Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O r i e n t a d o r a : P r o f. D r ª K e l l y T h a y s y L o p e s N a s c i m e n t o
1
• Introdução
2
• A cada nova tecnologia, uma nova sociedade
3
• A presença divina também está online!
4
• Procedimentos metodológicos
5
• Análise de dados e considerações críticas
6
• Considerações finais e direcionamentos
2
INTRODUÇÃO
UMA ERA DE MUDANÇAS
3
TEMPO DIÁRIO MUNDIAL
USADO COM AS MÍDIAS
DIGITAIS
4
INTRODUÇÃO
UMA ERA DE MUDANÇAS
Dentro desta nova cibercultura (LÉVI, 1999), por muito tempo relatada no final do
século XX, surge consigo a recente área da ciberteologia (SPADARO, 2011). Esta
carrega consigo os estudos concernentes à manifestação do divino e dos diferentes modos
como o ser humano expressa, comunica e se comporta mediante sua fé dentro da
realidade digital.
As tecnologias digitais não são apenas compreendidas como ferramentas e sim como
lugares ou como ambiências existenciais (ANDREOLLA, 2012), nas quais diferentes
comportamentos do mundo offline são transpostos e podem ser significativamente
alterados quando presentes em contextos digitais online (OLIVEIRA, 2019).
5
INTRODUÇÃO
UMA ERA DE MUDANÇAS
A ciberteologia, para Sbardelotto (2012a), foi por muito tempo comparada como a
narrativa criacionista: era uma “terra sem forma e vazia”. Conforme Sbardelotto (2017)
e Spadaro (2012), as novas práticas sociais dentro desta nova Reforma Digital (PUNTEL
& SBARDELOTTO, 2017) se complexificam de igual modo àquelas feitas no mundo
offline, especialmente às tradições religiosas históricas de existência bimilenar como o
Cristianismo.
Nesta simbiose paulatinamente mais cibernética a cada dia, conforme aponta Sbardelotto
(2012a), o ato de evangelização não denota apenas a ação de fazer a “propaganda” do
Evangelho nem mesmo uma emissão de conteúdos religiosos. Para tanto, evangelizar
denota um compartilhamento das boas-novas em uma práxis cada vez mais conexial e não
apenas mecânica ou passiva. A igreja precisa estar preparada para estas mudanças e ao seu
modo de agir diante de tais metamorfoses cada vez mais velozes.
6
INTRODUÇÃO
UMA ERA DE MUDANÇAS
7
A CADA NOVA
TECNOLOGIA,
UMA NOVA
SOCIEDADE
O MUNDO JÁ NÃO É MAIS O MESMO
8
A CADA NOVA TECNOLOGIA, UMA NOVA
SOCIEDADE
O MUNDO JÁ NÃO É MAIS O MESMO
De acordo com Funk (2007), a tecnologia implica algo construído pelo ordenamento de
uma organização exibida (implicando na criação de uma dada ordem), cujos aspectos
trabalhem para um propósito que traga algum benefício àquele(s) que fazem uso desta
dada ordem.
A cada nova tecnologia que surge, algum traço do comportamento humano é
transformado, uma vez que a tecnologia medeia as ações (com influências diretas no
pensamento humano) de diferentes pessoas e como estas se portam diante de contextos
socioculturais heterogêneos. As tecnologias representam simbolicamente novos modos
de pensar, de se ver o mundo, de se interagir com o outro e de se compreender a vida em
suas múltiplas facetas.
Teóricos como Lewis Morgan (2005) – considerado por muitos um dos fundadores da
antropologia moderna –, Leslie White (2009) e Gerhard Lensk (2005) afirmam que o
desenvolvimento da civilização humana, principalmente em seu aspecto cultural, está
intimamente ligado ao progresso e evolução dos recursos tecnológicos dos quais
dispomos (SANTOS, 2000) . Morgan, por exemplo, ao explanar sobre a evolução da
cultura propôs três macro estágios, concebidos como selvageria, barbárie e civilização.
9
A CADA NOVA TECNOLOGIA, UMA NOVA
SOCIEDADE
O MUNDO JÁ NÃO É MAIS O MESMO
Para o sociólogo, o fator mais importante para a evolução da sociedade não fora
apenas a transição de diferentes momentos históricos como aqueles que ocorreram em
guerras, conflitos e tomadas de poder. Lensk (2005) acreditava que o acúmulo de
informação, especialmente de informação tecnológica, fora o fator mais importante e
poderoso para a evolução da sociedade (embora este não tenha sido o único).
Diante de tal processo de globalização e midiatização, novos públicos emergentes
estão nesta constante metamorfose: os nativos digitais e os imigrantes digitais
(PRENSKY, 2010). O refinamento destas duas terminologias o levou a trazer as
classificações de usuários da internet como evitadores, os minimalistas e os
participantes entusiastas.
Estamos na terceira década do terceiro milênio, e dentro dela temos o crescente
bombardeamento diário de diferentes mídias digitais, as quais (des)informam, nutrem,
encantam e trazem espanto nos dias hodiernos (GERACI, 2011).
10
A CADA NOVA TECNOLOGIA, UMA NOVA
SOCIEDADE
O MUNDO JÁ NÃO É MAIS O MESMO
Os nativos digitais, conhecidos como geração polegarzinha, são comumente vistos como
extremamente sociais ou individualistas (SERRES, 2013). Isto, no entanto, irá depender muito
do modo e da expertise que estes possuem ao usar as diferentes tecnologias – para um alcance
ou distanciamento maior de outras pessoas.
Outro fato visto tanto por nativos quanto imigrantes digitais na era da comunicação multimodal
e multimediática (PAIVA, 2013; KALANTIZIS, COPE, PINHEIRO, 2020) diz respeito ao uso
de diferentes tipos de emojis, tais como (😀😭😀🙌🏻🔥♥️👍🏻). Para Leite (2018) em seu estudo
mais detalhado a respeito do uso de emojis, os emojis são cada vez mais presentes dentro da
comunicação sintética realizada na Internet. Estes são conteúdos pictóricos digitais, com
representações de objetos, pessoas, animais, emoções e ações do cotidiano (MAÍZ-ARÉVALO,
2017),
Tais recursos podem representar movimento, mudança e sentimentos em relação a uma
mensagem, de modo mais sintético, em uma leitura que segue a direção vertical quanto ao seu
entendimento, ao invés do eixo horizontal visto dentro da leitura do texto escrito (LEITE,
2018; RODRIGUEZ et al, 2017).
11
A CADA NOVA TECNOLOGIA, UMA NOVA SOCIEDA
O MUNDO JÁ NÃO É MAIS O MESMO
Tais mudanças acarretadas por esse acúmulo de mídias digitais nos últimos decênios
acabaram ocasionando um forte processo de midiatização (CASTELLS, 2005),
contribuindo à transformação da antiga Gemeinschaft (uma comunidade com
convivência apenas local) em uma ilimitável Gesellschaft (TONNIES, 1988) – uma
sociedade global e hiperconectada digitalmente.
O fenômeno da midiatização afeta primariamente três dimensões essenciais do ser
humano:
💡 a dimensão social,
💡 a dimensão espacial
💡 a dimensão temporal.
12
SE EU SUBIR AO MUNDO VIRTUAL LÁ TU ESTARÁS, MAS SE
EU DESCER À DEEPWEB LÁ TAMBÉM ESTÁS”: A PRESENÇA
DIVINA ESTÁ ONLINE
UMA FÉ VIRTUAL?
A PRESENÇA DIVINA ESTÁ ONLINE!
CIBERGRAÇA e CIBERPECADO
14
A PRESENÇA DIVINA ESTÁ ONLINE!
CIBERGRAÇA e CIBERPECADO
(A) (B)
(C)
(D) (E)
15
A PRESENÇA DIVINA ESTÁ ONLINE!
CIBERGRAÇA e CIBERPECADO
A discussão acadêmica que será feita no decorrer desta tese nos autoriza a pensar que,
se por um lado existe a ciberteologia, ou seja, a Internet se tornado também não apenas
uma ferramenta, mas, um lugar teológico, a presença de Cristo também se encontra no
cenário cibernético. A Internet torna-se um lócus cristológico (SILVA, 2014). Deus não
mais habita apenas na linguagem humana no momento da encarnação do verbo. Ele
também passa a residir dentro do ciberespaço, uma vez que a linguagem e comunicação
humana contemporânea também se fazem de modo cibernético.
16
A PRESENÇA DIVINA ESTÁ ONLINE!
CIBERGRAÇA e CIBERPECADO
Para Lemos (2004), o ciberespaço pode ser compreendido como um universo sem
dimensões, um local com informações navegáveis de modo instantâneo e irreversível.
O ciberespaço é um local ubíquo, podendo ser acessado em tempo real e por não
requerer um espaço físico.
Conforme Andreolla (2012), a vasta gama de atratividade cristã traz consigo alguns
riscos já vividos dentro de dissimilares nichos mercadológicos contemporâneos: a
redução do conteúdo e da qualidade de conteúdos. Ou seja, a lei do menor esforço
possível se torna progressivamente mais presente no meio cristão (BAGATINI &
BRUSTOLIN, 2001).
18
A PRESENÇA DIVINA ESTÁ ONLINE!
CIBERGRAÇA e CIBERPECADO
19
A IGREJA DO
FUTURO E O
FUTURO DA
IGREJA
LOOKING AHEAD
20
A IGREJA DO FUTURO E O FUTURO DA IGREJA
Segundo Cornelio (2018), até o final de 2060, o cristianismo manterá sua
proporção global de cerca de 32%. Existem algumas previsões religiosas que
afirmam que até 2050, 72% de todos os cristãos virão da América Latina, Ásia e
África, uma vez que houve um declínio no número de cristãos na Europa e na
América do Norte (JENKINS, 2011).
Não obstante, Cornelio (2018) afirma que tal análise pode ser acrítica, uma vez
que o cristianismo não se limita estritamente a um conjunto de configurações
nacionais. O autor (CORNELIO, 2018) também destaca o fato de que, com o
advento das tecnologias digitais, é possível observar um rápido crescimento do
número de trabalhos missionários pós-coloniais. A Jornada Mundial da Juventude,
por exemplo, é uma iniciativa global que pode permitir que diferentes movimentos
religiosos surjam repentinamente em todo o mundo
21
A IGREJA DO FUTURO E O FUTURO DA IGREJA
De modo sucinto, embora os membros da igreja possam estar às vezes
abertamente preocupados com o que pode acontecer com eles no tocante
à eternidade, a igreja deve, da mesma forma, trazer uma Weltzuwendung
(um cuidado/atenção sobre o mundo ao redor) que acolha e traga
esperança em momentos conflitantes na história humana.
A igreja não deve apenas se preocupar primordialmente com a vida após a
morte, mas também ser capaz de oferecer possíveis respostas (e até
perguntas) para as tensões inter-religiosas, sociais, econômicas, culturais e
históricas que surgem de tempos em tempos ao redor do mundo.
Cornelio (2018) afirma que há um conflito de mudanças geracionais dentro
da própria realidade da igreja. Ele afirma que a idade média dos cristãos
em todo o mundo é de cerca de 30 anos. Isso implica que os cristãos
podem ser vistos como primariamente jovens.
22
A IGREJA DO FUTURO E O FUTURO DA IGREJA
O autor (CORNELIO, 2018) também afirma que tem havido um
aumento considerável de pessoas sem filiação religiosa. Eles têm sido
denominados na literatura teológica como os “Nones”, uma vez que
não são tidos como ateus militantes (VILLASENOR, 2013).
23
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DE PESQUISA
A S AT I S F I E D C U TO M E R
OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
O principal objetivo desta pesquisa atual é trazer os pontos de vista de
diferentes líderes de igrejas em todo o mundo, a fim de descrever, analisar
e comparar os pontos de vista compartilhados por líderes de igrejas em
escala global e de estudiosos de teologia sobre o futuro da igreja e como
serão dados seus próximos passos para o futuro nas décadas subsequentes
sobre tópicos diferentes mencionados anteriormente.
Com os fundamentos desta pesquisa alicerçados no campo da
Teologia Prática (FARRIS, 2001), acredito que seja de suma importância dar
voz aos líderes da igreja, a fim de compreender seus próprios pontos de
vista, anseios, temores, bem como seus desafios que estes enfrentam
atualmente em relação ao futuro da igreja na contemporaneidade.
Concernente aos objetivos específicos desta pesquisa, esta tem como
intuito descrever, entender e analisar os diferentes pontos de vista
compartilhados por líderes religiosos de igrejas globais (mega e
gigachurches) a respeito da igreja e seu futuro nas próximas décadas.
25
OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
Como a igreja responderá a desafios tais como a desigualdade de gênero,
a globalização, ao processo de aculturação, às tecnologias digitais e a
presença de cultos online no ciberespaço, ao empobrecimento sem igual,
à marginalização na sociedade, entre outros problemas sociais que estão
emergindo já nas primeiras décadas do século XXI é uma questão que, a
meu ponto de vista, precisa estar permeada de pensamentos e reflexões
teológicas profícuas.
Meu objetivo dentro desta pesquisa é reunir os pontos de vista de líderes
de grandes ou megaigrejas ou megachurches ou até mesmo de
gigachurches – igrejas giga, a fim de compará-los com o que os estudiosos
da área da teologia e ciências da religião preveem sobre a igreja do futuro
e o futuro da igreja (COX, 2009; JUERGENSMEYER, 2009; RIO, 2020).
26
PARTICIPANTES E CONTEXTO DA PESQUISA
No que diz respeito ao contexto de pesquisa, apresento até agora um
panorama sucinto sobre eles, bem como do contexto de pesquisa para a
presente tese. Considerei os líderes da igreja de diferentes continentes
(Europa, Ásia, América do Sul e do Norte, Austrália e Antártica), a fim de
entender com mais precisão quais pontos de vista eles possuem sobre o
futuro da igreja e a igreja do futuro.
Levei em consideração a liderança de megaigrejas ou gigaigrejas
(termo que vem sendo usado recentemente para descrever igrejas cujo
número de frequentações ultrapassa as dez mil pessoas por semana,
conforme afirma Maddox (2012)). As informações serão retiradas dos sites
e recursos online disponíveis na Internet dos líderes das igrejas das igrejas
mencionadas abaixo, como forma de reunir informações relevantes sobre
os possíveis cenários subsequentes para os tempos futuros.
27
PARTICIPANTES E CONTEXTO DA PESQUISA
28
PARTICIPANTES E CONTEXTO DA PESQUISA
29
PARTICIPANTES E CONTEXTO DA PESQUISA
30
PARTICIPANTES E CONTEXTO DA PESQUISA
31
PARTICIPANTES E CONTEXTO DA PESQUISA
32
PARTICIPANTES E CONTEXTO DA PESQUISA
33
PARTICIPANTES E CONTEXTO DA PESQUISA
34
PERGUNTAS DE PESQUISA
35
PERGUNTAS DE PESQUISA
36
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Chamo a atenção para o fato de que o estudo atual visa trazer uma pesquisa
localizada no cenário teológico cristão global (COX, 2009), como forma de
aprofundar os estudos em uma área que ainda parece carecer de um nível de
estudo como aquele desenvolvido em um Doutorado.
37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, Américo. Um Padre na Aldeia Global – Evangelização e o desafio das novas
tecnologias, ed. Paulinas, Prior Velho, p. 85-112, 2014.
AL MUSA, Alice. Using Computers in Education. Ima Mohamed Bin Saud Islamic
University, 2002.
38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAUMAN,Zygmunt.; LYON, David. Liquid Surveillance: A Conversation.
Cambridge: Polity, 2012.
BLAKE, Roberts. Brave new digital classroom: technology and foreign language
learning. Washignton, D.C.: Georgetown University Press, 2008.
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BREY, Philip. Philosophy of Technology Meets Social Constructivism: A Shopper’s
Guide. In: Readings in the Philosophy of Technology, 2nd ed. Edited by David M.
Kaplan. Lanham: Rowman & Littlefield Publishers, p. 268–324, 2009.
BURNS, Ann. Action research in the field of second language teaching and learning. In:
HINKEL, E (Orgs.). Handbook of research in second language teaching and learning.
New York and London: Routledge, 2011. p. 237-253.
_________, Internet e sociedade. In: MORAES, Dênis de. Por uma outra comunicação:
Mídia, mundialização, cultura e poder. Rio de Janeiro: Record, 2005, pp.225-287.
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASEY, Cheryl. Symbol and Ritual Online. In: XCIV Convenção Anual da National
Communication Association. San Diego. Revista do Instituto Humanitas, ano 9, n. 35,
p. 50, 2008.
CRAIG, William Lane; On Guard: Defending your faith with reason and precision.
David Cook, Colorado, 2010.
41
THANK YOU
I v y E n b e r C h r i s ti a n P h i l o s o p h y U n i v e r s i t y