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MICROCOMPACT® - 36kV

Instalação, operação e manutenção


MICROCOMPACT® - 36kV

MICROCOMPACT® - 36kV é um conjunto de manobra e controle em invólucro


metálico com unidade normalizada de média tensão para distribuição elétrica
secundária pública, privada e industrial. Todas as unidades são dotadas de
componentes e acessórios que respondem às múltiplas exigências aplicáveis. A linha
MICROCOMPACT® - 36kV é caracterizada pela utilização de um interruptor-
seccionador de manobra isolado em SF6 de alto desempenho, que permite uma
drástica redução da largura do compartimento, além de sua utilização em espaços
altamente limitados. MICROCOMPACT® - 36kV foi concebido sob os padrões
normativos e requisições técnicas IEC / CEI e NBR – IEC 62271-200.
EMPRESA

08 de maio de 1971 – O pai, Engº Paschoal Graziano com vasta experiência no


mercado de eletro-eletrônica e que já havia trabalhado em conceituadas empresas
do ramo; e o filho Eng.º Nunziante Graziano Neto, com a garra e a determinação de
um jovem engenheiro, fundaram a Indústria, Montagem e Instalações GIMI Ltda.

Situada no bairro do Cangaíba (Zona Leste de São Paulo), a GIMI era uma empresa
pequena: contava com apenas 8 funcionários que empenhavam-se no crescimento
da empresa, trabalhando para que seus produtos atendessem às necessidades de
seus clientes.

Com o passar de alguns anos, a produção aumentou e passou a exigir novas


instalações para que a GIMI pudesse atender seu mercado; um mercado exigente e
que a cada dia ampliava-se mais. O Engº Paschoal e o Engº Nunziante decidem então
transferir a fábrica para uma área maior. Passam a investir grandes esforços na
construção de uma nova sede e em 1989 a GIMI muda-se para Suzano: 8.000 m² de
área total, 3000 m² de área construída, 60 funcionários, modernização dos
equipamentos, produtos mais competitivos e maior participação no mercado.

Em Suzano, o Engº Nunziante teve que assumir sozinho a direção da GIMI, porém o
ideal de pai e filho foi passado para os netos do Engº Paschoal. Em 1997, pela Escola
de Engenharia Mauá, formou-se a Engª Vera Angela Graziano Finotti, no ano
seguinte, o Engº Vanderlei D’Angelo Junior e em 1999 o Engº Nunziante Graziano.

Com as exigências de certificação e de qualidade de seus produtos, a GIMI conquista


em 1999 o certificado ISO 9000, que sustenta até hoje como estandarte da
excelência da gestão da qualidade de seus produtos e serviços. Em 2003, a GIMI
inicia sua trajetória de certificação dos produtos, com o lançamento do PICCOLO. Em
2006, nasce o MAGGIORE®. Em 2007, noTTAbile®. Em 2008, é a vez do BIMBO®. Em
2010, MICROCOMPACT e finalmente em 2013, o EOM-6.

O que se pode dizer hoje sobre a GIMI é que ao longo destas 4 décadas, o
desenvolvimento e o pioneirismo que são a marca dessa empresa tem somente um
objetivo: O Cliente.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 1

2. NOTAS E AVISOS DE SEGURANÇA ............................................................................................................................ 2

3. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ................................................................................................................................... 4

4. DISPOSITIVOS......................................................................................................................................................... 10

5. TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO....................................................................................................................... 14

6. PROCEDIMENTOS PARA INSTALAÇÃO ................................................................................................................... 16

7. PROCEDIMENTOS PARA OPERAÇÃO ...................................................................................................................... 19

8. MANUTENÇÃO PREVENTIVA.................................................................................................................................. 20

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................ 23


1.INTRODUÇÃO

Instruções gerais

Leia atentamente as instruções deste manual antes de instalar e/ou operar este
equipamento.

Este documento é complementado pelos arquivos anexos (hiperlinks) que auxiliam


na compreensão de alguns dispositivos e mecanismos utilizados.

As instruções aqui mencionadas irão auxiliar na instalação, operação e manutenção


deste equipamento, prolongando sua vida útil e conservando as características para
as quais foi projetado.

Instruções específicas

As instruções deste manual servem de orientação geral para este tipo de


equipamento, não tente utilizá-las para todas as linhas e variações de produtos GIMI.
As informações completas do equipamento adquirido são encontradas no caderno
do projeto que possui: diagrama unifilar, diagrama trifilar, desenho dimensional, lista
de materiais, entre outros que definem com exatidão os detalhes do equipamento.

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2.NOTAS E AVISOS
DE SEGURANÇA

Instruções de segurança

A correta operação do painel depende da instalação e manutenção, para isso é


imprescindível que estas sejam realizadas acima de tudo respeitando as normas de
segurança, por isso, é altamente recomendável que somente pessoal qualificado ou
legalmente habilitado tenha acesso e permissão para faze-las.

O pessoal responsável pela manutenção deve ter, no mínimo, conhecimento das


normas e leis NBR5410, NBR14039 e NR10, além de profundo conhecimento sobre os
procedimentos de segurança e primeiro socorros.

Para pessoas que trabalhem próximas ou podem ter algum tipo de acesso, é
importante que tenham conhecimento dos riscos potenciais e que estejam sempre
sob supervisão, pois o equipamento é projetado para ser operado por profissionais
qualificados!

Placas de advertência fixadas no painel

Indica o risco de exposição à local


energizado e que traz perigo a saúde, em
determinadas condições riscos de
acidentes e morte.

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Placa de advertência para que os
parafusos sejam reapertados antes que o
painel seja colocado em operação, em
decorrência da instalação, após
manutenções ou após longo tempo sem
utilização. As vibrações e aquecimentos
podem ocasionar essa necessidade e a
falta desse cuidado poderá causar
sobreaquecimento e perdas por efeito
Joule.

Indica o risco de exposição à rede em


média tensão, altamente perigosa, com
riscos de acidentes e morte.

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3.CARACTERÍSTICAS
TÉCNICAS

Geral

A linha MICROCOMPACT® - 36kV possui ensaios de tipo realizados de acordo com a


norma ABNT NBR IEC 62271-200:2007, e aprovados por laboratórios de organização
independente com reconhecimento internacional.

A tabela 1 descreve os valores nominais da linha MICROCOMPACT® - 36kV:

Corrente de curta duração admissível – IAC (kA/1s) 16


Tensão nominal (kV) 36
Tensão de teste com freq. Industrial (kV/min) 70
Tensão de impulso suportável NBI (kV) 170
Frequência nominal (Hz) 50/60
Corrente de crista (kA/1s) 40
Corrente nominal dos barramentos principais (A) 1250
Grau de proteção IP2X/IP54
Uso Abrigado/ Ao tempo
Tabela 1 – Características técnicas da linha MICROCOMPACT® - 36kV

A tabela 2 descreve as dimensões¹ padronizadas:

Concessionária² AES Eletropaulo EDP Bandeirante Elektro CPFL


Altura 2250/2900³
Profundidade 1740
Largura entrada (mm) 750 750
1000⁴ 1000⁴
Largura medição (mm) 1200 1000
Largura proteção disjuntor (mm) 1000
Largura proteção fusível (mm) 750
Tabela 2 – Tamanhos padronizados da linha MICROCOMPACT® - 36kV
1 - Dimensões para cubículo abrigado, consulte-nos para dimensões ao tempo.

2 - Para outras concessionárias, consulte-nos.

3 – 2900mm referente a caixa de distribuição superior necessária em alguns casos.

4 – Cubículos de entrada e medição juntos, para o caso de utilizar somente a entrada, considerar 750mm.

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Detalhes do painel

Caixa de comando, vista externa:

Caixa de comando, vista interna:

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Cubículo de proteção a disjuntor, vista externa:

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Classificação para resistência ao Arco Interno (IAC)

Conforme demonstrado na tabela 1, a linha MICROCOMPACT® - 36kV é definida


como 16kA. Isso está relacionado ao IAC do equipamento. Esta sigla corresponde à
classificação ao arco interno, que segundo o anexo A da ABNT NBR IEC 62271-
200:2007, deve classificar o invólucro metálico da seguinte maneira:

1. Geral: IAC (iniciais de Internal Arc Classified – Arco interno classificado)

2. Acessibilidade: A, B e C:

A – restrito somente ao pessoal autorizado;

B – acessibilidade irrestrita, incluindo público geral;

C – acessibilidade restrita por instalação fora de alcance (conjunto de manobras e


controle em invólucro metálico montado sobre poste, cuja altura admissível mínima
da instalação deve ser declarada pelo fabricante).

3. Valores de ensaio: corrente de ensaio e duração.

4. Lado de acesso ao invólucro permitido durante funcionamento (energizado),


onde há a possibilidade de ocorrer um arco interno:

F – frontal;

L – lateral;

R – posterior.

5. Categoria de partição entre as partes vivas e compartimento acessível aberto:

PM – Obturadores metálicos e divisão metálica entre as partes vivas e o


compartimento aberto (mantida a condição de invólucro metálico).

Dessa forma, a linha MICROCOMPACT® - 36kV pode ser designada de duas


maneiras:

• Classificação IAC A-FLR-16kA – 1s.

• Classificação IAC A-F-16kA – 1s.

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Conduto de saída e expansão de gases (opcional)

O conduto de saída de gases situa-se acima do invólucro metálico e percorre-o ao


longo de todo seu comprimento.

Cada compartimento de potência possui defletores que atuam através da pressão


gerada pela expansão dos gases no caso de uma falta, permitindo a passagens dos
gases pelo conduto.

Algumas instalações contam com salas elétricas com pé direto elevado, o que
viabiliza a expansão dos gases sem a utilização do conduto, contudo, é sempre
recomendado sua utilização. Trata-se de um acessório, por isso deve ser solicitado
antecipadamente sempre que o cliente julgar necessário sua utilização.

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Configurações

A linha MICROCOMPACT® - 36kV possui configurações pré-estabelecidas que no geral


atendem as necessidades do mercado, porém, se necessário pode se adequar à
necessidade do cliente, entre os módulos padronizados estão: Medição de
faturamento, saída com seccionadora, saída com disjuntor, transição, entre outros
(sob consulta).
A utilização de para-raios, isoladores capacitivos, intertravamentos e afins é
totalmente válida, deve-se apenas fazer uma consulta e informar a necessidade para
que possamos verificar a melhor maneira de atender.

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4.DISPOSITIVOS

Disjuntor de média tensão

Definição: É um dispositivo para média tensão operado através de um mecanismo de


molas que garante uma alta velocidade de atuação e é independente do operador.
Com as funções de motorização e bobinas de abertura e fechamento se torna um
equipamento capaz de ser controlado de qualquer local e viabiliza seu comando para
processos muito mais inteligentes de proteção e seletividade.
A função do equipamento é proteger contra sobrecargas e curto circuitos, tanto em
cabos como em barramentos, linhas aéreas e transformadores.
A tecnologia do vácuo serve como princípio de supressão de arco voltaico, por não
permitir que haja ionização do ar e por consequência o estabelecimento de um
caminho para a corrente elétrica.
O modelo de disjuntor utilizado comumente na linha MICROCOMPACT® - 36kV é o
HD4, de fabricação da ABB, com 630A e 36kV de corrente e tensão nominais
respectivamente e 16kA de corrente de curto circuito.

Disjuntor MT HD4 (ABB)

Para maiores informações sobre o dispositivo acessar: Manuais

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Relés de proteção

Definição: Dispositivo inteligente de proteção que realiza as leituras das variáveis em


questão, como tensão e corrente num determinado ponto, para a verificação de falta
e níveis previamente definidos.
Este tipo de dispositivo pode ser parametrizado com valores que atendam ao estudo
de proteção e seletividade desejado desde que tais valores estejam dentro do range
definido pelo fabricante para cada modelo de equipamento. Uma vez parametrizado
e feitas as ligações de forma correta o relé irá monitorar as variáveis e atuar no caso
de alguma anomalia, isso é possível pela disponibilização de entradas e saídas em
conjunto com um sistema microprocessado. Estes relés possuem interface homem
máquina e em alguns casos disponibilizam rede de comunicação para interação a
distância.
A linha MICROCOMPACT® - 36kV não possui um modelo especifico de relé de
proteção. A escolha, em geral, depende dos valores dos parâmetros que serão
necessários ajustar, preferência do cliente e funções ANSI que serão utilizadas no
projeto.
As funções ANSI se caracterizam por diversos códigos de números e letras, na qual
cada função tem uma característica especifica de projeto, que podem ser de
proteção, sincronismo, tipo de componente e etc. Seguem as mais usuais na linha
MICROCOMPACT® - 36kV:

Função Descrição
27 Relé de subtensão
47 Relé de reversão ou desbalanceamento de tensão
49 Relé termico
50 Relé de sobrecorrente instantâneo
50N Relé de sobrecorrente instantâneo de neutro
50G Relé de sobrecorrente instantâneo de terra
51 Relé de sobrecorrente temporizado
51N Relé de sobrecorrente temporizado de neutro
51G Relé de sobrecorrente temporizado de terra
52 Disjuntor de corrente alternada
59 Relé de sobretensão
79 Relé de religamento
86 Relé auxiliar de bloqueio
89 Chave seccionadora
Tabela 4 – Funções ANSI usais na linha MICROCOMPACT® - 36kV

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Para maiores informações sobre o dispositivo, verificar o modelo utilizado no projeto
especifico e acessar o seguinte link que possui vários tipos de dispositivos análogos:
Manuais

Chave seccionadora

Definição: É um dispositivo de média tensão que tem a função de abrir ou fechar a


linha ou uma saída específica.
Esta chave pode ser acionada tanto manualmente como através de comandos
elétricos através da utilização da motorização disponível em modelos específicos.
Segue o modelo utilizado na linha MICROCOMPACT® - 36kV de fabricação OEMB:

Chave seccionadora fusível com aterramento (OEMB)

Para maiores informações sobre o dispositivo acessar: Manuais

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Isolador capacitivo (opcional)

Definição: Dispositivo para detecção da presença de tensão.


O componente é constituído por divisores capacitivos que, num determinado ponto,
disponibiliza uma tensão em nível baixo para que possa ser feita a indicação através
de led’s. Tal tensão só é disponível se a tensão estiver dentro de valores aceitáveis.

Isolador capacitivo (Isolet)

Para maiores informações sobre o dispositivo acessar: Manuais

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5.TRANSPORTE E
ARMAZENAMENTO
Todos os cubículos MICROCOMPACT® - 36kV são enviados diretamente ao local de
entrega mencionado no pedido de compras, quando a entrega for de
responsabilidade da GIMI, caso contrário são retirados em nossa fábrica no setor de
expedição.

Atenção, como todo equipamento elétrico, este material deve ser tratado
cuidadosamente segundo as instruções contidas neste manual.

Proceda de forma adequada, sempre atendendo à máxima segurança do pessoal


envolvido, utilizando-se de meios adequados para a correta e segura manipulação
dos materiais.

Os cubículos MICROCOMPACT® - 36kV podem ser manipulados através de


empilhadeiras (com as lanças posicionados sobre os pallets) ou içados com tirantes
(fixados nos olhais de suspensão). Em ambos os casos deve-se atentar para a
integridade física de cada cubículo.

A embalagem padrão dos cubículos MICROCOMPACT® - 36kV é do tipo plástico


bolha, que deve ser mantida até o momento de instalação em seu local definitivo.
Embalagens especiais em engradado de madeira, reforçada com plástico bolha
(padrão internacional) poderão ser fornecidas sob pedido.

A área destinada à armazenagem dos cubículos MICROCOMPACT® - 36kV deve


cumprir com os seguintes requisitos mínimos:

• Ser firme, segura e não se encontrar num plano inclinado.

• Garantir a proteção contra condições ambientais adversas com relação a


umidade, temperatura e penetração de água.

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• Garantir a proteção contra pó, água, areia, concreto ou cimento, fagulhas
provenientes de lixadeiras e/ou soldas e outros agentes que possam danificar
o material.

Por razões de segurança não se deve armazenar os cubículos MICROCOMPACT® -


36kV em zona de passagem e/ou circulação de pessoas ou montagem de outros
equipamentos. Em hipótese alguma deve-se empilhar os cubículos.

No momento da recepção verifique se os materiais e a documentação recebida


correspondem ao projeto de instalação em questão, a presença de todos os
componentes e barramentos de interligação, itens diversos e a ausência de danos.

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6.PROCEDIMENTOS
PARA INSTALAÇÃO

Instalação dos cubículos

O quadro pode ser colocado contra a parede nas laterais e na traseira, sendo que na
traseira a distância a ser respeitada até a parede é de 100mm. A fixação ao
pavimento é realizada por 2 ou 4 furos de 14mm. Uma vala de cabos deve ter
profundidade e largura corretas, sendo mínimas (300x600mm). O pavimento na zona
de fixação deve ser plano. O acoplamento dos compartimentos é feito por meio de
parafusos que devem ser colocados logo abaixo do vão passa-barras, utilizando a
furação oblonga prevista. Feito o acoplamento, se deve proceder pela fixação das
barras de conexão dos circuitos principais dos vários compartimentos. Procede-se
intercalando as barras da unidade às outras de modo a manter o alinhamento e
evitar inclinações maiores que uma vez a espessura da barra. Nos compartimentos de
extremidade, as barras são fixadas na máxima distância possível da parede lateral.
Finalizado o circuito principal, passemos À montagem do circuito de aterramento. Na
face frontal inferior do quadro, deve-se utilizar as barras externas para interconexão,
que são predispostas a esta finalidade específica.

Instalação dos fusíveis de MT

A unidade Micro 8 é predisposta para utilização de fusíveis de até 25kV norma DIN
43625 e com pino percussor do tipo médio. Usando diferentes distâncias de pinças,
pode-se utilizar fusíveis classe 12kV e 17,5kV. A colocação dos fusíveis em posição se
realiza inserindo-se o mesmo na correspondente pinça, começando pelo fusível mais
distante da porta. Atentar que a posição do percussor do fusível deve estar voltado
para o alto, onde se localiza a paleta de abertura coligada ao mecanismo da IMS. A
corrente nominal do fusível é baseada na potência nominal do transformador e a
escolha é baseada nas disposições do fabricante do fusível.

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Substituição dos fusíveis de MT

Em caso de substituição do fusível depois da queima em serviço, deve-se proceder


como especificado abaixo:

• Rearmar o comando da seccionadora girando-o no sentido anti-horário com a


alavanca adequada.
• Fechar o seccionador de terra
• Abrir a porta do compartimento
• Substituir o fusível retirando-o do compartimento depois de extrair-lo das
pinças. (Deve-se respeitar a seqüência de instalação dos fusíveis, item 3.1 – Se
o fusível queimado for o último, deve-se sacar os dois primeiros para, então,
alcança-lo).

É sempre recomendável a substituição completa dos três fusíveis depois da abertura,


mesmo se apenas um fusível houver queimado.

Instalação dos cabos de MT

Para facilitar a instalação as flanges do painel são feitas em Celeron de 5mm, desta
forma as furações necessárias podem ser feitas sem maiores esforços.
O cabeamento deve entrar através das muflas e ser conectado aos terminais de
entrada designados em projeto, com torque suficiente para suportar o processo de
operação.

Instalação dos componentes no compartimento de BT

A borneira para conexão dos cabos de comando e supervisão são localizados no


compartimento de baixa tensão (BT), a abertura da porta frontal do respectivo
compartimento dá acesso a estes bornes e a outros equipamentos que por ventura
possam ter que ser conectados a algo externo.
A ligação correta deve ser verificada nos diagramas presentes no caderno específico
do projeto, isto varia em função da necessidade observada durante o
desenvolvimento do projeto.

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Verificações complementares

Verificar se o cubículo está limpo e foi instalado conforme recomendado neste


manual;
Verificar novamente se todos os parafusos das conexões elétricas foram
corretamente reapertados;
Verificar a resistência de isolamento fase a fase e fase a terra para garantir a correta
operação, deve-se utilizar um megôhmetro de 5kV, leituras menores do que
10Mohm devem ser investigadas.
Verificar o correto faseamento do sistema;

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7.PROCEDIMENTOS
PARA OPERAÇÃO
Todos os cabos devem estar ligados corretamente, ensaiados quanto à rigidez
dielétrica e conectados os dois extremos.
Para ligar o painel siga sempre a ordem de cascata iniciando dos dispositivos gerais
para os parciais.
Para desligar o painel siga sempre a ordem de cascata inversa, iniciando dos
dispositivos parciais para os gerais.

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8.MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Segurança

O perigo de se trabalhar com energia elétrica é imenso, a não ser que os


procedimentos previstos por norma e o bom senso sejam levados a sério, por isso,
para a execução de qualquer manutenção atentar para:
• Nunca executar manutenção em painel energizado;
• Para desliga-lo nunca esquecer de todos os equipamentos adequados para a
classe de tensão;
• Sempre garantir que não haverá possibilidade de religamento enquanto estiver
em manutenção.
Após a manutenção, antes de religar:
• Verificar a presença de pessoas ou animais em locais indevidos;
• Ferramentas esquecidas dentro dos cubículos;
• Comunique o religamento;
• Tenha em mãos os telefones uteis de emergência caso algum imprevisto
ocorra;
• Se equipe com os devidos equipamentos para realizar as manobras de
religamento.
Afim de prolongar a vida útil do equipamento, seguem algumas orientações que são
indicadas em caso do painel operar em condições normais. Em caso de operação em
locais de atmosfera poluída, alta umidade ou exposição à agentes químicos
industriais os intervalos devem ser reduzidos.
Além das verificações rotineiras o painel deve ser avaliado em caso de curto-circuito
ou outras falhas graves. Segue a tabela com os intervalos indicados para a
manutenção preventiva:

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Serviço Periodicidade
A cada 6
Verificação visual geral meses
Verificação do estado e existência dos acessórios e peças sobressalentes Anualmente
Verificação do funcionamento os circuitos (comando, controle, intertravamentos e etc) Anualmente
Verificação visual e operação dos disjuntores Anualmente
Limpeza geral da parte interna do painel Anualmente
Verificação das conexões elétricas dos circuitos principais e auxiliares Anualmente
Ensaios de operação e recolocação em serviço Anualmente
Tabela 5 – Intervalos para manutenção preventiva recomendados

Para a limpeza da instalação, os seguintes materiais são necessários:


• Percloretileno, tricloletileno ou álcool isopropílico;
• Pincel;
• Pano;
• Aspirador de pó;
• Vaselina neutra.
Agentes de limpeza como o percloretileno e o tricloretileno não devem entrar em
contato, senão por tempo limitado, com peças fabricadas em epóxi, pois, atacam a
resina.
Para remover a sujeira da parte externa do painel utilize ar seco comprimido ou
aspirador de pó, quando necessário utilizar o pincel.
Limpe as peças isolantes com pano macio e seco.
Remova os lubrificantes antigos das conexões, contatos fixos e móveis, dispositivos
de aterramento e articulações. Em seguida aplique nova camada de vaselina neutra.
Durante a limpeza verifique todas as partes e componentes (danos na pintura, fendas
nos materiais isolantes, terminais de cabos e etc);
Cheque o aperto dos parafusos, especialmente os de conexão dos barramentos, além
da conexão dos cabos de controle e força.
Caso necessário pode-se lubrificar as dobradiças das portas com óleo lubrificante
comum. Os cilindros dos fechos das portas devem ser lubrificados somente com
grafite em pó.

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Manutenções de equipamentos específicos devem ser feitos com profissional
especializado, para tanto entrar em contato com nossa empresa.

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9.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Documentação de entrega

Diagramas elétricos;

Desenho dimensional;

Lista de materiais;

Certificados de ensaio de rotina;

Certificado de ensaio dos transformadores de corrente e tensão;

Manual de instalação, operação e manutenção;

Manuais dos dispositivos utilizados.

Garantia

A duração da garantia é de 12 meses após a instalação ou de 18 meses após a


entrega.

Deverá ser garantida a boa qualidade e construção dos materiais. Se houver a


necessidade de substituição ou reparo durante tal período o atendimento será
gratuito e no tempo mais breve possível, exclusos os defeitos decorrentes de mau
uso ou pela imperfeita montagem de acordo com as instruções apresentadas.

Qualquer intervenção para a manutenção extraordinária deverá ser solicitada à GIMI


e o atendimento será realizado por seus funcionários ou delegados designados por
escrito.

Em caso de contestação de garantia por itens exclusos a esta especificação, os custos


oriundos serão apresentados após o atendimento de acordo com os valores
apresentados na proposta comercial.

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Garantia da qualidade

O quadro objeto deste documento deve ser construído aplicando-se o sistema de


gestão da qualidade conforme a norma NBR-ISO 9001:2008.

O fabricante deverá apresentar, se solicitado, o certificado de sistema de gestão da


qualidade emitido por entidade reconhecida.

O cliente se reserva o direito de visitar, diretamente ou por meio de representante


oficialmente designado, a GIMI e suas instalações em qualquer momento do
processo de fornecimento e fabricação.

Contato

Para maiores esclarecimentos e informações entrar em contato com o departamento


de vendas ou de engenharia através do telefone +55 11 4752-9900, solicitar o
departamento desejado, de preferência ter em mãos o número do processo (E-XXXX)
e o nome do processo para facilitar o atendimento.

Obs.: As imagens contidas neste documento são ilustrativas, podem ocasionalmente


não representar a realidade. O desenho correto estará no caderno do projeto e nos
manuais dos subfornecedores.

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Controle de revisão

Revisão 00 (Junho de 2016)


Desenvolvimento inicial.
Revisor: Bruno Rodrigues
Aprovador: André Yuji Alves Kawada
Responsável: Nunziante Graziano – CREA: 5061169371-D

Revisão 01 (Abril de 2017)


Correção dos hiperlinks / Correção das informações sobre as dimensões
Revisor: Bruno Rodrigues
Aprovador: André Yuji Alves Kawada
Responsável: Nunziante Graziano – CREA: 5061169371-D

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