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"fazendeiro do lar" Rubem Braga >1 mente não deu muito Certo o casamento ainda como embaixador no Marrocos
o _ mora numa cobertura de Ipanema #: do Braga com a cidade grande. Nasceu/ continuou a mandar crônicas; confes-
entre quadros, estátuas e árvores frutífe-4 modéstia à parte, como ele diz; em Ca- sando: "Toda a minha vida enfrentei
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ras. As pitangas não foram muito bem/^q choeiro do Itapemirim, um ano antes de mais ou menos bem as tarefas que me
mas as goiabas estão doces. O fazendeira /^ estourar a Primeira Grande Guerra; cinco tocaram, das mais humildes as mais hon-
toma a contragosto'uma sopa de aspar-/í anos depois estava no caramanchão .. rosas. Sem brilho e sem fulgor, como diz
gos, que a conveniência de perder peso . quando alguém disse que o Brasil tinha um velho samba — mas razoavelmente,
impôs ao contumaz carnívoro, inimigo . ganho a guerra da Alemanha. No cente- . E diz ainda que até hoje só não se acos-
dos verdes; quando morávamos juntos,nário da Independência assiste a um des- tumou com uma coisa: cadeia. .
com a conivência da cozinheira, o alho e - file de archotes e conhece a glória literá- Vinícius de Morais esboçou seus traços
a Cebola eram contrabandeados por cima ria com uma composição sobre as lágri- num poema: Terno em seus olhos de
do muro e triturados na máquina; o que,1 mas/ publicada no jornalzinho do colé- pescador de fundo/Feroz em seu focinho
o olho não vê, o paladar não sente. ^ / gio. Termina o ginásio em Niterói, inicia de lobo solitário/Delicado em suas mãos
Finda a sopa, ele recebe uma senhora e ; o curso de Direito no Rio e recebe o di- e no seu modo de falar ao telefone,
verifico, para meu estupor, que se trata da;},’; ploma de bacharel em Belo Horizonte. Ê Manuel Bandeira, seguramente o mais
enésima professora de inglês contratada ■ aí que se revela jornalista, transformando exaltado de seus fãs, falava muito sobre
pelo Braga nestes últimos 30 anos, desde um assunto sem repercussão — um des- "a inefável poesia que e so do Braga,
que o conheço; está sempre a providen- ; file de cães — numa página graciosa, sempre bom e, quando nao tem assunto,
ciar uma ou um. Nos tempos em que ainda relembrada por velhos colegas. Faz então é ótimo .
ainda rodávamos de bicicleta em Copa- a cobertura da revolução de 1932 pelo ^ J w .
cabana, fomos alunos de um inglês es-1 Diário, da Tarde e chega a ser preso, sus- ^gEMPRE o vi leitor da Bíblia, do Pad*p _
pamusG, que ignorava a existência* de, : peito de espionagem, na região do Túnel 29 Antônio Vieira, do excelente Fran-
Bernard Shaw e caiu na risada ao tradu-|J da Mantiqueira. cisco Manuel de Melo, de livros esquisi-
zir, a nosso pedido, um poema de Ezra H-' Daí por diante a profissão de jornalista tos sobre emas, elefantes ou colibris, da
Pound no qual o poeta se di?ia uma ár-1 encarrega-se de tanger a vocação cigana lista telefônica e sobretudo de jornais e
vore na mata. Às vezes Rubem me pedia de Rubem Braga: "Como Quinca Cigano revistas. Não muito mais do que isso,
para falar ao mestre que ele não estava; o * (seu tio), eu também só tenho caçàdo mas José Lins do Rego, entusiasmado
mgles me empurrava com certo vigor - brisas e tristezas. Mas tenho outros pesos com uma página do Braga sobre um pé
disciplinar, subia alguns degraus da es-: na massa do meu sangue. Estou cansado, de milho, uma vez me pegou pelo braco
cada e mandava Mr. Braga descer, pre- quero parar, engordar, morcer." e exclamou à paraibana: "Esèe homem
guiçazinha, nao acreditar em mentira de Conversa! se lhe pedirem hoje uma diz que não lê quase nada mas sabe
vagabundo; descia esfregando os olhos e reportagem sobre o Dalai Lama/depois tudol' q
começava sonolentamente a dar sua lição J de amanhã ele estará no Tibete, • Já me revelou uma vez os livros que
de verbos irregulares. Quando acabava a Foi como jornalista que chegou em São considerava mais importantes no Brasil, !
aula, a gente encomendava no armazém Paulo com 20 anos e 30 mil réis; como bem, há um bom tempo: Os Sertões de
um pedaço de queijo e um litro de vinho ' jornalista fundou a Folha do Povo em Re- Euclides; Casa Grande & Senzala de Gil
Gatào- ,!H; cife; como jornalista político, foi depor- berto Freire; Viagem ao Brasil de Hans
Deitado na rede, falava de mulheres, tado de Porto Alegre; como jornalista as- Staden; Pedro I de Otávio Tarquínio de
da raridade de um cotovelo bonito, , de sistiu à rendição de uma divisão alemã na Sousa; Caçando e Pescando por Todo o
paixões, de frivolidades, mas a conversa Itália, acompanhou a queda de Vargas Brasil de Francisco de Barros Júnior; A
acabava quase sempre no mato, onde ele em 1945 de dentro do Ministério da Pesca na Amazônia deJosé Veríssimo,
gostaria de viver pescando e caçando. Cuerra, fez a cobertura da primeira elei- Em matériade poema, o que mais o to-
Uma vez, entrando numa loja para com- ção de Perón e da segunda de Eisenho- cou foi o Cântico dos Cânticos, cujos
prar uma gravata, sentiu vergonha de es- ;wer; como jornalista entrevistou Picasso versículos costuma recitar, com ênfase,
tar escolhendo um pano colorido para e outros grandes, ou transfigurou acon- entre os íntimos. Não é bom leitor de
amarrar no pescoço; nenhuma boate lhe teclmentos humildes por todos os cantos romances, e o que mais o impressionou
deu prazer parecido ao que sentiu na , do mundo, no Brasil, na Argentina, no foi As Aventuras de fúlio de furenito de
choupana de um velho caboclo do Acre, Chile, no Paraguai, na Colômbia, em llia Ehremburg, tendo se decepcionado,
onde partilhou da cachaça e do peixe Cuba, no México, nos Estados Unidos, para indignação de JoeJ Silveira, com
moqueado do seringueiro entre vozes ; em Portugal, na França, na Itália, na In- uma obra-prima que poucos leram — O
distantes de bichos noturnos. /;.i glaterra, na índia. Fundou a revista Dire- Vermelho e o Negro de Stendhal. Não é
Já antecipadamente cheio das obriga- trizes, com Samuel Wainer e Azevedo de teatro por ter horror aos entreatos e
ções urbanas, ele suspirava um evasivo Amaral, e o semanário Comício com Joel contribui pouco para a bilheteria do ci-
verso colombiano: Trabajar era bueno en Silveira e Rafael Correia de Oliveira. nema, lembrando-se apenas com emoção
el Sur! Fechava os olhos e dormia com ; , de q Anjo, Luzes da Cidade, O Coura-
facmdade, embora às vezes saltasse da . jn eventualidade da direção do Escritó- çado Potemkin, Les Visiteurs du Soir e
rede em transe sonambúlico e começasse ; rio Comercial do Brasil em Santiago um documentário alemão: Bali, a Ilha das
a "matar" as saúvas da sala. Decidida- do Chile não apaga o homem de jornal, e Virgens Nuas.
Em seu apartamento de cobertura que é hoje um dos marcos de Ipanema, o poeta cultiva frutas, flores, legumes e estátuas.
81
ESTADO DE MINAS
Gabarito Sexta-feira, 5 de julho de 1991 • 3
Rubem Braga
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tifica) uma reprovação no ginásio e ' .'-Y ;\Y- . •' ' ,
: é fechado, e ele se vê perseguido, ten
dois exames de segunda época (hoje & do de esconder-se. Em 1936 estréia em
exames de recuperação), um em Ca livro com O Conde e o Passarinho, se
choeiro e outro em Niterói, para on- L \ ' leção de crônicas publicadas em diver
de foi a fim de concluir o Curso em •A.
sos jornais, livro que teve muito boa
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1928. Concluído o ginásio, ingressou aceitação, a despeito de tempos não fa
na Faculdade de Direito do Rio de Ja
neiro, onde foi colega de Antônio Bal- J&iL. . voráveis no Pais. Nesse mesmo ano,
vem para Belo Horizonte, onde traba
bino, posteriormente governador da •T« ■
■ V.. lha na “Folha de Minas” e se casa, vol
Bahia. Do Rio, onde cursou os dois pri tando, em seguida, para o Rio.
meiros anos, veio para Belo Horizon
te, aqui bacharelando-se em 1932. Os - Texto elaborado por Jairo Veloso Vargas,
quatro anos de Faculdade de Direito chefe do Departamento de Letras dó
Rubem Braga criticou e combateu toda e qualquer forma de opressão Instituto Newton Paiva
(deveria o curso durar cinco anos)
explicam-se pelos tempos agitados
por duas revoluções, as de 30 e 32. RUBEM BRAGA
Ainda acadêmico de Direito, aos Rubem
dezenove anos passou a publicar
Braga ftecado de Primavera '/fj
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do, assim, a brilhante carreira de
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jomalista/escritor que o acompanha ■>
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Imagens da crônica
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0 poder do Braga
Carlos Drummond de Andrade
RIO, !! - abai. 1 .irr^i-n,-^ nhum preço. E n liberdade con
cinquonln bolbHk^h eit><íu<:W!£ es siste. de saída, em ver c sentir
voaçam cm /orno do embaixador por nossa própria conta.
Euboin l»rr>/ri. que prccisameme Passou-me o Braga, há tempos,
mssn data, cm 1913, nascia em a carta de uma admiradora sua
Cachooiro do ltnpcmirim. dc 23 anos, que Xortuitamenle mo
0 fofo dc serem amarelas não citava. Começa dizendo: "Por que
as (orna monos festivas. Antes eseolhi a madrugada para lhe
de tudo, são borboletas, que já escrever?" E explica: Não foi es
praticavam o balé antes que essa colha, foi vontade. Padecia dessa
arte lasse aprendida pelos huma vontade há muitos meses, quando
nos. o lembram ao nosso diploma- num acesso de solidão leu suas
a graça da vida. crônicas e ficou profundamente
Aliás, o Braga nem carece ser tocada. “Lia ora num ônibus api
lembrado. Elo sabe. Oculto por nhado. ora num banco da praça
' rés do seu indiferente e às vezes da República, ou em pé nas in
antipático semblante, há um Jar termináveis filas paulistas; e nes
dim de afetos e JntelecçOes. que ses momentos mo ilhava de tudo.
lorne bom o simples o alo de com esse consolo, essa alegria".
viver. Pu a estética nos conduz a E a moça pergunta ao Braga:
observar o pó dc milho, nascido "Não sabe que suas palavras fo
contra a lei, em plena cidade. E ram terapêutica infalível? Você
esse pé de milho nos dá força e ao menos calcula o poder que
esperança, alem dc mostrar que tem?" Ela não lhe pede nada, .só
a poesia não está só nas gliíinlas. quer agradecer: o nem assina s
enrfn. Se a assinasse, poderio, su
1 onge mora o homem, porem por-se que desejava manter um
muitos aqui o tèm presente, na romance mais ou menos posta!
U-itura fiel dc seus escritos, c re imenos) com o escritor famoso.
clamam ciuando cie os faz dema- Nada disso: era mesmo para agra
•' do curtos ou raras. Porque o decer "com a maior humildade na
1Ra prefere seguir a borboleta alma".
;/ui pela rua c contá-la. Sua Todo o sujeito que escreve para
qualidade maior vem mesmo, cm Jornal recebe frequentemente car
' p. rtr. dai. O que ele nos conta tas de louvaçâo, de xingamento,
r o seu dia, o seu expediente de do amor e outras, assinadas, com
homem, apanhado no essencial, pseudônimo ou som qualquer as
narrativa direta c econômica. sinatura, e considera isso de ofí
Sua novidade perene está nessa cio. Esta de que falei, entretanto,
adesão no vivo. sob aparência de ,me chamou r. atenção pola per
soulio e alienação. É o poeta do gunta grave e torna: "Você ao
r-í-.l, do palpável, que se vai di menos calcula o poder que tem?”.
luindo cm cisma. Dá o sentimento Aí está a maior homenagem que,
da realidade e o remédio para a meu ver, se poderia prestar a
Ha. Qualquer um pode ser livre, Rubem Braga, tanto mais quanto,
desde que saiba construir sua li como se sabe, esse poder não é
berdade e não a venda por ne temporal.
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ARTIGO DE CAPA
uma procuradoria da Caixa Econômica
de São Paulo, resistiu à procuradoria e
à respeitabilidade da advocacia, prefe
rindo continuar um poeta em passeio
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Correio da Manhã, resolveram fazer
uma inspeção da retirada. Tomaram
namoravam as italianas. Levavam sô-
bre as outras tropas a vantagem de ar
men-to de dois edifícios vizinhos, é
oheio de lembranças. Um pote de bar
deiras ocupam o resto do espaço. En
tremeadas com os volumes nas estan-
ba, que o Braga joga extremamente
mal, pois esquece de marcar as cartas
1 um jipe e saíram estrada a fora. Sem ranhar a língua da terra, o que lhes ro com pés de pimenta vermelha e dois tes, há lembranças de viagens: garra- e não acredita em comprar o bagaço
1 saber, ultrapassaram as linhas aliadas. permitia assomos de galanteria. Mas pés de orquídea são o amor das plan fas de licor de jenipapo compradas no para tirar o jôgo do adversário. Perde
I Ao voltar, deram de cara com uma co- de tôdas as proezas _galantes, a do Bra- tas e das flores. O caniço, o molinete, Convento da Lapa do Destêrro, em quase sempre, joga baratinho e chora
luna inimiga. Os alemães metralharam ga foi talvez a mais surpreendente: na- I alguns corricos, o velho chapéu de pa Salvador, um samburá do Recife, a có sistemàticamente.
J o jipe, que pulou da estrada e foi cair morou um tenente americano. Só que o lha e a japona azul-marinho que ga pia de uma estátua grega, comprada A vida intensa de Rubem Braga,
* dentro de uma vala à beira de um tri- tenente se chamava. Alice e era um pi- nhou de presente são o amor do mar, no Louvre. cronista-mor, é cheia de histórias. Não
f gal. Rubem, que estava no banco de téu de enfermeira, assim como o cheiro de maresia que O telefone tem um fio compri cabe em um artigo de revista, porque
trás, foi cuspido longe, desmaiou, mas * * * entra pela janela. Uma gaveta da cô do — é a ligação do Braga com o mun o Braga é um sujeito importante. Não
não sofreu nenhum ferimento grave. Minha alma é solteira, dis$e o moda guarda os retratos de amigos e do. De noitinha, êle vai ficando aflito, é que êle até nomeou um prefeito de
I Raul Brandão quebrou a bacia e até Braga em uma crônica. E apesar dêsse amadas. Sôbre o armário, há duas es olhando o telefone, esperando o con São Paulo? Só que não era de São Pau
hoje tem no andar a marca de seu en- celibato e da cara de poucos amigos culturas em gêsso, cabeças de mulher. vite de algum amigo ou a voz de al lo, Brasil, quase quatro milhões de
a contro com as tropas nazistas. Êle con- (cara de búlgaro, como se descobriu As paredes não têm mais lugar para os guma moça combinando o jantar. A te habitantes. Foi de São Paulo D'Enza,
ta que, para animá-lo, Rubem dizia: em Paris), o coração feminino trata bem quadros. O Braga ama também a pin levisão serve para ver futebol e sofrer na Itália. Ali chegando como o primei
“Mas, seu Raul, nós quase que avaca- o velho Braga. Talvez porque êle ama tura; é uma espécie de crítico não ofi com o Flamengo. E também para sa ro oficial aliado, depois de aclamado
lhamos esta guerra.” generosamente e amor chama amor. O cial de artes plásticas. Caribé pintou ber o que dizem os políticos. Fim de pelo povo, beijado pelas ragazzas, re
Mas nem tudo na guerra era tiro Braga é dado a paixões, não só pelas seu pequeno bar com bichos, demô semana é feito para ser passado fora cebeu uma intimação: dar posse ao
e morte. Na retaguarda, em Roma, ha- mulheres como pelas coisas. Seu apar- nios e baianas. Dorival Caymmi numa do Rio, pois a praia aos domingos fica síndaco. Fêz o que lhe pediam, em
via um quarto de hotel de luxo para o tamento de Ipanema, uma água-furta- tarde de domingo fêz um retrato seu, cheia de gente, de jogadores de peteca bora hoje não saiba o que é feito do
. Capitão Braga. Em Roma, os brasilei- da de quarto e sala, cuja vista para o com pinheiros e o mar ao fundo. Os e de raqueta. Fim de semana é para homem, nem da cidade. Foi sua expe
tos bebiam o vinho da Wehrmacht e mar está sendo roubada pelo cresci- livros, um sofá, uma mesa e três ca- pescaria ou fazenda, e para jogar biri- riência de político e de ditador.
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Jorge AMADO
(Especial para FOLHA DE MINAS) I
Ha no Brasil actual,uma geração de • et que tem um bom livro dellas, “Mar-
romanclstas c uma geração de soclo- «•ha a ré”. Também Antonio de Alcan-
logos. E' inútil'repetir nomes já tão ‘ara Machado deixou inéditos dois
conhecidos: os romancistas Rachel d<* -olumes de chronlcas. Porem tanto
Queiroz, Amando Fontes, Erico Vc m como outro não foram cxclusiva-
rissimo, José Lins do Rego, Graci- oente chronistas e Scrgio Millct pic- '
liano Ramos, Oswaldo de Andrade, al jara agora mesmo dois romances.
guns outros, os sociologos GUbevíu Chronista mesmo é Rubem Bragp«
Freyre, Edison Carneiro, Arthur Ra ’2sse já' é da mais nova geração, não
mos, muita gente mais. Porem ao lad. fez o modernismo, veio depois delle.
destes romancistas c socioicgos vem B eu croio que sc pode dizer que Ru
apparecendo uma tuima notável de bem Braga 6 o maior nome entro cs
chronistas. Uma turma rcaLnente ba chronistas do Brasil, juntando mesmo
tuta. os do passado, juntando tambem João
Ora, a chromca jã teve sua popula do Rio. Não havia surgido ainda en
ridade no Brasil. Basta lembrar o sue- tre nos tão humano c vivo chronista,
ccsso de João do Rio, o maior dos chro cheio dc um dengue e uma ternura
que antes do seu surgimento eram
nistas de um passado que é recente.
Mas ha alguns annos a chronica es coisas desconhecidas na nossa litera
tava abandonada, em melo ã poesia e tura. E’ um encanto lel-o., Recordo-ms
que mandei para uma revista argenti
o conto que dominaram o movimento na (andava cu pelo Peru’, parece-me)
modernista. Ninguém 11a mais os chro
nistas, esses comcgaranPa escassear c uma chronica sua. O successo segun
do mc escreveram foi enorme e man
morreram tristemente esqV.cc idos.
Hoje a chronica estárvoltando c do daram-me pedir outras para que fos
minando. FazenQo publico, comcfçando de sem transcriptas. Dono dc um gran
publico Rubem Braga tem nos da
a pular das paginas-dos jornacs para
ai; paginas dos livros. Tendo editores. sas algumas
do das paginas mais fabulo
da nossa jovem literatura.
Para lembrar o nome dos chronistas Mas, alem do nome consagrado de
de hoje, devemos evidentemente co Rubem Braga, outros estão surgindo
meçar pelo de Álvaro Moreyra, que com uma força que annuncia uma
sendo thcatrologo, poeta, memorial lst-a turma de chronistas como nunca ti
c antes dc tudo chronista. Como chro- vemos.
nlsta ícz seu melhor publico c obteve Quero citar Sangirardi Junior, chrc-
seus maiores triumphos literários. Já nista dc radio paulista, quo c uma
sc disse que Álvaro Moreyra é toda gostosura.- Suas chronicas teem uma
uma escola literaria no Brasil, um graça c uma certa humanidade ‘que
homem que íoi imitadissimo c a quem quasi attingem á brutal força lyrica
ninguém conseguiu imitar bem. E isso de Rubem. E’ verdade que em Sangi-
c uma verdade. Ellc não pode ser op- rardi Junior temos principalmente uin
proximado dc ninguém cm- nenhuma crcador de ambientes. Tenho que seu
literatura. E’ Álvaro Moreyra, com um nome quando sc espalhar pelo paiz
geito todo seu c assim se collocou en será dos mais conhecidos c amades pe
tre as mais altas íiguras intellcctuacs lo publico.
do paiz. O Rio Grande do Sul nos dá Rlva-
Entre os que fizeram modernismo davla dc Souza ,que ha pouco publi
outro quo fez chronicas fòl Scrgio Mil- cou “Pé de Moleque”, um volume do
cxcellcntes chronicas. Este é vivo e
ogil, tem um vocabulário delicioso, é
uni verdadeiro cscriptor. • Fiquel en
cantado com as suas primeiras coisas
que li cm jornal c esse' encantamento
continuou depois que li seu livro.
Uni menino veio dc Sergipe e an
corou no “Dom Casmurro” no Rio de
l
Janeiro. Jocl Silveira é o seu nome o
muito moço. Alcm disso tem muito ta
lento c do repente sc collocou entro
os nossos primeiros chronistas. Todos
que leem uma chronica sua ficam seus
leitores. De tedos é o mais proxnno
de Rubem Braga, não querendo isso di
zer que não tenha personalidade. Quer
dizer apenas que é muito moço. O fu
turo está deante delle e creio quc vJeel
Silveira está fadado a uma brilhante *
carreira lntellcctual. Hoje já ncin pa
l rece aquclle menino que cm 1936 mo
foi visitar numa çidadezinha dc Ser
gipe, autor dc uma má novclla. Ficou
litcrarinmentc adulto. E, com poucos
niezes de vida literaria, já tem o que
multo pouca gento possuo: publico.
Para que melhor prova do successo?
Acho que essa relação de nomes'dá
para mostrar quo a chronica volta a
occupar um logar na nossa literatura.
Se não dá para isso serve pelo me
nos, leitor, para mostrar que diaria
mente apparcccm novas e interessan
tes figuras na nossa Jovem literatura.
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o 5<2 Òtc*. c^a (Ssujsyi^cgc^**) "* "0)4nOcOo
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OítlSCÍiZ* ^ /Vo’fctCtCi*t> '/& •■ 4* > 5~t>~ <g> relo da Manhã”, onde continua'
até hoje De uma nversa gran
Do/fto e dotnur u
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era lida com inegável prefe- Crônicas Escolhidas”, como
t rencia.' ainda por desconfiarmos de
No Rio, na Europa, por to- que o autor caminha para tor-
da parle, Rubem Braga e a nar-.se clássico no gênero —
crônica vôo vivendo as suas entendendo-se aqui por clás-
vidas de altos e baixos, pois slco o escritor que se toma
de só lá ver fracassos, dcsar-
ronjos. opressões e males so-
ciais,
E» verdade que, conhecida
sua posição ideológica.^ Grá
ciliano Ramos não fugiu á
o gênero é ingrato, nâo se dono de si mesmo. apologia, á propensão para
; ::! PERSQN ALIDA DE . t ••hY ■ entrega todo. Um dia sai a
crônica «rxpr-ssiva, outro su« zer.
Nada mais será preciso di- justificar e defender o regi-
me soviético. Fê-lo, porém,
! y IMPRENSA f: SEMPRE UM BENERCI0; VONTADE DE SER PINTOR gestlva, mais outra dialética. fóra daquelas linhas de extre-
O melhor, ás vezes, lhe esca- “VIAGEM”, Gracilíano Ra.» mações, do pró e do contra,
í 1>VBEM BRAGA, natural de Cachociro do Itapcmirim (Es na; embora esteja vivo o as- mos. Livraria José Olímpio que se nâo revestem de eon-
pirito Santa), quarenta <? dois a nos, jornalista, cronis sunto no intimo do autor; de Editora — Há neste livro pós sistencia.
ta, escritor <0 Conde è o Passarinho- O - Morro do Isolo men outra feita» com um nada, ela tumo de Graclüano Ramos* Cai-se, assim, nesta parte
I' 9 to, Com a FEH va Itália, Um pó dc milho, 0 homem rouco.
■
mmm Cinquenta crônicas escolhidas, ctc.),
•
resplandece. dois aspectos fundamentais-
Nestc livro, Rubem Braga que se podem separar para e-
revela aspectos novos de sua feito de incidência da critica,
do livro, numa ordem de idé-
ias p sentimentos que refogem
ao problema especificamente
■m ' REPÓRTER — Acha nossa Imprensa, escandalosa? — RU-
H ..............
'/< ,
BEM — Acho que qualquer malefício que possa ser atribuído
ã imprensa c menor que o produzido pela falta de liberdade.
personalidade de oscritoT, nos Mesmo em se tratando de
momentos reiterados em que livro de viagem — estadas nà
literário,
A obra, muito bem reaM*»- ;
— 'lera alguma mania? — Gosto de pescar c caçar; mas a substitui o comentário pela Checoslováquia e Rubsís — o da, significa como que uma I
H§
j
■ wmém Wm
caca c dificil e complicada. — Qual c seu ideal? — E’ uma
pergunta difícil: meti-me nessa história de escrever e agora
não há jeito. — Gostaria de fazer outra coisa? — Qncría ser
pintor. — Tem religião? — Nenhuma. — Acha que a Igreja
. c indispensável à civilização? — Já foi. Hoje. ela não é mais
confidencia. Uma grave e se- estilo do autor mantem a mes-
rena confidência, dc tranquila ma preocupação de rigor,
audiência da própria voz. Os circunspecção, clareza e pre-
mesmos fatos e acontecimen- cisão, que se encontra na sua
aventura do espirito no tem- |
po e no espaço. O homem da !
ficção levou para a viagem !
muito de seu espirito critico
IHI uma fòrca preponderante, sóbre a sociedade. — Qual a mulher tos se impregnam do pensa- obra de flcclonista. e observador, mas, se
feÉí mais bela que já viu? — Sei quem é, mas é melhor não mc.ver monto, do sentimento e do A narrativa é entrecortada conclusões nâo conferem ooxn
jgggíj nisso. Mulher dá raiva na gente. — Gosta de feyjorte? — Sou lirismo do autor. '' de discreto colorido e há sem- a realidade, flca-se com a taa-
Pp Flamengo. — Pratica esporte? — Estou velho. No tempo do O estilo, carregado de ✓ida, pre elegancla em sua maneira pressão de que o escritor, pe-
Ijjl moço jogucl volel. Hoje, levo meu corpo até â praia e é tudo. serve ao autor como se fos- peculiar de descrevr as «d- lo menos para com ele «nes
— Quais os nossos melhores poetas vivos? — Manoel Bandei se um órgão, tal a afinidade sas e observar os homens* ao. foi honesto
ra e Carlos Drummond. —- E entre os mortos? — Castro Alves.
— E os melhores cronistas? — Elsle Lessa, Fernando Sablno. Henrique Pongettl, Raquel de existente entre o que pensa Verificam-se facilmente <» WiÜoxi Cesieio B*a«»co
,Queiroz, Antônio Maria, Paulo M. Campos, Carlos Drummond. Álvaro Moreyra e outros, que e expressa, dizendo tudo a- esforços e castigos a que se Remessa de Erro»;
n&o me lembro. — E o melhor repórter brasileiro? — Joel Silveira. ~ Que gostaria de fazer rnj Hirptamente, ali com submeteu o escritor, a fim de Rua Padre Marinho, —
na Imprensa? — Já tive vontade de dirigir “O Mundo Ilustrado”, com uma equipe dirigida j aiicçs ? suw.|õ?s, nrolá sem retratar ficimente paisagens, Santa Eflgênfa — Belo Horf-
por mhn; no momento, quero sosségo, em Santiago. —. Se pudesse viver outra. vida. quem
—*+ a» w? — Gostaria de viver nesta época, sendo filho da pai rico. í mesmo dizê-lo. costumes e mesmo sentimentos zonte-
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»*a- RUBEM BRAGA
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jto Rubèm Braga ó essenciaímeu-
ite
Ic um cronista de jornal. No
’0-
jornal há de tudo; desde o fa-
e to-diverso1 ao editorial e á re
fe". portagem. Todos têm de ser uma
;.is. obra de arte ou então não há
tn- sornal:sTno. Porque, se nem to
do o homem de letras ê jorna
fo lista. o bom jornalista deve eer
o4 uri homem de letras.
i'^> A crônica ocupa um lugar sa
(ÍH grado. no periodico. Isso de pas
ro-^ sar. todos nós passamos. Isso de
ser efenierp. todos nós c somos.
laO A- sensação do efemero literário,
CCS- daqueles que talvez aspiraram,
uni dia,uma'grande duiaç.ão; e
passaram tambrm, cooio o ru-
c^V mor das azas dê um Inseto, nós
a tivemos, bem, ao passear ao
longo dos «bouquinistess do cáís
do Sena; e no ver pilhas e pi
1 lhas de. livros, empoeirados « "
mofados. Todos passaram. Tive-
ram a dvraçã das ròsas de Ma- ¥
T
é
TB tom. que ao longo das colunas
3 os capte; passar do epteo ao gra
r!a- cioso — eis o que é Rubem Bra
•no ga; e eis o que é o perfeito cro
sa- nista de fòrnal; o que1 no jornal
•re fica, a despeito do livro; que,
de como tudo, é efemero e passa
e geiro; carregado para dentro da
da noite eterna, sem ref.om‘o, da.
elegia dc Lamarfln?. — 7* /
*2*2., 3* 55"