Você está na página 1de 76

VOLEIBOL

HISTÓRIA DO VOLEIBOL

O voleibol foi criado em 9 de Fevereiro de 1895 pelo americano William George Morgan,
diretor de educação física da Associação Cristã de Moços (ACM), na cidade de Holyoke,
em Massachusets.
COMO SURGIU O VOLEIBOL
HISTÓRIA

Em 1895 o basquete era o esporte da moda nos Estados Unidos. Em apenas quatro anos, o 
jogo criado por James Naismith alcançara grande popularidade, especialmente no nordeste do país. 
Na pequena Holyoke, no Estado de Massachusetts, bola ao cesto também fazia muito sucesso entre 
os sócios da ACM, a Associação Cristã de Moços. Os jogadores de mais idade, porém, reclamavam 
do novo esporte, que exigia um demasiado esforço físico e os levava à exaustão. Preocupado com 
queixas,   o   pastor   Lawrence   Rinder   solicitou   ao   professor   William   G.   Morgan,   diretor   do 
Departamento de Educação Física, a idealização de um jogo que atendesse às necessidades dos mais 
velhos.   Assim,   como   atividade   recreativa   para   os   trabalhadores   que   freqüentavam   a   ACM   no 
período noturno, nasceu o minnonette.

Inspirado   no   tênis   e   no   handebol,   Morgan   colocou,   no   centro   da   quadra,   uma   rede   a 


aproximadamente 1,90m de altura, sobre a qual a bola deveria ser enviada, por meio de toques com 
a mão, de um lado para o outro. Não havia limitações quanto ao número de jogadores, a nova 
modalidade despertava o espírito de equipe e proporcionava ­ sem provocar o cansaço do basquete ­ 
uma boa dose de exercícios a seus praticantes. No início, houve alguma dificuldade para definir o 
tipo de bola que seria usado naquele novo esporte. A primeira experiência foi realizada com a bola 
de basquete, considerada pesada e de tamanho inadequado. Depois, passou­se a utilizar apenas a 
câmara   daquela   bola,   que   por   ser   leve   e   pouco   veloz   também   não   deu   certo.   Enfim,   Morgan 
solicitou à A.G. Spalding & Brothers, empresa especializada em materiais esportivos, a confecção 
de uma bola que satisfizesse às exigências do jogo por ele criado. Após uma série de testes e 
pesquisas,   o   fabricante   conseguiu   conceber   a   nova   bola   que,   conservando   suas   características 
básicas, é usada até os dias atuais.

As   animadas   partidas   no   ginásio   de   Holyoke,   rapidamente,   ganhavam   mais   e   mais 


simpatizantes.   Um ano depois  da  sua  invenção,  o  minnonette  foi  apresentado  no Congresso   de 
Professores de Educação Física, na Universidade de Springfield. Duas equipes, com cinco jogadores 
de cada lado, encarregaram­se de fazer a demonstração. Um verdadeiro sucesso, que imediatamente 
entusiasmou os congressistas. A bola mantida no ar em movimento, em uma espécie de voleio, 
sugeriu   ao   professor   Halstead,   de   Springfield,   a   idéia   de   rebatizá­lo   como  volleyball.

A   nova   denominação   pegou,   e   o   volei   começou   a   ser   conhecido   em   todo   o   Estado   de 
Massachusetts   e   em   parte   da   região   da   Nova   Inglaterra.   Em   1900,   o   jogo   já   ultrapassava   as 
fronteiras   americanas   e   chegava   ao   Canadá.   Divulgado   pela   ACM   internacional,   o   volei   foi 
conquistando outras praças. Cinco anos depois, já era jogado em Cuba e, logo em seguida, tornou­
se conhecido em Porto Rico. Na América do Sul, chegou, em 1910, ao Peru. Dois anos depois, seria 
introduzido no Uruguai.

Em   quadras   brasileiras,   a   primeira   partida   de   volei   registrou­se   no   Colégio   Marista   de 


Pernambuco, no Recife, em 1915. Um ano mais tarde, o jogo fazia parte das atividades regulares da 
ACM em São Paulo. Na mesma época, os asiáticos e os europeus mantinham os contatos iniciais 
com o esporte idealizado por Morgan. Entre 1910 e 1913, Filipinas, China e Japão receberam as 
noções básicas do volei. Durante a Primeira Guerra Mundial, as tropas americanas mostraram na 
Europa o jogo que era comum em recreações e campeonatos entre militares. Em 1936, por ocasião 
dos Jogos Olímpicos de Berlim, houve o primeiro passo com vistas à organização de uma federação 
internacional. Onze anos depois, em Paris, foi fundada a Fédération Internationale de Volley­Ball 
(FIVB),   com   14   membros:   Brasil,   Bélgica,   Egito,   França,   Holanda,   Hungria,   Itália,   Polônia, 
Portugal,   Romênia,   Tchecoslováquia,   Iugoslávia,   Estados   Unidos   e   Uruguai.

Naquela   altura,   o   volei   já   contava   com   milhões   de   praticantes   espalhados   pelos   cinco 
continentes.   O   Campeonato   Europeu   de   Roma,   em   1948,   foi   a   primeira   competição   a   nível 
internacional e contou com a presença de seis seleções. Em 1949, na Tchecoslováquia, disputou­se o 
I Mundial masculino, dando a largada para uma série de torneios em todo o mundo. Enfim, firmou­
se como esporte competitivo ao ser incluído entre modalidades olímpicas em 1964. Hoje, a FIVB 
tem cerca de 163 países filiados, quase 100 milhões de jogadores inscritos e pode ser considerado, 
em   muitos   aspectos,   a   maior   federação   esportiva   do   planeta.   Algo   que   ao   inventar   seu 
despretensioso   jogo,   William   G.   Morgan   não   poderia   sequer   imaginar.

Os jogadores antigamente, sacavam fraco, não existia a violência que existe hoje, então, não 
havia   a   necessidade   de   pegar   a   bola   de   uma   maneira   mais   complicada,   de   toque   bastava.

CURIOSIDADE: Acredite se quiser ­ mas o voleibol nasceu na Alemanha. Nasceu, aliás, entre os 
militares que, no final do século passado, já sonhavam com a nação tedesca na liderança da Europa 
e  do  planeta.  Originalmente, se tratava  de um esporte de pontaria e de agilidade. Num espaço 
retangular, demarcado num areial ou num gramado, se levantava uma corda, em sentido horizontal, 
bem no meio da figura geométrica. Duas equipes, de dois até nove atletas, dependendo do tamanho 
do espaço, se dispunham em posições opostas, nos lados da corda. Então, com alguma graça e a 
tentativa da precisão, os contendores cuidavam de atirar uma pelota, com os braços ou com os 
punhos, por cima da corda, na direção do campo inimigo. As regras permitiam duas batidas no 
chão. As pelejas não tinham tempo para terminar. Na verdade, aliás, mais interessava o esforço 
físico, a procura da concentração do que o resultado final, um vencedor. A brincadeira ganho o 
nome   de   FAUSTBALL   ­   no   idioma   germânico,   FAUST   significa   punho.   Apenas   nos   Estados 
Unidos, porém, ela se transformou efetivamente numa modalidade de competição com William G. 
Morgan.

BIBLIOGRAFIA
JOSÉ, T. Histórico. Disponível em: 
<http://www.geocities.com/Colosseum/Pressbox/3200/frame.htm> Acesso em:  16 de abril de 2006.
A primeira bola de voleibol foi uma câmara de bola de basquetebol. Mais tarde, Morgan
solicitou a firma A.G..Stalding &.Brothers a fabricação uma bola para o referido esporte.

REGRAS BÁSICAS DO VOLEIBOL


O espaço de jogo é um retângulo de 18 metros de comprimento por 9 de largura, e é
dividido por uma linha central em dois quadrados com lados de nove metros que
constituem as quadras de cada time. O objetivo principal éconquistar pontos fazendo a
bola tocar na quadra adversária, ou fora da área de jogo após ter sido tocada por um
oponente.

Acima da linha central, é postada uma rede de material sintético a uma altura de 2,43m
para homens ou 2,24m para mulheres (no caso de competições juvenis, infanto-juvenis e
mirins, as alturas são diferentes). Cada quadra é por sua vez dividida em duas áreas de
tamanhos diferentes (usualmente denominadas "rede" e "fundo").
A BOLA

A bola empregada nas partidas de voleibol é composta de couro ou couro sintético e


mede
aproximadamente 65 cm de diâmetro. Ela pesa em torno de 270g e deve ser inflada com
ar
comprimido a uma pressão de 0,30 kg/cm2.
ANTENAS

Acima da quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido lateral por duas antenas
postadas em cada uma das extremidades da rede. No sentido vertical, os únicos limites
são as estruturas físicas do ginásio.
O JOGO

O voleibol é um jogo em que os jogadores usam as mãos para tocar a bola. Porém, não
é permitido segura-la ou carrega-la. Controlada apenas por toques das mãos, a bola deve
ser lançada para o campo adversário, e vice-versa, por cima da rede que divide os dois
campos, até que a bola toque o chão.
O jogo inicia com a bola sendo lançada para o campo do adversário por um jogador que
se coloca atrás da linha de fundo de seu campo. Este lançamento é chamado saque. No
saque a bola deve ser golpeada e não lançada.

Ao contrário de muitos esportes coletivos, tais como o futebol ou o basquete, o voleibol


é jogado por pontos, e não por tempo. Cada partida é dividida em sets que terminam
quando uma das duas equipes conquista 25 pontos.

Deve haver também uma diferença de no mínimo dois pontos com relação ao placar do
adversário - caso contrário, a disputa prossegue até que tal diferença seja atingida. O
vencedor será aquele que conquistar primeiramente três sets.

O jogo termina quando um time completa três sets vencidos, cada partida de voleibol
dura no máximo cinco sets. Se isto ocorrer, o último recebe o nome de tie-break e termina
quando um dos times atinge a marca de 15, e não 25 pontos.

Como no caso dos demais, também é necessária uma diferença de dois pontos com
relação ao placar do adversário.

COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES

Cada equipe é composta por doze jogadores, dos quais seis estão atuando na quadra e
seis permanecem no banco na qualidade de reservas.
DISPOSIÇÃO DOS JOGADORES

Os seis jogadores de cada equipe são dispostos na quadra do seguinte modo:

No sentido do comprimento, três estão mais próximos da rede (jogadores de ataque) e


três mais próximos do fundo (jogadores de defesa); e, no sentido da largura, dois estão
mais próximos da lateral esquerda; dois, do centro da quadra; e dois, da lateral direita.
Estas posições são identificadas por números: com o observador postado frente à rede,
aquela que se localiza no fundo à direita recebe o número 1, e as outras seguem-se em
ordem crescente conforme o sentido anti-horário.

RODÍZIO

O rodízio no Voleibol é o ato no qual os jogadores de uma equipe rodam na quadra, no


sentido horário, trocando uma posição em relação a ocupada anteriormente.
Quais são as posições de rodízio?

As posições de rodízio vão de 1 a 6. Sendo que o jogador que ocupar a posição N° 1,


sempre será o responsável, obrigatoriamente, de realizar o saque da equipe.

Rede e Fundo:

No Voleibol se denomina que os jogadores que ocupam as posições 4, 3 e 2 no rodízio


estão “na rede” e os jogadores das posições 5, 6 e 1 estão “no fundo”.

Quando ouvimos em uma transmissão de um jogo de Voleibol na TV, que a “rede” de


determinada equipe é uma “rede” alta, a palavra rede aparece no sentido conotativo, já
que a rede que o locutor está se referindo é referente aos jogadores que estão ocupando
as posições 4, 3 e 2 no rodízio, que por sua vez, são os mais altos da equipe.

Quando ocorrerá o rodízio?

O rodízio ocorre todas as vezes em que uma equipe marca um ponto após o saque da
equipe adversária. Ou seja, se sua equipe marcou um ponto após o saque do adversário,
sua equipe deve rodar uma posição, no sentido horário. Já se sua equipe marcou um
ponto após um saque de sua própria equipe, o rodízio permanece como está.

Regras relacionadas ao rodízio:

Primeira regra relacionada ao rodízio está relacionada ao saque, que sempre será feito
pelo jogador que ocupar a posição 1 após um rodízio.

Outra regra importante é que os jogadores que ocuparem as posições de “fundo” (1, 5 e
6) não podem atacar na linha de 3 metros, ou mesmo pisando nela. De forma, esses
mesmos jogadores também ficam impedidos de bloquear, já que é impossível efetuar um
bloqueio estando atrás da linha de 3 metros.

SUBSTITUIÇÃO

A substituição é um ato no qual um jogador, já registrado pelo Apontador(a), entra no


jogo para ocupar a posição de um outro jogador, que deverá sair da quadra de jogo
(exceto para o Líbero). Uma substituição requer a autorização dos árbitros.As
substituições são limitadas: cada técnico pode realizar no máximo seis por set, e cada
jogador só pode ser substituído uma única vez, devendo necessariamente retornar à
quadra para ocupar a posição daquele que tomara originalmente o seu lugar.

LÍBERO

É um jogador com características exclusivamente defensivas. Só pode jogar atrás da


linha dos 3 metros, e não pode executar nenhuma ação atacante na zona do campo onde
lhe é permitido jogar. Tem a cor do uniforme diferente dos demais jogadores em quadra,
para facilitar a sua identificação.

Este jogador só pode jogar nas posições 1, 6 e 5, no momento da rotação (quando a


equipa ganha o direito a servir). Se o libero estiver na posição 5 em campo, tem de ser
substituído e só pode entrar em campo para substituir um dos jogadores que se encontrem
na posição 1, 6 e 5 depois de uma das equipas executar o serviço.

A entrada em campo do libero, isto é, sempre que este vai substituir um dos jogadores
não exige a autorização do árbitro.

FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL

Saque - É o fundamento que dá inicio a partida, pode ser feito por cima(flutuante, viagem
ao fundo do mar) ou por baixo (simples ou jornada nas estrelas).

Recepção - Acontece após o saque, a técnica usada para fazer a recepção é a


MANCHETE e o objetivo do jogador que faz a recepção é colocar a bola na mão do
levantador.
Levantamento - Acontece após a recepção, a técnica utilizada é o TOQUE e tem como
objetivo preparar a bola para um ataque.

Ataque - O ataque é feito após o levantamento, a técnica usada para fazer o ataque é a
famosa CORTADA e tem como objetivo "cravar" a bola na quadra adversária.

Defesa - Acontece após um ataque quando não o bloqueio não funciona, a técnica mais
utilizada para fazer a defesa é a MANCHETE, porém, a defesa pode ser feita com
qualquer parte do corpo, inclusive com os pés.

Bloqueio - Acontece após o ataque, é feito próximo a rede e com os dois braços erguidos e
esticados. Tem como objetivo bloquear o ataque de forma que a bola caia na quadra
adversária.

Fundamentos Técnicos:

Gerais:

 Posição Básica
 Toque de Bola ( toque e manchete)
 Deslocamentos

Ofensivos:

 Saque
 Levantamento
 Cortada

Defensivos:

 Recepção
 Defesa
 Bloqueio

Fundamentos Táticos

Ofensivos:

 Cortada
 Levantamento
 Saque
 Sistema Tático Ofensivo
 Contra-Ataque

Defensivos:

 Defesa
 Bloqueio
 Armações Defensivas
POSIÇÃO BÁSICA

Os Pés afastados, lateralmente, estando um deles ligeiramente à frente do outro, pontas


dirigidas para frente; pernas semi-flexionadas, com os joelhos orientados na mesma
direção dos pés; tronco ligeiramente inclinado; peso do corpo igualmente distribuído sobre
as pernas; braços separados e voltados para frente; antebraços flexionados, estando as
mãos com os punhos um pouco estendidos, à altura do rosto; dedos separados; polegares
quase se tocando; cabeça elevada com o queixo um pouco acima da horizontal.
TOQUE

Braços semi-flexionados, as mãos abertas imitando a forma da bola e cotovelos


paralelos ao corpo, as pernas semi-flexionadas, mantendo uma boa base de equilíbrio,
sempre com uma perna à frente, impulsionar pernas e braços num movimento bem
sincronizado e natural.

DESLOCAMENTOS

Da posição básica, os jogadores devem iniciar seus deslocamentos na quadra. Assim


sendo, as partidas rápidas, paradas bruscas, saltos, mudanças de direção, trocas de
posição e etc., devem ser analisadas e praticadas constantemente, pois, o manejo do
próprio corpo é de importância fundamental na prática de qualquer desporto e cresce essa
importância quando se trata do voleibol em virtude da variedade e rapidez de movimentos
próprios desse grande desporto.

SAQUE

Definição:
É o ato de enviar a bola da área de saque para a quadra contraria pelo atleta posição 1,
que devera golpeá-la com parte do braço. Para o golpe, a bola devera estar solta.

Será direcionada para a quadra do adversário e passar por sobre a rede e entre as
antenas.
Classificação do Saque:

 Trajetória regular
 Tênis
 Balanceado americano.
 Tênis cortada (viagem)
 Trajetória irregular (Flutuante):
 Tênis
 Balanceado japonês

Qualidades desejáveis no saque:

 Regularidade
 Precisão
 Potência

Pontos mais importantes na realização do saque:

 Controle da bola
 Sua velocidade
 Mudanças de direção

Efeito da bolano espaço:

 Com rotação
 Sem rotação

TIPOS DE SAQUE
Saque por Baixo

É um saque simples e também fácil de executar. De frente para a quadra, pé esquerdo


à frente, mão esquerda segurando a bola, você deve fazer, com o braço direito, um
movimento de trás para a frente, golpeando a bola quase simultaneamente à sua liberação
pela mão esquerda à frente do corpo. A mão que bate na bola poderá estar espalmada ou
fechada. Para os canhotos, valem os mesmos movimentos no sentido inverso.
Saque por Cima (Tipo Tênis)

O saque por cima é o mais utilizado no voleibol, pelas variações que oferece em relação
a trajetória da bola, local onde se queira sacar e distância que se queira atingir. Por tudo
isso, você deve treinar bastante para uma perfeita assimilação deste saque.
LEVANTAMENTO

O levantamento é normalmente o segundo contato de um time com a bola. Seu principal


objetivo consiste em posicioná-la de forma a permitir uma ação ofensiva por parte da
equipe, ou seja, um ataque.

A exemplo do passe, pode-se distinguir o levantamento pela forma como o jogador


executa o movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e "levantamento de
manchete". Como o primeiro usualmente permite um controle maior, o segundo só é
utilizado quando o passe está tão baixo que não permite manipular a bola com as pontas
dos dedos, ou no voleibol de praia, em que as regras são mais restritas no que diz respeito
à infração de "carregar".
CORTADA

É o gesto mais espetacular do jogo. Consiste no ato de golpear a bola para a quadra
adversária na tentativa de vencer o bloqueio e a defesa contrária. Suas qualidades
necessárias são: regularidade, precisão, potência.

O cortador deverá considerar o seu repertório técnico, a qualidade do levantamento, a


área coberta pelo bloqueio, armação de defesa adversária, a situação do jogo e do set.
FUNDAMENTOS OFENSIVOS

O Sistema ofensivo é definido a partir de alguns fatores fundamentais:

 Aproveitamento das aptidões e características individuais dos atacantes, do levantador e


dos jogadores que recepcionam o saque;
 Elaboração das combinações de ataque e algumas opções, distribuindo os atacantes a fim
de equilibrar cada uma das 06 passagens de rede.

RECEPÇÃO

É uma ação de defesa em que o jogador tentará receber a bola do adversário efetuando
um passe para o levantador. Esse fundamento influência na continuidade do jogo, que
pode ser facilitada ou não para o time.

A forma básica de recepção é a manchete e a movimentação em direção à bola pode


ser para frente, na lateral, na diagonal, com mergulho e com rolamento.
BLOQUEIO

É a tentativa de interceptar a bola vinda da quadra contrária, atacada sobre a rede por
um ou mais jogadores de ataque. São finalidades fundamentais do bloqueio: deter ou
amortecer a bola vinda do adversário, reduzir as áreas de ataque, dificultar a ação do
atacante.

Os principais erros ao efetuar um bloqueio são:

 Saltar embaixo da rede, braços ao longo do corpo, saltar em extensão, ficar muito longe da
rede, saltar junto com a bola -esta estando nas mãos do levantador.
DEFESA

É a ação de recuperar as bolas vindas do ataque adversário que ultrapassam o


bloqueio e de criar condições para o contra-ataque. Exige concentração, coragem e
agilidade. Para facilitar os deslocamentos rápidos ou mesmo quedas a posição de defesa
baixa é a melhor.

Os defensores devem analisar: armação de defesa da própria equipe, forma e tipo de


levantamento do adversário, distribuição imediata dos demais defensores e bloqueadores.
FUNDAMENTOS DEFENSIVOS

Na defesa, os jogadores se colocam e se deslocam sobre a quadra com o objetivo de


neutralizar os ataques adversários criando condições de contra-atacar.

Existem dispositivos táticos distintos para a recepção de saques e para a defesa de


ataques dos cortadores adversários.

As ações de defesa se realizam, na maior parte das vezes, sem bola.

A utilização dos esquemas táticos e emprego das combinações táticas na defesa


dependem da qualidade da preparação da bola na quadra adversária.
Educação Física Voleibol

Caracterização do Voleibol

O voleibol é um jogo desportivo colectivo praticado por duas equipas, cujo objectivo é

enviar a bola por cima da rede, fazendo-a cair no campo adversário e evitando que ela caia no

nosso próprio campo, respeitando as regras de jogo.

Cada equipa é constituída por doze jogadores, sendo seis efectivos e seis suplentes.

O campo rectangular (18*9m), delimitado por duas linhas laterais e duas finais e

dividido ao meio por uma rede.

A rede deve estar colocada a 2,24m para os femininos e a 2,43 para os masculinos.

O jogo é ganho pela equipa que vença três “sets”. Um “set” é ganho pela equipa que

faz primeiro 25 pontos. No 5º “set”, que acontece quando as equipas estão empatadas a 2

“sets”, ganha a equipa que faz primeiro 15 pontos mas, caso as equipas se encontrem

empatadas aos 14, ganha aquela que primeiro conseguir uma vantagem de 2 pontos da equipa

adversária.

Bom Estudo!
1
Educação Física Voleibol

A equipa de arbitragem é constituída por dois árbitros, um marcador e 2 ou 4 juizes de

linha. Um árbitro colocado à altura da rede e no prolongamento desta, o outro no lado oposto

mas ao nível dos jogadores.

PRINCIPAIS REGRAS DO VOLEIBOL

Posição dos jogadores e início do jogo

Quando o jogador encarregue de executar o serviço inicia a jogada, os jogadores

situam-se em duas linhas paralelas à rede, permitindo, no entanto, que sejam quebradas. Cada

uma destas é composta por 3 jogadores, designado-se avançados os jogadores que ocupam uma

posição mais próxima da rede e defesas os jogadores que estão atrás destes.

O jogo começa com o serviço, realizado pelo jogador de uma das equipas, isto após a

autorização do árbitro.

Toques da equipa:
Cada equipa tem direito a um máximo de três toques mais o toque do bloco, para

reenviar a bola por cima da rede.

Número de toques consecutivos:


Um jogador não pode tocar na bola, voluntariamente, duas vezes na bola, à excepção do

bloco. Neste caso, um jogador que toque na bola pode executar um segundo toque.

Bom Estudo!
2
Educação Física Voleibol

Transporte:
A bola deve ser batida, sem ser transportada, lançada, agarrada ou empurrada,

podendo ressaltar para qualquer direcção.

Toque na rede:
É interdito tocar a rede em toda a sua extensão e nas varetas a menos que o toque não

tenha influência na jogada.

Penetração no campo adversário:


É permitido pisar o campo contrário com os pés e com as mãos desde que pelo menos

uma parte destes esteja em contacto ou sobre a linha central. É interdito tocar o solo do

campo contrário com qualquer outra parte do corpo.

Bola fora quando:


a) Cai no solo inteiramente fora das linhas de delimitação;

b) Toca um objecto fora do terreno, o tecto ou alguém exterior ao jogo;

c) Toca as varetas, cabos, postes ou a própria rede no exterior das varetas/bandas

laterais;

d) Atravessa, completamente o plano vertical da rede, totalmente ou em parte pelo

exterior do espaço de passagem entre as varetas.

Faltas no serviço:
Antes do serviço quando:

a) viola a ordem de serviço;

b) não efectua o serviço correctamente;

c) demora mais de 5 segundos para o realizar;

d) A bola não é largada antes de ser batida.

Bom Estudo!
3
Educação Física Voleibol

Após o batimento da bola quando:

a) o jogador que serve pisa a linha de fundo e campo;

b) a bola não é batida com uma só mão, ou antebraço;

c) toca um jogador da equipa que serve ou não passa o plano vertical da rede;

Rotação ao serviço:
Quando a equipa que receba ganha o direito ao serviço,

os jogadores efectuam uma rotação, deslocando-se uma posição

no sentido dos ponteiros do relógio.

Sistema de pontuação:
Cada vez que uma equipa faz cair a bola no campo adversário existe a atribuição de um

ponto a essa equipa.

Bom Estudo!
4
Educação Física Voleibol

Fundamentos técnicos ofensivos:

POSIÇÃO BÁSICA

DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
Atitude preparatória que o jogador Permitir uma intervenção rápida,
adopta, de modo a poder correcta e tecnicamente adequada
responder com mais eficácia às à situação de jogo, sem perca de
várias situações de jogo. equilíbrio.

DETERMINANTES TÉCNICAS
 Peso do corpo equitativamente distribuído pelos dois apoios.
 Membros inferiores flectidos e pés afastados (lateralmente ou um
à frente do outro), permitindo um bom equilíbrio.
 Tronco ligeiramente inclinado à frente (bacia em retroversão).
 Linha dos ombros à frente da linha dos joelhos.
 Membros superiores flectidos e afastados com cotovelos junto à
bacia, e palmas das mãos viradas uma para a outra.

Bom Estudo!
5
Educação Física Voleibol

PASSE DE FRENTE

DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
Projecção da bola com precisão
Projecção da bola com as mãos
para a frente quando situada no
para a frente.
plano superior.

DETERMINANTES TÉCNICAS
Fase Preparatória
 A partir da posição base fundamental, colocação do corpo
debaixo da trajectória da bola.
 Braços elevados frontalmente e flectidos, com cotovelos
orientados para a frente, ligeiramente para o lado e num plano
superior ao dos ombros.
 Mãos voltadas para trás sem rigidez e dedos ligeiramente para
dentro com polegares no alinhamento um do outro e indicadores
voltados para trás (polegares e indicadores formam um
"triângulo").
Fase Principal
 Braços flectidos com cotovelos à altura do rosto.
 A bola é tocada com a superfície interior dos dedos ligeiramente
acima e à frente da cabeça.
 Acompanha a execução do passe uma extensão dos membros
inferiores e superiores com movimento convergente dos braços.
 Fase Final
 Continuação da extensão dos membros inferiores e superiores
(seguindo a trajectória da bola).

Bom Estudo!
6
Educação Física Voleibol

PASSE DE COSTAS

DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
Projecção da bola com precisão
Transmissão da bola com as mãos
para trás quando situada no plano
para trás.
superior.

DETERMINANTES TÉCNICAS
Fase Preparatória
Igual à do passe de frente.
Fase Principal
 Extensão dorsal do tronco.
 Palmas das mãos viradas para cima.
 Braços flectidos com cotovelos à altura do rosto.
 Cabeça inclinada para trás.
 Contacto com a bola efectuado atrás do plano vertical do corpo.
 A bola é tocada com a superfície interior dos dedos ligeiramente
acima da cabeça.
 Acompanha a execução do passe uma extensão dos membros
inferiores e superiores com movimento convergente dos braços.
Fase Final
 Extensão total do corpo à retaguarda com os braços e os olhos a
seguirem a trajectória da bola.

Bom Estudo!
7
Educação Física Voleibol

SERVIÇO POR BAIXO

DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
Envio da bola, através de um Colocação da bola no campo
batimento com uma mão num contrário, dificultando ao máximo
plano inferior, para o campo a sua recepção.
contrário.

DETERMINANTES TÉCNICAS
Fase Preparatória
 Apoios e linha dos ombros dirigidos para o alvo (numa fase de
aprendizagem).
 Apoio contra-lateral do braço hábil ligeiramente avançado.
 Flexão dos membros inferiores
 Tronco ligeiramente inclinado à frente (plano dos ombros à frente
do plano dos joelhos).
 O braço hábil oscila à retaguarda, enquanto o outro segura a bola
num plano ligeiramente superior ao plano dos joelhos e no
prolongamento do braço hábil.
Fase Principal
 Movimento de trás para a frente do braço hábil.
 Quando a mão que segura a bola perde o contacto com esta, a
mão aberta do braço hábil (em extensão), realiza o batimento
através de um impulso seco com a palma da mão, havendo uma
elevação de todo o corpo e a passagem do seu peso para o apoio
mais avançado.

Bom Estudo!
8
Educação Física Voleibol

Fase Final
 Continuação do movimento de extensão de pernas (para cima e
para a frente), assim como da elevação do braço hábil
acompanhando o movimento de saída da bola.
 Após o batimento da bola, o pé mais recuado é "transportado"
para um plano à frente do apoio dianteiro, possibilitando uma
rápida entrada em campo de modo a prosseguir a sua acção em
jogo.

SERVIÇO POR CIMA

DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
Envio da bola, através de um Colocação da bola no campo
batimento com uma mão num contrário, dificultando ao máximo
plano superior, para o campo a sua recepção.
contrário.

Bom Estudo!
9
Educação Física Voleibol

DETERMINANTES TÉCNICAS
Fase Preparatória
 Apoios e linha dos ombros dirigidos para o alvo.
 Apoio contra-lateral do braço hábil ligeiramente avançado.
 Pernas ligeiramente flectidas.
 Bola segura com uma mão ao nível da bacia subindo à altura dos
ombros, ou mesmo partindo desta posição (ténis flutuante).
Fase Principal
 No momento em que a bola é lançada ao ar (na vertical),
verifica-se o avanço da bacia, acompanhado de um movimento
posterior do tronco, mais acentuadamente do ombro cujo braço
vai efectuar o batimento e a elevação dos dois braços, com uma
maior amplitude do braço que vai bater a bola que vai ser
armado atrás da cabeça.
 No momento em que a bola é batida, todo o corpo efectua um
movimento de trás para a frente, passando todo o seu peso para
o apoio mais avançado.
 O braço de batimento, efectua um movimento muito rápido,
procurando bater a bola no seu ponto máximo de extensão, para
lhe imprimir uma grande velocidade.
 O batimento da bola é feito com a palma da mão e através de
um batimento seco.

Bom Estudo!
10
Educação Física Voleibol

REMATE EM APOIO

DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
Projecção da bola com força para o
Batimento da bola com uma mão
campo contrário, criando
e com os pés no chão.
dificuldades à equipa adversária.

DETERMINANTES TÉCNICAS
Fase Preparatória
 Ligeira flexão dos membros inferiores.
 Elevação superior do braço de batimento e flexão do antebraço
formando um ângulo de 90º.
 Mão executante ao nível da nuca.
 Braço não dominante em elevação antero-superior (a "apontar
para a bola) e com o ombro avançado.
 O corpo arqueia-se dorsalmente.
Fase Principal
 O batimento da bola inicia-se com a extensão rápida do braço
dominante, acompanhada de extensão dos membros inferiores.
 A bola deve ser batida acima e à frente da cabeça (o mais alto
possível e com o braço em extensão), através de um batimento
seco e com liberdade articular do pulso.
Fase Final
 O batimento da bola é seguido do avanço do ombro respectivo.

Bom Estudo!
11
Educação Física Voleibol

Fundamentos técnicos defensivos:


DESLOCAMENTOS

DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
Colocar-se rapidamente numa posição favorável à
Movimento de execução das acções do jogo, de forma a criar a
locomoção do relação adequada entre corpo / bola / gesto técnico
jogador. e o posicionamento dos outros jogadores, em função
da circulação da bola e da estratégia colectiva.

DETERMINANTES TÉCNICAS
A partir da posição base fundamental
Deslocamento Frontal.
 Passo(s) à frente (curtas distâncias)
 Em corrida para a bola com paragem equilibrada para a
intervenção sobre a bola (grandes distâncias).
Deslocamento Lateral
 Passos curtos e rápidos; calcanhares não se tocam; pernas nunca
se cruzam (curtas distâncias).
 Em corrida para a bola com paragem equilibrada para a
intervenção sobre a bola (grandes distâncias).
Deslocamento à Retaguarda
 Deslocamento atrás com passo(s) cruzado(s) (curtas distâncias)
 Rotação do corpo e corrida para a bola com paragem equilibrada
para a intervenção sobre a bola (grandes distâncias).

Bom Estudo!
12
Educação Física Voleibol

MANCHETE

DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
Projecção da bola quando animada
Transmissão da bola com os dois
de grande velocidade e/ou situada
antebraços unidos.
num plano inferior.

DETERMINANTES TÉCNICAS
Fase Preparatória
 Posição equilibrada, com o peso do corpo equitativamente
distribuído pelos dois apoios.
 Membros inferiores, superiores e tronco flectidos.
 Pés paralelos (largura dos ombros), com um dos apoios
avançado em relação ao outro.
 Braços e mãos ligeiramente afastados.
Fase Principal
 Junção dos braços (em completa extensão) e mãos (sobrepostas
ou com uma envolvendo a outra), com os cotovelos quase a
tocarem-se.
 Peso do corpo desigualmente distribuído pelos dois apoios.
 Contacto com a bola no terço anterior dos antebraços, havendo
uma extensão dos membros inferiores para cima e para a frente,
iniciada pela perna mais recuada.
 Bola contactada abaixo do plano dos ombros
 Controle visual da bola.
Fase Final
 Continuação da extensão do tronco e membros inferiores.
 Continuação do controle visual da bola.

Bom Estudo!
13
Educação Física Voleibol

BLOCO

DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
Defender a bola vinda do campo contrário.
Passagem das mãos Formar uma barreira com as mãos de forma
acima do plano da rede, a projectar a bola directamente para o solo
sendo efectuado por do campo contrário.
um, dois ou três O bloco efectua-se com o objectivo de
jogadores atacantes atenuar ou deter o ataque do adversário.
que se elevam Pode ser levado a cabo por um só jogador ou
formando uma barreira em grupo de 2 ou de três jogadores, sendo,
com as mãos. neste último caso, para defender uma zona
importante do campo.

DETERMINANTES TÉCNICAS
 Posição equilibrada, peso do corpo equitativamente distribuído
pelos dois apoios, membros inferiores ligeiramente flectidos.
 Braços elevados frontalmente e flectidos, com cotovelos
orientados para a frente, ligeiramente para o lado e num plano
superior ao dos ombros.
 Mãos abertas, palmas das mãos viradas para a rede e colocadas
ao nível da cara ou ligeiramente acima.
 Extensão dos braços e ligeira flexão do tronco.
 Recepção ao solo equilibrada através da flexão dos membros
inferiores, para poder assegurar o equilíbrio do corpo e ficar
preparado para iniciar uma nova acção de jogo.

Bom Estudo!
14
CURSO: Técnico em Agropecuária Integrado ao ensino médio
DISCIPLINA: Educação Física I
CARGA HORÁRIA: 80hs
PROFESSOR(A): Paulo Fernando Mesquita Junior
paulo.junior@santarosa.ifc.edu.br
site: profpaulojunior@santarosa.ifc.edu

VOLEIBOL E SEUS PRINCIPAIS FUNDAMENTOS TÉCNICOS


O voleibol é praticado em uma quadra retangular dividida ao meio por uma rede que
impede o contato corporal entre os adversários. A disputa é entre duas equipes compostas por
seis jogadores que podem ter, no máximo, seis reservas.

O jogo consiste em golpear a bola (geralmente com as mãos) de forma que ela passe
sobre a rede em direção ao campo defendido pelo adversário, evitando-se que ela caia no solo
do seu próprio lado. Cada jogada se inicia por um saque, dado por jogador posicionado atrás
da linha de fundo da quadra. O saque deve passar por cima da rede no espaço delimitado pelas
antenas. A equipe que recebe o saque deve enviar a bola de volta ao campo daquele que sacou
dentro das seguintes condições:
1. Dar no máximo três toques na bola.
2. Os toques têm de ser realizados por atletas alternados.
3. Na execução de cada toque, não é permitido segurar ou conduzir a bola.
4. Não permitir que a bola toque o solo de seu campo de jogo.
Observações:
- O mesmo jogador só pode tocar duas vezes seguido na bola, quando o primeiro toque tiver
sido uma ação de bloqueio.
- Uma equipe poderá dar quatro toques, quando o primeiro foi através de um bloqueio.
- A bola continua em jogo até que caia no solo, vá para fora ou uma equipe não devolva
corretamente para a quadra adversária. Uma jogada completa, desde o instante em que o
saque foi realizado (momento em que a bola entra em jogo) até o apito do árbitro indicando o
seu término, em função de alguma irregularidade, chama-se rally.
- Ao entrar na quadra, cada jogador deverá ocupar uma das posições a seguir:

Quando a equipe que sacou vence o rally, ela realiza um rodízio no posicionamento dos
seus componentes e terá o direito de sacar. O rodízio é realizado no sentido dos ponteiros do
relógio. Este rodízio obrigatório faz com que, no desenvolvimento de partida, cada jogador
tenha de ocupar cada uma das 6 posições da quadra, fato que implica, pelo menos em tese,
que os jogadores devam dominar todos os fundamentos do jogo.
O posicionamento inicial será anotado em uma súmula apropriada, para que se tenha
controle dos rodízios e para que as equipes de arbitragens possam fazer cumprir uma regra
básica do voleibol, que é a do posicionamento. Ela determina que, até o instante da execução
de cada saque, todos os jogadores, das duas equipes, respeitem seus posicionamentos de
rodízio e estejam ocupando sempre suas posições. Após o golpe dado pelo sacador, os
jogadores poderão deixar os seus posicionamentos obrigatórios de rodízio.

Lembramos que somente os jogadores da linha de ataque (posições 2, 3 e 4) podem


participar normalmente das jogadas de rede. O jogador de defesa, se apoiar os pés na zona de
ataque, não poderá efetuar ataques com a bola estando numa altura superior á da borda da
rede. Para tanto, ele deverá saltar detrás da linha de ataque. Ele também não poderá em
qualquer circunstância, realizar bloqueios. Cabe salientar ainda que os bloqueadores possam
invadir o espaço aéreo da equipe adversária, mas são proibidos de tocar na bola antes de os
ataques serem realizados. Por outro lado, entretanto, um atacante não poderá golpear a bola
que estiver no espaço aéreo do adversário.
O saque é sempre dado pelo jogador que estiver na posição 1, e ele é o único atleta
liberado da rigidez da regra do posicionamento, já que ele poderá posicionar em qualquer
lugar ao longo dos 9 metros da linha de fundo, indiferentemente do posicionamento de seus
companheiros das posições 5 e 6. É importante salientar que ele não poderá ter contato com a
quadra no momento da execução do saque.
A disputa é vencida pela equipe que vencer 3 tempos (denominados sets) a equipe que
atingir o vigésimo quinto ponto primeiro será a vencedora de cada set, desde que haja uma
diferença mínima de dois ponto sem relação a pontuação adversária. No caso das equipes
empatarem em números de sets vencidos, o set decisivo será disputado até o 15º ponto, neste
set também há obrigatoriedade da vantagem de dois pontos de uma equipe sobre a outra para
a obtenção da vitória, neste existe a contagem de pontos contínuos, sem vantagem, que era
realizado no sistema antigo de pontuação.
Cada equipe é constituída de no máximo 12 jogadores, sendo Seis titulares e seis
reservas. Em hipótese alguma, será permitido a uma equipe atuar com menos de seis
jogadores por qualquer motivo, ela será declarada perdedora, antes do início ou no
desenvolvimento do jogo. O líbero deve ser indicado em súmula, antes do jogo, com a
letra¨L¨ após o nome. Este jogador não poderá sacar, completar um ataque de qualquer ponto
da quadra, ele também não poderá realizar levantamentos estando na zona de ataque os
levantamentos realizados por ele, que partam da zona de defesa poderão ser atacados
livremente. As substituições envolvendo o líbero não são contadas como regulares e são
ilimitadas, devendo ocorrer um rally entre elas. O líbero não pode fazer parte de uma
substituição normal, e deve apenas deixar ou entrar na quadra quando a bola não estiver em
jogo e antes do apito autorizando o saque (ou até antes do início do set). As substituições
regulares são seis de cada set. Nas substituições envolvendo o líbero, os atletas devem entrar
ou sair da quadra pela linha lateral em frente ao banco de sua equipe, entre a linha de ataque e
a linha de fundo.
Os atletas deverão estar uniformizados com camisa, calção e calçado. As camisas
deverão estar numeradas de 1 a 18. O número deverá ser colocado no centro das camisas,
tanto na frente quanto nas costas do jogador. O capitão de cada equipe é identificado por uma
fita de 8X2cm, de cor diferente da camisa, colocada no peito, abaixo do número. Somente os
atletas registrados na súmula poderão participar do jogo. Em cada set, um jogador da armação
inicial de uma equipe pode deixar o jogo e retornar apenas uma vez, e no lugar do jogador que
o substituiu. Quando isso ocorre são computadas duas substituições para aquela equipe. Em
caso de contusão grave, que não permita a continuidade de um atleta no jogo, ele deve ser
substituído normalmente.

FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL

Toque de bola por cima


O toque por cima é o fundamento mais característico do jogo de voleibol. Ele é o
responsável, na maioria das vezes, pela preparação do ataque, ou seja, pelo levantamento. Por
isso é muito importante aprender bem esse fundamento, pois, apesar de ser de uso típico dos
levantadores, vez por outra, os atacantes também são obrigados a utilizá-los.
O toque de bola por cima apresenta três etapas distintas:
a) Entrada sob a bola: nesta fase inicial, as pernas e braços devem estar semi-
flexionadas, com a bola acima da cabeça. As pernas além de semi-flexionadas, devem estar
com um afastamento lateral da largura aproximada dos ombros e um pé ligeiramente á frente
do outro. O tronco deve estar levemente inclinado para frente. Os braços estarão semi-
flexionados, de modo a posicionar os cotovelos, um pouco acima da altura dos ombros,
lateralmente em relação ao tronco. As mãos devem estar com os dedos quase que totalmente
estendidos. Mas de uma forma arredondada (como uma concha) para melhor acomodar a
curvatura da bola.
Os dedos polegares e indicadores formarão a figura aproximada de um triângulo.

b) Execução: no instante do toque à bola, todo o corpo participa. O contato será sutil,
com a parte interna dos dedos, com uma flexão dos punhos. Os braços e as pernas deverão se
estender para provocar uma transferência do peso do corpo sobre a perna de trás para frente.
c) Término: o corpo terminará todo estendido.

Erros mais comuns:


1- Não entrar debaixo da bola.
2- Não coordenar o movimento de braços e pernas.
3- Posicionamento incorreto das mãos.
4- Posicionamento incorreto dos cotovelos.
5- Falta de força para enviar a bola.

Manchetes
A manchete é o fundamento mais utilizado para a recepção de saques e para a defesa de
bolas cortadas, pois o contato da bola se faz no antebraço, que é uma região que suporta
melhor os fortes impactos provocados por ela, nesta situação, quando comparado com os
dedos que são utilizados pelo toque.

a)Entrada sob a bola: As pernas devem estar como no toque, semi-flexionadas, afastadas
lateralmente em um distanciamento semelhante à largura dos ombros e um é ligeiramente à
frente do outro. Os braços estarão estendidos e unidos à frente do corpo. Os dedos unidos de
uma mão devem estar sobrepostos aos da outra, de forma que os polegares estendidos possam
se tocar paralelamente.
b) Ataque à bola: No movimento de ataque à bola, as pernas se estenderão, o peso do
corpo é transferido para a perna da frente e os braços permanecem sem movimento, com a
musculatura enrijecida. O impacto de bola se dá no antebraço e isso será facilitado se os
punhos estiverem bem estendidos, em direção ao solo.
c) Término do movimento: os braços devem permanecer estendidos até o impacto da
bola e as pernas estarão estendidas. Obs.: Aos poucos a manchete lateral deverá ser
introduzida, de forma que o jogador possa cobrir grandes áreas da quadra, utilizando-se da
manchete.
Erros mais comuns:
1- Flexionar os braços.
2- Não flexionar as pernas.
3- Tocar as mãos na bola.
4- Flexionar o abdômen e não os joelhos.
5- Não coordenar os movimentos de braços com os de pernas.

Saques por baixo

O jogo de voleibol inicia-se através de um saque, dando-se um golpe na bola solta no ar,
pelo jogador que ocupa a posição 1, que estará atrás da linha de fundo, em qualquer lugar dos
9 metros de comprimento que ela possui.

a) Fase preparatória : em pé, de frente para a quadra adversária, o atleta deverá se


posicionar com o troco ligeiramente inclinado à frente, com as pernas em afastamento antero-
posterior a perna contrária ao lado do braço, que irá sacar, deverá estar à frente, num
distanciamento lateral mais ou menos igual à largura dos ombros. A bola deverá ser segura
com a mão que não irá sacar, de modo que esteja quase que totalmente estendido. O braço que
golpeará a bola estará estendido para trás.
b) Execução: a bola será lançada para cima, à frente do corpo, a uma altura de, no
máximo, 30 cm, e será golpeada como braço contrário daquele que a lançou, que realizará
todo o movimento em direção à bola estando estendido. O peso do corpo é transferido todo
para a perna da frente. A mão, ao golpear a bola, tomará um posicionamento arredondado,
com os dedos unidos e quase estendidos. A contramão da musculatura da mão tornará a área
de impacto mais sólido para facilitar o envio da bola a distâncias maiores.

c) Término do movimento : Com o golpe na bola e a transferência do peso do corpo


para a perna da frente, há uma tendência natural da perna de trás ser lançada para a frente, que
deve ser aproveitada para o passo que introduzirá o sacador na quadra de jogo.

Erros mais comuns:

1 - lançar a bola com imprecisão para ser sacada;


2 - flexionar o braço;
3 - não utilizar o trabalho de pernas para sacar;
4 - não lançar o braço para frente, em direção ao seu objetivo.

Saque por cima

Em virtude da velocidade que o braço pode atingir, o impacto na bola é bem mais
potente que o saque por baixo. A sua aprendizagem facilita muito a introdução da cortada,
pois os movimentos de braços e tronco são muito semelhantes. Existem duas versões do saque
tipo tênis: a Saque com Rotação e o Flutuante. O Saque com Rotação possui este nome em
função da rotação dada à bola, pela flexão de punho que é realizada no instante do golpe.
É o saque mais potente e possui uma trajetória bem definida.

a) Fase preparatória: em pé, atrás da linha de fundo, de frente para a região da quadra
adversária para a qual se deseja o saque, segurando a bola com ambas as mãos, os braços
estendidos ao longo do corpo. As pernas estarão com afastamento antero-posterior, com a
perna contrária ao lado do braço de ataque se posicionando à frente. Há um afastamento
lateral num distanciamento semelhante à largura dos ombros.
b) Execução : a bola é lançada com ambas as mãos, acima da cabeça (+ ou – 1,50m ) e
um pouco atrás da linha normal do tronco.
A mão, em forma de concha, iniciará o contrato com a bola na sua parte inferior e
posterior, contornando-a passando por cima, enquanto acontece a flexão rápida do punho.

Erros mais comuns :

1 – lançar a bola de forma imprecisa ( muito atrás, muito à frente ou aos lados ).
2 – bater na bola com braço flexionado.
3 – realizar a rotação do tronco lançado a bola muito para esquerda (destros).
4 – na armada do braço de ataque, não posicionar o cotovelo atrás da linha do ombro e
não posicionar a palma da mão para frente, em direção à bola e à rede.
5 – não ter potência muscular que permita à bola passar sobre a rede.

Cortada

A cortada é o fundamento do voleibol que finaliza a maioria das ações ofensivas e visa
enviar, através de um forte golpe dado durante um salto, a bola de encontro ao solo da quadra
do adversário. É uma habilidade motora de execução complexa, uma vez que toda ação é
condicionada pelas características da trajetória do levantamento. Este pode ser mais alto, mais
baixo, mais lento, mais rápido, longo ou curto, próximo ou distante da rede. Requer muita
coordenação Visio - motora.
O deslocamento

O deslocamento pode ser realizado 1,2,3 ou mais passadas de corrida, com os braços se
mantendo semi-flexionados ao lado do corpo. Para iniciantes recomenda-se 3 passadas, pois
eles aprenderão a sistemática do deslocamento numa distancia longa.

Bloqueio

O bloqueio é um fundamento que visa interceptar junto à rede a bola cortada pelo
adversário. Essa habilidade de caráter defensivo pode se tornar ofensiva quando consegue
enviar a bola contra o solo do atacante.
a) Fase preparatória (posição de expectativa).
Em pé, junto à rede, o bloqueador se posiciona em semi-flexão dos joelhos, pés
paralelos em afastamento lateral numa distância quase que igual à largura dos ombros. Os
braços estarão semi-flexionados com as mãos ao lado dos ombros, com as palmas voltadas
para frente. O tronco deve estar ereto e o bloqueador olhando para a bola e para o atacante.

b) Execução

No momento adequado, o bloqueador salta, estendendo as pernas e contando com o


auxílio dos braços que serão estendidos simultaneamente em direção à bola. Nos bloqueios
ofensivos, as mãos invadem o espaço aéreo do adversário e se posicionam abertas, estendidas,
firmes, uma ao lado da outra, formando um obstáculo à passagem da bola. O bloqueador
espera o impacto da bola, pois ele não poderá tocá-la antes do atacante, para flexionar os
punhos, enviando-a contra o solo do campo adversário e, também, para impedir que ela
“espirre” (desvie) para fora da quadra.

c) A queda

Realizado o bloqueio, acontece a queda, que deve ser feita com equilíbrio de forma
amortecida e girando para o lado em que a bola se dirigiu, quando ela não foi totalmente
retida.
Erros mais comuns :

1 – tocar na rede, saltar projetando o corpo para frente.


2 – bater na bola, lançando os braços primeiro para trás e depois para frente.
3 – posicionamentos inadequados das mãos (afastadas ou unidas demais).
4 – flexionar o tronco no lugar de flexionar os joelhos para saltar.
5 – não saltar no local preciso em levantamentos mais longos ou curtos.
6 – ter dificuldades quanto a “tempo de bola”, saltando antes ou depois da passagem
sobre a rede, em função da variação da altura dos levantamentos dos adversários.
7 – ter dificuldades quanto ao “tempo de bola”, saltando antes ou depois, em função da
distância da rede em que ela foi cortada.
8 – não ter potência de pernas para saltar o necessário para invadir o bloqueio.

Glossário

Líbero : É um jogador que se posicionado em todas as posições em um jogo, mas


pontua,isto é, não ataca.

Súmula : É um registro do jogo, onde são marcados todas as faltas, substituições,


pontos, bem como, tudo que se passa dentro do jogo.
Rally : É um disputa prolongada entre as duas equipes, com a finalização de ponto.

Semi-flexionadas : Pequena flexão das pernas

Fonte: João Crisóstomo Marcondes Bojikian. Ensinando Voleibol. Editora : Phorte


Voleibol: história, regras e curiosidades

O voleibol foi criado em 1895, pelo professor de Educação Física William G. Morgan,
diretor da Associação Cristã de Moços (ACM), nos Estados Unidos.
O voleibol chegou ao Brasil por volta de 1915, pela ACM de São Paulo e depois aos
demais estados.
Em 1947, foi criada a Federação Internacional de Volley-Ball (FIVB), atualmente
constituída por quase todos os países do mundo. Em 09 de agosto de 1954 foi criada a
Confederação Brasileira de Volley-Ball (CBV), formada por 27 federações, entre elas a
Federação Sergipana de Volley-Ball, que foi fundada em 15 de agosto de 1956.

A prática do voleibol
O voleibol é jogado por duas equipes de 6 jogadores cada uma, a equipe é orientada
por um técnico e composta por 12 jogadores. A arbitragem é composta por 2 árbitros, um
anotador e 4 fiscais de linha. As partidas oficiais são disputadas em cinco sets ou 3 set
vencedores de 25 pontos, com uma diferença de pontos. A quadra mede 18 metros de
comprimento por 9 metros de largura, dividida por uma rede de 9,50 metros de
comprimento com largura de 1 metro e suspensa a 2,43 metros para os jogos masculinos e
2,24 metros para os jogos femininos juvenis e adultos. A bola tem de 65 a 67 cm de
circunferência e pesa entre 260 a 280 gramas.

Fundamentos do voleibol
- Saque – bola lançada na quadra adversária no início da disputa de ponto.
- Cortada – forte batida na bola com uma das mãos.
- Bloqueio – jogada que um ou mais jogadores interrompem a trajetória da bola
próxima da rede após a cortada do adversário.
- Recepção – é considerado um princípio de defesa. É o movimento executado depois
do saque adversário.
- Defesa – movimento executado após o ataque adversário, quando a bola passa pelo
bloqueio.
- Levantamento – é o passe que antecede o ataque.

Principais regras do voleibol


- O jogo é iniciado após a execução do saque.
- O jogador do saque tem oito segundos, após o apito do árbitro para efetuá-lo.
- Só é permitida uma única tentativa de saque.
- Um rodízio deve acontecer sempre que a equipe adversária sacar e sofrer um ponto.
- Os atletas de defesa não podem atacar na área de ataque e nem bloquear, exceto
com a bola abaixo da borda superior da rede.
- Cada equipe pode tocar a bola três vezes seguida. A bola tocada no bloqueio não é
contada como toque.
- Não é permitido atacar a bola que está no espaço do campo do adversário.
- No bloqueio, os bloqueadores podem tocar a bola além da rede, sem que sua ação
interfira no golpe de ataque do adversário.
- A bola é considerada fora quando toca o solo fora das linhas demarcatórias, as
antenas, cabos ou quando cruza o espaço fora das antenas.
- O jogador não pode tocar em qualquer parte da rede.

Funções dos jogadores no voleibol


- Levantador – jogador com habilidade específica para a preparação de jogadas de
ataque.
- Líbero – é o jogador que tem como principal tarefa recepcionar bem os saques e
defender os ataques, passando a bola com perfeição para o levantador.
- Ponta – jogador com alto poder de definição, força, velocidade e habilidade, que
ataca pelas pontas ou saltando de trás da linha dos 3 metros.
- Meio de rede – é geralmente o jogador mais alto do time, que deve combinar duas
qualidades: ser bom no bloqueio e ter velocidade para atacar.
Glossário do voleibol

- Condução – infração cometida quando um jogador, em vez de tocar a bola, a conduz


por um breve espaço de tempo.
- Dois toques – infração em que a bola toca duas vezes nas mãos de um jogador, sem
ser simultaneamente.
- Rodízio – movimentação dos jogadores no sentido horário após uma vantagem,
mudando cada um sua posição.
- Invasão – infração marcada quando um jogador é flagrado com qualquer parte do
corpo além da rede, na outra quadra.
- Cravar – bater com violência, mandando a bola no chão da quadra adversária.
- Deixadinha – jogada em que se dá um leve toque na bola, procurando o espaço
vazio na defesa adversária.
- Bola de segunda – ataque feito no segundo toque, com intenção de surpreender a
defesa adversária.
- Match point – ponto que pode definir o jogo.
- Set point – ponto que pode fechar o set.
- Tie break – o mesmo que set de desempate. É disputado quando cada uma das
equipes vence dois sets.
- Rally – sequência de jogadas que começa no saque e termina no momento em que a
bola estiver fora de jogo.
- Manchete – tocar a bola com os braços esticados e com as mãos unidas.
- Toque – tocar a bola com os dedos, e as duas mãos acima da cabeça.
APOSTILA DE VOLEIBOL

O voleibol é praticado em uma quadra retangular dividida ao meio por uma rede que
impede o contato corporal entre os adversários. A disputa é entre duas equipes
compostas por seis jogadores que podem ter, no máximo, seis reservas.

O jogo consiste em golpear a bola (geralmente com as mãos) de forma que ela passe
sobre a rede em direção ao campo defendido pelo adversário, evitando-se que ela caia
no solo do seu próprio lado. Cada jogada se inicia por um saque, dado por jogador
posicionado atrás da linha de fundo da quadra. O saque deve passar por cima da rede no
espaço delimitado pelas antenas. A equipe que recebe o saque deve enviar a bola de
volta ao campo daquele que sacou dentro das seguintes condições:
1. Dar, no máximo, três toques na bola.
2. Os toques têm de ser realizados por atletas alternados.
3. Na execução de cada toque, não é permitido segurar ou conduzir a bola.
4. Não permitir que a bola toque o solo de seu campo de jogo.
Observações:

- O mesmo jogador só pode tocar duas vezes seguido na bola, quando o primeiro toque
tiver sido uma ação de bloqueio.
- Uma equipe poderá dar quatro toques, quando o primeiro foi através de um bloqueio.
- A bola continua em jogo até que caia no solo, vá para fora ou uma equipe não devolva
corretamente para a quadra adversária. Uma jogada completa, desde o instante em que o
saque foi realizado (momento em que a bola entra em jogo) até o apito do árbitro
indicando o seu término, em função de alguma irregularidade, chama-se rally.
- Ao entrar na quadra, cada jogador deverá ocupar uma das posições a seguir:
Quando a equipe que sacou vence o rally, ela realiza um rodízio no posicionamento dos
seus componentes e terá o direito de sacar. O rodízio é realizado no sentido dos
ponteiros do relógio. Este rodízio obrigatório faz com que, no desenvolvimento de
partida, cada jogador tenha de ocupar cada uma das 6 posições da quadra, fato que
implica, pelo menos em tese, que os jogadores devam dominar todos os fundamentos do
jogo.

O posicionamento inicial será anotado em uma súmula apropriada, para que se tenha
controle dos rodízios e para que as equipes de arbitragens possam fazer cumprir uma
regra básica do voleibol, que é a do posicionamento. Ela determina que, até o instante
da execução de cada saque, todos os jogadores, das duas equipes, respeitem seus
posicionamentos de rodízio e estejam ocupando sempre suas posições. Após o golpe
dado pelo sacador, os jogadores poderão deixar os seus posicionamentos obrigatórios de
rodízio.
Lembramos que somente os jogadores da linha de ataque (posições 2, 3 e 4) podem
participar normalmente das jogadas de rede. O jogador de defesa, se apoiar os pés na
zona de ataque, não poderá efetuar ataques com a bola estando numa altura superior á
da borda da rede. Para tanto, ele deverá saltar detrás da linha de ataque. Ele também não
poderá em qualquer circunstância, realizar bloqueios. Cabe salientar ainda que os
bloqueadores possam invadir o espaço aéreo da equipe adversária, mas são proibidos de
tocar na bola antes de os ataques serem realizados. Por outro lado, entretanto, um
atacante não poderá golpear a bola que estiver no espaço aéreo do adversário.
O saque é sempre dado pelo jogador que estiver na posição 1, e ele é o único atleta
liberado da rigidez da regra do posicionamento, já que ele poderá posicionar em
qualquer lugar ao longo dos 9 metros da linha de fundo, indiferentemente do
posicionamento de seus companheiros das posições 5 e 6. É importante salientar que ele
não poderá ter contato com a quadra no momento da execução do saque.
A disputa é vencida pela equipe que vencer 3 tempos (denominados sets) a equipe que
atingir o vigésimo quinto ponto primeiro será a vencedora de cada set, desde que haja
uma diferença mínima de dois ponto sem relação a pontuação adversária. No caso das
equipes empatarem em números de sets vencidos, o set decisivo será disputado até o 15º
ponto, neste set também há obrigatoriedade da vantagem de dois pontos de uma equipe
sobre a outra para a obtenção da vitória, neste existe a contagem de pontos contínuos,
sem vantagem, que era realizado no sistema antigo de pontuação.
Cada equipe é constituída de no máximo 12 jogadores, sendo Seis titulares e seis
reservas. Em hipótese alguma, será permitido a uma equipe atuar com menos de seis
jogadores por qualquer motivo, ela será declarada perdedora, antes do início ou no
desenvolvimento do jogo. O líbero deve ser indicado em súmula, antes do jogo, com a
letra¨L¨ após o nome.
Este jogador não poderá sacar, completar um ataque de qualquer ponto da quadra, ele
também não poderá realizar levantamentos estando na zona de ataque os levantamentos
realizados por ele, que partam da zona de defesa poderão ser atacados livremente.
As substituições envolvendo o líbero não são contadas como regulares e são ilimitadas,
devendo ocorrer um rally entre elas. O líbero não pode fazer parte de uma substituição
normal, e deve apenas deixar ou entrar na quadra quando a bola não estiver em jogo e
antes do apito autorizando o saque (ou até antes do início do set). As substituições
regulares são seis de cada set.
Nas substituições envolvendo o líbero, os atletas devem entrar ou sair da quadra pela
linha lateral em frente ao banco de sua equipe, entre a linha de ataque e a linha de
fundo. Os atletas deverão estar uniformizados com camisa, calção e calçado. As camisas
deverão estar numeradas de 1 a 18. O número deverá ser colocado no centro das
camisas, tanto na frente quanto nas costas do jogador.
O capitão de cada equipe é identificado por uma fita de 8X2cm, de cor diferente da
camisa, colocada no peito, abaixo do número. Somente os atletas registrados na súmula
poderão participar do jogo.
Em cada set, um jogador da armação inicial de uma equipe pode deixar o jogo e retornar
apenas uma vez, e no lugar do jogador que o substituiu. Quando isso ocorre são
computadas duas substituições para aquela equipe. Em caso de contusão grave, que não
permita a continuidade de um atleta no jogo, ele deve ser substituído normalmente.
FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL

Toque de bola por cima


O toque por cima é o fundamento mais característico do jogo de voleibol. Ele é o
responsável, na maioria das vezes, pela preparação do ataque, ou seja, pelo
levantamento. Por isso é muito importante aprender bem esse fundamento, pois, apesar
de ser de uso típico dos levantadores, vez por outra, os atacantes também são obrigados
a utilizá-los.
O toque de bola por cima apresenta três etapas distintas:

a) Entrada sob a bola: nesta fase inicial, as pernas e braços devem estar semi-
flexionadas, com a bola acima da cabeça. As pernas além de semi-flexionadas, devem
estar com um afastamento lateral da largura aproximada dos ombros e um pé
ligeiramente á frente do outro. O tronco deve estar levemente inclinado para frente. Os
braços estarão semi-flexionados, de modo a posicionar os cotovelos, um pouco acima
da altura dos ombros, lateralmente em relação ao tronco. As mãos devem estar com os
dedos quase que totalmente estendidos. Mas de uma forma arredondada (como uma
concha) para melhor acomodar a curvatura da bola.
Os dedos polegares e indicadores formarão a figura aproximada de um triângulo.

b) Execução: no instante do toque à bola, todo o corpo participa. O contato será sutil,
com a parte interna dos dedos, com uma flexão dos punhos. Os braços e as pernas
deverão se estender para provocar uma transferência do peso do corpo sobre a perna de
trás para frente.

c) Término: o corpo terminará todo estendido.

Erros mais comuns:


1- Não entrar debaixo da bola.
2- Não coordenar o movimento de braços e pernas.
3- Posicionamento incorreto das mãos.
4- Posicionamento incorreto dos cotovelos.
5- Falta de força para enviar a bola.
Manchetes
A manchete é o fundamento mais utilizado para a recepção de saques e para a defesa de
bolas cortadas, pois o contato da bola se faz no antebraço, que é uma região que suporta
melhor os fortes impactos provocados por ela, nesta situação, quando comparado com
os dedos que são utilizados pelo toque.

a)Entrada sob a bola: As pernas devem estar como no toque, semi-flexionadas, afastadas
lateralmente em um distanciamento semelhante à largura dos ombros e um é
ligeiramente à frente do outro. Os braços estarão estendidos e unidos à frente do corpo.
Os dedos unidos de uma mão devem estar sobrepostos aos da outra, de forma que os
polegares estendidos possam se tocar paralelamente.
b) Ataque à bola: No movimento de ataque à bola, as pernas se estenderão, o peso do
corpo é transferido para a perna da frente e os braços permanecem sem movimento, com
a musculatura enrijecida. O impacto de bola se dá no antebraço e isso será facilitado se
os punhos estiverem bem estendidos, em direção ao solo.
c) Término do movimento: os braços devem permanecer estendidos até o impacto da
bola e as pernas estarão estendidas. Obs.: Aos poucos a manchete lateral deverá ser
introduzida, de forma que o jogador possa cobrir grandes áreas da quadra, utilizando-se
da manchete.

Erros mais comuns:


1- Flexionar os braços.
2- Não flexionar as pernas.
3- Tocar as mãos na bola.
4- Flexionar o abdômen e não os joelhos.
5- Não coordenar os movimentos de braços com os de pernas.
Saques por baixo
O jogo de voleibol inicia-se através de um saque, dando-se um golpe na bola solta no ar,
pelo jogador que ocupa a posição 1, que estará atrás da linha de fundo, em qualquer
lugar dos 9 metros de comprimento que ela possui.

a) Fase preparatória : em pé, de frente para a quadra adversária, o atleta deverá se


posicionar com o troco ligeiramente inclinado à frente, com as pernas em
afastamento antero-posterior a perna contrária ao lado do braço, que irá sacar,
deverá estar à frente, num distanciamento lateral mais ou menos igual à largura
dos ombros. A bola deverá ser segura com a mão que não irá sacar, de modo que
esteja quase que totalmente estendido. O braço que golpeará a bola estará
estendido para trás.
b) Execução: a bola será lançada para cima, à frente do corpo, a uma altura de, no
máximo, 30 cm, e será golpeada como braço contrário daquele que a lançou, que
realizará todo o movimento em direção à bola estando estendido. O peso do corpo é
transferido todo para a perna da frente. A mão, ao golpear a bola, tomará um
posicionamento arredondado, com os dedos unidos e quase estendidos. A contramão da
musculatura da mão tornará a área de impacto mais sólido para facilitar o envio da bola
a distâncias maiores.

c) Término do movimento : Com o golpe na bola e a transferência do peso do corpo


para a perna da frente, há uma tendência natural da perna de trás ser lançada para a
frente, que deve ser aproveitada para o passo que introduzirá o sacador na quadra de
jogo.

Erros mais comuns:

1 - lançar a bola com imprecisão para ser sacada;


2 - flexionar o braço;
3 - não utilizar o trabalho de pernas para sacar;
4 - não lançar o braço para frente, em direção ao seu objetivo.
Saque por cima
Em virtude da velocidade que o braço pode atingir, o impacto na bola é bem mais
potente que o saque por baixo. A sua aprendizagem facilita muito a introdução da
cortada, pois os movimentos de braços e tronco são muito semelhantes.

Existem duas versões do saque tipo tênis: a Saque com Rotação e o Flutuante. O Saque
com Rotação possui este nome em função da rotação dada à bola, pela flexão de punho
que é realizada no instante do golpe.

É o saque mais potente e possui uma trajetória bem definida.

a) Fase preparatória: em pé, atrás da linha de fundo, de frente para a região da quadra
adversária para a qual se deseja o saque, segurando a bola com ambas as mãos, os
braços estendidos ao longo do corpo. As pernas estarão com afastamento antero-
posterior, com a perna contrária ao lado do braço de ataque se posicionando à frente. Há
um afastamento lateral num distanciamento semelhante à largura dos ombros.
b) Execução : a bola é lançada com ambas as mãos, acima da cabeça (+ ou – 1,50m ) e
um pouco atrás da linha normal do tronco.

A mão, em forma de concha, iniciará o contrato com a bola na sua parte inferior e
posterior, contornando-a passando por cima, enquanto acontece a flexão rápida do
punho.

Erros mais comuns :

1 – lançar a bola de forma imprecisa ( muito atrás, muito à frente ou aos lados ).
2 – bater na bola com braço flexionado.
3 – realizar a rotação do tronco lançado a bola muito para esquerda (destros).
4 – na armada do braço de ataque, não posicionar o cotovelo atrás da linha do ombro e
não posicionar a palma da mão para frente, em direção à bola e à rede.
5 – não ter potência muscular que permita à bola passar sobre a rede.
Cortada
A cortada é o fundamento do voleibol que finaliza a maioria das ações ofensivas e visa
enviar, através de um forte golpe dado durante um salto, a bola de encontro ao solo da
quadra do adversário. É uma habilidade motora de execução complexa, uma vez que
toda ação é condicionada pelas características da trajetória do levantamento. Este pode
ser mais alto, mais baixo, mais lento, mais rápido, longo ou curto, próximo ou distante
da rede. Requer muita coordenação Visio - motora.
O deslocamento

O deslocamento pode ser realizado 1,2,3 ou mais passadas de corrida, com os braços se
mantendo semi-flexionados ao lado do corpo. Para iniciantes recomenda-se 3
passadas, pois eles aprenderão a sistemática do deslocamento numa distancia longa.

Bloqueio

O bloqueio é um fundamento que visa interceptar junto à rede a bola cortada pelo
adversário. Essa habilidade de caráter defensivo pode se tornar ofensiva quando
consegue enviar a bola contra o solo do atacante.

a) Fase preparatória (posição de expectativa).

Em pé, junto à rede, o bloqueador se posiciona em semi-flexão dos joelhos, pés


paralelos em afastamento lateral numa distância quase que igual à largura dos ombros.
Os braços estarão semi-flexionados com as mãos ao lado dos ombros, com as palmas
voltadas para frente. O tronco deve estar ereto e o bloqueador olhando para a bola e para
o atacante.
b) Execução

No momento adequado, o bloqueador salta, estendendo as pernas e contando com o


auxílio dos braços que serão estendidos simultaneamente em direção à bola. Nos
bloqueios ofensivos, as mãos invadem o espaço aéreo do adversário e se posicionam
abertas, estendidas, firmes, uma ao lado da outra, formando um obstáculo à passagem
da bola. O bloqueador espera o impacto da bola, pois ele não poderá tocá-la antes do
atacante, para flexionar os punhos, enviando-a contra o solo do campo adversário e,
também, para impedir que ela “espirre” (desvie) para fora da quadra.

c) A queda

Realizado o bloqueio, acontece a queda, que deve ser feita com equilíbrio de forma
amortecida e girando para o lado em que a bola se dirigiu, quando ela não foi totalmente
retida.
Erros mais comuns :

1 – tocar na rede, saltar projetando o corpo para frente.


2 – bater na bola, lançando os braços primeiro para trás e depois para frente.
3 – posicionamentos inadequados das mãos (afastadas ou unidas demais).
4 – flexionar o tronco no lugar de flexionar os joelhos para saltar.
5 – não saltar no local preciso em levantamentos mais longos ou curtos.
6 – ter dificuldades quanto a “tempo de bola”, saltando antes ou depois da passagem
sobre a rede, em função da variação da altura dos levantamentos dos adversários.
7 – ter dificuldades quanto ao “tempo de bola”, saltando antes ou depois, em função da
distância da rede em que ela foi cortada.
8 – não ter potência de pernas para saltar o necessário para invadir o bloqueio.
Glossário
Líbero : É um jogador que se posicionado em todas as posições em um jogo, mas
pontua,isto é, não ataca.

Súmula : É um registro do jogo, onde são marcados todas as faltas, substituições,


pontos, bem como, tudo que se passa dentro do jogo.

Rally : É um disputa prolongada entre as duas equipes, com a finalização de ponto.

Semi-flexionadas : Pequena flexão das pernas

Antero-posterior : Coxas

Bibliografia
Ensinando Voleibol
João Crisóstomo Marcondes Bojikian
Editora : Phorte

Você também pode gostar