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Trabalho de Macroeconomia
Trabalho de Macroeconomia
Berta Chatala
Código: 51210203
BEIRA
Agosto, 2022
FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO
Berta Chatala
Código: 51210203
Os Tutores
Msc: Félix Valente Langa
BEIRA
Agosto, 2022
Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................1
1.1. Introdução.........................................................................................................................1
1.2. Objectivos.........................................................................................................................2
1.3.1.1.1. Qualitativa..............................................................................................................2
1.3.1.2.1. Aplicada.................................................................................................................3
1.3.1.3.1. Descritiva...............................................................................................................3
3.1. Conclusão........................................................................................................................13
4.1. Referências......................................................................................................................14
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise do Papel do Banco Central e dos
Instrumento da Política Macroeconómica. O trabalho não é exaustivo nem tampouco pretende
analisar com detalhes uma experiência que transcorreu em diferentes ambientes políticos, no
regime ditatorial e na época de redemocratização, e em diferentes situações econômicas, do
período do milagre econômico como também da crise que tomou conta do país na década
perdida. A análise da experiência do Banco Central será concentrada em alguns pontos que
caracterizam o regime de política monetária implementada nos últimos anos.
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1.2. Objectivos
1.3. Metodologias da
Pesquisa
1.3.1.1.1. Qualitativa
Segundo Minayo (2001) apus Silveira et all (2009), pesquisa qualitativa preocupa-se,
portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na
compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais. A pesquisa qualitativa trabalhas com
o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a
um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenómenos que não podem ser
reduzidos à operacionalização de variáveis.
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A finalidade do pesquisador neste trabalho de pesquisa é de colocar o pesquisador em
contacto com o que já se produziu e registou a respeito do seu tema de pesquisa, preocupando se
em conhecer a realidade segundo a perspectiva dos sujeitos participantes da pesquisa, sem medir
ou utilizar elementos estatísticos para análise dos dados.
1.3.1.2.1. Aplicada
Segundo Marconi & Lakatos (1999), os critérios para a classificação dos tipos de pesquisa
variam, e a divisão obedece a interesses, condições, campos, metodologia, situações, objectivos,
objectos de estudo etc. Pesquisa aplicada caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, os
resultados são aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na
realidade.
O pesquisador optou pelo tipo de pesquisa quanto a natureza aplicada porque ela busca
fazer um estudo científico voltado a solucionar algum problema específico, que já é conhecido e
demonstrado no texto do trabalho, visto que ela não só serve apenas para gerar um novo
conhecimento e aumentar o que já está disponível, mas, também para aplicá-lo na prática
intervindo no mundo real.
1.3.1.3.1. Descritiva
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1.3.1.4. Quanto aos
Procedimentos técnicos
Segundo Gil (2008), esta pesquisa é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos.
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CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O capítulo em alusão visa duma forma geral enquadrar o leitor, sobre os modelos usados
na presente pesquisa e estudos relacionados ou assemelhados ao tema, já realizados por outros
pesquisadores. São igualmente apresentados neste capítulo, conceitos, definições e outras
informações relacionadas com o tema, recolhidas com recurso a literaturas teóricas, empíricas e
focalizadas. A revisão da literatura teórica, vai analisar elementos de natureza teórica,
relacionadas com a política monetária e taxa de câmbio. A revisão da literatura empírica, vai
abordar certos estudos similares pesquisados em outras nações, e procurar realçar as diferenças e
pontos comuns entre eles. Por último, a revisão da literatura focalizada, vai analisar estudos
similares realizados internamente.
De acordo com BENTO (2012), a revisão da literatura é crucial para o processo de investigação,
pois, significa identificar, analisar, fazer a síntese e interpretar os estudos realizadas e
relacionados com a sua área de interesse.
2.1. Conceitos de
Política Monetária
Falar da Política Monetária, é falar da atuação das autoridades monetárias, por meio de
instrumentos de efeito directo ou induzido, com o propósito de controlar a liquidez global do
sistema económico, a luz do seu objectivo primário, de garantir a estabilidade macroeconómica,
sobre tudo a estabilidade de preços e crescimento económico com baixos níveis de desemprego
(GONTIJO, 2007). Em Moçambique em particular e no resto do mundo em geral, o Banco
Central é a entidade com legitimidade para executar a política monetária. Em outras palavras
pretende-se com isso dizer que o Banco Central é o responsável pela emissão denotas,
regulamentação da política creditícia e o controle da política cambial, a luz da Lei no 1/92, de 3
de Janeiro.
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De acordo com alguns estudiosos como, (ESCÓSSIA, 2009), que afirmam que os
instrumentos monetários actuam directamente sobre o controle do volume de dinheiro em
circulação, com objectivo de proteger e elevar o seu poder de compra. O mesmo autor, reparte a
actuação da política monetária em dois grandes seguimentos a saber: O seguimentoda política
monetária restritiva que engloba medidas que visam reduzir a quantidade de moeda em circulação
ou simplesmente conter seu crescimento com o Objectivo de desaquecer a economia e evitar o
aumento dos preços. Nesta ordem, pode-se afirmar que num seguimento de política monetária
restritiva, o acautelar a subida desenfreada de preços passa pela redução ou tornar escassa a
quantidade damoeda em circulação.
A política monetária depende do regime cambial adotado pelo país. Existem dois tipos de
regimes: o de câmbio fixo e o regime de câmbio flutuante. No regime de câmbio fixo o banco
central fixo a taxa de câmbio, comprando e vendendo a moeda estrangeira a um preço estipulado
previamente. No regime de câmbio flutuante, o banco central deixa que o mercado de câmbio
estabeleça o preço da moeda estrangeira.
No regime de câmbio fixo o Banco Central expande (contrai) a base monetária através da
compra (venda) das reservas internacionais. Neste tipo de regime a política monetária é passiva,
pois o banco central não pode tentar, de maneira sistemática, conduzir operações de mercado
aberto, para fixar a taxa de juros. Com efeito, admita-se, por exemplo, que o Banco Central venda
títulos públicos, contraindo a base monetária e aumentando a taxa de juros. Nestas circunstâncias,
capital externo entraria no país para aproveitar a subida da taxa de juros, e o banco central seria
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obrigado a comprar reservas internacionais, para impedir a queda da taxa de câmbio. Esta
operação de compra de reservas internacionais aumentaria a base monetária e reduziria a taxa de
juros; o processo de entrada de capital externo deixaria de ocorrer quando a taxa de juros voltasse
para o seu nível anterior, com a base monetária no seu antigo patamar.
O regime de câmbio fixo requer, portanto, que o banco central siga uma disciplina rígida nas
suas operações ativas, não expandindo o crédito líquido (= títulos privados em carteira + títulos
públicos em carteira - obrigações por títulos do banco central emitidos) para que a taxa de câmbio
fixa possa ser mantida. O financiamento sistemático do déficit público pelo banco central é
incompatível com o funcionamento de um regime de câmbio fixo.
A experiência histórica dos sistemas de câmbio fixo mostra que invariavelmente os países que
adotaram este regime não têm obedecido à disciplina rígida que o sistema impõe, sacrificando o
câmbio fixo em prol de objetivos que não podem ser atingidos com o funcionamento de um
regime de câmbio fixo.
2.3. Objectivos da
Política Monetária
Todavia, os economistas keynesianos acreditam que mesmo assim o banco central pode
contribuir para que a duração de uma recessão seja abreviada com uma política monetária mais
expansionista.
2.4. Instrumentos de
Política Monetária
a) Reservas Obrigatórias
Também conhecidas por reservas legais, são consideradas como uma típica espécie de
impostos ou obrigações, sobre os depósitos a vista dos bancos comerciais. São depósitos sob
forma de reservas bancárias, em que os bancos comerciais são obrigados a manterem uma
percentagem dos seus depósitos a vista, junto ao Banco Central.
De salientar que as taxas das reservas obrigatórias, constituem um factor bastante importante
e impulsionador, do ponto de vista do seu impacto sobre o multiplicador dos meios de pagamento
pois, influenciam na determinação de qual será o montante de moeda que ficara a disposição dos
comerciais para empréstimos e outros. Quanto maior for o depósito compulsório, maior será o
nível de reservas obrigatórias dos bancos comerciais junto ao banco central. De acordo com
(LOPES E VASCONCELOS, 2000), uma alteração nas reservas obrigatórias, afecta a oferta da
moeda e faz com que o sistema multiplicador se modifique.
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b) Taxa de Redesconto
A taxa de redesconto é uma taxa de juro cobrada pelo Banco Central, pelos empréstimos aos
bancos comerciais que podem ser usados sobretudo para conferir robustez aos bancos comercias,
do ponto de vista de ter mais ou menos liquidez. Em casos em que a taxa de juro cobrada pelo
Banco Central é superior a taxa de juro cobrada pelos bancos comerciais, estes reduzem a
concessão de crédito ao mercado, visando reduzir o risco de ter que recorrer ao banco central.
Este instrumento e igualmente usado pelo Banco Central, para aumentar ou diminuir os níveis
de disponibilidade da moenda e consequentemente expandir a economia. Nesta ordem, quando o
Banco Central diminui a taxa de redesconto, o montante que os bancos comerciais devem enviar
para o Banco Central diminui. Nesta ordem eles conseguem reter um montante maior para
emprestar. Ou seja, a quantidade de crédito disponível ao mercado comum aumenta. Com isso,
mais dinheiro fica disponível para as pessoas e a base monetária se expande, e a partir daí, os
gastos aumentam e a economia cresce como um todo.
As operações de mercado aberto, são instrumentos que o banco central utiliza quando
pretende contrair ou expandir a sua base monetária, Para o efeito, quando o objectivo e contrair a
base Monetária, este vende parte dos seus títulos públicos e por sua vez, retira a moeda em
circulação. Pretensãocontrária, o Banco central compra os títulos públicos no mercado, o que de
certa maneira vai permitir o aumento da moeda em circulação (LOPES E VASCONCELOS
2000).
2.5. Transmissão de
Política Monetária
A presente secção faz uma breve retrospectiva em relação à política monetária na última
década e meia. O objecto de orientação usado são as taxas de juro de referência, ainda que a base
monetária seja a principal variável operacional do banco central moçambicano.
O objectivo da secção é criar uma base para discussão nas secções que se seguem sobre a
relação da política monetária com sistema financeiro e com as dinâmicas estruturais da economia.
Assim, a secção não vai aprofundar discussões sobre aspectos de âmbito mais técnico no que
respeita a evolução da política monetária; aspectos como a introdução de mudanças no uso de
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instrumentos de política monetária, mudanças no sistema nacional de pagamento para
compensações electrónicas na praça de Maputo, mudanças nas modalidades de intervenção nos
mercados interbancários, entre outros, não fazem parte desta discussão.
A este período seguiu-se um misto de subidas e descidas das taxas de juro de política
monetária entre curtos espaços de tempo. Entre Janeiro de 2005 e Julho de 2006 assistiu-se a uma
subida das taxas de juro de FPC e FPD, respectivamente, de 11,5% para 19% e de 5,3% para
13%. Porém, a partir de Agosto de 2006 até Março de 2010, as taxas de juro voltam a reduzir: a
FPC de cerca de 17% para 11,5% e a FPD de 13% para 3%. Este período de redução das taxas de
referência é novamente interrompido entre Março de 2010 e Julho de 2011, em que a FPC
aumentou em cinco pontos percentuais, para 16,5%, e a FPD aumentou em dois pontos
percentuais, para 5%.
No entanto, a redução das taxas de juro retoma em 2011, em que a taxas baixaram
continuamente durante os cerca de 40 meses que se seguiram, para cerca de 7,5% (FPC) e 1,5%
(FPD). As medidas expansionistas deste período deram a impressão de que as taxas de juro de
política passariam a estar a níveis compatíveis com a expansão do acesso a capital por via da
redução do seu custo dado os mínimos históricos atingidos, mas a tendência de redução foi
travada por uma subida brusca das taxas de juro para níveis superiores aos de 2006. Desde
Outubro de 2015, o banco central vem fazendo aumentos nas taxas de juro de referência, que
iniciaram com aumentos graduais de 0,25 a um ponto percentual e culminaram com um aumento
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brusco de cerca de seis pontos percentuais. Actualmente, as taxas de FPC e FPD situam-se,
respectivamente, em 23,25% e 16,25%. Importa referir que, na maioria dos casos, estas medidas
de aumentos e reduções das taxas de juros foram acompanhadas pelo ajustamento de outras
variáveis na mesma direcção, especificamente a taxa de reservas obrigatórias e as vendas nos
mercados monetários interbancários (Banco de Moçambique, vários).
As oscilações que se observam na direcção da política têm como causas principais choques de
oferta, que, na sua maioria, resultam na depreciação do valor da moeda nacional através do
aumento das necessidades de moeda externa. Nomeadamente o aumento do preço do petróleo,
dos cereais ou de outras mercadorias com peso significativo na importação de bens, a queda das
receitas de exportação devido à queda dos preços dos produtos de exportação (que são
maioritariamente primários), as calamidades naturais, a redução do influxo de capitais externos
(ajuda e IDE) e consequente redução do nível de reservas internas e, portanto, da capacidade de o
Banco de Moçambique intervir para nivelar o valor da moeda nacional em relação a outras
moedas.
2.7. Problemas
macroeconômicos fundamentais
3.1. Conclusão
Políticas macroeconômicas são aquelas que visam a objetivos amplos da economia como um
todo. Têm a ver com indicadores de bem estar da sociedade ligados ao crescimento econômico,
ao desemprego, à inflação, ao balanço de pagamentos. Ao estabelecer as metas para tais
indicadores, o governo reage ao sentimento que percebe da sociedade e aos grupos de interesse
organizados na sociedade. Essas metas também dependem (bem como os meios para alcançá-las)
de componentes ideológicos das autoridades.
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4.1. Referências
ALEXANDER, C. (2001). Maket Models. Aguide to Financial Data Analysis.John Wiley e Sons.
COLAÇO, M. (2009). The Quantity Theory of Money-A Restatement. (Ed). Estudos na teoria
quantitative da moeda, universidade de Chicago
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CHENG, K.C. (2006). Analysis of Kenya’s Monetary Policy Transmission Mechenism: How
Does the Central Bank’s REPO Rate Affect the Economy?International Monetary Fund, Working
Paper 06/300.
EICHENBAUM and C.L. EVANS (1996). “The effects of monetary policy shocks: evidence
from a flow of funds”. Review of economics and statistics 78(1):16-34.
ENDERS, W (2010). Applied econometric time series. New York Wiley and sons.Press,
Forthcoming
ENGLE, R.F.; GRANGER, C.W.J. (1987). Cointegração and error Correction: Representation,
Estimation and Testing, Econometrica 55, 251-76.
RICHARDSON, Roberto Jarry. (1989). Pesquisa Social: Métodos e técnicas. São Paulo
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VICENTE, A. (2007). Determinants of Inflation in Ghana-An Econometrics Analysis. Central
Bank of Ghana.
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