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AUTARQUIA DE ENSINO SUPERIOR DE LIMOEIRO – AESLI

FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DE LIMOERO – FACAL


CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

2ª AVALIAÇÃO – SEMESTRE 2022.1


Atenção: Considerando a situação da Pandemia da Covid-19 e a Resolução N.
03/2020 do CEE-PE que normatiza acerca da utilização de meios remotos nas
atividades universitárias, fica estabelecido o seguinte no que concerne à resolução
desta avaliação:
 Com relação a questões discursivas, a simples cópia de informações da web sem
citação da fonte é considerado plágio de acordo com a legislação de regência;
 Em caso de cópia da web, ainda que seja com citação, cabe ao docente mensurar
o mérito do estudante em seu aspecto crítico-cognitivo e quanto vale a sua
resposta;
 O estudante deve cumprir com o prazo estabelecido pela instituição e pelo(a)
professor(a) no envio desta avaliação para o ambiente virtual.

Nome:
Professor: Felipe Belém Lins de Oliveira
Disciplina: Introdução à Filosofia
Data para
Curso DIREITO Período: 1º 13/06/22
Envio:

“Platão foi o Judas de Sócrates e propôs, na opinião de Popper, um Estado petrificado,


estruturado sobre urna rígida divisão das classes e dirigido pelo domínio exclusivo dos
filósofos-reis.
Por outro lado, a filosofia hegeliana, centrada sobre a idéia de um inexorável
desenvolvimento dialético da história e sobre o pressuposto da identidade entre o real e o
racional, nada mais e do que a justificado e a apologia do Estado prussiano e do mito da
horda.
Popper via no hegelianismo o arsenal conceitual dos movimentos totalitários modernos
[...]” (REALE, Giovanni. A epistemologia contemporânea em sua gênese em seus
desenvolvimentos. p. 152)

1. (MPE 2017) Qual concepção do Estado tem como premissa que o indivíduo
é, essencialmente, uma parte do todo social e de que o bem de cada um só se
realiza quando assegurado o bem comum, de forma que a associação
transindividual goza de supremacia sobre os interesses dos indivíduos? Qual
a concepção antagônica? Justifique. (2,0)

Av. Jerônimo Heráclio, 81, Centro, Limoeiro/PE – Fone: 81 9 9943.6660


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O homem grego não compreendia o indivíduo como um núcleo isolado no seio da


comunidade política e capaz de contrapor-se à comunidade, era uma espécie de
liberdade em sentido coletivo e não uma liberdade em sentido individual, apenas
no medievo tivemos o “momento copernicano na história do pensamento jurídico
ocidental, representado pela instauração do ponto de vista do particular” que
culminou na elaboração do conceito de direito subjetivo. (A Reconstrução dos
Direitos Humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt / Celso Lafer,
Companhia das letras, 1998, pg. 120)

2. Considerando o texto acima como norte, quem foi o filósofo responsável por
essa “revolução copernicana”? Qual a mudança de paradigma (mudança nas
concepções básicas) lhe foi atribuída em comparação com o pensamento da
antiguidade? (2.0)

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3. As várias escolas do Direito Natural Moderno (ou Direito Natural Racional) -


prevalente no Direito Internacional e fundamento filosófico da dignidade da pessoa
humana, positivada na Carta das Nações Unidas (inspirada nos pensamentos do
filósofo tomista Jacques Maritain) - compartilhavam inúmeras características, dito
isso, quais das características elencadas não são comuns às várias Escolas do
Direito Natural Moderno? (1,0)

a) A vida social e o Estado são o resultado da atividade individual;

b) A ordem jurídica e social deriva de um acordo original, ela era concretizada por
meio do poder da razão e da lógica de deduzir um sistema de regras satisfatório;

c) A razão como essência do Estado;

d) O Direito Natural Moderno, seguindo os passos das ciências naturais, em busca


de previsibilidade e certeza, assim como a matemática, cria conceitos universais e

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leis eternas, logo, o Direito Natural Racional estava fundado em princípios universais
objetivando fins universais;

e) O Direito Natural Racional pensava a vida política ou social como um corpo,


comparando a sociedade a um organismo, na qual as pessoas deveriam executar
funções segundo suas capacidades naturais, assim, cada cidadão seria melhor
alocado de acordo com a sua virtude e sua disponibilidade funcional em servir o
estado, vivendo em uma espécie de desigualdade natural.

4. A Teoria dos Direitos Naturais e o Contratualismo estão estreitamente


ligados na formação do Estado Democrático de Direito, marque a assertiva que
une ambas as teorias. (1,0):

a) A comum concepção individualista da sociedade, a individualidade,


universalmente presente na recta ratio inerente às pessoas humanas

b) A subjetividade presente em cada indivíduo, a haecceitas apregoada por Duns


Escoto onde o subjetivo, a diversidade cultural, prepondera sobre o objetivo, a
universalidade da dignidade humana.

c) O Relativismo Cultural que apregoa as influências culturais sobre os seres


humanos.

d) A concepção que os indivíduos são similares à uma engrenagem em uma


máquina que é a sociedade.

“(...) a tática genial de Platão para determinar “o que é” a _____ consiste em

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instaurar um íntimo paralelismo entre indivíduo e cidade.” (CASERTANO,


Giovanni. Uma introdução à República de Platão. Tradução de Maria da Graça
Gomes de Pina. São Paulo: Paulus, 2011. p. 110).

5. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna o tema central do


diálogo República de Platão. (1,0)
a) A política
b) A cidade ideal
c) A justiça
d) A sabedoria

“Temos pois definido o justo e o injusto. Após distingui-los assim um do outro, é


evidente que a ação justa é intermediária entre o agir injustamente e o ser vítima
da injustiça; pois um deles é ter demais e o outro é ter demasiado pouco.”
(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril
Cultural, 1973.)

Em seu livro Ética a Nicômaco, Aristóteles apresenta a justiça como uma virtude e a
diferencia daquilo que é injusto.

6. Assinale a opção que define aquilo que, nos termos do livro citado, deve ser
entendido como justiça enquanto virtude. (1.0)

a) Uma espécie de meio-termo, porém não no mesmo sentido que as outras


virtudes, e sim porque se relaciona com uma quantia intermediária, enquanto a
injustiça se relaciona com os extremos.

b) Uma maneira de proteger aquilo que é o mais conveniente para o mais forte, uma
vez que a justiça como produto do governo dos homens expressa sempre as forças
que conseguem fazer valer seus próprios interesses.

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c) O cumprimento dos pactos que decorrem da vida em sociedade, seja da lei como
pacto que vincula todos os cidadãos da cidade, seja dos contratos que funcionam
como pactos celebrados entre particulares e vinculam as partes contratantes.

d) Um imperativo categórico que define um modelo de ação moralmente desejável


para toda e qualquer pessoa e se expressa da seguinte maneira: “Age como se a
máxima de tua ação devesse tornar-se, por meio da tua vontade, uma lei universal”.

A justiça distributiva foi representada por toda a Europa medieval como justitia,
uma mulher severa cuja balança pesa os direitos de cada pessoa, cuja espada
decapita os inimigos da ordem e da Igreja e cujos olhos cegos, acrescentados
apenas no final da idade média, simbolizavam a imparcialidade da justiça.

7. Sobre a Justiça Distributiva em Tomás de Aquino, analise: (1,0)

I. “a justiça distributiva concede a cada um o que corresponde o seu grau de


importância no interior da comunidade.”

II. Após a concepção da Justiça Distributiva, Liberdade e Igualdade, não mais a


Justiça, tornaram-se os gritos de guerra do Direito Natural Moderno.

III. o Direito Natural relativizado perdeu a sua capacidade de se opor à lei positiva,
assim, a Igreja abandonou as posturas estoicas acerca da liberdade racional e da
dignidade humana, causando o pior embaraço do Direito Natural, qual seja, a
opressão fundada no Direito Natural Relativo!

IV. O Direito Natural relativo era, ao contrário, um sistema de princípios jurídicos


adaptados à natureza humana após o pecado original.

Marque a assertiva correta:


a) I, II
b) I, II, III

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c) I. II, III, IV
d) IV
e) II e IV

[…] a mesma sabedoria divina, por quem foram criadas todas as coisas, conhecia
aquelas primeiras, divinas, imutáveis e eternas razões de todas as coisas, antes
de serem criadas […]. (Sobre o Gênese, V)

Segundo o texto acima, de Agostinho de Hipona (354-430 d. C.), Deus cria todas as
coisas a partir de modelos imutáveis e eternos, que são as ideias divinas. Essas
ideias ou razões seminais, como também são chamadas, não existem em um
mundo à parte, independentes de Deus, mas residem na própria mente do Criador.

8. Considerando as informações acima, é correto afirmar que se pode


perceber: (1.0)

a) que Agostinho modifica certas ideias do cristianismo a fim de que este seja
concordante com a filosofia de Platão, que ele considerava a verdadeira.

b) uma crítica radical à filosofia platônica, pois esta é contraditória com a fé cristã.

c) a influência da filosofia platônica sobre Agostinho, mas esta é modificada a fim de


concordar com a doutrina cristã.

d) uma crítica violenta de Agostinho contra a filosofia em geral.

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