Você está na página 1de 21

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distancia

Força, Movimento e Momento de Força. Estática e Dinâmica dos Fluidos.


Adolfo Eusébio Carlos 708225888

Curso: Licenciatura em ensino de Física

Disciplina: Mecânica Geral

Ano de frequência: 2o ano

Docente: Fidel José

Quelimane, Junho de 2023


Folha de feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacion
ais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização (indicação
clara do problema).
1.0
 Descrição dos objectivos. 1.0
Introdução  Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho.
 Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão escrita cuidada,
coerência/coesão textual). 2.0
 Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
Analise e 2.0
Conteúdo discussão relevantes na área de estudo.
 Exploração de dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos  Paginação, tipo e tamanho de
gerais letra, paragrafo, espaçamento
Formatação 1.0
entre linhas.
Referências Normas APA  Rigor e coerência das
bibliográficas 6ª edição em citações/referências
4.0
citações e bibliográficas.
bibliografia

2
Recomendações de melhoria

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________

3
Índice
Introdução..........................................................................................................................5

Objectivos..........................................................................................................................5

Metodologia.......................................................................................................................5

Força..................................................................................................................................6

Tipos de força....................................................................................................................6

Forças e leis de Newton.....................................................................................................8

Forças fictícias...................................................................................................................8

Momento de uma força......................................................................................................9

Estática dos fluídos..........................................................................................................10

Fluídos.............................................................................................................................10

Pressão e densidade.........................................................................................................10

Variação da pressão na Atmosfera..................................................................................12

Princípio de Pascal e Princípio de Arquimedes...............................................................12

Teorema de Pascal...........................................................................................................12

Teorema de Arquimedes..................................................................................................13

Dinâmica de fluidos.........................................................................................................14

Características de um escoamento ideal..........................................................................15

Escoamento estacionário.................................................................................................15

Escoamento incompressível............................................................................................15

Escoamento irrotacional..................................................................................................16

Escoamento invíscido......................................................................................................16

Equação de Continuidade................................................................................................16

Equação de Bernoulli......................................................................................................17

Conclusão........................................................................................................................19

Referências bibliográficas...............................................................................................20

4
Introdução

O presente trabalho da disciplina de Mecânica Geral, aborda acerca da força e,


movimento e momento de uma força, a estática e dinâmica dos fluidos, que são temas
de estrema importância para o estudo da física como ciência. O trabalho aborda ainda da
descrição clara do conceito de uma força e a sua classificação. De como ocorre o
momento de uma força, onde vimos que o torque é uma ação de girar ou de torcer um
corpo em torno de um eixo de rotação, produzida por uma força.
A mecânica dos fluidos estuda, os fluidos em repouso ou equilíbrio (estática dos
fluidos), e os fluidos em movimento (dinâmica dos fluidos ou simplesmente
hidrodinâmica). Este que tem grande valia para o desenvolvimento de varias áreas de
actuação da física envolvendo fluidos, que são substâncias no estado liquido ou gasoso.
O trabalho esta estruturado da seguinte forma: temos na primeira parte a introdução
onde são encontrados os objectivos assim como as metodologias que nortearam este
trabalho, de seguida temos a contextualização onde são arrolados as questões referentes
ao tema em estudo e por fim temos as conclusões e referências bibliográficas.

Objectivos
Geral:

 Conhecer a força e movimento, momento de uma Força;


 Desenvolver a estática e dinâmica dos fluidos.

Específicos:

 Identificar os tipos de força e o momento de uma força


 Descrever a estática e dinâmica dos fluidos
 Caraterizar o momento de força e a estática e dinâmica dos fluidos

Metodologia
Para a elaboração do trabalho o autor deste baseou-se em certas metodologias que são
os caminhos para o alcance dos objectivos para o alcance dos objectivos pré-
estabelecidos. Neste caso usei a metodologia de pesquisa bibliográfica que consistiu na
busca de manuais na biblioteca virtual que versavam assuntos relacionados ao tema em
estudo.

5
Força
De acordo com Helerbrock, Força é o agente da dinâmica responsável por alterar o estado de
repouso ou movimento de um corpo. Quando se aplica uma força sobre um corpo, esse pode
desenvolver uma aceleração, como estabelecem as leis de Newton, ou se deformar. Existem
diferentes tipos de força na natureza, tais como a força gravitacional, força elétrica, força
magnética, força nuclear forte e fraca, força de atrito, força de empuxo etc.
As forças são grandezas vetoriais que, portanto, precisam ser definidas de acordo com seu
módulo, direção e sentido. O módulo de uma força diz respeito à sua intensidade; a direção diz
respeito às direções nas quais as forças se aplicam (horizontal e vertical, por exemplo); cada
direção, por sua vez, apresenta dois sentidos: positivo e negativo, esquerda e direita, para cima e
para baixo etc.

Tipos de força
De acordo com o Sistema Internacional de Unidades, independentemente de qual seja a sua
natureza, a grandeza força é medida na unidade de kg.m/s², entretanto, costumamos utilizar a
grandeza newton (N) para designar tal unidade, como uma forma de homenagem a um dos
maiores físicos de todos os tempos: Isaac Newton. Os dispositivos utilizados para medir forças
são chamados de dinamômetros – molas de constantes elásticas conhecidas que se esticam à
medida que alguma força é aplicada sobre elas.

Na imagem, podemos ver que, microscopicamente, as superfícies são bastante rugosas.


De acordo com (Helerbrock") os tipos de forças que existem e as suas principais características
são nomeadamente:

6
1. Força gravitacional: também conhecida como força peso, é o tipo de força que faz com
que dois corpos que tenham massa atraiam-se mutuamente. A força peso é responsável
por nos manter presos à Terra e também pela órbita de todos os planetas em torno do Sol.
GMm GM
F G= 2
P=mg→ g 2
r r
G – constante da gravitação universal (6,67.10-11 m³kg-1s-2)
r – distância em relação ao centro da Terra (m)

2. Força elétrica: é responsável pela atração ou repulsão de cargas elétricas. Ligações


químicas, por exemplo, só acontecem em virtude da diferença de cargas entre átomos. A
força elétrica pode fazer com que os elétrons presentes nos condutores desloquem-se em
uma direção específica, dando origem a correntes elétricas, que, por sua vez, podem ser
usadas para alimentar circuitos elétricos.
k 0 Qq K0 Q
F el= 2
F el=qE→ E=
r r2
K0 – constante eletrostática do vácuo (9.109 N.m²C-2)
E – campo elétrico (N/C)
r – distância entre cargas (m)
3. Força magnética: atua sobre cargas em movimento. Esse tipo de força faz com que os
ímãs atraiam-se ou sejam repelidos, de acordo com as polaridades do campo magnético.
A força magnética também faz com que pequenas agulhas magnetizadas orientem-se de
acordo com o sentido do campo magnético terrestre.
F mag=qvB sin θ
A força magnética surge da interação de uma carga elétrica q, com velocidade v, em
relação a um campo magnético B. O ângulo θ presente na fórmula é medido entre a
velocidade e o campo magnético.
4. Força nuclear forte e fraca: são responsáveis por manter a integridade dos núcleos dos
átomos. A força nuclear forte mantém os prótons atraídos, apesar de suas cargas se
repelirem. A força nuclear fraca, por sua vez, mantém os quarks unidos, dando origem
aos prótons e nêutrons, por exemplo.

7
Forças como tração, atrito, empurrões, puxões, torções, forças elásticas e outras, geralmente
descritas como forças mecânicas, são, na verdade, manifestações macroscópicas de interações
que são maioritariamente elétricas.

Forças e leis de Newton


Para Helerbrock, o conceito de força pode ser um tanto vago caso não existam expressões
capazes de defini-la de maneira coerente. As leis de Newton são o conjunto de leis que define o
que são e qual é o comportamento das forças.
De acordo com a 1ª lei de Newton –  a lei da inércia, caso nenhuma força atue sobre um corpo,
ou caso as forças que atuam sobre um corpo se anulem, esse corpo tanto pode estar em repouso
como em movimento retilíneo e uniforme.
Em complemento à primeira lei de Newton, o princípio fundamental da dinâmica, conhecida
como a 2ª lei de Newton, afirma que a força resultante sobre um corpo é igual à massa desse
corpo multiplicada pela aceleração produzida pela força resultante. Além disso, a aceleração
adquirida deve sempre estar na mesma direção e com sentido igual ao da resultante das forças.
A terceira lei de Newton, conhecida como a lei da ação e reação, afirma que as forças sempre
surgem aos pares. Se um corpo A faz uma força sobre um corpo B, o corpo B produz sobre o
corpo A uma força de igual magnitude e direção, porém, no sentido oposto. Além de indicar que
as forças de ação e reação têm módulo igual, a terceira lei de Newton também estabelece que o
par de ação e reação nunca poderá ocorrer em um único corpo.

Forças fictícias
Forças fictícias estão presentes em referenciais não inerciais. As leis de Newton são definidas
exclusivamente para referenciais inerciais, isto é, posições que se encontram em repouso ou em
movimento retilíneo, com velocidade constante. Situações que envolvem rotações, por exemplo,
induzem o surgimento de forças fictícias, que, na verdade, não são forças.
Um bom exemplo de força fictícia é a força centrífuga. Quando em movimento circular, os
corpos tendem a escapar pela direção tangente à curva, como quando giramos uma pedra em um
barbante e a soltamos. Essa força aparente, que faz com que a pedra mantenha o barbante

8
esticado, é, na verdade, a inércia da própria pedra manifestando-se contra a aplicação de uma
força real, chamada de força centrípeta.
A força centrípeta, nesse caso, é produzida pela tração que o barbante faz sobre a pedra e trata-
se, portanto, de uma força real, que aponta sempre para o centro da trajetória em que a pedra se
move. A força centrífuga não é, de fato, uma força, mas a expressão da inércia do corpo que se
encontra acelerado.

Momento de uma força


Imagine uma pessoa tentando abrir uma porta, ela precisará fazer mais força se for empurrada na
extremidade contrária à dobradiça, onde a maçaneta se encontra, ou no meio da porta?
Claramente percebemos que é mais fácil abrir ou fechar a porta se aplicarmos força em sua
extremidade, onde está a maçaneta. Isso acontece, pois existe uma grandeza chamada Momento
de Força ⃗
M , Que também pode ser chamado Torque.
Esta grandeza é proporcional a Força e a distância da aplicação em relação ao ponto de giro, ou
seja:
⃗ F . d⃗
M=⃗
De acordo com David Halliday & Jearl Walker( 2012, p.) Torque é uma ação de girar ou de
torcer um corpo em torno de um eixo de rotação, produzida por uma força F. S e F é exercida em
um ponto dado pelo vetor posição r em relação ao eixo, o módulo do torque é

M =⃗r × ⃗
F →|M |=r × F × sinθ

M =F .d . sin θ
Sendo:
M= Módulo do Momento da Força.
F= Módulo da Força.
d = distância entre a aplicação da força ao ponto de giro; braço de alavanca.
sin θ=¿ Menor ângulo formado entre os dois vetores.

Como sin 90 °=1, se a aplicação da força for perpendicular à d o momento será máximo;
Como sin 0 °=0 , , quando a aplicação da força é paralela à d, o momento é nulo.
E a direção e o sentido deste vetor são dados pela Regra da Mão Direita.

9
O sentido do torque pode ser determinado pela regra do parafuso, pela direção do polegar.
O Momento da Força de um corpo é:
 Positivo quando girar no sentido anti-horário;
 Negativo quando girar no sentido horário;

Estática dos fluídos


De acordo com (UCM, p. 166) a estática dos fluídos estuda os esforços nos fluidos quando não
existe movimento relativo entre as porções de fluido.

Fluídos
Fluido é uma substância que não tem forma própria, e que, se estiver em repouso, não resiste a
tensões de cisalhamento. Gases e líquidos podem ambos ser considerados fluidos. Há certas
características partilhadas por todos os fluidos que podem usar-se para distinguir líquidos e
gases:
 Compressibilidade: os líquidos são só ligeiramente compressíveis e assumem-se
incompressíveis na maioria das situações; os gases são muito compressíveis;
 Resistência ao corte: líquidos e gases não resistem ao corte e deformam-se
continuamente para minimizar forças de corte aplicadas;
 Forma e Volume: como consequência do ponto anterior, líquidos e gases tomam as
formas dos seus recipientes; só os líquidos têm superfícies livres; os líquidos têm volume
fixo relativo ao do seu recipiente, e estes volumes não são afectados significativamente
pela temperatura e pressão; os gases tomam os volumes dos seus recipientes; se lhe
permitirem o volume do líquido resistema a mudanças instantâneas na velocidade, mas a
resistência para quando o movimento do líquido para os gases tem viscosidade muito baixa;
 Espaço molecular: as moléculas dos líquidos estão muito próximas e estão ligadas entre si
com forças de atracção elevadas; elas têm baixa energia cinética; a distância percorrida por
uma molécula de água entre colisões é pequena; nos gases, as moléculas estão relativamente

10
Afastadas e as forças atractivas são fracas; a energia cinética das moléculas é elevada; as
moléculas de um gás percorrem grandes distâncias entre colisões;
 Pressão: a pressão num ponto de um fluido é a mesma em todas as direções; a pressão
exercida por um fluído numa superfície sólida (p.ex. parede de um recipiente) é sempre
normal aquela superfície.

Pressão e densidade
Consideremos uma porção de fluído em equilíbrio de altura dy e de área de secção S, situada a
uma distância y do fundo do recipiente que é tomado como origem.

As forças que mantém em equilíbrio esta porção de fluído são as seguintes:


I. O peso, que é igual ao produto da densidade do fluído, por seu volume e pela intensidade da
gravidade, ( ρ S·dy)g.
II. A força que exerce o fluído sobre sua face inferior, pS
III. A força que exerce o fluído sobre sua face superior,
(p+dp)S
A condição de equilíbrio estabelece que
−( ρS . dy ) g+ pS=( p+ dp ) s
dp=−ρ . gdy

11
Integrando esta equação entre os limites que são indicados na figura
PB yB

∫ dp=∫ − ρg. dy
pA yA
pB − p A =ρ . g( y B− y A )

Se p0 é a pressão na superfície do fluído (a pressão atmosférica), a pressão p na profundidade h


é:
p= p 0+ ρ. g . h

Variação da pressão na Atmosfera


Para os gases, o valor de ρ é comparativamente pequeno, e a diferença de pressão entre os dois
pontos próximo é em geral despresível (veja a equação 3.206). Portanto, No limite quando Δy
tende a zero, obtemos a derivada da pressão:
− y /a
p= p 0 . e

Princípio de Pascal e Princípio de Arquimedes


O princípio físico que se aplica, por exemplo, aos elevadores hidráulicos dos postos de gasolina e
ao sistema de freios e amortecedores, deve-se ao físico e matemático francês Blaise Pascal
(1623-1662).

Teorema de Pascal
Baseado na lei de Stevin, que trata da variação de pressão entre pontos em um líquido a
diferentes alturas, Blaise Pascal (1623–1662) aplicou a mesma lógica à prensa hidráulica,
máquina simples constituída por dois cilindros conectados que possuem um fluido em seu
interior, conforme a imagem a seguir.

12
Na prensa hidráulica, a força aplicada é transmitida para todo o líquido até produzir uma força
capaz de mover um objeto.
Segundo (Melo, n.d.) o enunciado do Teorema de Pascal diz o seguinte:
“Se produzirmos uma variação de pressão em um ponto de um líquido em equilíbrio, essa
variação se transmite a todo o líquido, ou seja, todos os pontos do líquido sofrem a mesma
variação de pressão.”
Podemos fazer o cálculo utilizando a fórmula:

F1 ⃗F1 A1 H1
= Ou =
A1 A2 A2 H2

Teorema de Arquimedes
Para (Melo, n.d.) o teorema de Arquimedes diz respeito ao empuxo, descoberto por Arquimedes
(287 a.C.–212 a.C.), que é uma força hidrostática atuante em corpos submersos em fluidos total
ou parcialmente. De acordo com o historiador Vitrúvio (80 a.C–15 a.C.), o rei de Siracusa Herão
acreditava ter sido enganado quanto ao material da sua coroa e pediu a Arquimedes para
investigar, conforme identifica-se no trecho abaixo, retirado do livro Curso de Física Básica:
Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor:
“Enquanto Arquimedes pensava sobre o problema, chegou por acaso ao banheiro público e lá,
sentado na banheira, notou que a quantidade de água que transbordava era igual à porção imersa
de seu corpo. Isso lhe sugeriu um método de resolver o problema, e sem demora saltou
alegremente da banheria e, correndo nu para casa, gritava bem alto que tinha achado o que
procurava. Pois, enquanto corria, gritava repetidamente em grego ‘Eureka! Eureka!’ (‘Achei!
Achei!’).”

13
"O

enunciado geral do princípio de Arquimedes diz o seguinte:


“Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido recebe dele um empuxo igual e contrário
à força peso da porção de fluido deslocada, aplicado no centro de gravidade dessa porção.”
O empuxo possui direção vertical, sentido para cima, contrário à força peso, e sua intensidade é
calculada por meio da fórmula:"


E =d f . V fd . ⃗g
E é a força de empuxo, medida em Newton [N]
d f é a densidade do fluido, medida em [kg/m3 ]
V fd é o volume do fluido deslocado, medido em [m3]

De acordo com (Melo, n.d.), podemos comparar a força de empuxo com a força peso:
 Se a força empuxo (E) for maior que a força peso (P), o corpo flutua.

14
 Se a força empuxo (E) for igual a força peso (P), o corpo não sobe nem desce; permanece
no mesmo lugar."
 Se a força empuxo (E) for menor que a força peso (P), o corpo afunda.

Dinâmica de fluidos
A dinâmica de fluidos estuda o comportamento físico macroscópico dos fluidos. Os fluidos são
especificamente os líquidos e os gases, embora alguns materiais e sistemas que não estão nesses
estados evidenciem comportamentos similares ao de estes últimos.
Em geral, os escoamentos reais são bastante difíceis de estudar tanto experimental como
analiticamente devido a factores tais como: a viscosidade molecular, a turbulência, a fricção do
escoamento com obstáculos, a compressibilidade, a não estacionariedade, etc. Apesar destas
dificuldades, resulta bastante útil para o estudo do comportamento dos escoamentos construir
modelos teóricos nos quais se considera que o fluido é ideal, i.e., que o mesmo é incompressível,
invíscido, estacionário e irrotacional.

Características de um escoamento ideal

Escoamento estacionário
Quando o escoamento é estacionário as grandezas que o caracterizam não variam no tempo. Isto
pode ser ilustrado de forma simples mediante o comportamento das linhas de corrente. Uma
linha de corrente é uma linha à qual o vector da velocidade local do escoamento é sempre
tangente.
Quando um escoamento é estacionário as partículas de fluido que se movem através de uma
linha de corrente têm sempre a mesma velocidade quando passam pelo mesmo ponto. Portanto a
estacionariedade implica que estas não se cruzam. Refira-se que as linhas de corrente também
constituem um indicador da velocidade relativa do escoamento: quanto mais juntas estão maior a
velocidade e vice-versa.
No caso de escoamento não-estacionário, como no movimento de água duma praia agitada, as
velocidades são funções de tempo. No caso de escoamento turbulento, como em corredeiras ou

15
em cachoeiras, as velocidades variam aleatoriamente de um ponto para o outro e também de um
instante para o outro.

Escoamento incompressível
Em geral os líquidos podem ser considerados incompressíveis mas os gases por outro lado são
bastante compressíveis. O ar seco ou com baixo índice de humidade pode ser considerado um
gás ideal em condições próximas das condições normais de pressão e temperatura. A
compressibilidade do ar depende entre outras coisas da sua velocidade.
Os escoamentos de microescalas “Os escoamentos atmosféricos de escalas sinópticas e
mesoescalas frequentemente são estratificados, i.e, a densidade do ar vária com altitude, pelo que
a aproximação de incompressibilidade total não pode ser considerada’’ com números de Mach
inferiores a 0,3, podem ser considerados incompressíveis (ρar = const.). O número de Mach é
dado por M =v /v s em que vs representa a velocidade do som e v a velocidade característica do
escoamento. A propagação da velocidade das ondas sonoras num meio compressível depende da
razão entre a variação de pressão e a variação de densidade, i.e,

v s=
√ ∂P
∂ρ

Escoamento irrotacional
Um escoamento é irrotacional quando não possui velocidade angular, o que elimina a
possibilidade de existirem vórtices e turbulência. Se um elemento qualquer do fluido em
movimento não girar em torno de um eixo que passa pelo centro de massa, dissemos que o
escoamento é irrotacional. Podemos imaginar uma pequena roda de pás imersa no fluido em
movimento, se a roda se mover sem girar o escoamento é irrotacional, caso contrário ele é
rotacional. Note que um certo elemento do fluido pode se mover numa trajectória circular e
mesmo assim seu escoamento ser
irrotacional; um comportamento analógico é o das rodas numa cadeira gigante – embora a roda
gire, as pessoas nas cadeiras não giram em torno dos seus centros de massa. O vórtice formado
quando a água escoa pelo ralo de uma piaou de uma banheira é um exemplo de escoamento
irrotacional desse tipo.

16
Escoamento invíscido
A viscosidade está associada à fricção entre as moléculas do fluido.mUm fluido invíscido
escoaria livremente sem perdas internas de energia devido à fricção e as perdas por arrasto junto
das paredes do recipiente não existiriam. Na realidade, devido à viscosidade, quando um fluido
escoa num tubo, por exemplo, a velocidade é nula nas paredes (este efeito é denominado efeito
de não escorregamento), e vai aumentar gradualmente até atingir o seu máximo no centro do
tubo. Adiante a viscosidade será abordada com mais detalhe.

Equação de Continuidade

Seja um escoamento através de um tubo de secção variável. Se não houver fugas, entao há
conservação de massa, i.e, num dado intervalo de tempo ∆ t , a massa que entra ∆ m1=m2=const .
Por exemplo, no tubo representado na figura acima, as quantidades ∆ m1e∆ m2 são dadas pelas
expressões:
∆ m1= ρ1 ∆ V 1 =ρ1 A1 S 1=ρ1 v 1 ∆ t 1 e ∆ m 2=ρ2 v 2 ∆ t 2
Em que ρ e v representam a densidade e a velocidade do fluido e A e S a secção transversal e o
comprimento do elemento de fluido, respectivamente. Como a massa conserva-se (
∆ m1=m2=const ), então, igualando as equações anteriores obtém-se:
ρ . A . v=const .
A equação denomina-se a equação da contiguidade. O produto ρ . A . v Representa o fluxo
mássico, i.e., a quantidade de massa que passa na conduta por unidade de tempo. Quando a
densidade é constante a expressão pode ser calculada na forma:

17
Q= A . v=const .
Em que Q representa o caudal volúmico.

Equação de Bernoulli
O matemático suíço Daniel Bernoulli obteve em 1738, para um escoamento ideal, a equação de
conservação de energia que leva o seu nome. Veja-se novamente o escoamento mostrado na
figura
3.90 e assuma-se que o mesmo é ideal. Para derivar esta equação recorre-se ao teorema trabalho -
energia, i.e., o trabalho realizado por todas as forças do sistema é igual à variação de energia
cinética, (UCM, p. 189)
W nc +W c =∆ Ec
Neste caso o trabalho das forças externas não são conservativas ( W nc ¿ pode ser realizado, por
exemplo, por uma broma, o trabalho W c refere-se ao trabalho da força gravítica. O sub índice c
indica tratar-se de uma força conservativa. Sabe-se que o trabalho de uma força conservativa esta
relacionado com a variação da energia potencial na forma W c =−∆ Ec pelo que a equação pode
ser escrita na forma:
W nc =∆ E P + ∆ Ec
Para uma parcela de fluido passar da posição 1 à posição 2 as forças externas não conservativas
devem realizar um trabalho positivo. O trabalho realizado pelas forças externas na secção de
entrada é positivo porque a força F1 e o deslocamento têm a mesma direcção. O trabalho
realizado pela força do escoamento, F2, que se opõe ao movimento é negativo porque a força F2
e o deslocamento têm direções contrárias. Sendo assim o trabalho total é dado por:
W nc =F 1 . S1−F 2 . S2=( P 1 . A 1 ) ( v 1 ∆ t )−( P2 . A 2 )( v 2 ∆ t )
Como o escoamento é indispensável, a equação da continuidade implica que que
∆m
A1 v 1= A 2 v 2=Av= . Portanto a expressão pode ser escrita como
ρ
∆m
W nc = (P1−P2)
ρ
A variação de energia potencial pode ser calculada mediante a expressão:
∆ E P =g ∆ m(h2−h 1)
Por outro lado, a variação de energia cinética é dada por:
2 1
∆ E C =∆ m( v 2−v 1 )

18
Combinando as expressões pode ser escrita de forma mais geral,
1 2 1 2
P1 + ρ v 1 + ρg h1=P2 + ρ v 2 + ρg h2
2 2

Conclusão
No final do presente trabalho da disciplinada de Mecânica Geral, que por sua vez abordou
acercas de alguns tópicos como: a força e movimento e momento de uma força, e a estática e
dinâmica dos fluidos, deu a constatar que estes tópicos destacados são de grande valia para
compreensão de alguns fenómenos correntes no nosso dia-a-dia e a sua aplicação no campo da
ciência no geral.
De referir que a força é o agente da dinâmica responsável por alterar o estado de repouso ou
movimento de um corpo, e existem diferentes tipos de força na natureza, tais como a força
gravitacional, força elétrica, força magnética, força nuclear forte e fraca, força de atrito, força de
empuxo etc. já no momento de uma força podemos entender como sendo uma ação de girar ou
de torcer um corpo em torno de um eixo de rotação.

19
Deu ainda concluir que a estática dos fluídos estuda os esforços nos fluidos quando não existe
movimento relativo entre as porções de fluido. E já a dinâmica de fluidos estuda o
comportamento físico macroscópico dos fluidos.

Referências bibliográficas
David Halliday, R., & Jearl Walker. (2012). Fundamentos de Fisica - Mecânica . Rio de
Janeiro,: GEN - LTC.

Helerbrock", ". R. (s.d.). Força. Obtido em 19 de Maio de 2023, de Brasil Escola:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/forca.htm

Melo, P. R. (s.d.). Fluidos. Obtido em 21 de Maio de 2023, de Brasil Escola:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/fluidos.htm

UCM, C. . (s.d.). Mecânica Geral. Beira: CED - UCM .

20
Vilanculos, A., & Rogério Cossa. (2006). F12. Fisica 12 Classe. Maputp: Textos Editores,Lda -
Moçambique.

21

Você também pode gostar