponderai * Febre * Esplenomegalia + Pancito - te mostra presen ç a deformas promastigotas do
penia = Quadro bastante sugestivo de LEISHMANIOSE parasita.
VISCERAL. Por que nã o Leucemia Mieloide Cr ó nica?
Essa cursaria com LEUCOCITOSE im portante, A mí e-
A droga de escolha para o tratamento è a N - me -
Lofibrose tamb ém poderia causar Esplenomegalia
- -
til glucamma, na dose de 20 mg/ kg / dia, por apro
ximadamente 60 dias.
+ Pancitopenia, imas cursa com uma. tr í ade clá ssi - El A anfotericina B e as respectivas formas lipos-
ca: Leucoeritroblastose + Hem ácias em lagrima +
Bi ó psia de medula com fibrose e á reas esparsas de somais podem ser utilizadas como tratamento
hiperplasia. alternativo e devem ser administradas, alterna-
damente, por &o dias.
* RESPOSTA: H DIFICULDADE;

Quest ã o 9 Alternativa A: INCORRETA. 0 teste de Montenegro ( hi -


persensibilidade tardia) teim alta positivida. de nos e
(HOÍ PITAL PA $ FOR Ç AÍ AR MAPASJDF - 2016) Menino de dois indiví duos com infecçãoasãintomálita e nas formas
£
anos de idade, residente em á rea rural na Sabia, e cutãnea e cutaneomucosa da leishmaniose. Por ém,
levado ao pronto - atendimento com queixa defebre naqueles com a forma clá ssica do Calazar* o exame D

h á duas semanas, palidez, hí poatividade e aumento geralmente é negativo, devido à imunodepress ã o


de volume abdominal. Ao exame inicial, apresenta se - associada à doenç a,
com palidez cutâ neomucosa, hepaloesplenomegalia, ALTERNATIVA B: CORRETA,
linfadenopatia cervical e aspecto emagrecido. Mos Alternativa C:INCORRETA. Q diagn ó stico parasitológico
exames laboratoriais, foram observados: anemia; leu -
através dlo aspirado de medula ó ssea ou baç o mos-
copenia com predomínio de c é lulasUnfomonocit á rias;
tra as formas amastigotas (formas que circulam no
trombocitopenia; VHS: 100 mm /1 hora e inversão da
sangue).
.
relaçã o albumina / globulina Quanto ao diagn ó stico
Alternativa D: INCORRETA. 0 tratamento é de pelo me -
e ao tratamento de leishmaniose sist é mica (Calazar),
assinale a alternativa CORRETA : nos 20 dias.
Alternativa E: INCORRETA. Sendo utilizada a anfotericina
A intradermorrea ção de Montenegro è sempre B lipossomal, a dura çã o do tratamento é 7 dias. No
positiva durante o perí odo de estado da doen ç a. caso de ser a desoxicolato d! e anfotericina B con -
Qs exames sorológicos Imunofluoresc è ncia In - vencional, o tratamento é de 14 -20 dias. N ã o existe
direta (IFI) e Ensaio imunoenzimático (ELISA ) s ã o necessidade de usá - las alternadamente.
invariavelmente reativos e a Intradermorrea ção ^ RESPOSTA: Hl

149
linktr.ee/kiwifz
(T) Fixe seus conhecimentos!

FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOGRAMÀS

Use esse espa ç o para construir fluxogramas e fixar seu conhecimento!


á g cb
6 tb

FIXE SEU CONHECIMENTO COM MAPAS MENTAIS

Use esse espa ç o para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento!

150

linktr.ee/kiwifz
Cap ítulo
DERMATOVIROSES
6

onde fica em estado de latè ncia (com o genoma


1. INTRODUÇÃO Incorporado ao genoma celular ).
Geralmente, a primoinfet çào é mais exuberante
Os ví rus sã o organismos acelulares, que depen - e a reativa çã o ê mais branda , devido à mem ó ria
dem de uma c é lula hospedeira para replicação, As imunolò gica .
dermatoviroses sã o imfec ções virais cujo principal
sí tio de acometimento é a pele. Podem ocorrer em
A recorr ência pode ser desencadeada por
qualquer idade, sendo muito comuns na infância e
estresse, radiação L/ V, febre, trauma ioeoí, JVAS,
adolescência. As doen ç as exantemá ticas ser ão vistas íD
ímunossupressão ou ocorrer espontaneamente , CP
em outro capitulo.. O
p
ro
E

2. HERPES VIRUS HUMANO


CJ

I 2J.1. HSV-1 O

Tende a acometer mais a face e tronco,


S ào vírus de DNA e existem 8 tipos que infectam o O Gengivoestomatite ( primoinfec çá o): mais comum
ser humano. em crianças, Caracterizado por pr ó dromos de febre,
O Herpes simplex 1: herpes labial; mialgia eadenopatia cervical, podendo acometer
O Herpes simplex 2: herpes genital; até o palato e faringe (diagnóstico diferencial com
herpangina - Cocksackie A ). Ê autolimitada e dura
O Varicela zoster: varicela e herpes zoster;
cerca de duas semanas. (Imagem 1)
-
O V í rus de Epstein Barr ( EBV): mononucleose + neo -
plasias (linfoproliferativas);
O Citomegalovirus (CMV): mononucleose like + sí ndro -
Imagem 1. Gengivoestomatile .
me de inclusão citomegálica rios rec ém - nascidos;
O Herpes vírus humano- 6 ÍHHV- 6); exantema subí to
+ pitirí ase r ósea de Gí lbert;
O Herpes ví rus humano - 7 ( HHV -7): pitirí ase r ó sea
de Gí lbert;
O Herpes virus humano -8 (HHV-8): sarcoma de Kapos í
+ doenç a de Castleman.

i 2.1. HERPE
Í S SIMPLEX 1 E 2

A transmissão ocorre por contato pessoal (por fomi -


tes ou aerossol é difícil) atravé s de les õ es ativas ou
secre çõ es muoocut â neas. O virus penetra a pele, Fonte; Balognia j, Jorizzo JL, Schaffer JV. permatoipgy,
multiplica - se e atinge as termina ções nervosas, 3. ed. Pnilaclelphia : Etsevier Saunders, 2015.
migrando pelos axõ nios até os gâ nglios nervosos .
151
linktr.ee/kiwifz
(?) Der mato viroses

O Herpes orolabial (reativa çã o): mais comum em


adultos, Caracterizada por pr ó dromos (24 h) de
Dermatologia | Capitulo 6

O Herpes neonatal: quando a mãe apresenta her-


pes genital ativa e contamina o rec é m - nascido
-
**
dor em queima ção ou ard ê ncia e surgimento de no parto. Os locais mais acometidos sã o o couro
vesículas agrupadas em base eritematosa em pe - cabeludo, face e ná degas. É contraindí caçâ o para
quena ãrea orolabial unilateral. N ão h á sinais e .
parto normal Mortalidade de 50% na ausência
sintomas sistémicos. É autolimitada e dura cerca de tratamento .
de cinco dias (Imagem 2) . O Herpes congénito: transmissã o transplacent á ria
da mã e para o feto, podendo causar defeitos con-
Imagem 2. Herpes orolabial. gé nitos e abortamentos .
I 2.1.3. FORMAS ESPECIAIS

a) Panar ício íierpético (HSV 1 ou 2): acometimento dos


dedos da mão (autoinocula çã o ou contato direto
com lesão ou secreção). Profissionais da sa úde
e lactentes (por chupar os dedos) slo grupo de
risco. (Imagem 4)
OHH
Imagem 4 . Panarí cio.

I 2.1.2. HSV- 2

Tende a acometer mais a região genital e ocorre por


transmissão sexual ( DST).
O Nos homens, acomete glande, prep ú cio e dorso
.
do pênis Nas mulheres , grandes e pequenos lá -
bios, clitó ris, uretra e colo uterino. Pode causar
cervidte, cistite e uretrite, bem como disúria, cor -
rimento hialino e reten ção urinaria (Imagem 3).

Imagem 3, infecçã o por HSV- 2 em homens e mulheres.

Fonte: Bolognia Jp Jorizzo JL . Schaffer JV. Dermatology.


3. ed . Phtladelphia : Elsevier Saunders, 2015 .

b) Erupçã o variceliforme de Kaposi (eczema her-


pético): em pacientes com dermatite at ó pica, o
herpes simples se dissemina em lesões cut ã neas
preexistentes, com lesòes ulceradas e crostosas
(Imagem 5).
Fonte: BoLognia J, jorizzo |L , Schaffer JV . Dermatology.
3. ed. Philadelphia : Elsevier Saunders, 2015,

152
linktr.ee/kiwifz
Dermatoviroses
m RESID ÊNCIA MEOJGA
1 D II fl »

imagem 5. Erup çã o varicetiforme de Kapos í ,


i 2.1.4 . DIAGNÓSTICO CLÍNICO

O Citológico de Tzanck: raspado de assoalho de ve -


sí culas apresentando c élulas epí teliais gigantes
multinucleadas (Imagem 7) .
.
Imagem 7 Citológico de Tzanck

Fonte: Bolognia J , Jorizzo Jl, SchafferlV. Dç rmatology .



3 . ed . Philatlelpfií a: Elsevier Saunders, 2015. f ", •TO
I cn
í;-.:v
* * O

*
4

Vi *'
V
v; r>t tf •# O
t ) Meningite ass éptica: ocorre em 1% a 2% das pri- rg

.
-
m * * E
moinfecções.
K
v -> , w
f • ' k
O
Fonte: Sologn í a I , jorizzo JLr Schatfer JV. Dermrttology.
d) Ceratoconjuntivite herp ética: primoinfec çã o nos 3 . ed . PhiladelpPiia: Elsevier Saunders, 2015.
.
olhos Opacidade e lesão de córnea, associada a
edema palpebral e vesí culas. Pode levar á cegueira.
O Sorologia: igM n ão diferencia í nfec çã o aguda de
reativação / igG seriado com aumento de 4x =
Pode haver rea ção de hipersensibilidade ap ós sete
infec çà o aguda.
a 10 dias do quadro, chamada de eritema polimorfo
(também causada por fãrmacos), caracterizada por O Biópsia: vesícula intraepidérmica, degeneração
lesõ es er item a tosas em alvo. Asíndrome deStevens balonizante, queratinócitos com cromatina peri -
Johnson é a forma mais grave, com forma çã o de fé rica, c élulas gigantes multinucleadas, inclusões
bolhas e acometimento de mucosas (ver capí tulo eosinof ílicas.
defarmacodermias). O Outros: imunofluoresc ê ncia direta ( pesquisa de
antígenos), PCR (pesquisa de DNA), cultura virai .
Nos imunossuprimidos, pode apresemar se como
herpes recalcitrante: forma verrucosa ou ulcerativa,
-
de mais difícil tratamento (Imagem 6). Tratamento: objetiva reduzir duração dos sintomas,
tempo de eliminaçã o vira! (transmissã o), recorr ência
e letalidade nos imunossuprimidos, O recomendado
Imagem 6, Herpes recalcitrante . é iniciar nas primeiras 48 horas do quadro.
O T ópicos: n ão há evid ê ncia cientifica. Nlo atingem
os sítios de replicaçã o virai além da lesã o visí vel.
O Sist émicos; aciclovir 200 mg de 4 (4h (5 x / dia nã o
faz a doso da madrugada) por 10 dias na primoin-
fec çã o e cinco dias na reinfec ção.
O Supressã o cr ónica se houver seis ou mais episó-
dios por ano: aciclovir VO 400 mg 2x / dia portem -
po variado (4 -12 meses). O efeito supressivo surge
Fonte: Bolognia J Jorizzo JL, Sç haffç r JV. Deritiatology. após cinco dias de uso da medica ção.
*
3. ed . PhiladpIpJi í a : Elsevior Saunders. 2015.

153
linktr.ee/kiwifz i
© Oermalwiroses
Dermatologia | Capitula 6
w
palpebral ou conjuntival. Um sinal indicativo é a
3. VARICELA- ZOSTER ( VZV )
presença de vesí culas na ponta do nariz.
O Sindrome de Ramsay Hunt: acometimento
do ra -
O VZV possui neurotropismo e pode ficar mo geniculado com lesões unilaterais no
latente em ouvido
qualquer gâ nglí o da medula espinhal ou pares crania externo e língua / palato duro + paralisia facial pe -
-
nos. Quando reativa, desce pelos nervos perif éricos rifé rica (dificuldade para fechar o olho unilateral,
para causar lesã o na pele, tendendo a respeitar assov í ar, encher a boca de ar, enrugar a fronte) +
o
dermatomo (nã o ultrapassa a linha média). sintomas vestibulococleares (vertigem, zumbido
e hipoacusia) (Imagem 9).

I 3.1. VARICELA

Imagem 9. Sindrome de Ramsay Hunt.


Primoinfec çao por VZV, acometendo principaimente
crianças de at é 10 anos. Será estudada no capitulo
de doenças exantemá ticas.

I 3.2 * HERPES ZOSTER

É a reativaçã o, ocorrendo principalmente em idosos


acima de 60 anos.

feitores desencodeantes: estresse, trauma,


variação de temperatura, febre, ímunossuprassõ o
etc.

Fonte: Yu- 1 mg L , Po - Yu S. American


Clínica: pr ódromo de dor em queimaçao, febre, vesí- Family Physicí an 2013;88(ll).
culas agrupadas em base eritematosa , dolorosas,
seguindo o trajeto de dermatomo unilateral e crostas
. A principal complicação é nevralgia pô s
Dura em torno de duas a quatro semanas (Imagem 8).
herp ética ( dor que dura mate de trê s meses após
resolu ção do quadro ), que ocorre em 30 % dos
Imagem 8. Herpes 20ster.
casos.

Diagnóstico: clínico, citopatológico de Tzanck (células


gigantes multí nucleadas iguais ao HSV), PCR, imu -
nofluoresc ê ncia direta etc.
Tratamento; recomendado nas primeiras 72 horas.
Aciclovir via oraL BOO mg 4 / Ah (5x fdia - poupa dose da
madrugada) por 10 dias. Reduz duraç ao e gravidade
dos sintomas, sem evid ência sobre preven ção da
nevralgia p ós- herp é tica . O tratamento da neural -
gí a pó s - herpética inclui amitriptilina , ventafaxina
Fonte: Solognia J, loruzo IL, Schaffer )V. Dermatolo gabapentina , carbamazepina, op í o í des ou creme
.
gy.
.
3 ed. Philadolphi^a: Elsevier SaundKrs, 2015. de capsaicina . Botox tamb ém tem bons resultad
os.
Vacina: VZV vivo atenuado, portanto, é contraindicada
O Herpeszoster oftálmico (ramo oftá lmico do trigê
- em gestantes e irnunossupríitnidos , É recomendada
meo) - pode causar amaurose. Vesículas e edema para Imunocompetentes > 60 anos, sem infec
ç ao

linktr.ee/kiwifz
D erma to vi roses RESIDÊNCIA MÉDICA
H h n

aguda. Tende a perder efic á cia ao longo de 10 anos Imagem 11. Verruga plantar .
( 50 % 21%) .

4. PAPIL0MAVIRU5 HUMANO

V í rus de DNA , rnais de 100 tipos exclusivos do ser


humano, A transmiss ã o ocorre por contato direto
interpessoal ( incluindo relaçõ es sexuais) e auto í -
noculaçà o ou indireto atravé s de superf ícies con -
taminadas ( piscina, banheiros). O vírus é altamente
transmissí vel e o preservativo nã o previne a trans-
missão via sexual . Fonte: Goldman -Cecil Medicine .
Esses ví rus infectam a camada basal da epiderme e
levam ao aumento do turnover celular, com prolifera - O Verruga filiforme: semelhante a uma espicula. ra
m
ções epid é rmicas que podem ser cancerosas ou nã o. Predomina na face e pesco ç o (Imagem 12).
E

I 4.1. VERRUGAS NA PELE Imagem 12 . Verruga filiforme . o

Mais comum em adolescentes (10%),


O Verruga vulgar (70%); HPV 1, 2. Pã pula / placa hiper-
querat ó sica com capilares centrais, (Imagem 10),
Predomina em á reas de trauma (dorso das mã os,
dedos - periungueal pé s, cotovelos e joelhos).
*
O Verruga plantar (25%);: HPV i, 2, P ã pulas espes-
sas com halo hiperqueraf ó sí co e centro deprimi-
do com capilares trombosados Colho de peixer ').
Podem ser dolorosas e dificultar a deambulaçã o
(Imagem 11) .
Imagem 10 . Verruga vulgar . Fante: Ralggnia J , fornia ] L, Sohâ ffer JV. DerrndtnLggy.
3. ed. PhiLadelphia: Elsevier Saunders, 2015.

Epidermiodiisplasia verrucí forme (Lutz -Lewandowski):


doen ç a genética rara que se manifesta na inf â ncia e
adolesc ê ncia com erupçã o verrucosa disseminada,
queratose aetí nica e evoluçã o para CEC ( 50%' dos
casos).

-
Fonte Bolognia Jr jori2.zo jLp Schaffer jV. Dormatology,
.
3 ed. Philadelphia; Elsevier Saunders, 2015. i 4.2. VERRUGAS NAS MUCOSAS

O Verruigas orais: p ã pulas r ó seas vegetantes que


O Verruga plana ( 5 %): Pã pulas planas, normocr ò- podem ocorrer por autoinocula ção (h á bito de
micasr numerosas e predominando na face, no sucçã o dos dedos ou onicofagia - HPV 1 e 2) ou
dorso das mã os e pé s (Imagem 11), por transmissã o sexual (HPV 6 e 11),

155
linktr.ee/kiwifz
(7) Dermatoviroses Dermatologia I Capítulo ò

O Condiloma acuminado (verruga genital): é a DST O Eritroplasia de Queyrat: CEC in situ causada pelos
mais comum (80% das pessoas sexualmente ativas), HPV oncogênicos (16 e 18). Placa eritematosa de
causada pelo HPV 6 e 11 (baixo risco oncogê nico). aspecto aveludado no p ê nis ou vulva. Diagn óstico
Clinicamente, caracteriza - se porlesões exof í ticas clí nico (Imagem 15),
verrucosas na região balanoprepuç ial, vulva, vagina,
colo uterino, ânus e r &gíão perianal (Imagem 13).
Imagem 15. Eritroplasia de Queyrat.

Imagem 13, Condiloma acuminado.

Forte: Bolognia J , Jorizzo JL, Stliaffer JV , Oermatology .


3 . ed. Philadelphia: ElsevierSaunders, 2015.

O Condiloma gigante de Buschke - Lowenstein: HPV


6 e 11, atinge grandes dimensões (“couve flor "), -

podendo obstrui r a vulva ou o â nus , Formam- se


abscessos com fistullzação e drenagem de secre- Fonte: BoLognia I, Jorfzzo JL, Schaffer JV. Dermatology.
çã o de odor p útrido. 3, ed, Philadelphia : Etsevier Saunders, 2015,

O Papulosebowenoide: dermatose pr é- maligna /CEC


in situ causada pelos HPV oncogênico (16 e 18). Anatomopatológico pode ser feito nos casos duvido-
Transmiss ã o sexual, Caracteriza - se por pá pulas sos: a coilocitose é caracterí stica ( vacuoliza ção dos
acastanhadas no p ê nis , vulva , â nus ou perí neo queratin ócitos). No condiloma acuminado, pode ser
( Imagem IA), rea l i zada aceti cocospia (les ões fic a m esb ra nqu í çada s
ao ácido ac ético 5%);
Imagem 14. Papulose bowenoide. Tratamento: at é 90% das verrugas desaparecem
espontaneamente em dois anos.
O Agentes químicos: ácido tricloroat ético (ATA ), áci-
do salicí lico e outros . Na verruga plantar, ê reco-
mendada raspagem + á cido nítrico fumegante,
O Agentes f í sicos: curetagem manual, crioterapia,
eletrocoagula ção, ex érese convencional, laser etc .
O Agentesantiproliferativos : podofilotoxina, 5-Fluo-
racil creme , retinoides tó picos ou sistémicos etc,
O Agentes imunoestimuladores (estimulam a res-
posta imune contra as células infectadas): imi-
quimode creme 5% , difenciprone etc.

Fonte: Bclognia J, JorinoJl, Schaffer JV. DerniatoLogy. Preven çã o: vacinas bivatente (HPV 16 e 18) e tetra -
3. ed. Philadelphia: Elscvier Saunderí 20 ) 5
j . valente ( HPV 6, 11, 16 , 18).

156 tm
linktr.ee/kiwifz
Oerm ato viroses EÉSl &ÊNBlil MÉDICA r 1f .
fr A A A * -

DICA Curetagem (Imagem 17), crioterapia efarmacológicos


N õ SUS, é indk ú d ú pú rú meriirtdS de 9 ú 74 (cimetidina, í miquimode etc.).
nos, meninos de 12 Q O anos e imunoss L/p rímidos
d,e 9 Q 26 anos . imagem 17, Molusco contagioso.

Sao duas doses comi intervalo de seis meses, Imunos -


suprimidos devem usar tr ês doses (0, 2 e 6 meses).
N ã o necessita dose de refor ç o posteriarmeiite, Pro-
te çã o superior a 90%.

5. MOLUSCO CONTAGIOSO

Causado pelo Poxvirus (o maior ví rus de DNA ), É


transmitido pelo contato interpessoal ( inclusive
sexual), fomites ou auto inocu lação e acom ete prim -
íTJ
cr
O
.
cipalmente crian ç as. 2H3
E
Clí nica: p ã pulas r óseas de 1 a 10 mm, umbilicadas
e agrupadas sem base eritematosa (Imagem 16). D
-
i
IL
-
Acomete princ í palmente face, tronco e membros
superiores e pode acometer mucosas. Nos a t ópicos e
imunossuprimí dos, pode apresentar les ões maiores
e mais numierosas.

Imagem 16. Molusco contagioso .

.
Fonte ; Bolognia J JorEzzo JL, Sthaffer } V. Dermatology.
3 . ed. Plhiladelptí ia: Elsevier Saunders, 2D15.

REFERENCIAS
Fonte: B o J, JDíí Zí OJL. SdUaí fe » JV. DermatoilQgy.
3. ed . Phiiadclphia: tlsevier Saunders. 2015 .
1. J únior WBr Chiacchio NDr Criado PR . Tratado de Dermatologia .
. .
3 ed Rio de janeiro: Atlieneu, 201B .
Diagnó stico: essencialmente clí nico;
2. Bolognia ] , jorizzo |L , Bchaffer JV. Dermatology. 3. ed. Phiila-
TTO: tende a desaparecer espontaneamente em at é detphia: Elsevi &r 5 -aunders, 201S.

dois anos . 3. Phillip H. Dermatopatologia, Saunders Elselv í cr, 2012.

157
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Capítu Lo
ONCODERMATOLOGIA
7

do ano e altitude (quanto maior a altitude, maior a


1. INTRODUÇÃO radiaçã o),
A fotoproteçã o atua retardando o envelhecimento
Apele possui diversas funções, como proteçã o contra cut â neo e reduzindo o risco de c â ncer de pele Os .
a radia ção solar atrav é s dos pelos , melan í na e c é lulas protetores solares agem como barreira quí mica e /
de defesa. Por ém, devido ã exposi çã o prolongada .
ou fí sica 0 fator de proteção solar (FPS) é a relação
ao sol, a pele começ a a sofrer danos, levando ao entre a quantidade de radiação solar necessá ria para
envelhecimento e desenvolvimento de les õ es pr ê
- malignas e malignas.
- queimar a pele com protetor /pele sem protetor. O
FPS 30 confere prote ção de 93 ,3% e o FPS 50 confere
cn
prote çã o de 98%+ Tamb ém é preciso lembrar de usar a
Os fototipos de Fitzpatriek (Imagem i) são classifi - o
acessórios, como chap é us, roupas anti - UV e ó culos
cados de acordo com a sensibilidade ao sol. Tipo I:
branca- clara (geralmente ruivos, pele muito sensí vel,
com prote ção, _
E
i
a
Q*
sempre queima e nunca bronzeia), Tipo U : branca Asfotodermatoses predominam em regiões expostas
( geralmente loiros, muito sensí vel, sempre queima e ao sol, como face, pescoç o , parte superior do t órax
pigmenta pouco), Tipo III: morena clara (pele sensí vel, e mãos, Podem surgir com exposi çã o a curto prazo,
queima e bronzeia moderadamente}, Tipo IV: morena como sardas (efélides = manchas acastanhadas que
escura ( pele pouco sensí vel, queima pouco e sempre escurecem no ver ã o) e queimaduras ( primeiro grau
bronzeia ), Tipo V: parda (pele pouquí ssimo sensí vel, - er í tema por vasodilata çã o, totalmente reversí vel,
nunca queima e sempre pigmenta) e Tipo VI: preta -
e segundo grau forma çã o de bolhas). Podem sur-
( pele insensível, nunca queima e sempre pigmenta). gir devido à exposi ção solar a longo prazo, como
melan ose solar ( lentigo = manchas acastanhadas
Imagem 1. permanentes - Imagem 2), elastose solar (c ú tis rom-
boidalis = pele espessa, com dobras grosseiras,
principalmente na nuca - Imagem 3) e leucodermia
gutata solar (sarda branca) - Imagem A,

.
Imagem 2 lentigo .
Tipo II Tipo III Hpo tV Tipo V Tipo VI

A grande respons á vel pelas fotodermatoses e c â n -


ceres de pele è a radiaçã o solar ultravioleta, que
pode ser UVA ou UVB. A UVA (95% dos raios solares)
possui intensidade constante ao longo do dia e do
ano e est á mais relacionada aofotoenvelhec ímento.
A UVB é mais intensa entre 10h e 16 h e é responsável
pelas queimaduras e c â ncer de pele,
índice UV mede o nível de radiaçã o em um determi - Fonte: Fitzpatrick JE, High |Ar Kyle WL. Pigmented
nado local e varia conforme a espessura da camada
de ozô nio (barra UVB), cobertura de nuvens, esta ção
.
Lesions UrgentCare Dermatology: Symptom -
Báseri Dí agnosis. 20lÔ:SO?- 534
i

159
linktr.ee/kiwifz
(> ) Oncodermatologia Dermatologia I Cap í tulo 7
*
i
Imagem 3 . Elastose solar. Ocorre proliferaçã o de queratinócitos aberrantes
i
secundá rios à exposição solar prolongada, logo, em
áreas fotoexpostas. Sã o pequenas placas eritemato- «
sas e descamativas (à s vezes mais palpada - áspera
do que visualizada). No lá bio, é chamada de queilite â
act ínica, sendo mais comum no lá bio inferior, pois
recebe mais radiaçã o. Possui risco de transformaçã o
para CEC de 1%, mas 60% dos CEC são derivados de
queratose actínica.
«
i
Tratamento: t ó pico - á cidos, terapia fotodin àmica,
imiquimode, 5 - fluorouracil, criocirurgia (nitrogénio
liquido), curetagem, laser etc. -
m
m
Fonte: Bilaç C, Jahin MT, Õ ztiirkcan S. Chroniç actinic damage
of facial skin . clinics in Dermatology. 20l4;32(6):752 -762. I 2.2. DOENÇ A DE BOWEN

CEC in 5itu, que evolui para a forma invasiva em 5%


Imagem 4. Leucodermia gutata solar. dos casos . Placa eritematosa bem delimitada com
descama çã o ou crosta na superf í cie (Imagem 6) .
Diagn ó stico diferencial com queratose actínica, tinea
corporis, psoriase etc.
Tratamento igual ã queratose actínica.

imagem 6. Doença de Bowen .

Fonte: Dispon í vel em: hltps:/ / www , der matologia.net .

2. LESÕ ES PR É MALIGNAS

2 . T . QUERATOSE ACTÍNICA (QUERATOSE


SOLAR )

Lesão pr é maligna mais comum (Imagem 5).


Fonte: Bologn í a J , Jorizzo JL, sehaffer jv. Dermatology.
Imagem 5 . Queratose actínica 3. ed. PhiJadelphia ; Elsevier Saunders, 201S.

2.3 . ERITROPLASIA DE QUEYRAT /


PAPULOSE BOWENOIDE

CEC in situ do pé nis,


A primeira afeta a mucosa (glande e uretra ) e a
Fonte: Bolognia J . Jorizzo JL, Sehaffer JV Dermatology.
,
segunda, o corpo. A chance de malignização é de
3. ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2015.

160

linktr.ee/kiwifz
Oneodermatologia
m RESID Ê NCIA MEDICH
1 H . i

-
33%, Caracteriza se por uma placa brilhante erite-
Tiatosa, de superfí cie ‘"aveludada '', de crescimento 3. CARCINOMA BASOCELULAR
lento (Imagem 7), ( CBC)
Fatores de risco: não circuncisão, higiene ruim, HPV
etc .
Tratamento igual à queratose act ínica. • I
È o câncer de pele mais comum (80% ), por ém
è o menos agressivo.
.
Imagem 7 Eritroplasí a de Queyrat .
Deriva das c é lulas pluripotentes da camada basal da
epidermeefoliculos pilosos (dal o nome "basocelu -
lar "), É maisprevalenteem homens aciima de 45 anos.
Fatores de risco: fototipos baixos, exposi çã o solar
na inf â ncia com queimaduras, radia ção ionizante,
imunossupressã o etc.
Clínica: ocorre mais comumente no ter ç o superior n
g*
-
da face (70%) p á lpebra inferior, nariz e atr á s da
O
orelha - e tronco (15%), ro
E
o?
DICA o
Fnntç; Bolqgnia J, Jorizzo JL, Schaffer jv, Oermatology . N ào há est á gio pr é - maligno paro CBC.
3. ed. PhiJadetphra: El 5evierSaundersr 201S,

O maior risco è a invas ão local (com destruição


de órgãos adjacentes), pois raramente apresenta
I 2.4 . CORNO CUTÂ NEO met á stases (0,5%)

Tipos:
.
N ódulo hiperquerat ó sico (ac úmulo de material que-
ratinizado) denso e c ó nico (Imagem 8). Geralmente O N ó dulo ulcerativo (60%): ma í s comum, Aspecto
deriva da queratose actí nica, mas tamb ém de CEC perolado, com teleangectasias arboriformes. Pode
e verruga virai, por isso deve - se realizar bi ó psia. ter uma variante pigmentada (nos fototipos mais
Geralmente a bi ó psia é diagn óstico e tratamento . altos) (Imagem 9).

Imagem 8. Corno cut â neo. Imagem 9, Carcinoma basocelular .

.
Fonte; Dispon í vel em: http:/ / www . ell« tfermatolQgico com .br.
Fonte: Bolognia j , (orí zzo JL, Schaffer JV. Dermatology,
3, ed. Philadelphia: Elsevipr Saunders, 2015.

161
linktr.ee/kiwifz
(V) Oncodermatoiogia Dermatologia | Cap í tulo 7

.
O Superficial: segundo ma is comum Mácula ou pla - marginal e retração peritumoral (espaç o entre tumor
ca eritematosa n ã o infiltrada com microp ã pulas e estroma) (Imagem 12).
translúcidas nas bordas (Imagem 10).
.
Imagem 12 Carcinoma basocelular metatí pico.
Imagem io. Carcinoma basocelular superficial.

Fonte: Rolognia I, lorizzo jL, Schaffpr JV. Dermatology .


.
Xed PhiladGlphia: Elseví er Saunders 2015.

Síndrome do nevo basocelular (Gorlin - Goltz): doenç a


hereditária com mutação do gene PTCH 1, supres-
.
sor de tumor É caracterizada por m últiplos CBC ,
geralmente antes dlos 20 anos. È comum o pit pal-
moplantar (90 %), milia, cistos epid é rmicos (50%) e
Fonte: Bglognia J, Jorizzo JL, Schaffer JV. Dermatology.
queratocistos odontog ênicos mand í bulares Essa .
3. ed. Philadelphia: Flseví er Saunders, 2015 . síndrome é associada a altera çõ es neurológicas
(convuls õ es, macrocefalia, retardo), esquelé ticas
(espinha bí fida, bossa frontal, sindactilia ) e oftalmo -
O Esclerodermiforme (morfeiforme): ma í sagressivo.
lógicas (hipertelorismo, cegueira congé nita, catarata,
Pápulas ou placas infiltradas atr ó ficas eritemato-
estrabismo). O tratamento consiste em retirar os
sas ou amarelo - marf í nico (imagem 11).
tumores (imagem 13).

.
Imagem 11 Carcinoma basocelular esclerodermiforme. Imagem 13. Sí ndrome do nevo basocelular .

Fonte: Bologniaj, lorizzo |L , SchafferJV. Dermatology.


. .
3 ed . PhiLadelphia: ELsevier Saunders 2015.

O Metatí pico (basoescamoso): apresenta á reas com


caracteristieas de CEC.

.
Diagnostico: bi ó psia Cé lulas basaloides unidas for -
mando cordõese lóbulos bem definidos, com paliç ada .
Fonte: Bolognia J, jorizzo JL Schaffer IV, Dermatology.
3. ed. Philadelphia : Flsevier Saunders, 2015,

142

linktr.ee/kiwifz
Oncodermatotogia RESIDÊNCIA M ÉDICA
n n
^
H

Carcinoma verrucoso: CEC bem difere- nciado , com


4. CARCINOMA iSPINQCELULAR crescimento lento e exofitico , em forma de " couve
(CSC) flor ".
O Anogenital: Buschke- Loewenstein;
O P Iantar d i stal: Epitelí o ma cu n i c uIatu m (l m age m 15);
Deriva dos queratin ó citos da camada espinhosa da
epiderme (dai o nome espinocelular ). É mais preva-
lente em homens acima de 60 anos , Fatores de risco: Imagem 15. Epitelioma cuniculatum .
exposi çã o solar cumulativa ( UVA e UVB - mutações
do gene supressor de tumor p 53 em 90% dos casos),
fototerapia, radiaçã o t é rmica, feridas cr ó nicas infla-
madas [queimaduras, cicatrizes , úlceras 4 esse tipo
de CEC se Chama ÚLCERA DE MARJOLiN), HPV 1& e 13,
í munossu pressão , tabagismo (cavidade oral), geno -
dermatoses (albinismo e xeroderma pigmentoso),
drogas ( voriconazol e vemurafenibe - 30%) m
si
o
DICA £
O CEC é o tipo de câ ncer de pele moís í omym
em tronsplontodos.
_
L
a
Q

Clínica: ocorre mais camumente nas á reas fotoex- .


Forte: íiolognia J joririO ] L, Schaffer JV . Oermatology.
postas: face ( lá bios inferiores , pavilh ã o auricular), 3 . ed . PhHadelphia: Elsevier Saundcrs, 2015.
dorso das m ã os e antebra ços. Na mucosa oral , é
ma í s comum no assoalho . O Oral: carcinoma de Ackerman ou Pa pilo mato se
oral florida ( imagem 16).
As les õ es seguem est á gio evolutivo: pr é -malignas
-> CEC in srtu -> CEC invasí vo - CEC metast ã tico (5%

- principalmente linf á tica ).


* Tratamento: excisãocirúrgica ampla ou microgr áfica
de Mohs.
Caracterizam - se por placa ou pá pula eritematosa
hrme. querat õsica , que pode formar corno cutâ - .
Imagem 16 Carcinoma de Ackerman .
neo , com diversos graus de infiltraçã o (endurecida
á palpação) e ulcera çã o ( Imagem 14). Na mucosa ,
apresenta - se como ú lcera , leucoplasia ou les ão
i nfiItrad ai vegeta n te , G e ralme nte são assintom ãtic os.
mas podem ser dolorosos ou pruriginosos .

Imagem 14. Carcinoma espinocelular.

fonte: Disponí vel em: http:: / / www,atla $dermatQlogico.


co m . br / d i seá se .ijsf fdiseasel d = 430
Fonte: Dispon í vel em: http: // www. atlasdermatolOgico.
.
com.br / dise a 5e j 5 f 7dÍ 5easeld= 430

163
linktr.ee/kiwifz
( >) CncodermaloLç gid
Dermatologia | Capí tulo 7 s
m
Queratoacantoma: CEC bem diferenciado. Cresci -
mento inicial r á pido, em semanas, e pode regredir 4 *1. TRATAMENTO DO CARCINOMA M
espontaneamente. Aparência de domo ou crateri BASOCELULAR E ESPINOCELULAR
-
forme, com centro queratõsico (parece um vulc ã o)
(Imagem 17),
*
A escolha do tratamento depende do tamanho, loca- m
liza ção e avaliação do risco (de recidiva e met á stase)
Imagem 17. Queratoacantoma, do tumor. m
ALTO RISCO; m
O Na á rea L (tronco e membros) > 2 cm; m
O Na á rea M (couro cabeludo, fronte, bochecha, pes-
co ço e pré tibial) > 1 cm;
m
O Na área H (‘má scara da face' - Imagem 19, pé, m ã o m
e genital) = sempre.
m
Imagem 19. ‘Má scara da face' 0

Fonte: Bolognia J,|or í zzo|L , SchafferJV. OerrnatoLogy.


3. ed. Philadelphia : Elsevier Saunders, 2015 .

Diagnóstico: clí nico « bi ó psia. Nas formas bem dife -


renciadas, as células s ão grandes e eosinofí lí tas e for-
mam p érolas c órneas paraquerató sicas (Imagem 18).

Imagem 18. Pérolas c órneas paraquerat ósicas.

Fonte: Baxter JM , Pau?| NA, Varma S , Facial.


basal tell carcinoma . BM| 2012 j345:& 5342.

O CBC subtipos: micronodular, infiltrativo, basoes-


camoso e esclerodermiforme; é
O CEC pouco diferenciado ou 2 mm de profundidade; m
O Infiltra ção perineural, linf á tica cm vascular, imu -

-
m
nossupressã o e tumor recorrente .
Os tumores de alto risco necessitam de exames de
imagem para definir o melhor manejo. m
A cirurgia é o tratamento mais efetivo e com maior
.
Fonte: Bolognia J , Jor \ Z / Q JL , Schaffer jV Dermatolosy.
taxa de cura. A cirurgia de Mohs tem melhores resul-
3. ed. Philedelphira : Elsevier Saunders, 20 iS,
tados que a convencional, pois identifica les õ es
inaparentes e maximiza a preservaçã o de tecidos.
Avalia 100% das margens durante o procedimento
cir ú rgico e sõ retira o que for realmente necessário.

164
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Oncodermatologia RESIDCNCIA MEDICA

Por exemplo, imagine um paciente com CBC no dorso a) 5-fluorouracil (5 - FU): interfere na síntese de DNA
do nariz. Voc ê acha melhor tirar as margens padro - nas c élulas tumorais. Indicado quando les õ es
nizadas de 5 mm ou retirar apenas o que for neces - múltiplas em á reas extensas. Uso: uma a duas
sá rio, preservando o má ximo de tecido no nariz? vezes por dia durante oito a 12 semanas . Efeitos
No entanto, a cirurgia de Mohs é mais cara e pouco colaterais: erltema, descamar ão, prurido, erosã o
disponí vel. e crostas e sintomas sist é micos, como cefaleia,
influenza like e ná useas .
Evitar utilizar retalhos para reconstruçã o, pois a
detecção clínica da recidiva pode demorar. b) Imiquimode: í munomoduiador que estimula a
liberaçã o de interferon y e cé lulas apresenta -
Outras t é cnicas possíveis para CBC ou CEC de baixo doras de antígeno, promovendo destruição das
células tumorais. Uso: cinco vezes na semana por
risco:
seis semanas. Efeitos colaterais: irrita ção local e
O Curetagem e eletrocoagulação: t écnica de menor sintomas sisté micos, como cansaço e influenza
custo e mais r á pida. Pode causar hipopigmenta - like.
ção e cicatriz hipertr ófí ca .
a

O Crioeirurgia: destrui ção do tumor por congela - Inibidoresvia Hedgehog (vismodegibe e sonidegibe): O
ro
indicado para CBC localmente avançado ou metas- E
mento com nitrogénio liquido em temperatura de
t á tico, sem proposta cir úrgica. Efeitos colaterais: o?
-196* C. Pode causar resultados estéticos ruins. a
queda de cabelo, perda de peso, c âimbras, n á useas,
O Radioterapia (RT): indicada para maiores de 60 fadiga e altera ções gustat õ rias.
anos não candidatos a cirurgia, devido aos efeitos
colaterais a longo prazo: alopecia, pigmentaçã o,
atrofia, fibrose, teleangectasias, perda de dentes, 5. NEVOS MELANÓ CITOS
.
perda da fun çã o salivar etc Indicada tamb é m
como adjuvante ao tratamento cirúrgico em for-
mas avan ç adas e muito grandes, com metã stase. Neoplasia cutâ nea benigna mais comum ( pratica-
Lembrar que ostumores recorrentes após RT s ã o mente todas as pessoas possuem pelo menos um
mais agressivos. nevo) , Ocorre proliferaçã o de melanócitosanómalos
O Quimioterapia: suplemento à RT em CEC de alto risco
em ninhos localizada na jun çã o dermoepidérmica -
nevo junciona! - e na derme - intradérmico, podendo
ou linfonodo positivo em pacientes inoper á veis.
ser plano ou elevado.
O Terapia fotodinâmica: agentes sensibilizantes +
radiaçã o -> radicais livres. Na forma day - light , São marcadores de risco para o melanoma (20%):
utiliza - se a radia çã o solar, com menos efeitos grande número de nevos (mais de 50) e nevo con -
colaterais - dor ( principal), er í tema, edema e génito gigante (maior que 20 cm).
ulcera çã o. Utilizada em lesões de baixo risco e
Regra do ABCDE utilizada para les ões pigmentadas
pr é - malignas m últiplas.
(avaliar se é alto risco para melanoma): A assi - -
- -
metria, B bordas irregulares, C cores diversas,
Tó picos: indicados para CBC superficial e queratose D - diâ metro > 5 mm e E - evolução (em tamanho,
actinicas. formato, novos sintomas) (Imagem 20),

1 6
*
linktr.ee/kiwifz
(7) Oncodermalologia
Dermatologia J Capitulo 7
P

Imagem 20. Regra do A8CDF ,

Fonte; Disponível em; lmps;/ /gbm.org.br / dezembro - laranja


-irtiportancia- dc-uma campanha - contra - o - canc0 r- (le - pele/
-

Os nevos d í spl ã sicos são maiores, possuem cores


descama ç ao , Apenas 30% derivam de nevos pree -
variadas e bordas irregulares e geralmente é neces- xistentes. A maioria aparece na pele normal.
sária biópsia para diferenciar do melanoma.
Tipos; qualquer uma das formas clinicas pode se
tornar amelanótica (imagem 27).
6. MELANOMA
Imagem 21, Melanoma.

Ê o tumor maligno mais agressivo da pele,


com maior morbimortalidode e com alto poder
metas ró tito.

Origina - se dos melan ócitos da junção dermoepi -


d é rmica . Ocorre em adultos jovens (20 a 50 anos)
de fototipo baixo (98% ), em á reas equatoriais. Logo ,
percebe- se que a fotoexposição é o fator de risco
mais importante para o seu desenvolvimento. H à tam -
b ém influencia gen é tica: mutação do BRAF (60% dos
casos). Hist ó ria pessoal e familiar positiva aumentam Fonte; Bolognia J, Jorizzo JL , Schaffer JV. Dermatology.
3- ed. PhiladeLphra: È|$ev < er Saunders. 201S,
em mais de cinco vezes o risco para novo melanoma .
Horm ô nios nã o predisp õem o melanoma (mesmo
prognóstico e tratamento nas gestantes). O Extensivo superficial (70%): m á cula ou placa, de
colora ções variadas . Inicialmente tem uma fase
Clí nica: predomina em á reas fotoexpostas (nos de crescimento horizontal na epiderme e pos-
homens em tronco e nas mulheres nos MMII ) e os teriormente uma fase de crescimento vertical
sintomas associados são prurido, sangramento e (Imagem 22).

166

linktr.ee/kiwifz
I
Oncocíe rmatologi a o RESIDÊNCIA MÉDICA
! n n H
“ Ji

Imagem 22. Melanoma extensivo superficial í imagem 24. Melanoma lentiginoso acral.
i

Fonte: Bologní a jJorizzB JL , ScfiafFer JV. Dermatology.


.
3 ed. PhiilacMphia.: ESsevierSaunder -s, 2015.
ra
2
O Nodular (13%); pá pula ou n ó dulo com crescimento O
n
apenas vertical, A presenç a de satelitose ( ninhos E
celulares até 2 cm da les ão primaria ) ê comum .
Fontec BoLognia j, JorizzQ SI, SthaFlFe-r JV Oermatg- lpgy,
ca
(imagem 23), .
3 ed. Philadélphia: Elsevier Saunders, 2015.

I magem 24, Melanoma nodular . O Lentigo maligno melanoma (5%); má cula de cres -
cimento radial lento, idosos com dano actínico na
pele (Lentigo maligno = melanoma in situ) (Ima -
gem 25).

.
Imagem 25 Melanoma lentigo maligno .

•f
13 ’ L 17
1

-
Úm
. *I

Fonte: Bolofnia J, Jorizzo JLSchaffer jV. DermatoLogy ,


3, ed. Philadelphí a: ELseviÉ r* Saundcrs, 2015.

O Lentiginoso acral (10%): tipo maí s comum em


.
negros e asiáticos Ocorre em palmas e plantas
e abaixo da lâ mina ungueal - faixa pigmentada Fonte: Bologn í a I, Jorizzo JL Schaffer JV. Dermatology .
.
na unha - melanoniquia Pode haver o sinal de 3 ed. Phíladelphia : Elsevier Saunders, 2015
r
.
Hutchinson: m ácula pigmentada que se estende
alé m da placa ungueal (imagem 24). Diagn óstico:todos os casos de suspeita clínica devem
ser submetidos ã bi ópsia, pois apenas o anatomo -
patoló gico fornece o diagnóstico definitivo.

167

linktr.ee/kiwifz
(?)

“*
Oncodermalologia

bi ó psia deve ser sempre excisionol, com


A
Dermatologia j Capitulo ?
-•
*
i
Logo , a espessura vertical do tumor é o va -
margem d e 2 o 3 mm e amostro até hipoderme.

•1
lor preditivo mais importante para o prognóstico,
tratamento e seguimento.
A biópsia incisional (retira apena parte da Lesão) fica
reservada para lesões extensas, na face, palmopLan-
Existem duas formas de medir o n í vel de espessura
tares e subungueaí s.
vertical do tumor (Imagem 26). índice de Clark : avalia
O melanoma tem crescimento radial ( horizontal a camada acometida f: in situ, II: derme papilar
para os lados, com melhor prognóstico) e vertical superior, lll: derme papilar, IV: derme reticular e V
:
(invade as camadas mais profundas, hipoderme. í ndice de Breslow: avalia a espessura
maior chance
de metá stase, pior prognó stico). em mm = contagem do ponto mais profundo ao topo
da camada granulosa ou ã cé lula mais superficial
se houver ulceração: < 1 mm / 1,07 a 2 mm / 2.01 a
4 mm / > 4 mm.

Imagem 26 , Mediçã o do ní vel de espessura vertical do tumor

Claris Leveis 1 2
o>
Õ4%

&2%
^
E 1>

a>
CL .
63% Q
ã: 3 >
61% -2
£ 4>
|

40% OQ
5>

Fonte: Dí sponivç l ç m ; httpz / fwwwJlmeianoma . it /


classifie.stadiaz .luml ,

Estadiamento: INM - fundamental para o planejamento do tratamento


e prognó stico ( TABELAS 1 e 2 ),

Tabela 1.

Tis: meldnoma in situ

T Tl: < 1 mm
A: < 0, 8 mm + sem ulcera çã o
( profundidade) T 2; 1, 01 a 2 mm B: < 0,8 mm + com ulcera çã o
= Breslow
T 3: 2,01 a 4 mm ou 0, 8 a 1 mm

T4; > 4 mm

168

linktr.ee/kiwifz
I Oncodermatologia RESID Ê NCIA MtDIU
« a n a b [i

Ml: 1 linfonodn regional


A: micromet ã stases ( Linfonodo sentinela)
N
(lí nfonodos acometidos)
-
N2 2-3 linfonodos regionais B: macromet á stases (clinica mente)
= llnfadenectomia. (pN1)
C: satelí tose / met à stase em tr â nsito
M3 : 4 linfonodos regionais

MA ; pele distante, subcut âneo,


linfonodq n ão regional
M {Oh LDH normal
(met ã stases) í ulm ão
MB: p

MC: á dist ância (D: SNC) (1): LOH alta


fome: júnior .
WBr ChiaecSiio ND, Criado PR Tratado de Dermatologia, 3 ed. Rio die janeiro: Atheneu, 2018.

Tabela 2, do primeiro linfonodo captado na c í ntilografia pr é


Estádio
operat ória para ser feita an á lise anatomopatoló gica . PQ
Ui
o
Quando fazer a linfadenectomia radicai da cadeia? o
IA n
Linfono dos clinicamente palp á veis, exame de imagem E
IB -
T1B T2 A suspeito ou biópsia do linfonodo sentinela positiva. QJ
a
IIA T 2B - T 3 A NO Do est ágio T 3 B em diante, é recomendada terapia
MG
IIB T3 B - T 4A adjuvante (int&rferon alfa e outros í munoter ãpicos ->
vemurafen í be ( inibidor BRAF), í pilimumabe (inibi dor
IIC T4B
CTLA - 4), pembrolizumabe e nivolumabc (inibí dores
III
Qualquer T
NI -
PD 1 e PDL-1) .
IV Qualqiuer N Ml Se houver met ãstases, é recomendada quimioterapia
(Melphalan) ou radioterapia (met á stases ó sseas e
Fonte: J únior WB, Chiacchio NO, Criado PIR . Tratado dç
Dermatologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Athenou, 2Q1B. cerebrais): n ã o aumentam sobrevtda, mas melhoram
sintomas.
Tratamento: ressecção cir úrgica com margem de -
Seguimento anual: estágio II raí o- X de t ó rax e LDH,
seguranç a adequada à espessura da lesã o. Após est ágio Ili - anterior + hemograma, função hep ática,
a ibi õpsia confirmando melanoma, deve ser feita a TC de t õrax e abdome e est ágio IV anterior + RM -
amplia ção da margem, conforme o Breslow: in situ cerebral e PET CL
= 0,Scm / < 1 mm = 1 cm I 1,01 a 2 mm = 2 cm / > 2
mm = 2 a 3 cmr

O linfonodo sentinela consiste no primeiro linfonodo REFER ÊNCIAS


a drenar o local do tumor ( a drenagem é feita de
maneira ordenada e sequencial), sendo geralmente
o primeiro sitio de implantação tumoral .
1 Jú nior WR, Chiacchio’ ND, Criado PR. Trotada de afoíogia .
3 ed. Rio de |aneiro: Atheneu, 2Q1B .
Quando pesquisar o linfonodo sentinela? Breslow ê 1 2 . Bolognia |, iorizza Jl, Schaffer JV, áJerma í otogy. 3. ed. Phila-
mm ou de 0,3 a imm + alto risco (ulcera ção ou mitoses delphia: Els -evier Saunders, 2015,
ou á reas de regressão). Consiste na Linfadenectomia .
3 .
í S DermatoJogro pediá trica, Editora dos editores,2Bis
Cestar
seletiva (comi auxilio do corante vital = azul patente) .
4 Mc Kee PH. Derjnút .
ópacofogiíT Satmders EI seivier, 2012.

169
linktr.ee/kiwifz
(7) Fixe seus conhecimentos!

FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOCRAMAS


Use esse espaço para construir fluxogramas e fixar seu
conhecimento
'

FIXE SEU CONHECIMENTO COM MAPAS MENTAIS

linktr.ee/kiwifz
Cap í tulo
MICOSES CUTÂ NEAS

cos por natureza, Exemplos : Hisrop í csmci tapsuí o-


1. INTRODUÇÃO tum , Sporothrixsp, Parocoeddioides braslí jensís.

As micoses cutã neas são doen ç as infecciosas de


pele causadas porfungbs . Podem ser superficiais OU 2. EXAMES M1COL ÓGICOS
profundas, sendo que essas últimas ser ã o estudadas
no bloco de í nfectologia .

Os fungos são seres eucariotas, ou seja, possuem O Micolõ gico direto: coletado a partir de raspado da
n ú cleo e membrana nuclear , pertencentes ao reino pele , pelos ou unhas, O material é clarificado com
KOH e analisado imediatamente no microscópio . 3
Funghi , podendo ser uni ou multicelulares . Possuem o
ra
tamb é m a parede celular de quitirra . O Cultura : a grande maioria dos fungos cresce em £
Agar Sabouraud. Ap ôs identrficaçã o , transportar m
o
o material para culturas pobres ( Agar batata , Agar
Micêlio é um con/unto de fungos .
HUBi
fubã - apenas carboidratos) a fim de estimuiar a
esporuiaçã o e definir a esp écie .
Pode se desenvolver de duas formias (Imagem 1): O Anatomopatológico: em caso de grande d ú vida
diagn ó stica, pode ser realizada uma bi ópsia da
Figura 1. lesão. A colora ção de PAS ou prata ressalta os
fungos.

3. MICOSES SUPERFICIAIS

Proliferam na camada cô mea .

Fonte: Ci ência e Tecnologia . i 3.1. PITIRIÂ 5E VERSICOLOR

O leveduriforme: unicelular, reprodu çã o assexua -


da por brotamento (ú nico ou cissiparidade). Po- ESI Chamo der popularmente de "pano branco",
de formar pseudo- hí fas quando em situa çã o de é causada peta Matassezia furfur.
agressão. Causam as micoses profundas.
O Filamentosa: hifas í estruturas m unicelulares que A Motassezia furfur libera á cido azelaico que inibe a
compartilham o citoplasma e organeias -» cresci - formaçã o de melan í na -í lesões com vá rias colora -
mento r ápido ), podendo ser septada ou n ã o . Pro - çõ es: eritematosas, acastanhadas ou hipoer ô micas
duzem esporospara reprodu ção. Causam micoses (mais comum), o que justifica o nome da doen ça.
superficiais e sã o os fungos do meio ambiente
( bolor, cogumelos,,.).
I mácula confluente com desçomação
O Dim órficos: filamentosos a 25" C (meioambiente) e fina furfur á cea (SINAL DE ZÍLERJJ ( Imagem 2 )
leve dur i formes a 37a C (hospedeiro). Sà o patogê ni-

171
linktr.ee/kiwifz
(?) Micoses CUlàheas Dermatologia | Capítulo B

Figura 2 . Figura 3 .
*1

Diagn ó stico; micológí co direto.


Diagn óstico diferencial: melanoma , nevo juncional
etc .

Tratamento: antífúngico tó pico e ceratolitico.

i 3.3. PIEDRA NEGRA

Predomina nas ã reas sebã ceas, pois utilizam á cidos Causada pelo fungo Piedraia hortai , que acomete
graxos para nutrição: face, pesco ço, membros supe-
os pelos, levando à formaçã o de nó dulos pretos
riores ( poupa mucosas e regiões palmoplantares).
endurecidos aderentes à s hastes dos cabelos no
Geralmente surge ap ós a puberdade pelo maior
couro cabeludo e barba ( Imagem 4), É encontrada
desenvolvimento das glâ ndulas seb ãceas. tipicamente na Amazô nia .
Diagnóstico: essencialmente clínico. Pode ser feito o
teste com a lâ mpada de Wood , que brilha em FLUO- Figura 4.
RESCÊNCIA DOURADA . A confirma çã o é feita com o
micológí co direto.
Tratamento: antifungicos imidazólicos tópicos (tioco -
nazol, isoconazoi, cetoconazol) por quatro semanas.
Nos casos mais extensos e resistentes, usar terapia
sist é mica com cetoconazol ou fluconazol por duas
a tr ê s semanas. Solicitar fun ção hepá tica antes
de iniciar imidaz ó licos sist é micos, pois possuem
metabolismo hepá tico . Lembrar da interaçã o com
anticoncepcionais orais, diminuindo a sua eficácia .

I 3.2. TINEA NEGRA

Causada pelo fungo pigmentado Hortae werneckii,


que leva â forma çã o de má cula acastanhada na Tratamento: corte do cabelo + ant í f úngico tópico.
regi ão palmar (Imagem 3). Ocorre principalmente
em crian ças.

172
linktr.ee/kiwifz
r Micoses cut â neas RESIOfNCIA MÉDICA
\ n n a a
^ Cap , 8

I 3.4. PIEDRA BRANCA


i 3.5. 1, TÍNEA CAPTIS

Causada pelo fungo Trichosporum beigeti, que aco - Acomete couro cabeludo -> alopecia focal edesca-
mete os pelos, levando à forma ção de n mativa (pela quebra na base), geralmente revers í vel.
ó dulos
brancos / castanhos claros, de consist ê ncia cremosa É mais comum em crian ças , pois , ap ó s a puberdade
,
(Imagem 5). Acomete couro cabeludo, barba as gl â ndulas seb à ceas secretam ácidos graxos
, pelos ini -
genitais e axilas . bit ó rios. Existem duas variantes:
O Tonsurante; MICROSPORUM -» área de alopecia
Figura 5. ú nica e grande e TRICHOPHYTON v á rias á reas
de alopecia pequenas. (Imagem 6).

Figura 6.
Mitrosporica

5
o
>
o

E
Q

TTO: corte do cabelo + antifúngico tó pico.


Tricofit í ca

I 3.5. TINEA ( DERMATOFITOSE )

DICA
Causada pelos fungos; microsporum, tri-
chophytoo e epidermophyton.

O cont ágio ocorre pelo contato direto (interpessoal


Ou atrav é sde animais / solo) ou indireto atrav é s de
fomites (pentes, banhos p úblicos, bon és ...).
Diagn ó stico: essencialmente cl ínico . Pode ser feito
o exame com a lâ mpada de Wood - fluorescência
ESVERDEADA apenas se o agente forMICROSPQRUM .
O diagn ó stico definitivo é realizado pelo micológico
direto e cultura, com visualiza çã o de hifas hialinas
septadas.
O Inflamató ria: Querion cetsi placa elevada bem
ria) Existem diversas formas clí nicas, a depender da *
delimitada, dolorosa , com eritema e p ústulas e
localiza ção: micro abscessos que drenam pus (Imagem 7) /
Favosa ( F. scboen í einu ): lesões crostosas ama -
reladas crateriformes (escutula ou "godet ") com
supuraçã o e odor de urina de rato ( Imagem s).

*è Ambas podem levar à alopecia definitiva.

linktr.ee/kiwifz
(0 Micoses cut áneas Dermatologia I Capitulo 8

*1
Figura 7. Clínica: eritema circinado elevado e descamativo,
pruriginoso, pode ter vesículas (Imagem 9) e acomete
a pele glabra (sem cabelo - tronco e extremidades).
•*
Figura 9.
•1

Figura 8.

Tratamento: à ntifímgicos t ó picos ou sist é micos por


quatro semanas .

i 3.7. TINEACRURIS

Causada pelo Tricbophyton rubrum.


Mais comum em homens adultos, obesos e com
diabetes metlí tus. Acomete á reas inguinocrurais e
permeais, extremamente pruriginosas.

DICA Diagn óstico diferenciai com candid í ase,


por é m poupo bolsa escroto! e n ão possui í esões
sat élite. (Imagem W ).

I 3.5. 2. TRATAMENTO Figura 10.


Tinea truris
DICA
È mais dif ícil de tratar e, portanto, utiliza- se
obrigatoriamente drogas sistémicos. A primeira
escolha é a griseofulvina.

O tratamento deve ser feito por dois meses Outra .


opção é a terbinafina oral.

I 3.6 . TINEA CORPQRIS

Popularmente chamada de “impingem".

174
linktr.ee/kiwifz
Candidiase eenital
I A K Ii

^^
RESlDÉNCriMÊDIC

Tratamento: antifúngicos t ó picos ou sistémicos por


quatro semanas.
Cap , 3

i 3.9. TINEA UNGUIUM (ONICOMICOSE)

Causada pelo TWdiopftytort rubrum.


Clinica: acometimento da lâ mina ungueal, com unhas
grossas, opacas, tonalidade amarelada, com sulcos
e irregularidades, (imagem U ).

Figura iz.

(D

zn
Tratamento: antif úngicos tópicos ou sisté micos por o
quatro semanas. O
m
Ê

I 3.8, TINEA PEDIS


o

Popularmente chamada de frieira ou pé de atleta,


ê causada pelo Trichophyton rubrum. Ma is comum
em homens jovens e diab éticos, É uma importante
porta de entrada para bact é rias, sendo causa de
Apesar de o diagnóstico clinico ser bastante suges -
erisipela de repeti çã o.
tivo, é recomendado realizar o mtcológíco direto e
Clinica: existem algumas variedades de apresentaçã o cultura para identificar o agente antes de iniciar o
como vesiculosa (aguda ), destamativa (cr ó nica ) e tratamento.
interdigital ( maceraçã o e fissura ). (Imagem 11)
Tratamento: demorado (cerca de 4-12 meses):
O Antifúngicos t ó picos: esmaltes, soluçõ es (amorol-
Figura 11.
fina, cidopirox, olamina)
O Antifúngicos sistémicos: se o acometimento da
unha for superior a 30% (terbin afina, itraconazol)

I 3.10* TINEA INC Ó GNITA

Morfologia clí nica alterada devido ao tratamento


com corticoide t ó pico. Sabe quando o paciente tem
aquele 'creminho de corticoide' em casa e resolve
passar por conta pr ópria nas lesóes? Ê isso .

i 3.11, DERMATOFITIDE (IDE}

Reação de hipersensibilidade â dist â ncia de um foco


de infecçào f úngica . Exemplo: lesõ es vesicutosas
nas m ãos em paciente com tinea pedis, (Imagem 13).

175
linktr.ee/kiwifz
0 Micoses cut ãneas Dermatologia | Capítulo 8 4

4
Figura 13, b) Genital: leucorreia , placas eritematosas e pruri-
ginosas na vagina e vulva ,
c ) Intertrigtnosa: dobras axilares, inguinais, inframa-
má rias, intergi ú teas, presenç a de colaretec ò rneo
e lesõ es sat élite ( rever Imagem 10).

d) Sist é mica: formas graves de candidemia. Geral-


mente em imunossuprimidcs.

Diagnóstico: essencialmente clínico,


0 diagnóstico definitivo é obtido com os exames
mitológico direto e cultura.
Tratamento: antifúngicos t ó picos (nistatina solução
Tratamento: antifú ngicos no local primá rio.
oral ou creme) ou sisté micos (Fluconazol).

I 3.12. CANDID ÍA 5 E
U . MICOSES SUBCUTÂNEAS m
Causada pela Candida albicans (80%), que causa m
i nfecção oportunista quando há quebra de barreira
m
da pele ou queda da imunidade (HIV, extremos de
idade , uso de antibi ótico e corticoide, sudorese
excessiva etc .).
I 4.1. ESPOROTRICOSE

-
Causada pelo fungo 5 porotrix schenchii, é a micose
Clinica: existem algumas variedades de apresentação, subcut â nea mais comum do mundo. Antigamente
m
a) Oral: forma mais comum. Placas esbranqui çadas era uma doen ç a mais prevalente no meio rural, mas m
facilmente removí veis (Imagem 14). desde 1980, devido ao maior acometimento de gatos,
a doenç a è mais comum na zona urbana . É mais
prevalente em adultos do sexo feminino.
Figura IA .
O cont ágio ocorre atrav é s da inocula çã o traumá tica
( formas a ,b,c), mas també m por aspira ção e ingest ã o m
(forma d):
a ) Cut âneo linfá tica (80%); ocorre n ó dulo no local de
inoculação e segue o trajeto linfático formando
n ó dulos indolores H» “ linfangiteem rosário ". Pode m
haver ulcera ção central desses n ó dulos (a lesão

-
elementar é a goma). Ocorre mais comumente nos
membros ( Imagem 15).
b) Cut â neo localizada: p ãpula ou nódulo localizada
somente no ponto de inocula çã o, geralmente na
a
face e membros, sem linfangite , com crescimento a
centr í fugo ,

c) Cut âneo disseminada: imunossuprimidcs, ocorre


disseminação hematogênica com acometimento
-a
difuso da pele.
-
*
a
17é
linktr.ee/kiwifz
I Micoses cutãneas RESIDÊNCIA MÊPICA Cap . 8

Figuro 15, Tratamento: itraconazol via orai , í odeto de pot ássio


via oral, Formas graves ou gestantes : anfoteridna B.

I 4.2. CROMÚMICOSE ( CROMOBLASTOMICOSE )

Causado por Fonsecae pedroso , fungo que produz


pigmento acastanhado O parece um gr ã o de café - O
contágio ocorre por inoculaçã o traumá tica direta,
sendo mais comum em trabalhadores da zona rural.
Nã o há transmiss ã o entre humanos.

Clínica: pá pula verrucosa -> placa verrucosa com


bí ocfc dots (á reas de eliminação de fungo). Geral -
mente ocorre em extremidades e sãoassintomáticas
(Imagem 17).
fl)
Figura 17.
5
ÍÇ

E
<u
o

d) Extracut ãnea: imumossuprimidos, por ingest ã o ou


inalaçã o, disseminaçã o hematogé nka e acometi -
mento de ó rgã os internos (mais comum osteoarti-
cular: mono ou oligoartr í te destrutiva de punhos,
cotovelos, joelhos e tornozelos).

Diagnó stico: clinico, exame mitológico direto (geral-


mente negativo) e cultura (mais importante ). Na
-
bi ó psia, verifica se gramuloma na derme + esporos
em formato de charuto + corpú sculo asteroí de (anti -
corpos ao redor dos fungos) (Imagem 16). Rea çã o
mtradèrmica à esporotriquina:avalia resposta imune,
sendo sempre positiva nas formas localizadas e na
esporotricose - infec çã o (contato sem doenç a).

Figura 16
,
* V :\
V '
' >
*

7.5 , Diagn óstico : clínico, micològico direto, cultura e bi ó p-


sia. O fungo se reproduz com septação em diversos
sentidos (corposfurnagoidesfmoriforníies = formato
» de amora) (Imagem 18).
3 m*
t* ’ ’ •; *
< ./
177
linktr.ee/kiwifz
(T) Micoses cut á neas
Dermatologia | Cap í tulo 8

:
'.

*
'B
hf /

.
K
Figura 18.
refringentes e dispostas em cadeia, ligadas

em meio de cultura.

.
Tratamento:cirúrgico Nenhum antifúngico apresenta
boa resposta.
entre
si por t úbulos) e bi ó psia (granulomas). N ã o cresce
-
â
á

** f 4.4 . MICETOMA ê
i '*V**
"

i
T

* * Pode ser causado por /ungos feií m/ cefornoj *


oir bact érias (actinomicetoma ).

* O cont ágio ocorre por inocula çã o


traumática
0
direta,
principalmente nos pés. Acomete geralmente homens
Tratamento: medidas cirúrgicas sao a primeira op ção. jovens da zona rural, etilistas graves e
Antif ú ngicos sisté micos (itraconazol via oral e desnutridos.
anfo -
tericina B oral nas formas graves). Clínica: aumento de volume ( massa
endurecida ) +
f í stulas + elimina çã o de gr ã os (colónias do
agente
etiolò gico) ( imagem 20). A dor é desproporcional m
I 4.3. L0B0 MIC0SE mente menor que o esperado pelo aspecto da les
Pode se estender ate a profundidade de osso.
-
ão. li
Doen ç a de Jorge Lobo ou blastomí cose queiloideana
O Brasil é o paí s com maior numero
.
de casos no Figura 20,
mundo, principalmente na Amaz ô nia.
Causado por m
Loboo loboi. 0 cont ágio ocorre por inoculaçã
o trau -
má tica direta, pr í ncipalmente no lobo
auricular e
membros inferiores .
Clí nica: n ó dulos semelhantes a que loides que
a coalescer, geralmente unilaterais e assintom
(imagem 19),
tendem
áticos -
«a
m
Figura 19,

*m
-
A
*i

Diagn ó stico: clí nico, micol ógico direto (estruturas


arredondadas com parede dupla com melanína.

4a
178
linktr.ee/kiwifz
RtSlíÉNClAMEQICA Ca Pi 3
Micoses cut á ne- as

DICA A cor dos groos ajudo a


. .
10 Qrijsen, MarLous L MD PhD ; de Vr í es, Henry J.C ., MD PhD.
.
identificar o agente Kerion.Canadian Medicai Associâtion Journal. 2017 Volume
1B9r Issue 20*. Pagine E 725 -F 725
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Inf&ctions 2019. Pagine 5 ? e -6Q 2 e2 {Reprpduced with per-
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mission from Richardson, M, O., Warnock, D. W., Sc Campbell,
Tratamento: podem ser necess árias medidas cirúr-
gicas.
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ph(3 ? foto =720 & evento = 4 -


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Chromoblastcunycosis. Clinics in Dermatolngy, 2007. Volume
3, Nazzaro, Giailluca, MO; Ponziani, Alessandra, MD ; Caviçchini, 25, Issue 2. Pagine 188-194 .
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23 Talh ari, Sin êsior PhD; Ta lha r i Catrol l na, PhD. Lobomycosis . Cli
nics in Dermatology, 2012. Volume 30* Issue 4 , Pagine 420 424. -
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dermoscopy for the diagnosfs of tinea capitis. lournalof the
American Academy of Derrnatology. 2017. Volume 76 * Issue 2, .
25 Callen ]P, et ai.:Dermalological signs of systemic disease, ed
Supplement 1, Pagine S28 S 30. 5, PhiladÉ lphia, 2017, Elsevier

179

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«i
Q
6
km

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Cap ítulo
PARASITOSES DE PELE 9

O Sorcoptes penetra a camada c órnea, geralmente


1, ESCABIOSE ã noite, cavando t úneis (Imagem 2) e depositando
os ovos, que eclodem ap ó s sete dias. O macho não
invade o organismo, ficando na superf ície, onde
Também chamada de SARNA , é uma doença universal,
acometendo todas as raças e sexos e prevalecendo
fecunda a f ê mea e morre .
em adultos de baixa renda (ambientes conglomera-
Jmagem 2 Sarcoptes scabiei.
dos e com pouca higiene). Geralmente os familiares
»

apresentam os mesmos sintomas.


ra
g"
DICA ÇoiSBQda pela /emea /ecundada do Sarcoptes
scabiei , um á caro de 0,4 mm (imagem T) E
aj
o

Imagem1* Sarcoptes scabici.

honte: Dispon í vel em htip â: / / melhorsaude.


org / 2016 / 0l/ 02 / s^ rria /

Esses parasitas necessitam do hospedeiro para


sobreviver, morrendo de 24 a 36 horas fora da pele,
Por conta disso, a transmiss ão ocorre principalvnente
pelo contato direto interpessoal e, mais raramente,
por fomites.
Clí nica: prurido é o principal sintoma e ocorre pela
migra ção ria epiderme e por reação de hipersensibí li-
.
dade, sendo pior à noite Os locais quentes do corpo
sã o os mais acometidos: n ádegas, parte inferior do
Fonte: Veasey IV, Péssotti MS. Surg Cosmet abdome, genitais, axilas, mamas, interdígitos, punhos
DermatoL 201B;10(4) fJ4 J-i4b, e pé s (imagem 3) .

181

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(?) Parasitoses de pele Dermatologia I Capí tulo 9

r Imagem 3 , Locais de acometimento da escabiose. 0 t únel possui formato linear e sinuoso, que mede
cerca de 1 cm e possui pá pula ou vesícula em uma
das extremidades, chamada de emin ência acarina
(onde se encontra o Sarcoptes).

Nos recém -nascidos e lactentes, couro cabe -


ludo, face e regi ões palmo - ptantare s podem estar
acometidos, inclusive com lesões vesicopustulosas.

Existe uma variedade clínica, mais comum nos ímu-


nossuprimidos, chamada de escabiose crostosa
.
(“sarna norueguesa") É uma hiperinfestação (mais
de 1 milhã o de ácaros) e caracteriza- se por eritema
e hiperqueratose e o prurido pode ser mínimo ou
ausente (Imagem 5).

.
Imagem 5 Escabiose crostada.

fonte: Gunning K, Kiraly B, Pippitt K. Lice


and Scabies: Treatment Update. American
Family Physician. 2019;99<10):635 - 642

GS9 A lesoo maís característica é o t ú nel esca -


biótico (Imagem 4) Fonte: Currie BJ, Hengge UR , Scabies
Tropical Dermatology. 2017:376-386.

Imagem 4 , Túnel escabi ótico.


Existe outra variedade chamada escabiose nodular,
caracterizada por nó dulos pruriginosos que persistem
mesmo ap ó s o tratamento e se deve a uma rea ção
de hipersensibilidade. Local comum: genitais.
Diagnóstico: clí nica + exame microsc ó pico direto
(realiza-se raspado com bisturi do teto da emin ência
acarina ou das escamas), com identifica ção do á caro,
ovos ou fezes (Imagem 6). O dermatoscópio tamb ém
permite a visualizaçã o direta do ácaro e do t únel.
Nos casos mais duvidosos, pode ser feita a bi ó psia,
que tamb ém pode revelar o agente .
Fonte: Gaiache C, Martinez - Cordero A, Curto JC, Sánthez - del
Río ) , Sarna: revisión de la clinica y nuevos tratamientos .
Revista Espanhola de Sanidad Penitenciaria . 20t>1;3(l),

linktr.ee/kiwifz
RESIDÊ NCIA MÉDICA
Parasctoses de pele s m n n n

Imagem 6. Sare optes scabiei


2. PEDICULOSE

Tamb ém chamada de PIOLHO,

Ê causada pe / a f êmeo adulta fecundado de


Pediculus capith ( imagem 7 ).

Imagem 7. Pçdicukts capitis .

Importante trotar simultaneamente todos


os indivíduos da casai .
Fonte: Dí az JiH, Mandei! D Lite (Pediculosis). Bennetfs
Principies and Practice of Infectious Diseases. 2020:3- 482-3486

DICA È um pequeno inseto hemat ó fago que mede 3 mm e


importante: durante o tratamento, lavar
apresenta forte garra nas suas palas (para fixar aos
todas os roupas com á gua poente e passar /erro!
cabelos). Cada femea poe 10 ovos por dia chamados .
de Lê ndeas, que eclodem em sete dias (Imagem 8) .
Tó picos: passar à noite portré s dias e repetir após
uma semana. Imagem B, Pedkulus capitls

a ) Permetrina 5% do pescoço para baixo (crianç as


e imunossuprimidos, passar no couro cabeludo
e retroauricular ); pode ser usado em gestantes .

b) Enxofre precipitado b% a 10% em vaselina ( 1£


escolha em gestantes e menores de 2 anos);
c) Benzoato de benzile 25% (em desuso por eczema):
.
Fonte: Bolognia jp Jorizzo JL Schaffer jV, DerrnattjlDgy.
3. ed Philadelphia ; Elseuiei Saunders, 2015,
Via oral: ivermectina 6 mg (1 comprimido para cada
-
30 kg má ximo de tr ô scomprimidos de 200 meg / kg)
dose ú nica e repetir em uma semana.Contraindicada Transmitida pelo contato interpessoal ou porfomites
em menores de 5 anos e gestantes, £ gma op çã o em ( parasita permanece vivo por alguns dias).
-
crian ças com dermatite at ò pica grave. Anti histamí - O Pediculus corporis acomete o corpo e ê raro hoje
nicas para o prurido.
em dia, restrito à população com péssimos h á bitos de
O paciente pode retornar à s atividades um dia apó s higiene, como os mendigos ("doen ça do vagabundo").
o tratamento (nao transmite mais). Vive nas dobras das roupas, por isso é mals comum
no inverno e alcança a pele apenas para alimentar -se.
Foi responsável no passado pela transm issao do tifo
epidêmico, uma r í cketts í ose que dizimou grande
número de pessoas na é poca das grandes guerras.

1B 3
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(>) Pâ ra & iioses de pele
Dermatologia | Capitulo 9

O Pthirus púbis (“chato") infesta principalmeote os Ali, a f êmea vai enchendo -se de ovos (m édia de
pelos da região gení toanal e a infestaçã o é chamada 100) e hipertrofiando -se (fica do tamanho de uma
de ftiriase.
-
ervilha) forma chamada de neosoma (Imagem 10).
A parte posterior é a abertura genital, que libera os
Clínica: prurido + visualizaçã o de lêndeas e piolhos
adultos, principalmente na regiã o occipital e retroau - ovos para o meio ambiente. Ap ôs liberar os ovos, a m
ricular. Pode causar anemia ferropriva nas crian ças f êmea morre.
pequenas com infesta ção grave. m
Imagem 10. Neosoma ,
Tratamento: remover as lê ndeas com pente fino
(banhar em vinagre 50% e á gua morna).

Tó pico: shampoo de permetrina 1%, lindano 1%,


deltametrma QrQ 2%, Deixar agir por 10 minutos e
enxaguar. Repetirem uma semana (tempo de eclosão m
das lê ndeas).
Via oral: ivermectina dose única (200 mcg/ kg) - repetir
em uma semana.

3. TUNGUÍASE
Clinica: papula amarelada prurigmosa e dolorosa
També m chamada de BICHO DE PÉ. com um ponto escuro central (representa a porçã o
posterior do parasita) (Imagem 11). Cada lesão possui
DICA E causada pela Tungo penetrans, a menor uma f êmea fecundada. Ocorre principalmente nos
pulga (1 mm ) - ( imagem 9 ). -
pé s planta, interdigital ou perí ungueaL

Imagem n. Papula provocada por


infe çã o por Timga penetrans.
Imagem 9. Tungo penetmns .

Fonte: Babady E, Pritt BS. Parasitology, Tielz


vila A et ai. Four importecí cases oftungia &is in Mallorca
.
Fonte: Arranz Jr Taberner R , Llambrich A , Nadai Cr Torné l
Tê xtbook of Clinicai Chemistry and Molecular
Travei Medicine and Infectious Disease. 2Q1I;9( 3):1ê1- 164
Diagnostica. 2018:1740 1740.e12 b

Vive em solos arenosos e ê hemat ófaga, por é m Tratamento: enucleaçã o com agulha est éril + extração
apenas a fêmea fecundada penetra a cabeça na manual. Se forem múltiplas pá pulas, trabendazol 25
pele (o macho se alimenta e volta para o ambiente). mg / kg oral por 10 dias.

linktr.ee/kiwifz
Parasifoses de pela RESID Ê NCIA MÉDICA -I
i
sH n A n

Tratamento: creme de corticoide + anti - histamíníco.


4. CIMICID Í ASE Utilizar inseticidas para erradicar os percevejos do
ambiente e repelentes à base de icaridina.
Tamb ém chamada de BED BUG

5. MMASE
Causado pelo percevejo Cimex ( imagem V ).

DICA Causado por larvas da mosca varejeira


Imagem 12. Percevejo Cimex (Dermatobia hominis ).

M
»
A mosca adulta vive 10 dias, mas, antes de morrer,
a f émea fecundada passa os seus ovos (10 - 50) para
o abdome de outros insetos voadores veiculadores
(mosca dom éstica ou mosquitos), que v ã o lev á- los m
para a pele de humanos. Os ovos logo eclodem e as cn
o
larvas penetram a pele, atingindo até 2 cm em 60 dias. O
fK
Ap ós isso, abandonam a pele e caem no chão, escon - E
dendo - se no solo para completara metamorfose . o
Clinica:

Fonte; Bcdbugs, tasy - to - Read. Pdtient Education. 2019. a) forma prim ãria / furunculoide (berne); as larvas
.
conseguem penetrar a pele s ã Caracteriza- se por
É hernat ó fago e tem hábitos noturnos, habitando na pá pula pruriginosa e dolorosa, que evolui para
fenda de m óveis e colchõ es. n ó dulo furunculoide com orif ício central por onde
sai material serosanguí nolento e ocasionalmente
Clínica: p ã pulas eritematosas urticadas seguindo aparece a larva (Imagem 14), Após um mês, o berne
-
trajeto linear ("café -almo ç o- jantar ^ } {Imagem 13), é expelido espontaneamente e deixa uma cicatriz.
Pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas
.
IImagem 13 Pãpulas provocadas por infec çã o por Cimex . pri ncipalmenfe couro cabeludo, face e membros.

Imagem 14, Forma primá ria.

Fgnte; Rpgk '5 lextbQak of Perniatolciã y 9. ed .


» .
ZOIfc

b) Forma secundá ria ( bicheira): as larvas s ão depo-


Fonte; Ladizinski B. Cohen YK , Elpern Dl. Cimex iLiketolkkus.
lournal of Emergency Medicine. 2014;46( 2): e &l- e & 2 sitadas em feridas ou cavidades. Caracteriza - se

185
linktr.ee/kiwifz
\>) Parasiloses de pele

por feridas abertas com tecido necrõtico e larvas


Dermatologia | Capítulo 9

0 Ancyfostoma reside no intestino de càes e gatos e


-
a
movimentando - se (Imagem 15), elimina ovos nas fezes, contaminando o solo. Apôs
um dia no solo, os ovos eclodem na forma rabdifor -
Imagem 15 . Forma secund á ria. mes, que, ap ó s uma semana, se tornam filarioides
e capazes de invadir a pele humana (hospedeiro
.
acidental) Ap ós quatro dias, inicia-se a migração
das larvas, que desencadeiam rea ção alé rgica.
Clínica: lesõ es eritematosas lineares salientes, tra -
jeto serpinginoso, muito pruriginosas, decorrentes
do deslocamento subcutâ neo das larvas (Imagem
17). As áreas mais afetadas sã o aquelas que entram
em contato com o solo: p é s, pernas e ná degas .
Pode haver infesta ção intensa, com acometimento
da corrente sanguínea e slndrome de Loffler, com
eosinofilia.

Imagem 17. Apresentação clí nica


Fonte: Bolognia J, jorízzo JL, Schaffer )V. Dermatology. da larva migrans cut â nea.
J. ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 7015.

Tratamento: provocar asfixia para atrair a larva (vase-


tina + esparadrapo ou bacon) com posterior retirada
delicada com pinç a. Na forma secundária, matar as
larvas com éter ou clorofórmio 5% e depois retirar
delicadamente. Pode ser usada também ivermectina
200 mcg/ kg.

6. LARVA MIGRANS CUTÂNEA

Dermatozoonose, causada pela penetração


no pele das formas larvàrias dos nematoidesAn -
cylostoma brasitiensis (imagem 16 ).

Imagem 16. Ancylostoma brasiliensis.

rm - .
fonte: Chdpman M , Shane Infestations and Bites. 5kin
Disease: Oiagnosis and Traatment. 201&: 329 - 360.

Diagnóstico: clínico.
Tratamento: tiabendazol 5% pomada 3x / dia por 15

.
dias. Se houver infestação intensa ou pele espessa:
tratamento sistémico. Albendazol 400 mg (< 60 kg:
dose única 15 mg/ kg / dia por tr ê s dias), ivermectina
12 mg adultos ou 150 pg / kg crianç as dose única,
t
Fonte: Guimar ã es LC et al. Larva migrans within scalp
sebaceous gtand . Rev. Sot. Bras. Med. Trop 1999;32( 2):1& ?- 1B9- tiabendazol 50 mg/ kg por cinco dias.

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d

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1BB *
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PSIQUIATRIA k
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10?
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Cap ítulo
DELIRIUM
RESID ÊNCIA
MEDICA
1
5 a n A w

O QUE VOCÊ PRECISA SABER:

O Agitação psicomotora tentar manejo verbal e medicação via oral;


O Na agita çã o psicomotora a medica çã o de primeira escolha sã o os antipsic õticos;
O Suicí dio é um quadro complexo e requer muita sensibilidade do m é dico
O Na crise de ansiedade qualquer medicaçã o sintomática ou sedativa pode ser usada ;

1. AGITAÇÃO PSICOMOTORA Tabela 1. Principais causas de agitaçã o psicomotora.

Encefalopalia ( renal ou hepá tica)


Agitação psicomotora é um quadro clinico psiquiátrico Dist úrbios metabólicos í p,exrr hiponatre- ro

normalmente caracter í zado por aumento de atividade .


mia hrpoglicemia, hipocalcemia)
motora (que vai da inquieta çã o at é a franca agita- Endocrinopatias (p, ex,: doenç a tireoi- cr
çã o com agressividade) associado a uma sensa çã o dianar Cushí ng) G
_
i/i

de tensã o interna . Pode levar a comportamentos


Doen ças infecciosas
imprevisíveis e muitas vezes violentos (contra si
mesmo, os outros e bens materiais) . Doenç as inflamat órias (p, cx,: LES)

A agitaçã o pode ter diversas origens e apesar da Condições Defici ê ncias vitam í nicas ( p. ex,: B12 r
liga çã o natural que as pessoas fazem com a doen ç a m é dicas folatcç tiamina)
gerais
psiquiá trica, existem mais causas de agita çã o de Deli riuin
origem orgâ nica do que psiquiátrica, O diagnóstico
Exposição a toxinas no ambiente
psiquiátrico deve sempre ser de exclusão.
Hip ò xia
Seguem algumas das causas principais de agita çã o:
Ní veis t ó xicos de medica çõ es (p.ex,,
antiepilépticos, psiquiá tricos)
Intoxica çá o / abstinència ( p.ex „ á lcool,
coca í na, ecstasy, quetamina , metanfe -
taminas)

191
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0 Delirium

-
Estados ictais, í ntericitais, p õ s ictal
Encefalite, meningite ou outra infec çá o
deSNC
Psiquiatria I Capítulo 1

Ao lidar com o paciente em tal situação,


o m édico deve adotar medidas para
reduzir o risco de violência:
-
Causas
neuropsi - Dem ências (Pick, Alzheimer, HPN ) Apresentar-se e apresentar a equipe presente;
qui ãtricas
Acidentes vasculares cerebrais Fazer perguntas claras e diretas. Manter flexibilidade na
Tumores do SNC entrevista , mas sem barganhar (concordar ou “concordar
para discordar ");
Traumatismo cranioencefálrco
impor limites de maneira objetiva , por é m acolhedor
Transtornos de humor (mania ou de - es;
press ã o) Nã o amea ç ar, humilhar ou confrontar o paciente;
Transtornos de ansiedade ( p. ex.: crises Estimular o paciente a se expressar verbalmente;
Transtornos de pânico)
mentais Assegurar ao paciente que voc ê pretende ajudá- ;
Transtornos psic ó ticos (Esquizofrenia) lo
Transtorno de personalidade 0 manejo inicial deve sempre come ç ar com medidas n ão
coercivas: manejo verbal e, se necessário, medicaçã
Retardo mental o via
oral tomada voluntariamente. Se o caso for mais grave
ou essas medidas não funcionarem, parte - se para
as
medidas coercivas; contençã o mecâ nica e medica çã
o
intramuscular Objetivo prim ário é a tranquiliza çã o,
I 1.1. MANEJO tendo a sedação como objetivo secund ário;

Manejo comportamental e interven ção verbal;


tentar
Frente a um paciente agitado, é preciso colher uma acalmar o paciente, ter empatia e boa rela çã o m é dico
hist ória objetiva e exame fí sico breve e sinais paciente, informar paciente sobre medidas e pedir
vitais consentimento , n ão ser provocativo, escutar;
se possí vel. 0 quadro quase sempre obriga uma inter-

ven çã o r á pida para evitar progressã o para quadros Manejo ambiental; ambiente calmo e tranquilo,
remover
mais graves ou violentos, com base na observa ção e objetos que possam ser usados como arma, respeitar
avalia ção de riscos. Dada a variabilidade de quadros, o espa ç o do paciente;
n ão existe um algoritmo estabelecido.
Tentar rnedkaç ao voluntária.
A avalia çã o inicial precisa ser dirigida a identific
ar
condi çóes graves ou que ameacem a vida do paciente
(p.ex., alteraçã o nos sinais vitais, sinais
neurológicos A conten çã o fí sica ou mecâ nica pode ser utilizada
focais, intoxica çã o ou abstin ência a subst âncias etc.), quando o paciente estiver ameaç ando sua integri-
bem como tentar identificar a causa base, quando dade f í sica ou dos demais indiv í duos presentes , É
possível (por exemplo, altera ções de septo
nasal, realizada atrav és da imobiliza ção do paciente por,
há lito etí lico ou lesòes de pele indicando uso
de no m ínimo, quatro ou cinco profissionais treinados. A
seringas sugerem intoxicação por alguma droga )
. mecâ nica é realizada atravé s do uso de faixas espe-
ciais ou lençóis em quatro ou cinco pontos, fixando
Ao lidar com o paciente em tal situação, o paciente ao leito. Deve ser mantido, preferencial-
o médico deve adotar medidas para mente, em decú bito dorsal , com a cabe ça levemen
te
reduzir o risco de violência; elevada e deixando bra ços em posiçã o que permita
Evitar movimentos bruscos; realizar acessos venosos, se necessário. As técnicas
de conten çã o f í sica e mecâ nica devem ser usadas
Olhar diretamente para o paciente e falar firme e pau- por breve per í odo a fim de evitar complica çõ es de
sadamente; tais medidas, como isquemia de membros, asfixia ,
Manter certa dist â ncia; trauma , trombose, rabdomiólise, entre outras . O
paciente deve seguir monitorado e em observação
Evitar fazer anota çõ es; durante todo o tempo possí vel. Não há indicação de
conten çã o mecâ nica sem contenção quí mica .

192
linktr.ee/kiwifz
á
RESr CIA MÉDICA Cap. !
Delirium n
5 B ti II

Na maioria dos casos, a medica çã o de primeira


DICA Conten ção mecóní co sem contençã o qu í mica escolha sao os antipsic óticos, que, apesar de suas
nao existe!! reaçõ es possí veis (sintomas extrapiramidais, distonia
e disc í nesia ), são mais seguros com a maior parte
O manejo farmacol ógico da agita çã o psicomotora dessas reações sendo reversí veis. Essa classe é indi-
tem como finalidade tranquilizar o paciente, a fim de cada em qualquer idade. Os benzodiazep í nicos t ê m
seguir a investiga çã o diagnó stica , evitando o risco diversas contraindicaçôes e seu uso é recomendado
de violência e efeitos adversos inerentes à conten - basicamente na agitação secund ária à sí ndrome de
ção f í sica e mec ânica . A Tabela 1 apresenta diversas abstin ência alco ó lica . Se o paciente não tiver con-
medica çõ es que podem ser usadas para esse fim. traindicaçôes, pode ser associado benzodiazepí nico
com antipsic òtico- Diazepam nã o pode ser usado
DICA intramuscular por absorçã o err á tica . Nessa via o .
Tentar (nessa sequ ência ): Mane/ o verbal ,
midazolam ê mais indicado. Ambos podem ser usados
medica çã o via oral volunt á ria, medica çã o intra- por via oral ou intravenosa , se necessá rio.
muscular e contenção mecânica
I i Medica çã o de primeira escolha?? Antipsi -
cótico!! Cuidado com Benzodiazepinicos

Tabela 2. Medicações usadas para conten çã o qu í mica .


Dose m á xima
Medicaçã o Dose inicial, (mg) A ção má xima Repetir em 24h (mg)
n
u

ih 20
.23
Haloperidol* vó 5 30 a 60 min cr
i/l
30 a 60 min 4h 300 o.
CLorpromazina vo 25

OLanzapina VO 5 a 10 6 horas 2h 20

Rrsperidona VO 2 1 hora ih 8

2 20 a 30 min 2h 6
Lorazepam VO
5 30 a 60 min ih 60
Diazepam VO
Associações VO:
Risperidona + Benzodiazepí nico
Haloperidol * Benzodiaepinico
Haloperidol* IM 5 30 a 60 min 30 min 20

Olanzapma IM 10 15 a 45 min 30 min 30

10 mg 2 / 2 h
10 a 20 15 min 40
Ziprasidona IM 20 mg 4 / 4 h

50 1 hora 3h 200
Olorpromazina IM
2 20 a 30 min 2h 12
Lorazepam IM

Midazolam IM 5 a 15 10 a 20 min 30 min

Associações:
Haloperidol + Prornetazina
Haloperidol * Midazolam

193

linktr.ee/kiwifz
(T) Delirium Psiquiatria | Capitulo 1

Medicação Dose inicial (mg) Ação má xima Repetir em Dose má xima


24h (mg)
Haloperidol * * IV 2- 5 Imediato Ah 10
Midazolam IV 5 a 15 Imediato 30 mí n
Diazeparn IV i
10 Imediato 30 miri
* Causa mais efeitos extra pira mi dais que as outras drogas recomendadas.
* * Maldol IV aumenta o risco de prolongamento do intervalo QT.

Benrodiazepiinico IV (midazolam ou dia2epam) tem alto grau de indução de rebaixamento de ní vel de consciência, Paciente deve
ser moiiitarado.
Fonte; Adaptado de Western Journal of Emergency Medicine. 2G12;13(1): 3 10,

Na abordagem farmacológica, deve- se atentar para idea ção suicida recentemente para profissionais
causas especí ficas que indiquem ou contraindiquem de saú de e familiares peta comunica çã o verbal ou
medica çõ es mais especificas . Exemplos: na intoxica - nã o verbal.
ção alcoólica, evitar benzodiazepinico, já na síndrome
de abstinência alcoólica e / ou delirium tremens , Diante de uma tentativa de suic í dio, além do cuidado
deve ser usado benzodiazepinico. No delirium de clí nico a depender da maneira como esse suic í dio
causa orgâ nica , evitar benzodiazepinicos e preferir foi tentado, è necessá ria a abordagem psiquiátrica
a ntí psicóticos. do quadro para tentarentender motivações, anseios
e pensar em estrat é gias de preven ção de novas
deve- se ressaltar que, assim que possí vel,
Por fim , tentativas , A maioria dos pacientes que pensa em
deve - se iniciar a abordagem diagnóstica de cada se matar é ambivalente. Pensam em se matar como
etiologia responsável pelo quadro de agitação, com uma maneira de acabar com o sofrimento Ou parar
anamnese melhor, exame físico completo, solicitaçã o de dar trabalho aos outros.
de exames necessários . Assim, o tratamento ser á
De maneira geral, deve- se começara avalia çã o enten-
direcionado ã causa base. O internista deve ser capaz
de afastar as causas orgâ nicas de agita çã o a lim de
dendo o " ní vel " de ideaçã o suicida do paciente, pois
atuar na sua etiologia . Ap ós exclu í das , inicia - se a
isso acontece em um espectro que vai desde um
pensamento de morte at é o ato suicida. Importante
investiga çã o de um quadro psiquiátrico.
salientar que isso deve ser perguntado at í vamente
para o paciente.
DICA
Buscar o cousa base do agitaçã o ap ó s a
tranquilização do paciente, Pensamento dc morte: vontade de ir embora , sumir ou
mesmo morrer, mas n ã o autoprovocado , Costuma se
expressar em frases como "queria que Deus me levasse"
" queria sumir e ã o voltar
n ".
Idea çã o suicidar é o paciente que j á pensa em tirar a
2. SUICÍDIO pr ó pria vida.

Planejamento suicida: paciente que já est á avaliando


meios para realizar o ato . Inclui o paciente que marcou
O suicí dio é um quadro complexo e dif í cil de se abor- data , que est á tentando adquirir o meio (arma , corda,
dar , pois requer empatia e paci ência por parte da veneno), que est á em fase de "desapego", desfazendo-se
de suas coisas .
equipe assistente. Existem muitos mitos relacionados
ao suicí dio. Muitos profissionais de sa ú de t ê m medo Ato ou tentativa: paciente que já tentou ou est á na imi-
de abordar esse tema, pensando que possa incenti- n ência de tentar. Mesmo os que j á tentaram é importante
saber se se arrependeu ou nã o *
var o paciente a cometer atos autolesivos, mas, na
realidade, s ó assim se pode saber exatamente o que
est á acontecendo e consequentemente intervir no Seguindo a avalia çã o é importante entender quest ões
caso . Na maioria das vezes, os pacientes referiram pessoais, fatores de risco e fatores protetores. Os

194
linktr.ee/kiwifz
DeUrium RESID Ê NCIA MÉDICA Capr 1

= rincipaís fatores de risco para o suic í dio são tentati- Cada uma dessas abordagens ser á ut ilizada a depen-
vas pr évias de suicí dio e presen ç a de doen ç a mental. der da gravidade da idea çã o associado â avaliaçã o
Os quadros de humor (transtorno bipolare transtorno dos demais fatores .
depressivo maior) sã o os principais quadros, mas o
uso de drogas, os quadros psic ó ticos e o transtorno Na abordagem do suic í dio, o tratamento medica -
de personalidade tamb é m têm, alto risco de suic í dio. mentoso inicial deve ser voltado para o tratamento
Além disso, o risco é maior em jovens (15 aos 30 anos) .
da causa base Se o paciente est ã deprimido, usar
e idosos (acima dos 65 anos). Mulheres tentam mais antidepressivo, se tem transtorno bí polar (depres -
suic í dio, m^ as homens se matam mais. Pessoas com são ou mania), usar estabilizador de humor, se tem
doenç as m é dicas cr ó nicas ou deformamos ou dores esquizofrenia, tratar a psicose, 0 lítio parece ter
t ê m maior risco* Pessoas não casadas ( solteiro, a çã o antissuicí dio nos quadros de humor A cloza -
divorciados e viú vos), sem emprego, moram s ó e pina parece ter a çao antissuicídio nos quadros de
n ão tem religiã o tem maior risco tamb é m. Hist ó ria esquizofrenia.
de abuso infantil e histó rico Familiar de suicí dio Diretriz possí vel:
tamb é m constituem fatores de risco.
E, por ú ltimo, é importante avaliar quest õ es de Classificação Conduta
suporte social, que incluem famí lia, amigos, cole- Manejado por qualquer membro da
gas de trabalho, suporte religioso, profissionais
,

de sa ú de, entre outros, Saber que o paciente tem


Baixo risco
(Pensamento
equipe, dando apoio e suporte emo
cional, é importante realizar visitas
-
suporte social e possibilidade de vigilâ ncia e suporte e idea çã o) frequentes ate que se consiga a con-
doméstico ajuda na tomada de decisão se o paciente sulta especializada.
fica internado ou nã o. Necessita de pronta atençã o multi -
profissional, apoio, contraio de ví dd,
,

Juntando esses fatores, classifica- se o paciente em Mé dio risco orienta çã o familiar, e medidas de m
baixo, mé dio e alto risco. A partir disso, o profissio - (Plano suicida) prevençã o aos meios, deve ter uma m
3
nal vai pensar na abordagem, que vai desde uma consulta especializada o mais breve CF

conversa e suporte até interna çã o com conten çã o poss í vel. KA


CL
mec ânica e química. Deve se apoiar, e manter vigilâ ncia
Alto risco
por 24 h, manejar riscos imediatos,
Abordagem possí veis: (Plano Iminente ,
fazer o contrato de vida, informar
ato ou tentativa os familiares
O Conversa e suporte: escuta e suporte emocionai, , acolher em serviç o de
de suicí dio) emergência.
trabalhar sentimentos e ambival ência, focalizar
na for ç a positiva, explorar alternativas;
O Ativar família e suporte social;
O Fazer "contrato de vida": contrato verbal ou escrito
com algumas regras para evitar o suic í dio. É um 3. CRISE DE ANSIEDADE
contrato de confianç a feito entre o profissional e
o paciente feito para se ganhar tempo enquanto
Uma crise de ansiedade é um quadro ansioso agudo
a medicação e as demais estrat é gias funcionam;
normalmente associado a alteraçõ es corporais e
O Evitar o acesso aos meios que o paciente pode psí quicas bruscas e inesperadas e geram intenso
tentar; desconforto e sofrimento.
© Observa çã o domiciliar ou " interna ção domiciliar ":
Nem toda crise de ansiedade é um ataque de pâ nico.
em pacientes com bom suporte social, pode ser
Assim como, por causa do nome, muitas pessoas
tentada essa estrat égia de ficar sob vigilâ ncia fa -
acham que qualquer crise de medo é um ataque de
miliar ou de amigos 2 k horas com consultas fre -
p ânico. Esse tem uma caracterizaçã o especí fica: surto
quentes com os profissionais de saúde at é melhora;
abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que
© Encaminhamento para equipe especializada am - alcanç a um pico em minutos associado a sintomas
bulat ó ria!; f í sicos e psí quicos, tais como palpita çã o e taquicar-
O Interna çã o hospitalar. dia, sudorese, tremores, sensa ção de falta de ar ou

195
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(7) Delirium Psiquiatria [ Capítulo 1

sufocamento , dor ou desconforto torácico, náuseas, A abordagem dessas crises costuma ser simples. O
desconfortos abdominais, tontura ou instabilidade , manejo verbal com suporte e colocaçã o em ambiente
calafrios, ondas de calor, parestesias, desrealizaçã o, mais seguro j ã costuma aliviar os sintomas. Técnicas
despersonalização, medo de perder o controle ou respirató rias OLJ de aten ção plena ( mindfultness )
enlouquecer e medo de morrer
tamb é m costuma aliviar. 5e necessá rio, medica çõ es
As crises de ansiedade podem ter fatores desenca - podem ser utilizadas . As medica çõ es via oral sao
deantes (situa çõ es de vida , brigas, fatores ambientais, sempre mais indicadas. Os antipsic õticos (quetiapina
not ícias traumá ticas, traumas, at é mesmo pensamen- e risperidona ) e os benzodiazeprnicos de meia vida
tos ruins) ou acontecer de maneira espont ânea. Pode mais curta (alprazolam , lorazepam) ou mesmo dia-
se expressar em maneiras mais psí quicas (tensã o, zepam e clonazepam costumam ser mais indicados.
pensamento acelerado, angú stia, nervosismo) ou Muitas vezes medicações mais sintom áticas como
mais f í sico ( tensão muscular, sintomas auton ô micos,
anti- hipertensivos betabloqueadores, medica çõ es
tremor, falta dear). Pode se expressar como ataques
para tontura , relaxantes musculares e analgé sicos
de p ânico ou com sintomas mais dissociaiivos ( fuga ,
tamb é m podem ser usados.
amné sia etc .), conversivos (sintomas neuroló gicos)
ou somatizadores (sintomas fisí cos gerais).
Uma quest à o important í ssima nessas crises é excluir DICA
Crise de ansiedade: suporte ao paciente,
causas orgâ nicas dos sintomas. Os problemas orgâ- acalma -to, medicação para tranquilização se ne -
nicos podem sera causa em si ou vir associados aos cess á rio (antipsicõ ticos em dose barxa ou benzo -
sintomas ansiosos agudos. diazep í nicos )

*
196 u
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Delirium RESIDÊNCIA MLDIÍ A Cap. 1
I n n o n

QUESTÕES COMENTADAS

Quest ã o 1 Alternativa D: INCORRETA, A principal classe de drogas


que beneficia o delirium por abstinê ncia alco ólica
-
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔ NIO PEDRO/RJ 2017) A afirma - é a dos benzodiazepí nicos.
tiva verdadeira sobre Delirium e Confusão Mental
Alternativa E: IN CORRETA. Betabloqueado res devem ser
Aguda é:
evitados em intoxica çõ es adrenõrgieas pelo risco de
hipertensão paradoxal e vasoconstriçã o cororwiana .
Todo paciente com delirium, seja hiper ou hipoa -
tivo , deve realizar coleta de exames laboratoriais ^ RESPOSTA: D
com hemograma , bioquí mica, eletr ó litos, hepa -
tograma e rastreio inf et cioso .
Quest ã o 2
A ferramenta CAM - ICU ( Confusion Assessment
Methocl) baseia- se na red u çã o do n í vel de cons- (U NIVERSIOADE ESTADUAL PAU LISTA / SP - 2017) Homem idoso
ci ê ncia e na "inaten çã o " (desaten çã o) como os apresentou delirium hiperativo no hospital e nnelho- m

principais crit é rios para diagn ó stico de delirium. rou após ter recebido 2 mg de haloperidol EV Dois „

a
dias ap ó s esse episó dio, o paciente seguia em uso cr
13 Q uso dos novos antipsic òticos atí picos, como a Xi
de haioper í dol 1 mg VO 2 ao dia e encontrava- se CL
quetiapina , é indicado como profilaxia prim á ria *
desorientado quanto à data , por é m orientado no
nos pacientes de alto risco .
espa ç o, sem sinais de d éficit de atem ç ao ou desor-
0 O delirium tremens de etiologia alco ólica se be-
, ,
ganiza ç ao de pensamento. A despeito disso, o pa-
neficia de estrat é gias como naltrexona, topira- ciente apresenta- se bastante inquieto a ponto de
mato e d í ssulfiram. n ão conseguir ficar deitado no leito e desejar ficar
Q O propanolol previne o delirium em intoxica çõ es em p é ou andando continuamente , A conduta mais
adren è rgicas, como as provocadas pelo uso de apropriada , nesse momento , é
coca í na e ecstasy (mietilenodioximetanfetam í na ).
0 substituir o haloperidol por quetiap í na 25 mg
vo, à noite.
DIFICULDADE: # manter o haloperidol na sua dose atual e adicio -
nar lorazepant 1 mg VO à noite.
Alternativa A: CORRETA. Doen ç as infecc í osas, distúr-
bios metab ó licos e hidroeletrolítitos sào potenciais BI titular novamente a dose do haloperidol por via
ca usadores de delirium, e os exames citados fazem EV com doses de ataque de 0P 5 mg e depois rea -
parte do rastreio etioló gí to inicial. lizara convers ã o para dose de manutenção oral.
suspender o uso do haloperidol.
Alternativa B; INCORRETA. Os crit é rios essenciais do
CAM- ICU sà o: apresentaçã o aguda e flutuante de
disfunção cognitiva associado a prejuí zo na aten çã o . DIFICULDADE: j
AlternativaC: INCORRETA. Nã o existem estudos robustos Resolução: O paciente fez uso de haloperidol ,. antipi-
quesuportem o uso de amtipsicó ticoscomo profilaxia soc õtico tí pico, devido a um delirium hiperativo, com
prim á ria para delirium. Essas drogas sao utilizadas o objetivo de controlar a agita ção psicomotora . Uma
apenas para o controle de agitação. vez que o quadro agudo foi resolvido , o haloperidol

linktr.ee/kiwifz
(T) D èLirium
Psiquiatria 1 Capitulo 1
Tm
.
deve ser suspenso As queixas atuais do paciente
c. Jniciarcom anticolinesterá sico, devido ao quadro
condizem com a suspeita diagnóstica de acatisia sugestivo de Alzheimer;
(um distú rbio do movimento), o principal efeito -
co d. Iniciar o tratamento com cí talopram, devido ao
lateral do uso de antipsic óticos. Portanto, devemos
quadro sugestivo de depressão.
suspender o haloperidol,

* RESPOSTA:

Questão 3
0
Assinale a alternativa que apresenta as correla çõ es
CORRETAS:

1/ b; 2 / c ; 3 / d; A / a.
-
m
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ /SP - 2017) Fa a a
ç cor-
1/ d; 2 / c; 3 / a; A /b
H 1/c; 2 / d; 3/ b; A /a.
. *m
rela çã o entre a situação clinica e a conduta reco -
1/ c; 2 / d; 3 / a; A / b.
mendada. Situaçã o clínica: pacientes idosos, com
quadro de déficit cognitivo. 0 1/ a; 2 / d; 3/ b; A / c.

1. Primeiro paciente: evolução de 1 ano, apresen- f OlFIOJLDADI: <0


tando Atividades de Vida Diá rias ( AVDs) anor-
mais e exame de mini exame do estado mental • Dica do autor A velocidade de evoluçã o do compro- *m
(minimcntal) 12, para escolarida metimento cognitivo é fundamental no diagn ó stico
de de fl anos , m
HPP: sem doenç as pr évias e em uso de ginkgo diferencial das dem ências.
ó iloba h á 3 meses, indicado por um m édico do Associaçã o 1:(C). Paciente com comprometimento cog- m
.
serviço bá sico de saúde Exames laboratoriais nitivo importante (minimental < 19) e perda de fun-
e TC de cr â nio normais . cionalidade com evolução lenta. TC normal exclui
2 , Segundo paciente: evolu çã o de 9 meses, causas secundárias. Logo, devemos pensar em DA
apre - para este paciente .
sentando AVDs anormais e exame de mini mental
28, para escolaridade de 8 anos. Apresenta - se Associação 2i (D), N ã o h á comprometimento aparente m
com labilidade emocional e ancdonia. Exames da cogni ção neste paciente, e sim um distúrbio
de
laboratoriais e TC de cr ânio normais. humor ( labilidade emocional e anedonia).
. Associação 3: (B). Alteração aguda no ní vel de consciê n
3 Terceiro paciente: evolu ção de 10 dias, com déficit
cia e atenção é sugestivo de delir í um.
-
de atenção, desorientação importante, alteração
ta
do ciclo sono vigí lia . AVDs anormais . Foi im pos - Associaçã o A: (A). Benzodiazepí nicos levam a com
sí vel aplicar o mini mental devido ao d éficit de prometimento da cogniçã o, devendo ser suspenso
- ta
aten çã o. Exames Laboratoriais: hemograma: Hb nesse paciente.
= 1A VCM = 87, leuc ócitos = 12.000, plaquetas = ta
250,000, urina tipol pH = 7.0, densidade 1026, * RESPOSTA; Q
- ta
leuc ócitos = 500.000, hem ácias = 15,000, bacte -
riúria intensa. ta
A. Quarto paciente: evolu ção de 9 meses, ap ôs uso
de benzodiazepínico devido à insónia, apre
sentando AVDs normais e mini mental 26, para
escolaridade de 8 anos. Exames laboratoriais e
-
Quest ã o 4

ÍH.Lt. BETTINA FERRO DE SOUZA /JOÀO BARR 05 BARRETO/PA 2018)


Paciente idoso apresenta quadro de delirium durante
interna çã o hospitalar. Dentre os fatores predispo
-
-
-
nentes a essa condiçã o clí nica, cita - se ta
TC de cr â nio normais.
uso de tr ê s ou mais medicaçõ es concomitante
Condutas recomendadas: mente.
-
ta
a. Suspender o medicamento em uso, devido ao Q distúrbio cognitivo pr évio.
dé ficit cognitivo; Q sondagem vesical prolongada. ta
b. Tratar especificamente a causa desentadeante, paciente acamado.
por se tratar de um quadro de delirium; Q paciente com antibioticoterapia prolongada. ta
198 ta
linktr.ee/kiwifz
DIFICULDADE;
Delir ium RESIDÊNCIA MÉDIC
h H ri

ser suspensas, muito menos abruptameme, para


realiza ção de procedimento cir úrgico.
II

^^ Cap. 1

Resolução: Os principais fatores de risco para o de- Alternativa A: ItJCORRETÂ. Nao se deve suspender as
senuolvimento de del í rium sã o idade avan ç ada e medica çõ es.
presenç a de patologias neurológicas preexistentes,
como doenç a cerebrovascular e distú rbios cogní ti- Alternativa B: INCORRETA. fsl ão h ã evid ência de que haja
vos . Pacientes acamados sem patologias neuroló- benefí cio de uso de neurolépticos para prevençã o
gicas prévias ou idade avanç ada não estão em risco de Delirium.
aumentado de desenvolver delirium. Alternativa C: INCORRETA. De forma alguma ! Deve - se
manter as medica çõ es e , claro, realizar todas as me -
^ RESPOSTA: | didas nã o farmacológicas possí veis para se prevenir
o desenvolvimento de Delirium .

Quest ã o 5 Alternativa D: CORRETA. Deve - se manter as medicações


nas doses anterior mente prescritas e ainda realizar
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO / SP - 2018) Mulher de 78 anos as medidas n ão farmacológicas para prevençã o de
em programa ção de histerectomia abdominal com Delirium.
linfadenectomia por neoplasia de endom étr í o , Em
tratamento de depress ã o e sindrome do p â nico com * RESPOSTA: Q
sertralina 100 mg ao dia, am í triptilina 50 mg ao dia
e donazepam 2 mg ao dia. É hipertensa, em uso de Questão 6
enalapril 20 mg / dia , dislipid êm í ca em uso de ator -

vastatina 20 mg / dí a eleve um AVCi hã tr ês anos, com (FACULDADE DE MEDICINA DO ABC / SP - 2017) Qual das seguin-
hemiparesia grau IV em MSE , em uso de AAS 100 mg / tes caracter í sticas indica que o paciente mais prova-
dia . Tem baixo grau de atividade fí sica. Nega sinto - velmente é portador de delirium que de dem ência?
mas de dispneia , precordialgia, tosse, chiado ou sí n -
cope. Ex-tabagista A 0 ma ç osano, parou há 15 anos. Curso progressivo. C

Nega et í lismo. Nega alergias . Nega hist ó ria de san - \ Curso flutuante .
-
gramento. Exame cl í nico : PA = 150 x fiSmmHg; FC 86
bpm; 1M = 32Kg / m2; SatOjarambiente ^ 9&% , restante
13 Cido sono- vigília preservado .
N í vel de consci ê ncia preservado.
normal. Exames pr é -operató rios: normais. Quanto
ã preven ção de delirium p ó s-operatõrior deve - se:
&íF!CíJUJADE:

Retirar sertralina e amí triptilina e manter clo -


iResolu çã o: Qs principais diagn ósticos diferencias de
nazepan .
delirium sã o as dem ê ncias, depress ã o e psicoses
E0 Acrescentar risperidona ã noite. funcionais. O quadro de delirium é marcado pelo
aparecimento agudo ou flutuante de alteraçõ es
0 Retirar todas as medicaçõ es e se agitar fazer
conten çã o fí sica. cognitivas com desaten çã o, altera çã o no ní vel de
consciência e pensamento desorganizado . No caso .

Manter a setralina, a am í triptilina e o donazepam. de dem ências, espera - se um curso progressivo e


insidioso, com altera çõ es cognitivas vari á veis, mas
DIFICULDADE; com cogni çã o globalmente reduzida . Dist úrbios de
humor e no ciclo sono- vigí lia també m podem ocor -

# Dica do autor: Quest ã o direta sobre prevençã o de rer em ambas as situa çõ es.
delirium no pó s operat ó rio. A paciente faz uso de
-

múltiplas medica çõ es, incluindo inibidor seletivo da * RESPOSTA: d


recapta ç ao de serotonina , antidepressivo tric ídí co
e benzodiazepí nico. Cuidado com a fosforila çã o ex-
Quest ão 7
cessiva na hora da prova !!! Embora os antidepres-
sivos tricí clicos e benzodiazepí nicos possam causar ( ASSOCIAÇÃO M É DICA DO RIO GRANDE D0 SUL - 2017) Em rela-
ou provocar delirium, essas medicaçõ es nao devem ção ao Delirium, é correto afirmar que:

linktr.ee/kiwifz
© Delirium

0 diagn ó stico clinico é confrrmado atrav


é s de DIFICULDADE:
Psiquiatria | Capitulo 1
-
exames de imagem do sistema nervoso central m
(tomografia ou ressonância magnética)
. • Dica do autor; O delirium é a sindrome psiquiátrica
É classificado em hiperativo, hipoativo e misto mais comumente encontrada no hospital geral, de-
.
B A utilizaçã o de benzodiazepinicos deve ser limi- vendo ser suspeitado em qualquer quadro de con
-
tada aos casos de Delirium relacionado ã absti- fusã o mental.
nência alcoólica . Alternativa A: INCORRETA. Delirium é um quadro de ins-
Ao exame físico , a presen ç a de mioclon talação aguda.
ias mul-
tifocais é patognomô ní co de Delirium . Alternativa B: INCORRETA. Pacientes com quadro de-
A inten çã o hospitalar nunca pode ser considera- mencial est ã o sob risco aumentado de desenvolver
da como causa de Delirium . delirium.
AtternativaC:INCORRETA. A primeira linha no tratamento
DIFICULDADE:
do delirium sâo os antipsicó ticos.
Alternativa D: INCORRETA. O substrato orgâ nico do deli-
Resolução:O diagnó stico de delirium é clí nico e otra - rium geralmente está relacionado a infccçõessisté -
tamento depende da sua apresenta çã o, O delirium micas, medicaçõ es e desordens metab ó licas.
é classificado como hiperativo, hipoativo ou misto
. Alternativa E: CORRETA, 0 manejo do estado confusio -
O tratamento da agita çã o psicomotora é feito com
nal baseia - se, principalmente, no tratamen
haloperidol, preferencialmente . Por sua vez, o uso to da
patologia de base.
de benzodiazepinicos fica restrito ao delirium
tre -
mens, secund á rio à abstin ência alco ólica . Portanto, RESPOSTA: 0
a letra B e C est ã o corretas e a quest ão deveria
ser
anulada , mas a banca nã o aceitou o recurso.
Quest ã o 9
RESPOSTA: H
(SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO -
2016) O delirium
no paciente idoso é caracterizado por :
Quest ã o 3
Uma sindrome que se inicia lentamente e tem
(ALIANÇA SAÚDE / PR - 2017) Sobre o delirium no curso flutuante,
paciente
idoso, assinale a alternativa CORRETA. Q Comprometimento global das fun ções cognitivas
e atividade psicomotora normal.
O diagn ó stico do delirium envolve sintomas cr ó-
nicos. Assim , um episódio de início agudo deve B Distúrbio do ciclo sono- vigí lia e manutençã o da
levar a outros diagn ó sticos, como surto psicó- aten çã o.
tico, dem ência avan ç ada ou uso de medica çõ es 13 Perda evidente de memó ria , desorienta çã o e
psicoativas. alucina ções até distúrbios leves de linguagem
13 O principal diagnóstico e percepçà o.
diferencial do delirium
é a dem ência, sendo que nunca podem ocorrer Q A dem ência nã o é considerada um fator de
risco
em conjunto, para o delirium, e sim , um diagnóstico diferencial
.
B A primeira linha no tratamento do delirium sã o
os benzodiazepinicos. DIFICULDADE:

O substrato orgânico do delirium geralmente estã Alternativa AdNCORRETA. O delirium é marcado por
relacionado à infec ção do sistema nervoso cen- apresenta ção aguda e flutuante .
tral subdínica , como a encefalite e a meningite ,
Alternativa B: INCORRETA. O delirium pode ter compro-
B Uma das bases no tratamento do delirium ê atuar metimento global de funçõ es cognitivas e altera çã o
nos seus fatores de risco. Como exemplo, podemos da atividade psicomotora (hiperou hipoatividade)
.
citar reduzir o ruí do noturno, reconhecer preco- Alternativa C: INCORRETA. O dist úrbio do ciclo sono - vi-
cemente a desidrataçã o e a mobilizaçã o precoce
. g í lia é um sintoma inicia! dessa sindrome. O prejuízo
200
linktr.ee/kiwifz
Delinum RESiDÉNCiAMÊDlQâ
n. p. .
Cap 1

de atenção é um critérios fundamentais para diag-


n ó stico pelo CAM-ICU .
Alternativa D: CORRETA. Observe que a alternativa resu -
me as principais altera çõ es cognitivas do delirium.
Alternativa E: INCORRETA. Dem ência pr évia é um fator
de risco para o delirium, alé m de ser um diagnó sti-
co diferencial.
RESPOSTA: |3

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202
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Cap í tulo
TRANSTORNOS PSICÓTICOS
RESIPÊNCIA
MEDICA
2
nm H

O QUE VOCÊ PRECISA SABER:

O Psicose s à o delírios e alucina çõ es


O Psicose pode ser primá ria ou secund á ria, pode ocorrer em doenç as psiquiá tricas ou clinicas
O Esquizofrenia tem um curso com escadas, com picos de sintomas psic ó ticos
e sintomas negativos
O Sintomas psic óticos se d â o por excesso de dopamina na via mesolimbica

O Os antips í c óticos ou neurolépticos tem a çà o antagonista dopamin érgico

1. O QUE É PSICOSE? Os sintomas psic óticos ou a síndrome psicótica n ão l


acontece apenas em quadros psiquiátricos. Eles
podem ser secundá rios ou primá rios. Quando primá-

Psicose = Del í rios ou otucinações ou desor -


rios, o quadro se caracteriza principaimente pelos L
-
sintomas psicóticos, que sã o os que mais chamam •2
gantza çQQ o*
aten çã o e n ão parece haver nenhum outro quadro 0
CL
que justifique os sintomas. Os principais quadros
«r Os nà o psiquiatras costumam confundir muito o psic óticos primá rios s à o esquizofrenia, transtorno
esquizofreniforme, transtorno esquÍ 2oafetivo, trans-
conceito de psicose, A síndrome psicótica nada mais
é que um quadro caracterizado por desconex ão da torno delirante persistente e transtorno psic ótico
realidade, seja na sua percepçà o ou na sua inter - breve. 0 primeiro é o foco desse capí tulo.
preta ção, associado a mudan ç as de comportamento
Nos casos secund á rios, os sintomas psic óticos s ão

** e alteração de afeto. Os sinais e sintomas básicos


dessa síndrome sà o delírios, alucina ções e com -
portamentos e pensamentos francamente bizarros
consequência de algum outro quadro, tais como uso
de medica ções ou drogas, doenç as psiquiátricas e
doenç as clínicas. No caso das doenças psiqui á tricas,

* ou desorganizados. Os delírios nada mais s ã o que


altera ção de pensamento (maisespecihcamente do
conte údo do pensamento), ou seja, da interpreta-
sintomas psicóticos podem ser especificadores ou
sinais de gravidade de doenç a. Podem acontecer, por
exemplo, depressão unipolar com sintomas psic ó ti-
ção da realidade. As alucina çõ es s ão altera çõ es da

* sensopercepçã o, ou seja, dos sentidos (alucinaçõ es


visuais, auditivas, gustativas e assim por diante).
Assim, elas seriam as alterações na maneira como
cos (delí rios de ruína ou vozes mandando se matar),
bipolar em depressão com sintomas psicóticos, bipo-
lar em mania com sintomas psicóticos (delirios de
grandeza, vozes de Deus etc.), transtorno de estresse
o paciente percebe a realidade.
pós-traum ãtico com sintomas psic óticos, entre outros
transtornos. Qs sintomas psicóticos também podem
DICA Del í rio = alteraçao de pensamento. Aluci - ser secundá rios ao uso, intoxicação ou abstinê ncia
-
nações altera çã o de sensopercepção (sentidos); de medica çõ es e drogas. Exemplo: corticoides e
ciprofloxacino podem causar sintomas psic óticos em

203
linktr.ee/kiwifz
(T) Transtornos psicó ticos Psiquiatria I Capítulo 2
'-
idosos e delir íum tremens, síndrome de abstinência sido cada vez mais vista como uma doenç a do neu -
alcoólica grave com sintomas psic óticos. E mesmo t
rodesenvolvimento cujos sintomas come çam antes
quadros clínicos como delirium, hipertireoidismo, mesmo do primeiro surto. Alteraçõ es previamente
encefalopatia hepática e diversos outros quadros
podem cursar com sintomas psicóticos.
existentes ou precocemente adquiridas interagem *
com fatores desencadeantes, modificam os circuitos
cerebrais e determinam o aparecimento do quadro. *
i
A via final comum que causa os sintomas psicóticos é
2. ESQUIZOFRENIA: 0 QUE É? o excesso de dopaminaem uma das viasdopaminérgi - á
.
cas do cérebro, a via mesolimbíca Essa não parece ser â
É um quadro psic ótico primá rio grave caracterizado a causa em si, mas uma via finalem que um problema
principalmente por delírios e alucina ções, normal - anterior (ou vários problemas) se expressa . Todas as é
mente cursando com deterioraçã o progressiva das psicoses, nã o somente a esquizofrenia, parecem se
é
funções cognitivas e dos afetos ao longo dos anos. expressar por essa via final. Combater tal excesso é o
foco dos tratamentos atuais. Os sintomas negativos
seriam secundá rios a uma diminui ção da atividade
.
3 EPIDEMIOLOGIA
dos receptores dopaminérgicos D1 no c órtex frontal . *m
DICA
Sintomas psic ó ticos * excesso de dopamina
A prevalê ncia é de cerca de 1% na população geral na via mesolímb / ca
etem prevalência universal, não variando segundo m
regiã o ou status econ ómico, apesar de ter alguns
.
fatores de risco É discretamente mais prevalente
em homens que em mulheres (1,4:1), mais comum em
.
moradores de á reas urbanas e migrantes Est á rela - 5. SINTOMAS E CURSO CLÍNICO m
cionada també m a complicações de gestaçã o e parto
ou problemas neonatais, bem como traumatismos
Apesar do sintoma inicial ser considerado o primeiro fm
cranianos na infância e retardo de desenvolvimento . surto psic ótico, é comum o paciente ter personalidade
-
Por fim, associa se a histó rico de abuso fí sico e
sexual, uso de drogas e isolamento social . -
pré m ó rbida alterada (isolamento social, atrasos de
desenvolvimento neuropsicomotor, timidez), asso -
Tem pico de incidência em pessoas jovens (16 a 24), ciada a sintomas prodr ômicos inespecificos (nos
mas pode acontecer mais tardia ou precocemente. meses ou anos antes do primeiro surto o paciente
Aos 40 anos, parece haver outro pico de incidência costuma ficar mais isolado, ter piora de desempe -
(bem menor que em pacientes jovens). Ap ós os 60 nho cognitivo, comportamentos peculiares e at é
anos é muito raro de ocorrer . desenvolver quadros depressivos). Todo esse perí odo
Existe influê ncia gené tica. Normatmente poligènica, -
pré mó rbido e prodr ô mico culmina com o primeiro
com maior incidência em parentes de primeiro grau episódio psic ó tico no adulto jovem .
com o quadro e entre irm ãos gêmeos. Classicamente separam- se os sintomas em positivos
e negativos. Os primeiros s ão sintomas que "est ã o
a mais", por exemplo, ouvindo vozes que nã o exis-
4. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA tem (alucina çõ es), tendo certeza de ideias bizarras
ou não verdadeiras (delírios), comportamentos ou
pensamentos desorganizados, entre outros. Os delí -
A etiologia da esquizofrenia ainda é bem desco - rios persecutórios e as alucinaçõ es auditivas s ão
nhecida . Provavelmente é uma doença multifatorial os sintomas clá ssicos e mais comuns. Nos surtos,
causada pela associação de fatores genéticos her- o paciente tamb ém pode cursar com alteraçõ es de
dados com fatores do desenvolvimento, quest õ es forma e conteúdo de pensamento, eco e inserção de
ambientais, ocorrências de vida e uso de drogas. Tem pensamentos, altera ções de unidade e identidade

204

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Transtornos psic óticos RESIDEUGIA MÉDICA
J5
ii n a

do eu, delírios de i nflu ê ncia, controle e passividade, Crit érios Diagnósticos para
d esorienta ção, comportamentos francamente biza r - Esquizofrenia segundo o O SM 5:
ros, comportamento Câtãtônko e até agita ção e
agressividade. Ainda durante os surtos, é comum o D, Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou
paciente nao ter critica ou percepção dos sintomas bipalarcomcaracteristicas psic óticas são descarta- j
dos porque 1) nã o ocorreram epis ó dios depressivos
ou do quadro (falta de critica de doen ç a ) . maiores ou maní acos concomitantemente com os
sintomasda fase ativa ou 2) se episò diosde humor
Os sintomas negativos sã o os sintomas "a menos" ocorrerami durante os sintomas da fase ativa, sua
ou a diminuição de comportamentos normais. Nesse duraçã o total foi breve em relação aos per í odos
grupo, enquadram -se embotamento afetivo, diminui - ativo e residual da doen ç a.
ção de fala, autonegligência, diminuição de vontades,
piora de cognição, entre outros. Os sintomas negati - E, A perturba çã o pode ser atribuí da aos efeitos fi -
siol ó gicos de urna subst â ncia ( droga de abuso,
vos muitas vezes estã o presentes antes da primeira medicamento) ou a outra condiçã o m é dica.
crise. Â a ção da medicaçã o nesses sintomas ê frustra,
mesmo para os novos antipsic ó tí cos . F. Se h ã hist ó ria de transtorno do espectro autista
ou de transtorno da comunica çã o iniciado na in -
fância, o diagnó stico adicional de esquizofrenia è
Critérios Diagnósticos para realizado somente se houver delírios ou alucina ções
Esquizofrenia segundo o D5M 5: proeminentes além dos demais sintomas exigidos
*
de esquizofrenia, que est ã o tamb é m presentes por
A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente
pelo menos um mês (ou menos, se tratados com
por uma quantidade significativa de tempo durante
perí odo de um m ê s (ou menos, se tratados com
sucesso) .
Sucesso ). Pelo menos um deles deve ser (1), ( 2 ) ou
0): Costuma evoluir em crises e remissões de sintomas
.
1 Delí rios . psic óticos com piora de funcionamento e cogn ição a rn
.
2 Alucinaç &es . cada crise. No curso da doen ç a, as crises tendem a
"E

.
3 Discurso desorganizado. diminuir e o paciente entra em est ágio mais cr ó nico

3
cr
4. Comportamento grosseiramente desorganizado com prevalê ncia de sintomas negativos, cogniti - o.
l/l

ou catat õ nico. vos e perda de funcionalidade socio- ocupacional.


5. Sintomas negativos (expressão emocional di
minuí da ou avolia).
- De maneira geral., a esquizofrenia é uma doen ç a
de progn óstico ruimp porque "ataca " um paciente
jovem, no início de sua vida produtiva, e tem grande
B . Por per í odo significativo de tempo desde o apare
cimento da perturba ção, o ní vel de funcionamento
- .
impacto geral na popula çã o Estima - se que 75% dos
em uma ou mais á reas importantes do funciona- portadores desse quadro não trabalham ou est ã o
mento, como trabalho, rela çõ es interpessoais ou desempregados. C álculos tamb ém apontam que, em
autocuidado, est á acervLuadamente abaixo do ní vel paí ses desenvolvidos, dois terç os dos moradores de
alcan ç ado antes do inicio (ou, quando o inicio se dã
na infância ou adolesc ência, incapacidade de atingir rua sofrem de esquizofrenia.
o ní vel esperado de funcionamento interpessoal,
acad é mico ou profissional).
Esquizofrenia = crises de sintomas posi -
C, Sinais cont í nuos de perturba çã o persistem durante, tivos com curso crónicos de sintomas negativos
pelo menus, seis meses. Esse perí odo deve incluir no progressivos;
m ínimo um mé s de sintomas (ou menos, se tratados
com sucesso) que precisam satisfazer Crit ério A
..
fi e , sintomas da fase ativa) e pode incluir per í odos
de sintomas prodr õ micos ou residuais. Durante es-
ses per í odos prodr õ micos ou residuais, os sinais da
perturba çã o podem ser manifestados apenas por 6, TRATAMENTO
sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas
listados rio Crit ério A presentes em forma atenuada
(cren ç as esquisitas, experiências perceptivas inco
muns) r
- A medicaçã o de primeira escolha s ão os antipsi -
c õticos * tamb é m chamado * neurol épticos. Eles se

205
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(7) Transtornos psicó ticos Psiquiatria I Capitulo 2

separam em antipsic ó ticos t í picos ou de primeira alteraçõ es de glicemia e colesterol. Outros efeitos
gera çã o e atí picos ou de segunda gera çã o. A a ção colaterais possíveis para essas medica ções são sono-
b á sica deles é a inibiçã o da dopamina nas vias cere - lência , aumento de prolactina , efeitos antí coliné r-
brais, com foco na via mesolimb í ca , que é a via gicos , n á useas, tontura, sintomas gastrointestinais
relacionada aos sintomas psicóticos. Por é m, eles e sintomas sexuais.
agem em outras vias dopamin érgicasque estão rela-
cionadas aos efeitos colaterais. Existem A principais DICA
vias Dopaminérgicas: Ant /psí có titos T í picos = Sintomas extra
piramindais. Antipsicóticos At í picos = Sindrome
metabólica.
Vias Dopaminérgicas
1) Ví a mesolimbica, relacionada ao prazer, vontade
Abaixo, temos uma tabela com os principais antip -
e recompensa. É a via relacionada aos sintomas
psic óticos. sicóticos.

2) via nigroestriatal, relacionada ao parkinsonismo Doses


Secund á rio ou sintomas extrapiramidais.
Haloperidol 5 â 15mg
3) via mesocortical, relacionada a sintomas cognitivos.
CLorpromazina 100 a soomg
4) via tuborointundibular, relacionada à prolactina. Principais
antipsic óticos Outros :
T í picos Levomepromazina,
Quando a dopamina é excessivaimente bloqueada Periciazina ,
nessas outras vias, surgem os efeitos colaterais. Os Trifluroperazina ,
antipsic óticos at í picos tem també m ações seroto - Pimozí da
nin èrgicas (especialmente 5 HT 2A ), que faz com que Risperidona 2 a 8 mg
eles tenham outras ações e menos efeitos colaterais
Olanzapina 5 a 2 Qmg
(como se a açã o serotoniné rgica equilibrasse melhor
Principais Quetiapina
a açâ o dopamin è rgica nas outras vias). 200 a SOOmg
antipsic ó ticos
atí picos Outros: Clozapina 1

DICA Amitsulprida ,
Antipsic ó ticos soo antagonistas dopami- Zí prasidona,
nergicos; Aripiprazol , Lurasidona

A principal diferenç a entre os antipsic óticos típicos As medidas não farmacológicas também são essen-
(haloperidol, clorpromarina, levomepromazina , entre ciais na melhora do quadro, especialmente porque
outros) e os antipsic ó ticos atípicos (olanzapina , as medica çõ es s ã o boas para os sintomas positivos ,
risperidona , quetiapina, clozapina, entre outros} é mas fracas contra os sintomas negativos. Acom-
a incidê ncia de si ntomas extrapiramidais : parkinso - panhamento multiprofissional ( psicó logo, terapia
nismo secundá rio, acatisia , disto nia e discinesias. Os ocupacional, arteterapia, acompanhante terap ê utico},
primeiros provocam mais esses efeitos colaterais. seja individual ou em grupo , é essencial para melho-
Os segundos costumam causar mais efeitos colate - rar o prognóstico e na tentativa de preservação do
6
rais metab ólicos, como aumento de peso e apetite , funcionamento social.
u
6

206
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RESID ÊNCIA M ÉDICA
Transtornos psicóticos 1 n a EI

QUEST ÕES COMENTADAS

Quest ã o 1 mesmas caracterí sticas da catatonia maligna: Febre;


Rigidez muscular ; Altera çã o do estado mental; Al -
-
(HOSPfTAL DAS CLÍNICAS DE GOIÁS 2019) Leia o caso clinico a teraçã o autonômica.. Epis ódios letais têm diminuí -
seguir. P.t de 19 anos, apresenta febre alta há quatro do devido maior conhecimento sobre a sindrome e
dias que evolui com frequ ê ncia cardí aca de 130 BPMp diagnóstico precoce.
taquiprve í a, pressão arterial oscilando entre 95x 50
mm H í ge 170x100 mm Hg rigidez muscular, tremores
Alternativa A:INCORRETA. Apesar de ser um diagn ó stico
* diferencial, o paciente nao apresenta sepse visto que
e, h 24 horas, desorienta çã o temporal e espacial,
ã
n ã o possui foco infcccioso presente. As alteraçõ es
flutua çã o do ní vel de consciê ncia, discurso confuso
como febre ( tamb é m relacionada com altera ções
e alucina ções visuais. Previamente, era higido, ex =
ceto pelo diagn ó stico recente de esquizofrenia para -
no hí pot ãlamo centro regulador de temperatura),
o q uai foi medicado com haloperidol 10 mg por dia
* . leucocitose, CPK e alterações de enzimas hep á ticas
est ã o relacionadas à forte rigidez muscular que a
hã cerca de duas semanas. 0 hemograma vem corri
leuc ó citos de 16,000, sem desvio à esquerda, CPK sindrome neurolé ptica gera, fazendo com que ocorra
m
aumento do metabolismo muscular.
de 12000 ( VR: 22 a 334), DHL de 800 (240 - 480), TGO 3
Cf
120 (VR at é 40) TCP 130 ( VR at é 56). O EAS veio $ f> m Alternativa B: INCORRETA, Meningite assé ptica ou me - if
í
QL
leucocituria, a radiografia de tórax esta normal Exa - ningite estéril è uma condição na qual existe uma
me do liquor sem indícios dc infecçâo, Tomografia inflamação das camadas que revestem o cé rebro,
de cr â nio sem les õ es expansivas ou hemorr ágicas. as meninges, mas nao é causada por bactérias pio -
.
Hemocultura ainda sem resultado Qual é o diag- gê n í cas, E mais comum em crianç as menores de 5
n ó stí co mais provável e qual é a conduta adeq uada? anos e adultos í munocomprometidos.

Q Sepse de desconhecida com delirium -


origem
AlternativaC:CORRETA. A Sindrome neuroléptica maligna
aumentar a dose do haloperidol e antibioticote -
è um diagnóstico de exclusã o. Est á relacionado com
rapia de largo espectro. presen ç a de rigidez grave + hipertermí a associado
com a uso de neurolépticos e com dois ou mais sin -
Meningite ass é ptica - manter o haloperidol e sin - tomas abaixo ( autó nomos, estado mental e exames
tomãticos at é resolu ção espont â nea. laboratoriais):
H Sindrome neuroléptica maligna - suspender ha- 1 - Pi afore se: suorexcessivo; 2 - Bisfagia; 3 -Trem os;
loperidol e iniciar hromocriptina . 4 - Incontin ê ncia; 5 - Confusão /coma; 6 - Mutismo;
Sindrome catatõnica da esquizofrenia - trocar o -
7 Taquicardia / taquipneia; 8 - PA elevada ou ins-
antlpsicótico por um de segunda gera ç ao. t á vel; 9 - Leucocitose: pode ter desvio à esquerda;
10 - CPK elevada: bastante elevada no mí nimo 4x.
!

DIFICULDADE; é o que diferencia també m da catatonia, que nã o é


t ão elevada nela; 11 - Urina: pode apresentar mio -

* Dica do autor: A sidrome neuroléptica maligna é globinú ria; 12 - Sódio: pode estar aumentado ou
uma idiossincrasia: paciente que tem predisposiçã o -
diminuí do; 13 - Ferro s é r í co: diminuí do; 14 Ca e
gen ética e responde de forma diferente aos antip - Mg; diminuí dos; 15 - Gasometria arterial: acidose
sicõticos. É uma complica çã o grave, com uma inc í - metab ólica; 16 - EEG: Ondas urn pouco diminuí das;
d é ncia de 0.01 - 0.02% e mortalidade 10%. Possui as 17 - LCR: normal.

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(T) Transtornos psicóticos Psiquiatria | Capítulo 2

Os sintomas não podem ser devidos a uma substância Depressão psic ótica; antidepressivo associado
e nã o podem ser bem explicados por um transtorno a antipsicótico
mental.
B Primeiro episódio psic ó tico; ben2odiazepínico
O Tratamento e manejo: Retirar agente causador: associado a antipsicótico
entre 7/ 10 dias o paciente melhora; Expansão volê -
mica agressiva: desidratação é uma causa precipi-
tante e também uma consequência; Monitoramento
sé rico e corre ção de eletr ó litos; Fluidos alcalinos ou
HC03: previnem diminuição da falência renal; Moni-
toramento para complicações; BDZ: Lorazepam 1 - 2
DIFICULDADE:

Resolução: Os sintomas descritos permitem um diag-
nó stico clínico de surto psicó tico, que de um modo
geral apresenta uma ou mais das seguintes carac-
-
ã
ã
mg IV (n ão disponivel no Brasil), Estudos mostram terí sticas: (1) delírios; (2) alucinações; (3) desorga-
bons resultados com o uso de donazepam , mida- niza ção do pensamento, (4) agita çã o psicomotora / m
zolam, alprazolam; Agentes colinérgicos: Reduzem agressividade. A letra E propõe o diagnóstico correto m
tempo de recuperação e mortalidade - Amantadina e a conduta mais adequada para este momento: a
(preferencialmente) 200 - 400 mg / dia VO ou SNE, agita ção psicomotora e as manifestaçõ es de abs-
Bromocriptina 2,5 mg VO: CUIDADO! Apresenta efeito tinência a múltiplas substâ ncias sã o preferencial-
rebote; Dantrolene 1 - 2,5 mg / kg Hipertermia , mente abordadas com o uso de um benzodiazepí -
m
rigidez muscular e hipermetabolismo; Eletroconvul- nico, enquanto os sintomas psic óticos demandam a
soterapia nos casos em que nada resolve. associaçã o de um agente antipsic ótico,
Alternativa D: INCORRETA. A diferença com a síndrome RESPOSTA: 0
catatô nica está justamente no uso do antipsicótico.

-
t' RESPOSTA: Q Quest ã o 3

(HOSPITAL OE CLÍ NICAS DE PORTO AltGRE /RS - 2016) Atendente


Quest ão 2 de telemarketing de 36 anos, divorciada , previamen-
te h í gida , consultou por vir apresentando quadro de
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - 2016) Homem, 22 desânimo, abulia , tristeza e falta de apetite há 3 se-
anos de idade , chega ao pronto- socorro com his- manas. Negou idea ção suicida ou homicida e sinto -
t ória de altera çã o do comportamento hà 2 dias, mas psicóticos. Relatou episódios de impulsividade
tendo agredido a mãe há poucas horas. Acusa os e abuso de cocaí na no passado. Na última consulta
pais de colocarem c âmeras pela casa para vigiã - lo na unidade de sa úde, há mais de 1 ano , para coleta
e de tentarem envenená - lo. Os pais relatam que o de material para exame citopatológico, queixara- se
paciente faz uso abusivo de álcool e uso regular de de irritação e ansiedade, acompanhadas de taquip-
maconha há um ano, além de grandes quantidades s í quismo e constru ções mentais grandiosas. Com
de coca í na no último mê s. Negam doenç as pr é vias base nesse quadro, assinale a assertiva CORRETA:
do filho e referem histó ria de depend ência quí mica
e de esquizofrenia na famí lia (tio e primos). O exame Farmacoterapia é o principal tratamento, embora
clínico é normal e o do estado mental revelou de - psicoterapia associada possa complementá- lo;
sorientação alopsíquica, hipotenacidade, agita ção o manejo inicial pode ser realizado com lí tio e
psicomotora, ideias delirantes de car áter persecu- fluoxetina.
tório. O diagnóstico e o tratamento inicial no pron- B É mais comum haver virada maníaca com o uso
to- socorro, respectivamente, são: de inibidores da recaptaçâo da serotonina do que
com antidepressivos tricí clicos.
Síndrome de abstin ência alc óolica; diazepam ou
Q Eletroconvulsoterapia n ã o è efetiva nesta si-
lorazepam tua çã o.
Depend ência de múltiplas substâ ncias; naltrexo - Q Os antipsicóticos nã o são utilizados pelo risco
na associada a suporte psicoter ápico de acatisia.
B Transtorno bipolar, episódio misto; carbonato B Quanto maior o tempo de acometimento, melhor
de lí tio resposta a paciente apresentará ao lí tio.

208

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Transtornos psicóticos RESIQÊNCIÃ MÊP1ÇA

DIFICULDADE: B Sentimento de dúvida, perfeccionismo, escrupu -


losidade, verificaçõ es, e preocupaçã o com porme-
nores , obstina çã o, prudência e rigidez excessivas.
Alternativa A: CORRETA. Paciente com hist ó ria de Trans
torno Bipolar. Nesse momento, encontra se depri -
- -
- O transtorno pode se acompanhar de pensamen
tos ou de impulsos repetitivos e mtrusivos nã o
mida, sendo a abordagemi farmacoló gica a mais
efetiva. Os objetivos do tratamento da fase aguda atingindo a gravidade de um transtorno obses-
sãos tratar mania sem causar depress ã o e / ou oonsis- sivQ - compulsí vo.
tentemente melhorar depressã o sem causar mania.
O lí tio em associaç ao com a fluoxetina é descrito
Tendê ncia sistemática a deixar a outrem a toma -
da de decisõ es importantes ou menores; medo
como opção para prevenir / tratar a depressã o em de ser abandonado - percep ção de si como fraco
pacientes bipolares . e incompetente; submissã o passiva à vontade
Alternativa B: INCORRETA. Estudos demonstram que o do outro ( por exemplo de pessoas mais idosas)
uso de antidepressivos triciclicos est ã o mais rela - e u ma dificuldade de fazer face à s exigências da
danados aos epis ó dios de mania . vida cotidiana; falta de energia que se traduz por
altera ção das funções intelectuais ou perturbaçã o
Alternativa C: INCORRETA. Eletroconvulsoterapia pode das emoçõ es; tendê ncia frequente a transferir a
ser utilizada em Transtornos umpolar ou bipolar, responsabilidade para outros.
Alternativa D: INCORRETA. H Desprezo pelas obriga çõ es sociais, falta de em -
patia para com os outros. Desvio consider ável
Alternativa E:INCORRETA. An tipsicóticos podem ser utili- entre o comportamento e as normas sociais es-
zados, principalmente nos quadros agudos de mania.
tabelecidaSp que não é facilmente modificado
RESPOSTA! Q pelas experi ências adversas, inclusive pelas pu -
niições. Existe uma baixa tolerâ ncia à frustra çã o m

e um baixo limiar de descarga da agressividade, m


3
inclusive da violê ncia . Cf
Quest ão 4 CL

{FUNDAR Ã O UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - 2016) Se DIFICULDADE:

gundo a 10£ Edi çã o da Classifica çã o Internacional de


-
Doenç as (CID 10), os transtornos de personalidade Resolução; Segundo o CID -1D: Transtorno de persona-
são estados e tipos de comportamento clínicamente lidade caracterizado por tend ência ní tida a agir de
significativos, que tendem a persistir e sao a expres- modo imprevisí vel sem considera çã o pelas conse-
são caracterí stica da maneira de viver do indiví duo e quências; humor imprevisí vel e caprichoso; tend ência
de seu modo de estabelecer rela çõ es consigo pr ó prio a acessos de c ólera e uma incapacidade de controlar
e com os outros. Qual padrao a seguir corresponde os comportamentos impulsivos; tendê ncia a adotar
ao transtorno de personalidade borderline ? um comportamento briguento e a entrar em conflito
com os outros, particularmente quando os atos im -
Retraimento dos contatos sociais, afetivos ou ou - pulsivos são contrariados ou censurados. Dois tipos
tros, prefer ência pela fantasia, atividades solilã- podem ser distintos: o tipo impulsivo, caracterizado
rias, reserva introspectiva e incapacidade de ex - principalmente por uma instabilidade emocional e
pressar seus sentimentos e experimentar prazer. falta de controle dos impulsos; e o tipo "borderli -
ne" caracterizado, alé m disto, por perturbaçõ es da
Tendência n í tida a agir de modo imprevisí vel semi autoimagem, do estabelecimento de projetos e das
considera çã o pelas consequ ê ncias; humor im - preferé ncias pessoais, por uma sensa ção cr ó nica
previsí vel e caprichoso; tendê ncia a acessos de de vacuidade, por rela çõ es interpessoais intensas e
c ó lera e uma incapacidade de controlar os com -
portamentos impulsivos; tend ência a adotar um
inst ãveis e por uma tendência a adotar um compor -
tamento autodestrutivo, compreendendo tentativas
comportamento briguento ea entrarem conflito de suicí dio e gestos suicidas.
comi os outros, particularmente quando os atos
impulsivos s ã o contrariados ou censurados. RESPOSTA: 0
209
linktr.ee/kiwifz
(T) Transtornos psicó ticos
Psiquiatria I Capí tulo 2

Quest ão 5

(ASSOCIAÇÃO M ÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL - 2019) Em


rela-
çã o à discinesia tardia , analise as assertivas abaixo:
L Movimentos periorais sã o os mais comuns e
incluem movimentos bruscos de torçã o e pro -
trus ão de lí ngua , movimentos mast í gat ó rios
laterais da mandí bula, contração dos lábios e
caretas;
Mulheres sà o mais propensas a ser afetadas do
IL
que homens;
HL A dozapina deve ser evitada rio tratamento da
discinesia tardia .
Quais est ã o corretas?

Apenas I.
Apenas I e I!. *
H Apenas Jl e lll.
t, II e lll . «
DIFICULDADE;
«
• Dica do auton Dentre os efeitos crónicos que o uso
de alguns antipsic ó ticos pode causar, temos a dis-
cinesia tardia ( movimentos involunt ários da boca .
Mulheres e idosos são mais afetados) e a distonia
cr ó nica (contra çã o muscular que persiste).
« -
Alternativa A; INCORRETA,
Alternativa B: CORRETA.
t-
«-
AlternativaC; INCORRETA, A lll é falsa pois a clozapina é
dos antipsicóticos atípicos que causam pouco efei-
tos extrapiramidais. Ele est á mais envolvido com a
agranulocitose
Alternativa D: INCORRETA.
«-
*--
RESPOSTA: EI
t
«
«-

linktr.ee/kiwifz
TRANSTORNOS RELACIONADOS Capítulo

A SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 3
MEDICA
e, n já í?

O QUE VOCÊ PRECISA SABER:

O Álcool é a droga mais consumida no mundo


O 0 uso do drogas perpassa v á rias fases: uso agudo ou intoxica çã o, abstinê ncia e fase do manuten ção;
O Sindrome de abstin ê ncia alcoó lica é a abstin ê ncia mais comum

O Uso e abuso de drogas est ão entre os princi- 0 uso e abgso de substâ ncias está estritamente
pais problemas de saú de publica no mundo , tendo ligado a esse efeito agudo . Normalmente relacionado
tamb ém um grande impacto social (criminalidade, ao sistema de recompensa (SR ), relacionado ao desejo
violência e conflitos familiares). Cerca de 2 bilh ões sexual , vontades, alimentaçã o e prazer, e quando
de pessoas no mundo fazem de á lcool, cerca de 1 estimulado em excesso gera a depend ê ncia , tanto
bilhão usa nicotina e outras 185 milh õ es fazem uso a drogas quanto a comportamentos, O SR é formado
de drogas ilí citas. por algumas estruturas normalmente vinculadas ao
a via m esolí mbi ca (á rea tegme n tar ventral d o mesen- n
eéfalo at é o nú cleo accumbens do sistema limbico),
e a via mesocortical (mesma origem mas indo at é -
1. CONCEITOS INICIAIS D

o cort é x pr é frontal), O principal neurotransmissor a


envolvido nessas vias é a dopamina.
A sindromc de abstinê ncia pode ser definida como
1.1. INTOXICAÇÃO, ABSTINÊNCIA E
sintomas fí sicos e mentais decorrentes da redução
MANUTENÇÃ O
nas concentra çõ es de uma subst ância no sangue ou
tecidos em indiví duo que fez uso de forma intensa e
0 uso de subst â ncias psicoativas e medicamentos prolongada . Em gerai, os sintomas sã o o oposto dos
que causam depend ê ncia é pr á tica atualmente experimentados na intoxicação aguda ,
difundida em todo o mundo. Todo uso patoló gico
de drogas envolve 3 fases b á sicas: a intoxica çã o A fase de manutençã o seria a fase mais cró nica, ap ós
aguda , o perí odo de abstin ê ncia e o perí odo de passado esses sintomas agudos. Inclui perí odos
manuten çã o. variados de semanas ap ó s o último uso, at é anos.

A intoxica çã o aguda é justamente o efeito agudo


da droga . A euforia, a sensa ção de bem estar ou
recompensa , o estado mental alterado ( alucina çõ es 2 . CONCEITOS GERAIS SOBRE
ou fantasias), ou até o sono. Normalmente as drogas DEPENDÊNCIA DE DROGAS
são classificadas pelo efeitos agudo: depressores
do SNC (álcool, opioldes, GHB, henzodiazepínicos),
estimulantes (coca í na. Crack , MDMA , ecstasy), Alu- As pessoas tendem a relacionar õ dependente de
cin ógenas (maconha , LSD, inalantes, chá s diversos alguma droga a algué m que bebe muito ou que bebe
incluindo a ayahuasca, anticolinè rgicos). É claro que todo dia . No entanto, quantidade e frequência sào
essa classificação nem sempre è precisa , maconha apenas dois dos critérios para se caracterizar um uso
por exemplo a depender da esp écie e concentraçõ es patológico de drogas. Sendo assim, é plenamente
de THC e canabidiol pode ter efeitos diversos. possí vel o paciente ter um problema com uso de

211
linktr.ee/kiwifz
© Transtornos relacionados a substancias psicoativa
s
Psiquiatria f Capitulo 3

*
-
álcool (ou qualquer droga licita ou ilí
cita) sem beber
diariamente . Alcoolemia

Essa divisã o entre uso abusivo de drogas * Reflexos bastantes lentificados


e depen- • Problemas
dência de drogas é controversa na literatura de equil í brio e movimento
. O DSM 0,10 - 0,29 (coordena ção motora)
5 por exemplo, chama tudo de Transto
rno por Uso • Fala arrastada m
de Substâncias Psicoativas, mas classifica em
leve, * Vómitos
moderado e grave.
• Letargia profunda
Normalmente para se caracterizar uso patológico de 0,30 ã 0,39
Perda da Consciência
uma droga , de maneira genérica, o paciente tem
que
ter mais de 12 meses de: uso em maior *0,40 • Inconsciência , coma , morte
quantidade ou
por mais tempo que o pretendido; desejo persiste
nte
e fissura pelo uso; falhas nas
tentativas de reduzir O tratamento aqui envolve mais suporte
o uso; muito tempo gasto (não necess
ariamente
clí nico e
controle de sinais vitais. É comum esses pacientes
m
diariamente) com procura, uso ou com a recupera - desidratarem o que indicaria hidrata ção (VO ou
ção; toler â ncia (diminuição ou perda do
efeito com IV, a depender da condiçã o clínica ),
assim como o
as mesmas doses ou aumento da dose);
sintoma de paciente pode ter vómitos intensos, hipoglicemia
abstin ência; problemas pessoais e sociais pelo ,
uso; convulsões , desnutrição, alteraçõ es hepá
manuten çã o do uso mesmo ap ó s percep ticas e
çã de ter
o distúrbios hidroeletrolí ticos, que podem ser tratado
um problema ; e redu çã o ou abandono de s
outras com reposiçõ es e medica çõ es sintomá ticas.
atividades em prol do uso. Perceba que a caracte- Só um
lembrete: para evitar síndrome de Wernicke
rizaçã o do problema advém de um panorama Korsa-
amplo koff, em usuá rios cr ó nicos de álcool, sempre
e multidimensí onal. que
for repor glicose tem que ser admini
strado tiamina
intramuscular ou intravenosa.
Pela desinibição e reduçã o de poder de
3. ÁLCOOL julgamento
pode ocorrer desse paciente ficar agitado ou
agres-
sivo, nesse caso ê CONTRAINDICADO o uso de ben-
zodiazepinicos, pois agem no mesmo receptor
do
I 3.1. INTOXICAÇÃ O ALCOÓLICA álcool podendo gerar rebaixamento grave de ní
de consciência e depress ão do sistema respirat
vel
ório.
Esse é o efeito agudo do álcool, o que todos pro- Nesses casos, melhor tentar a conten çã o mecâ
nica
curam ao beber . Em doses bem baixas á lcool tem associado a antipsicótico (como haloperidol ou olan
-
efeito desinibidor: Aumento de Ritmo Cardiac zapina) ou outra medicação sedativa.
oe
Respiratório e leve sensação de euforia
e relaxa- DICA
mento. A medida que alcoolemia vai Agitaçao secund á ria a uso de á lcool : usar
aumentando
v ão aparecendo outros efeitos: antipsicó tico

Alcoolemia
* Aumento de Ritmo Cardí aco e Respi -
3.2. S Í NDROME DE ABSTIN ÊNCIA
0,01 e 0 , 05 rató rio
• Leve sensa çã o de euforia ALCOÓLICA ( SAA )
e relaxamento
• Entorpecimento fisiológico de diversos
O álcool figura entre as principais substâncias
sistemas líci-
0,06 a 0,10 •Diminuição da capacida tas atualmente utilizadas pela população
de de discerni- mundial,
mento e perda de inibi çã o sendo considerado problema de saú de p ú
blica em
• Diminuiçã o da
aten ção e vigília muitos paí ses, incluindo o Brasil. Estima - se que
50% dos usuários crónicos experimentam
sintomas

212
linktr.ee/kiwifz
Transtornos relacionados a substancias psicoativas RESIDÍ NCIA MÉDICA
I» r í » yi

de abstinê ncia, quando ocorre redu çã o súbita da


seguidos dos sintomas auton ô micos, O pico de
ingest ã o de álcool.
incidência das convulsõ es ocorre nas primeiras
Como descrito anter í ormente os sintomas de absti- 24 horas. De 3% a 5% dos usu á rios apresentam
nenc í a ocorrem ao diminuir abruptamente o uso , A delirium tremens ( DT ). Um quadro mais tardio e
fisiopatologia é fácil de entender: com o uso contínuo grave, que, em geral, inicia- se de 48 a 96 horas
de uma subst ância externa o cé rebro tenta equilibrar ap ô s a última dose, com dura ção de um a 10 dias
isso produzindo uma sé rie de neurotransmissores ou mais. A mortalidade do DT é de 5% a 25% e o
compensat ó rios. Ao interromper abruptamente o paciente apresenta desorienta çã o, alucina ções,
uso externo, só sobra no c é rebro as subst â ncias confus ão mental , instabilidade autonô mica, po -
compensató rias que geram os sintomas da absti- dendo levar a arritmias e morte. Pacientes com
n ê ncia. No caso do á lcool, ele age no recepetordo CIWA- Ar (Clinicai /nstjfute Wí thdrawaMssessment
GABA, principal neurotransmissor depressor do SNC, ofAlcohol Scate, revised ) superior a 15, com outras
O cérebro inunda o c érebro de Glutamato, princi- to morb i d a de s, convu l soe s p o r a bsti n ênc í a p r é
vias
pal neurotransmissor excitat ó rio, para compensar e DT pr évio s ã o mais propensos a desenvolvê- lo.
Ao tirar essa grande fonte de GABA , sobra apenas
glutamato, que gera os sintomas excitat ó rios de
sudorese, mal estar, tremor, podendo a chegar a ter I 3.2.1, AVALIÀÇ AO
convulsõ es e sintomas psicó ticos.
Inidalmente deve- se:
De acordo com o DSM 5 ( Diagnostic and Statisticai O Colher anamnese completa . Hist ória de uso, pa-
Manual of Mental Disorders , 5lK edition ), os critérios drao deconsumo, quantidade e frequ ê ncia , último
para definir SAA s ã o : uso, quadros pr é vios de SAA, entre outros pontos;
O Cessa çã o (ou redução) do uso pesado e prolon- O Exame fí sico completo ( com aferi çao de sinais
gado de álcool; vitais); 03

O Dois ou mais dos seguintes sintomas, desenvol- m


O Atentar para a presen ça de comorbidades clínicas
vidos no perí odo de algumas horas a alguns dias ou psiqui á tricas; O*
após cessa ç ao (ou reduçã o) do uso de álcool des- CL
crita no Crit ério A : 1 - hiperativkfade auton ômica Õ Solicitar exames pode ser importante para ver
(exemplo: sudorese ou frequência cardíaca maior complica çõ es (glicemia, eletr ólitos , função he -
que 100 bpm); 2 - tremor aumentado nas maos; 3 pã tica , hemcgrama, entre outros).
- insónia; 4 - náuseas e võmitos; 5 - alucinações
ou ilus õ es visuais, t áteis ou auditivas transitórias; Para decisão eacompanhamento terap êutico, pode -
6 - agitação psicomotora ; 7 - ansiedade; B - con - -se utilizar a escala CIWA- Ar (Tabela 1). Casos leves
vulsões tônico -clônicas generalizadas; podem nã o precisar de tratamento específico. Casos
O Os sinais e sintomas do Crit ério B causam sofri - de moderados a graves necessitam de monitora -
mento clinicamente significativo ou preju í zo no mento contínuo e medica çao adequada para evitar
funcionamento social, profissional ou em outras complicações maiores como o delirium tremens.
áreas importantes da vida do indiví duo;
O Os sinais e sintomas nao são atribuí veis a outra .
Tabela 3 Clinicai institute withdrawal Assessment
of Alcohol Scale, revised (CIWA - Ar ).
condição m é dica nem s ã o mais bem explicados
por outro transtorno mental, incluindo intoxica ção
por ou abstinência de outra subst ância; Distú rbios t á teis
Ná usea
Nenhum
O Em geral, ap ó s cessa çã o do consumo, os primei- Nã o há
Alucina çòes muito leves
ros sinais e sintomas surgem dentro de seis a 12 4. Náusea intermitente
horas , atingindo seu pico com 48 horas e redu - Parestesias moderadas
7, Náusea constante e
zindo a partir do 42 ou 52 dia. Tremores e n à u- vómitos frequentes 5. Alucina çõ es graves
seas costumam ser os sintomas mais precoces, 7. Alucinações contínuas

linktr.ee/kiwifz
(7) Transtornos relacionados a subst âncias psreoativas Psiquiatria I Capítulo 3

Tremor
Nenhum
Distú rbios auditivos
Nenhum
i 3.2 . 2. ABORDAGEM

-
Deve se come ç ar com os cuidados clí nicos gerais:
Tremores leves Raras alucina çõ es
Moderado tremor com Moderada alucinação O A medida inicial deve ser a manuten ção dos si -
bra ços estendidos auditiva nais vitais;
7 Tremores intensos Grave alucinaçã o auditiva
,
O Monitoriza ção contínua e intervençã o nos casos
mesmo sem extens ã o 7. Alucinações de rebaixamento do nível de consciência;
dos bra ços auditivas cont í nuas

Distúrbios visuais Sindromes de abstinência podem surgir acompanha -


das de hipoglí cemia ou dist ú rbios hidroeletroliticos
Nenhum
Sudorese e acidobã skos, que precisam ser diagnosticados e
fotossensib ilida de leve
Nenhuma manejados adequadamente.
Fotossensibilidade
Leve sudorese moderada
Per í odos de sudorese,
Para prevenção da enoefalopatia de Wernicke, deve -
Alucina çõ es modemdas sse administrar tiamina (tíamina 300 mg / dia, IM),
sobretudo na face Alucinaçõ es
lintensa sudorese visuais graves O foco inicial deve ser diminuir a irritabilidade do
7, Alucina çõ es SNC e restaurar a homeostase fisioló gica. Os ben -
visuais continuas zo dl iaze pinicos (BZD) são a classe terapêutica mais
utilizada para o tratamento da 5AA, pois impedem
Ansiedade a progressão para est ágios miais graves e ajudam a
Cefaleia
Nenhuma controlar os sintomas, nã o havendo superioridade
Ausente
Leve ansiedade
Leve
entre os diversos medicamentos dessa classe .
Moderadamente ansioso
Moderada Dentre as diversas op ções, as mais utilizadas no
Ansiedade intensa nosso meio s â o:
7, Equivalente a
5 . Intensa ta
7. Muito inlensa O Diazepam - pode ser feito VO ou IV, tom doses de
ataques de pâ nico
.
10 a 20 mg a cada hora Reavaliar a cada hora e
ta
Orienta çã o at é controle adequado dos sintomas; ta
Agitaçã o
Orientado O Lorazepam - pode ser feito IV, !M ou VQ, com do -
Desorienta ção ocasional ses de 2 a 4 mg a cada 15 a 20 minutos ou a cada
Nenhuma
Leve
Desorientaçã o hor â, se necessá rio; ta
leve para data
O Outras op ções são oxazepam, clordiazepó xrdo e
Moderada Desorientação mí dazolam;;
ta
7. Muito agitado moderada para data
4. Desorientação para
li
local e pessoas Para casos leves, podem ser tratados ambulatorial - li
mente e usados BZD em doses fixas diá rias (diazepam
Escore 5: 0 -7 = Leves; 8-15 sugerem sintomas 5 a 20 mg/ dia dist ribuí dos ao longo do dia). Em geral, li
moderados; >15 = Quadro grave para pacientes internados, a teropio guiodtf por sin-
tomas ê preferí vel á terapia de doses prefixadas, pois li
diminui as doses totais de medicaçã o utilizada e o
tempo de tratamento. Assim, na chegada, o paciente
é medicado com benzodiazepínico e reavaliado a cada m
hora (menos, se necessário) e medicado conforme
sintomas até atingir um estado calmo e com leve
seda çã o (CIWA - Ar < 10). Ao retornar os sintomas, ta
ta
ta
214 ta
linktr.ee/kiwifz
Transtornos relacionados a subst âncias psicoat í vas nrSXD
^
HClA MFDIGA
n H H
ii H J4

reiniciar medica çã o a cada hora. Sempre dar pre - est á o ponto chave e fase mais difícil do tratamento
fer ênda ã medicação por via oral. Depois, deve - se .
dos pacientes usuá rios A recaí da é frequente e pode
calcular a dose total nas primeiras 24 horas e utilizar ocorrerem dias, semanas ou mesmo apó s dé cadas e
esse valor para determinar a dose do pr ó ximo dia abstinê ncia. A reinstalação do uso patológico, para
( pelo menos 50% do total do dia anterior). quem jã teve o transtorno, costuma ser mais r á pida

Ap ós controle inicial dos sintomas ou como forma de


do que em pessoas normais .
prevenção do seu ressurgimento, pode - se manter os
O acompanhamento multiprofissionalaqui é essen -
benzodiazepí nicos em doses fixas por dois a cinco
ciai. Trabalhar motiva çã o, preven çã o de recaída,
dias (alguns pacientes mais graves podem necessi - reestabelecimento de vínculos sociais, retomar tra -
tar at é de 10 dias), sendo retirados gradualmente
posteriormente. balho e vida pessoal, ressí gnifitar o prazer, entre
v á rias outras necessidades só podem ser atendidas
Ainda podem ser usados como adjuvantes (normal- .
em medidas nã o farmacológicas Ent ã o terapia otu -
mente nã o em monoterapia); pational, pskoterapia, arteterapia, educaçã o f í sica
entre outras abordagem tem papel central aqui .
O Betabloqueadores ou clonidina para controle de OS grupos de mútua ajuda (alco ólicos anó nimos e
sintomas autonô micos: narc óticos an ó nimos) costumam ser úteis. E muitas
O Neurolé pticos (haloperidol ou risperidona) para
vezes é necess á rio abordar família e amigos do
controle de grandes agita ções, alucina çõ es ou paciente tamb é m.
delirium tremens. Devem ser usados ap ó s os BID,
pois diminuem limiar convulsivo. Em termos de medicaçã o, 4 sã o indicadas: 1) Dissul -
firam, iní bidor da aldeidlo desidrogenase, impede
metabolismo do álcool causando sintoma de ressaca
Em casos refrat á rios, pode- se utilizar o fenoibarbital. í

(130 a 260 mg, podendo repetir a cada 15 a 20 minutos)


e comportamento evitativo; 2) Naltrexona: antago * *
ff
ní sta opioí de , diminui o prazer causado pelo á lcool; ifi
ec propofolO mgfkginicialmente , seguido de infusão CL
3) Acamprosato: inibe atividade do glutamato por
cont í nua)- Autores sugerem; o uso da dexmedletomi-
açào no receptor NiMDA, indisponí vel no Brasil. 4)
dina, por ém estudos randcmí zados sao necess á rios
para comprova ção. Outras drogas, menos estudadas Topiramato: anticonvulsivante, ainda em estudos
nesse contexto, podem ser utilizadas como segunda não conclusivos.
linha, incluindo carbamazepina e baclofeno.

O que n ã o fazer: hidratar í ndiscriminadamente


administrar glicose sem ter usado a tiamí na antes,
. DICA íntoxrcaçõ o por Á lcool: Suporte clinico, na
agita ção: asar antipsic ó ticosr bemodioiepínicos
administrar clorpromazina, em virtude da redução c ôrttrorncír todos.
de limiar convulsivo, aplicar diazepam EV, se nao
houver recursos para reverter uma possí vel PCR;
DICA Abstin ê ncia de álcool: Suporte clinico, Dia-
zepom e iorazepom sã o as medicações ímJicccfas,
3.3. FASE DE MANUTENÇÃ O DE associar antipsí c ó trco se agitaçao.
ABSTINÊNCIA DO ÁLCOOL

DICA
Após a resolu çã o dessas fases aguda o paciente Ma nu tençõo: A compan ha m ento m ul tip rofi s -
entra na fase de manutenção de abstin ê ncia. Aqui sional e Díssul/iram ou Naí uexona ov Topiramolo-

linktr.ee/kiwifz
(T) Transtornos relacionados a subst â ncias psicoativas

4. TRANSTORNO POR USO DE OUTRAS DROGAS


Psiquiatria | Capitulo 3

-
I 4.1. USO AGUDO E INTOXICAÇÃ O A OUTRAS SUBSTÂNCIAS

Tabela 4. intoxica çã o por outras drogas

Subst ância Intoxicação Tratamento

• Normalmente n ão precisa de nenhuma abor -


- frequ
Discreto efeito estimulante com aumento de dagem. Teria que fumar em grande quantidade
ê ncia cardíaca, tontura e insónia.Discreta eem pouco tempo para gerar alguma forma
Tabaco
eleva çã o de humor e diminuiçã o de apetite. de intoxica çã o com relev â ncia clí nica e, nor-
* Intoxica çã o é rara, malmente, os pacientes que fumam muito são
usuá rio cr ó nicos e tem toler ância aos efeitos.

Agudamente causa analgesia, calor e rubor


facial, constipação, antitussí geno, relaxamento,
seda ção, miose. * Depende da quantidade usada.
* Pode ser usado para causar euforia, relaxa - * Intoxicaçõ es leves podem ser tratada apenas
mento e sensa çã o de bem estar, sintomas com suporte clinico e hidrataçã o.
psí quicos (desrealizaçá o, despersonaliza çào,
* As intoxica çõ es moderadas a graves requerem
Opioide (uso ilegal alteração de humor e alucinaçõ es), tratamento em ambiente hospitalar, muitas
como droga OU
prescrito e usado
-
Em doses altas, seja de forma nã o intencional
ou como tentativa de suicí dio, pode causar
vezes necessitando intubação e cuidados
de UTL
deforma abusiva) rebaixamento grave de ní vel de consci ência e
,

* O uso de antagonista opioidie nos casos gra -


depressã o respiratória. ves é mandatório: Naltrexona ou Naloxona.
* Em alguns paí ses j ã se tornou problema de * Obs: o uso do antagonista opioide em usu á -
saú de pública o uso dessas drogas. Com mortes rios cr ónicos pode induzir uma sindrome de
frequentes de forma acidental (o paciente vai abstin ê ncia como descrita a seguir.
tendo toler ância , usando doses mais altas, at é
que sem querer faz uma intoxicaçã o grave).

Depende da quantidade usada.


*
• Assim como á lcool, age no receptorGABA, o uso
agudo tem efeitos parecidos com essa droga
-
Intoxicações leves podem ser tratada apenas
. com suporte clí nico, controle de sinais vitais
* Doses baixas a moderadas : Sedaçã o, relaxa
mento muscular, ansiolí tico, sonolência,
- e hidrataçã o.
Benzodiazepínicos * As intoxicações moderadas a graves requerem
-
Fim doses altas ( uso n ã o intencional ou como tratamento em ambiente hospitalar, muitas
tentativa de suic í dio): sedação excessiva, rebai
xamento de nível de cooscicncia e depressã o
- vezes necessitando intubaçã o e cuidados
de UTL
respirat ó ria.
-
O uso do antí doto, Flumazeníl via IV, nos casos
graves é mandat ório.

216
linktr.ee/kiwifz
Transtornos relacionados a subst â ncias psí coat í vas RESIDÊNCIA MÉDICA

Substância (ntoxica çâ o Tratamento

* Efeito depende do tipo, via utilizada, espécie


e concentração de subst â ncias. * Na intoxicaçã o, n ã o há tratamento espe -
* Bem estar, relaxamento, euforia, aumento de cifico, Indicado apenas suporte clí nico e
flu ênc ia verbal,exa cerbação dos se nt idos,risos, sintomá ticos.
Maconha aumento de apetite, congest ã o de conjuntivas ,
boca seca e lentihcaçã o psicomotora .
* Se necessá rio alguma seda ção ou tranquiliza -
ção usar benzodiazepinicos ou antipsic ó ticos,
* Em doses altas: pode gerar alucina ções e para - com cuidado para os primeiros pela possivel
noia, confus ã o mental, perda de coordena çã o associa çã o com uso de á lcool.
motora..

* Efeito estimulante intenso, euforia, bem estar,


aumento de energia e flu ê ncia verbal. Diminui
As complica ções clí nicas sao mais graves e
sono e apetite, causa dilata çã o pupilar, au-
devem ter soas abordagens especificas.
mento de frequ ê ncia C àrdiaca e respirat ória ,
aumento de PA, c âimbras. * Betabloqueadoress ã o contraimdiç ados,
Cocaína e crack Em caso de agita çã o e agressividade: antip -
e
Em doses altas pode gerar intoxicação comi
diversas repercuss õ es cl í nicas (convulsõ es, sic ó tico ou benzodiiazepmieo , apenas com
hipertermias, crise hipertensiva, IAM e ou - cuidado para o segundo pois é comum o
tros problemas cardiovasculares, arrití mias,
,
usuário associar o á lcool com cocaí na .
cefateia ).

• Euforia, aumento de energia, sensação de pra -


zer, irritabilidade, redu ção de sono e apetite ,
Anfetaminas íec - .
mi driase, aceleraçã o decurso de pensamenLu. * Nã o hã tratamento especí fico Suporte clinico
tasy, metilenodio - Taquicardia e aumento de PA , e hidrataçã o é mais importante .
ximetan feta mina * Doses altas: alucinaçõ es e paranoia, ná useas e * tonsidera-se o uso de antipsic óticos, antide - m
- MDMA e crystal) v ómitos, calafrios, contraçã o e movimentação pressivos e benzodiiazepí nicos para seda çã o
.
3

dios m ú seulos mandibularese outros músculos, em alguns casos


O"
tf
a*
visão turva, hipertermia, desidrata çã o .
* Altera ção qualitativa da consci ê ncia com distor -
ções dia percepçã o [especialmente alucinações
visuais), distor ções das noções de tempo e es-
Alucin ógenos
paç o ou da percepçã o do corpo. Normalmente • Geralmente tem efeito autolimitado,
(LSD, Cetamina,
o paciente mant ém a consci ência que aquilo • Suporte clínico e observa çã o do paciente
alguns tipos de
MDMA, Ayahuas ç a
não é meai. normalmente é suficiente,
e diversos * Doses altas: causa aumento de PA e FC, v ómitos, • Tranquiliza çã o pode ser feita com uso de
outros ch ã s) sudorese e hipertermia. Podem ocorrer crises antí psic õticos ou benzodiazepí nicos.
convulsivas, alé m da chamada bad trip (ansie -
dade, medo c sensa çã o de perda de controle
ou de morte iminente)

Solventes * Depende muito do tipo de solvente. Euforia,


e inalantes analgesia, alucinações, parestesias, tontura Em . * Nã o há tratamento especifico.
( aerossóis, doses altas pode causar: ná useas e v ó mitos, * Realizar suporte clí nico.
tintas e colas) . confusão mental e delirium.

217
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© Transtornos relacionados a subst âncias ps í coativas
Psiquiatria | Capí tulo 3
*
.
5 ABSTINÊNCIA A OUTRAS SUBSTÂNCIAS

Outras subst â ncias psí coativas são estudadas dentro do


contexto de desintoxicaçã o aguda , podendo, por
consequ ê ncia , causar síndrome de abstin ência (Tabela ).

Tabela 4. Abstin ê ncia de outras drogas.


Subst ância Síndrome de Abstinência Tratamento
* Aumento do apetite e ganho do peso;.
mudan ç as de humor, como depressã o, an- • Muitas vezes os sintomas são leves ou
siedade, irritabilidade; insó nia, dificuldade toler áveis e nada precisa ser feita
de concentra ção, fissura por consumir ali- • Terapia de reposiçã o de nicotina, seja no
mentos doces. Pode- se observar tamb ém formato de adesivos , gomas, inaladores
Tabaco
aumento de constipa ção, tosse, sonhos e ou outros, é a terapia padr ã o
pesadelos, tonturas e náuseas • Por ser um agonista parcial dos receptores
Costumam surgir e atingir seu pico com nicotiní cos , a vareniclina, tamb ém usada
dois a tr ês dias, com redução ao longo de para dependê ncia de tabaco, dispensa o
tr ês ou quatro semanas uso da reposi ção caso seja prescrita

Opioide (uso como Midriase, hipertens ã o, taquicardí a e hi - * Quadro grave a depender do tempo e
droga ilegalmente ou pertermia; inquieta çã o, ansiedade, fis- quantidade usada e que, muitas vezes ,
prescrito e usado de sura, ins ónia, náuseas, v ómitos, diarreia, requer cuidados em UTI
forma abusiva ou mesmo espirros , sudorcse, lacrimejarnento ou
* A terapia é complexa e envolve o uso de
aplicaçã o de antagonista rinorreia, pilo ereção, tremores e dores sintom á ticos, cuidados clínicos o hidra-
opioide * naltrexona ou musculares. Em geral, o ní vel do cons- ta çã o , associados á reposiçã o do opioide
naloxona - em pacientes ci ê ncia esta preservado e pode ocorrer com outros opioides com menor poder de
usuários cr ónicos) hipotens ão, se os epis ó dios de v ómitos e depend ê ncia, Formula ção oral e meia vida
diarreia forem intensos longa, como mctadona ou buprenorfina

* Utilizar o pr ó prio BZD utilizado pelo pacien-


Sintomas pr ó ximos da s í ndrome dc absti
n ê ncia alco ó lica, com início dependendo
- te ou aqueles de meia - vida longa, como o
díazepam, oral ou intravenoso, na menor
do tempo dc meia vida dose ajustada para aliviar os sintomas e
Benzodiazepinicos * Hiperatividade auton ômica, tremor nas manter o paciento alerta , sem depress ão
rn à os, insónia , n á useas evo mitos, alucina - respirat ória. Em seguida , deve -se manter
ções ou ilusõ es transit órias,do tipo visual, o medicamento e ir reduzindo progressi -
t á til ou olfativas, agita çã o psicomotora, vamente a dose di á ria, ao longo de dias
ansiedade e convuls õ es ou meses, Investigar e tratar as causas de
uso cr ónico de BZD

- Sintomas de raiva , agressã o, irritabilidade, - ã há tratamento espec í fico Tratar sin -


N o .

Maconha
depressão, ansiedade, insónia, tomas tem sido foco atual Por é m, ago
dificuldade
de concentraçã o, redu çã o do apetite ou
o .
ní stas carabinoides , como canabidiol ou
-
perda de peso, dor abdominal, tremores, delta - 9 - tetrabidrocanahinol (TBC) apre -
febre, cefaleia sentam efeitos promissores, mas estudos
adicionais sáo necess á rios

Solventes e inalantes
(aerossó is, tintas e colas) * Existência questionada
- N ão h á tratamento especifico

218
linktr.ee/kiwifz
Transtornos relacionados a substancias psicoativas RESIGÍ NCIA MÉDICA ~ 11]
iD n L~

Subst ância Sindrome de Abstin ência Tratamento

* Sintomas de desejo intenso do consumo


(fissura), fadiga , redu çã o de energia, so - * Nã o há tratamento especifico. Subst âncias
Cocaina e Cf ãCk nolê ncia a nedon ia, depressão, ansiedade, est ã o sondo estudadas, como bupropiona
dificuldade de concentrar ã o, irritabilidade, e modafmil
tremores e risco de suicí dio

Sintomas de fadiga, retardo ou agitação * Mac há tratamento especifico. Considera -se


Anfetaminas (ectasy, o uso deanlipsic óticos, amí depressivos e
psicomotora, dificuldade de concentra -
-
metileno d io )í imeta nfeta
çâ o insónia ou hipersonia c aumento do benzudiazepmicos em alguns casos, por ém
mina - MDMA e crystal)
.
apetite . Bradicar dia pode ser observada , sem comprovação cientifica at è o momento

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® Transtornos relacionados a substancias psicoativas
Psiquiatria I Capitulo 3

«
QUESTÕES COMENTADAS «
i

a
4
Questão 1
B Com quefrequé nc í aque voc ê consome 6 ou mais i
(UNIVERSIDADE DES ÂO PAULO - 2018) Ana, 17 doses de bebida alcoólica em uma única ocasiã o?
anos de idade,
procurou a Unidade Bá sica de Sa ú de há duas 13 Com que frequência voc ê consome bebidas al-
sema -
nas por dor abdominal. Estava sozinha e visivelm coó licas (cerveja , vinho, cachaç a etc .)? É
ente
angustiada, A profissional que a acolheu identific
ou É
que Ana ingeriu vá rios medicamentos que ã
í n o sabe DIFICUlDADi:
o nome) para interromper a gravidez. Naquele dia é
, foi
encaminhada para o pronto - socorro de referência , Resolução; Quest ão direta sobre o questioná rio CAGE
,
onde foi atendida. A gravidez nâo foi interrompida
. que è baseado em 4 perguntas: â
Retorna hoje à Unidade Bá sica de Saúde para pros-
seguir seu acompanhamento. Ana diz que a ação
1 - Você já tentou diminuir ou cortar a
bebida alcoó- ú
de lica ?
tentar terminar a gestação ocorreu ap ós briga com
lí der de sua religi ão, que, por indiretas, sugeriu que 2 - Voc ê j á ficou incomodado ou irritado com
outros
ela nã o era bem- vinda e que procurasse outra re - porque criticaram seu jeito de beber ? â
ligião. Alé m da a çã o religiosa , costumava 3 - Você já se sentiu culpado por causa do
voluntariar- se em uma organização n ão governa-
tamb é m
de beber?
seu jeito m
mental que j á havia sido assaltada trê s vezes por 4 - Voc ê jã teve que beber para avaliar a ti
seu tensão ou
irmã o. Esses episó dios a deixaram muito envergo
- reduzir os efeitos de uma ressaca ?
nhada e, por isso, não frequenta mais o local. Esse i
RESPOSTA: O
irm ão tamb é m est á em acompanhamento na UBS,
na ú ltima consulta m é dica disse sentir que
e *
deveria
diminuir a quantidade de bebida alcoólica ingerida ,
pois v á rios membros da família o criticam por Quest ão 2
isso.
Ele estranhou a pergunta do mé dico sobre o costu
- (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE
PERNAMBUCO -
me de ingerir bebidas peta manhã para diminui
ro 2017) Um paciente de 32 anos foi trazido para emerg -
ên tii
nervosismo ou a ressaca. O pai, caminhoneiro, passa cia, com queixas de dor tor ácica apó s uso de
um dia por semana em casa e a mã e abandonou os coca í na. ti
Ele estava agitado, com PA = 160 x 90 mmHg, FC 120
dois filhos ainda muito pequenos, por motivo desco -
nhecido, O pai do bebé de Ana tem 18 anos, é aluno
bpm e FR 21 irpm . Foi realizado eletrocardiograma 6
que evidenciou taquicardia sinusal com invers
ã o de

*
do curso t é cnico de inform á tica e trabalha ã noite
ondas T e infradesnivelamento do segmento ST em
em uma lanchonete perto da UBS. Alé m das pergun-
V 4, V 5 e V6 . Qual das condutas abaixo N ÃO
tas feitas ao irmão de Ana na ú ltima consulta,
qual ser utilizada nesse caso ?
dever á ãi
das perguntas abaixo integra a estrat é gia de ras -
treamento CAGE para abuso / depend ência de á lcool? Diltiazem .
Quantas doses, contendo á lcool, voc ê consome Benzodiazepínico.
num dia em que normalmente bebe? H Nitroglicerina. tii
Já se sentiu culpado em rela çã o à ingest ã o de Metoprolol. tii
bebida alco ó lica?

.
0 Aspirina ,
«ti
220
t
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Transtornos reiacionados a subst âncias psicoativas àfl RESIDÊNCIA MÉDICA

r DIFICULDADE:
• leve, se 4- 5 , transtorno moderado, e mais que 6,
transtorno grave . Entre os crit érios est ão evid ê ncia
Resolução: Qual droga que não podemos utilizar no de toler â ncia e evid ência de abstinê ncia , mas nâ o
paciente com IAM que tenha feito uso de COCA Í NA? é essencial que esses especificamente estejam pre-
Os BETABLOQUEADORES. Se bloquearmos esses sentes para o diagn ó stico.
receptores, deixamos os receptores alfa livres pra AssertivaII: FALSA, Terapia de reposição dle nicotina faz
receber as catecolaminas, causando vasoconstric- parte do arsenal de primeira linha para tratamento
çã o excessiva .. farmacol ógico da cessa çã o de tabagismo.
RESPOSTA: B Assertiva Eli: VERDADEIRA. O crack é a mistu ra de cocaí-
na com outras substâ ncias, gerando um composto
sólido que pode ser usado por v í a inalat ória,
Quest ão 3

(HOSPITAL DE CL Í NICAS DE IPGRTO ALEGRE /RS - 2018) Consi-


RESPOSTA: B
dere as assertivas abaixo sobre os transtornos por
uso de substancias, seu diagnó stico, complica çõ es Quest ão 4
e tratamento.
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS /MS - 2018)
I. De acordo com o DSM-5, os crit érios toler â ncia Quanto aos fatores de risco para o desenvolvimen -
e abstinê ncia devem estar presentes para que to da Doen ça Hep á tica Alcoó lica ÍDHA ), assinale a
se fa ça o diagnó stico de transtorno por uso de alternativa INCORRETA .
á lcool.
A quantidade de álcool ( gydia) e o tempo de inges -
II. No tratamento do transtorno por uso de tabaco,
a terapia de reposiçã o de nicotina deve ser reser-
ta alcoó lica influenciam o seu desenvolvimento.
m
vada para casos em que outras abordagens far- Q A associa ção de outras hepatopatias, como a he- L.
macoló gicas tenham sido tentadas sem sucesso, patite virai, acarreta uma progressão mais acele-
em fun ção do importante potencial de abuso das rada da doen ç a do que quando de forma isolada. <A
CL
medicaçõ es. 3 Indiví duos do sexo masculino sã o mais suscet í -
IJI . Crack é uma apresenta çã o de cocaína utilizada veis à hepatOtoxicidade induzida peio á lcool eao
pela via inalató ria; coca í na e crack s ã o conside - desenvolvimento de DHA.
rados estimulantes do sistema nervoso central. P re disposição genéti ca e fatores a mbientai s estão
Quais sã o corretas?
relacionados ao desenvolvimento do alcoolismo
e, como consequ ê ncia , da DHA .
Apenas 1 Q questioná rio CAGE tem boa acurada na iden -
tificação de dependência alco ó lica .
Apenas II
B Apenas Ui IHFJÍ LJLDAfjF:

B Apenas I e III
I, II e III Alternativa A: CORRETA. A quantidade de á lcool {g/ dia)
e o tempo de ingesta alco ó lica são diretamente pro-
porcionais ao risco de desenvolvimento da DHA, ou
OIFICULOADC:
seja , quanto maior a quantidade de á lcool ingerida
® Dica do autor : Drogas licitas e ilí citas est ã o dire - e mais longo o tempo de ingesta , maior o risco de
tamente relacionadas ã ftsí o patologia de múltiplas desenvolver DHA ,
doen ças e è muito importante conhecermos as prin- Alternativa B: CORRETA. A doença progredir á de forma
cipais estrat égias que podemos usar para ajudar os mai s ateie ra d a caso o u tros fato res d e agressão, co m o
pacientes na tarefa de cessar o uso . v írus e doen ças de depósito, estejam associados à
Assertiva I: FALSA. O DSM - V COlOta 11 crit érios para o incesta alco ó lica .
diagn óstico detranstorno por uso do á lcool. 5e o pa- Alternativa C: INCORRETA, Indiví duos do sexo feminino
ciente tiver 2 -3 crit é rios positivos, eie tem transtorno s ão mais susceptí veis, necessitando de menores

221
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:
© Transtornos relacionados a substancias psicoativas Psiquiatria | Capitulo 3

níveis de ingesta alcoó lica para desenvolver DHA. A ’ Contemplaçã o: Admite o problema, é ambivalente e
DHA hoje é cada vez mais frequente em mulheres.
Alternativa D: CORRETA. 0 desenvolvimento de alcoo-
considera adotar mudanç as eventualmente. Nesse
momento , devemos ajudar a pender a “balanç a "
*
lismo e DHA pelo paciente envolve predisposiçã o para a mudanç a de comportamento, fortalecendo *
genética e fatores ambientais, não apenas a ingesta a autossuficiência do paciente. M
alco ólica isotadamente. * Preparaçã o: Inicia algumas mudanças, planeja, cria
á
Alternativa E: CORRETA. O questioná rio CAGE ê uma boa condi çõ es para mudar . 0 profissional deve ajudar
ferramenta inicial para identificar pacientes que po- a determinar a melhor tinha de ação a ser seguida , m
dem se beneficiar de uma abordagem mais especí- Ação: Implementa mudanç as ambientais e compor-
fica , sendo uma alternativa pouco incomodativa e tamentais, investe tempo e energia na execu çã o
i
fácil para detec ção do alcoolismo. da mudança . m
RESPOSTA; H * Manutenção: Continuidade do trabalho iniciado com m
ação, para manter os ganhos e prevenir a recaí da.
Quest ão 5
O profissional ajuda a promover estraté gias de m
preven çã o da recaí da,
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - 2018) Homem de 65 anos,
m
* Recaí da: Falha na manutenção e retomada ao
tabagista de 80 anos- ma ço, vem em consulta de padr ão de consumo anterior. O profissional deve
rotina . Conta que o primeiro cigarro do dia é antes auxiliar no reinicio das etapas até a cessação.
do café da manhã, j ã acordou algumas vezes à noi- Com isso, definimos que o paciente em quest ão
te para fumar. Mudou de emprego, pois nã o podia se encontra em fase contemplativa, devendo por-
fazer viagens prolongadas sem fumar. O cigarro o tanto orient á- lo sobre estrat égias de cessação do
acalma e há dois anos quase se divorciou quando tabagismo,
tentou parar de fumar, pois brigava constantemen-
v RESPOSTA: Q
te com a esposa. Gosta muito da esposa e por isto
mesmo está em dúvida de parar, pois se sente bem
com o cigarro e nào quer brigar com ela se ficar sem
sua "muleta ” para o estresse . Podemos afirmar que:
Quest ã o 6 *
(UNIEVANGÉLICA DE ANÃPOL1S / GO - 2018) Juan, 57 anos, ta-
Está em fase contemplativa e deve- se orientar bagista há vinte anos, um ma ç o de cigarros/ dia , sem
sobre estratégias para cessa çã o do tabagismo.
comorbidades, comparece â Unidade Bá sica de Saúde
Deve receber bupropiona e reposição de nicotina, com desejo de parar de fumar. Ap ó s avaliá- lo, mé-
pois é urgente que cesse o tabagismo. dico e paciente optam, em decisã o compartilhada ,
Q Est á em fase pr é - contemplativa e deve ser orien- por utilizar o adesivo de nicotina . Sobre este trata -
tado sobre os benefí cios da cessação do taba- mento, sabe - se que:
gismo.
as doses de nicotina devem ser reduzidas cada
Deve receber benzodiazepí nico para controle da
2- 4 semanas.
ansiedade e terapêutica com adesivo de nicotina.
é recomendado seu uso a partir do momento
DIFICULDADE:
que o paciente come ça a reduzir o nú mero de
cigarros/dia.
Resolução: Aqui devemos conhecer os graus de moti- H é indicado em pacientes com teste de Fargers-
va çã o do fumante para cessa çã o do tabagista para trom menor que cinco.
ganhar a questão. Vamos relembrã-las:
o adesivo deve ser aplicado sobre a pele e tro-
* Pr é - Contemplação: N ão considera a possibilidade cado a cada doze horas.
de mudar, nem se preocupa com a quest ão . O
profissional de sa úde deve levantar dú vidas para
aumentar a percepção do paciente sobre os riscos C DIFICULDADE:

do comportamento atual e fortalecer o ví nculo do • Dica do autor: O adesivo de nicotina faz parte do
indiví duo com a unidade de sa úde. arsenal de primeira linha para o tratamento far-

222
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Transtornos relacionados a substancias psicaativas
n WESMNCIANÉDICA
H II I U ^ ^ Cap. 3

macológico do tabagismo. No entanto, a cessa ção do sistema nervoso central Este medicamento tam -
do vício envolve principalmente medidas compor - bém pode ser usado para a revers ão completa ou
tamentais, sendo a terapia farmacológica indicada parcial dos efeitos adversos de opioides, especial-
apenas em alguns casos. mente depressã o respirat ó ria, causados com seu
Alternativa A: CORRETA. Existem adesivos de 21 mg, 14 uso terapêutico e para o diagnóstico de superdose
mg e 7 mg. Dependendo da quantidade diá ria de ci- aguda, suspeita ou conhecida, por opioides, Sã o
garros usados, escolhemos a dose inicial e vamos exemplos de opioides: morfina, metadona, nalbufi -
reduzindo a cada 2 - 4 semanas.. na, tramadol, buprenorfina e sufentanila. Cloridrato
de Naloxona (subst â ncia ativa) també m é utilizado
Alternativa B: INCORRETA. O adesivo é recomendado a
paira a reversão da depressã o respirat ó ria em neo -
partir do momento em que o paciente parar total- natos de m à es que receberam opioides durante o
mente de fumar.
trabalho de parto.
Alternativa O INCORRETA. A terapia farmacológica est á
indicada apenas para pacientes comi elevada depen - ^ RESPOSTA: B
d ê ncia quí mica de nicotina, o que é demonstrado
por um teste de Fargestrom > 6 . Quest ã o B
Alternativa D: INCORRETA. É recomendada a troca do
adesivo a cada 24 horas, (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MULLER /MT - Í Olfi) O tabagis-
mo atinge milh õ es de brasileiros e é fator de risco
^ RESPOSTA .Q para vá rias doenç as (enfisema pulmonar, v á rios tipos
de câ ncer, infarto do m í oc ãrdio , Acidente Vascular
Cerebral, entre outras patologias), causando um ele-
Quest ão 7 vado custo ao sistema de sa ú de . Objetivando reduzir
(INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO G R ANDE DO SUL - ZOIfl) O New a prevalê ncia do tabagismo, foi criado e incentivado
*E

Éngltjnd lournat of Medicine de 21 / TI / 2017, traz uma


pelo Ministério da saúde o Plano Nacional de Com -
publica ção que é introduzida da seguinte maneira; bate ao Tabagismo (PNCT). Sobre o PNCT, assinale a cr
afirmativa correta ,
'' Mortes por overdose de opioides tê m aumentado GL

consideravelmente nos ú Itinios 15 anos nos EUA, com O tratamento proposto é acompanhado exclusi -
ma is de 33 , 000 mortes desse tipo relatadas em 2015". vamente por pneumologistas, com ambulat ó rios
Diante da "crise dos opioides”, a American Heart As - de refer ê ncia, em consultas individualizadas.
socia fion ( AHA ) incluiu nas Diretrizes Atualizadas de
Atendimento de Parada Cardiorrespirató ria em 2015 , No PNCT nã o é distribuí da terapêutica medica -
a administração de naloxone em casos de parada mentosa, o tratamento é feito todo baseado em
respirató ria , inclusive por socarr í stas leigos. Qual reunião de grupos, com reuni ões perió dicas.
a fun çã o desta droga ? B A ades ã o ao PNCT é volunt ária, mas o agenda -
mento é feito necessariamente pelo SISREG .
Agonista parcial
EI A terap êutica fornecida pelo SUS para o PNCT
13 Agonista puro sã o: bupropiona 150 mg e terapia de reposi ção de
Agonista -antagonista nicotina (adesivos, goma de mascar e pastilhas).
13 Antagonista
DIFICULDAOE:
U Nenhuma das anteriores
* Dka do autor: O tabagismo está diretamente rela -
DIFICULDADE; cionadoIfisiopatologia de m últiplas doen ç as e é
muito importante conhecermos as principais estra -
Resolução: Cloridrato de Naloxona (subst â ncia ativa.) t égí as que podemos usar para ajudar os pacientes na
é um antagonista de opioí de indicado para o trata - tarefa de parar de fumar, Q PNCT tem como objetivo
mento de emergência de superdose ou intoxicação reduzir a preval ência de fumantes e a consequente
aguda por opioide, suspeita ou comprovada, que se morbí mortalidlade relacionada, ao consumo de de -
manifesta por depressã o respiratória e / ou depressão rivados do tabaco no Brasil.

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© Transtornos relacionados a subst â ncias psicoalivas
Psiquiatria | Capitulo 3

Alternativa A: INCORRETA, O tratamento deve ser acom-


panhado por equipe multidiscí plinar.
Alternativa B: INCORRETA. O tratamento inclui avalia ção
clinica , abordagem mínima ou intensiva, individual
ou em grupo e , se necess ário, terapia medicamen-
tosa juntamente com a abordagem intensiva. As
medicações são financiadas pelo SUS.
Alternativa C: INCORRETA. A Rede foi organizada seguin-
do a lógica de descentralizaçã o do SUS para que
houvesse o gerenciamento regional do Programa .
Assim, as unidades básicas de saúde são capacita-
das para fazer atendimentos sem necessidade de
encaminhamento pelo SISREG.
Alternativa D: CORRETA. Em relaçã o à terapia farmacoló-
gica, essas são as medicações financiadas pelo SUS.
RESPOSTA: 0

W
ÉS

ÉB

224

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TRANSTORNOS DA ANSIEDADE Cap í tulo

E DISSOCIATIVOS HEQ1 CA
4

O QUE VOCE PRECISA SABER :

O Ansiedade é um sentimento normal. Quando em excesso, duradouro e trazendo prejuízo se faz diag-
n óstico de algo patoló gico
O Existem v á rios transtornos de ansiedade a depender de como ela se expressa
O A medida de primeira escola para tratamento dos quadros ansiosos são as medidas n ã o farmacoló gicas
O As medica ções de primeira escolha sã o os antidepressivos
O Cuidado com os benzodiazepinicos

1. O QUE E ANSIEDADE? de ansiedade generalizada (TAG)f transtorno (ou


sí ndrome) de pâ nico, fobia especí fica e fobia social.
m

Ansiedade é uma sensa çã o subjetiva normalmente mm Principais qaoâros onsrosos soo 4: TAG,
relacionado ao medo e á preocupa çã o , que pode se KT
Pânico, Fobia específica e social ; 'Jí
expressarem diversos sintomase sinais. A expressão CL

desses si ntomas est á relacionada a questões fí sicas


e psí quicas, alé m de quest õ es sociais e culturais. A Qs transtornos relacionados aos traumas e estres -
ansiedade - e a maneira como ela se expressa - muda sores (transtorno de estresse agudo, transtorno de
de pessoa para pessoa,, de local para local, de paí s estresse p ôs traum á tico e transtorno de adaptação),
para pais. Algumas pessoas expressam ansiedade de antes inseridos no mesmo capitulo dos transtornos
maneira f í sica (tens ã o, dores, taquicardia, tremores), ansiosos agora ganharam um capí tulo à parte. Assim
outras mais rtinternamentert (sensação de tens ão como os quadros de espectro obsessivo compulsivo
interna, pensar demais, nã o conseguir se desligar}. (transtorno obsessivo compulsivo, tricotilomania,
transtorno dism ó rfico corporal, entre outros).
Ansiedade é um sentimento normal e muitas vezes,
quando em ní veis normais, adequada e adaptada , at é
ajuda a ficar mais atento e desperto e pensar melhor.
Por é m, quando exagerada, come ç a a trazer mais
;
2. PREVALÊNCIA
prejuí zos que benefícios e é considerada patológica.
Muitas vezes, a ansiedade pode ser vista como um A prevalência geral dos transtornos ansiosos é de 28%
tra ç o da personalidade do paciente.
na popula çã o. Cerca de 10% das crian ç as e adoles-
centes sofrem de algum transtorno ansioso. Apesar
DICA Ansiedade patol ógico = ansiedade intenso, da prevalê ncia normalmente diminuir com a idade,
duradouro e trazendo prejuízo. tamb ém ocorre em idosos. As prevalê ncias separa -
das dos quadros são 3,7% para pânicoe agorafobia,
8 3% para as fobias especí ficas e social, 4,2% para
Existem diversos transtornos relacionados à ansie -
j

dade. Hoje, os quatro principais sã o transtorno


.
TAG . O paciente pode ser portador de mais de um
quadro ansioso e sintomas ansiosos podem ocorrer

225
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(. > _) Transtornos da ansiedade e dí ssociativos Psiquiatria | Capitulo 4

no contexto de outros quadros psiqui á tricos, como desconfortas abdominais, tontura ou instabilidade,
comorbidade (depressão com sintomas ansiosos, calafrios, ondas de calor, parestesias, desrealiza çâ o,
esquizofrenia com sintomas ansiosos) e pode ser despersonaliza çã Oj medo de perder o controle ou
fator de risco ou consequ ê ncia de outros quadros enlouquecer e medo de morrer. Quando esses ata -
psiquiátricos . ques se tornam repetitivos e inesperados, trazendo
prejuí zo funcional ou ocupacional, assim como o
medo de ter novos ataques, preocupações com as
3. ETIOLOGIA E FISIOPÂTOLOGIA possí veis consequ ências dos ataques caracterizarn a
sí nd rome ou transtorno. Os sintomas tem que durar
por mais de um m ê s,
Doenç a multí fatorial envolvendo gen ética e questões
Pode vir acompanhado da agorafobia, isto é a o medo
biológicas, com ocorr ências de vida e forma ção, além
de desenvolver sintomas em locais onde a saída pode
de fatores ambientais. Algumas regiõ es do c é rebro
como o locus cer úleo, alç as cortico - es t r iato -ta La - ser difícil ou embara çosa ou que nâ o haja ajuda,
mo - corticais e amí gdala parecem estar intimamente corno locais fechados ou muito abertos, multidõ es,
transporte p úblico,
ligadas ao aparecimento dos sintomas ansiosos.
A fobia especí fica aparece quando a pessoa tem medo
de um determinado objeto ou situaçã o (voar, alturas,
4. OS QUATRO TRANSTORNOS animais, inje çã o , ver sangue), normalmente acom -
panhado de comportamentos de fuga ou esquiva.
ANSIOSOS A ansiedade se expressa normalmente quando em
*
contato ou em risco de contato com o estressor e,
O transtorno de ansiedade generalizada è um quadro portanto, é ativamente evitada ou suportada com
caracterizado por um basal ansioso intenso e crónico intensa ansiedade e sofrimento. O medo ou ansiedade
(mais de seis meses) que traz prejuí zo. Normalmente, é desproporcional ã situaçã o e dura pelo menos seis
a ansiedade é intensa e perpassa diversas á reas da .
meses Tem que trazer prejuízo para a pessoa para
vida (trabalho, amizades, relacionamentos, quest õ es ser enquadrada como transtorno .
pessoais). Há dificuldade para controlar os sintomas A fobia social (ou transtorno de ansiedade social) é
e normalmente o transtorno se associa a outros esse mesmo medo associado a situa çõ es sociais em
sintomas, como inquietaçã o, sensa çã o de estar com que o indiv í duo è exposto a uma poss í vel avaliaçã o
os nervos ã flor da pele, fatigabilidade, dificuldade por outras pessoas ou teme agir em situações que
de concentração, irritabilidade, tensão muscular e ser á avaliado negativamente. Podem ser situa ções de
perturba ções do sono., intera ção social (conversar, encontrar pessoas), ape-
O transtorno de pânico é um quadro caracterizado nas de ser observado (comendo, assinando papeis,
por crises de medo e ansiedade intensos, que che - bebendo) e pode ocorrer apenas em situa çõ es de
gam a um pico em poucos minutos (em m é dia 10 desempenho diante dos outros ( uma palestra, por
minutos) normalmente associadas a uma série de .
exemplo) Messe caso, també m os sintomas tê m que
sintomas fí sicos e psí quicos: palpitaçã o e taquicar - persistir por pelo menos seis meses, ser despropor-
dia, sudorese, tremores, sensaçã o de falta de ar ou cionais ã situa ção e a exposiçã o deve ser evitada ou
sufocamento, dor ou desconforto tor á cico, n á useas, suportada com intensa ansiedade, trazendo prejuí zo
funcional ou ocupacional .
Pânico Fobia especí fica Fobia social
* Crises agudas de ansiedade
Ansiedade geral Medo de algo especifico * Medo de exposição e jul-
* Autolimitada e poucos mi -
Perpassando varias á reas (animais , sangue, aviã o,
, gamento
nutos
• Associado a ins ó nia e sin-
* Som fatores desencadeardes
entre outros) .
Medo em situa ções que
tomas fí sicos CauSa preju í zo na vida se expõe socialmente
* Sintomas f í sicos e psí quicos

226
linktr.ee/kiwifz
Transtornos da ansiedade e dissocialivos ROT È NCIA MEDICU6
» h H

ajuda no sono e combate a ansiedade, Antipsic óticos


5. TRATAMENTO costumam ser mais usados em ansiedades refrat á rias
o ui como adjuvantes para combater alguns sintomas
(como melhorar sono), mas há estudos com uso de
N à o é qualquer ansiedade que consideramos trans- quetiapina no formato XR em doses intermediá rias
torno e nem qualquer transtorno ansioso que requer (50 a 300 mg) para TAG,
tratamento medicamentoso. O tratamento de pri-
meira escolha para os quadros ansiosos s ã o as Por último, os benzodiazepínicos, medicaçã o de açã o
medidas não farmacológicas. Destacando -se a tera - no GABA, t ê m açã o ansiolitica imediata, mas parece
pia psicoló gica (de qualquer abordagem, em grupo não prevenir a recorr ência da ansiedade. S ão boas
ou individual), a terapia cognitivo- comportamental medicaçõ es quando usadas em baixas doses e por
parece ter mais evidê ncia, Realiza çã o de exercícios - .
tempo limitado (quatro semanas) Tem sua indicação
f í sicos regulares, melhora do sono, melhora da para uso também em crises de ansiedade No entanto, .
alimenta çã o. Tem surgido bastante evid ência comi s ã o medica çõ es de venda controlada, com alto índice
formas de medita ção e mínd/uí / ness (técnica de aten- de efeitos colaterais: sonolê ncia excessiva, tontura,
çã o plena). Alé m disso, pr áticas integrativas como quedas, sintomas de desatençã o e sintomas cogniti-
musicoterapia, arteterapia, aromaterap í a podem vos, especialmente se usados a longo prazo. Tamb é m
ter sua utilidade como adjuvantes, apesar da baixa há risco de vicio e uso abusivo. Por isso, n ão devem
evid ê ncia cientí fica. ser usadas indiscriminadamente. São contraindicadas
em idosos, casos de delirium, apneia do sono, uso e
Em termos de medicação, os antidepressivos sao abuso de á lcool, entre outros quadros.
considerados as melhores medica çõ es. Os inibidores
seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), como
sertralina » escitalopram, paroxetina, entre outros, ESI Tratamento quadros ansiosos ra
são as medica çõ es de primeira escolha pelo perfil
de efeito colateral e intera çã o medicamentosa. Os - terapia
1 escoíhu; mecMas n ã o farmacol ógicas tomu ÍT3

3
cr
inibidores de recapta çã o de serotonina e nora - V)
Or
drenalina ÍIR 5N ou duais), como venlafaxina, tam- MedtcQ ção de primeira escaldai antidepressivos ,
b é m podem ser usados. Por último, em casos mais espedalmente os /SfiS
refrat á rios, os antidepressivos tricklicos podem ser
usados (amitriptilina, imipramina, domipramina). No - BenzotJfCi
dos
epí
? rtftos podem
dose bd Vo com
em í
ser úteis quan do usa -
tempo corto
entanto, apesar de terem boa pot ê ncia, essa classe
de medicamentos costuma causar muito efeito cola -
teral (sonolência, efeitos anticolinérgicos, alteraçõ es De maneira geral, tamb é m deve- se usar medicaçã o
cardíacas) e intera çã o medicamentosa, devendo, em dose adequada (má xima ou má xima tolerada) por
portanto, ser menos utilizado . tempo suficiente. A resposta dos quadros ansiosos
ã medica çã o é mais demorada tanto para começ ar
Outras medicaçõ es n ão antidepressivas tamb é m quanto para chegara um bom efeito. Apôs a melhora,
foram estudadas. A buspirona, um agonista setoro - manter a medicaçã o por um periodo maior (de seis
ninèrgico 5TH1A e antagonista dopaminérgico D2 r é meses a até 1 ano).
um ótimo ansiolí tico, sem risco de abuso e depend ên -
.
cia Indicado para TAG em quadros ansiosos leves a O uso de ch á s e ervas, alé m de alguns fitoter ápkos,
moderados e quadros que tem contraindka çã o ou não encontra pouca evid ê ncia cientí fica, mas alguns
toleram BZD e / ou antidepressivos. Anticonvulsivantes pacientes gostam de associã - Los â s medidas n ã o
moduladores do canal de c álcio com açã o ligantes farmacoló gicas. Como exemplos, pode se citar vale- -
--
alfa 2 delta como pregabalina e gabapentina tem riana, melissa, camomila e passifiora .
aparecido com bastante evid ência para os quadros
ansiosos nã o relacionados â depressão. Alivia dores, Segue algumas medicações principais:

227
linktr.ee/kiwifz
(T) Transtornos da ansiedade e dissociatiIVOS
Psiquiatria I Capítulo 4

Medicação Apresentação Dose Terapêutica Observações


0 , 25; 0,5 e 2 mg
Clonazepam 0 , 5 a 4 mg
Gotas ( 2,5mg7ml)
Usados com muito cuidado , em
D í azepam 5 e 10 mg 5 a 30 mg doses baixas e por pouco tempo
Alprazolam 0,25; 0, 5; 1 e 2 mg 0,5 a 4 mg
5ertralina 25, 50, 75 e 100 mg 50 a 200 mg Dose única, pela manh ã
Paroxetina 10, 20 e 30 mg 20 a 60 mg Dose única, pela manh ã ou noite

Venlafaxina 37, 75 e 150 mg 75 a 300 mg Costuma dar sintomas de introdu çã o,


começ ar com doses baixas sempre
Amitriptilina 25 e 75 mg 75 a 300 mg
Sonolência , efeito anticolin é rgico,
Clomipramina 25 e 75 mg aumento de apetite

-
75 a 300 mg
m
Pregabdlina 50, 75, 100 e 15Gmg 100 a 300 rng
Tabela de antidepressivos usados na ansiedade pode ser vista na sessã o dc depress o
ã .
m
m
6. OUTROS QUADROS No cap í tulo de TOC , est ã o inclu í das as doen ças do m
"espectro do TOC ": transtorno dism ó rfico corporal,
RELACIONADOS À ANSIEDADE m
transtorno de acumula çã o, tricotí lomania (transtorno
de arrancar o cabelo ) e transtorno de escoria çã o
Outros quadros ansiosos agora ganharam capí tulos (sfc /n-p / cfcirrg).
separados no DSM 5. Aqui, iremos apenas definir A dissociação, a somatizaçã o e a conversã o são
alguns deles. quadros considerados psicorreativos e que normal-
mente surgem como resposta f í sica ou psí quica a
O transtorno obsessivo compulsivo é definido por
obsessõ ese compulsões recorrentes, suficientemente um evento traum á tico e sofrem grande influ ê ncia do
graves para causar sofrimento not á vel, consomem contexto socioeconô mico e cultural . Representam
um “salto'’ do ps í quico para o corpo ou do psí quico
tempo (ma í s de uma hora por dia ) e interferem nas
rotinas di á rias. Obsessões são pensamentos, impul- para o psiqu í co , como se o paciente, diante de um
sos ou imagens persistentes, intrusivas, egod í stõni - sofrimento psí quico intenso com o qual nã o sou-
case inapropriadas , normalmente experimentadas besse lidar, trouxesse para o corpo ou para outra
com intenso sofrimento. Conte ú dos mais comuns são areado psí quico a expressão do sintoma. Toda essa
agressividade, doenç as, acidentes e morte, sujeira express ão e “ saltos " ocorre de forma inconsciente
e contamina çã o , religiosidade, neutros ( músicas ou nesses quadros e n ã o sã o mais bem explicadas por
palavras). Obsessões n ão são simplesmente preo - outras condi çõ es , drogas ou medica çõ es.
cupaçõ es excessivas com problemas da vida real . No transtorno conversivo, a expressã o desse sofri-
Compulsões são comportamentos repetitivos ou mento se d á por sintomas neurológicos (fun çã o
atos mentais conscientes , padronizados e recor - motora ou sensorial alterada) sem ser explicada
rentes. Normalmente aparecem na tentativa de por quadros orgâ nicos, sintomas como fraqueza ou
reduzir a ansiedade das obsessõ es. Compulsõ es
mais comuns sã o limpeza , checagem, ordenação
ou simetria , contagem e repeti çã o. Normalmente, a
pessoa reconhece o car áter excessivo ou irracional
de suas compulsões e obsessões. O tratamento inclui
psicoterapia do tipo cognitivo - comportamentai e
paralisia , alteraçõ es de fala ou deglutição, aneste-
sia ou perda sensorial e movimentos anormais. Na
somatiza çã o, essa expressã o é feita em sintomas
f í sicos gerais, normalmente poiissintomà ticos (dores,
fadiga , gastrointestinais, sintomas sexuais, entre
outros). No transtorno dissociativo, os sintomas se
-
4
d
«d
medicação (antidepressivos seroton í n é rgicos). expressam em outra área do psí quico, caracterizada a
228 m
linktr.ee/kiwifz
Transtornos da ansiedade e dissociativos o RESID Ê NCIA MÉDICA
Ia n a v

por uma perturbaçã o eAau descont í nua çã o da inte - O transtorno de adaptaçã o é composto por sintomas
gridade normal da consciê ncia , memória , identidade, emodonais ou comportamentais em resposta a um
emo ção, percepção e outras áreas do funcionamento estressor ou estressores identificá veis e que causam
psicoló gico. Normalmente se expressa por amn ésia sofrimento intenso e desproporcionai e prejuí zo
dissociativa , fuga dissociativa , desreatiza çã o ou do funcionamento. A defini ção de estressor nã o
despersonalizaçao e transtorno dissociativo de iden- compreende traumas como noTEPT esim estresses
tidade (ou transtorno de múltiplas personalidades). e ocorr ê ncias de vida como problemas conjugais,
questões familiares, problemas ou fases ruins no
O transtorno de estresse agudo e transtorno de trabalho ou estudo, entre outros problemas, desde
estresse pó s-traum ã tico ( TEPT ) sã o quadros relacio - que causem prejuí zo desproporcionais à ocorrência .
nados á exposi çã o a um trauma ou exposição repe - Pode se expressar com sintomas de humor, sintomas
tida a traumas que ameacem a integridade fí sica do ansiosos e problemas de conduta .
indiv í duo ou de terceiros, normalmente relacionada
à sensação de medo intenso, desamparo e horror E o burnout? O que é? É entendido como uma sí n -
( tiros, assaltos, amea ças de morte , estupro e outros drome resultante de um estresse relacionado ao
traumas). O paciente pode vivenciar diretamente trabalho, caracterizada por trê s dimensões: exaustã o
ou testemunhar o evento traumá tico . O paciente emocional, comportamentos cinicos e desconexõ es
passa a ter sintomas de revivesc ê ncia do ocorrido, com os outros (també m chamados de desumaniza -
sintomas intrusivos , sonhos, torna - se hipervigi - ção); E uma sensa ção de incapacidade ou de baixas
lante e tem sobressaltos, evita persistentemente os possibilidades pessoais (chamada reduzida realização
est í mulos associados ao evento traumático, passa profissional). Ainda não é um conceito completamente
a desenvolver cognição e humor negativos. Até um definido. Não há critérios diagnósticos específicos nos
mê s ap ó s o evento traumá tico é considerado um manuais mais utilizados no Brasil (CiD 10 e DSM 5) .
transtorno de estresse agudo, acima desse tempo Hoje em dia , pelos manuais, seria enquadrada como
passa a ser um TEPT. transtorno de adapta çã o (TA ). 4
3
cr
CL

229
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© Transtornos da ansiedade B diss-ociativos Psiquiatria | Capitulo 4

QUEST ÕES COMENTADAS

Quest ão 1 Questão 2

(PREFEITURA MUNICIPAL DE FOZ DO IGUAÇU/ PR - 2018) He acordo (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PAR Á - 2017) Os Transtornos de
com as evid ências, assinale a conduta que é consi- Ansiedade (TA ) sã o um dos mais frequentes distúr-
derada de primeira linha no tratamento dos trans-
tornos de ansiedade na Aten ção Prim ária à Sa ú de,

Uso de lítio por um per í odo mí nimo de 6 meses.


bios psiqui átricos encontrados no sistema de aten-
çã o primá ria em sa ú de. Causam grande sofrimento
individual, representam um alto custo mé dico - so -
cial e sã o altamente prcvalentes nos pacientes que
-
m
Uso de sertralina por um per í odo mínimo de 6 procuram osserviç os desaú de. Considerando estes m
meses , aspectos , afirma - se que: m
H Uso de quetiapina por um perí odo mínimo de 6
meses,
a maioria das pesquisas concorda que a preva-
lê ncia de TA é duplamente superior em homens
«
jovens. s
Uso de donazepam por um per í odo mí nimo de
6 meses. Cl os transtornos de ansiedade cursam com sinais
e sintomas de sensa çã o de afogamento , pares- *
DIFICULDAbt : tesias e aumento do peristaltismo,
Q o uso frequente de henzodiazepínico piora os sin- m
Alternativa A: INCORRETA. O lí t í o é um dos principais tomas principalmente no transtorno do p â nico.
fá rmacos para o transtorno bipolar , não sendo uti- m
lizado para o transtorno de ansiedade.
Alternativa B: CORRETA. Os transtornos de ansiedade,
os inibí dores seletivos da recaptaçã o de sero-
tonina são prioritariamente utilizados antes de
atividades sociais que desencadeiam ansiedade.
-
como o transtorno de ansiedade generalizada e o
é
o transtorno obsessivo compulsivo é o transtorno
transtorno de p ânico, t ê m como primeira linha de
-

de ansiedade mais comum em pessoas que pro-


A
tratamento os inib í dores seletivos de recaptação
de serotonina, como a sertralina, utilizados por um curam atendimento em unidade bá sica de sa ú de. m
perí odo m í nimo de 6 meses, mas podendo ser ne- m
cessários por toda a vida. DIFICULDADfc;

AlternativaC: INCORRETA. A quetiapina é um antipsic ó - Í


Alternativa A; INCORRETA, Ocorre com maior frequê ncia
tico atí pico, não entrando na primeira linha de tra- em mulheres jovens
tamento de transtornos ansioso.

Alternativa D: INCORRETA. O donazepam, um benzodia -


Alternativa B: CORRETA. Os sintomas podem ser f í sicos , e
incluem parestesias, taquicardia, aumento do per í s-
«
zepí nico, pode ser usado em associaçã o inicialmente,
com o cuidado de reduzir gradativamente a dose e
descontinuar ap ôs as primeiras semanas, n ão de-
taltismo, vertigem, sensação de afogamento e asfixia .
Alternativa C: INCORRETA. Benzod í azep ínicos podem
*m
vendo ser utilizado sozinho ou por v ários meses. ser utilizados como coadjuvantes do tratamento
nas primeiras semanas , por proporcionarem alí vio
a
^ RFSPOSTA: Q rá pido dos sintomas. ê

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Transtornos da ansiedade e dissodativos RESIDfNCIA MEDICA t
fih I

Alternativa th INCORRETA. O tratamento envolve uso DIFICULDADE:


contí nuo de inibidores seletivos de recaptaçã o de
serotonina em associaçã o tom psicoterapia. .
Resolu ção: Ainda que se trate de um TAG nào h á ne-
cessidade de se encaminhar para um especialista
.
Alternativa E:INCORRETA Entre os transtornos ansiosos, num primeiro momento , estando o MFC apto a iniciar
o transtorno de ansiedade generalizada é provavel - o tratamento psiquiátrico com abordagem de apoio
mente o transtorno mais comum entre as pessoas .
e terapia medicamentosa se necessá rio A sobrecar-
que procuram atendimento na aten çã o primária. ga dos CAPS é uma realidade em todo o Brasil, vis -
to que a aten ção básica nà o consegue atingir ainda
RESPOSTA: Q uma eficácia satisfat ó ria,

* RESPOSTA £3
Quest ão 3

- .
(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PAR Á 2018) A Sra Maria Raí - Quest ão 4
munda, 62 anos, recorreu á Unidade de Saú de da (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA / SP - 2018) Mulher de 28
Famí lia (USF) da Terra Firme à procura de seu m é - anos apresenta, h á oito meses, crises caracterizadas
dico de família (MFC), Apesar de seus exames esta -
rem todos normais e gozar de boa sa ú de, insiste em
por taquicardia, tontura, dor no peito, tremores, sudo -
rcse, formigamento nas m ãos, sensa ção de desmaio
.
frequentar a USF A. mesma, diante de seu m é dico, e medo de morrer, sem fatores desencadeantes e que
lan ç a vá rias queixas ao mesmo tempo, numa velo - duram cerca de 20 minutos. Desde entã o, est á com
cidade impressionante, numa consulta sem foco. medo de ficar sozinha, s ó sai de casa acompanhada,
eseja fazer novamente um "check - up". Apresenta pois teme passar mal, nã o consegue ficar em lugares
dispneia suspirosa, palpita çõ es e diz que se sente com muitas pessoas. Relata v ários atendimentos no RI

mal. U ma sensa çã o estranha q ue não consegue defi - pronto- socorro de sua cidade, ocasiõ es em que não
nir exatamente, Refere cefaleia ap ó s os afazeres de foram encontradas altera çõ es no exame fí sico e nos
3
O"
casa, à tardinha, "nâ o conseguindo pregar o olho * exames subsidiá rios. Os diagn ósticos mais prová veis
tf?
CL
Diante do caso da Dona Maria Raimumda, marque a e o tratamento farmacoló gico inicial são
alternativa correta .
transtorno de ansiedade generalizado e distimia;
Trata - se de um Transtorno de Ansiedade Gene - fluoxetina.
ralizada (TAG) devendo -se ser referenciada ao transtorno ccmversivo e hipocondria; clorpro-
j
0
especialista, pois o MFC n ão estã apto a iniciar mazina.
o tratamento.
H transtorno de pânico e agorafobia; paroxètina,
0 Suas queixas nã o indicam outra condiçã o clinica, 0 transtorno de somatização e agorafobia; clona -
portanto o MFC deve conduzir o problema apenas
ze parti.
como um quadro de ansiedade.

0 O MFC n ã o est ã habilitado a conduzir quadros DIFICULDADE:

psiquiá tricos, devendo sempre utilizar o Centro


de Apoio Psicossocial ( CAPS) como referencia Resoluçã o: Temos um caso clássico de uma paciente
nessas situa çõ es. com Transtorno do Pâ nico, associando o medo de
morte com manifestaçõ es adrené rgicas em pacien -
0 É importante que o MFC esteja apto a iniciar um te jovem e sem fatores de risco. Além disso, ela tem
tratamento psiquiátrico, podendo ser uma abor- medo de lugares comi muitas pessoas, que possam
dagem de apoio mais terapia medicamentosa. causar pâ nico, impotê ncia, constrangimento, e isso
e chamado de Agorafobia. A terapia indicada é um
II O fluxo de atendimento â pessoa portadora de inibidor seletivo da recaptaçã o de serotonina; Pa -
transtorno mental na APS, em Belém, est ã bem
roxetina, por exemplo,
consolidado e resolutivo, nã o existindo sobrecarga
dos CAPS e do hospital psiquiátrico de refer ência.
* RESPOSTA; H
231
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® Transtornos da ansiedade e dissocialivos Psiquiatria | Capitulo 4

Quest ã o 5 Q sí ndrome de estresse p ós- traumá tico.


(HOSPITAL OFTALMÓLOGiCO DO ACRE - 2018) A associa çã o
medicamentosa mais comumente utilizada no tra - L Olí lCULDADE:

tamento da sí ndrome do pâ nico é:


Alternativa A: INCORRETA. O transtorno cognitivo leve é
tranilcipramina e haloperidol. suspeitado a partir de uma clí nica de d éficit cogni -
tivo, n ão presente no caso.
haloperidol e benzodiazepinico .
Alternativa B: CORRETA. A sí ndrome de Burnout é ca-
B tranilcipramina e clomipramina . racterizada pela exaustão emocional, diminuiçã o da
clomipramina e benzodiazepinico. realização profissional e despersortaliza çã o (atitu-
des negativas e insensibilidade), que ocorrem ap ó s
B benzodiazepinico e fenobarbital. exposição prolongada a estressores emocionais e
interpessoais no trabalho , caracterí sticas presentes
DIFICULDADE: no caso descrito em quest ão.

Resolução: O tratamento da síndrome do p ânico se AlternativaO INCORRETA. O transtorno do pânico é ca -


baseia no uso de antidepressivos em associação racterizado por ansiedade associada a crises súbi-
com um benzodiazepinico de açã o curta como coad- tas de taquicardia , palpita çõ es, falta de ar, sudore -
juvante na fase inicial do tratamento. Esses pacien- se , com sensação de morie iminente , ou seja , não ê
tes costumam ser mais sensí veis aos efeitos cola- compatí vel com o quadro descrito.
terais dos antidepressivos, com prefer ência pelos Alternativa D: INCORRETA. N ã o se trata tamb ém de um es-
inibidores seletivos da recaptaçã o da serotonina ou tresse pós- traumá tico , pois n ão h ã relato de trauma .
venlafaxina . A clomipramina , um antidepressivo tri-
e í clico , també m pode ser uma opção. O haloperidol, * RESPOSTA: 0
um antipsicó tico típico, n ã o faz parte dos fá rmacos
tipicamente utilizados para sí ndrome do p â nico. A
tranilcipramina é um inibidor da MAO, e tamb ém nã o Questão 7
é medica ção de escolha para este distúrbio. Tamb ém
(HOSPITAL S Ã O LUCAS DA PUC /RS - 2016) Considera - se que
excluí mos a letra E pela presen ç a do fenobarbital,
o paciente desenvolve transtorno do estresse pó s-
um anticonvulsivante.
- traumá tico quando, em at é seis meses depois
do
RESPOSTA: 0 evento desencadeante, apresentar as seguintes ma -
nifestaçõ es, EXCETO:

Quest ão 6 Recorda çõ es aflitivas, recorrentes e í ntrus í vas do


evento, incluindo imagens, pensamentos e per-
(UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA / SP - 2017) Um profes- cepçõ es (em crian ç as pequenas podem ocorrer
sor, com hist ó ria de viv ência profissional em um jogos repetitivos).
contexto de relações organizacionais e sociais es-
tressoras, que sempre se mostrou comprometido e Sonhos aflitivos e recorrentes com o evento (em
respons á vel em seu trabalho , com atitudes ativas crianç as podem ocorrer sonhos amedrontadores).
e criativas, come ç a a apresentar (apó s 15 anos de E Revivências, ilusões, alucinaçõ es e flashbacks
profissã o) atitudes e condutas negativas em relação como se o evento traumático estivesse ocorren -
aos alunos, aos colegas, à organizaçã o e à profissã o, do novamente.
com visí vel des ânimo no cotidiano de trabalho. O
Esquiva persistente de estímulos associados com
comportamento descrito ê sugestivo de
o trauma e entorpecimento de reatividade geral,
nã o presente antes do evento traum á tico,
transtorno cognitivo leve .
sí ndrome do esgotamento profissional (Burnout). S Hipersonia noturna , adinamia , letargia, sono-
lê ncia diurna , prostra çã o, nã o presentes antes í»
B transtorno do pâ nico. do ocorrido .

232
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Transtornos da ansiedade e dissociativos u RESIDÊ NCIA MÉDICA
*
| A Ci

r DIFICULDADE:
J
bem claramente um diagnostico psiquiátrico de
transtorno do p â nico.
Resolução: O transtorno de estresse p ó s- traum ã tico Alternativa C: INCORRETA, Paciente sem história ou in-
ocorre apó s experiê ncia traumática , em que o pa
-
dicio de arritmia . Falso, D) Paciente com ECG normal
ciente passa a reviver a situação atrav és de sonhos e enzimas normais.
e / ou /las/ibacfts, associado à evitação persistente de Alternativa D: INCORRETA.
qualquer situaçã o que lembre o trauma . Sintomas
Alternativa E: INCORRETA. Termo vago que denota ma-
ansiosos e depressivos podem estar associados, mas
nifesta çã o orgâ nica de um problema psí quico. Po-
sonolê ncia , adinamia , letargia e prostra ção n ã o sao
deria até ser utilizado, mas é menos acurado que o
sintomas t í picos do TEPT.
diagnóstico de transtorno do pâ nico (a banca pede
RESPOSTA: 0 o diagnóstico mais prov á vel).

* RESPOSTA: IS
Quest ã o 8

(UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALE- Quest ã o 9


GRE / RS - 2009) Homem de 22 anos é trazido ã emer- (ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL - 2015) Sobre o
gê ncia por uma ambulância devido a quadro de dor manejo dos transtornos de ansiedade, considere as
tor á cica e formigamento nas m ã os. Acredita ter so
assertivas abaixo:
frido ataque cardí aco e est á muito assustado com
a possibilidade de morrer subitamente. Relata epi - I. Os Inibidores Seletivos da Recapta ção da Sero-
só dios semelhantes toda vez que se encontra em tonina (ISRS), por exemplo a fluoxetina , são os
locais com muitas pessoas. Nega antecedentes de fá rmacos de primeira escolha ;
qualquer doenç a. Ao exame, apresenta sudorese, II. Os benzodiazepí nicos podem ser associados aos
taquipneia e press ão arterial, ligeiramente, acima ISRS nas primeiras semanas em pessoas sem 3
5"
de 140 / 90 mrnHg. O eletrocardiograma mostra ta- hist ó ria de abuso e com muitos sintomas; i
Q.
quicardia sinusal. A temperatura, a glicemia e a do-
III. A terapia cognitivo-comportamental é a psico-
sagem de enzimas card í acas est ã o normais. Qual a
terapia com maiores evid ências de efic ácia.
causa mais prov á vel deste quadro?
Quais est ão CORRETAS?
Transtorno conversivo.
0 Transtorno do pâ nico. Apenas ll.
0 Arritmia cardí aca . Apenas l e II.
Cardiopat í a isqu èmica, B Apenas 1 e lll.

S Somatizaçã o. B Apenas II e lll.


B I, n e lll .

DIFICUIDADEI ]
DIFICULDADE:
um paciente jo-
* Dica do autor Questão que nos traz com histó ria de
*

org â nicas, • Dica do autor: No manejo dos transtornos de an


-
vem sem comorbidades
eventos semelhantes a este quando se encontra em siedade, os Inibidores Seletivos da Recapta çã o da
locais com multid õ es , com normalidade dos dados Serotonina ( ISRS) (por exemplo, a fluoxetina) são
vitais , ECG, glicemia e enzimas card í acas. os f á rmacos de primeira escolha , pois apresentam
Alternativa A: INCORRETA. Os transtornos conversivos sã o menor nú mero de efeitos colaterais e a melhor to -
mais comuns em mulheres e costumam ser acom- ler â ncia dos pacientes .
panhados de aparente perda de consciência, muitas Assertiva I: VERDADEIRA. Como os antidepressivos po -
vezes com abalos e simulando crises convulsivas. dem demorar entre 2 e 4 semanas para atingir ní vel
Alternativa B: CORRETA. Associando isso ao pensamento s é rico e come çar a fazer efeito, os benzodiazep í ni-
de ru í na (achar que vai morrer subitamente), temos cos podem ser associados de forma racional nas

233

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© Transtornos da í dade e
jnsit dissociativos Psiquiatria ( Capitulo 4

primeiras semanas do tratamento em pessoas sem


história de abuso e com muitos sintomas.
Assertiva II: VERDADEIRA. A terapia cognitivo -compor-
tamental é apontada como melhor tratamento psí -
cuter á pico com maiores evidencias de efic á cia nes -
ses Casos.
Assertiva III: VERDADEIRA.

* RESPOSTA: g

-
M
tf

tf

tf

â
li

ã
m
á
«
tf

fi
234

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Capítulo

0 QUE VOCÉ PRECISA SABER :

© Os quadros de humor incluem os quadros depressivos unipolar {ou maior), os quadros tripulares, as
distí mias e outros.
© Humor e afeto naturalmente oscilam ao longo do tempo, quando as oscilações sao intensas, duradouras
,

e trazem prejuí zos se toma patoló gicos


© Os antidepressivos mais usados sao os ISRS, n ã o por serem melhores, mas por serem mais toler áveis
e terem melhor perfil de efeitos colaterais
© O transtorno bipolar se trata com estabilizadores de humor (lií tio, anticonvulsivantes e antipsic óticos
atípicos) e n ão comi antidepressivos
© Nunca esquecer das medidas não farmacoló gicas

na

1. INTRODUÇÃO afetivo" do indiví duo ao longo de um determinado


tempo. O afeto seria a cor particular de cada momento cr
ou ideia, ampliando ou reduzindo a experiê ncia basal O.
Se a vida afetiva é o que dã brilho, cor e calor à s do humor. Seria sentimento ou emo ção que acom-
viv ências humanas, sem as emoçoes vida se torna panha cada ideia. Fazendo analogia com um filme:
vazia, incolor, insossa. Caso essas emo ções estejam o humor seria o todo, a ideia ou tema geral do filme
exageradas, a vida fica com brilhos intensos demais (drama, com é dia, aventura etc.), o afeto seria cada
e isso tamb é m pode ser patológico. Os transtornos parte ou cena do filme e o que representa.
de humor sao exatamente alterações dessas vivê n -
cias afetivas. DICA
Humor = busof, Afeto = emo çã o de cada
Quando se fala em quadros de humor h á dois prin - ideia.
cipais: depressã o umpolar e o transtorno bipolar.
Alé m desses, há ainda a dclotimia, a dbtimia ( ou O humor pode estar modulado para baixo (humor
transtorno depressivo persistente), o transtorno hipoiímico, hipotimia ou humortriste) ou para cima
disruptivo da desregula çã o do humor, o transtorno (hipertimia, humor hipertimico ou humor exaltado).
disfõ rico pré-menstrual, além dos quadros de hu mor Q humor normal ê chamado de eutimico.
induzidos por medica ções e drogas ou induzido por
outras quest ões m édicas.

3. DEPRESSÃO: O QUE É?
.
2 O QUE É HUMOR E AFETO?
Tristeza, melancolia, angústia, infelicidade sã o sen -
timentos pr ó prios da existê ncia humana. Quando
Antes de entrar nas quest ões clí nicas, é importante esses sentimentos se ''acumulam ", come çam a ficar
lembrar uma questã o da semiologia psiqui á trica. intensos, duradouros e a trazer prejuí zo, estamos
Humor è o estado de â nimo, o basal, ou o "t õ nus

235
linktr.ee/kiwifz
(>) Transtornos de humor Psiquiatria | Cap í tulo 5

diante de um quadro psiquiá trico conhecido como inflamaçã o e citocinas, quest ões gen éticas e epige-
depressã o. Pode ser chamada de depressão, depres - n éticas e quest õ es ambientais , formação de perso-
são unipolar ou transtorno depressivo maior . nalidade e ocorr ê ncias de vida, altera çõ es de ritmos
biológicos e uso de subst â ncia psicoativas ,
A principal teoria neurobiológica é a teoria monoa -
.
k EPIDEMIOLOGIA min é rgica, que postula que a via final comum da
depress ã o seria altera çã o dos neurotransmissores
A prevalê ncia e incidência da depressão varia um
.
serotonina (5 HT ), dopamina (DA ) e noradrenalina
(NA). Por isso, a maioria dos antidepressivos atual-
-
*

:
pouco entre locais e idades Mas há um car á ter
universal, sendo descrito na literatura h á muitos mente no mercado agem em um ou mais desses
.
milé nios A prevalê ncia atual est á na faixa de S% a neurotransmissores.
16,8% na populaçã o geral. A incid ê ncia pode chegar
a 30% em um ano. É duas vezes mais prevalente em iaI Principais neurotransmissores envolvidos na
mulheres. Tem inicio normalmente entre 20 e 40 depressão = Serotonina, Dopamina e Noradrenalina
anos, com mé dia de 29 anos. Mas pode ocorrer em
crianças em idade escolar e idosos.
Os episódios tê m duraçã o e gravidade muito variáveis . 6 . SINTOMAS
Sem tratamento, tem tempo médio de duração entre
tr ês e Seis meses. Com tratamento, esse tempo se
encurta. No entanto, tempo de depressã o não tratada Os sintomas principais da depressão sã o 1) humor
piora o progn óstico do paciente. Após o primeiro depressivo , 2) falta de interesse ou motivação (ane -
epis ó dio, o paciente tem cerca de 50% de chance de donia ), 3) altera ções de ânimo, apatia e cansa ço.
ter um segundo. Ap ó s o segundo epis ódio, a chance Um dos dois primeiros é obrigat ório para se fazer
de recorr ência é de cerca de 70% e, ap ó s o terceiro diagnóstico (ver crit érios abaixo).
episódio, 90%. À medida que a doenç a progride, o
intervalo entre os episódios diminui e a gravidade Outros sintomas podem ocorrer como sentimento de
culpa , baixa autoestima, desesperan ç a, pensamentos
aumenta. Para evitar essas recaí das, mant é m se a - de morte e ideaçã o suicida, irritabilidade, falta de
medicaçã o mais tempo do que oapenas necessário
para remissão do quadro. Por exemplo, ap ó s remis- energia, altera çõ es de apetite e sono (para mais ou
são do primeiro episódio depressivo na vida, manter para menos), alterações sexuais e dores. Sã o muito m
medica çã o por seis a 12 meses para evitar recaí das. comuns alterações cognitivas como alterações de
concentraçã o e atenção, alterações de produtivi-
Socialmente costuma sert ão debilitante quando a dade, psicomotricidade lentificada ou aumentada.
doen ça coronariana e mais debilitante que o diabetes Sintomas ansiosos, menor capacidade de interação
mellitus. Especialmente porque é mais comum em
jovens, em plena idade produtiva . É a maior causa de
social e isolamento també m podem ocorrer . a
anos vividos com incapacidade ( YLD) e uma das trê s É co mum have r rumin a çõe s de p ensa m entos re pet i ti-
vos e costuma haver distorção da realidade (passada,
principais causas de anos de vida perdidos (DALY).
presente e futura) para o polo negativo, hí pen/alori- a
rando quest ões negativas e desvalorizando questões
positivas.
5. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
Nos casos graves, pacientes podem evoluir para
sintomas psicóticos, normalmente congruentes com
Depressão é uma doen ç a multifatorial que envolve humor. Por exemplo, delí rios de ruína e morte, aluci -
questões pessoais e psicológicas, quest ões biológi- naçõ es com vozes de conte ú do negativo, mandando m
.
cas e gen éticas, além de ambientais As teorias que se matar, xingando ou falando mal . a
tentam explicar a depress ã o perpassam quest õ es
hormonais (alterações de eixo hipotãlamo hipófi -
se - adrenal e tí reoidiano), hipóteses relacionadas ã
- Episódios agudos de tristeza intensa , dura- a
doura e pervasiva ossociado a outros sintomas.

236 â
linktr.ee/kiwifz
Transtornos de humor o RESIDÊ NCIA MEDICA
iH n :11

depressão de Montogomery Asberg ( MADRS), es-


7. CRIT ÉRIOS DIAGNÓSTICOS cala de Hamilton de depress ã o (HAM- D), escala de
Beck para depressão, entre outras. Pode - se solicitar
exames para excluir outras causas de altera çã o de
0 diagnóstico da depressã o é clinico. O uso de es- comportamento ou para se ter no ção da sa ú de basal
calas, seja de rastreio seja de diagn ó stico, pode ser antes de prescrever medicaçõ es.
útil. Exemplos de escalas: PHQ 2, PHQ 9, escala de

Critérios diagnósticos do transtorno depressivo maior - segundo DSM 5:


-
Ar Cinco (ou rnais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo perí odo de duas semanas e re
.
presentam mudan ç a em relaçã o ao funcionamento anterior Pelo menos um dos sintomas é (i) humor deprimi cl o
ou (2) perda de interesse ou prazer
1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo sente
( -
- se triste , vazio, sem esperanç a ) ou por observa çã o feita por outras pessoas ( parece choroso ). Em crian ç as
e adolescentes, pode ser humor irrit á vel.
2 ) Acentuada diminuiçã o do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do diar
quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou observa çã o feita por outras pessoas).
3) Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (alteraçã o de mais de 5% do peso corporal em
um m ê s) ou reduçã o ou aumento do apetite quase todos os dias. Em crian ç as , considerar o insucesso em
obter o ganho de peso esperado.
4) Ins ó nia ou hipersonia quase todos os dias.
5) Agita ção ou retardo psicomotor quase todos os dias (observá veis por outras pessoas, nã o meramente sen-
sa çõ es subjetivas de inquieta ção ou de estar mais lento).
6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7) Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os o-
dias (n ã o meramente autorrecriminaçã o ou culpa por estar doente). Q.

S) Capacidade diminuí da para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias por relato subjetivo
(
ou observaçã o feita por outras pessoas ).
9) Pensamentos recorrentes de mortelnaosomente medode morrer), ideaçã o suicida recorrente sem um plano
especifico, uma tentativa de suicí dio ou piano especí fico para cometer suicí dio.

B . Os sintomas causam sofrimento ciinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou


em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

t. 0 epis ódio n ão è atribuí vel aos efeitos fisiológicos de uma subst ância ou a outra condi ção m édica.

D. A ocorr ê ncia do episó dio depressivo maior n ã o é mais bem explicada por transtorno esquizoafetivo, esquizofre -
nia, transtorno esquizofreriforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro
transtorno psic ó tico especificado ou transtorno da esquizofrenia e outro transtorno psicó tico nã o especificado
.

E, Nunca houve um episódio maní aco ou hipomaníaco.

Qua nd o o paci ente te m um ú n ico e pisódio, c h amam os episódio pode ser definida simplesmente pela ava-
de episódio depressivo. Se o paciente tem mais de um lia çao clí nica , por pontuação em uma das escalas
episó dio, chamamos de depressã o recorrente. Para diagn ósticas citadas acima e at é pelo n ú mero de
ser considerada recorrente, o paciente tem que ficar sintomas (mais sintomas, mais grave). Normalmente
pelo menos dois meses assintomãtico ou com quadro combinam - se sintomas, com a gravidado e o grau de
muito leve ( não preencher critério). A gravidade do incapacidade funcional gerado por eles.

linktr.ee/kiwifz
(T) Transtornos do humor

8. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
P & iq una Iria | Capitulo 5

ao passo que no EDM os sentimentos de desvalia


e aversã o a si mesmo são comuns. Se presente no
:
ENTRE DEPRESSÃ O E QUADROS luto, a idea ção autodepreciativa costuma envolver a
percep çã o de falhas em rela çã o ao falecido (n ã o ter
DE AJUSTAMENTO ( DSM 5 )
feito visitas com frequência suficiente, nã o dizer ao
falecido o quanto o amava), Se um indivíduo enlutado
Respostas a uma perdia significativa (luto, ruiria pensa em morte e em morrer, tais pensamentos cos -
financeira, perdas por um desastre natural, doen ç a tumam ler o foco no falecido e possivelmente em "se
grave ou incapacidade) podem incluir os sentimentos unir" â ele, enquanto no EDM esses pensamentos tê m
de tristeza intensos, rumina çã o acerca da perda, o foco em acabar com a pr ó pria vida por causa dos
insó nia, falta do apetite e perda de peso observados sentimentos de desvalia, de n ã o merecer estar vivo
no Crit ério A , que podem se assemelhar a um epi- ou da incapacidade de enfrentar dor da depressã o.
só dio depressivo. Embora tais sintomas possam ser
entendidos ou considerados apropriados á perda, a
presen ç a de um episódio depressivo maior vai além
da resposta normal a uma perda significativa e deve
10. TRANSTORNO BIPOLAR: O QUE
E?
*
ser cuí dadosamente considerada nessas situaçõ es.
Em alguns casos, tais situa çõ es estressqras são o
.
fator desencadeante do epis ó dio depressivo Essa O transtorno bipolar, apesar de tamb é m ser um
decisã o requer inevitavelmente o exercido do jul- quadro de alteração de humor cr ó nico e ao contr á rio
gamento clí nico baseado na hist ó ria do indiví duo e da depressão unipolar, o humor varia entre picos de
nas normas culturais para a expressão de sofrimento
no contexto de uma perda,
humor exaltado [episódio de mania, manitiformes
ou períodos de hípomanla), momentos de humor
m


deprimido e períodos de eut í mia.

9. DIAGNÓ STICO DIFERENCIAL EEÍffpisódíos depressivos + Episódios maníacos


ENTRE DEPRESSÃO E LUTO (DSM ou hfpomonracos
5)

Ao diferenciar luto de um episódio depressivo maior


Figura 1. Representaçã o do padr ã o de
humor do transtorno bipolar !,

m
no EDM há humor deprimido persistente e incapaci -
-
(EDM), é util considerar que, no luto, o afeto predomi
nante inclui sentimentos de vazio e perda, enquanto unrttti È Jptiris to humor
"(WffiaT peiodadc fltagriB)
Monta

km

-
Hlpmfiania
dade de antecipar felicidade ou prazer. A disforia no
fctanwik toT$-

Mil»
luto pode diminuir de intensidade ao longo de dias *
a semanas-, ocorrendo em ondas, conhecidas como
, -—

"dores do luto ". Essas ondas tendem a estar asso - "MdlIflDI í fcrtfi' fm
ciadas a pensamentos ou lembran ç as do falecido. BoprrsMQ &ubc4ndr òmica
O humor deprimido de um EDM é mais persistente lmilB inferor do hmcri
‘nomuT fliMeta, EdnmçríQi
e nã o est á ligado a pensamentos ou preocupações Depressão maior
espec í ficos, A dor do luto pode vir acompanhada de
emoçõ es e humor positivos que n ã o s ã o caracteris - m
ticos da infelicidade e angú stia generalizadas de um Lembro que não é que o paciente fica o tempo todo
EDM. O conteú do do pensamento associado ao luto
geralmente apresenta preocupaçã o com pensamen -
oscilando o humor feito uma montanha russa Ele
pode passar perí odos eutimicos (meses e até anos)
. *
m
tos e lembran ç as do falecido, em vez das ruminações
autocrí ticas ou pessimistas encontradas no EDM.
entre dois epis ó dios ou pode ter ciclagens mais
r á pidas (quatro ou mais episó dios de altera çã o de
m
No luto, a autoestima costuma estar preservada . humor em 12 meses em qualquer polo, com pelo

238
linktr.ee/kiwifz
Transtornos de humor RESIDÊ NCIA MEDICA
^ p n p p

menos dois meses assintomático entre episódios).


O paciente pode sair de um epis ó dio maní tiforme 11. EPIDEMIOLOGIA
"direto" para um episó dio depressivo, Também pode
passar anos e anos bem e repentinamente ter um
A prevalência na popula çã o varia entre os tipos de
epis ódio manitiforme, pode apresentar perí odos de
transtorno bipolar: O tipo I 1% e o tipo II fica entre
dSstimia (tristeza leve e cr ónica), período de hipoma - 1,1% e 2,4%r a depender do crit ério usado, Acomete
nia e assim por diante. Alguns autores consideram o
adultos jovens e costuma ter inicio mais precoce,
conceito de “espectro bipolar ” para pacientes que
ao redor dos 20 amos. Tamb ém pode se iniciar na
nã o possuem os quadros clá ssicos de alteraçõ es
de humor.
.
adolesc ê ncia e mais tardiamente Iní cio no idoso
è muito raro e quadros demenciais costumam ser
mais prováveis, Apresenta altas taxas de morbidade
DICA
Transtorno brpoí ar é diferente de í abílrdade e imortalidade. Pacientes possuem maior risco de
emocional ; suicídio que aqueles com depressã o unipolar.

Importante salientar que essas oscilações de humor 12. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA


são longas e nã o r á pidas. Assim, não è que o paciente
acorda de um jeito, de tarde est á com outro humor
e a noite com um terceiro estado. A essa oscila çã o Entre os transtornos psiquiá tricos, o TB é um dos
de humor r á pida, até mesmo dentro do mesmo dia, que costumam ter maior influência gen é tica e her -
damos o nome de labilidade emocional. Falamos de dabilidade. Por isso, é muito comum hist ó ria familiar
oscilações que duram no mínimo sete dias ininter- positiva. A heranç a provavelmente è poligênica .
ruptos no caso da mania, quatro dias na hipomania Nào h â achados laboratoriais sugestivos Pode estar .
e, no mí nimo, 15 dias nas depressões e todos eles associado a condiçõ es médicas gerais (como proble - m
podem durar at é semanas ou meses (n ã o h ã tempo mas de tireoide) e uso de drogas.
3

má ximo, apenas mínimo). 41


a
A etiologia costuma tamb é m ser multifatorial e
O paciente pode abrir o quadro com qualquer episó - a neurobiologia do transtorno bipolar parece ser
dio, mas, de maneira geral, ao longo da vida toda, os bem complexa. Envolvendo neurotransmissores
pacientes costumam ter mais episó dios depressivos como gaba e glutamato, alé m das monoamí nas.
que maní acos. Normalmente ao longo dos anos Provavelmente esta mais relacionado a um excesso
e do envelhecimento, os epis ó dios de mania vã o de monoaminas do que diminuição (especialmente
diminuindo e os de depressão prevalecem. Alguns noradrenalina e dopamina) e por isso que os trata -
estudos dizem que a maioria dos pacientes tem em mentos sà o outros.
média 70% de episód ios depressivos contra 30% dc
epis ó dios maní acos, nos homens essa propor çã o
pode ser mais igualit á ria. 13. SINTOMAS
O transtorno bipolar (TB) também é conhecido como
transtorno afetivo bipolar (TAB), segundo a Cl D 10, Existem dois tipos de TB: tipo i e tipo IL O primeiro
transtorno do humor bipolar ( se voc ê entendeu a é o clá ssico em que o paciente faz episódios de
diferen ç a entre humor e afeto, entendeu porque depress ão e epis ó dios de mania. No segundo, hl
é uma doenç a do humor e não do afeto) e at é sim - epis ódios depressivos com episódios de hipomania,
plesmente de bipolaridade, O primeiro nome é o nunca faz mania. Perceba que mo tipo I o paciente
utilizado pelo DSM 5 e deve ser adotado pelo CID 11 també m pode ter sintomas de hipomania e o dife -
Por isso» é o nome utilizado aqui e que recomendo
, renciador é a ocorr ê ncia ou n ão de mania. O tipo II
ser usado nas provas . parece ser mais comum e difícil de identificar porque

239
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t>) Transtornos de humor Psiquiatria | Capitula 5

o paciento nunca fica em franca mania, que ê um Os episódios dopressivos têm sintomas bá sicos id ê n -
quadro ma is disruptim ticos aos da depress ão unipolar. No entanto, costu -
mam ser mais graves no TB, termais ideaçã o suicida
D Í CA
TB Tipo I = Depressões Manias ou Episódios
e mais sintomas psic ó ticos. Os estados mistos s ão

—-
*
mistos ( podem ou n ão ocorrer hipomanias ) perí odos que o paciente conjuga sintomas de ambos
os polos em um per í odo único. Por exemplo, ele pode
ficar triste ( humor hiipotímico), por é m acelerado e
DICA
TB Tipo U - Depress õ es + Hípomemias irritado. Ficar com anedon í a, por é m com agita ção e
agressividade. Normalmente, para se caracterrzar o
episódio misto, o paciente tem que ter pelo menos
Alguns autores defendem o conceito de "espectro tr ês crit é rios do polo oposto.
bipolar ”. Ao invés de ver os pacientes em categorias
separadas de altera çõ es de humor (depressã o uni-
polar, TB tipos i e II), ver isso como um cant /nui/m.
Para diferencia ção desses quadros, é importante
que clínico investigue ativamente para entender
m
Entre a depressão unipolar e o TAB tipo II clá ssico quadros pregressos. O diagn óstico do TB é clí nico e
existem outros quadros intermediários: psicoses os exames sã o solicitados para excluir causas orgâ -
bipolares com humor incongruente, personalidade nicas, uso de drogas e ver a saúde basal do paciente
,
m
hipertímica com episó dios depressivos, ciclotimia, antes de iniciar a medica çã o.
distimia com episódios de hipomania, mania induzida
por antidepressivos, entre outros.
Na evoluçã o da doen ç a, sã o comuns os episódios 14. CRIT ÉRIOS DIAGMÓSTICOS
ficarem mais frequentes e com perí odos de norma -
.
lidade mais curtos Em alguns casos ( 20% a 30%),
os sintomas podem permanecer patentes mesmo Os crit é rios diagn ósticos do transtorno bipolar em
entre crises, episó dio de depressã o (depressão bi polar) s ã o os
Episó dio de mania e hipomania 6 um período de mesmos do episódio de depressão unipolar. Obvia -
Ihumor alterado persistentemente elevado ou irri - mente o paciente apenas tem que ter passado por
episódios de mania ou hipomania pr é vios ou pos-
t á vel (disfórico), associado a autoestima elevada
e autoconfian ça, aceleração de pensamento e fala, teriores para se fechar o diagn ó stico (Crit ério E n ã o
diminui çã o de necessidade de sono, alterações de existe nesse caso, ver crité rios de episódio depres-
aten çã o, aumento de comportamentos de risco ele- sivo acima ).
vado ( jogos, uso de drogas, sexo, gastar dinheiro) e
Nem sempre é f á cil fazer a diferencia ção entre
dificuldade de controle de impulsos. Podem ocorrer
depressão unipolar e bipolar, especialmente se o
diminui çã o de concentraçã o, confusã o, pensamento
arborizado e “colorido '. Sintomas psic ó ticos sã o
1 paciente teve apenas epis ó dios de hipomania pr é -
comuns, normalmente tamb ém congruentes com vio que nem sempre sã o percebidos. Para ajudar,
humor (delírios de grandeza ou poder excessivo,
vozes de pessoas importantes ou Deus), Ní a hipo -
uma boa anamnese é essencial. Pacientes bipolares
deprimidos tê m mais retardamento psicomotor, mais
É -
sintomas at ípicos (aumento de apetite, hipersoniar
mania, não h ã sintomas psicóticos.
falta de energia acentuada, reatividade do humor,.
Essa altera çã o temi que representar um aumento sensibilidade à rejei çã o interpessoal) e mais sinto-
claro em rela çã o ao comportamento habitual do nias psic óticos. Costumam ter inicio mais precoce da
paciente. Isso è especialmente vá lido nos epis ó dios depressã o, com episó dios mais frequentes, iní cios
de hipomania. Não é qualquer perí odo maí sfeliz ou mais abruptos e história familiar positiva de TB, assim
empolgado que caracteriza mania ou hipomania É
preciso que seja intenso, duradouro (v á rios dias) e
trazer prejuí zo funcional ou ocupacional ( mais na
mania e menos na hipomania). Ê comum o paciente
. como maior risco de suicí dio. Lembre - se sempre de
perguntar sobre hist ória de vida. Muitas mudan ç as
sem motivo aparente ( separa çõ es, mudanç as de
emprego e cidade, por exemplo) falam a favor de
-
í

perder a critica e noção de doenç a nesses episódios. paciente bipolares.

240
linktr.ee/kiwifz
Li Transtornos de humor
iRESIQÍWCIA MÉDICA
% u n p JM

Os critérios diagnósticos para episó dios de mania , segundo o DSM V, são:

A. Um per í odo distinto de humor anormal c persistentemente elevado, expansivo ou irritávele aumento anormal e
persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com dura çã o m í nima de uma semana e presente na
.
maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer dura ção, se a hospitalizaçã o se fizer necessária) . Durante
o per í odo de perturbaçã o do humor e aumento da energia ou atividade, tr ê s (ou maí s) dos seguintes sintomas
(quatro, se humor é apenas irrit ável) est ã o presentes em grau significativo e representam mudanç a not ável
do comportamento habitual:
1. Au to estima inflada ou grandiosidade.
-
2 Reduçã o da necessidade de sono ( sente se descansado com apenas tr ês horas de sono).
.
3. Mais loquaz que o habitual ou pressã o para continuar falando.
Fuga de ideias ou experiê ncia subjetiva de que os pensamentos est ão acelerados.
5, Distratibilidade, ou seja, a atençã o é desviada muito facilmente por estí mulos externos insignificantes ou
irrelevantes, conforme relatado ou observado..
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmemte, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou
agitação psicomotora (atividade sem propó sito nã o dirigida a objetivos),
?, Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequê ncias dolorosas (envolvimento
em surtos desenfreados de compras, indiscri çõ es sexuais ou investimentos financeiros insensatos) .
B. A perturba çã o do humor 6 suficientemente grave a ponto dc causar prejuí zo acentuado no funcionamento so -
cial ou profissional ou exigir hospitalizaçã o a fim cite prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existem
.
caracter is ti cas p sic ôtic a s

C. O epis ódio não e atribuí vel aos efeitos fisioló gicos de uma subst â ncia (droga de abuso , medicamento, outro
tratamento) ou a outra condiçã o m édica.
w

cr
Os episódios de mania e hipomania são normalmente controle do sono e boa alimenta çã o . Nos episódios CL

f áceis de diferenciar. Os crit é rios diagn ó sticos para de mania e hipomania do TB, essas orientaçõ es são
hipomania são bem parecidos aos de mania . Os sin- dif í ceis de ser prescritas e obedecidas »

tomas obrigatórios e os sete sintomas associados Terapias psicológicas são tratamentos de primeira
sã o os mesmos, no entanto , esses sintomas sã o linha especialmente levando em considera çã o o
menos intensos, duram menos tempo (mí nimo de
car á ter multifatorial dos quadros de humor . Elas .

quatro dias), nunca vem acompanhados de sintomas ajudam no entendimento das causas do quadro,
psicóticos e principal mente causam pouco ou nenhum autoconhecirnento, fortalecimento da capacidade
prejuí zo funcional ou ocupacional. Por esse motivo, de lidar com as crises, entre diversas outras a çõ es.
muitas vezes passam despercebidos pelo paciente Existem v á rias formas de terapia : cognitivo - com -
e pessoas ao redor. portamental , de base psicanalítica , interpessoal,
breve e muitas outras, cada uma com sua indicaçã o e
benef í cios. Tamb é m tem surgido evid ê ncia cientí fica
15. TRATAMENTO DOS QUADROS com as pr áticas de aten çã o plena (mrndjfu / Jness) .
DE HUMOR Al é m disso, as pr á ticas alternativas ou integrativas
també m podem ser ú teis apesar da baixa evidência
cientifica: arteterapia , musí coterapia, florais de Badir

I .
15.1 MEDIDAS N ÃO FARMACOLÓ GICAS fitote r ã picos (valeria na, hipericum , entre outros).

As medidas nã o farmacológicas para o tratamento Terapia associado ou n ão a medidas n ã o


dos quadros de humor, bipolares ou unipolares, sã o farmacol ógicas podem ser indicadas em mono -
bem parecidas. Incluem há bitos de vida saudá veis, terapia nos quadros depressivos í eves.
realiza ção de exercí cio f í sico regular, melhora e

241
linktr.ee/kiwifz
(7) Transtornos de humor Psiquiatria | Capitulo S

15.2. TRATAMENTO FARMACOL ÓGICO dos pacientes não respondem ao tratamento mesmo
adequado e 20% nã o respondem mesmo ap ó s dois
DEPRESSÃ O UNIPOLAR
tratamentos adequados.

Nas depressões leves, existe grande variação de reco- Os inibidores seletivos de recaptaçã o de serotonina ,
mendações . Algumas diretrizes sugerem inicialmente na maioria das diretrizes, costumam ser considerados
pr ática de exerc í cios f í sicos e conduta expectante. a primeira escolha porque s ã o bons antidepressivos
Psicoterapia e uso de medica çã o ficariam restritos e tem melhor perfil de efeitos colaterais, menos inte-
aos quadros que n ão respondem a essas medidas. Na ra çã o medicamentosa e melhor tolerabilidade. Sã o
depressão moderada, pode ser recomendada psicote- eles: escitalopram, citalopram, sertralina. fluoxetina ,
rapia OU medicaçã o e a combinação dos tratamentos paroxetinaefluvoxamina . Apesardeexistirpequenas
caso o paciente nã o responda ã monoterapia . Nas diferenças entre eles, em teoria s ã o bem parecidos
depressões graves, a combinação é a mais indicado,
com varias medica çõ es e eletroconvulsoterapia . 01CA
Arrt / depressí vos de primeiro escolho = ISRS;

OICA Depressão í eve = Medidas nã o farmacol ógi - Os inibidores de recaptação de serotonina e noradre-
cas . Depressão moderada: medicaçã o ou terapia. nalina (IRSN ou duais), venlafaxina , desvenlafaxina e
Depress ão grave: Medicaçã o e terapia. duloxetina també m sã o ótimos, ajudando em ques-
tões como dores cr ónicas e tem a ção ativadora . Os
Existem diversas categorias de antidepressivos, todos antidepressivos tricíclicos (ADT) são potentes, mas
com sua potência particular. A efic á cia dos antide - j ã t ê m perfil de efeito colateral mais intolerá vel e,
pressivos de primeira linha parece ser compar á vel, portanto , são mais indicados em casos refrat á rios.
A escolha doantidepressivo a ser usado fica sempre Sã o eles: amtriptilma , nortriptilina , clomipramina ,
condicionada a diversas quest ões como o pr óprio imipramina , maprotilina . Existem os inibidores da
quadro clínico, sintomas mais presentes, idade, monoaminoxidase (IMAO), antidepressivos antigos
sexo, efeitos colaterais e posologia da medicação e e com muita interaçã o pouco usados hoje em dia
resposta anterior ã medica çã o. Sempre iniciar a medi- (tranilcipromina e modobemida ).
ca ção em doses baixas e aumentar gradualmente, Há diversos outros antidepressivos mais modernos
a depender da resposta (ou falta de resposta) e da e novos e alguns at é com mecanismos de açã o que
toler â ncia do paciente. Deve - se usara medicação em não envolvem as monoaminas. Exemplos: mirtazapina
dose terapêutica má xima ou má xima tolerada pelo (melhora sono e apetite), trazodona (melhora sono,
paciente durante tempo suficiente (8 a 12 semanas) sem efeito sexual), vorlioxetina (bem parecido com os
para saber a resposta. A melhora começa a aparecer ISRS, mas sem efeitos sexuais), bupropiona (Inib í dor
apó s 10 a 15 dias usando a medica ção, e em duas a de recaptaçã o de noradrenalina e dopamina , tem
tr ê s semanas espera - se uma reduçã o de 20% dos sin - certo efeito ativador e inibe apetite, sendo usado
tomas. A resposta é considerada quando h ã melhora tamb é m para tabagismo), agomelatina (antidepres-
de 50% dos sintomas e remissão quando h â melhora sivo melatonin é rgico), entre outros.
de 90% a 100% dos sintomas. Em m é dia , 30% a 40%
Alguns antidepressivos mais usados com doses:

Medicaçã o Apresentação Dose terapêutica Observaçõ es


Sertralina 25 , 50 , 7 $ e 100 mg 5 Q a 200 mg Dose única, pela manh ã
10 e 20 mg
Fluoxetina 20 a 80 mg Dose única, pela manh ã
Gotas ( 20 mg / ml )

Paroxetina 10 , 20 e 30 mg Dose ú nica, pela


20 a 60 mg
manhã ou noite

242
linktr.ee/kiwifz
Transtornos de humor O RESID
a m
ÊNCIA MÉÔIGA i|«

mí Observações
Medicação Apresentaçã o Dose terap êutica
10, 15 e 20 mg Dose única, pela manhã
Esdtalopram 10 a 30 mg
Gotas ( 20 mg /ml)

37, 75 e 150 mg 75 a 300 mg Costuma dar sintomas de


Venlafaxina
introdu çã o, come ç ar com
Duloxetina 30 e 60 mg 30 a 120 mg doses baixas sempre

25 e 75 mg 75 a 300 mg
Amitriptilina Sonolência, efeito
Nortriptilina 25 e 75 mg 50 a 200 mg anticolin è rgico,
aumento de apetite
Clomipramí ria 25 e 75 mg 75 a 300 mg
Melhora sono e
Mirtazapina 15, 30 e 45 mg 15 a 45 mg aumenta apetite

50 mg Dose baixa ( 50 a 100 mg )


Trazodona 150 a 450 mg usada apenas para sono
150 mg - Retard

150 e 300 mg ( XR e També m usada


tí upropiona 150 a 300 mg para tabagismo
libera çã o imediata)

indicados, Eletroconvulsoterapia pode ser indicada


16. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO em casos refrat ários, em ambos os polos, *
m

DO TRANSTORNO BIPOLAR ÍÕ
A indicação varia conforme a fase e diretrizes dife - tf
.
rentes orientam medica ções diferentes Segundo uma \n
CL
No TB, as medicaçõ es s ão usadas mais precoce - diretriz canadense muito utilizada (CANMAT 2018), as
mente pela quest ão da gravidade geral do quadro. medicaçõ es de primeira linha para cada fase sã o:
Mesmos em quadros depressivos leves, jà podem
ser indicadas. Em quadros moderados e graves, a Medicação de 1 escolha por fase do TB
indica ção é praticamente certa. Nos quadros de Mania: risperidona, quetiapina, olanzapina,
mania e hipomania, sempre são usadas. O uso de asenapina, aripiprazol, lítio, ácido valproico,
medicação só é questionado nas fases de manuten- combinações de lltio OU ácido valproico
ção, a depender das caracteristicas e quantidade de com algum antipsicòtico at ípicos.
episódios anteriores. Depress ão bipolar; quetiapina, lurasidona,
lamotrigina , lí tio, associaçã o litio á cido valproico
e associação litio OU á cido valproico + lurasidona.
EOSTrratcrmento do(titio
Transtorno Bipolar = Estabi-
, Antipsicà ticos At í picos Manutençã o: litio, quetiapina, aripiprazol, á cido
lizadores d o humor
valproico, lamotrigina , asenapina, quetiapina
e Antkonvutsivantes )
e lí tio OU á cido valproico + aripiprazol.

As medica çõ es usadas no TB s ão os estabilizadores Outras medicaçõese combina çõ es est ã o na diretriz,


de humor, independentemente da fase em que o só nã o s â o consideradas primeiras escolhas .
paciente esteja (depressã o, mania , estados mistos
.
ou manutenção) Os principais estabilizadores do O lítio è considerado primeira escolha em qualquer
humor sã o lí tio, alguns anticonvulsivantes (ácido fase efoi o primeiro estabilizador do humor do mer -
valproico, lamotrigina, carbamazepina e oxicarba - cado, Por isso, muitos o encaram como a medica çã o
zepina) e antipsic óticos atípicos ( quetiapina, olanza - .
de escolha acima das outras Ent ã o, apesar de ser
pina, risperidona, lurasidona, aripiprazol, asenapina uma ótima medicação, é preciso tomar certos cuida -
e ziprazidona), Os antipsic óticos tí picos s ã o menos dos no uso, pois sua excreção é renal e pode afetar

243
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© Transtornos de humor Psiquiatria | Capitulo 5

a fun çã o . També m pode afetar a glâ ndula tireoide. depressã o uni polar o bi polar Em monolerapia, eles
Sua margem terapê utica é relativa mente estreita NUNCA devem ser usados em pacientes bipolares. A
(normalmente: 0r 6 a 1,2, mas varia conforme local e associa ção de estabilizadorde humor + antidepres-
idade, assim, é mais baixa entre idosos) e deve ser sivo pode ser usado com cautela , sempre iniciando
monitorado com litemias regulares. o estabilizador de humor primeiro para só depois
come çar osantidepressivos . Osantidepressivos com
DICA Uso de
litio: litemias regulares e acompanhar menos risco de virada o, portanto, mais indicados
são ISRS e bupropí ona .
funçã o renal e tireoidiana;

-*
-
DICA
0 uso de antidepressivo n ão deve ser incentivado Cuidado com uso de arct / depressivos no TBr
nesses pacientes pelo risco de indu çã o de virada em monorerap/ a. Mesmo associado ,
nurTCír ust?r

man í aca ( paciente sair do episó dio depressivo para ter cautela .
um epis ó dio de mania induzida pela medica çã o) ,
risco de estados mistos e risco de simplesmente Alguns dos estabilizadores de humor mais usados :
não tratar,, jã que são fisiopatologias diferentes da

Medicaçã o Apresentaçã o Dose Terapêutica Observa ções

Litio 300 e 450 mg 600 a 1500 mg, a Litemias, funçã o renal e


depender da litemia tireoidiana regulares
250 , 300 e 500 mg Monitorar fun çã o
Ácido valproico 750 e 2000 mg
Xarope ( 250 mg/ 5 ml ) hepática e hemos rama

Começ ar com doses


Lamotrigina 25, 50 e 10Q mg 100 a 400 mg bem baixas e aumentar
bem devagar
Carbamazepina 200 e 400 mg 400 a 800 mg
Muita interaçã o e pouca
Oxicarbazepí ma 300 e 600 mg 600 a 1800 mg efic ácia , pouco usados

Obs: os antipskótfcos est ã o na sess ã o de esquizofrenia

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:o
s
RESID ÊNCIA MÉDICA
Transtornos de humor i pn
yi

QUEST ÕES COMENTADAS

Questã o i Quest ão 2

(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÂO PAULO - 2018) Mulher, 25 anos {UNIVERSIDADE DE S ÂO PAULO - 2018) Mulher de 35 anos
de idade procura pronto-atendimento, referindo per - de idade vem em consulta de retorno para trazer
da do interesse por tudo , tristeza com choro fácil e os exames solicitados h à 3 semanas. H á 8 meses
ganho de peso há 3 semanas. Relata muito sono e tem desânimo intenso e diá rio, dificuldade de con-
mesmo dormindo 10 horas por noite, acorda cansa- centra çã o e para dormir e ganho de peso de 5 kg.
da. Prefere ficar sozinha na maior parte do tempo e Desde então tem muitas dificuldades nas suas ati-
pensa que isso possa ser um castigo por algo que vidades profissionais, no seu relacionamento com
fez, mas não sabe o qu ê . Nega ter qualquer outra filhos e marido e perda de prazer nas atividades do
doen ça , bem como uso de drogas lí citas ou ilí citas, trabalho e com sua fam í lia . N ão tem antecedentes
O diagn ó stico e a conduta , respectivamente , sã o: m ó rbidos relevantes. O exame clí nico é normal. Traz
os seguintes resultados; <0
Episódio depressivo, acompanhamento ambula -
torial com antidepress í vo. E *amcâ séricos *
ff *
TSH 3,9 |iUI/m1 TRAE3 Positiva
Epis ó dio depressivo, internação em unidade psi - ri
CL
J4 livre Q.3 nfl/dl Anii-TPO Positivo
quiátrica .
B Episódio esquizoafetivo, acompanhamento am - te tireoide com
Ultrassonografia de tireoide: aumento í
bulatória! com estabilizador do humor. múltiplos nódúlos
Episó dio esquizoafetivo, acompanhamento am -
bulatorial com anti psic ó tico. Qual ê a conduta terap ê utica para a principal hip ó -
tese diagnóstica?
01 Episódio depressivo com sintomas psicó ticos,
acompanhamento ambulatorial com antidepres-
sivo eaniipsí c ótico. Propiltiouracil.
Levotiroxina .
BIFIÍ ULDAnR B Sertralina.
Zolpiden.
Alternativa A; CORRETA. Paciente possui crit é rios diag-
nósticos de Depressã o Maior. Deve ser acompanha -
da ambulatorialmente e prescrito antidepressí vo . DIFICULDADE;

Alternativa B: INCORRETA. A paciente n ã o apresenta cri- Alternativa A: INCORRETA. Droga utilizada para tratar
t é rio para internaçã o , nã o refere plano ou tentativa hipertireoidismo, n ão compatí vel com a hist ó ria
de suicí dio. clí nica da paciente.
AlternativasC e D: INCORRETAS. A paciente não apresenta Alternativa B: INCORRETA. A paciente n ã o possui hipoti-
sintomas compatí veis, não hã relato de ideias deliran- reoidismo, portanto não é recomendada levotiroxí na .
tes ou alucinaçõ es, alé m dossintomas de depressão.
AlternativaC:CORRETA. O quadro da paciente é compa-
Alternativa E: INCORRETA. N ão há sintomas psic óticos. tí vel com Depressão Maior , segundo DSM - V: Para o
RESPOSTA: H diagnóstico da depressão maior, > 5 dos seguintes

245
linktr.ee/kiwifz
(>) Transtornos de humor Psiquiatria I Cap í tulo 5

devem estar presentes quase todos os dias durante DIFICULDADE:


o mesmo perí odo de 2 semanas , e um deles deve ser
humor deprimido ou perda de interesse ou prazer; • Dica do autor; Entre os fatores de risco para o sui-
• Humor deprimido durante a maior parte do dia cí dio, podemos encontrar o sexo, idade (pico entre
os 15 -30 e ap ó s os 70 anos), questões pessoais pre -
• Diminuição acentuada do interesse ou prazer em
gressas como relacionamentos (solteiros, viúvos e

--
todas ou quase todas as atividades durante a
divorciados), ateus, desempregados, profiss ões (po -
maior parte do dia
liciais, bombeiros, trabalhadores da á rea da sa ú de),
• Ganho ou perda ponderai significativo (> 5%) ou uso de á lcool e drogas , abuso na infâ ncia, presença
diminuiçã o ou aumento do apetite de doen ça mental e tentativa pr é via .
Alternativa A: INCORRETA. Mito. Geralmente quem fala
Ins ó nia (muitas vezes insó nia de manuten ção do
sono) ou hipersonia tem uma grande chance de cometer suicí dio , *
0
• Agita ção ou atraso psicomotor observado por Alternativa B: CORRETA.
outros { n ã o autorrelatado)
AlternativaC: INCORRETA. Jovens negros s ã o minoria .
0
• Fadiga ou perda de energia Alternativa 0: INCORRETA. As mulheres tentam mais,
• Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou por é m homens se matam mais.
í napropriada
Capacidade diminu í da de pensar, concentrar- se * RESPOSTA: Q
ou indecisão
• Pensamentos recorrentes de morte ou suicidio, Quest ã o 4
tentativa de suic í dio ou um plano especifico para (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA / DF - 2018) No que se
cometer suicídio
refere ao transtorno depressivo maior e à distimia,
Sendo assim, a Sertralina, Inib í dor da Recapta ção julgue o item subsequente. Em pessoas com diag-
de Serotonina, é recomendada para o tratamento. n ó stico de depressão maior, a distimia representa
Alternativa D: INCORRETA , ?olpfden é um fã rmaco hip - a fase aguda, de curta dura çã o, com sintomas mais
n ótico, n ão benzodiazepinico . Portanto , n ão trata a intensos,
Depressão Maior , Pode ser usado para dificuldade ( ) CERTO
de dormir. ( ) ERRADO
s RESPOSTA: H
DIFICULDADE:

Quest ã o 3 Resoluçã o: A distimia é um rebaixamento cr ó nico do


humor, persistindo ao menos por v á rios anos , mas
(UNIVERSIDADE DE RIBEIR Ã O PRETO / SP - 201?) Um homem
cuja gravidade não é suficiente ou na qual os episó -
negro, de 75 anos, fica profunda mente deprimido dios individuais são muito curtos para responder aos
após falecimento do filho. Diz ao seu m é dico querer crit é rios de transtorno depressivo recorrente grave,
juntar- se ao filho no cé u. Sobre o suic í dio, assinale
moderado ou leve. Já o transtorno de depressão maior
a op ção correta :
é diagnosticado quando paciente apresenta > 5 dos
seguintes crit érios, os quais devem estar presentes
D Pessoas que falam sobre seu pr ó prio desejo de
quase todos os dias durante o mesmo per í odo de 2
morrer raramente se matam.
semanas, e um deles deve ser humor deprimido ou
Os viúvos t ê m maior incid ê ncia de suicidio que perda de interesse ou prazer:
pessoas divorciadas.
* Humor deprimido durante a maior parte do dia
B Brancos têm mais chances de se matar que negros . * Diminuição acentuada do interesse ou prazer em
As mulheres tê m um risco menor de suicí dio con- todas ou quase todas as atividades durante a
sumado que homens.

«*
maior parte do dia

246
linktr.ee/kiwifz
-
RESIDE HCIAMFDISÀ Cap . 5
Transtornos de humor i iii n ri

- Ganho ou perda ponderai significativo (


diminui o ou aumento do apetite
çã
> 5%) ou

* Ins ónia (muitas vezes insâ nia de manuten ção do


sono) ou hiipersonia
* Agita çã o ou atraso psicomotor observado por
outros (nã o autorrelatado)
* Fadiga ou perda de energia
* Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou
inapropriada
* Capacidade diminuída de pensar, concentrar - se
ou indecis ão
* Pensamentos recorrentes de morte ou suicidio
tentativa de suicidio ou um plano especí fico para
cometer suicí dio

^ RESPOSTA; KH

Questão S

(SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRA ÇÃ O DE VOLTA REDDN -


DA /RI - Z 015) A depressã o maior é definida como um
estado de humor deprimido que perdura por um
perí odo mínimo de:
P3

2 dias . cr

5 dias .
CL

B 7 cl ias.
10 dias.
14 dias.

r DIFICULDADE :
1
Resolução: O DSM-5 estipula nove crit érios para de
pressã o, dos quais cinco devem estar presentes .
Para frmar um diagn ó stico, é necess á rio que os
sintomas estejam presentes por pelo menos duas
semanas, representem uma alteraçao em rela çã o ao
funcionamento anterior e que um deles seja obri -
gatoriamente (1) humor deprimido ou (2) perda de
interesse ou prazer.
RESPOSTA: Q

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-
--
© Fixe seus conhecimentos !

FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOGRAMAS

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FIXE SEU CONHECIMENTO COM MAPAS MENTAIS

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FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOGRAMAS

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FIXE SEU CONHECIMENTO COM MAPAS MENTAIS

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FIXE SEU CONHECIMENTO COM RESUMOS

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Fixe seus conhecimentos! RESIDÊNCIA MÉDICA

FIXE SEU CONHECIMENTO COM FLUXOGRAMAS

Use esse espaço para construir fluxogramas e fixar seu conhecimento]

FIXE SEU CONHECIMENTO COM MAPAS MENTAIS

Use esse espaço para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento!

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( V) Fixe seus conhecimentos!

FIXE SEU CONHECIMENTO COM RESUMOS

Use esse espaço para fazer resumos e fixar seu conhecimento!

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WESIOÉWDIA MÉDICA
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FIXE SEU CONHECIMENTO COM RESUMOS

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© Fi see seus conhec ime ntos!

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SUMARIO Módulo I C
C

RADIOLOGIA DERMATOLOGIA
.
1 Radiografia de abdome .
1 Doenç as eczematosas
2. Tomografia do abdome 2 . Farmacodermias
3. Uí trossonografia da abdome
4. imagens na gmeeofog /a -obstetacia
5. Radioiogia musadoesqueié tica
.
6 Neurorradiologio
3. Psoríase e í /quen piano
4. Acne
5. Leishmaniose tegumentar
americana
6. Dermatoviroses
-
#
#

1- imagem do t órax
7 . Oncodermoto/ ogia
8. Micoses catâneas
9 . Paras itoses de peie

PSIQUIATRIA
.
1 Deiirium
t
2 . Transtornos psic óticos
.
3 Transtornos relacionados a subst âncias psicoativas
4. Transtornos da ansiedade e dissociatiVos
5. Transtornos de humor

-.
ISBN cí 7 â t 5 « c n o n ? - 4 -i

SANAR
9 706599 019241

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