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CIGANA CARMENCITA ILLARIM

Baralho de
Maria Padilha

Por Eliane Arthman

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CIGANA CARMENCITA ILLARIM

• Um pouco da história de Maria Padilha


• Uma Rainha a serviço da luz
• Egrégoras de Maria Padilha
• Significado das cartas
• Métodos de jogo
• A autora Eliane Arthman
• Agradecimentos

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CIGANA CARMENCITA ILLARIM

Um pouco da história de Maria Padilha


Existem várias lendas sobre a origem e história de Maria
Padilha. A história mais confiável diz que ela nasceu em Astudilho,
Palencia, Espanha por volta do ano 1334. Dizem que era uma
mulher de rara beleza e sensualidade pertencente a uma família
Castelhana, os Padilla.
De amante a rainha, Maria Padilla influenciou o rei Dom
Pedro I de Castela (1334-1369) nas mais importantes decisões,
além de determinar o modo como governaria e auxiliar na
negociação de seu casamento com Branca de Bourbon, visando
uma aliança com a França.

Também conhecida como Maria de Padilla, a amante do rei


de Castela teve com ele quatro filhos. Contam que estava prestes a
dar à luz quando Branca de Bourbon chegou para selar o acordo de
casamento. Três dias depois da cerimônia, o rei desfez a aliança
com os franceses, abandonou a esposa e retornou para os braços
de sua amada.

Dona Maria Padilla e Dom Pedro I de Castela seguiram juntos


para Olmedo, onde se casaram secretamente. Viveram com certa
tranquilidade até que os adversários políticos do rei descobriram
que ele havia se casado e passaram a exercer grande pressão,
obrigando-o a retomar a relação com sua primeira esposa. Dom
Pedro, no entanto, preferiu manter Branca de Bourbon bem distante
e a mandou para outras cidades. Por fim, a legítima esposa foi
envenenada e morreu aos 25 anos.

Em 1361, a peste bubônica assola o reino e, para desespero


de Dom Pedro I de Castela, faz de Maria Padilla uma de suas
vítimas. A princípio, a amante do rei é sepultada em Astudillo, no
convento que ela mesma fundou.

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Dizem que o rei nunca se conformou com essa morte


prematura e um ano depois declarou, diante de todos os nobres da
corte de Sevilha, que sua única e verdadeira esposa era Maria
Padilla. Tanto fez, que o Arcebispo de Toledo acabou considerando
procedentes as razões que o levaram a abandonar Branca de
Bourbon, principalmente pelo conflito com os franceses. A corte
também aceitou as declarações do rei.

Foi assim que Maria Padilha sagrou-se como a única esposa


de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e
exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta. Seu
corpo foi transportado para a Capela dos Reis, na Catedral de
Sevilha, e seu túmulo é ainda hoje local de peregrinação.

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Uma Rainha a serviço da luz

Maria Padilha é uma entidade cheia de vivacidade, força e fé,


além de possuir merecimentos espirituais que lhe permitem atuar
diretamente em diversos assuntos que envolvem a dimensão em
que vivemos.
No combate ao mal, as falanges de Luz sempre contam com o
seu valoroso auxílio, pois Maria Padilha é uma intermediadora que
trabalha com a energia vital que transita entre o concreto mundo
carnal e o etéreo mundo espiritual.
Nas sessões de umbanda, obsessores são colocados nos
corpos de vários médiuns “rodantes” e quando são retirados por
enfermeiros da espiritualidade, o “povo de rua” se manifesta para
descarregá-los. Dentre essas entidades de auxílio, conhecidas
como “povo de rua”, estão várias falanges ligadas à Maria Padilha.
É preciso frisar que Maria Padilha jamais serviu ao mal ou às
trevas!

Ela se manifesta utilizando uma baixa densidade, para assim


poder alcançar as falanges contrárias a luz, auxiliando-as em sua
libertação astral. E o intuito desse baralho é justamente auxiliar nos
momentos de difícil decisão, para que de alguma forma o melhor
caminho seja seguido.
Vivemos numa dimensão que exige de nós força e
perseverança.
Precisamos caminhar para nos locomover, falar para manifestar
nossos pensamentos e viver sob a tutela das Leis que regem a
dimensão em que vivemos que no caso é a terceira dimensão.
A primeira dimensão corresponde ao tamanho de um ponto
que não é visto nem no mais potente microscópio; a segunda
dimensão corresponde ao tamanho de uma pequena linha que só
pode ser vista sob a lente de um potente microscópio. Vivemos na

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terceira dimensão que é imensamente maior que as dimensões


anteriores.
Já na quarta dimensão, que é a dimensão que já está sendo
instalada no planeta, não existe Tempo ou Espaço.
Mas enquanto permanecermos na terceira dimensão,
precisaremos vencer as Leis que a regem, trabalhando
incessantemente no intuito de superar o mal que sempre tenta nos
afastar do caminho da luz e da fé!

Egrégoras de Maria Padilha

Maria Padilha, Maria Molambo, Sete Saias, Pombagira


Cigana, Rainha do Sobrado... A entidade do meio, os espíritos entre
o bem e o mal, nem das trevas nem de luz. Pombogira é o nome
dado aos espíritos femininos formadores das falanges cultuadas
nesta linha.
O povo de exu é solicitado a resolver questões amorosas (no
caso das pombogiras), questões práticas e de disputas pessoais
(no caso dos exus), separam casais, propiciam reconciliações,
ajudam a arrumar emprego e podem “trancar os caminhos” de um
adversário – o que varia de casa para casa, alguns chefes
aceitando determinados trabalhos, outros não. Mas nunca, em
hipótese alguma, fará qualquer serviço sem que cobrem seu
pagamento, seja um charuto, uma bebida, rosas, joias, perfumes,
presentes em geral, até porque é justo. A reciprocidade é a lei. Até
porque a concepção do bem e do mal são muito particulares, e
completamente relacionais, mas sem fronteiras fixas. E nem mesmo
se pode falar em profano e sagrado como esferas separadas
quando se fala de exu. Acredito que porque o que está em jogo é o
poder sobrenatural que foge a qualquer tentativa de criar uma
imagem padrão de representação humana do sagrado – um poder
desvinculado do indivíduo.

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Quando se começa a entrar num universo de magia como o


da grande Dama Sra. Maria de Padilla, veremos nuances de um
mundo que combina o hermético, o natural e as mais variadas
tradições de feitiçaria, magia e bruxaria.
Esta energia tão ampla, que atravessa fronteiras, faz alianças
com outras linhagens mágicas e espirituais, resultam num trabalho
intenso, trazendo auxílio e luz a todos nós. Pesquisando sobre
Dona Padilha, percebi que suas variações de uma mesma
egrégora, trazem vivências múltiplas, desde os tempos antigos, da
Europa medieval, até a afamada Lapa, ainda no tempo dos
portugueses...
É por isso que vale lembrar que sua energia não conhece
limites. Uma mulher de uma senda tão abrangente conhece todos
os lados, conhece os nossos opositores, conhece a essência
humana... E isso faz a beleza dela. Força multicultural prepara o
nosso corpo, a nossa mente e o espírito para podermos atravessar
a vida...
É necessário cautela, e estar com o coração disponível para
entender suas diretrizes.

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Significado das cartas

Carta 01 – Os Cristais / Virtudes, Sabedoria.

Essa é uma Carta que emite luz e positividade. Significa,


também, uma Estrela que ilumina todo o jogo. Ela transforma o
negativo em boas notícias. Acreditar em seu próprio brilho. Agir
com clareza. Ser firme, transparente em suas ações. Lapidar-se.
Carta positiva.

Carta 02 - O Lápis

Notícias breves. O caráter dessas notícias dependerá das


cartas que estão ao redor. Pode falar de estudos, análise de uma
determinada situação. Um bilhete, um recado, situações dinâmicas,
rápido. Novidades, algo que será revalado em breve. Carta neutra.

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Carta 03 – A Luva

Passado. Amor perdido. Pode ser um amor, uma perda ou um


detalhe que marcou a vida no passado e que no momento atual
precisa ser reanalisada, pode indicar uma doença ou problema de
ordem mediúnica. Em algumas jogadas, A Luva pode significar
lentidão ou demora. Cuidado para não ser passado pra trás.
Alguém que tem algo a esconder. Abrir mão de uma situação.
Reavaliar. Não se prender. Saudade. Esta é uma carta negativa.

Carta 04 – A Vela

Magia, Feitiço. Fazer algo para espiritualidade, orações,


simpatias. Luz própria, chamar atenção pra si, iluminar-se,
acreditar em si mesmo, fazer algo pra atrair o encanto ou o carisma
pessoal. Carta neutra.

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Carta 05 – As Moedas

Moedas, Riquezas. Essa carta fala de prosperidade ou sorte


nos caminhos materiais. Muito de algo. Fartura. Abundância.
Apesar de significar boas notícias, ela pode transformar-se em
penúria ou prejuízos, quando cercada por cartas negativas.
Carta positiva.

Carta 06 – O Vaso de Flores

Boas Notícias. Essa carta minimiza a negatividade das cartas


que estiverem ao seu redor. Ela afirma que as coisas tendem a
melhorar. Um presente, um sim, uma confirmação. Carta positiva.

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Carta 07 – A Lua refletida no Mar

Melancolia, Depressão ou Lágrimas. Essa carta significa um


período de provas na vida do consulente e que pode, também,
indicar desequilíbrio emocional. Tristeza, isolamento, orgulho
ferido, mágoas, dor, cansaço, apatia, ansiedade, insônia. Carta
negativa.

Carta 08 – A Lâmpada Acesa

Surpresas. Algo inesperado vai acontecer. Pode indicar


bondade de alguém, a esperança de uma vida melhor, as boas
intuições, sucesso inesperado, uma boa ideia, um presente
inesperado, faça diferente, surpreenda. Carta positiva.

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Carta 09 – A Poltrona Negra

Morte ou Alguém que foi embora. Essa carta indica problemas


de várias ordens. Solidão, depressão, doença grave, segredos,
fofocas, problemas psicológicos e angústia. Término doloroso,
cansaço, não tem mais volta, sem esperanças, sem saída.
Assombrações, medo. Carta negativa.

Carta 10 – Cordas com Nós Apertados

Embaraços e Dificuldades. Obstáculos, indecisão, más


intuições, más influências, dificuldades em encontrar e
compreender os sinais do destino, distorções do entendimento,
descaminhos e mal entendidos nas relações interpessoais, falta de
comunicação. É preciso estreitar laços, ver mais de perto pra tentar
resolver. Carta negativa.

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Carta 11 – O Menorah.

Espiritualidade Maior. Essa é uma Carta que emite luz e


positividade. Ela representa Deus, um Mago ou um Mestre
Espiritual no qual o (a) Consulente crê. Iluminar a mente, clarear os
pensamentos, ter ideias, ver com clareza, crer na mudança,
conectar-se com seu próprio eu e com o divino. Carta positiva.

Carta 12 – O Punhal

Espiritualidade Menor. Cortar uma situação ruim, ter força, ir à


luta, não desistir, usar todas as armas que tem e superar as
dificuldades, lutar por seus objetivos, ajuda dos amigos espirituais
(exus). Carta neutra.

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Carta 13 – A Taça servida pela Mão que porta o anel de Cobra.


Traições.
Um desejo secreto ou sinalizar variadas formas de traições,
como a de um cônjuge, amigo, patrão, sócio, etc. Deslealdade,
mentira, quebra de fidelidade, acordos quebrados, promessa não
cumprida, más intenções, jogar sujo, esteja com pé atrás. Não
confie demais, não acredite em tudo que te dizem, situações
obscuras. Carta negativa.

Carta 14 – A Pulseira de Ouro

Grande Amor. Essa Carta indica bondade, boas intenções e


amor sincero. A chegada de uma nova amizade, de um emprego há
muito almejado ou de um acontecimento que alegrará a vida do (a)
Consulente. Essa carta refere-se a algum acontecimento romântico.
Muitas vezes ela pode significar uma sociedade promissora ou uma
profunda simpatia entre amigos. Carta positiva.

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Carta 15 – O Triângulo e o Ovo

Viagens, Mudanças de Vida. Essa carta refere-se a


mudanças em qualquer aspecto da vida do consulente, mudar de
dentro pra fora, amadurecer ideia, transformar, expor, mudanças
e/ou viagens trabalho, residência, vida afetiva, religiosa, sociais, dar
outra direção, renovação, substituir. Carta neutra.

Carta 16 – O Quadro de Palhacinho

Alegrias e Comemorações. Esta Carta tem um "ar" alegre e


descontraído, acontecimentos felizes, festas, eventos, divertimento,
realizações convites pra sair, satisfação, entusiasmo, pode até
anunciar a chegada de uma criança ou sinalizar a breve realização
de um sonho ou desejo. Carta positiva.

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Carta 17 – A Balança

Justiça ou Equilíbrio Emocional. Ter controle, equilibrar,


ponderar, organizar. Processos judiciais, heranças. Ser justo,
imparcial, controle seus pensamentos, resolver as coisas de forma
pacífica. Pode significar, também, a necessidade de equilíbrio e de
cabeça fria para resolver assuntos de difícil solução. Carta neutra.

Carta 18 – A Rosa Vermelha

Notícias Distantes ou Caminhos demorados. Ela aponta tanto


lentidão quanto fatos antigos que se interligam aos atuais
acontecimentos. Pode indicar o retorno, a presença ou a lembrança
de pessoas que já estiveram presentes na vida do (a) Consulente e
que no momento são lembradas ou reaparecem. Fatos antigos,vai
durar, enxergar além, deixar pra depois, fora do alcance, sem
pressa. Esta é uma carta neutra.

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Carta 19 – O Cigarro Aceso

Vício ou Teimosia. Comportamentos não moderados ou fora


dos padrões. Ela aconselha uma revisão quanto a pensamentos e
ações que podem estar sendo doentios e mal direcionados. A carta
pede que se tome cuidado com a permissividade, situações
recorrentes, não aceita que errou, dependência química ou uso
excessivo de algo, apego, situações repetitivas. Carta negativa.

Carta 20 – A Luz vermelha Acesa

Perigo ou dificuldade no caminho. Alerta para situações


perigosas, pensamentos negativos, atenção, riscos, não tome
decisões neste momento, cuidados na área de segurança pessoal.
Briga, ansiedade, inconveniente, esteja atento, busque ajuda
espiritual. Carta negativa.

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Carta 21 – O Véu de Noiva / Casamento.

Essa carta refere-se a uniões em vários aspectos. Pode ser


uma sociedade que será proposta; um pedido de namoro ou de
casamento, ter alguém pra contar, contratos, alianças, vínculos.
Carta positiva.

Carta 22 – As Mãos em Cumprimento

União ou Negócios que chegam. Acordar, parcerias, tratar,


acertar, chegar a uma conclusão aproximar, aliança, combinar algo,
novas oportunidades, fechamento de negócios, nova etapa. Carta
neutra.

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Carta 23 – A Âncora

Confirmação. Algo fixo, firme, seguro, assentamento, a


Padilha confirmando o que foi dito, um sim pra questão, exatidão,
garantido, o cumprimento do que foi acordado. Carta neutra.

Carta 24 – Uma Calça de Homem

Uma Pessoa Intermediária (homem). Energia masculina,


mediador, um elo de ligação, uma terceira pessoa, um amante,
pessoa desligada de si mesmo, afastada da situação onde é a peça
chave. Carta neutra.

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Carta 25 – Uma Saia de Mulher

Pessoa Intermediária (mulher). Uma energia feminina que não


é a consulente, mediadora, pessoa que interfere, que serve de
ligação, amante, pessoa que está afastada de si mesmo, afastada
da situação onde é peça chave. Carta neutra.

Carta 26 – O Perfil de uma Mulher

A Consulente. Essa carta indica a consulente ou a mulher,


noiva ou amante do consulente. Alguém importante na vida do
consulente, alguém que queira investigar, marcando no início do
jogo, energia passiva, hormônios femininos. Carta neutra.

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Carta 27 – O Perfil de um Homem

O Consulente. Essa carta indica o consulente ou o esposo,


noivo ou amante da consulente. Um homem importante na vida da
consulente, energia da ação, hormônios masculinos. Carta neutra.

Carta 28 – O Cão

Amigo Fiel ou Aliado. Alguém em quem se pode confiar, um


amigo fiel, carnal ou espiritual. Confie, acredite, proteção, ajuda,
auxílio, promessas serão cumpridas, cumpra sua palavra, seja
firme, persevere, dedique-se, terá ajuda. Companheirismo,
fidelidade. Carta positiva.

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Carta 29 – A Estrela de Davi

Vitória. Bênçãos e proteção espiritual. Êxito, resultado


satisfatório, vencer obstáculos, sua estrela está brilhando, sucesso,
bom resultado, vai conseguir o que deseja, sorte, direção. Carta
positiva.

Carta 30 – A Ferradura

Boa Sorte. Momento favorável, vai dar tudo certo, aproveite o


momento, energia positiva, mudanças positivas, insista, sorte, se
sairá bem, você vai conseguir. Carta positiva.

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Carta 31 – O Malandro

Roubo, Perdas, Desgaste ou Pessoa Perigosa. Cuidado,


perigo, pessoa não confiável, aproveitador, arruinado, cansaço,
esgotamento, roubo, não acredite, desânimo, prejuízo, ruína,
aproveitador, ladrão, sangue suga, momento errado, perdas
energéticas, pessoa mal intencionada, mentiras, fraude, energia
densa. Carta negativa.

Carta 32 – A Janela de Casa

Em Casa, Em Família, No Íntimo, Intimidade. Entre quatro


paredes, lar, local de portas fechadas, local seguro, família,
ambiente fechado, dentro de casa, só diz respeito a você, particular,
rotina. Carta neutra.

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Carta 33 – A Porta da Rua

Ela refere-se a questões que envolvam fatos ocorridos no


trabalho, nas ruas, nas relações fora de casa. Não se envolver, da
porta pra fora, deixar do lado de fora. Tranca-Rua costuma
manifestar-se através desta carta. Carta neutra.

Carta 34 – As Borboletas sobre a Flor

Casamento Feliz. Essa carta refere-se a relacionamentos


felizes, tanto no campo afetivo, quanto nas relações de amizade ou
de negócios. Pode indicar a chegada de uma nova amizade, de um
amor sincero, de um emprego há muito almejado. Parceria
próspera, algo sério, casamento, união, florescer, desabrochar.
Carta positiva.

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Carta 35 – O Colar Arrebentado

Separação, Rompimento. Separações tanto afetivas quanto


de amizade ou de negócios, cortes, rompimentos. Pode referir-se,
também, a quebra de promessa, de palavra ou de contrato. Fim de
um ciclo, demissão, interromper, não se apegar, quebra de acordo,
por um ponto final. Carta negativa.

Carta 36 – Caminhos de Sol

Caminhos Abertos. Oportunidades, início de uma nova


jornada, passagem, novos rumos, hora de seguir adiante, continue
seu destino, vai conseguir o que deseja. Carta positiva.

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Métodos de Jogo

Como deitar as cartas do baralho de Maria Padilha.

Embaralhe bem as cartas mentalizando a pergunta ou o seu


propósito para a consulta, corte em duas ou em três partes, junte
tudo faça uma cruz de cima para baixo, com cinco cartas no sentido
vertical e quatro no horizontal. Deve-se fazer essa cruz três vezes
antes da abertura do jogo. Na Abertura do Jogo, deve-se dispor as
cartas em quatro fileiras de nove cartas.

Método da Cruz

01

06 07 02 08 09

03

04

05

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Mesa Real

01 02 03 04 05 06 07 08 09

10 11 12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25 26 27

28 29 30 31 32 33 34 35 36

(Obs.: A numeração acima refere-se à ordem de colocação e não


ao número e significado das cartas.) Deve-se ler, primeiramente,
no sentido horizontal, da carta de número 01 até a carta de número
36. Depois lê-se no sentido diagonal.

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CIGANA CARMENCITA ILLARIM

A Autora Eliane Arthman (Jornada pessoal e nascimento


do Baralho de Maria Padilha)

¨Corria o ano de 2001. Desde novembro de 2.000 estive a


tratar-me de dores no lado direito do rosto, que me fizeram arrancar
todos os dentes da arcada superior direita, por achar tratar-se de
problemas dentários. Minha dentista quase que surtou por isso.
Meu rosto ficou queimado de tanto saco de água quente que usei
para amenizar a dor. Mas nem mesmo paracetamol conseguia
aliviar-me.
Por tudo isso, eu fiquei desiludida em relação aos assuntos
ligados à espiritualidade. Em 16 de junho daquele ano, depois de
uma radiografia, o câncer foi detectado no pulmão direito.
Na Mini-Cidade do Amor, de Frei Luiz que eu frequentava
desde 1997, participei de quatro sessões de materialização, sendo
que na terceira, no dia 21/07, a Virgem Maria se materializou,
proporcionando a todos nós, seus vacilantes filhos, a felicidade de
estar diante de Sua doce presença. Extasiados, recebemos uma
“chuva” do que parecia ser um perfume celeste. Foi bonito demais!
Tudo isso foi crucial para consolar meu coração tão desacreditado.
Eu sempre falara do Cristo. Usei meu profundo conhecimento para
consolar e espalhar as divinas sementes nos corações incrédulos e,
no entanto, meu fôlego estava sendo arrancado!
A pneumectomia direita foi feita no dia 08/10. Certa noite,
dois meses após a operação, por volta da uma hora da madrugada,
ouvi um barulho que me despertou. Sentada no chão ao lado da
minha cama, estava Maria Padilha. Ela trajava um vestido todo em
renda e cetim vermelho com delicados bordados em dourado. Seu
cabelo era negro, muito bem penteado e lhe caía pelas costas em
ondas largas e brilhantes. Ela portava um colar de moedas
douradas, que combinava com a pulseira e com os brincos. Uma
singela luz meio amarelada a envolvia, iluminando toda a sua bela
silhueta! Ela estava linda! Havia uma taça vermelha diante dela,
com um líquido que me pareceu ser champagne, pois borbulhava
levemente e em sua mão havia um papel no qual ela enrolava o
fumo de uma cigarrilha.
Ela me olhou meio de lado e sorriu. Ainda enrolando o fumo da
cigarrilha, ela falou:
- Eu sou Maria Padilha!
Eu nada respondi e surpreendi-me com o tom suave que usou para
anunciar a si mesma.

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CIGANA CARMENCITA ILLARIM

- Eu não lhe abandonei coisa nenhuma! Fui atrás de quem lhe


colocou nessa situação. Minhas costas doíam muito e eu virei um
pouco mais o corpo para tentar aliviar o incômodo. Ela continuou
seu relato: “Eu e o Tranca Rua fomos procurar seus agressores.
Isso foi no dia da operação, depois que o seu mentor espiritual
pediu que entrássemos em forma, pois você faria a passagem
durante a intervenção cirúrgica.
Não me contive e lembrei a ele que havíamos sido avisados
de que você sobreviveria. Por que haviam nos enganado daquela
maneira? De forma muito atenciosa, o bondoso Mentor respondeu
que os planos haviam sido mudados na última hora e que já estava
tudo preparado para que você fizesse a “passagem”. Eu e o Tranca-
Rua ficamos absolutamente chocados com essa notícia e
resolvemos ir até aos culpados pela sua dor.
Mas algo estranho começou a acontecer: andávamos e
andávamos, ganhávamos as ruas e as encruzilhadas e sempre
saiamos no mesmo lugar. Sentamos numa encruzilhada e demos
vazão a nossa tristeza. Sabíamos que nossa revolta de nada
adiantaria! Ficamos abraçados e emudecidos. Apesar de toda força
que achávamos possuir, não poderíamos auxiliar a quem
amávamos! Isso nos doeu muito! Quando assim estávamos,
escutamos uma voz masculina, a princípio ao longe, mas logo bem
próxima de nós. Que voz doce seria aquela? Ela sussurrava assim:
“Eu também não abandono os meus amigos! Aonde quer que eles
vão, eu vou também!” Isso nos levou às lágrimas, pois estávamos
ali e talvez nunca mais pudéssemos lhe ver, caso você fizesse a
passagem.
Queríamos, sim, seguir-lhe aonde quer que fosse.
Imediatamente, como que movidos por um milagre, nos vimos
dentro do Centro Cirúrgico. O médico havia mandado um membro
da equipe lá fora para avisar aos familiares que não estava
conseguindo retirar o pulmão que se encontrava muito aumentado,
mesmo depois das sessões de quimioterapia.
Caso não conseguisse retirá-lo, teria de fechar a incisão e,
assim, tudo estaria perdido... Já havia transcorrido mais de sete
horas e meia de operação e o risco aumentava a cada minuto de
impasse. De repente o Centro Cirúrgico se iluminou de forma muito
sutil. Tudo nos pareceu expandido e muito mais nítido. Passamos a
ver uma entidade a seu lado, que até então não havíamos
percebido. Nos pareceu um obsessor em atitude muito hostil. Logo
um homem trajado de branco abriu a porta do Centro Médico e
penetrou o ambiente. Ele

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nos cumprimentou de forma muito simpática.


Sua carismática presença nos trouxe um novo ânimo. O
recém chegado aproximou-se da entidade a seu lado e
respeitosamente perguntou o que ela fazia ali. A energia que o
bondoso homem emitiu fez com que a entidade despertasse de seu
torpor e começasse a falar: - Eu não gosto muito de falar, mas para
o senhor vou responder com educação: um trabalho foi feito e eu fui
solicitado. Eu nada tenho contra essa aí!- ele apontou para você -
Estou apenas fazendo o meu trabalho. Caminhei desde a treva até
a luz, pois o espírito dela me obrigou a isso. Ela foi gentil e não
reagiu à minha força. Não compreendo absolutamente os objetivos
dela, que mesmo muito doente, continua acreditando nessas
bobagens de luz e de milagres divinos! Assim mesmo caminhei até
a luz, pois precisava segui-la aonde quer que fosse. Um verdadeiro
calvário! Eu a perdi de vista muitas vezes! Essas coisas de
evangelização e reuniões espíritas não são para mim. Quando
pensava que havia desistido, ela voltava às tais reuniões! Apesar
disso, comandei minha equipe com mãos de ferro, mas muitos
desistiram dessa empreitada e desapareceram.
Tentei buscá-los, mas não os encontrei em parte alguma. Ficaram
apenas esses aí, - falou apontando alguns iguais a ele que estavam
ao redor - que não fazem nada direito e me parecem um tanto
vacilantes. Todos estavam em silêncio e a entidade parecia narrar
sua trajetória para si mesma, de forma distraída.
- Finalmente chegou o momento pelo qual tenho esperado há muito
tempo: o desencarne dela, que me trará a tão desejada vitória!
Todos ficaram a observá-lo e o silêncio pareceu fazer com que ele
meditasse a respeito.
- Acho que você cumpriu sua missão! Leve o órgão pelo qual ela lhe
deu passividade, amigo! – falou o bondoso médico. O obsessor
parecia, ainda, muito perturbado, como se não soubesse ao certo o
que fazer. Ele olhou ao redor e constatou que havia testemunhas
ali, que até então ele não havia reparado. Ele observou
principalmente a mim e ao Tranca-Rua. Nós, eu e o Tranca-Rua,
lhe parecemos bem “familiares”, tenho certeza. O homem tornou a
pedir que ele levasse o órgão e, dessa vez, ele o arrancou,
retirando sua mão da incisão.
Nesse exato momento dois enfermeiros abriram a porta do centro
médico e uma mocinha de uns quinze anos adentrou a sala. A
entidade deu um grito de alegria, enquanto a mocinha corria para
abraçá-lo. (Ele gritava: “Minha filha, minha filha! Onde você esteve,
minha filha querida!” e chorava muito!) Os enfermeiros os

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CIGANA CARMENCITA ILLARIM

conduziram para fora da sala enquanto o médico carnal tornava a


tentar mais uma vez retirar o pulmão. Ele admirou-se quando este
se soltou facilmente e saiu pela incisão aberta. A equipe respirou
aliviada e o médico tratou de fechar rapidamente o corte. O humilde
homem despediu-se de cada um de nós com um aperto de mão e
um lindo sorriso que todos nós jamais vimos e foi-se embora,
saindo pela mesma porta pela qual entrara. Maria Padilha terminou
o seu relato e levando a taça até os lábios, sorveu seu último gole.
- Vim aqui hoje, pois me deram permissão para isso. O homem que
lhe visitou naquele dia da operação me procurou e autorizou-me vir
até aqui.
Ele disse que a força de uma entidade não está em seu poder
de resolver os problemas, mas sim na capacidade de passar boas
energias para que o seu protegido supere a dor e busque novos
horizontes, mesmo que com os olhos nublados pelo pranto e com o
coração partido pela dor! Ele me parabenizou por não ir lá quebrar
a cara de quem lhe causou tudo isso. O Tranca-Rua, você sabe,
jamais viria aqui falar nada! Eu bem que insisti que ele viesse!
Ela ergueu-se do chão, sacudiu os ombros lançando o tronco
para frente e para trás algumas vezes, colocou uma das mãos na
cintura segurando a barra da saia e jogou a cabeça para trás,
gargalhando muito alto. Cheguei a ficar com taquicardia ao ouvir
aquele grito de guerra. Logo ela gritou:
- Eu Sou Maria Padilha da Almas!
E desapareceu.
Eu devia isso a Padilha!
Durante muito tempo tentei não escrever isso. Mas a Padilha
é insistente e sempre dá seu jeito para conseguir o que quer!
Eu a amo muito!
Axé, Padilha!

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CIGANA CARMENCITA ILLARIM

Agradecimentos a Ramona Torres

Fiz parte da 1º turma do baralho de Maria Padilha organizado


por Ramona Torres em 2013. Tenho um profundo respeito por
essa mulher que soube tão bem exprimir nos seus ensinamentos
todo o trabalho de criação do baralho feito por Eliane Arthman,
graças a essas duas mulheres, pude ter contato com esse trabalho
maravilhoso que tanto me ajudou e ajuda a todos que veem à
minha mesa, buscar consolo e conselhos.

Agradeço de coração a essas divinas damas:


Eliane Arthman, Ramona Torres e Vera Lucia de Mello
Barreto, sem elas eu não teria acesso a essa ferramenta
maravilhosa que é o baralho, e não poderia ser um canal de
comunicação com este ser de luz, Maria Padilha.

Fontes:
Curso do Baralho de Maria Padilha, por Ramona Torres / Em
Setembro / 2013.
Desvendando o Baralho de Maria Padilha, por Vera Lucia de
Mello Barreto Julho 2019.

Izabel Carmencita Illarim

Facilitadora de cursos de oráculos


Cartomante
Terapeuta holística
Reikiana
Zeladora de umbanda
illarimkladiag@gmail.com
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whatts: (21) 99533-1969

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