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HIGHLANDER
Meia Noite na Escócia 1
Elisa Braden
SINOPSE
30 de Setembro de 1825
Glenscannadoo, Escócia
***
Seguir Annie Tulloch para dentro do castelo era um erro.
Primeiro, a mulher era pura frustração. Ela também era um
risco. Ele vinha sendo alvo de muitos esquemas
casamenteiros pelos mais sofisticados jogares para pensar o
contrário.
Ainda assim, quando ela entrou no saguão de entrada,
ele se viu em seu rastro. Observando-a. Antecipando a reação
dela com uma indesejável intensidade.
Ela girou em um círculo no centro do saguão,
observando as vigas restauradas e as pedras reparadas,
depois as três janelas estreitas acima da porta onde ele
instalara vitrais com representações do vale.
Ele aguardou.
Com as mãos nos quadris ela examinou o piso. Ele
comprara a pedra de uma pedreira próxima e a colocou
sozinho. Ela deslizou levemente a ponta da bota sobre a
superfície suave e escura.
Finalmente ela caminhou até o arco que levava ao
corredor principal. A luz que atravessava o vitral brincava
com os cabelos dela. Ela o usava trançado hoje, ele notou.
Sem chapéu. Apenas fogo.
― ‘Cê usou a mesma ardósia para o teto e o piso. Da
pedreira do Sr. Gillis, aye? Uma pedra elegante e aderente. ―
Ela murmurou, deslizando um dedo sobre a madeira que ele
escolheu para revestir o arco. ― Dispendioso.
Ele percebeu que ela usava luvas sem dedos e as pontas
estavam sujas, as unhas um pouco lascadas. O que ela
estivera cavando?
― O Sr. Gillis baixou o preço para irritar Angus? ― Ela
perguntou. ― Ou ele foi enfeitiçado por esses seus bonitos
olhos?
― Como sabe, seu pai dificultou para que eu obtivesse
materiais e contratasse trabalhadores.
― Padrasto.
― O Sr. Gillis concordou em me vender a pedra, apesar
da intimidação do MacPherson.
― Gillis vende ardósia para os moradores das Terras
Baixas construírem suas casas grandes e vistosas. Ele não
está preocupado em agradar os locais. ― Ela caminhou para
além do arco.
Ele a seguiu, esperando mais dela. Um reconhecimento.
Alguma coisa.
― Eu mesmo pus a pedra. Eu mesmo reparei o telhado.
Recoloquei muitas das janelas. ― A frustração do último ano
ressurgiu enquanto ele a seguia por sua casa semipronta. ―
Se não fosse pela interferência do MacPherson, eu já teria
acabado há meses.
―Aye. ― Ela disse, atravessando outro arco em direção à
sala de estar, onde ele começara a cobrir as paredes com
painéis, mas não havia restaurado a lareira. ― ‘Cê tem algum
trabalho a fazer, isto é certo.
Ele quis grunhir. A reação gutural se rastejou dentro de
seu peito, desconhecida e desconcertante. O que diabos havia
de errado com ele?
― Eu teria muito menos coisas a fazer se...
― Onde aprendeu essas habilidades, Inglês? ― Ela parou
perto de uma das janelas e virou-se para encará-lo, um
pequeno vinco entre suas sobrancelhas. ― ‘Cê parece um
bocado cavalheiro para colocar pedras e martelar postes.
― Você não sabe nada sobre mim, Srta. Tulloch.
A boca dela se retorceu.
― Eu sei que fala como se alimentasse de facas e vinagre.
― Facas e vinagres?
― Aye. Cada palavra é um corte limpo. Polido.
― É o que lhe ofende a meu respeito? Minha pronúncia?
Ela bufou.
― Não seja tolo. ― Cruzando os braços sobre o peito, ela
o olhou de cima a baixo. ― Isso me faz refletir. Isso é tudo.
― Refletir sobre o quê?
― Quem ‘cê é?
Ele fez uma pausa, mantendo sua expressão firme.
― Dificilmente um mistério. Você sabe o meu nome.
― Humm. John Huxley. ― Ela murmurou.
Ele inclinou a cabeça.
― Um cavalheiro.
― Sim.
As pontas dos dedos dela vagarosamente traçaram seu
painel inacabado. Enquanto a luz da manhã acariciava as
bochechas e os fios de fogo roçavam a mandíbula dela, ela
deslizava seu polegar por uma moldura de canto.
― E um artesão, pelo que parece.
Ele não conseguiu evitar o calor que correu através dele
naquele momento. A forma como ela tocava a madeira que ele
trabalhara. A forma com que os olhos azuis se demoraram em
seus antebraços. A leve abertura de lábios com seus
subterfúgios levemente tentadores.
A admiração dela foi algo sutil, uma mera amostra do
que alimentava esse desejo condenável. Mas ele queria mais.
Ela sabia?
Estaria Annie Tulloch o seduzindo deliberadamente?
Este estaria entre os métodos mais bizarros que ele já
encontrara. Porém efetivos. Malditamente efetivos.
Deus, isso era loucura. Procurar a aprovação dela.
Cobiçá-la, entre todas as pessoas. Ele havia passado tempo
demais sozinho neste lugar. Nem mesmo a viúva em Glasgow
o curara.
― Você nunca respondeu a minha pergunta. ― Ele disse
endurecendo o tom enquanto examinava as mãos dela. Mãos
sujas. Pequenas. ― O que veio fazer aqui?
― Me responda antes, Inglês. Como aprendeu a trabalhar
com madeira e pedras, ãh?
Ele hesitou sabendo que quanto mais informações lhe
desse, mais ele dava ao MacPherson. E quanto mais o
MacPherson soubesse, mais dura seria a tarefa de John.
― Aqui, agora. ― Ela disse, seu sorriso zombador, os
olhos azuis brilhantes. ― Se me contar um pouquinho, eu lhe
direi porque não consegue colocar a janela da torre sem
quebrar.
Maldito inferno. A moldura da janela já danificara três
painéis de vidro. O atual, instalado há apenas uma semana,
parecia uma teia de aranha.
―O que sabe sobre isso? ― Ele indagou.
Ela passou por ele e caminhou de volta ao corredor.
― Me fale sobre ‘ocê. Esse é o meu preço.
Ele a seguiu, vergonhosamente intrigado pelos estranhos
detalhes da figura dela: as panturrilhas bem torneadas, as
quais ele podia ver porque a mulher vestia calças e botas em
vez de saias. Suas mãos pequenas e sujas que secretamente
limpara em um canto do plaid. As manchas em seus joelhos.
O cabelo, que brilhavam como cobre e roçavam a base da
coluna dela.
As coxas não estavam visíveis porque estavam envolvidas
pelo tartã. Assim como os seios. Ele gostaria de vê-la sem o
plaid. Ele gostaria de vê-la sem a túnica. Afinal, sem nada.
― Vá em frente. Conte-me. ― Ela sugeriu por cima do
ombro enquanto caminhava da sala de jantar, pelo pequeno
corredor, que levava à cozinha. ― Prometo que não rirei.
Ele desviou da proteção temporária que ele colocara na
passagem e segurou o braço dela.
― Cuidado. Eu ainda estou arrumando esta parte da
casa.
Embora levemente iluminado pelas janelas da sala de
jantar e da cozinha, o corredor era escuro e apertado. Alguma
coisa suave e macia roçou suas costelas enquanto ela se
virava.
― Aye. ― Ela deu um tapinha na mão que a segurava. ―
Não se preocupe. O fogo está me guiando diretamente a ele.
Já sinto meu traseiro formigar. ― A risada rouca dela acordou
partes do corpo dele que nem deveriam se interessar.
O desejo era indesejável e exasperante, muito parecido
com a própria Annie.
Abruptamente ele recuou, apenas para bater a cabeça na
proteção.
― Droga. ― Ele falou entre os dentes.
― Oh, ‘cê é um desastrado, John Huxley. ― Ela o puxou
para frente. ― Vamos nos aquecer e trocar um pouquinho de
histórias, ãh?
Ele não queria trocar histórias. Ele não a queria ali de
jeito nenhum. Principalmente em sua cozinha. O local ainda
estava em ruínas, embora ele tenha removido os destroços,
construído uma nova bancada de trabalho e reparado o forno.
Era funcional. Mas muito pouco.
Ela parou com as mãos apoiadas nos quadris,
examinando o lugar com uma expressão preocupada.
― ‘Cê tem uma despensa?
― Desmoronou.
― Onde está estocando a sua comida?
― No porão. Há uma porta para o jardim que o torna
conveniente.
Ela assentiu. Estendeu as mãos em direção ao forno.
Virou-se para aquecer as costas. Mexeu os quadris de uma
forma inconveniente e extremamente hesitante.
― Conte-me um pouco sobre ‘ocê. ― Ela inclinou a
cabeça como se não fosse uma tentativa de sedução. ― De
onde vem?
Ele engoliu em seco e tentou ignorar o quanto os olhos
dela lhe lembravam as centáureas dançando em um campo
no verão.
― Nottinghamshire.
― Nunca estive lá. É agradável?
― Adorável.
― Tempo melhor, hein?
― Menos rabugento. Mas as colinas dificilmente podem
ser consideradas colinas afinal. ― Sem pensar, os olhos dele
recaíram sobre o colo dela. ― Na verdade, prefiro esta
paisagem.
― Onde aprendeu sobre tudo isso, Inglês?
― Eu construo barcos. Navego-os. Viajo para todos os
tipos de lugares. Comercializo com todos os tipos de pessoas.
Faço todo tipo de coisas.
Sobrancelhas ruivas se elevaram.
― Todo tipo? Soa aventuroso.
― Diriam que sim.
― Ainda assim ‘ocê sempre parece alquebrado, Inglês.
Ele franziu a testa intrigado.
― Exausto. ― Ela esclareceu. ― Toda essa aventura o
trouxe aqui?
― Em partes. Foi como conheci Ewan Wylie. Ele sabia
sobre barcos, melhor do que a maioria.
― Então, ‘cê e o velho Willie construíram barcos juntos.
― Sim. Eu vendi a exploração após a morte dele.
― Deve ter enchido totalmente os bolsos. É como pode se
dar ao luxo de tanta ardósia do Sr. Gillis? Ou dos mais
elegantes tecidos do Sr. Cleghorn para as suas ceroulas?
O seu intestino endureceu. Ele suspeitava que o
MacPherson a enviara ali, ou para obter informações ou com
propósitos desonestos. Agora ele sabia.
― Meus calções não são de sua conta, Srta. Tulloch. ―
Ele alertou suavemente enquanto contornava a mesa e se
juntava a ela ao lado do forno. O calor fez a barba dele
pinicar. ― Nem os meus bolsos.
Ela deu de ombros, mas o sorriso desvaneceu em
preocupação.
― Estou mais interessada em sua cozinha do que no seu
dinheiro, Inglês. Este lugar não serve para nada além de
ferver água. Como não está faminto?
― Explique sobre a janela. ― Olhando fixamente, ele se
aproximou.
Ela piscou. Recuou um passo antes que suas bochechas
ficassem em chamas e ergueu o queixo desafiadoramente.
― Eu lhe dei o que pediu, Srta. Tulloch. Ou, mas
precisamente, o que o MacPherson a enviou para descobrir.
Agora, explicará por que a janela da torre mantém-se
quebrando. Depois, partirá.
― Angus não me mandou aqui. Se ele soubesse que eu
vim, ele ficaria...
― Sim, sim. Negativa anotada. A janela, por favor.
Ela fez uma careta.
― Ela está amaldiçoada.
Com um suspiro forçado ele engoliu um palavrão.
― Pensei que soubesse alguma coisa útil.
― Como?
― O tempo úmido compromete a estrutura. Ou as pedras
devem ser realocadas. Ou o vidro deve ser mais grosso. ― Ele
inclinou a cabeça, fixando o olhar no dela. ― Nada como esta
superstição idiota.
― Uma família foi assassinada nesta casa. Um ramo
inteiro dos MacDonnells...
― Explore cada pedaço de terra na Grã-Bretanha e
descobrirá que a morte formou o solo sob nossos pés. Se este
lugar é amaldiçoado, todos nós estamos amaldiçoados.
Ela sacudiu a cabeça.
― Não assim. Sabe por que chamam esse lugar de
Glendasheen?
― Não tenho tempo para isso.
― Vem do gaélico, Gleann Taibhsean. A pronúncia
mudou um pouco com o tempo, admito.
― Tente sua sedução bizarra com outro homem.
― Vale dos fantasmas. Fantasmas. É esse o significado. ―
Ela parou. Piscou. Arregalou os olhos e franziu a testa. ―
Merda. ‘Cê disse ‘‘sedução’‘?
― Receio ter trabalho a fazer.
― Maldito inferno, Inglês. ― Ela gargalhou. ― Primeiro
comprometer-se, depois seduzir. Ainda acredita que estou
aqui para prendê-lo em casamento?
― Em minha experiência, uma mulher só pergunta sobre
a riqueza de um homem quando procura casamento. E uma
dama nunca pergunta.
Ela estendeu os braços para o lado e olhou para si
mesma.
― Bem, não tenho o tipo de relacionamento com damas
elegantes e cavalheiros decentes como ‘ocê, Inglês. E devo
admitir que é bonito como uma margarida miúda presa entre
os dentes de uma fadinha flutuando sobre uma cachoeirinha
feita de raios de sol. ― Ela sorriu para ele. ― Mas se isso é
sedução, morrerei solteirona.
Ele se recusou a se unir a diversão dela, apesar da
comichão profunda e agonizante que se espalhava por seu
corpo.
― Brinque de escocesa insolente se quiser. ― Ele cerou
os dentes. ― Eu conheço sedução quando a vejo.
― Evidentemente que não. ― Ela balançou a cabeça de
uma forma penalizada. ― Está muito sozinho. Aqui em cima
em seu castelo, sem ninguém com quem conversar, exceto os
fantasmas e a sua triste existência.
― É melhor que parta agora. ― Ele espetou. ― Antes que
o tempo mude.
Ela o cercou, esticando e apoiando uma mão sobre o
ombro dele. A posição colocava o seu corpo muito perto do
dele.
― ‘Cê deveria procurar uma mulher para fornicar de vez
em quando, Inglês. Limpar a sua mente.
A afirmação ultrajante, combinada com a proximidade
ultrajante, dispersou todos os pensamentos, exceto um,
aquele que ele não deveria ter.
Com um tapinha afetuoso, ela passou por ele e seguiu o
caminho para a porta da copa.
― Receio que não possa ser eu, embora seja tentador
com os meus muitos, muitos encantos.
A provocação dela o atingiu como um cervo que não
estava atento o bastante.
― Ah, Inglês. ― Ela falou, parando no vão da porta
enquanto a luz da manhã deixava o cabelo em chamas. ―
Quando praticar em atirar o martelo, solte os quadris. ― Ela
demonstrou movendo seus próprios quadris em círculos.
A boca dele ficou seca. Todo resto ficou duro.
― Depois anule o peso do martelo e o estenda o alcance
dele. ― Novamente ela demonstrou, alongando o braço direito
em oposição ao quadril esquerdo. ― Golpes longos. Apenas
naquele limite tênue entre segurar firme e perder o controle.
Esse é o segredo. ― Ela demonstrou o movimento sinuoso e a
liberação.
Foi a coisa mais erótica que ele já vira.
― Continue treinando, John Huxley. ― Ela lançou um
sorriso por cima do ombro. ― Se espera vencer os
Highlanders, precisaria de toda prática possível.
Capítulo 4
***
***
John usou cada truque que conhecia. Proximidade.
Elogios. O tipo certo de honestidade na hora certa. Depois, a
promessa. E finalmente, o beijo.
Deus, o beijo.
Pelos primeiros poucos segundos, ele manteve sua
cabeça. Uma pequena mordiscada. Uma língua deslizando
confiante.
Então ela gemeu. Murmurou contra seus lábios. E o
aroma de mel o envolveu em intoxicação.
Sua boca queria mais da dela. Seu coração martelava
contra seu peito. Ele contraiu os músculos, resistindo ao
desejo de empurrá-la mais alto contra o muro.
Não deveria.
Precisava manter o controle. Isso era distração. Era ela
quem deveria se esquecer de si mesma. Não ele. John Huxley
não perdia o controle. Não com mulheres. Nunca.
Ela deslizou os braços ao redor do pescoço dele. Inclinou
a boca. Abriu. Implorou por mais.
Melhor para todos se ele mantivesse o comando de si
mesmo. Quão difícil seria? Ele sempre conseguiu controlar
isso antes. Com outras mulheres. Outros beijos.
Ela se mexeu, assim sua coxa ficou entre as dele.
Esfregou e pressionou. O atirou ao céu. A suavidade dela
contra sua rigidez. Seios exuberantes e redondos
pressionaram-se até ele sentir os mamilos duros. Lábios
deliciosos se abriram como uma flor. A necessidade dela o
transformou em espirais de calor.
Ele a agarrou com mais força. Segurou o pescoço e
puxou a boca dela com mais força. A devorou como um
animal faminto. E ainda assim não foi o suficiente.
Lábios macios e doces. Não meramente dispostos, mas
ansiosos. Ela gemeu e impulsionou os quadris contra os dele.
Movendo-se em círculos. Apertando. Exigindo.
Alguém grunhiu, profunda e primitivamente. Ele pensou
que podia ter sido ele.
Quanto tempo ele viveu sem isso? Sem ela? Quão
faminto esteve? Tão faminto que não entendera sua vastidão.
Até agora.
Cego, quente e duro o bastante para tomá-la dez vezes
sem parar, ele levantou o corpo dela contra a parede. Segurou
as saias dela. Ergueu-as. Abandonou a boca dela para beijar
a garganta. Deus, o aroma dela o enlouquecia. Ele mentira
para ela sobre isso. Ela era o sol nascendo sobre o lago. Era o
orvalho sobre a urze. Era mel, açúcar e uísque quente
deslizando sobre sua língua. O desejo não era igual a nada
que ele conhecia ― um inferno. Seus pulmões não
conseguiam ar o suficiente.
Mas ele morreria feliz. Alegre. Por mais. Uma. Amostra.
― Ah, por Deus, Inglês. ― Veio um apelo rouco. ― Está
me queimando viva.
Sim. Sentiu o seu chapéu escorregar. Sentiu os dedos
dela agarrarem seus cabelos. Sentiu as pernas dela se
separando e seus dedos deslizando entre as dobras
escorregadias, úmidas e doces como mel.
Choramingando enquanto ela beijava sua mandíbula,
suas orelhas e testa, ela ofegou agudamente e finalmente
jogou a cabeça para trás com um gemido baixo.
A pele dela tinha o sabor igual ao pão dela, suave,
agridoce e complexo. Como nuvens formadas em luxúria.
Automaticamente os dedos dele começaram a trabalhar,
acariciando as pétalas maduras entre as coxas dela. Se
pudesse, desnudaria os seios. Os sugaria enquanto a levava
ao êxtase. Mas ele estava ocupado. Obcecado. Com a pele e
sua úmida e inchada...
― O que está fazendo comigo? Eu vou… Ah, Inglês. Por
favor. Com sua mão. Mas rápido. Deus. Aye. Assim.
Seu pênis injetou-se tão forte e duro que pensou que
gozaria. Bem ali nos braços dela, com seus dedos explorando
e deslizando, com os dedos dela agarrando seus cabelos, com
os gritos de prazer dela em seu ouvido.
Apertando cada músculo ― suas nádegas, ombros, coxas
e braços ― ele desejou não ceder. Custou tudo o que ele tinha.
Deixá-la ter um orgasmo para ele. Sentir o corpo dela dançar
e se contorcer contra ele. Sentir sua delicada protuberância
inchar e pulsar contra seus dedos enquanto ela gritava sua
euforia contra o seu pescoço.
Arfadas fortes ondularam o corpo dela, fazendo arquear-
se contra ele em um ritmo estremecido. Seus braços
passaram por baixo do traseiro e a ergueram, esperando
mais. Mais dessa vitória. Pois isso era uma vitória. Como
nenhum que ele já teve.
O prazer dela. Por causa dele.
O mera pensamento fez esticar sua pele sobre cada
músculo e osso. Tomou os lábios dela mais uma vez enquanto
ela segurava seu rosto e devolvia o beijo, suculenta e
lânguida. Ela gemeu enquanto suas coxas úmidas tremiam,
um pouco incerta, um pouco instável na onda de prazer.
A sua sanidade voltou gradualmente. Primeiro, ela
acariciou o seu rosto com movimentos ternos e beijou seu
queixo suavemente como faria com um homem com febre. Os
toques o acalmaram de maneira que ele não percebera
precisar. Ele estivera muito tempo sem ela. Muito tempo
faminto por alguma coisa que não conseguia achar.
Mas a pele dela, a respiração, lábios e sussurros o
afastaram da beira do precipício.
― Inglês. ― Ela suspirou, acariciando sua testa com os
polegares. Ela beijou seus lábios. Suavemente. Castamente.
Depois, encontrou seu olhar e sorriu, os olhos tão azuis
quanto as centáureas dançando em um canto de verão. ― Eu
senti mais a sua falta.
E exatamente assim, seu coração abriu-se. Ele não
soube o que dizer.
Ele a queria tanto. Oportunamente ele decidira
reivindicá-la. Torná-la sua esposa. Isso era sensato. Ela seria
uma boa mãe. Ela protegeria seus filhos ferozmente e o
alimentaria com pão regularmente e lhe daria ordens com
aquela boca flamejante. Ele sabia que casar-se com ela era a
escolha certa.
Mas até agora, ele não sabia que a amava. A amava. Do
jeito que seu pai amava sua mãe e Robert amava Annabelle.
Da forma que fazia da loucura um prazer.
Ele a abaixou, incapaz de falar. Com grande relutância
ele retirou a mão do meio das coxas dela. Ele a mantivera lá,
esperando tanto quanto possível, assim ele poderia sentir
cada doce pulsar. Enquanto ele abaixava as saias dela, os
sons retornaram ― carruagens, cavalos e vozes distantes de
pedestres de ambos lados do beco longo e estreito.
Deus, no que ele estava pensando? O beco permanecia
vazio e o portal estava totalmente nas sombras, assim não
teve medo que alguém tivesse os visto. Mas ele quisera
apenas beijá-la. Uma distração. Isso era tudo.
Ele pôs as mãos embaixo das saias dela, pelo amor de
Deus. Ele a fizera chegar ao clímax. Ele próprio, quase
chegara. Na verdade, perdera sua maldita mente. E seu pênis
ainda doía como uma ferida, exigindo terminar o que
começara.
― Não se preocupe. ― Ela sussurrou. As bochechas dela
coraram escarlates quando ela começou a amarrar a cravat e
o casaco dele. ― Você não foi longe demais.
― Annie. ― Sua voz saiu trêmula.
― Hã?
― Sinto muito por tê-la beijado aqui. ― Ela riu
secamente. ― Próximo a uma pilha de lixo.
― Aye. Uma bem desagradável. Meu dedo ainda dói.
― Mas não sinto por ter lhe beijado.
Ela arqueou a sobrancelha.
― Bem, agora, isso faz dois de nós.
― Quando voltarmos ao vale, talvez possamos testar
alguns locais. Ver o que funciona.
Ela riu e alisou sua lapela.
― Fico feliz que esteja aqui, Inglês. Mesmo que não me
diga o porquê. ― Quando ela levantou os olhos, eles
brilhavam. ― Hoje vamos tirar Broderick de Bridewell. Revê-lo
promete tirar o coração do meu corpo.
Ele começou a falar, mas ela pressionou os dedos sobre
seus lábios.
― Acontecerá. Eu percebo a dor chegar. Mas, durante
todo o caminho até Edimburgo, fiquei pensando em como ‘cê
apenas deixaria isso um pouquinho melhor. Ver seu rosto
bonito. Ouvir essa voz forte e clara como uma manhã nas
Terras Altas. ― Ela sorriu, os olhos iluminados pelas
lágrimas. Elas se derramaram. ― E você tornou isso melhor,
Inglês. Você o fez.
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***
***
Annie fez uma vênia para a Sra. Baird pela quarta vez,
perguntando-se porque era tão mais difícil do que parecia. ―
Vossa Graça. ― Ela disse, mantendo sua voz suave e digna. ―
É uma honra conhecê-lo.
― Muito bom, Annie. Muito melhor.
Annie lançou um sorriso irônico.
― Aye. Pelo menos dessa vez eu não caí.
― Seu tom foi perfeito também. ― Os bonitos cabelos
loiros da Sra. Baird brilhavam à luz da janela da sala. ―
Respeitoso sem ser subserviente. Excelente.
Gargalhando, Annie soprou para cima para tirar a mecha
de cabelo de seus olhos.
― É bom que a subserviência não ser exigida ou nossas
Lições para uma Dama estariam terminadas antes de
começarem.
Pelos últimos três domingos, a Sra. Baird, ou Eleonora
como encorajou Annie a chamá-la, viajara bondosamente de
Inverness à Casa MacPherson para dar aulas a Annie sobre
tudo, desde servir chá até escrever cartas. Ela mostrara a
Annie como fazer cortesias sem perder o equilíbrio, como
priorizar saudações aos convidados, como organizar uma
mesa com o número apropriado de colheres e como planejar
entretenimentos que não seriam estragados pela chuva. Ela
aconselhou Annie com seu cabelo, postura e fala. Explicou os
mistérios da conversa educada, dando conselhos como: “Se o
tópico for uma parte do corpo que normalmente cobre ou uma
função corporal que recusaria a performar em praça pública,
melhor considerá-la impronunciável.” Isso descartava muitas
coisas. Mas, pelo menos, era franca.
Annie apreciava franqueza. Havia regras demais. A
confusão a deixou tonta.
A Sra. Baird esticou a mão para arrumar o cabelo de
Annie de um jeito maternal.
― Lembre-se, você deve ter uma posição inferior, mas
não é inferior. Um dia será uma condessa. Não será ótimo?
― Nah. ― Annie disse, seu estômago embrulhou. ― Não
diria ótimo. Embora agradeça sua bondade, Sra. Baird.
― Eleonora. ― Ela a corrigiu novamente. ― Ou apenas
Nora, se preferir.
Annie suspirou e concordou.
― Nora, então.
O sorriso de Nora Baird irradiou.
― Agora, já pensou nos planos sobre os assentos…
― Annie! ― Angus gritou de seu escritório.
Annie abriu a boca para gritar uma resposta, mas diante
da expressão de desagrado da Sra. Baird, ou melhor, Nora, ela
decidiu não gritar.
O que trouxe Angus pisando duro até a sala segundos
depois.
― Pretende me responder, lass? ― Ele resmungou.
― Aye, Papai. A um volume razoável.
Ele grunhiu, fez uma careta de desagrado, depois ergueu
um frasco quase vazio de linimento.
― A velha prometeu me entregar um novo lote.
― A Sra. MacBean estará aqui em breve. Seus joelhos
estão doendo?
Outro grunhido. A atenção de Angus vagou para trás do
ombro de Annie, para Nora Baird.
― Teve a preocupação de trocar aquele cabriolé inútil que
conduz, mulher?
― Não. ― Veio a resposta afetada da costureira. ― Nem
pretendo fazê-lo.
Angus entrou mais na sala, escurecendo-a como uma
nuvem.
― Se pretende vir a minha casa todos os domingos, terá
que encontrar uma forma segura para chegar aqui, ou…
― Agradeço a sua preocupação, Sr. MacPherson…
― … eu malditamente irei a Inverness e a trarei aqui eu
mesmo.
― … mas a sua opinião sobre o meu veículo é de pouca
importância.
Quando um raio iluminou os olhos de Angus, Annie
arqueou as sobrancelhas. Oh, Deus. Ela olhou para trás, para
Nora, que parecia surpreendentemente desafiadora. E
surpreendentemente corada.
― Er, Papai? Talvez devêssemos…
― O que me diz, mulher?
― Digo que sua opinião não me importa. ― Nora
respondeu rispidamente, aprofundando a trincheira que
parecia determinada a cavar ela mesma. ― Minhas visitas
aqui não tem nenhuma relação com você.
― É assim?
― Aye.
Alarmada pela tensão espessa e inexplicável entre seu
pai e sua costureira, Annie pigarreou e usou o que Nora lhe
ensinara sobre manter as conversas educadas.
O primeiro passo: chá.
― Pai, por que não toma um pouquinho de chá, hein? ―
Ela gesticulou para a bandeja que a nova governanta de
Angus colocara sobre a mesa. ― Aposto que há um bocadinho
de láudano em algum lugar. Colocarei uma gota ou duas. E
um pouco de uísque. Talvez isso melhore seus joelhos e seu
humor.
― Vai ficar para jantar? ― Ele resmungou.
Annie presumiu que ele estava falando com Nora, já que
ele não olhava para nenhum lugar.
― Annie me convidou, aye.
Ele olhou com uma carranca furiosa.
― Maldito inferno. Terei que segui-la até em casa então.
Movendo seu olhar entre os dois, Annie piscou, ficou
boquiaberta.
― Ah, Papai?
― Faça como quiser, Sr. MacPherson. ― Nora respondeu
com a expressão um pouco contraída. ― Não posso impedi-lo.
Annie estava prestes a perguntar o diabo estava errado
com eles quando a nova governanta introduziu a Sra.
MacBean à sala. A exausta anciã usava um dos vestidos de
tartã verde que Annie lhe fizera, junto com o avental. Ela deu
a Angus o linimento dele.
Angus agarrou o frasco resmungando que já era hora,
depois saiu explodindo da sala.
― Oh, Nora. ― A Sra. MacBean disse vasculhando no
bolso de seu avental. ― Posso ter um pouquinho de sálvia
para queimadura de sol. Deveria usar chapéu neste tempo.
Está escaldante.
― Não precisa, Mary. Estou bem. ― Uma Nora de
bochechas vermelhas se virou para servir-se de chá.
Annie estreitou os olhos sobre a costureira e depois em
direção ao vão da porta que Angus deixara vago. Ela abriu a
boca para confirmar as suas suspeitas, mas a Sra. MacBean
sacudiu um pedaço de madeira em formato estranho na
frente dos olhos de Annie.
― Este é um encanto para fertilidade, lass. ― A coisa
estava amarrada em uma corda de couro e se parecia
rudemente a um polegar. ― Vá. Coloque-o.
― O que se supõe que devo fazer com isso? ― Annie tinha
suas suspeitas e nenhuma delas era boa.
― Use-o ao redor do pescoço. O que pensou?
Não aquilo, mas ficou aliviada.
― É um coelhinho.
Annie apertou os olhos, virou o encanto de um lado para
o outro. Ela acreditava que as duas linhas que pareciam
nádegas podiam ser orelhas. Se o afastasse. E fechasse os
olhos.
― Isso é para me ajudar a conceber um lad?
― Não pode especificar um homem. ― A Sra. MacBean
aceitou a xícara que Nora ofereceu com um aceno de gratidão.
Ela deu um gole e depois perguntou. ― Já tentou brincar um
pouquinho de carneiro e ovelha, lass?
Nora engasgou e derramou o chá em sua saia.
― Veado e corça? Fazendeiro e carrinho de mão? Dizem
que melhoram as suas chances. ― A Sra. MacBean continuou
calmamente. ― Embora, não tenha encontrado
particularmente eficaz a não ser para colocar um sorriso no
rosto de um homem.
Annie cruzou os braços e a encarou.
― ‘Cê sabe que eu desejo ter um filho. E sabe o porquê.
O olho bom da anciã afastou-se. Ela deu outro gole no
chá.
― O que não está me dizendo? ― Annie exigiu.
― Nada.
― Nah, há alguma coisa.
― Apenas uma suspeita.
Annie encarou a Sra. MacBean até ela terminar o gole.
― Diga-me do que suspeita ou aqueles pães que trouxe
para você irão a Inverness com a Sra. Baird.
A anciã suspirou.
― Fantasmas não podem renascer.
― Por… Por que diria isso…
― Comecei a suspeitar que faltava algo quando nenhum
dos meus remédios ajudaram ao rapazinho.
Annie engoliu em seco em sua, repentina, garganta
apertada. Não. A velha devia estar errada. Ou sem juízo. Sim,
sem juízo.
― Mas você o viu. Disse que ajudaria.
― Aye.
― E ele… Ele me disse quem ele era.
― Ele lhe deu um nome, aye.
― Ele disse que ele… ― A mão de Annie automaticamente
pegou o cardo enfeitiçado no pequeno bolso que ela costurara
em suas anáguas. ― Ele queria voltar. Era o destino dele.
― Isso foi o que ele disse ou foi o que você ouviu?
Oh, Deus. Freneticamente, Annie vasculhou sua
memória apertando o cardo com mais força.
A simpatia brilhou nos olhos da Sra. MacBean. Ela
apoiou sua xícara na mesa e pegou a mão de Annie.
― Eu não quero magoá-la, Annie. Nunca quis isso.
A respiração dela ficou rasa.
― Não. ‘Cê tá errada.
― Fantasmas não têm destino. Por isso eles são
fantasmas. Eles estão presos nas fendas entre os reinos.
Annie balançou a cabeça.
― Ouça, lass. Nenhum fantasma é capaz de se ligar a
uma pessoa viva por mais de vinte anos. É simplesmente
impossível. A maioria deles nem pode viajar para muito longe
do local onde morreram, senão desaparecem. Fantasmas são
vítimas, sabia? São capazes de provocar um pouco de
confusão de vez em quando. Sacudir uma lamparina. Bater
na janela. Jogar um livro para fora de uma estante. ― Ela
bufou. ― Por que supõe que enterrei o meu, ãh? Eles são
travessos. Isso é tudo o que eles têm, os pequenos malucos.
Mas não é um poder real. Não do tipo que o seu laddie tinha.
Ela apertou as costelas e segurou a mão da Sra.
MacBean.
― Q-quem ele é então? O que ele é?
― Não sei. Ele não é como qualquer criatura que já ouvi
falar.
A boca de Annie abriu e fechou antes de ela conseguir
forçar-se a sussurrar uma pergunta através de sua garganta.
― Estou louca?
Repentinamente a luz da sala mudou e, por um
momento, o olho leitoso da Sra. MacBean ganhou um brilho
misterioso.
― Não, lass. ― Ela disse com a voz soando estranha,
como se estivesse misturada com outras vozes. ― Você está
protegida.
― P-pelo quê?
Uma respiração longa e lenta saiu do peito da Sra.
MacBean.
― O que muda de forma para atender às próprias
necessidades?
Annie balançou a cabeça.
― Kelpies, selkies.7 ― Ela fez uma pausa. ― Fadas.
Nora Baird com a saia manchada de chá entrou em sua
visão.
― Espíritos guardiões, talvez. ― Ela disse suavemente. Os
olhos dela estavam arregalados e brilhantes. ― Eu vi um, eu
acho. Na noite em que meu marido morreu. Estive doente
com a mesma febre que ele. ― Ela se aproximou quando
Annie virou-se para ela. ― Achei que era um sonho. Na
manhã seguinte eu acordei e minha febre se fora. Havia um
pássaro empoleirado no parapeito da minha janela. Uma
coruja. Iluminada pelo sol. Totalmente branca.
Engolindo com dificuldade, Annie perguntou.
― Acredita que era seu marido?
― Não. Um anjo enviado para buscá-lo, talvez. ― Um
sorriso incerto tocou os lábios dela. ― Tudo o que sei é que
era um espírito que me vigiou durante a noite.
― Aye. ― Disse a Sra. MacBean, sua voz mais fraca
agora, a mão mais pesada dentro das de Annie. ― Ele ficou
para vigiá-la.
Annie esperou que o olhar da anciã focasse em Nora.
Mas não estava. Ela olhava diretamente para Annie.
― F-Finlay? ― Ele havia aparecido para ela um dia depois
da morte da mãe dela. Ele viera exatamente quando ela mais
precisou.
― Ele ficou tanto quanto pôde. ― A Sra. MacBean
murmurou.
O coração dela se apertou até ela engasgar. Eu fiquei, ―
ele dissera ― tanto quanto pude.
― Ele ficou porque ele a ama, lass. Ele a deixou porque
devia.
Eu parto, ― ele disse ― porque eu devo.
Case-se com um lorde, Annie. O destino espera.
Não o destino dele. Não o de Finlay. O dela.
John Huxley. Seu marido. O pai dos filhos dela.
O olho leitoso da Sra. MacBean brevemente ficou mais
brilhante, capturado por um raio de luz vindo da janela. Ela
apertou os dedos de Annie até doerem. Depois, ela a puxou
para perto, sua voz irregular e em camadas ásperas.
E o que ela disse enviou arrepios pela espinha de Annie.
― A escuridão está aqui, Annie. O dia ainda não chegou.
***
***
***
14 de setembro, 1826
[←1]
Hogmanay é a palavra escocesa para o último dia do ano antigo e é sinônimo de
celebração do ano novo à maneira escocesa.
[←2]
Finnan haddie é arinca defumada a frio, representativa de um método regional de
fumar madeira verde e turfa no nordeste da Escócia.
[←3]
Shortbread é um biscoito escocês tradicional sem fermento, geralmente feito de
uma parte de açúcar branco, duas partes de manteiga e três partes de farinha de aveia
ou quatro partes de farinha de trigo simples.
[←4]
Clootie Dumpling é um pudim de farinha de aveia com frutas secas e especiarias,
cozido dentro dum pano ou “cloot”, tradicional na culinária da Escócia
[←5]
O sgian-dubh é uma faca pequena, de um único fio, usada como parte do traje
tradicional das Terras Altas, inserido no topo da meia.
[←6]
Reels é uma dança escocesa
[←7]
Kelpies e selkies são criaturas da mitologia celta. Os kelpies são belos cavalos
pretos (ou brancos) que atraem crianças e viajantes para dentro do rio. Suas vítimas
são afogadas e devoradas, exceto o fígado ou coração, de acordo com a versão. Já os
Selkies são focas marinhas que se tornam em forma humana para seduzir os
humanos.