Machine Translated by Google

Polícia: uma abordagem da sociologia do conhecimento

Peter K Manning, Faculdade de Justiça Criminal, Northeastern University, Boston, MA, EUA
Jeffrey Martin, Universidade de Hong Kong, Hong Kong, República Popular da China

2015 Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados.

Abstrato

A sociologia da polícia diz respeito ao estudo da instituição do policiamento, sua estrutura, função e evolução. Esse foco requer uma sociologia do conhecimento, uma
estrutura que destaque como os fatores sociais moldam o conhecimento atual da polícia. O conceito de polícia é contestado e muitas vezes assumido sem definição. As
suas funções estão associadas à governação em geral e à função executiva em particular. A forma de policiamento público montada por Robert Peel, uma força visível e
reativa, é um paradigma assumido para muitas pesquisas policiais, mas é um dos vários tipos de policiamento e contrasta com o alto policiamento preocupado com a
segurança nacional. Internacionalmente, tipos amplos ou 'famílias' de policiamento surgiram como resultado do colonialismo.

Quatro tipos específicos de polícia são comuns nas democracias ocidentais: policiamento privado, policiamento púbico, policiamento híbrido e terceirização ou organizações
pagadoras para desempenhar funções antes restritas às agências policiais. Metáforas para estudar o policiamento, como a dramaturgia, a teia de policiamento e o
policiamento nodal, destacam características selecionadas da função de policiamento. Muitos fatores externos moldam o policiamento e o futuro papel e função da polícia,
dadas as novas formas de crime, é imprevisível.

A sociologia da polícia diz respeito ao estudo da instituição do
policiamento, sua estrutura, função e desenvolvimento. Essa perspectiva
implica uma sociologia do conhecimento, ou seja, como os interesses e
as ideologias sociais moldam o estudo sociológico da polícia. O estudo
analítico independente e fundamentado teoricamente da polícia está em
competição com uma sociologia para a polícia, uma resposta às
preocupações do comando da polícia impostas pela prática ocupacional.
Esses dois focos bastante diferentes levam a diferentes tópicos de
pesquisa, descobertas e definições dos tópicos centrais de interesse. O
próprio conceito de polícia é contestado, ou mais especificamente,
ambíguo, pois funciona como uma instituição de governança, uma
extensão do poder executivo.
É geralmente visto como o gerenciamento do controle social formal no
contexto do estado-nação, e sua evolução está relacionada, portanto, à
diferenciação social de funções, autoridade legítima e surgimento de um
mandato distintivo.
Embora existam muitas formas de policiamento formal e estejam
inseridas em sistemas sociolegais definidos cultural e legalmente
(Manning, 2010: p. 25), a maior parte da presente pesquisa sistemática
diz respeito ao policiamento no direito consuetudinário e nos sistemas
continentais, e o trabalho da polícia engajada no cotidiano funções e não
em funções específicas de segurança do Estado. É bom lembrar que o
policiamento tinha uma função geral antes do final do século XVIII como
aquele que mantinha a saúde ou a integridade do corpo político, e que a
evolução do conceito deve ser traçada através das inovações da
gendarmeria, do policiamento por Louis XIV e Napoleão. Nesse contexto,
o 'policiamento' era uma combinação de interesses econômicos nacionais,
segurança nacional e local, e representado no tempo por organizações
distintas (Chapman, 1970; Emsley, 1994).
movimento bem-sucedido estabeleceu um paradigma para o que é
pensado como 'polícia'. É apenas um tipo de policiamento formalizado,
desvinculado até certo ponto da segurança nacional e da manutenção da ordem.
Esse "paradigma de Peel", ausente na polícia de choque semi-secreta
armada, foi adotado pacificamente nos condados de toda a Inglaterra em
1855, pacificamente nos Estados Unidos, Canadá e Antipodes, e
imposto pela conquista nas colônias britânicas. Talvez a consequência
mais significativa da difusão do conceito de Peel no tempo tenha sido um
compromisso político com variedades de controle localizado, um tanto
culturalmente sensível, sobre o policiamento. Este não foi o caso, claro,
nas nações coloniais e nas nações que não falam inglês. Talvez
inevitavelmente, então, o escopo de 'polícia' e uma sociologia da polícia
encolheram metaforicamente e se tornaram sinônimos do estudo de
agências públicas, legítimas e patrocinadas pelo estado que operavam
dentro de um território específico e de um sistema político sociolegal. A
polícia, encontrada em circunstâncias anômalas, exceções a esse esboço
tácito, como a gendarmeria, a polícia colonial, a polícia em territórios
conquistados, a polícia secreta e de segurança nacional, a polícia em
sistemas autoritários e a polícia em 'estados colonos' (Weitzer, 1990 ,
1995), não foram tão extensivamente estudados. A combinação de
interesse acadêmico, financiamento governamental e o crescimento das
cidades em sociedades democráticas levou a um interesse e pesquisa
sobre a polícia pública logo após a Segunda Guerra Mundial. Uma série
de importantes estudos iniciais nas décadas de 1960 e 1970 definiram o
tom e o foco da pesquisa.
Bolsa de estudos

O que geralmente é considerado agora a sociologia da polícia no
mundo anglo-americano é bastante paroquial e remonta à fundação da
Dublin City Police em 1786 e a inovações posteriores associadas a
Robert Peel como secretário da Irlanda e mais tarde como secretário do
Interior. . A polícia de Peel, com sede em Londres, uma resposta a
mudanças sociais complexas, era um oficial desarmado, visível e reativo,
que se posicionava simbolicamente entre o povo e o governo. Este
imaginativo e
O desenvolvimento de estudos sobre a polícia pública em inglês foi bem
resumido (Reiner, 2010). Mas este trabalho, de base ampla e relativo às
funções policiais, em geral assumiu um estado democrático bem ordenado
com recursos suficientes, legitimidade e uma cidadania complacente.
Essas suposições obscureceram questões "mais profundas" do
policiamento, como a lealdade das organizações policiais e de seus
membros ao Estado, seu papel na revolução e em um golpe de
misericórdia e

246 Enciclopédia Internacional de Ciências Sociais e Comportamentais, 2ª edição, Volume 18 http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-08-097086-8.32107-9

Machine Translated by Google
seus compromissos ideológicos. Eles estão armados e são perigosos;
onde estão suas lealdades em uma crise? Essas questões, no entanto,
desempenham um papel insignificante na literatura atual.
Estudos nos últimos 50 anos ou mais, publicados em inglês com
algumas exceções, descrevem (1) a socialização para o papel; (2)
funções de patrulheiros e investigadores e participantes inferiores, em
vez de gerenciamento intermediário ou comando superior; (3)
estratégias de policiamento, como policiamento comunitário ou
variações táticas, como 'repressões' em áreas de alta criminalidade;
(4) a cultura organizacional e ocupacional da polícia; (5) variação de
atitudes dentro da ocupação com base em raça ou gênero; (6)
responsabilidade, corrupção e violência; e (7) os impactos da tecnologia
na prática policial. Há muito poucos estudos sobre sindicatos de
policiais, decisão e formulação de políticas no topo, a política interna
de sucessão para cargos de comando, ou mesmo a política interna da
organização: quem consegue o quê, quando e onde? Há muito pouca
compreensão da atual dinâmica, emoções e política dentro de grandes
departamentos urbanos. Se existe de fato uma teoria sistemática da
polícia é discutível.
Definição de Polícia como uma Organização
Como observado acima, o crescimento da sociologia da polícia ocorreu
sem muito debate sobre a definição central, porém contestada, de
polícia e policiamento. Se a polícia como organização deve ser
entendida de forma ampla, ela deve incluir tanto a polícia privada
quanto a pública e incluir a vigilância secreta, o rastreamento e a coleta
de informações que são uma parte essencial da segurança nacional. O
policiamento tem um mandato, um contrato tácito entre o público e a
polícia que estabelece os limites das ações e nega essas funções a
outros. Ironicamente, a polícia pode agir fora da lei no cumprimento de
suas obrigações (Manning, 1977). Considere esta definição de polícia
em estados-nação modernos com tradições de direito consuetudinário
ou civil:
A polícia, constituída de muitas agências diversas, é uma organização
legítima e coordenada com autoridade. Eles estão prontos para aplicar
força até e incluindo força fatal em territórios legalmente definidos.
Eles procuram manter a ordem e o ordenamento politicamente definidos
por meio de rastreamento, vigilância e prisão. Como tal, eles exigem
obediência ao comando de participantes e cidadãos inferiores. Dado o
seu amplo mandato, eles têm a capacidade de proceder por exceção.
Conforme discutido abaixo, essa definição pode exigir reformulação
à medida que as formas asiáticas de policiamento se tornam mais
conhecidas e pesquisadas e o escopo dos estudos policiais se
expande. A definição acima é uma definição de base organizacional,
que contém uma série de características ambíguas, a saber, a
ambigüidade de 'ordem' e 'ordenar', que não podem ser definidas na
ausência de um contexto sociolegal, e a capacidade de violência. É,
portanto, uma definição formal e normativa que levanta a questão da
função policial. Bittner (1990: p. 131) evita a visão normativa e defende
um foco nos meios: “O papel da polícia é melhor visto como um
mecanismo para a distribuição de força inegociável empregada de
acordo com os ditames de uma compreensão intuitiva de exigências
situacionais”. Esses
Polícia: uma abordagem da sociologia do conhecimento 247
as exigências, por sua vez, são mais bem determinadas pela avaliação
aqui e agora do oficial. A definição acima inclui uma questão que está
implícita na definição de Bittner: a obediência de uma cidadania
pacificada. Essa confiança e conformidade relacionada é a fonte do
mandato policial nos estados modernos (Manning, 1977). O
enquadramento da função do policiamento moderno requer uma
distinção entre a lei e outras normas e valores sociais e um código ou
contexto interpretativo no qual os conflitos são inseridos. Como
assinala Bittner (1970: p. 40), a natureza da intervenção da polícia
moderna não é determinada pela noção natural de solução que surge
dos cidadãos, mas reside nas práticas da polícia na sua gestão do
conflito. Esse código interpretativo não é a lei, mas sim o enquadramento
do caso para que seja inserido no ordenamento jurídico. A extensão
dessa formulação é que Bittner se concentra nos meios e na ideia de
que, embora a força seja a pedra angular de sua ideia, a violência
policial é deixada indefinida pelos tribunais e (p. 34): “. as atividades
policiais não podem ser totalmente submetidas ao estado de direito”.
Sua independência dos tribunais, explicada em detalhes em Bittner
(pp. 22-35), facilita e valida suas ações intuitivas. Eles têm permissão
para agir e prestar contas por suas ações e decisões posteriormente.
Essa formulação leva a
a conclusão um tanto irônica de que a racionalidade do policiamento,
uma vez que não tem fins conhecidos, é a racionalidade do momento,
e essa decisão raramente chega ao tribunal ou passa por um escrutínio
judicial significativo. (Alternativamente, pode-se argumentar seguindo
Jobard (2013) que eles continuam sendo uma instância de
irracionalidade organizada no mundo moderno, que se racionaliza rapidamente.
Além disso, pode-se argumentar que suas ações situadas, porque não
se baseiam e não podem se basear em quaisquer regras fixas,
combinam ignorância e irracionalidade e são uma forma de magia
performativa. A ideia de que policiais se valem de magia, ou são
mágicos, não é lisonja, mas deriva da distinção de Durkheim (1961:
pp. 58-60) entre praticantes de artes sagradas, que acreditam no que
estão fazendo e sabem por que estão agindo. como são, e mágicos,
os praticantes não acreditam nas premissas tácitas que regem suas
ações. Eles pretendem enganar.) Esta é uma faceta da frase 'proceder
por exceção' porque nenhum limite preciso a priori pode ser
estabelecido sobre suas ações. Como afirma a definição acima, para
que a polícia democrática gerencie uma audiência pacificada, ela deve
ser capaz de utilizar seus poderes dramatúrgicos, a capacidade de
recorrer a símbolos e imagens e realizar performances persuasivas.
Eles são naturalmente dramáticos e projetados historicamente para
produzir confiança.
Imagens principais versus marginais
Consideremos outro aspecto da sociologia da polícia: o núcleo versus
as imagens periféricas da polícia. A imagética é a forma como os
policiais se apresentam – dramatizam suas ações e intenções – e
como são vistos. A imagem central nas sociedades industrializadas
ocidentais é o oficial de patrulha visível, uniformizado, reativo e
orientado para o serviço, enquanto as funções marginais, menos
visíveis e raramente consideradas ou escritas, são executadas por
unidades paramilitares especializadas, controle de distúrbios, vigilância
e rastreamento funções, muitas vezes agora associadas a atividades
antiterroristas, e unidades dedicadas a 'alta
Machine Translated by Google
248 Polícia: uma abordagem da sociologia do conhecimento
policiamento” (Brodeur, 2010). Oficiais não uniformizados também
estão envolvidos em tais atividades de tempos em tempos. Essa
cegueira para atividades secretas e pouco visíveis significou que uma
quantidade desproporcional de pesquisa na sociologia da polícia foi
dedicada às atividades e à cultura ocupacional do policial uniformizado
e relativamente pouco aos investigadores, ao comando superior e às
unidades especializadas. (Marcos, 2005).
Modos históricos de policiamento formal: centros e
periferias
A maioria das pessoas no mundo vive sob arranjos políticos que se
desenvolveram fora do núcleo histórico do sistema capitalista mundial.
Estudiosos de várias disciplinas contribuíram com relatos de histórias
e práticas de policiamento nas 'modernidades alternativas' endêmicas
de ambientes pós-coloniais ou de desenvolvimento. Essa literatura
diversificada começou recentemente a se fundir em torno do relativismo
da antropologia cultural em uma espécie de contraponto teórico crítico
em diálogo com a sociologia da polícia (Garriott, 2013; Jauregui, 2013).
As sociedades colonizadas viram antropólogos e policiais chegarem
juntos, como parceiros no sistema colonial de controle. A
descolonização então forçou a antropologia contemporânea a reavaliar
as formas como seus arquivos herdados de informação 'cultural' foram
implicitamente estruturados pelas preocupações práticas dos oficiais
coloniais que os criaram (Pels, 1997). Estudos críticos da classificação
de populações no sul da Ásia britânica (Cohn, 1987), na Indonésia
holandesa (Stoler, 2009) e em outros lugares iluminaram algumas das
muitas maneiras pelas quais o conhecimento cultural funcionou
historicamente como uma técnica policial. O estudo antropológico
contemporâneo do policiamento leva a sério esta lição, examinando o
policiamento como um campo de conhecimento/poder no qual uma
variedade de instituições opera como meios para diversos fins,
estruturada por uma pluralidade de ideais esperados de paz moderna
e/ou prosperidade (Comaroff e Comaroff, 2006).
Discussões globalmente comparativas de acordos de policiamento
são geralmente organizadas sob temas históricos e regionais.
Historicamente, parece existir uma tipologia aproximadamente tripartida
de 'famílias' institucionais, dependendo se um determinado sistema de
policiamento é derivado de raízes anglo-americanas, continentais ou
soviéticas. Estudos sobre policiamento no antigo Império Britânico
(Anderson e Killingray, 1992; Sinclair, 2006), por exemplo, mostram
como o ideal da common law pode ser diferencialmente considerado
como um elemento em um 'vernáculo policial' local (Hornberger, 2011).
O policiamento latino-americano, ao contrário, deriva em grande parte
da tradição do Civil Law (Uildriks, 2009). As etnografias do policiamento
latino-americano contemporâneo enfocaram as qualidades 'disjuntivas'
que surgem quando os sistemas de policiamento centralizado servem
para manter desigualdades econômicas radicais (Caldeira, 2001). O
policiamento do Leste Asiático, finalmente, surge da apropriação do
Japão no século XIX das instituições legais e administrativas francesas
e alemãs (Martin, 2014).
Após a revolução de 1949, a China desenvolveu um sistema totalitário
que projetava o poder da polícia profundamente nas minúcias da vida
cotidiana, impondo a ordem socialista em coisas que vão desde a
maneira como as palavras podem ser escritas até o número de
crianças que podem nascer. da China
sucesso subsequente traduzindo este sistema autoritário em
o mecanismo de desenvolvimento que ele usou para se tornar uma
potência mundial capitalista torna o policiamento chinês contemporâneo
algo como uma formação sui generis, que está apenas começando a
ser estudada criticamente (Cao et al., 2014).
Tipos de Policiamento
O policiamento, conforme observado na definição formal acima, inclui
formas privadas e diversas de policiamento público e, como tal,
contrasta com o policiamento informal ou talvez o “policiamento
autonomeado ou nomeado”, que inclui policiamento ad hoc, posses,
milícias, grupos de vigilantes e outro policiamento informal em tempo
parcial, individual ou coletivamente, realizado sem uniforme,
remuneração e condições específicas de emprego. Esses policiais
informais não podem ser demitidos e, portanto, sua responsabilidade
é duvidosa. Existem também os 'guardiões' da ordem pública que, no
exercício das suas funções, mantêm actividades ordenadas, por
exemplo, taxistas; atendentes de tráfego e estacionamento; motoristas
de ônibus, trem e metrô; serviços médicos de emergência e pessoal
de emergência; e membros do corpo de bombeiros. Assim, uma
sociologia do policiamento difere de uma sociologia da polícia (formal).
A gama de funções desempenhadas pela polícia pública é diversa e
complexa. Mais se sabe sobre o funcionamento da polícia pública
formal do que sobre outras formas.
Dentro do mundo industrializado, o exame do policiamento formal
revela muitos tipos de policiamento com mandatos variados, ou
validação legítima de suas reivindicações para controlar a atitude
adequada em relação ao trabalho, suas estratégias retóricas e de
alocação de recursos e táticas e temas acompanhantes ou ênfases
dramáticas em seu trabalho. retórica, uniformes e ações. De muitas
maneiras, a polícia pública moderna enfatiza o tema da capacidade de
resposta, do serviço e do controle do crime. Eles estão competindo por
legitimidade com outros tipos de controle social e, é claro, com o
informal. Aqui estão alguns tipos de policiamento formal, seus
interesses e temas:
l Policiamento privado – remunerado por ações voltadas à manutenção
e/ou ampliação de interesses privados. Normalmente ligado ao
policiamento de determinados territórios. O policiamento com
interesses privados como mandato serve apenas marginalmente,
se é que serve, ao bem-estar público, mesmo quando se trata de
policiamento de propriedade quase pública. As funções
desempenhadas pela polícia privada são aquelas relacionadas não
apenas com a manutenção da ordem em espaços quase públicos,
mas também em todas aquelas áreas em
que o controle de um cidadão é duvidoso. O tema aqui é prevenção. l
Policiamento no exercício de funções tradicionalmente públicas
de polícia – utilização de fundos públicos para pagamento de
agentes que desempenhem funções ligadas ao bem público, por
exemplo, multas de trânsito, manutenção de ordens; regulamento
que não acarrete prisão além dos poderes 'cotidianos' do cidadão.
Isso também é chamado de 'terceirização' porque reduz custos e
funções por meio de contratação. Tais funções de policiamento
têm um mandato no sentido de que são licenciadas, legítimas e
têm limitações territoriais. Eles também se baseiam no mandato
da polícia pública, simulando seus uniformes, estilo de interação,
decoração de seus veículos e símbolos. Nos Estados Unidos, eles
carregam armas visíveis. Eles podem ou não incluir alguns poderes
de prisão em espaços privados por invasão. O tema é proteger limites.
Machine Translated by Google
l Policiamento híbrido – variedades de policiamento, ou seja,
perceber, responder e talvez sancionar o comportamento com
um mandato quase público. Este tipo de policiamento está agora
incluído na 'família policial'. A confusão em relação à legitimidade
decorre do fato de que essas funções podem ser desempenhadas
por policiais contratados de forma privada, policiais contratados
e pagos pelo público ou algum amálgama destes. Isso também
pode incluir policiamento terceirizado e variedades da rede
policial. O tema aqui é serviço.
l Polícia pública – a organização policial inclui os mandatários, os
com poderes de prisão e os não-mandados ou ajuramentados.
Esses 'civis' podem representar até 50% dos funcionários da
organização. Além disso, a organização pode incluir policiais de
reserva, cadetes e oficiais de meio período. A cultura
organizacional inclui mais do que a cultura ocupacional
segmentada da polícia. O tema aqui é capacidade de resposta
e serviço.
Além disso, a situação dos agentes federais, das polícias militar
e militar e dos serviços militares de investigação nos Estados Unidos,
Austrália e Canadá é ambígua. Eles desempenham muitas funções
que não estão relacionadas à segurança nacional, se sobrepõem ou
competem com jurisdições locais e operam principalmente dentro
das leis e tribunais federais. Existem também forças policiais
altamente especializadas no mundo anglo-americano com mandatos
bastante precisos e limitados, o que significa que não estão em
competição com os tipos listados acima, por exemplo, British Railway
Police; Polícia da Amtrak (estrada de ferro dos EUA) e a polícia de
um projeto de desenvolvimento rural americano, a Tennessee Valley
Authority.
Policiamento e Metáforas
Estudar o policiamento moderno requer mais do que o estudo da
organização policial ou mesmo do policiamento; requer trabalho
metafórico. A sociologia da polícia baseia-se na metáfora: uma
maneira de ver algo em termos de outra coisa. Se concebermos a
polícia como 'aplicadora da lei', nós a reduziremos a uma mera parte
de seu todo; se os chamarmos de 'negócio' ou agência de prestação
de serviços humanos, estaremos tratando o todo e negando muitas
das partes. A expansão da visão que ocorreu nos últimos 20 anos na
sociologia da polícia, resultado da comunicação transnacional,
migração e viagens, bem como do policiamento transnacional, agora
requer uma compreensão de como os tipos de policiamento, em vez
de meramente públicos a polícia deve ser vista e vista em competição
ou conflito entre si. Brodeur (2010) sugeriu a metáfora de uma teia
ou montagem de policiamento que conecta vagamente aquelas
agências que policiam de alguma forma. Essas organizações são um
conjunto que está, até certo ponto, em conflito, em modo competitivo
e/ou de conflito ao longo do tempo e entre incidentes. Pense nessa
montagem como uma teia: os fios são desiguais em força; o número
de suas conexões varia, e o conteúdo, as comunicações trocadas,
variam em densidade e frequência, por exemplo, informações sobre
crime, desordem, vilões e desastres.
Isso desvia a atenção do foco míope na polícia pública, chama a
atenção para funções policiais múltiplas e concorrentes e sugere a
sobreposição de vigilância e controle na qual os cidadãos estão
inseridos. O conceito web é, no entanto, focado
Polícia: uma abordagem da sociologia do conhecimento 249
em agências e organizações, não em funções interdigitadas, e a
posição de Brodeur é que a polícia pública é e deve permanecer o
centro de autoridade primazia dos recursos e obrigações coletivas.
Um trompe d'oeil paralelo e igualmente fascinante é a noção de
policiamento nodal de Shearing (2005), que começa com o
mapeamento de capacidades funcionais, tecnologias, mentalidades
ou percepções socialmente fundamentadas e arranjos institucionais.
Esses grupos de funções estão organizados em algum sentido em
torno da seguridade social ou de uma sensação coletiva de bem-
estar. Eles não permanecem como organizações, mas como núcleos
de função. Estes são vistos como arranjos contingentes para lidar
com problemas emergentes, ao invés de respostas convencionalmente
obrigatórias para anomalias. Em certo sentido, a ideia é análoga ao
mercado aberto ou à noção de mãos invisíveis para organizar
respostas. Há um elemento de espontaneidade nessas respostas.
As polícias públicas são parceiras nesse empreendimento de
manutenção da segurança, sendo vistas como parceiras cooperativas
na resolução de problemas. Esses movimentos metafóricos abrem
novas perspectivas e novos caminhos na sociologia da polícia.
O Papel dos Fatores Externos
No curso do desenvolvimento do campo interdisciplinar de estudos
policiais, o foco tem sido a organização policial como ator dramatúrgico
dentro de um campo, as atividades dos oficiais, tanto investigadores
quanto policiais uniformizados, ou a cultura ocupacional e subculturas.
Nos últimos 20 anos, o foco tem sido em táticas, esforços de controle
do crime e esforços para medir e prevenir o crime. Surpreendentemente,
o papel do ambiente organizacional, político e econômico foi descrito
de forma abstrata por economistas e cientistas políticos, mas poucos
estudos empíricos demonstram como tais fatores externos realmente
padronizam as práticas de policiamento, como prisões e alvos de
repressão. Desenvolvimentos nos últimos 30 anos, comunicação
barata, viagens, migração e imigração, a ascensão do terrorismo e
antiterrorismo, comércio global e policiamento internacional,
transnacional e metanacional (Bowling, 2010) também ampliaram a
visão dos estudiosos . Os problemas futuros de tecnocrime, crime
organizado internacional e terrorismo influenciam a polícia de maneira
diferente nas nações desenvolvidas.
Como e até que ponto essas influências moldarão o mandato, as
estratégias e as táticas da polícia ainda não foram determinados.
Métodos e Problemática
O estudo da polícia é problemático porque o acesso é difícil, a polícia
é sigilosa e muitas vezes desconfia de pesquisas e pesquisadores, o
trabalho é diverso e espalhado ecologicamente, e os dados policiais
requerem contexto para serem interpretados. Eles exigem tradução
e retrotradução (são reunidos em um contexto que não é o mesmo
que um contexto de pesquisa). A pesquisa inicial foi baseada em
etnografia e trabalho de campo, e os estudos posteriores se
expandiram para incluir outros dados coletados pela polícia (crimes
registrados oficialmente), entrevistas, questionários e registros
policiais. A atenção mudou na década de 1980 para o policiamento
comunitário e os dados de atitude coletados do público. A atenção
recente tem sido dada à redução do crime pela manipulação da
presença policial e projetos formais para medir o impacto das táticas na redução da criminal
Machine Translated by Google
250 Polícia: uma abordagem da sociologia do conhecimento
crime e desordem. Uma preocupação constante dos pesquisadores
tem sido normativa, preocupada com a corrupção, uso excessivo
da força, responsabilidade, discriminação racial, maus-tratos de
gênero e minorias dentro e fora da organização e a qualidade
das interações polícia-cidadão. Ultimamente, a redução do crime
registrado oficialmente tem sido um foco de pesquisa.
Os impactos das novas tecnologias eletrônicas não foram
examinados de perto, mesmo quando a polícia desenvolve sites
e blogs interativos acessíveis ao público; empregar mídias
sociais, como Facebook e Twitter; e manter sites. Embora o uso
de telefones celulares no passado fosse considerado uma quebra
de segurança, bem como uma violação da cadeia de comando,
eles agora são considerados parte do equipamento diário de
todos os oficiais (é provável que agora a maioria dos oficiais
acima do posto de sargento transportar pelo menos dois
smartphones, um próprio e um telefone emitido pelo departamento).
O Futuro da Sociologia da Polícia
O futuro da sociologia da polícia não pode ser previsto.
Os quadros sociológicos de referência dentro dos quais a polícia
e o policiamento são lançados; os interesses dos praticantes,
que exercem uma influência duradoura sobre a pesquisa; e as
inevitáveis modas e modismos nas ciências sociais moldarão os
problemas intelectuais e os métodos de pesquisa. Questões
globais, como a turbulência em curso no Oriente Médio, o
aquecimento global e as mudanças relacionadas no clima, corpos
d'água e desastres naturais, como são vistos no âmbito da
polícia, moldarão o próximo século de pesquisa. Um corolário da
ascensão do policiamento e da governança democrática é a
resistência dos impotentes na forma de terrorismo e a resposta
de táticas antiterroristas, unidades paramilitares e maior vigilância.
As questões que podem surgir são questões de policiamento
democrático como está associado a estados-nação emergentes,
mudanças na economia política de nações em desenvolvimento
e a crescente importância dos direitos humanos.
Veja também: Colonização e Colonialismo, História de; Crime e Justiça
Criminal: Pesquisa Aplicada de Monitoramento de Rotina a Práticas
Baseadas em Evidências; Etnografia em Pesquisa Social Aplicada;
Criminologia Internacional e Comparada; Conhecimento,
Sociologia do; Mitos e Símbolos: Organizacional; Organizações e
Cultura; Policiamento; Burocracias Públicas; Organizações do Setor
Público; Tradições Jurídicas do Sul da Ásia.
Bibliografia
Anderson, David, Killingray, David, 1992. Policing and Decolonization: Politics, Nationalism and the
Police, 1917–1965. Manchester University Press, Manchester.
Bittner, Egon, 1990. Aspects of Police Work. Northeastern University Press, Boston.
Bowling, Benjamin, 2010. Policiamento do Caribe. Oxford University Press, Oxford.
Brodeur, J.-P., 2010. The Policing Web. Oxford University Press, Nova York.
Caldeira, Teresa, 2001. Cidade dos Muros: Crime, Cidadania e Segregação em São Paulo.
University of California Press, Berkeley.
Cao, Liqun, Sun, Ivan, Hebenton, William, 2014. The Routledge Handbook of Chinese Criminology.
Routledge, Londres.
Chapman, Brian, 1970. O Estado Policial. Pall Mall, Londres.
Cohn, Bernard, 1987. O censo, estrutura social e objetificação no sul da Ásia. In: Um antropólogo entre
os historiadores e outros ensaios. Oxford University Press, Delhi, pp. 224–254.
Comaroff, Jean, Comaroff, John L. (Eds.), 2006. Lei e Desordem na Pós-colônia.
University of Chicago Press, Chicago.
Durkheim, E., 1961. As Formas Elementares da Vida Religiosa. Collier Livros,
Nova Iorque.
Emsley, Clive, 1994. Os Gendarmes e o Estado na Europa do século XIX.
Oxford University Press, Oxford.
Garriott, William (Ed.), 2013. Policiamento e governança contemporânea: a antropologia da polícia na
prática. Palgrave Macmillan, Nova York.
Hornberger, Julia, 2011. Policiamento e Direitos Humanos: O Significado da Violência e da Justiça no
Policiamento Cotidiano de Joanesburgo. Routledge, Nova York.
Jauregui, Beatrice, 2013. Culturas de legitimidade e policiamento pós-colonial. Lei &
Social Inquiry 38 (3), 547–552.
Jobard, F., 2013. The concept of the police springer encyclopedia of criminology and criminal justice. In:
Weisburd, D., Bruinsema, G., Manning, Peter K. (Eds.), Police Work. MIT Press, Cambridge.
Jobard, F., 2012. Policiamento Democrático em um Mundo em Mudança. Editores Paradigma,
Boulder, CO.
Manning, Peter K., 1977. Trabalho Policial: A Organização Social do Policiamento. Imprensa do MIT,
Cambridge.
Manning, Peter K., 2010. Policiamento Democrático em um Mundo em Mudança. Paradigm Publishers,
Boulder, CO.
Marks, Monique, 2005. Transforming the Robocops: Changing Police in South Africa.
University of KwaZulu-Natal Press, Durban.
Martin, Jeffrey, 2014. A ética confucionista e o espírito da polícia do Leste Asiático. Crime, Direito e
Mudança Social 61 (4), 461–490.
Pels, Peter, 1997. A antropologia do colonialismo. Revisão Anual de Antropologia 26,
163–183.
Reiner, Robert, 2010. The Politics of the Police, quarta ed. Imprensa da Universidade de Oxford,
Oxford.
Shearing, Clifford, 2005. Segurança nodal. Police Quarterly 8, 57-63.
Sinclair, Georgina, 2006. The End of the Line: Colonial Policing and the Colonial Endgame, 1945–1980.
Manchester University Press, Manchester e Nova York.
Stoler, AL, 2009. Against the Archival Grain: Epistemic Ansiedades e Colonial
Senso comum. Princeton University Press, Princeton.
Uildriks, Niels, 2009. Policiamento de Insegurança: Reforma Policial, Segurança e Direitos Humanos na
América latina. Rowman & Littlefield, Lanham.
Weitzer, R., 1995. Policing under Fire: Ethnic Conflict and Police Community Relations in Northern
Ireland. SUNY Press, Albany. http://books.google.com/books?hl¼
en&lr¼&id¼67hoMfy4kTsC&oi¼fnd&pg¼PR7&dq¼Weitzer,þRonaldþ&ots¼ywju
AkFQ8m&sig¼FVUFX4Ia5GLA9bInynJHwzpwHrY.
Weitzer, R., 1990. Transforming Settler States. University of California Press, Berkeley.