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LIDO LIVRO Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas (Os) Nos Serviços Hospitalares Do SUS
LIDO LIVRO Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas (Os) Nos Serviços Hospitalares Do SUS
Especialistas
Denise Regina Disaró
Josélia Quintas Silva de Souza
Maria Aparecida Crepaldi
Monalisa Nascimento dos Santos Barros
Mônica Giacomini Guedes da Silva
Silvana Fontoura Dorneles
1ª Edição
Brasília, 2019
© 2019 Conselho Federal de Psicologia
É permitida a reprodução desta publicação, desde que sem alterações e citada a
fonte. Disponível também em: www.cfp.org.br.
128 p. ; 21 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-65-5069-008-3
CDD 150
Gerência de Comunicação
Luana Spinillo Poroca – Gerente
Técnicas(os)
Cristina Trarbach (CRP01); Maria de Fátima dos Santos Neves (CRP02); Natani
Evlin Lima Dias (CRP03); Pablo Mateus dos Santos Jacinto (CRP03); Leiliana Sousa
(CRP04); Roberta Brasilino Barbosa (CRP05) Edson Ferreira Dias Júnior (CRP06); Ra-
faela Demétrio Hilgert (CRP07) Regina Magna Fonseca (CRP09); Letícia Maria Soares
Palheta (CRP10); Mayrá Lobato Pequeno (CRP11); Iramaia Ranai Gallerani (CRP12);
Katiuska Araújo Duarte (CRP13); Mônica Rodrigues (CRP14); Liércio Pinheiro de Araú-
jo (CRP15); Mariana Moulin Brunow Freitas (CRP16); Zilanda Pereira Lima (CRP17);
Érika Aparecida de Oliveira (CRP18); Lidiane de Melo Drapala (CRP19); John Wedson
dos Santos Silva (CRP21); Lívia Maria Guedes de Lima Andrade (CRP22); Stéfhane
Santana Da Silva (CRP23).
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
XVII Plenário
Gestão 2017-2019
Diretoria
Rogério Giannini – Presidente
Ana Sandra Fernandes Arcoverde Nóbrega – Vice-presidente
Pedro Paulo Gastalho de Bicalho – Secretário
Norma Celiane Cosmo – Tesoureira
Conselheiras(os) Efetivas(os)
Iolete Ribeiro da Silva – Secretária Região Norte
Clarissa Paranhos Guedes – Secretária Região Nordeste
Marisa Helena Alves – Secretária Região Centro Oeste
Júnia Maria Campos Lara – Secretária Região Sudeste
Rosane Lorena Granzotto – Secretária Região Sul
Fabian Javier Marin Rueda – Conselheiro 1
Célia Zenaide da Silva – Conselheira 2
Conselheiras(os) Suplentes
Maria Márcia Badaró Bandeira – Suplente
Daniela Sacramento Zanini – Suplente
Paulo Roberto Martins Maldos – Suplente
Fabiana Itaci Corrêa de Araujo – Suplente
Jureuda Duarte Guerra – Suplente Região Norte
Andréa Esmeraldo Câmara – Suplente Região Nordeste
Regina Lúcia Sucupira Pedroza – Suplente Região Centro Oeste
Sandra Elena Sposito – Suplente Região Sudeste
Cleia Oliveira Cunha – Suplente Região Sul (in memoriam)
Elizabeth de Lacerda Barbosa – Conselheira Suplente 1
Paulo José Barroso de Aguiar Pessoa – Conselheiro Suplente 2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO....................................................................................06
INTRODUÇÃO........................................................................................08
EIXO 1
DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICA DA ÁREA DE PSICOLOGIA HOSPITALAR........................................................19
EIXO 2
INTERFACE ENTRE PSICOLOGIA E ATENÇÃO HOSPITALAR .......................................................................... 29
EIXO 3
ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NOS HOSPITAIS..................................................................................................... 43
EIXO 4
A GESTÃO DO TRABALHO EM SAÚDE ................................................................................................................ 90
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................104
REFERÊNCIAS......................................................................................111
APRESENTAÇÃO
XVII Plenário
Conselho Federal de Psicologia
3 A definição trazida por esse autor é adotada neste texto por sua nitidez e obje-
tividade. Ela congrega de forma conceitual as diretrizes do CFP, que constam na
Resolução 13/2007, vigente, em relação à especialidade de Psicologia Hospitalar.
5 Fazer o acompanhamento.
Medicina e Psicologia
Enfatiza-se que no hospital a demanda costuma ser médica, na
lógica da atenção biomédica, mesmo que se considere a atual política
de atenção hospitalar citada no Eixo 1, que preconiza assistência in-
tegral aos usuários, o que pressupõe a importância da ação de outros
saberes. O mundo do conhecimento biomédico e das patologias têm
diversas especialidades e ainda muitas particularidades, como proto-
colos, tipos de tratamento, medicações específicas, procedimentos,
intervenções e prognósticos, que vão dos mais simples àqueles re-
servados. Existem várias possibilidades e classificações, diagnósticas
e prognósticos: doenças agudas, doenças crônicas, doenças crôni-
co degenerativas, doenças infecto-contagiosas e cuidados paliativos
que, muitas vezes, evoluem por muitos anos, até a fase final da doen-
ça e posterior morte da pessoa doente. As seguintes definições são
aspectos importantes nessa lógica biomédica:
Doenças agudas
Aquelas de instalação brusca e inesperada que ocupam os es-
paços nas emergências dos hospitais. Implicam ameaças e risco imi-
nente de vida e pede tratamento e ações médicas imediatas. Apre-
sentam o elemento surpresa com rupturas importantes para o sujeito
biopsicossocial. Emerge o trágico da condição humana como visto
nos acidentes, desastres, catástrofes, violências, com um destaque
especial para as tentativas de suicídios. Geram intenso sofrimento
pelo desamparo e mobiliza em demasia a família, também perplexa
pelo acontecimento inesperado. Neste espaço, as(os) psicólogas(os)
trabalham com diferentes respostas emocionais entre elas o Trans-
torno de Estresse Pós-traumático (TEPT) e os Transtornos de Estresse
Agudo (TEA) com suas sintomatologias próprias (BORGES, 2009).
Outras características: doenças agudas podem levar a óbito
ou à recuperação total. Podem se tornar crônicas, deixar sequelas
momentâneas ou definitivas e reais, como também, e não menos
importantes, as sequelas significativas como cronicidade emocional
com os ganhos secundários da doença.
Doenças crônicas
Aquelas de instalação brusca ou lenta que permanecem por
tempo indeterminado e evoluem até a morte. Exige tratamento in-
terdisciplinar prolongado, limitações e muitas vezes levam ao esgo-
tamento tanto do paciente quanto dos familiares.
Santos e Sebastiani (1996, p. 160) assim definem a doença
crônica:
Cirurgia /
Enfermaria / UTI
Alta Hospitalar
Emergências e cura.
Doenças Agudas
Protocolo de Alta com sequelas
Rupturas
Manchester provisórias ou
definitivas
Óbito
Doenças Crônicas /
Rupturas /
Limitações
Tratamento
Sequencial,
crises e
Hospitalização
***
A política de atenção integral do SUS envolve muitos desafios,
entre tantos a proximidade entre os setores públicos e a sociedade
civil que certamente gera novos valores político-sociais, sobretudo
na área de saúde com a melhor compreensão do processo saúde-
-doença e dos modos de atenção, proteção e intervenção junto aos
usuários. Busca-se romper paradigmas e o modelo biomédico tradi-
cional, saindo do foco da doença e voltando-se ao ser que adoece.
Avanços significativos, embora ainda insuficientes, estão sen-
do constatados, entre eles o aumento da diversidade de áreas pro-
fissionais integrando as equipes de saúde, sobretudo em Hospital
Geral. Caminhamos nas políticas públicas, nos programas e serviços
e ainda temos muito a conquistar no que se refere as demandas da
população (GIORGIA-MARTINS, 2012).
Diante de tais constatações é necessário se compreender a
instituição hospitalar, quem são os seus usuários e o que se passa
com eles. É preciso saber da dinâmica doença/hospitalização/trata-
mento, ao mesmo tempo em que se enfatiza a importância das rela-
ções paciente/família/equipe de saúde.
• Período Pré-operatório:
O período pré-operatório é vivenciado subjetivamente, a partir
do tipo de cirurgia a ser realizada, da idade da pessoa, de seu mo-
mento de vida e do significado da intervenção cirúrgica a ser feita.
Certos medos e ansiedades são reações consideradas normais. Po-
rém, na medida em que essas condições se elevam e se somam à
tensão, estresse ou outras condições adversas do estado emocional,
a pessoa pode sofrer várias interferências somáticas em seu organis-
mo que podem prejudicar o processo cirúrgico.
9 Cf.: Saúde do Trabalhador no âmbito da saúde pública: referências para atuação de psicólo-
gas Disponível em: <crepop.pol.org.br>. Acesso em: 09 de outubro de 2019.
9 786550 690083