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Ass 05 – Estudo da munição

OBJETIVO

 Identificar as granadas, seus


componentes e implementos;

 Preparar a munição para o tiro;


SUMÁRIO
1) INTRODUÇÃO

2) DESENVOLVIMENTO
- Generalidades
- Constituição da munição
- Classificação da munição
- Complementos e implementos da Gr 105mm
- Tipos de espoletas
- Cuidados com a munição

3) CONCLUSÃO
GENERALIDADES
Munição é o conjunto de todos os elementos
necessários para o que o projétil, ao ser disparado
pela arma de fogo, seja ela de uso individual ou
coletivo, atinja o alvo e funcione da maneira oportuna
e no local desejado. Na Artilharia utilizamos a
designação TIRO como sinônimo de munição.

A munição, bem como os obuseiros, utilizados


pelo Brasil seguem o padrão internacional da OTAN.
GENERALIDADES
A munição 105 mm já é fornecida espoletada e sob
forma desengastada, isto é, o projétil (granada) não fica
firmemente engastado no estojo.

Este fato possibilita a montagem da munição com


a carga de projeção adequada para o alcance do alvo, ou
seja, proporciona variar a carga.

A munição é classificada conforme o tipo de


granada.
CONSTITUIÇÃO DA MUNIÇÃO
São componentes básicos do tiro de Artilharia de
Campanha de tubo para obuseiros:

a) Granada (Projétil);
b) Estojo Metálico;
c) Carga de Projeção;
d) Estopilha de percussão;
e) Espoleta;
CONSTITUIÇÃO DA MUNIÇÃO
Granada (Projétil) – agente que destrói o alvo ou
que tem em si a finalidade da munição
(estilhaçamento, penetração, gases, calor, iluminação,
fumaça).
CONSTITUIÇÃO DA MUNIÇÃO
Estojo metálico – É um cilindro de metal, destinado
a receber a carga de projeção. O culote apresenta no
centro interior um reforço roscado, onde se atarraxa a
estopilha de percussão, e externamente a virola.
CONSTITUIÇÃO DA MUNIÇÃO
Carga de Projeção – É a responsável por fornecer
energia necessária para impulsionar a granada, pois
quando ocorre à queima do propelente (pólvora) há um
aumento da temperatura e do volume dos gases
presentes no interior do tubo, o que transmite a força
para o projétil.
CONSTITUIÇÃO DA MUNIÇÃO
Estopilha de percussão – é quem sofrerá a ação do
percussor e transformará a energia mecânica do choque
do percussor com sua parte anterior em energia térmica
e iniciará a ignição da carga de projeção.
CONSTITUIÇÃO DA MUNIÇÃO
Espoleta – É um dispositivo mecânico ou eletrônico
usado no projétil para fazê-lo explodir nas condições
desejadas.
CLASSIFICAÇÃO DA MUNIÇÃO

1) Granada Explosiva
É aquela que tem como carga
de arrebentamento alto-explosivo
(TNT - Trinitrotolueno).
É de cor verde-oliva e
inscrições em amarelo.
CLASSIFICAÇÃO DA MUNIÇÃO
2) Granada Química
É aquela que contêm uma carga química que
produz efeitos fisiológicos, tóxicos ou irritantes, cortina
de fumaça e ação incendiária.
A granada de gás tem cor
cinza.
A granada fumígena fósforo
branco tem a cor verde claro
com as inscrições em
vermelho.
CLASSIFICAÇÃO DA MUNIÇÃO
3) Granada Iluminativa
É aquela que possui uma
carga química que por meio da sua
queima possibilita iluminar uma
determinada faixa do terreno à
noite.
É normalmente de cor branca,
pode ser encontrada na cor verde –
oliva com as inscrições e cinta
pintados na cor branca.
CLASSIFICAÇÃO DA MUNIÇÃO
4) Granada de Manejo
É usada para exercícios de carregar e descarregar
o obuseiro.
Tem cor bronzeada, com inscrições em branco.
CLASSIFICAÇÃO DA MUNIÇÃO

5) Granada de Exercício
São granadas de ferro
fundido carregadas com
areia.
Algumas possuem
pequenas cargas fumígena.
Tem cor azul.
CLASSIFICAÇÃO DA MUNIÇÃO
6) Granada de Propaganda
As granadas de propaganda são utilizadas com o intuito de
realizar operações psicológicas em seus alvos, podendo ser tanto
para motivar a tropa amiga quanto para abater o moral da tropa
inimiga. Com a detonação da espoleta tempo é capaz de
disseminar e difundir panfletos e quaisquer materiais impressos
em diversas áreas.
MUNIÇÃO 105 mm
MUNIÇÃO 105 mm
Partes da Gr 105 mm
a) Ogiva: parte superior da granada
b) Corpo da granada: parte cilíndrica A
c) Cinta de turgência: serve para centrar o
projétil na alma do tubo B
d) Cinta de forçamento: possui diâmetro
superior ao calibre, tendo como finalidade C
impedir a passagem dos gases entre a alma
do tubo e o corpo do projétil e, ao mesmo
tempo imprimir ao projétil um movimento
de rotação
e) Culote: é o fundo do projétil
D
E
f) Estojo metálico
J
g) Cargas de projeção: possui 07 (sete)
saquitéis contendo pólvora sem fumaça. Os
saquitéis possuem peso e constituição B
diferentes
h) Opérculo: é um disco de fibra resistente,
colocado dentro do estojo, cuja finalidade é
comprimir as cargas de projeção F
i) Estopilha de percussão: fornece o jato de
fogo para a inflamação das cargas de projeção
G
j) Espoleta: dispositivo usado no projétil para
fazê-lo explodir nas condições desejadas I
TIRO DE SALVA
É usada para tiro
simulado. Os tiros de salva
contêm pólvora negra, mas
são desprovidos de granada.
ESPOLETAS
Definição e tipos de Espoleta:
É um dispositivo mecânico ou eletrônico usado no projétil
para fazê-lo explodir nas condições desejadas.
A espoleta pode ser de percussão (EOP), quando o detonação
ocorre no contato com o solo ou qualquer superfície que tenha
uma tensão superficial, espoleta de ogiva tempo (EOT), quando a
detonação ocorre no ar de acordo com o evento (tempo)
registrado, de duplo efeito (EODE) quando se pode registrar um
evento para que ela detone sem percussão ou ainda pode ser
utilizada com percutente, espoletas de proximidade (EVT),quando
já vem programadas para sempre detonar a uma altura padrão do
solo ou ainda espoleta perfurante de concreto, que possui uma
resistência maior ao choque e penetra mais no solo.
Espoleta de percussão
a) Instantânea (EI): fenda de regulação em I e sem
o eliminador de sensibilidade
b) Sem Retardo (SR): fenda de regulação em I e
com o eliminador de sensibilidade. Detonação após 0,01 seg
c) Com Retardo (ER): fenda de regulação em R e
com o eliminador de sensibilidade. Detonação após 0,15 seg
CUIDADOS COM A MUNIÇÃO
- Não bater, arrastar, jogar ou deixar cair os cunhetes de
munição;

- Não fumar ou acender fogo próximo à munição;

- Proteger a munição da umidade, bem como das


temperaturas extremas;

- Retirar os dispositivos de segurança da espoleta


somente no momento de serem utilizadas;

- Inspecionar cada tiro antes de usá-lo, a fim de verificar


se está limpo e convenientemente preparado;
-
CUIDADOS COM A MUNIÇÃO
- Separar a munição por lotes e dentro do peso;

- Verificar se não há rebarbas nas cintas de turgência e


de forçamento;

- Verificar se os saquitéis da carga de projeção estão em


bom estado;

- Verificar se os estojos não apresentam defeitos que


possam prejudicar o carregamento;

- Nunca tentar alterar ou desmontar um elemento


carregado.
LOTES DE MUNIÇÃO
As munições são separadas por lotes, de acordo com os
seguintes dados:
a) Classificação da munição
b) Ano de fabricação
c) Peso da granada (Se tratando da AE espoletada)
• 1 ■ (14,710 Kg)
• 2 ■ ■ (14,908 Kg)
• 3 ■ ■ ■ (15,250 Kg)
d) Tipo da espoleta
LOTES DE MUNIÇÃO
EXEMPLO:
Munição AE – 105 mm – ano 2012 – 2 ■ – E Pe
Munição AE – 105 mm – ano 2010 – 2 ■ – E Pe
Munição Ilum – 105 mm – ano 2012 – 2 ■ – E Te
Munição Fum – 105 mm – ano 2012 – 2 ■ – E Te

São 04 diferentes lotes de munição, sendo 01 lote


para cada classificação de munição (AE, Ilum e Fum) e os
02 lotes AE tem que ficar separados, pois possuem anos
de fabricação diferentes.
PREPARO DA MUNIÇÃO
1) Conferir a existência de todas as partes que compõem
o tiro 105 mm

2) Verificar se o estojo já está estopilhado

3) Colocar dentro do estojo os saquitéis das cargas de


projeção na ordem crescente até a carga desejada

4) Espoletar a granada (SFC)

5) Registrar a fenda da espoleta com a posição


adequada (I ou R e com ou sem o eliminador de
sensibilidade). Obs: o projétil deve estar na vertical, por ocasião da
regulagem da espoleta
PREPARO DA MUNIÇÃO
6) Colocar o opérculo sobre as cargas de projeção
dentro do estojo

7) Encaixar corretamente a granada no seu estojo

8) Deixar a retaguarda do tiro os saquitéis de carga não


utilizados

9) Deixar a granada na posição correta na lona de


munição

10) Deixar na posição correta o eliminador de


sensibilidade
PREPARO DA MUNIÇÃO
PREPARO DA MUNIÇÃO
OBS: Durante o carregamento do tiro o C4 deverá erguer
as cargas de projeção restantes para que o CLF visualize
que as mesmas não foram colocadas no estojo e
carregadas.
MONTAGEM DO TIRO
EXEMPLO:
Comando de tiro: Bia At Con, Explosiva, Lote A, Carga 4, EI,
C Q1, B Q2, Der 2810, Elv 345

As peças do centro vão preparar no mínimo 03 tiros, pois


será realizado um tiro de ajustagem (C Q1) e dois tiros na
eficácia (B Q2). Sendo que tanto a ajustagem quanto a eficácia
poderiam ser repetidas, consumindo mais munição.

As peças das extremidades vão preparar no mínimo 02


tiros, pois serão realizados dois tiros na eficácia (B Q2).
MONTAGEM DO TIRO
INCIDENTES DE TIRO
RETARDO: demora no desencadeamento, pode demorar
alguns minutos.
NEGA: falha no disparo ou nas cargas.
NEGA
Nega é a ausência de disparo após a percussão.
Cuidados: o tiro na câmara de uma peça aquecida
Cuidados:
deverá ser disparado num prazo máximo de cinco
minutos.
Não disparar tiros AE que permaneceram mais de 5
min numa câmara aquecida
aquecida..
Se o fizer, evacuar toda a guarnição antes do disparo.
Não utilizar munição descarregada com o soquete,
encaminhá-la à manutenção.
NEGA – PEÇA FRIA
 Conservar o obus apontado p/ o alvo;
 Guarnição afastada da boca do tubo e culatra;
 Acionar por duas vezes (novos disparos);
 Após 2 minutos, abrir a culatra e verificar a
estopilha:
 Se estiver ferida substituir o estojo e disparar a peça;
 Caso não esteja ferida substituir o mecanismo de
disparo e disparar a peça;
NEGA – PEÇA QUENTE
• Mesmas instruções. Se não puder descarregar ou
disparar dentro dos cinco minutos, fazer o seguinte:
 Elevar o tubo a uma Elv de Seg (Aprox 550’’’), ou
manter o tubo na elevação do tiro, se 550”’ estiver fora
do limite de segurança;
 Remover o estojo após 2 min da última tentativa de
execução do tiro;
 Evacuar todo o pessoal a uma distância de segurança;
 Permitir ao obuseiro esfriar no espaço de 2 (duas)
horas.
 Após este período de 2 horas, deslocar a peça para
uma posição afastada, por Seg, se necessário.

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