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5 As Tecnologias Assistivas e o Auxílio No
5 As Tecnologias Assistivas e o Auxílio No
Desenvolvimento da Aprendizagem
Objetivos da Unidade:
ʪ Material Teórico
ʪ Material Complementar
ʪ Referências
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ʪ Material Teórico
Glossário
Tecnologia: é um produto da ciência e da engenharia que envolve um
conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam a resolução
de problemas. É uma aplicação prática do conhecimento científico em
diversas áreas de pesquisa.
Pois bem! Na Educação Inclusiva as tecnologias assistivas são auxílios importantes para nossos
estudantes deficientes.
De acordo com a Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), temos a definição do termo no
Artigo 3º:
Lei 13.146, de 6 de julho de 2015: Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Em seu Capítulo III – Da
Tecnologia Assistiva – Art. 74. É garantido à pessoa com deficiência acesso a
produtos, recursos, estratégias, práticas, processos, métodos e serviços de
tecnologia assistiva que maximizem sua autonomia, mobilidade pessoal e qualidade
de vida;
Leitura
Para ter acesso na íntegra sobre as legislações indicadas, acesse os
links a seguir:
Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999
Clique no botão para conferir o conteúdo.
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O último decreto publicado reafirma, em seu artigo 2º, a importância das tecnologias assistivas,
ou ajudas técnicas, no que diz respeito a qualquer ação, seja ela de uso de equipamentos ou de
práticas e serviços, com o objetivo de promover a autonomia, a independência, a qualidade de
vida e a inclusão social das pessoas com deficiência. A proposta de inclusão, mais do que nunca,
tem como objetivo central o protagonismo da pessoa deficiente e o desenvolvimento de sua
autonomia. Depender do outro para que possamos realizar tarefas, mesmo que sejam as mais
simples do nosso cotidiano, não é fácil!
O processo de inclusão passa por questões sociais que estão muito enraizadas em nossa
sociedade. Olhar para a pessoa deficiente com “pena”, achar que ela tem uma doença, que não é
capaz de realizar nenhuma tarefa ou mesmo exercer uma profissão, são ideias e pensamentos
que passam pelo imaginário social há séculos. Cada deficiência tem suas características e
necessidades próprias e em cada uma delas há uma pessoa, um indivíduo com suas
características e necessidades específicas. A gama da diversidade é enorme!
A partir do momento que a educação especial é trazida para dentro da escola, portanto, em um
movimento de inclusão, tornou-se importante pensarmos em como auxiliar os estudantes com
deficiência, no desenvolvimento de suas aprendizagens. Muitas vezes, é necessário termos
apoio para que o processo de aprendizagem seja efetivado. Vejamos um caso para nos auxiliar na
compreensão:
José é deficiente visual desde o nascimento. Ele tem 10 anos e não tem resquícios de visão. Desde
pequeno aprendeu a utilizar muito bem sua audição e seu tato, bem como seu senso espacial
para movimentar-se em casa, na escola e na rua. Ele, ainda, precisa de auxílio; é aluno do 5º ano
da Escola municipal ABC, localizada no município de Quixadá, no Ceará. A escola é bem
estruturada e possui a sala de Atendimento Especializado, que é organizada pela professora
Maria. Ela trabalha conjuntamente com a professora Joana, titular da classe regular. Maria
elaborou um Plano Individualizado de ação para o desenvolvimento do trabalho com José. Nesse
plano, ela previu alguns materiais necessários para o desenvolvimento do trabalho com o
estudante. São materiais de tecnologia assistiva. Alguns a escola possui, já outros Maria terá que
elaborar.
De toda a lista, a escola possui a maior parte, inclusive a impressora de textos em Braile, recém
adquirida pela escola com auxílio da APM (Associação de Pais e Mestres) da instituição. Maria
terá que elaborar as fichas em alto-relevo, que irão auxiliar José na compreensão dos conceitos
desenvolvidos e nas diferentes áreas do conhecimento.
Observe a imagem, a seguir: uma ficha, em Braile, utilizada para auxílio do ensino de Ciências.
Figura 1 – Criança explorando, com as mãos, ficha em
Braile da imagem de um esqueleto humano
Fonte: Getty Images
Basta baixar o aplicativo pela loja de aplicativos do celular. O funcionamento se dá pela câmera do
aparelho. É só posicionar a câmera no texto a ser lido, pressionar o dedo sobre a tela por alguns
segundos e logo o texto começará a ser ouvido.
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Vídeos
Tecnologia Assistiva
Tecnologia assistiva
A pessoa cega tem direito a ter sua bengala fornecida pelo Sistema único de Saúde (SUS).
Figura 5 – Rybená
Fonte: Reprodução
#ParaTodosVerem: Tela do aplicativo Rybená para celular. Avatar de mulher
branca, cabelos castanhos, curtos, lisos, vestindo blusa azul, calça jeans com
cinto marrom. No canto inferior esquerdo, menu disposto na vertical com
botões de controle e, no centro inferior da tela, barra que conterá a frase escrita
em língua portuguesa, traduzida dos sinais, em Libras, feitos pelo avatar. Fim da
descrição.
O Rybená é um aplicativo gratuito que foi desenvolvido por pessoas surdas para auxiliar a
comunicação entre pessoas surdas e pessoas ouvintes, traduzindo a Libras – Língua Brasileira
de Sinais – em Língua portuguesa.
Figura 6 – Mouse adaptado
Fonte: Getty Images
Acredito que você deve ter aprendido frações, em Matemática, utilizando uma “pizza das
frações”. Acertei?
A pizza de frações, normalmente, é composta por um círculo de papelão dividido em partes, daí
que saiu o nome, pois assemelha-se a uma pizza.
O círculo é dividido em oito parte iguais e cada uma delas equivale a um oitavo da pizza. Esse é um
material simples, mas que auxilia muito na compreensão do conceito matemático da fração.
Agora, me diga uma coisa... Para qual deficiência poderíamos utilizar esse material?
Se você respondeu deficiência visual, está correto! Como ele é um material que pode ser
manipulado pelos alunos e, no caso do aluno cego, sentido, será fundamental para a construção
do conceito.
Entretanto, você concorda que tal material pode ser utilizado com todas as crianças da sala de
aula?
Como um elemento lúdico, irá possibilitar que as crianças construam o conhecimento de forma
concreta. Esse recurso irá auxiliar muito na construção do conceito de fração.
Site
Materiais Pedagógicos Acessíveis
Para ter acesso a vários exemplos de materiais pedagógicos acessíveis
acesse o Instituto Diversa. O site do instituto traz vários relatos de
atividades realizadas com a utilização de materiais pedagógicos
acessíveis.
ACESSE
Trouxemos alguns exemplos de tecnologias assistivas, mas existem muitos outros. Não só
equipamentos sofisticados, como também, materiais simples que podem ser elaborados e
confeccionados pelos próprios professores. Um exemplo disso são fichas contendo ilustrações
que auxiliam crianças surdas a compreenderem palavras e conceitos novos.
ʪ Material Complementar
Vídeos
Portal YouTube UNESP
Neste link da TV UNESP temos uma infinidade de informações e
reportagens sobre tecnologia assistiva. Não deixe de acessar!
ASSISTA
Leitura
Tecnologia Assistiva
Acesse o link e tenha acesso ao documento elaborado pela Subsecretaria Nacional de Promoção
dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em 2009, que discorre sobre Tecnologia Assistiva. O
documento é bem completo e nos traz informações importantes para compreendermos melhor
o tema.
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ʪ Referências
________. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei brasileira de inclusão da pessoa
com deficiência (estatuto da pessoa com deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 6 jul.
2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 30/03/2022.
________. Decreto nº 10.645, de 11 de março de 2021. Regulamenta o art. 75 da Lei nº 13.146,
de 6 julho de2015, para dispor sobre as diretrizes, os objetivos e os eixos do Plano Nacional de
Tecnologia Assistiva. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 mar. 2021. Disponível em:
<https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.645-de-11-de-marco-de-2021-
307923632>. Acesso em: 30/03/2022.
________. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº 4.189, de 2 de agosto de 2019. Dispõe
sobre a regulamentação da coloração da órtese denominada "bengala longa" para fins de
identificação da condição de seu usuário. Brasília: Câmara dos Deputados, 2019. Disponível em:
<https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2213247>.
Acesso em: 09/05/2022.