Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Os 12 laços vitais
Edward M. Halloweell
Vivemos hoje no mundo da velocidade e da eficiência. Não nos sobra tempo para nada, nem
para nós mesmos. Desde a infância, o importante é a competição, o desafio, o sucesso. Mas,
que sucesso? Qual foi a última vez que você falou olhando nos olhos de seu colega de
trabalho? Quando foi a última vez que teve tempo para ouvir seu filho contar o que fez
durante o dia? "Os 12 laços vitais" mostra como o mundo contemporâneo está afastando as
pessoas de suas conexões humanas. Edward M. Halloweell, médico psiquiatra, escritor,
mostra-nos como reatar estas conexões vitais que abrem o coração e prolongam a vida,
tocando fundo na alma.
como o mundo contemporâneo está afastando as pessoas de suas conexões humanas. Edward
M. Hallowell, médico psiquiatra, escritor, apresenta os 12 laços vitais que abrem o coração e
prolongam a vida.
Citar os exemplos do autor sobre recuperação de pacientes em hospitais. Os que tinham apoio
de amigos e familiares recuperavam-se mais depressa.
A conectabilidade é definida nesta obra como uma sensação de inclusão numa realidade
maior do que a esfera particular e pode se traduzir numa amizade, num casamento, num
conjunto de crenças. Para reforçar esses elos e manter as estruturas interpessoais sólidas
e atuantes, o livro traz diversos depoimentos de voluntários que ratificam a importância
das idéias de Hallowell, cuja experiência de vinte anos atendendo em seu consultório,
hospitais públicos, escolas e igrejas o colocou em contato com as principais mazelas da
vida moderna.
A conectabilidade pode ser útil, mas está longe de ser simples. Cultivá-la requer
determinação e paciência, como cultivar um jardim, só que este é o jardim das suas
conexões.
Hoje em dia, a tecnologia possibilita que as pessoas permaneçam conectadas umas às
outras em tempo integral, através de celulares, e-mails, correios de voz, palmtops, blogs
etc. Orkut é apenas a novidade mais recente. A verdade, no entanto, é que quase
ninguém usa esses recursos para se manter realmente mais perto dos amigos e
familiares. Em vez disso, a humanidade se apega às suas engenhocas de modo a se
tornar cada vez mais escrava do tempo, correndo para dar conta de todas as tarefas.
Alguém que passe o dia inteiro conversando pela Internet ou pelo telefone pode pensar
que está em permanente contato com seus entes queridos, mas isso é só ilusão. Segundo
o psicanalista Edward M. Hallowell, o segredo da felicidade está no convívio pessoal.
Somente assim é possível aproveitar o que ele chama de Momentos humanos, conceito
que dá nome ao seu livro.
Momentos humanos são aqueles "em que nos sentimos intimamente ligados a alguém
ou a alguma coisa que nos transcende, nos ultrapassa, e na presença de algo relevante
para nós, que chamamos de significação". São breves instantes de nossas vidas que
podem parecer banais na ocasião, mas que são capazes até de nos provocar lágrimas
quando lembrados no futuro. Pode ser o último adeus de um amigo, um diálogo sincero
com um estranho, um desabafo ou uma simples careta de criança, experiências fugazes
que dão sentido à luta diária de cada um. Por isso, o autor se propõe a ensinar as pessoas
a aumentar suas chances de viver momentos humanos, a identificá-los quando eles
surgem e a valorizá-los. "Momentos humanos acontecem inesperadamente, e logo
desaparecem, como nomes desenhados na neve. Mas se os capturarmos – percebendo-os
e dando-lhes a devida importância – eles podem preencher nosso cotidiano com
significação e amor para sempre", ele explica.
Cada capítulo do livro é dedicado a uma parte importante da vida, como infância,
família, relacionamentos amorosos, filhos, trabalho, estudo, espiritualidade e amigos (o
que inclui os animais de estimação). Todos eles começam com interessantes relatos
autobiográficos de Hallowell, algo bastante incomum para um psiquiatra. Em seguida,
são apresentadas histórias pessoais relatadas por amigos, pacientes e leitores do autor,
devidamente comentadas. E os capítulos são finalizados com uma seção chamada
Criando conexões, que nos estimula a refletir sobre o que foi lido e a pensar em nossas
próprias vidas. Hallowell até sugere métodos práticos para a superação dos problemas
mais comuns.
Se a vida pessoal do autor é abordada sem receio, é porque ele tem mesmo muita coisa
para contar: ele sofre de dislexia e déficit de atenção; foi criado em colégios internos
porque sua família não sabia lidar com suas deficiências de aprendizagem; sua mãe era
alcoólatra e divorciou-se duas vezes; seu pai era maníaco-depressivo e era internado
com freqüência; seu padrasto era um beberrão sádico que batia na mulher e o
infernizava. Como se vê, Hallowell não se apresenta como um paradigma de felicidade.
E o mais surpreendente é que ele tem um enorme talento como narrador, pois sabe
contar suas histórias de forma empolgante, a ponto de, por vezes, fazer o leitor esquecer
que está devorando um livro de psicologia, não um romance.
AUTOR: Edward M. Hallowell
TRADUTOR: Alberto Lopes
A Lista
Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro