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DEUSES DA MORTE II, por artur felisberto.

Figura 1: Hipostásia. Cena fúnebre. Vaso grego Atribuído a Sappho Painter, ca. 500 A.C. - 480
AB.C. Museu du Louvre. Restaurado ciberneticamente pelo autor.1
Mors, mortis = From Proto-Indo-European *mor-t (“death”), from *mer- (“to
die”). Cognate with Ancient Greek βροτός (brotós, “mortal”) (from an earlier form
*μροτός (mrotós)), Proto-Germanic*murþą (Old English morþ, English murder), Celtic
*marwo- (Old Irish marb, Welsh marw (“died”)), Lithuanian mirtis (“death”), Proto-
Slavic *merti, Sanskrit (mṛtyú).
Morta es, en la mitología romana, la tercera de las tres Parcas romanas.
Determina la muerte de las personas; es quien corta el hilo de cada una de las vidas
humanas. Se relaciona con la concepción romana del destino de la mitología griega,
las Moiras. Su padre es el dios de la noche (Júpiter?) y su madre la diosa de la
oscuridad, Nox. En la mitología griega corresponde a Átropos.
Los romanos identificaron las Parcas con las Moiras griegas (hijas de Zeus y
Temis), también las llamaron la tría Fata, las tres hadas o los tres destinos,
representando Nona el nacimiento, Décima el matrimonio y Morta la muerte.
Morta, a name apparently borrowed from the Greek Μόрτη Mortē "destiner";
not to be confused with the minor Roman god Mors "Death". 1. Mors, a goddess, the
daughter of Erebus and Nox, Cic . – Wikipedia.

1
Perseus Vase Catalog Louvre MNB 905.
Grec. Mortê , A. part, portion, esp. the portion of a métayer in the proceeds of
an estate. < meiromai = to receive as one's portion or due.
Murcida - Deusa etrusca responsável por tornar uma pessoa «esmorecida»,
«esmaecida», «desmaiada» e quase morta (em morte aparente).
«Esmaecido»  «desmaecido» < «desmaiado» < *Dis-Ma®iatu
< «marear» = enjoar a bordo de um navio, normalmente no «mar».

Figura 2: Gela Painter - Black-Figure Pinax': velório de um guerreiro!


Obviamente que, como obra humana, também as enciclopédias podem
conter enganos. O termo mais próximo da morte latina seria moro e não há
nenhuma necessidade de procurar a etimologia da deusa Morta num pedaço de
linguagem grega. Os nomes dos deuses sempre foram coisas demasiado sérias
para se terem formado a partir de «piaces of shit». De facto, adiante se verá que o
grego mortê está mais próximo da latina «merda» do que esta da morte latina.
Em qualquer dos casos, adiante se verá também que, no fim “tudo são borras”
informes e Afrodite Morfo, foi Deusa Mãe tanto do amor (Eros) como da morte
(Tánatos)! Aliás, a morte é para as pessoas o que a «merda» é para os alimentos
e o lixo para as coisas…uma dolorosa intuição social da fatalidade da entropia!
Moro < Mor(f)o < Amaur-ki > Grec. Morphi > Morfeu
> Morwi > Lat. Morbu  Morte.

Ir para: => TANATOS (***)

Pois bem, o nome da morte de muitas línguas celtas aproxima-se do


latino Morbu que, deste modo, se revela uma variante arcaica de mors, tis.
grego Latim Pot. Espanh. Franc. Romeno Bretão Gales Escocês. Cornish Gaélico Manx
Tanatos Mors morte muete mort mort maro marw marbb marow marbh marroo
neuvio,
Pedames Mortu morto muerto mort marv celain bàs éag baase

Marbh = dead, Irish marbh, Old Irish marb, Welsh marw, Cornish marow,
Breton maro, Middle Breton marv; *marvo-s, root mr@.; Latin morior, die; Lithuanian
mirti, die; Greek @Gmaraínw, destroy; Sanskrit mar, die.
Mart = a cow, Irish mart, a cow, a beef, Early Irish mart, a beef; hence Scottish
mart, a cow killed for family (winter) use and salted, which Jamieson derives from
Martinmas, the time at which the killing took place. The idea of mart is a cow for
killing: *martâ, from root mar, die, of marbh?
Irish. Mar(u)t(h)i-nmas < ma | ruti < turi | < -mnas < Tur-minous =
Minos-Taur > Minotauro.
Dito de outro modo os latinos tiveram a intuição de temerem a doença em
função da sua mortalidade e a morte do nome duma deusa a que os Hindus
chamaram Mara que mais não será do que um nome marítimo da Virgem Mãe
Amorca, do mar primordial de que derivaram as muitas forma do nome da
Virgem Maria. Ora, estas eram seguramente as mesmas que Taveret.
Na mitologia romana dos di indigetes (deuses e espíritos indígenas não
adoptados de outras mitologias), Averna era a rainha dos mortos e pode ser
equivalente de Proserpina.
Um dos nomes góticos da morte, swulta, leva-nos a ela.
> *Ta-Wer-Ana  Taveret
Averna < Haverna > Kawerna > «caverna».
Lietuva lavonas < rawaunas < raw-(anu)-ash < *Wer-Kaka = Caca-Wer
> Lat. cada-wer  Lat. Sepult(are) < spul-ta-
< Gotic. s-Wul-ta < Ka-Wer-Ka (= *Wer-Kaka)
< Ish-Wer-ta > Ta-Wer-et.
Swults (*) (Crim. schwalth) [akin to Eng swelter]: death. Deriv. Swiltan, perish, swulta (*)
death. Comp. Gaswiltan, die, swultawairthja, near to death.
Swelter (v.) = c. 1400, "faint with heat," frequentative of swelten "be faint
(especially with heat)," late 14c., from Old English sweltan "to die, perish," from
Proto-Germanic *swiltan- (source also of Old Saxon sweltan "to die," Old Norse
svelta "to put to death, starve," Gothic sviltan "to die"), perhaps originally "to
burn slowly," hence "to be overcome with heat or fever," from PIE root *swel-
(2) "to shine, beam" (see Selene). From the same ancient root comes Old English
swelan "to burn." For specialization of words meaning "to die," compare starve.
Related: Sweltered; sweltering.
Swelter < Old English sweltan < Proto-Germanic *swiltan- < from PIE
root *swel- > Old English swelan "to burn.

Ora bem, se estivermos atentos à plenitude do saber damos conta de que


*swel- se aproxima fonética e semanticamente da runa sowilo que é nem mais
nem menos que o Sol e cujo pictograma é incontornavelmente o zig-sag dum
relâmpago.
*Kauphiro > Shauwilo => Jarilo.
«Sovela» < Sowilo < Sha(u)-Wi-lu< Awilu > Souilo
> Sol  Etrusc. Usil.
Com mais pesquisa iríamos dar conta de que esta runa deriva dum culto
solar muito arcaico relacionado com a morte e ressurreição dum deus menor que
na suméria era Awilu e que no mito de Atrahasis foi morto pelos deuses para
com o seu sangue se formar o género humano que se iria substituir ao trabalho
dos deuses.
No primeiro, sétimo e décimo quinto dia do mês,
Enki estabeleceu como purificação, um banho.
Mataram Awilu, que teve a inspiração de falar na assembelia.
Nintu misturou argila com a carne e o sangue do deus que foi morto.
Aparentemente a etimologia do termo gótico swelter relaciona-se com a
morte por pura analogia metafórica banal com a morte por insolação ou doença
febril ou com a analogia mais subtil e profunda da morte do deus solar sumério
Awilu que deus origem ao género humano.
No entanto, o nome da Deusa Mãe que veio a dar o nome ao «mar» e à
«morte» e que nos povos latinos e eslavos seria *(A)Ma-Kur-at.
Hurt = Forma de Isis, adorada en Nejen (Hierakónpolis).
Mehturt (Me-hurt, Mehet-Weret, Mehet-uret) An Egyptian sky-goddess,
represented as a colossal cow, with the sun disk between her horns, lying on a mat of
reeds. Along her belly Re proceeded by day in his solar barque. She was early regarded
as the waterway of the heavens, but later she came to be equated with the primeval
waters from which Re emerged. This earned her the epithet 'mother of Re'. Her name
means "Great Flood". => Meret (Mert) = The Egyptian goddess of song and rejoicing.
=> Meri = Isis adorada como deusa do mar. => Chin. Mei.
Mert-seger (Merseger) = Goddess that lived in the pyramid peaks of the burial
ground of Thebes, having a snake body with either three heads (one a snake, one
human, one a vulture) or one human head. See Ta-Dehnet.
> Mahur-at > Maurta > Lat. Morta.
*Ma-Kur-at > Ma + Hurt > Me-Hurt 
Mehturt < Meh-te-ur-te < Meh-et-ur-et < Me-het-Wer-et.
*Ma-Kur-at > Ma-hur-et > Ma-ur-et > Meret > Mert.
Mert + Sakar > Mert-seger > Mer-seger. > Merit > Meri.
Mari / Mari-ha(m)/ Meri / Mar-(ra)tu (Syria, Chaldea, Persia): Basic name of
the Great Goddess; she wore a blue robe and a pearl necklace, both symblols of the
sea, fertility, childbirth, the Moon.
Como se pode concluir, *Ma-Kur-at enquanto nome da Deusa Mãe
primordial foi variante arcaica de Afrodite Morfo na forma de Amorca.
> Morta.
Amorca > Morka > Morfo.
< Ama-Urki = Ama-Ki-Ur
= Makur + Ana => Macarena
> Mahurena > Marena. > Mariha > Maria.
Makur => Meri > Mari + ish > Marisca > Marika > Mari-ha(m).
+ ash > Marashu > Maratu > Mar-(ra)tu.
This inescapability reflects Aphrodite's original form, Moira 'strong one' the Fate
(Later Mor-gana the Fay). Every ram belonged to her, the animal's curling horns
representing the cycles of dissolution and becoming she guided each soul through.
Astrology still marks her holy time, the March-April span of the sign of Aries. Gradually
people forgot the various versions of the Fates were in fact versions of Aphrodite herself
in triple Goddess form, such as: the spinning and weaving Klotho 'spinner,' Lachesis
'measurer,' and Atropos 'inevitable' or the sea Fates Amphitrite 'surrounding queen,'
Thetis 'disposer,' and Nereis 'the wet one.' The Greeks forgot these connections and
called her by many pretty names, hoping to avoid her ire by the same sort of flattery
applied to the Erinyes. But Aphrodite was well known across Europe by her older name,
if not always as a triple Goddess. The Lithuanians still know her as Mor'the Goddess of
Death' or 'the Crone.' The Germans and Slavs called her Mara and Marava, translating
her name as 'nightmare or butterfly' a meaning the word 'mora' finally settled on in
Greek. Aphrodite was the death mare no one could outrun and the butterfly who
carried souls on to rebirth. -- 2
A ideia de que a morte deriva duma raiz indo-europeia *mer- revela-se
assim um pouco intelectualista demais pois passa por cima das inúmeras deusas
da “vida e da morte” que tiveram por nome Mara, Marava ou Maria (< Maruja
< *Marisha,!)
Mara é a deusa de mais alto escalão na mitologia letã, a Terra Mãe,
uma contraparte feminina de Dievs. Ela toma espíritos após a morte. Ela pode
ser considerada o lado alternativo de Dievs (como em Yin e Yang). Outras
deusas letãs, às vezes todas elas, são consideradas suas assistentes, ou aspectos
alternativos. Māra pode ter sido também a mesma deusa de Lopu māte, Piena
Māte (Mãe do Leite), Veļu māte ou Vélių motę (mãe das almas / espíritos),
Zemes māte (Terra Mãe) e muitos outros "mães", como de Madeira, Água, Mar,
Vento. Nomes alternativos: Māre, Mārīte (diminutivo), Mārša, Māršava (oeste
da Letônia).
Figura 3: Mara: um "demónio" feminino
da cosmologia budista que personifica a Tentação.
Mâra had a number of functions.
Considering how complicated a deity she is, it
seems likely that her many functions are the result
of a syncretism of several deities (possibly
including the Virgin Mary!). She is strongly
associated with childbirth; children are said to
enter the world "through the gates of Mâra". She
is the protector of women, especially mothers, and
children. She is also the goddess of the hearth.
Mâra is also linked with death, and often takes the
form of black animals such as ravens or black
hens. Finally, she is also the goddess who was
responsible for the land, the waters, and every
living thing. -- Latvian Earth and Water Deities.
In Hindu mythology, Mara is a goddess of death.

«Maria» < Marija < Mar-isha/usha, diminutivo carinhoso de Mara


> «Maruja» = marinhagem, mulher de marinheiro.
Mâra = (Goddess of Birth and Death; Protector of Women and Children;
Goddess of the Hearth; Goddess of Earth and Water.)

2
'Friends and Nymphs of Aphrodite' On to 'Different Aspects of Aphrodite'
http://www.1freespace.com/women/alexiares/aphroditemain.html
Mâra has several symbols attributed to her. Mâra's Sign (Mâras
Zîme) looks something like God's sign (which represents the sky,
as a roof over the earth), but Mâra's Sign is an inverted version.

 Mara: no folclore germânico, particularmente escandinavo, era uma


criatura que se supunha causar pesadelos. < Mara " ou "Marena" (em mitologia de
Bielorussa): o deus de escuridão e da morte. > Na Bíblia no Livro de Rute, Naomi
chamou a si mesmas Mara, enquanto significando "amargura", depois que ela sofrer as
mortes do marido e dos seus dois filhos.  Mara é em Sânscrito e Pali um termo que
significa trazer a morte ou a desgraça. <= Mara: deusa hindu da morte. - Wikipedia 3
Como se pode confirmar, as culturas em que Mara, ou qualquer uma das
suas variantes diminutivas (Morta, Marena) ultrapassam a esfera de influência
cultural do império romano sendo predominantes na vastidão das estepes eslavas.
Russo Ucran. Lituano Polac. Chec Eslovac Servio Croácio Hungar Macedóni
. . o o
Смерти mertvy mirtis mirti martw zánik mrtva mrtav, izvjestan мъртъв mrtov
y (miršta, mirė) y , s- zo- mrtac , ravan,

nuþudyti mrt, mriet taèno, toèno,
(nuþudo/nuþudë) úmrt izvestan mrtva,
, kristi í , mrtvac,
(krenta/krito) sasvim
É claro que não se pode tratar duma contaminação cultural recente pois foi
o império grego bizantino que levou a ortodoxia
às terras eslavas. No entanto, o que seria de estranhar é se não existisse
alguma variedade terminológica na vastidão das ca cultura eslava.
> Lit. nuþu-do/nuþu-dë  Lituan. Nâve  Nâsvîg.
Lit. Nuþu-dyti  Deus Nepu + tan = Neptuno.
> Zanit > Chec. Zánik.
Serv/Croat. Iz-ve(je)s-tan < Vejes-| Tan-iz < Tanish < Tanit|  Tánatos.
 Tanushi (> Ishtan) < Ta-ki-nu < Tahenu < Tauenu < Serv. Toèno.
Fin. tuoni < tuauni < tyauni < tauini <
Os termos lituanos kristi (krenta/krito) poderão ser uma cristianização,
por analogia com o Cristo morto, duma antiga deusa Krito de origem cretense (>
Grec. Clito, rainha da Altântida e esposa de Poseidon).
Grec. Cristos > Lit. kristi < Lit. Krito < *Kertu  Kera / Hera.
 Ker-enta > Lit. Krenta.
Ora bem, como seria de esperar, todos estes termos se podem reportar a um arcaico deus do mar ou
da morte, quase sempre de origem minóica. Mesmo o basco herio se pode reportar a Kera / Hera.
Finnish Letóni Estoni. Lituano Basque
o
kuolema surma, tuoni, loppu, kuolo, kalma, nâvîg surnud, elutu, viljatu; närtsinud nâve 
tappo
Fin. kuolema < kaulema < Kalma (> Lat./pt > «calma» > «alma»)
< Kar-Ma = Ma-Kar  Macarena.

3
Mara (goddess): a Goddess in Latvian mythology. Mara (folklore): a creature in Germanic and
particularly Scandinavian folklore, thought to cause nightmares. "Mara" or "Marena" (in Belarusian
mythology): the god of darkness and death. In the Bible, Naomi called herself Mara, meaning
"bitterness", after she suffered the deaths of her husband and her two sons; see Book of Ruth. Mara is a
Sanskrit and Pali word meaning death-bringing or the destroying. Mara (Hindu goddess): goddess of
death according to Hindu mythology. Mara (demon): a "demon" of the Buddhist cosmology, the
personification of Temptation.
Loppu < Low-ipu < lowico  Lit. lavonas.
Tappo < Tap-ipu < Tapico < Tapu (> pt. «tapar», os mortos com
terra = enterrar???)  Anpu > Lit. *Napu.
Em relação ao estónio, que deveria estar próximo do finlandês, é difícil
estabelecer uma vizinhança mitológica intuitiva imediata. Mas pode tentar-se:
Sur-nud, que parece sumério, pode ser foneticamente mais próximo do deus
«cornudo» dos infernos do Kur do que seria credível; eluto, parece o nome dum
deus «enlutado»!
Vilj-ato é quase «Viriato», o herói lusitano que deveria ter tido o nome
emprestado do deus da «virilidade», | Bel < Wer < Ker | -ish  Iscur, deus dos
infernos.
Närtsi | Naurtish < *Nortish > «Norte» | < -nud o que, de forma bizarra,
faz com que os estónios enterrem os mortos ora a sul, ora a norte (!)
Mari, A deusa suprema do panteão basco é a deusa de trovão e do vento, como
também a é a personificação da Terra. (…). Ora é como uma mulher bonita, uma cabra
preta, uma mulher com pernas de cabra, um esqueleto, ou um foicinha de chamas; Ora
é vista voador pelo céu cercada de chamas. Tem o poder das tempestades e o laisons
dela com o cônjuge dela Maju produzem temporais violentos com granizo e raio. As
pessoas dizem que Mari está bravo quando um temporal se aproximar e eles colocarão
freqüentemente um foicinha ou machado na jarda dianteira com a lâmina para cima
para se preotegerem.4
O nome da noite entre os bascos confirma o facto de que a deusa do mar
só veio a ser a deusa da morte por antonomásia numa época tardia do neolítico,
quiçá mesmo da época mais recente da derrocada do império minóico por acção
do maremoto que se segui à catástrofe de Santorini, cerda do ano 1650 ª C.
Mari seria a sempre Virgem Mãe primordial, por isso também senhora do
mar primordial. Se as lendas bascas dizem que esta viveria no sub-mundo
infernal por onde entraria por portas cavernosas apenas revela a sua faceta
telúrica já que esta deusa mãe que teria gerado os deuses e os homens e todas as
coisas restantes, seria também a senhora dos infernos. O facto de o seu
companheiro ser o Dragão que sempre se supôs guardião das portas do paraíso e
das colunas de Hércules, que dariam acesso ao mar profundo além mediterrânico,
só confirma que esta era a deusa mãe das cobras cretenses. Seu filho, o Dragão,
era o caldeu Draco e o sírio Sacar, o “deus menino da aurora” da época dourada
de Saturno. A filha desta relação seria a mesma que era entre os caldeus Istar e
entre os sírios Anat, ou seja a egípcia (A)nut, a Deusa Mãe da noite que
quotidianamente devorava o pôr-do-sol para o parir pela alba.
Istar < Ish-Tar = Tar-ish > *Kaur-ish > Korish
> | Egipt. Horus > Gri. (H)Eros | => Basc. Herio.
Quanto à Pérsia, suposto paradigma do indo-europeu, o panorama é dos
mais incómodos para os puristas do racismo ariano pois o léxico dos persas tem
tanto de caucasiano quanto de semita. Mor-dan, se não é a inflexão
4
Mari, The supreme goddess of the Basque pantheon. She is the goddess of thunder and wind, as well as
the personification of the Earth. (…) She has the power of storms and her laisons with her consort Maju
produce violent thunderstorms with hail and lightning. People say Mari is angry when a thunderstorm
approaches and they will often place a sickle or axe in the front yard with the blade up to protect
themselves.
que parece ser, seria mesmo uma sínteses de duas
correntes étmicas.
Persa Kurd. Urd. Hindi Kpsig.
meiyet (morto) vafat, fout, marg, mavât (terras mortas), mirin maut maut, mrityoo, Meet
morda, Tâs, rakht bas-tan, dar goz-ash-tan, mor-dan, mrityoo, ni-dhan
Amorka > Maurha > grec. Moira > Hindu. Mara.
«Murça» < Lat. Murcia < Murtia < Morta < Ma-Hurt-ia <
< Ama- | Hurt < *Kertu < Wer-et | > Mavorte > Maurte > Morte >
M®ot.
> Mirthu > Kurdish Mirdu.
Marta > Mertha > «merda».
Tudo é vaidade, neste mundo vão...
Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração! – Florbela Espanca.
Acabada a fartura do vinho nos túneis no “fundo são tudo borras”!
E assim toda a vaidade deste mundo acaba na morte e tudo o que se come
acaba em «merda»!

Ver: APILIA / O MEL COMO “MERDA” DE ABELHA (***)

MO®T ou MOT?
A teimosia das teses a respeito das raízes indo-europeias faz esquecer que
o deus semita da morte era Mot, ou seja, quase o nome latino em fonética norte-
americana, onde os “erres” mudos morrem facilmente.
No entanto, talvez Mot tenha sido sempre assim, sem erre mortal por ter
sido a masculinização semita de Mut, a deusa Mãe!
Em Ugaritic Mot ' Death' (mt) é personificado como um deus de morte. A
palavra é cognato com significado de formas ' death' em outros idiomas de
Semitic: com hebreu ‫( ות‬moth ou maveth); com Canaanite, arameu egípcio,
Nabataean, e Palmyrene (mwt); com arameu judeu, arameu palestino Cristão, e
Samaritan ‫( מותא‬mwt'); com mautā Siriaco; com muta de Mandaean; com mutu
de Akkadian; com maut árabe; com mot de Ge'ez. Embora não são
relacionados idiomas de Semitic de perto a idiomas indo-europeus, as palavras
para morte em Sanskrit (' mrit') e latim (' mortus') é semelhante. – From
Wikipedia, the free encyclopedia.5
Como é de evidência imediata a quase monótona unanimidade do nome da
morte nas línguas semitas só demonstra a antiguidade e unidade genésica das
culturas que as moldaram bem como o culto comum a uma antiga deusa dos
mortos que, numa primeira aproximação foi Mavet.

5
In Ugaritic Mot 'Death' (spelled mt) is personified as a god of death. The word is cognate with forms
meaning 'death' in other Semitic languages: with Hebrew (moth or maveth); with Canaanite, Egyptian
Aramaic, Nabataean, and Palmyrene (mwt); with Jewish Aramaic, Christian Palestinian Aramaic, and
Samaritan (mwt’); with Syriac mautā; with Mandaean muta; with Akkadian mutu; with Arabic maut;
with Ge'ez mot. Although Semitic languages are not closely related to Indo-European languages, the
words for death in Sanskrit ('mrit') and Latin ('mortus') are similar.
Mavet: God of Death and Sterility. His name means Death. In one hand
he holds the scepter of bereavement, and in the other the scepter of widowhooed.
His jaws and throat are described in cosmic proportions and serve as a
euphamism for death. A son of El. After Baal defeated Yam, he then sent a
message to Mavet demanding that he keep his domain in the underworld city of
Miry where he belonged. Mavet was enraged by this and sent a threatening
message to Baal, who was afraid and attempted to flatter his way out of it. This,
however, was to no avail and Baal was forced to face Mavet. Mavet defeated
him and held him in the underworld until Anath tracked him (Mavet) down and
defeated him herself. Mavet did not actually die, as he and Baal had to face off
once more seven years later. Neither defeated the other, but Mavet did give in
(at the command of Shapash) and proclaimed Baal the King of the Gods.
Um dos nomes da mitologia antiga que me deixava com poucas hipóteses
de defesa nesta análise sobre a unicidade semântica original do nome de Deus era
precisamente Mot, o nome do deus canaaneu da morte. Se entre a latina Mor, tis
e Mot parece haver proximidade etimológica por mero ensurdecimento do «erre»
(coisa frequente em linguística) já não era tão fácil fazer derivar Mot do nome de
outros deuses da morte do panteão grego, hitita ou caldeu!
Como o Egipto foi a terra do “livro dos Mortos” natural seria que grande
parte da mitologia da morte tenha sido elaborada no longo período em que se
desenvolveu de forma exuberantemente conservadora esta grande cultura antiga.
Como já se referiu a respeito do Duat, Grande Deusa Mãe, também chamada
Nut, a nocturna deusa primordial como a grega Nix, paria quotidianamente o sol
para o devorar ao por do sol. A tanatologia e o embalsamamento nasceram dos
complexos cultos dos mortos que fazia parte fundamental da religião do Egipto
antigo. Assim, tal como Nut foi Nwt então é quase seguro que Mut foi Mwt que
não seria senão o mesmo deus canaanita Mavet referido. Inegavelmente, Mot
derivou da Grande Deusa Mãe Egípcia Mut sendo a única diferença uma troca
de sexos, coisa que os egípcios faziam com frequência aos nomes divinos, em
relação com nomes de mitologias vizinhas!
Muut era a personificação de morte na cultura índia Cahuilla, e
normalmente foi descrito como uma coruja. A Morte foi considerada uma parte
necessária de vida pelos Cahuilla, e assim Muut foi visto como mais de um
Psicopompo do que com um carácter de severo ceifeiro amedrontador.6
Neste caso até pode ter sido ao contrário. Os canaanitas importaram do
Egipto Mavet no lugar de Mut, o que faz pressupor uma transacção muito
antiga, e Mot seria um importação independente da faceta mortífera da deusa
mãe Mut / Mutu, a «bruxa má» e a «avó torta» das histórias infantis e a deusa
mãe da vida e da morte dos povos mais arcaicos de todo o mundo! Assim, nem
sequer será necessário fazer apelo para uma derivação complexa pois que:
Mut = Mwt > Mave®t = Mauet => Maut > Mot!

6
Muut was the personification of death in the Cahuilla Indian culture, and was usually depicted as an
owl. Death was considered a necessary part of life by the Cahuilla, and thus Muut was seen as more of a
psychopomp than a frightening grim-reaper character. – From Wikipedia, the free encyclopedia.
A novidade desta equação é que ela nos permite fazer a ponte de ligação
de Mut com Taveret por intermédio duma virtual *Mavert  Mavorte,
variante de Marte, o deus latino da guerra e da morte marcial.
De facto:
Taveret  *Maveret > *Mavert = Ma-Urt <= Mehurt.
*Kikurrat > Kaphurat > Taveret => Ta(/Ma)-Wert.
Os romanos conservaram a variante semita no nome da deusa Muta e do
deus Mutinus.
Larentina era uma deusa romana da morte. Júpiter arrancou-lhe a
língua depois que esta ter revelado uma das suas indiscrições amorosas, e foi
então chamado Muta, ou seja, a «muda». Está também é associada com Acca
Larentia, Larunda, Mania, e Lara, Mãe do Lares7 e a Dea Tacita deusa da
terra e da morte e personificação do silêncio!
Mutinus Mutunus = deus romano da fertilidade, invocado por mulheres
em risco de aborto. Ele foi representado com falo erecto ou simplesmente como
um falo. Foi forma romana (Mutinus) do grego Príapo.8
Mutinus < Mutunus < Mutumnus = Mut + Min(os).
As divindades ditas alegóricas constituem variantes de transição entre a
mitologia com todas as suas variantes mais ou menos conhecidas dos crentes, de
arcaica aquisição ou de importação recente, sobretudo no caso dos grandes
impérios que na tradição babilónica hitita conquistavam as cidades e os seus
deuses, e a formação da linguagem comum. No caso de Muta e Tacita, a
transposição do nome da deusa para a semântica do termo de que foi alegoria e
duma evidência óbvia, pois todos os discursos épicos e eloquentes se calam
perante a morte. Já a etimologia de Tacita (< Kaki-tu < ? Kika-et ? > Hecate)
não é tão clara no conjunto das deusas de “vida e de morte” que, por isto e por
outro lado, foram mães de deuses guerreiros, de fertilidade e de guerras mortais.
Marte, na forma de Mavorte, era seguramente filho e esposo de Morta, na sua
variante oriental *Mavorte, tal como Maruth era esposo de Mari.
Maruth = deus das tempestades Hindus e esposa de Mari.
Mârtius = "Month of Mârs," Mârs (Genitive Mârtis; Old Latin, Mâvors,
Mâvortis), god of weather and war, later identified with the Greek Ares
(Genitive Areôs). The "month of Mârs" (Mârtius) was originally the first month
of the year, the first sixty days after December being uncalendared.
A epêntese, como outras mudanças fonéticas, pode ocorrer
sincronicamente por conveniência do escritor – particularmente, do poeta –,
quando se classifica como metaplasmo. Dessa forma, Camões transforma
“Marte” em “Mavorte” em Os Lusíadas (CAMÕES, s. d.: 63).
A celta Morgana reporta-nos obviamente para a ibérica Virgem de
Macarena, Sr.ª das dores de parto e das angústias da morte.

7
Larentina was a Roman goddess of death. She had her tongue torn out by Jupiter after she revealed one
of his indiscretions, and was then called Muta, "the mute one". She is also associated with Acca Larentia,
Larunda, Mania, and Lara, Mother of the Lares.
8
Mutinus Mutunus = Roman fertility god who was invoked by women seeking to bear children. He was
depicted as ithyphallic or as a phallus. Also the Roman form (Mutinus) of the Greek Priapus.
Ver: MACARENA (***)

Morrigan = Morrigan was the Celtic goddess of war and death who
could take the shape of a crow.

Figura 4: distribuição geográfica do nome dos deuses da guerra e da morte.

Morrigan < Maur-Urik + (an) > Mar®ica  ??? > «maruca» > (ver:
Marduque)
Mar-Waca  Maw-ert  Ma-*Kartu.
< Ama-Kur-Antu > Ma-*Kartu-An > Makarhuan > Macarena.
> Maw-Horos > Lat. Mavors > Mavorte.
Ker < (Ma)-*Kartu  Ma-Urt > Lat. Mor/tis >
«morte»!
Além do facto de Marte ser Mavorte e, enquanto deus da guerra ser
também um deus de amores tão venais quão mortíferos, a verdade e a etimologia
deixam a suspeita de o nome deste deus ter derivado do nome de Horus, o deus
vingador de seu pai e filho de Ísis e/ou de Hator e de todas as deusas mães
primordiais.
In The Latvian Dainas, Nave = Death & Meness = The Moon.
Facto interessante é o de nave seja sinónimo de morte em lituano.
Interessante não apenas porque relacione a morte com a actividade marítima
como porque faz suspeitar que a antiguidade da cultura báltica remonta aos
primórdios das civilizações megalíticas peri-mediterrânicas, de que tanto as
irlandesas quanto as nórdicas serão originárias, a menos que se prove que todas
estas derivaram de focos mais arcaicos peri-pirenaicos. Em qualquer dos casos
estaríamos nos primórdios da cultura humana em tempos imediatamente
posteriores ao degelo da última época glaciar, até porque teria sido impossível
colonizar este locais boreais em épocas anteriores.
Prior to about 8000 B.C. there was apparently no burial of bodies
anywhere in Europe among humans at all - they were probably simply left out for
the vultures or burned. Between about 8000 BC and 6500 BC at places like Catal
Huyuk and Jericho, only the skulls (sometimes all the bones) of the deceased were
buried indoors under the house floor, and at Jericho, the eyes were replaced
symbolically with mussel shells.
In Latvia, for the first time among civilized humans in Europe, - at least as
far as the archaeological record goes - the entire body (Latvian Kermenis = body
(root of German?) is now buried in toto in a separate area set out for this purpose
and the eyes are replaced with pieces of amber.9
Sendo assim, estamos perante uma das primeiras manifestações de
colonização de novos mundos por via marítima. A relação da nave com a morte e
desta com a arcaica deusa mãe seria inevitável. Porém, para irmos de Mawet ao
lituano nave precisamos apenas de identificar Mut com Nut, ou seja, identificar
Ker, a morte negra, coma Afrodite Melania e como a escura Noite. Então, o
lituano Ker-menis passa a ter todo o seu sentido se o correlacionarmos com a
conotação de «corpo morto», cadáver, sujeito às leis (me-anis) de Ker!
Ker-minos < Ker-Meness < ker-me-anus > Hermanus > Hermax.
Os Erma eram então o equivalente de todas as variantes megalíticas das
«estelas funerárias», ou seja uma representação material do corpo dos mortos.
Por outro lado, a recorrência dum marcador minóico nestas etimologias só vêm
confirmar o papel fulcral que esta civilização marítima teve no eclodir das mais
arcaicas civilizações marítimas neolíticas. Por outro lado, compreende-se que o
nome de Minos derive dum culto lunar da deusa mãe na medida em que a Lua foi
desde sempre suposta como responsável pela regulação dos ciclos menstruais das
mulheres bem como das marés. Deste modo o lituano permite-nos entender a
semântica dos mês sumérios, do nome de Minos, o legislador cretense bem como
da deusa etrusca Mean, seguramente a antepassada de Mena, a deusa da menarca
e das «regras feminina».
Plusieurs mois plus tard, l'enfant se trouve confronté au nomos tout aussi
redoutable, et à son premier commandement: "tu ne mangeras pas ta mère". De
la genèse de cette injonction, la psychanalyse nous enseigne que lorsque l'enfant
éprouve la sensation de faim, il fantasme une mère terrible qui veut le dévorer et
le mettre en morceaux. Il projette ainsi sur elle sa propre faim, sa propre soif et
surtout ses douloureuses crampes d'estomac qui signent les appétits urgents de
son ventre et qui sont en eux-mêmes comme une dévoration.
Ainsi, ce n'est pas lui qui est affamé, c'est elle. Manger ou être mangé,
voilà l'angoisse dévorante qui trouble la bouillie de bébé, avant que celui-ci, repu,
ne s'assoupisse dans les bras de sa mère. Ce n'est que l'expérience renouvelée qui
réussit à transformer la sensation de faim, d'un traumatisme en une promesse de
satisfaction.

9
Andis Kaulins, dba Translaton, Postfach 1710, 56835 Traben-Trarbach, Germany..
(…) L'endophagie funéraire permet d'expliquer ce curieux phénomène de
cannibalisme brutal envers un étranger parfaitement intégré. Cette seconde forme
de cannibalisme (si on excepte le sacrifice humain) relève de la question du sort à
réserver la dépouille de celui qui a cessé de vivre. Que faire du mort qui laisse
au groupe un corps si encombrant, comment gérer cette chose?
La réponse occidentale traditionnelle a longtemps été (avant la vogue de
la crémation) de le faire manger par (ou le réintégrer à) la Terre-Mère. Certes, la
réponse n'était pas formulée ainsi, mais cela en est le sens. Dans les groupes de
chasseurs- cueilleurs auxquels s'intéresse l'ethnologie, la révolution agraire du
néolithique n'a pas pu induire une telle pratique. Au contraire, on y retrouve une
pratique plus ancienne, quia peut-être fondée la nôtre: faire manger la dépouille
(ou la réintégrer) au groupe. -- 10

Ir para: => DEUSES MORTOS (***)

Mictlantecuhtli (en náhuatl: mictlanteuctli, ‘señor del mictlán’ o ‘señor


del lugar de los muertos’‘mictlān, Mictlán o lugar de los muertos,desde miquitl,
muerto; teuctli o tecuhtli, señor’)?1 en la mitología mexica, zapoteca y mixteca
es el dios del inframundo y de los muertos, también era llamado Popocatzin (en
nahuatl: popocatzin, ‘ser humeante’‘popoctli, humo, fuego; catl, ser: popocatl o
popoca, ser humeante, humeante, ardiente; tzintli, diminutivo’)?, por lo tanto
era el dios de las sombras. Junto con su esposa Mictecacíhuatl, regía el mundo
subterráneo o reino de Mictlán.
Nahuat. miquiztli (muerte) < miquishtri < Ma-Ki-ush-tyr
> Ma-wi-ush-tir > Mau-stir < Ma-ur-te > Morte.
Nahuat. miquitl, muerto < Mikitr < Mawirtr < mauirt > Mot-er
> «Morte».
A relação da morte com a deusa mãe é óbvia e quase universal pelo que
encontra a deusa mãe terra *Ma-Ki na etimologia da morte não espanta!

10
L'Aliment sacré, Par Christophe Meyer.
Figura 5: Mictlantecuhtli, deus azeteca da morte e Tezcalopoca, deus azeteca
da guerra, irmanados no mesmo afinco de levar as almas dos humanos para o céu para
alimentarem os deuses vampiros com sangue de humanos.
Também já não nos surpreende constatar que o nauatle seja quase falar
ibérico deformado. O que é de facto fascinante é verificar que o nahuatl nos
esclarece que a morte pode derivar do fenício Mot e esta da deusa mãe egípcia
Mut enquanto deusa mãe guerreira responsável pela vida e morte e pela
mitologia do Amenti.
Amenti era o nome que os egípcios davam ao templo onde as almas dos
mortos eram reunidas depois da morte, para serem julgadas e onde a alma da
pessoa era destruída por Ammit, devorada e engolida.
De facto amenti é corruptela de Ammit e esta de ama-Mut que por sua
vez é uma redundância de deusa mãe. Então, novamente nos espantamos: o mito
de mictlan decalca o amenti Egípcio ainda que o não apareça.
Amenti < Ama-An-tu = Mãe das Antas = Mãe-mae = avó
= mãe e senhora avó brava = Ama-An-Mut + ur (=> Ama
 Ki) Ma-Ki-ana-tu-ur > Macarena < Ma-Ker-Ana < Ma-ki-tur-na.
Por outro lado Mot-er é quase a latina mater. A passagem de moter a
morte deve ter acontecido por ressonância com Marte, que era o deus que mais
mortos mandava para o outro mundo, ou com a deusa do mar que era a mesma
*Ma-Ker-Ana e o principal cemitério dos povos marinheiros da cultura egeia.
El Míctlān o Mictlan (en náhuatl: mictlān, ‘'lugar de muertos'’‘mic-
'muerto'; -tlānlocativo’) en la mitología mexica o nahua -que se puede
considerar representativa de Mesoamérica-, era uno de los posibles recintos
post mortem.
A palavra "cemitério" (do latim tardio coemeterium, derivado do grego
κοιμητήριον [kimitírion], a partir do verbo κοιμάω [kimáo] "pôr a jazer" ou
"fazer deitar") foi dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à
sepultura de seus mortos.
A cerâmica (do grego κέραμος "argila queimada" ou κεραμικὀς, translit.
keramikós: 'de argila')
Cerâmico, também chamado de Cerameico, é um cemitério situado na
região da Ática na Grécia, região esta onde estava localizada a pólis ateniense.
O cemitério estava localizado a noroeste da ágora numa região onde também
estava localizado o subúrbio de Atenas.
O distrito antigo ganhou o seu nome do herói grego Céramo (também
chamado Kéramos), que era filho de Ariadne e Dionísio e herói dos oleiros, ou
porque, na antiga Atenas, este era o lugar onde ficavam os oleiros (kerameis).
A mitologia deve quase tudo a uma certa tendência dos povos para a
etimologia popular. Obviamente que o Kerameikos terá sido antes de mais um
cemitério desde logo porque Ker foi deusa da morte súbita e violente. Os oleiros
vieram trabalhar para este local seguramente porque era neste que eram
procurados os vasos de cerâmica votivos (onde se guardavam as cinzas dos
incinerados) e os vasos votivos. Porque a morte violenta e súbita era uma forma
de Morte Negra, porque negra era Ker por ser Nut e porque negra seria a argila
deste local uma das etimologias populares acabou por ser local da argila e do
ocre negro. Fosse como fosse a verdade é que é possível uma relação étmica
entre este termo, o «cemitério» e o miclan azeteca.
Kerameik(os) + Anu > Ker-ami-con < Mi-ka-ker-on > Mika-ther-ion
> kimitírion  coemeterium
Nahuat. mictlan < Ma-ki-te-ra (no) < Ki-ma-ter-ana
> kimitírion  coemeterium > «cemitério».

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