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NULIDADES

 Introdução
 Conceito Sistema de Nulidades
 Vícios
 Princípios das Nulidades
 Preclusão
 Perempção
INTRODUÇÃO
• As regras processuais exigem a observância das formas mínimas de
procedibilidade, para a validade do processo.
• Tais regras são necessárias para conferir segurança jurídica aos atos processuais voltados
para as partes e os voltados para os juízes.
• Assim, quando não seguida a forma única válida para todos, que implique em situações
que comprometam o regular trâmite processual, a sanção para isso é a declaração de
nulidade desse ato estranho.
CONCEITO
• Nulidades consistem em sanções processuais, impedindo que o ato praticado
surta seu efeito esperado.
SISTEMA DE NULIDADES
• O Brasil adotou um sistema de nulidades mesclado do alemão e do francês. Por
este o ato irregular que atinja sua finalidade pode ser aproveitado, enquanto
que por aquele permite ao juiz esclarecer a partir de qual momento a nulidade
será considerada.
VÍCIOS
• Os vícios suscetíveis de causar nulidade processual podem ser divididos em
vícios sanáveis e insanáveis.
• Os vícios sanáveis, por sua vez se dividem em nulidade relativa, anulabilidade e
irregularidades.
• Já os vícios insanáveis são a inexistência e a nulidade absoluta.
VÍCIOS - ESQUEMA

- Nulidade Relativa

SANÁVEIS - Anulabilidade

- Irregularidades

VÍCIOS

- Inexistência
INSANÁVEIS - Nulidade Absoluta
VÍCIOS
Inexistência
• É o ato não praticado ou praticado por pessoa não autorizada em lei. Advogado que
peticiona em nome do autor sem juntar a procuração.
Nulidade Absoluta
• Pode ser originária, quando decorre do próprio ato e pode ser derivada, quando o ato
não viciado tem relação com o ato viciado. A nulidade absoluta é determinada em
função de normas de interesse público, devendo ser declarada de ofício e em qualquer
grau de jurisdição, não sendo necessária a demonstração de efetivo prejuízo.
Nulidade Relativa
• As normas sobre nulidade relativa são de interesse das partes, por isso o vício pode ser
sanado. Deve ser alegado pelas partes, não cabendo ao juiz se manifestar de ofício.
VÍCIOS
Anulabilidade
• Neste caso, as normas que ensejam a anulabilidade são dispositivas, ou seja, as
partes podem dispor sobre elas, não podendo o juiz mandar suprir de ofício.
Caso o ato não seja impugnado pelas partes ele se convalidará
Irregularidades
• Tratam-se de erros materiais como o nome das partes em polos trocados,
número das páginas dos autos errado, erro de cálculo na sentença. Podem ser
corrigidos de ofício.
PRINCÍPIOS DAS NULIDADES
• Os princípios das nulidades conjuram a teoria das nulidades processuais.
• Podem ser apontados os princípios abaixo:
- Legalidade
- Instrumentalidade das Formas ou da Finalidade
- Economia Processual
- Aproveitamento da Parte Válida
- Interesse de Agir
Princípios das Nulidades
- Causalidade
- Repressão ao Dolo Processual
- Conversão
- Transcendência ou do prejuízo
- Convalidação
VÍCIOS
Legalidade
• As formas exigidas para a prática do ato estão dispostas na lei, de modo que sua
inobservância causará nulidade prevista em lei.
Instrumentalidade das Formas ou da Finalidade
• O ato processual deve se ater ao que determina a lei. Entretanto, caso ele seja praticado
de outra forma que atinja sua finalidade, ele poderá ser considerado válido.
Economia processual
• A anulação dos atos processuais deve se dar apenas e tão-somente em relação aqueles
que não possam ser aproveitados, desde que não resulte em prejuízo para as partes.
VÍCIOS
Interesse de Agir
• Tal qual o interesse de agir como condição da ação, a parte prejudica é quem
deve arguir a nulidade, isto é, não haverá nulidade se a parte prejudicada não
a arguir no momento oportuno.
Causalidade
• Deve haver uma causa e um efeito em atos interdependentes, que se
relacionam entre si. Só os atos posteriores e que não sejam consequência do
ato considerado nulo poderão ser aproveitados, e desde que dele não
dependam.
VÍCIOS
Repressão ao Dolo Processual
• Consiste na declaração de nulidade absoluta de todo o processo, caso o juiz
verifique a colusão das partes para praticar ato simulado a fim de obter
finalidade vedada em lei.
Conversão
• Possiblidade de se aproveitar a parte válida dos efeitos do ato nulo, por menor
que a seja.
Transcendência ou Prejuízo
• Não haverá nulidade a ser considerada se não houver prejuízo processual para
a parte, o que pode autorizar o juiz a decidir o mérito da questão em favor de
quem aproveita a declaração de nulidade.
VÍCIOS
Convalidação
• Possibilidade de se convalidar um ato nulo, acaso a parte a quem interessa
não o argua em momento oportuno.
PRECLUSÃO
• É a perda do direito de praticar um ato processual, seja porque passou em
branco o prazo concedido para pratica-lo, seja porque o praticou antes de
findar o prazo, seja porque sua prática é incompatível com o ato anteriormente
praticado. - Temporal
Preclusão - Consumativa

- Lógica
PRECLUSÃO
Temporal
• Perda do direito de a parte praticar um ato processual por não tê-lo praticado
no prazo assinalado pela lei ou decisão do juiz.
Consumativa
• Perda do direito de praticar um ato processual, mesmo que o tenha praticado
antes de findar seu prazo, porque já foi praticado anteriormente.
Lógica
• Perda do direito de praticar um ato processual, por já ter sido praticado outro
com ele incompatível, como apresentar recurso de apelação quando
requerida a liquidação do julgado, pois esta presume-se a aceitação do
julgado, ainda que tacitamente.
PEREMPÇÃO
• Dada a obrigação de a parte praticar algum ato processual, determinado pela
lei ou pelo juiz, ela deve cumprir satisfatoriamente naquele prazo assinalado.
• Caso não cumpra, o destino do processo é a própria extinção sem resolução
do mérito, por abandono de causa.
• Quando o processo for extinto por três vezes pelo mesmo motivo, a parte fica
impedida de intentar nova ação, contra o réu com o mesmo objeto, salvo para
alegar em defesa o seu direito.
• Assim sendo, a perempção representará o impedimento de a parte intentar
nova ação contra o mesmo réu, pelo mesmo objeto discutido, quando atuar
desidiosamente, deixando de praticar ato processual determinado pelo juiz.

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