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Pequenos Grupos: IPI do Parque Ipê

Que a palavra de Cristo habite ricamente em vocês – Colossenses 3.16

No aparente fim, o recomeço!

Atos 8.1-25
Os três primeiros versículos do capítulo 8, servem de transição para o que vem a seguir em
decorrência do que acabou de acontecer (morte de Estevão). A partir da morte de Estevão se
estabeleceu uma grande perseguição que provocou, com exceção dos apóstolos, a dispersão de
todos os membros da igreja primitiva para a Judeia e Samaria.
Entretanto, a dispersão para a sobrevivência não acovardou a igreja. Um exemplo disso foi a
postura de Filipe (lembrar que não era o apóstolo, mas sim, um diácono escolhido juntamente
com Estevão – Atos 6.5). Este Filipe, morando em uma cidade da Samaria, proclamou o
evangelho e atraiu muitos para si, inclusive Simão o Mágico, que passou a ambicionar o poder do
Espírito Santo para fins egoístas. Lucas procura estabelecer um paralelo entre estes dois
personagens. Pelo poder do Espírito Santo, as ações de Filipe possibilitavam a libertação das
pessoas. Pelo poder manipulador da magia, as ações de Simão possibilitavam o aprisionamento
e ilusão das pessoas. Alguns biblistas estabelecem um paralelo entre (Filipe/Moisés e
Simão/magos do Egito).
O fato é que os samaritanos se converteram ao Evangelho, incluindo o próprio Simão (será que a
conversão de Simão, foi sincera? Analisem e responsam (At 8. 13 e 24). A conversão dos
samaritanos faz cumprir o que foi anunciado por Jesus em Atos 1, ao afirmar que o testemunho
cresceria de Jerusalém para a Judeia e Samaria até os confins do mundo. O que deve chamar a
nossa atenção nesse episódio que destaca a jornada missionária da igreja é o modo como
Lucas descreve o evento, tendo por objetivo demonstrar que o evangelho começou a romper as
barreiras geográficas, culturais e religiosas. Apesar da morte de Estevão o evangelho prosperou
frustrando assim, os planos dos perseguidores, dentre eles, Saulo, ou seja, no aparente fim, o
recomeço.
A presença de Pedro e João como autoridades da igreja em Samaria serve para testificar, que de
fato, os samaritanos (um povo misto – João 4) haviam recebido o evangelho. Eles foram
batizados e após a imposição de mãos dos apóstolos receberam o Espírito Santo (At. 8. 14-17).
Como destacado anteriormente é bom reforçar que a intenção de Lucas não era estabelecer uma
sequência (batismo em nome de Jesus e depois recebimento do E.S, pois em Atos 10. 44-48, o
E.S foi recebido antes do batismo), mas tão somente reafirmar pela autoridade apostólica a
expansão do evangelho. Em nossa tradição cristã, o batismo em nome de Jesus, inaugura a
entrada do convertido a igreja, sendo também uma evidência externa (batismo) daquilo que já
aconteceu internamente (selo do Espírito Santo).
Reflexões
1) Ao ser perseguida, a igreja primitiva procurou meios para sobreviver, sem permitir que a
perseguição impedisse a proclamação do evangelho. Não vivemos em contexto de
perseguição “estatal” da igreja, sendo assim, quais são os desafios atuais para a
proclamação do evangelho?

2) A postura de Simão nos mostra o desejo humano de manipulação do sagrado para


benefícios próprios. Como este desejo pode ser percebido na atualidade?

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