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C-Texto Do Artigo, 12991-40913-1-SM
C-Texto Do Artigo, 12991-40913-1-SM
INTRODUÇÃO
1
As referências bíblicas que aparecem neste artigo foram retiradas da versão Nova Versão
Internacional, a qual consta nas referências bibliográficas deste trabalho.
demonstrou-se preocupado com a multidão de pessoas que vinham para escutar e
aprender com seus sermões (Mc, 6,31-44).
Já no período pós-ressurreição de Cristo, percebe-se similarmente o cuidado
social e assistencial da igreja dentro da Epístola do apóstolo Tiago, ao escrever que
o amor verdadeiro não deve ser feito apenas de palavras; contudo, este deve ser
repleto de ações que demonstrem o cuidado e a misericórdia com os mais
necessitados (Tg 1,27). Os apóstolos Paulo (At, 20,35-38; Fp. 2,4; Rm 12,13) e João
(1 Jo 3,17) também demonstravam seu zelo e solicitude com as pessoas que não
tinham voz ou poder político e reivindicavam das primeiras igrejas da época para
que estas acolhessem aqueles em situações de risco ou que haviam já passado por
algum inesperado infortúnio na vida.
A Igreja, constituída por Cristo e fundamentada sobre os apóstolos, em
Jerusalém, tinha como seu objetivo essencial alcançar o coração do mundo. Bem no
seu alvo primário estava Roma, o grande desafio a ser conquistado. Sendo o maior
Império que a humanidade já conheceu, este tentou eliminar a igreja e dizimar o
cristianismo como um todo. O império romano foi o mais sangrento contra o
cristianismo desde o primeiro até o terceiro século (COLLINS, 1990; PLETSCH,
2003). Isso ocorreu pelo fato de o cristão não trazer em suas crenças o culto aos
deuses do império e por pregar valores que eram contrários às injustiças do império
naquela época. Além do mais, é possível assegurar que o sangue derramado dos
mártires cristãos serviu metaforicamente como uma semente para levantar novos
cristãos (JÚNIOR, 2018).
A Igreja dos primeiros três séculos, para tanto, cumpriu progressivamente a
sua missão de pregar o Evangelho do Reino com amor e entendimento de que não é
só de pão que vivem os seres humanos. Isto é, torna-se fundamental dar de comer e
beber, vestir e dosar sabiamente uma certa quantidade de caridade para com aquele
(a) que necessita, de modo a demonstrar a cada ser humano que o céu começa por
aqui mesmo, na existência terrena, e não apenas na eternidade.
Conforme o reformador Martinho Lutero (WACHHOLZ, 2020) já apontava, o
ser humano perpassa a sua existência aqui no mundo em dois reinos distintos: o
horizontal e o vertical. O primeiro concerne o reino humano, no qual nascemos,
crescemos, nos desenvolvemos, envelhecemos e morremos. Isto é, aprendemos a
viver em comunidade e com a presença do mal e mazelas sociais dentro deste plano
existencial, na medida em que superamos e lutamos contra as injustiças presentes
dentro das complexas relações existenciais com os outros e do ser humano consigo
mesmo. Por outro lado, o plano vertical encontra-se presente na visão celestial da
Igreja trazida ao ser humano em sua realidade terrena. A ideia transmitida pelo
reformador é a de que ao agir em conformidade com os princípios trazidos por
Jesus, o ser humano será finalmente levado à sua eterna morada, ao plano presente
na eternidade com Deus (plano vertical).
Conforme foi sucintamente relatado até aqui, percebe-se a inerente e
progressiva preocupação da igreja ao longo dos anos com a vida não apenas
espiritual de seus fiéis, mas, com a de seu caráter assistencial diante das presentes
dores na sociedade em suas diferentes épocas (NORDSTOKKE, 2003).
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Iniciando esta seção com referência à Idade Antiga, Boff (1999), por exemplo,
aponta que o próprio Jesus demonstrou não apenas a bondade infinita e o amor de
Deus-pai-e-mãe nas palavras que dizia, mas Ele mesmo a viveu ao ser bondoso, ao
circular pelas cidades com os pecadores e ao dar confiança àqueles que se sentiam
desamparados social e religiosamente. Tal modelo de misericórdia com os outros é
passado para os discípulos, os quais são ordenados a pregarem as boas-novas de
amor e paz advindas do Reino e a fazer a diferença na vida daqueles mais
necessitados e de todos que desejarem ouvir das eternas verdades compartilhadas
por Jesus.
Aliás, de acordo com Kramer (2006), já no Antigo Testamento são
demonstradas diferentes figuras de pessoas pobres, órfãs, viúvas, as quais viviam
em situação de vulnerabilidade social e política. Um exemplo notório é visto na
história relatada por Davi no livro de II Samuel, em seu capítulo 9. O rei já naquela
época envolveu-se de misericórdia pela vida do filho de Jonatas, o qual havia sido
um de seus melhores amigos antes de morrer na guerra. Mesmo não se sentindo
digno da ajuda do rei Davi, Mefibosete foi acolhido com grande amor pelo rei e
passou a viver nos palácios reais até o último dia de sua vida.
É possível visualizar, por exemplo, que dentro da Igreja dos primeiros
séculos, já na época dos Apóstolos, havia a presença do compartilhar do pão, dos
bens, uma vez que a igreja era vista como uma comunidade de pessoas que
estavam seguindo o mesmo rumo: a morada eterna (At 10,38). É interessante
também visualizar que dentro de diversos momentos nas cartas dos apóstolos às
diferentes igrejas do Novo Testamento há sempre a referência à doação ao orar,
consolar, encorajar “uns aos outros” – termo que mais tarde foi compreendido por
teólogos como κοινωνία (koinonia – comunhão, em união de pensamento e ações),
conforme aponta Silva (2016). A benignidade e misericórdia são vistas como dons
espirituais e como um fruto do Espírito (Rm 12,8; Gl 5,22); o apóstolo Tiago já dizia
que a solidariedade deve ir além das simples e bonitas palavras, manifestando-se
em ações concretas (Tg 2,15-16).
Diante do Reino de Jesus, o velho torna-se novo, quem era miserável sai da
marginalidade, a viúva torna à vida e é respeitada como tal, o estrangeiro é
amorosamente acolhido e abraçado. O autor da carta aos Hebreus, por exemplo,
afirmava (HEBREUS, 13.3) veementemente: “Lembrem-se dos presos, como se
vocês estivessem presos com eles, e dos maltratados, como se vocês estivessem
vivendo assim”. Não é à toa que o livro de Atos demonstra tal ação da igreja, ao
dizer que “todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam
as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que
alguém tinha necessidade” (ATOS, 2.44-45).
Com referência à Idade Média, não são poucos os autores que a conotam
como Idade das Trevas, ou como o período obscuro da história, devido às
consequências negativas deixadas pelas diversas revoluções nas civilizações em
suas épocas (JACQUES, 2006). É normalmente atribuída à Igreja uma grande ou a
maior parte da responsabilidade como principal causadora desse período de trevas.
Percebe-se nesta simplificada visão, assim, apenas os conflitos que ficaram
marcados na história pela ignorância e brutalidade das disputas. No entanto, esse
período não foi demarcado unicamente pela obscuridade (PERNOUD, 1979;
BOÉCIO, 1998). É preciso levar em consideração, similarmente, os grandes e
significativos legados construídos pelo sistema eclesiástico daquele tempo. A Igreja,
como principal fonte institucional da época, teve papel fundamentalmente único no
desenvolvimento e assistência social da época feudal (WOODS, 2010).
Com a decadência e fim do Império Romano, por exemplo, pode-se dizer que
a igreja foi a única instituição a qual se manteve estruturada e organizada. A Igreja,
por primazia, foi aparentemente a única Instituição que demonstrou fortemente sua
incumbência de preservar e similarmente de expandir a cultura medieval
(HURLBUT, 1979). Para tanto, a igreja possuiu condições de difundir e refletir os
valores e doutrina cristã às diferentes camadas da sociedade, tanto aos senhores
feudais quanto aos seres humanos mais socialmente delimitados da época (NUNES,
1979).
É possível elucidar também a contribuição dos padres escritores da época, os
quais com seus textos progressivamente trouxeram importantes legados teológicos
aos teóricos da atualidade. Os intelectuais da época medieval debruçavam-se
avidamente sobre os comentários das obras clássicas disponíveis, traduzindo-as de
um idioma desconhecido para outro, em uma época em que não existiam aparatos
tecnológicos de tradução online como atualmente (GONZÁLEZ, 2011). Sobretudo,
os intelectuais da época buscavam acrescentar comentários aos textos já
produzidos anteriormente, no intuito de contemporizar as problemáticas sociais e
existenciais mais marcantes daquele período (RIBEIRO, OLIVEIRA, 2009).
Da mesma maneira que o feudalismo se expandiu por toda a Europa, a Igreja,
não diferentemente, acompanhou esse exacerbado crescimento, alcançando,
destarte, grande poder material e social. Dentro deste contexto de crescimento
material a Igreja não renunciou ao seu primário papel assistencial. Mesmo em um
período dito sombrio por conta das recorrentes disputas de poder, houve líderes
religiosos motivados na manutenção do bem comum (PERNOUD, 1979). O papa
Gregório Magno (590-604), por exemplo, destacou-se por sua capacidade
administrativa em sua época. Além de estar constantemente ocupado com a parte
administrativa da Igreja em seus diferentes atributos eclesiásticos, ele também
demonstrou grande preocupação pela saúde e alimentação da população da antiga
Roma feudal (GONZÁLEZ, 2011).
Contudo, é possível perceber também dentro da Igreja o surgimento de dois
grupos clericais. Por conta do avanço dos territórios feudais, a expansão da
administração eclesiástica, a prosperidade econômica da Igreja e de sua relevância,
nota-se a presença do clero secular, o qual estava responsável pela administração
eclesiástica e pelas questões políticas. Havia similarmente a presença do clero
regular, o qual voltava-se à práxis da pregação, ao compartilhamento dos valores
cristãos e disciplinas espirituais. Conforme aponta Hurlbut (1979, p.123), “a Igreja se
pôs entre os príncipes e seus súditos, a fim de reprimir a tirania e a injustiça, para
proteger os fracos e para exigir os direitos do povo”. Desta forma, a Igreja atuou na
época Feudal tanto no espectro político e religioso, como também no seu entorno
social.
Adicionalmente, é importante relatar o papel da igreja dentro do aspecto
educacional, haja vista o surgimento de diversos mosteiros, os quais eram
acoplados às escolas, bibliotecas e monastérios. Era dentro dos mosteiros e abadias
que se encontravam as únicas escolas e bibliotecas existentes da época (ZILLES,
1996). A igreja naquele período foi a principal preservadora da cultura greco-
romana, o que pode ser percebido na restauração e conservação dos diferentes
textos antigos e na dedicação à escrita de livros religiosos em latim, a língua oficial
da Igreja naquela época.
Havia também a presença do ensino feito por padres e cônegos, os quais
eram encarregados de transmitirem o conhecimento de disciplinas como gramática,
retórica, geografia, aritmética, entre outras (ZILLES, 1996; GILSON, 1998). No
entanto, é possível visualizar que os bispos daquela época dificultavam o acesso às
escolas, sob o pretensioso motivo de que tais conhecimentos poderiam afastar as
pessoas do conhecimento de Deus. Por conta disso, dentro do contexto de
dificuldades e desafios, aqui resumidamente relatado, surge, então, a primeira
Universidade, localizada em Bolonha, no ano de 1088. Fundada como um local para
intercâmbio do conhecimento de diversas áreas de conhecimento, a universidade de
Bolonha é mundialmente conhecida e está entre uma das 200 melhores
Universidades do mundo, conforme aponta o site italiano L’adige2.
Em consonância com González (2011), as limitações impostas pela própria
igreja, como instituição, não foram maiores do que as associações fundadas pelos
ávidos professores e alunos daquele tempo, denominadas na época de universitas,
as quais mais tarde deram origem à palavra universidade. Já era possível ver certa
organização do conhecimento há quase mil anos atrás. Havia quatro grandes
divisões ou faculdades a fim de se sistematizar o conhecimento de modo
razoavelmente tangível. A faculdade de Artes era direcionada aos conhecimentos
concernentes à educação de modo mais geral. Já as faculdades de Direito, Teologia
e Medicina, organizavam o conhecimento de modo mais específico em suas
respectivas áreas de atuação. Os diretores das referidas faculdades eram
denominados decanos e eram eleitos pelos professores. O decano responsável pela
Faculdade de Artes era eleito o reitor e representava, com isso, a própria
universidade.
Como é possível ver, não é viavelmente concebível afirmar que a igreja na
época da Idade Média foi unicamente responsável pela conhecida Idade das Trevas
(PERNOUD, 1979). A Igreja também contribuiu ao deixar um legado ao mundo de
maneira que, hoje, olhe-se para a história por meio do conhecimento acadêmico e
educacional que trouxe clareza e expansão em um período entendido como obscuro
(JACQUES, 2006).
Concernente à Idade Moderna, destaco em especial o momento da peste
bubônica, a qual teve seus diferentes ciclos na Europa desde o século VII até o
século XVIII. Conforme aponta Bombini (2021), a peste bubônica quando chegou na
Irlanda foi conhecida como “plaidh mor” ou “a grande praga”, nome dado devido ao
grande infortúnio que trouxe à ilha. Conforme relata a autora (BOMBINI, 2021,
p.303) com base nos documentos advindos de Clyn (1809) e Gwynn (1935), estes
apontam que apenas em Dublin, por exemplo:
2
Disponível em: <https://www.ladige.it/cronaca/2020/09/02/classifica-mondiale-delle-universita-
bologna-la-migliore-d-italia-e-anche-trento-si-piazza-bene-1.2534985>. Acesso: 10 fev, 2023.
As pessoas em geral apresentavam furúnculos, úlceras e feridas que
cresciam nas pernas e axilas, enquanto outras também sofriam muito de dores de
cabeça e quase entravam em estado de frenesi. Havia também aqueles que ainda
cuspiam sangue. Bombini (2021) também menciona que a pestilência era tão
contagiosa que qualquer forma de contato humano já era suficiente para que fosse
transmitida.
Já nesta época havia a crença no lado espiritual da peste, como uma
consequência ou castigo divino contra o ser humano. Para tanto, conforme aponta a
literatura da época (MICHON, 1860), fazia-se uso da esmeralda como um
medicamento contra todos os tipos de venenos. São relatados também nesta época
irlandesa o uso de diferentes orações para a cura da peste bubônica. Uma delas era
a oração de São Sebastião, “de máxima virtude contra a peste” (SKEMER, 2006,
p.181).
Na época de Martin Lutero, conforme aponta o teólogo Wilhelm Wachholz
(2020), a pandemia que iniciou no século XIII acabou se estendendo pelos séculos
posteriores, chegando à época do reformador alemão. Para Lutero, crítico veemente
dos absurdos advindos do uso irregular de indulgências, as obras de salvação
deveriam ser o sinal daqueles que haviam sido redimidos por Deus, mantendo a
ênfase na aplicação da caridade cristã (CÉSAR, 2004). Na época do reformador
havia a presença de uma caixa comunitária, a qual servia de uso para as pessoas
mais pobres e necessitadas. Conforme aponta o autor supracitado (CÉSAR, 2004,
p.20):
O teólogo Wachholz (2020) aponta que Lutero, além de sua preocupação com
a comunidade cristã como um todo, moveu-se de íntima compaixão com as pessoas
enfermas por conta da epidemia do século XVI, uma vez que o teólogo alemão as
hospedou em sua casa, em alojamentos separados. O protestante alemão adotou os
melhores cuidados da época com tais pessoas afligidas por diversas enfermidades.
Em sua conhecida carta, “Ob man vor dem Sterben fliehen möge” (do alemão, “se
alguém precisa fugir da morte”), Lutero mostra que sua própria casa acabou se
tornando um hospital para pessoas acometidas pela referente epidemia. Segundo
Wachholz (2020), Lutero defendia que as pessoas que não tivessem vivido até então
de maneira cristã deveriam ser preparadas até mesmo para o possível momento de
morte que estas enfrentariam, com a presença de confissão, comunhão da Santa
Ceia, assim como a reconciliação e a escrita de testamento, para que os
descendentes pudessem também receber o que lhes era por direito.
Conforme aponta Brecht (1987), Lutero via a doença em sua época como um
castigo de Deus à humanidade; contudo, o reformador também visualizava este
castigo como uma oportunidade para o pecador arrependido voltar-se a Deus. Nas
palavras de Wachholz (2020, p. 387), “em meio à realidade da morte, pela fé, o ser
humano é liberto do egoísmo para tornar-se um pequeno Cristo para o seu próximo.
Na pessoa doente, Cristo é encontrado. Na pessoa enferma, Cristo é servido”. Na
época moderna o reformador via o serviço de ajuda aos enfermos como uma
oportunidade de se demonstrar o amor e a fraternidade cristã (WYLLER, 2001).
Tanto o cuidado com os enfermos quanto o cuidado com a própria vida apontavam
para a mesma direção: a vida.
Finalmente, em relação à Idade contemporânea, é possível visualizar a forte
presença do uso de mídias digitais para a assistência social da igreja, haja vista o
presente momento de pandemia vivido por todos (RIO, 2021). Conforme apontam
autores como Tavares (2020) e Oliveira (2020), é crescente o número de cultos e
celebrações religiosas online, haja vista as limitações presentes
contemporaneamente por conta da COVID-19. Os autores supracitados apontam
que é necessário que a igreja e a fé cristã ainda encontrem-se presente na vida das
pessoas, como uma nova maneira de se existir no Ciberespaço (SPADARO, 2012),
haja vista as diversificadas maneiras de se poder ser e fazer a igreja no mundo
cibernético.
Tomemos como exemplo de trabalho desenvolvido atualmente aquele
relatado pelo teólogo Borré (2014), o qual descreve, a título de exemplo, os
diferentes projetos sociais desenvolvidos pela Igreja Universal do Reino de Deus
(IURD). O autor (BORRÉ, 2014) cita os trabalhos específicos realizados dentro dos
projetos Força Jovem, Projeto Nordeste, a Associação das Mulheres Cristãs, a
Organização Educacional Ler e Escrever, A Gente da Comunidade, o Momento do
Presidiário, a Fundação Casa. Apesar de haver críticas quanto à presença destes
projetos por parte do autor quanto à própria essência do trabalho diaconal, Borré
(2014) afirma que a IURD apresenta projetos que podem fomentar e incentivar a
cidadania a comunidades que antes eram acometidas pela exclusão e
distanciamento social, não causado pela pandemia, mas, pelas próprias mazelas
sociais contemporâneas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abstract: Before the diversified calamities that take place over society as a whole in
the contemporary world as the previous pandemics, the church shows its guiding and
humanitarian role (GAEDE NETO, 2001) as it brings about not only hope by means
of faith, but similarly by means of help in the fields of psychology, work, law, food
among others, in light of what shows the academic literature (BOFF, 1999; JÚNIOR,
2018). The present-day article, therefore, aims at bringing light to a panoramic
perspective in the history of the church and how it, as an institution, has been
developing its diaconal role throughout the different times in world history
(SCHWARTZMAN, 2004; JÚNIOR, 2018; STARNITZKE, 2013). Under a
bibliographic and qualitative scope, we aim at portraying panoramically some
relevant data regarding the positive role of church since its first actions in the old
apostolic times until contemporaneity, with the huge advent of information technology
(SPADARO, 2012; RIO, 2021). The research results point out to different and more
complex ways to develop the faith of the (non) believers as well as the feeling of
belonging from these ones concerning the theological and religious reality and the
promotion of a more socially engaged reality, which is attentive to the local
necessities of a given population, whether this need regards areas of social, health,
work, educational, psychological or religious development.
REFERÊNCIAS
BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes,
1999.
BRECHT, M. Martin Luther; Die Erhaltung der Kirche 1532-1546. Stuttgart: Calwer
Verlag, 1987.
CÉSAR, E. O Martin Luther do século 16: “Eu já não tenho esperança”, 2004.
Disponível em: <https://www.ultimato.com.br/revista/artigos/289/o-martin-luther-do-
seculo-16-eu-ja-nao-tenho-esperanca> . Acesso em: 20 mai. 2021.
GWYNN, A. The Black Death in Ireland. An Irish Quarterly Review 24(93), 1935,
p.25-42.
PERNOUD, R. Idade Media; o que não nos ensinaram. Tradução de Mauricio Brett
Menezes. Rio de Janeiro: Agir, 1979.
RIO, M. M. O. Nos vemos online?: diferentes vozes sobre a busca por deus no
cenário pandêmico brasileiro. Estudos Teológicos, v. 60, n.2, p. 610-626, 2021.